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Aula 03 - Transição epidemiológica, demográfica e nutricional

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TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, DEMOGRÁFICA 
E NUTRICIONAL 
Aula 3 – Internato APS – Profº Paulo Apratto 11/05/22 
 
 O século 20 viu uma transformação global na saúde humana jamais vista na história 
 A população mundial está envelhecendo 
 Transição demográfica: 
o Alta fecundidade e alta mortalidade 
o Baixa fecundidade e baixa mortalidade – fase em que estamos 
 
 Razão de dependência de uma população: razão entre a população ativa pelo contingente dependente 
 
Expectativa de vida 
- Ano 1940: aprox. 40 anos 
- Hoje: 76 anos 
 
CONCEITOS 
 
 Demografia: estuda os determinantes e as consequências do crescimento das populações humanas 
 Transição demográfica: interrelação entre fecundidade e mortalidade refletindo em mudanças na estrutura da 
população. Modificação do perfil etário da população. 
 Transição epidemiológica: mudanças no padrão da mortalidade e das doenças 
 Transição nutricional: mudança nos hábitos alimentares e estilo de vida. 
 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
 
As mudanças ocorridas nas sociedades que refletiram na população: 
 Fase pré-industrial: equilíbrio, fecundidade e mortalidade alta 
 Fase intermediária 1: coeficientes divergem 
 Fase intermediária 2: coeficientes convergem 
 Retorno ao equilíbrio populacional: mas com coeficientes mais baixos (fecundidade e mortalidades baixas, 
aumento da expectativa de vida) 
 
 
ESTÁGIOS DA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 
 Estágio 1: peste e fome (alta mortalidade e baixa esperança de vida) 
 Estágio 2: controle das doenças infecciosas (diminui a mortalidade e a fecundidade) 
 Estágio 3: aumento das doenças degenerativas e aquelas causadas pela ação do homem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiro indicador a modificar na 
Transição epidemiológica: 
Coeficiente de mortalidade (cai 
rápido) 
 
1ª FASE – ESTABILIDADE: "Verifica-se uma elevada natalidade e um elevada mortalidade. O sistema equilibra-se aos 
períodos de abundância alimentar por ajustamento na nascença" 
 
2ª FASE – EXPANSÃO: "Registra-se um aumento demográfico, por motivo da diminuição da taxa de mortalidade e 
manutenção da elevada natalidade". "Corresponde à fase da revolução industrial, com mais alimentos disponíveis e a 
emergência das práticas de sanidade e saúde" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3ª FASE – RECESSÃO DEMOGRÁFICA: "Fase na qual se reduz a taxa de natalidade e continua a verificar-se uma 
diminuição da natalidade. Corresponde, grosso modo, ao período de generalização das práticas de medicina e ao 
aumento da longevidade" 
 
4ª FASE – ESTABILIDADE: "Ambas as taxas se mantêm muito baixas, mas os ganhos em longevidade vão mantendo o 
efetivo" 
 
5ª FASE – RECESSÃO DEMOGRÁFICA; as taxas afundam-se por diminuição da população e sua não renovação 
 
Com a diminuição da mortalidade e da fecundidade temos: 
 Envelhecimento da população 
 Maior proporção de mulheres na população 
 Aumento da expectativa de vida 
 População mais urbana e mais alfabetizada 
 
 
 
TAXA DE FECUNDIDADE ESPECÍFICA 
 
Essa medida relaciona o número de nascidos vivos 
de mulheres de uma idade determinada com a 
população de mulheres da mesma idade 
determinada 
Mede a contribuição de cada idade para a fecundidade total 
 
 
 
 
 
 
CÁLCULO DA TAXA DE NATALIDADE 
 
Taxa de natalidade= número de nascimentos x 1000 
número de habitantes 
 
 
BRASIL 
 
 O processo de transição demográfica ocorreu mais 
rápido 
o ↓ fecundidade e natalidade 
o ↓ taxas de mortalidade 
o ↑ da gravidez na adolescência 
 ↓ mortalidade a partir década de 1940 
 ↓ mortalidade infantil 
 ↓ fecundidade a partir da década de 1960 
 1940 a 1960; 2000; 2010 
 6,2 filhos 2,3 filhos 1,9 filhos 
 1981: 6 idosos para 12 crianças 
 2004: 6 idosos para 5 crianças 
 
A TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL ↓↓ 
 
 ↓de 33,56% em 1988 para 23,59% em 2008 
(↓quase 30,0% em um prazo de 20 anos) 
 Menor taxa de mortalidade infantil – Rio Grande do 
Sul 13,1% 
 Mais elevada, Alagoas, com 48,20% 
 
Representa uma das mais importantes aquisições do 
século passado, mas, também, um enorme desafio. 
Esse processo é: 
• sem precedentes 
• generalizado 
• profundo 
• duradouro 
 
 
 
Essas mudanças terão profundos impactos em todas as 
políticas públicas: educação, saúde, família, trabalho, 
previdência, assistência, etc. 
 
 
ATÉ O FINAL DO SÉCULO XIX 
As principais causas de morte: doenças infecciosas 
Para qualquer população: 80% ou mais morria no início 
da infância 
 
COM A INDUSTRIALIZAÇÃO, OCORRERAM MELHORAS: 
Nutrição (refrigeração) 
Suprimento de água 
Condições de moradia 
Saneamento 
 
Também: 
Tratamento – antibióticos 
Imunização disseminada 
Pasteurização 
 
 A maioria dos idosos tem autonomia e dependência. 
Apenas 5% não têm. 
 
 
 
 
 
TRANSIÇÃO EPIDOMIOLÓGICA 
 
 É a evolução de altas para baixas taxas de fecundidade e mortalidade em um país 
 É “como as pessoas morrem” 
 Foi anteriormente atribuída a mudanças tecnológicas e à industrialização, mas provavelmente está mais 
diretamente relacionada à melhorias educacionais e de condição da mulher na sociedade 
 É acompanhada por mudanças na estrutura de idade da população: conquanto decrescem as taxas de 
nascimentos e de mortalidade, aumenta a proporção de idosos na população 
 Corresponde a uma mudança na importância das causas primárias de morbidade e mortalidade (Omran, 1971) 
 
 Aumento de doenças não transmissíveis 
 Doenças transmissíveis ainda importantes 
 Padrão diferente do esperado: 
o Desigualdade em saúde tem expressão importante, sendo causada e causando este padrão epidemiológico 
brasileiro. 
 
>> As doenças não transmissíveis estão se tornando uma carga crescente. 
 
 
DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES 
 Emergentes: as doenças que tiveram sua incidência aumentada nas duas últimas décadas 
 Reemergência: é a volta de uma doença após um período significativo de baixa incidência 
 
 
PROCESSO DE TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 
 Heterogêneo 
 Complexo 
 Apresenta contradição 
 
 Desigualdades: manifestam-se no espaço geográfico do país, 
refletindo a história social, econômica e cultural de cada 
região, estado ou município 
 
1º) Pragas e fome: população pré-industrial 
2º) Diminuição das pandemias: fase industrial 
3º) Doenças crônico-degenerativas e provocadas pelo homem (ex.: acidentes) 
4º) Declínio das doenças cardiovasculares e ressurgimento de doenças 
5º) Longevidade paradoxal (é uma fase ainda teórica) 
 
 
DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
 Principal causa de morte e incapacidade no mundo 
 46% do total de doenças 
 63% do total de 57 milhões de óbitos em 2008 
 Afetam países desenvolvidos e países em desenvolvimento 
 Podem ser prevenidas: relacionadas a estilo de vida 
 Em 2016, as DCNT foram responsáveis por 74% das mortes no Brasil 
 58% Anos Potenciais de Vida Perdidos (Inquérito domiciliar, 2003) 
 Espera-se aumento substancial da prevalência de DCNT e do número de 
mortes 
 Crescimento e envelhecimento populacional 
 Efeitos negativos da globalização 
 Urbanização rápida 
 Mudanças do comportamento 
 Fatores de risco ocupacionais e ambientais 
BRASIL 
Tripla carga de doenças: 
 Infecto contagiosas 
 Crônicas não transmissíveis: tabagismo, 
sobrepeso 
 Causas externas 
 
TRANSIÇÃO NUTRICIONAL 
 
Obesidade 
- Estilo de vida sedentário 
- Consumo de dieta inadequada 
- Mais de 50% da população no 
Brasil tem obesidade ou 
sobrepeso

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