Buscar

Resumo_P2_Psicopatologias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 
Transtorno de Sintomas Somáticos e 
Transtorno de Ansiedade de Doença 
• Transtorno de sintomas somáticos: sintomas somáticos presentes (Dor, queimação, tontura 
etc.); 
• Transtorno de ansiedade de doença: pouco ou nenhum sintoma somático, mas intensa 
preocupação com a ideia de estar doente, logo, o paciente não tem sintomas somáticos; 
→ Etiologia: 
• As pessoas com esse transtorno aumentam e amplificam suas sensações somáticas e têm baixa 
tolerância aos desconfortos físicos; Ex: o que as pessoas normalmente percebem como uma 
pressão abdominal é percebido por esses indivíduos como dor abdominal. Portanto, mais 
desconfortável do que nas pessoas em geral. 
→ Diagnóstico (DSM-5): 
• A: um ou mais sintomas somáticos (físicos não psíquicos) que causam aflição ou resultam em 
perturbação significativa da vida diária; 
• B: pensamentos, sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados aos sintomas 
somáticos ou associados a preocupações com a saúde manifestados por pelo menos um dos 
seguintes: (ter pelo menos 1 dos 3) 
- Pensamentos desproporcionais e persistentes acerca da gravidade dos próprios sintomas; 
- Nível de ansiedade persistentemente elevado acerca da saúde e dos sintomas; 
- Tempo e energia excessivos dedicados a esses sintomas ou a preocupações a respeito da saúde; 
1 critério – leve; 2 critérios – moderado; 3 critérios – grave 
• C: embora algum dos sintomas somáticos possa não estar continuamente presente, a condição 
de estar sintomático é persistente (em geral mais de seis meses); 
Especificadores: 
- Com dor predominante: quando os sintomas somáticos envolvem predominantemente a dor 
(corresponde ao transtorno doloroso); 
- Persistente: sintomas graves, prejuízo marcante e longa duração (mais de 6 meses); 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
- Leve, moderado ou grave: com um, dois ou três dos critérios B. 
→ Características clínicas: 
• Os pacientes acreditam que têm uma doença grave que ainda não foi diagnosticada e não podem 
ser persuadidos do contrário; pode ser uma doença em particular ou, à medida que o tempo passa, 
podem transferir sua crença para outra doença; 
• Suas convicções persistem apesar dos resultados laboratoriais negativos, do curso benigno da 
doença e da tranquilização por parte dos médicos; 
• Sintomas somáticos estão presentes e são marcantes, que diferenciam o transtorno dos sintomas 
somáticos do transtorno de ansiedade de doença. 
• Episódico, os episódios que duram de meses a anos e são separados por intervalos igualmente 
longos; Crises muito intensas —> Melhora —> Crise > melhora; CÍCLICO 
• Fatores de bom prognóstico: melhor condição socioeconômica, início repentino dos sintomas, 
ausência de um transtorno de personalidade e de uma condição médica associada; 
→ Tratamento: De modo geral, esse paciente vai procurar outros modos e não o psiquiatra. 
CUIDADO: porque as vezes o paciente tem alguma coisa mesmo!! 
• Farmacoterpia: trata transtornos comórbidos tais como depressão e ansiedade. Seu efeito sobre 
o transtorno de sintomas somáticos é limitado; 
• Psicoterapia: grupo homogêneo àoferece suporte e interação social, reduzindo a ansiedade; A 
cognitiva comportamental pode ser útil; 
• Exames médicos físicos agendados: é controverso, pois para alguns pacientes parede dar um 
certo alívio, e para outros não tem efeito nenhum. Exames invasivos devem ser evitados. O 
médico já fez a análise, mas isso não foi o bastante para o paciente. 
Transtorno de Ansiedade de Doença 
→ Etiologia: 
• Etiologia desconhecida; 
• Modelo da aprendizagem social: o papel de doente proporcionaria uma fuga? 
• Pensamento psicodinâmico: - Desejos agressivos e hostis a outras pessoas são transferidos 
para queixas físicas ou medo de doença? O paciente pode ter desejos agressivos e hostis em 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
relação a outras pessoas, não sabe lidar com isso e acaba transcolando para queixas físicas ou 
para medo de doença; 
Transtorno de sintomas somáticos X Ansiedade X Depressão X Transtorno Factício à 
Mentem, Tomar CUIDADO, porque eles mentem. 
→ Diagnóstico (DSM-5): 
• A: preocupação em ter ou contrair uma doença grave; 
• B: sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são de intensidade apenas leve. 
• C: há alto nível de ansiedade com relação à saúde, e o indivíduo é facilmente alarmado a 
respeito do estado de saúde pessoal; 
• D: o indivíduo tem comportamentos excessivos relacionados à saúde (por exemplo, 
verificações repetidas do corpo procurando sinais de doença) ou exibe evitação mal-adaptativa 
(por exemplo, evita consultas médicas ou hospitais); 
• E: preocupação relacionada à doença presente há pelo menos seis meses, mas a doença 
específica que é temida pode mudar nesse período; 
• F: a preocupação relacionada a doença não é mais bem explicada por outro transtorno mental, 
como transtorno de sintomas somáticos, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade 
generalizada, transtorno dismórfico corporal, transtorno obsessivo-compulsivo ou transtorno 
delirante, tipo somático. Ou seja, fazer diagnóstico diferencial. 
→ Características clínicas: 
• Sintomas somáticos não estão presentes ou, se estiverem, são leves, sendo um diferencial do 
transtorno de sintomas somáticos; 
• Frequentemente são “viciados” em realizar pesquisas na internet sobre sua doença temida, 
inferindo o pior das informações que lá encontram; 
• A preocupação com a doença interfere em sua interação com a família, amigo e colega de 
trabalho. 
→ Diagnóstico diferencial: 
• Doenças clínicas que de fato existem; 
• Transtorno de sintomas somáticos; 
• Transtorno conversivo; 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
• Transtorno de pânico; 
 
• Transtorno obsessivo compulsivo: no transtorno de ansiedade de doença a crença não á 
egodistonica (= ou seja, aquela que o paciente luta contra a ideia que não faz sentido), mas sim 
egosintonica (ou seja, paciente crê que a ideia tem sentido) e tem medo de ter alguma doença, e 
não costuma haver comportamento compulsivo. 
→ Tratamento: 
• Farmacoterapia: é paliativa, não apresenta resultados duradouros; Ansiolíticos e 
antidepressivos; 
• Psicoterapia: Psicoterapia de grupo (grupo homogêneo, com pacientes que sofram do mesmo 
transtorno); 
Sexualidade 
• Estresse de minorias: é sofrer um estresse constante por ser quem você é, portanto, ser minoria 
leva a preconceitos, discriminação, isolamento, falta de aceitação, levando a um estigma, e por 
fim ao estresse de minorias. Causa nos indivíduos baixa autoestima, depressão, ansiedade 
levando a comportamentos sexuais de risco, uso e abuso de substâncias, autoagressão e suicídio 
e condições socioeconômicas desfavoráveis. 
Teoria do estresse de minorias: É algo que gera uma situação de estresse, na qual voce vive 
constantemente, porque é um estresse gerado por quem voce é, e isso gera baixa autoestima, 
depressao, ansiedade. O modelo do Estresse de Minoria (EM) propõe a existência de estressores 
específicos que levam pessoas lésbicas, gays e bissexuais (LGB) à posição de maior 
vulnerabilidade social. O EM é composto por homonegatividade internalizada, a ocultação da 
sexualidade e as experiências de estigma. 
• Conceitos: 
• Transtornos psicóticos: a intensidade da 
crença nos transtornos de ansiedade de doença 
é menor do que nos transtornos psicóticos. 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
o Sexualidade: Aspecto central da vida do ser humano que abrange corpo, sexo, 
identidades, papéis e expressões de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, 
intimidade e reprodução. 
o Gênero: Estrutura Social e construção histórica do que é ser homem/masculino ou 
mulher/feminino nas diferentes épocas e sociedades. 
o Sexo biológico: Classificação de acordo com a anatomia, os cromossomos e hormônios. 
o Identidade de gênero: Como cada pessoa se identifica em relação ao seu gênero. 
oGênero designado ao nascer: Gênero que é atribuído à pessoa no momento do 
nascimento a partir do reconhecimento do sexo genital e cromossômico. 
o Expressão de Gênero: Forma como a pessoal deseja se expressar, em um determinado 
momento e contexto, em relação aos padrões sociais de gênero. Abrange imagem corporal, 
roupas, adornos e gestos. Não necessariamente está de acordo com os padrões de gênero 
e pode ser fluida. 
o Cisgenero: Pessoa que se identifica com o gênero designado ao nascer 
o Transgenero: Pessoa que não se identifica com o gênero designado ao nascimento. É um 
termo guarda-chuva que engloba várias identidades: homens e mulheres transexuais, 
pessoas não binárias, travestis e outras. 
o Intersexo: Identidade sociopolítica de pessoas que apresentam diversidades na 
diferenciação do sexo. 
o Orientação afetivo-sexual: Refere-se à atração/desejo (ou não) física, afetiva/romântica 
ou emocional por outras pessoas. 
o Homem transexual: Homem que foi atribuído ao sexo e gênero femininos ao 
nascimento a partir do reconhecimento do genital. 
o Mulher transexual: Mulher que foi atribuída ao sexo e gênero masculinos ao 
nascimento a partir do reconhecimento do genital. 
o Pessoa não-binária: Pessoa que não se identifica no binômio homem-mulher. 
Pode se descrever nem como homem nem como mulher, algo entre os dois, ter 
um terceiro gênero, entre outros. 
o Pessoa transfeminina: Termo “guarda-chuva” que abrange identidades de 
gênero trans com expressão feminina. Inclui mulher trans, travesti e pessoa não 
binária com expressão feminina. 
o Pessoa transmasculina: Termo “guarda-chuva” que abrange identidades de 
gênero trans com expressão masculina. Inclui homem trans e pessoa não binária 
com expressão masculina. 
o Travesti: Pessoa transfeminina que se identifica com a identidade de gênero 
travesti. Deseja ser reconhecida como tal pela sociedade. Construção identitária 
brasileira que foi marginalizada ao longo da história e vem ganhando maior 
representatividade. 
o Heterossexual 
o Lésbica 
o Gays 
o Bissexual: pessoa que é emocional, física e/ou sexualmente atraída por pessoas de mais 
de um gênero. 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
o Assexual: Pessoa que não sente atração ou desejo sexual por outras pessoas. Pode ter 
atração afetiva e/ou romântica. 
o Panssexual: Pessoa que é emocional, física e/ou sexualmente atraída por pessoas 
independentes de seus gêneros. 
 
• A determinação da identidade de gênero ainda não está completamente esclarecida, entretanto, 
acredita-se que resulta da interação entre fatores biológicos, psicológicos e socioculturais. 
• Os hormônios, a genética e a estrutura cerebral são fatores biológicos que podem 
influenciar a identidade de gênero. 
• As sociedades estruturam papéis e estereótipos de gênero, que variam ao longo da história e das 
culturas, com os quais a pessoa pode ou não se identificar. 
• Os fatores sociais influenciam papéis de gênero estereotipados, mesmo em famílias que buscam 
maior igualdade de gêneros e tentam educar as crianças e adolescentes sem a cristalização de 
“comportamentos de cada gênero”. 
• Mulheres Trans e Travestis 
 • A identidade de gênero é autodeclarada e não está relacionada com as modificações corporais, 
seja por meio de hormonizacao, aplicação de silicones e/ou cirurgias. 
• Mulheres trans e travestis em uso de hormônios devem ser monitoradas regularmente para 
avaliação de possíveis efeitos colaterais relacionados aos riscos individuais, como doença 
cardiovascular, osteoporose e rastreamento de cânceres. 
É complexo dizer o que seria “normal” ou “anormal”, 
“aceito” ou “reprovado”, no que diz respeito à sexualidade. 
A distribuição por si só não traz “julgamento” de saúde ou 
doença, ou seja, ser menos frequente não quer dizer 
patológico. 
A forma como são tratadas as manifestações sexuais na 
cultura ocidental é resultado dos “códigos e valores que 
sustentam o imaginário	dessa cultura”.	Tais códigos 
influenciam diretamente, em termos das práticas sexuais 
dos indivíduos, o que se pode, o que não se pode, o que é 
normal, o que é desviante ou perversão. 
 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 
 
• Homens Trans 
• Homens trans podem optar ou não por modificações corporais e de expressão de gênero, o que 
não interfere em sua identidade. 
• Profissionais de saúde devem conhecer as especificidades da população de homens trans, como 
o uso de testosterona, packers, binders, para orientá-los adequadamente. 
• Homens trans apresentam alta incidência de problemas de saúde mental, como consequência da 
discriminação, estiga e preconceito sofridos diariamente. 
• A prevalência de câncer cervical é alta entre homens trans por conta da carência de orientações 
preventivas e falhas no rastreamento. 
 
ATENCAO!!! 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 
 
• Pessoas não binárias 
•Pessoas não binárias não se identificam no binômio homem-mulher. Podem se descrever como 
nem homem nem mulher, algo entre os dois, terem um gênero terceiro, entre outros. 
•Algumas pessoas não binárias sentem desconforto ao serem chamadas por termos masculinos 
ou femininos. O uso de linguagem neutra é uma forma de demonstrar respeito. 
•Pessoas não binárias tem maior incidência de problemas de saúde mental, autolesão não suicida, 
suicidalidade, uso de substâncias e vitimização, resultantes da estigmatização e do preconceito. 
 
 
ATENCAO!!! 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 
 
• Disforia de gênero 
• O termo disforia de gênero apareceu como diagnóstico no DSM-5 para descrever aquelas 
pessoas com marcada incongruência entre o gênero experenciado ou expressado e o designado 
pelo nascimento. 
• Abordagens 
• Os profissionais da saúde podem ajudar as pessoas trans a afirmar sua identidade de gênero, 
explorar as diferentes alternativas para a expressão dessa identidade e tomar decisões sobre as 
opções de tratamento médico para aliviar a disforia, caso haja. 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
• Cuidados no processo de transição 
 
• Saúde mental 
• Avalição da disforia: o papel dos/as profissionais de saúde mental inclui garantir razoavelmente 
que a disforia de gênero não é secundária a outros condições. 
• Avaliar, diagnosticar e discutir as opções de tratamento para problemas de saúde mental 
coexistentes. 
• Se for o caso, avaliar elegibilidade, preparar e encaminhar a para hormonização, além de 
acompanhar o processo. 
• Se for o caso, avaliar a elegibilidade, preparar e encaminhar para cirurgia, além de acompanhar 
o processo. 
• A avaliação da saúde mental é necessária para o encaminhamento a hormonização e cirurgias, 
porém a psicoterapia – apesar de altamente recomendada – não é um requisito. 
Resposta sexual 
• A resposta sexual humana é um sistema de interação de processos fisiológicos, psicológicos, 
interpessoais, sociais e culturais que se autorregulam, produzindo ou não sintomas sexuais. 
• William Masters e Virginia Johnson à Classificacao da resposta sexual humana em 4 fases: 
excitação, platô, orgasmo e resolução. 
• Helen Kaplan à Introduz o conceito de desejo. O seu modelo contempla 3 fases: desejo, 
excitação e orgasmo. 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 
• Disfunções sexuais 
• A função sexual se refere à resposta fisiológica sexual, enquanto adequação sexual se refere à 
norma pessoal do que é confortável, aceitável e “normal” dentro da perspectiva individual, na 
qual é considerada a satisfação de cada sujeito, consigo próprio e com sua(s) parceria(s). 
• Para ser considerada uma disfunção sexual, os sintomas devem ocorrer na maior parte das vezes, 
podendo estar ausentes em algumas ocasiões, e presentes há pelo menos 6 meses com sofrimento 
significativo. 
• CID 11 - “Disfunções sexuais são síndromes que compreendem as várias maneiras pelas quais 
pessoas adultas podem ter dificuldade em experienciar atividadessexuais não coercitivas e 
pessoalmente satisfatórias.” 
 
Muitos neurotransmissores, incluindo 
dopamina, epinefrina, norepinefrina e 
serotonina, são produzidos no cérebro e 
afetam a função sexual. Ex: 
1: presume-se que um aumento na dopamina 
aumente a libido 
2: serotonina, produzida na ponte superior e 
no tronco encefálico, exerce um efeito 
inibitório na função sexual. 
3: oxitocina é liberada com o orgasmo, e 
acredita-se que reforce as atividades 
prazerosas 
 
 
 
Tratamento: 
à Não farmacológicos 
1. Psicoterapia 
2. Exercícios 
3. Bomba de vácuo 
 
à Farmacológicos 
1. Farmacoterpia: Sildenafil 
(viagra), Tadalafina (Cyalis), 
Bremelanotide (Vyleesi) 
2. Hormonioterapia: testosterona, 
antiestrógenos, ocitocina 
 
à Cirurgia: próteses masculinas e 
cirurgias vasculares. 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 • Comportamentos sexuais 
• Normal x anormal: pode ter a classificação feita de acordo com a epidemiologia, sendo o menos 
frequente e menos comum considerado “anormal”, não sendo necessariamente patológico; 
• Transtorno parafílico x parafilia: são conceitos diferentes, em que parafilia está relacionada 
a toda atividade sexual que não é voltado para a reprodução, enquanto o transtorno parafílico 
está associado a práticas sexuais não comuns e que causam sofrimento em indivíduos que não 
desejam participar do ato, com duração de pelo menos 6 meses; 
- Masoquismo: sentir prazer em ser humilhado e/ou sentir dor (mamilo,escroto/pênis); 
- Sadismo: sentir prazer em causar dor durante o ato sexual; 
 • Transtornos parafílicos – DSM5 
Os transtornos parafílicos inclusos neste Manual são: 
1. transtorno voyeurista (espiar outras pessoas em atividades privadas) 
2. transtorno exibicionista (expor os genitais) 
3. transtorno frotteurista (tocar ou esfregar-se em indivíduo que não consentiu) 
4. transtorno do masoquismo sexual (passar por humilhação, submissão ou sofrimento) 
5. transtorno do sadismo sexual (infligir humilhação, submissão ou sofrimento) 
6. transtorno pedofílico (foco sexual em crianças) 
7. transtorno fetichista (usar objetos inanimados ou ter um foco altamente específico em 
partes não genitais do corpo) 
8. transtorno transvéstico (vestir roupas do sexo oposto visando excitação sexual). 
• Tratamentos: 
o Controle externo 
o Redução dos impulsos sexuais (antipsicóticos, anticonvulsivantes, ISRS, hormônios) 
o Tratamento de condições comórbidas 
o Psicoterapias 
 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
Transtorno Depressivo Maior 
→ Diagnóstico (DSM-5): 
Critério A: 
• 5 ou mais dos seguintes sintomas, pelo menos um deles é (1) ou (2); 
• Estes sintomas estão presentes ao mesmo tempo, por pelo menos 2 semanas, representando 
uma mudança em relação ao funcionamento anterior: 
- (1): humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme relato 
subjetivo ou por observação feita por outra pessoa; 
- (2): acentuada diminuição do interesse ou prazer (ANEDONIA) em todas ou quase 
todas as atividades na maior parte do dia ou quase todos os dias conforme relato subjetivo 
ou por observação feita por outra pessoa; 
- (3): perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou 
aumento do apetite quase todos os dias; 
- (4): insônia ou hipersonia quase todos os dias; 
- (5): agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias; 
- (6): fadiga ou perda de energia quase todos os dias; 
- (7): sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os 
dias; 
- (8): capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os 
dias; 
- (9): pensamento recorrente de morte, ideação suicida com ou sem planejamento, tentativa 
de suicídio. 
 
Critério B: 
• Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo; 
• É um critério utilizado para diferenciar a depressão de algum quadro de tristeza. 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
Critério C: 
• O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra 
condição médica. Ex: álcool, medicamentos (anticoncepcionais, interferon-alfa, roacutan), 
anfetaminas (ecstasy, cocaína), hipotireoidismo, AVC. 
Critério D: 
• A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno 
esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante ou outros 
transtornos do espectro da esquizofrenia ou outro transtorno especificado ou não 
especificado. 
Critério E: 
• Nunca houve um episódio maníaco ou hipomaníaco, sendo o critério utilizado no 
diagnóstico diferencial do transtorno bipolar afetivo. 
• Recorrência 
• O risco torna-se progressivamente mais baixo ao longo do tempo, à medida em que 
aumenta a duração da remissão; 
• Indivíduos jovens, com múltiplos episódios e com episódio anterior grave têm um maior 
risco de recorrência; 
• A resolução incompleta do quadro com a manutenção de sintomas, ainda que leves, é um 
forte preditor de recorrência. 
• Tratamento 
• O objetivo inicial do tratamento é a remissão dos sintomas e restabelecimento do 
funcionamento normal do indivíduo; • Remissao é a melhora total por pelo menos 2 meses. 
Resposta é uma melhora entre 50% e 100%. 
•Sintomas depressivos residuais: aumenta o risco de recaída e recorrência, aumenta o risco 
de suicídio, pior funcionamento psicossocial e maior mortalidade por outras condições 
médicas. • Melhor tratamento: é combinação de Psicoterapia (efeito de aprendizado) + 
Farmacoterapia. 
 
 
Antidepressivos de 2ºgeracao (1ºlinha 
de tratamento) 
- Inibidores seletivos da Recaptação 
de serotonina - > aumentam a qtd de 
serotonina na fenda sináptica. Ex: 
Citalopram, escitalopram, fluoxetina, 
fluvoxamina, paroxetina e sertralina 
 
Antidepressivos de 1ºgeracao 
-Agem inibindo a recaptacao de 
serotonina e noradrenalina, 
aumentando sua concentração na fenda 
sináptica e exercendo seu efeito 
terapêutico. Ex: Amitripilina 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
Depressão resistente a tratamento: Não resposta a 2 antidepressivos de classes distintas 
utilizados em dose e tempo adequados (6-8 semanas). 
Antes de considerar que é Depressão Resistente, avaliar: 
• Não-adesão: 50% dos pacientes não tomam os medicamentos conforme prescrito (dose e 
duração), 
• Rever diagnóstico: depressão bipolar, 
• Investigar comorbidades clínicas (ex: hipotiroidismo subclínico) e psiquiátricas (ex: uso de 
substâncias). 
Transtorno Afetivo Bipolar 
• Seu diagnóstico etiológico é feito pela junção de pelo menos dois episódios de transtornos 
de humor em momentos diferentes e que se combinam; 
 
 
 
 
 
→ Episódios Maníaco e Hipomaníaco (DSM-5): 
 
• Transtorno Bipolar tipo I – mania: > 1 semana 
• Transtorno Bipolar tipo II – hipomania: > 4 dias 
Critério C: 
É grave causando prejuízo acentuado no 
funcionamento social ou profissional, ou para 
necessitar de hospitalizações para prevenir 
danos a si mesmo ou a outras pessoas, ou 
existem sintomas psicóticos. 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
→ Episódios Maníaco 
Critério A: 
• Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável* e 
aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de uma semana 
e presente na maior parte do dia, quase todos os dias; 
• Trata-se da elevação do humor (humor hipertímico), aumento da volição (atividade) e 
psicomotricidade. 
Critério B: 
• Deve-se ter 3 (4*) ou mais dos seguintes, sendo que, 3 se o humor do paciente for humor 
hipertímico e 4 se o humor do paciente for humor irritado: 
- Autoestima inflada; 
- Redução da necessidade de sono: dorme menos e não sente falta ou cansaço; 
- Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando; 
- Fuga de ideias ou experiencia subjetivade que os pensamentos estão acelerados. São criadas 
conexões entre ideias que necessariamente não tem pertinência uma com a outra; 
- Distratibilidade: comprometimento da atenção voluntária por aumento da atenção 
espontânea; 
- Aumento da atividade dirigida a objetivos ou agitação; 
- Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas. 
Critério D: 
• Não é atribuído a uma substância ou outra doença 
→ Episódios Hipomaníaco 
Critério A: 
• É semelhante ao critério A do episódio de mania, apresentando humor hipertímico, aumento 
de volição, porém com duração menor (mínimo de 4 dias). 
Critério C,D,E: 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
• Está associado a uma mudança clara do funcionamento que não é característica do indivíduo 
quando assintomático; 
• Não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado do funcionamento 
social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Não há sintomas psicóticos; → 
importante na diferenciação dos episódios de mania e hipomania. Ou seja, apesar de o paciente 
estar perceptivelmente diferente, continua funcionando relativamente bem, ainda que ele não 
perceba alterações em seu próprio comportamento. 
→ Classificação 
 
 
 
 
 
• Ciclagem rápida: 4 ou mais episódios em um ano, sejam estes episódios de mania, 
hipomania ou depressivo; Prognóstico pior 
• Apesar do episódio de hipomania ser definidor do TAB tipo 2, o paciente com TAB tipo 1 
tem maior chance de apresentar episódios de mania (hipertímico) e o paciente TAB tipo 2 
passa mais tempo deprimido (hipotímico). 
Tipo 1: Hipomania + Hipermania. VS Tipo 2: Hipomania 
 
 
O paciente não precisa apresentar no 
momento do diagnóstico do TAB, 
também o diagnóstico de mania, 
hipomania ou depressivo. Um único 
episódio durante a vida é suficiente para o 
diagnóstico de transtorno afetivo bipolar, 
que deve ser classificado em Tipo 1 e 
Tipo 2 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 
• Os parentes de primeiro grau de pessoas com TAB têm um risco 10 vezes maior de 
desenvolver a doença e acredita-se que partilha uma origem genética com a esquizofrenia; 
 
→ Diagnóstico diferencial 
• Transtorno de personalidade: principalmente borderline, em que o paciente tem períodos 
depressivos e de raiva/irritação, com ações impulsivas, sem preencher critérios necessários para 
diagnóstico de mania e hipomania por não atingir o tempo mínimo necessário; 
• Esquizofrenia: não são frequentes, no TAB, os sintomas negativos (afeto distanciado), 
enquanto na esquizofrenia não se tem a aceleração de pensamento e exaltação de humor. No TAB 
os sintomas são observados em períodos de crises, enquanto o paciente esquizofrênico tem 
sintomas mais frequentes e com maior acometimento neurológico. 
→ Tratamento 
• O tratamento é feito com estabilizadores de humor, com o objetivo de melhorar a crise aguda 
e evitar outros episódios, deixando o paciente eutímico. 
Lítio: tratamento de 1ºlinha com baixo custo. Ele promove neuroproteção e 
plasticidade a longo prazo, com efeito antimaníaco e estabilizador de humor. Tem efeitos 
nefrotóxico e tireotóxico, sendo necessário monitoração da função renal e tireoidiana. Tem altas 
chances de intoxicação pela dose terapêutica ser próxima da dose tóxica. É teratogênico e tem 
grande concentração no leite materno, não devendo ser usado na gestação e nem na lactação. 
Anticolvulsivantes: 
 Ácido Valpróico: Age em canais de sódio, canais cálcio, em glutamato e GABA. Inibe a 
fosforilação dos canais de sódio (impedindo que estes sejam abertos) e de cálcio e diminui a 
atividade desses canais, dessa forma, atua inibindo o potencial de ação diminui a excitabilidade 
da membrana do neurônio e a propagação de sinais, apresentando efeito anticonvulsivante; Ou 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
seja, atua diminuindo a excitabilidade da membrana do neurônio. Teratogênico, não deve ser 
usado na gestação. A concentração no leite materno é baixa então pode ser usado com ponderação 
na lactação. Hepatotóxico. 
Carbamazepina: Bloqueia os canais de sódio, canais de cálcio, canais de potássio e 
potencializa as ações inibitórias do GABA; induz o citocromo P450, ou seja, as substâncias são 
metabolizadas numa maior velocidade; 
Antipsicóticos atípicos: são utilizados no tratamento e prevenção de episódios. Ex: 
quetiapina (1ºlinha para tratamento de pacientes com depressão bipolar), Risperidona, 
Olanzapina, Lurasidona, Ziprasidona, Clozapina, Aripiprazol, Brexipiprazol. 
Bipolar Tipo I: mania há pelo menos 7 dias. Mania, mínimo de 1 semana de sintoma ou 
mais. Pode necessitar de hospitalização. 
Bipolar Tipo II: hipomania. 
Suicídio 
• “Ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma 
consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que se acredita ser letal.”; 
• Seus determinantes são multifatoriais (é um conglomerado de aspectos que levam ao 
suicídio). É resultado da interação complexa de fatores psicológicos, e biológicos, inclusive 
genéticos, culturais e socioambientais;Não pode ser atribuído apenas a determinados 
acontecimentos pontuais. 
• É possível prevenir, desde que os profissionais de saúde, de todos os níveis de atenção, 
estejam aptos a reconhecer os seus fatores de risco e determinarem medidas para evitar o 
suicídio; 
• O risco de suicídio é uma urgência médica e a sua avaliação deve fazer parte da rotina de 
qualquer médico. 
• Lutar contra o tabu é fundamental para que a prevenção seja bem-sucedida. 
→ Fatores de risco: 
1. Tentativa prévia de suicídio: aumenta em 5-6x as chances de tentar suicídio novamente 
2. Doença mental 
→ Avaliação e manejo 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
Avaliação: identificação de indivíduos de risco. 
• Fatores predisponentes: história psiquiátrica, internação recente, antecedentes 
pessoais e familiares de comportamento suicida, dados demográficos, antecedente de 
abuso; 
• Fatores estressores precipitantes: profissionais, financeiros, conjugais e outros 
relacionamentos; 
• Quadro clínico atual: desesperança, desamparo, desespero, impulsividade; 
• Fatores protetores: vínculos na comunidade e família que servem de auxílio; 
• Doença mental; 
• História pessoal e familiar de comportamento suicida; 
• Pensamentos de morte, pensamento de suicídio, planos e meios para se matar; 
• Avaliar desespero, desesperança e desamparo; 
• Características de personalidade: resiliência, tolerância à dor psíquica, 
impulsividade e agressividade; 
• Fatores psicossociais e demográficos: situação laboral, estado marital, 
religiosidade, história de abuso físico ou sexual na infância ou adolescência, idade 
entre 15 e 30 anos ou acima de 65 anos, sexo masculino; 
• Presença de outras doenças: doenças neurológicas, neoplasias, HIV/AIDS e 
doenças clínicas crônicas; 
• Grau de intencionalidade suicida: ideias de morte (ideias de suicídio passiva)→ 
ideias de suicídio (ideias de suicídio ativa) →planos de como se matar→pesquisa de 
poder letal→providências pós-morte. 
Avaliação de grau de intencionalidade suicida 
 
 
 
 
 
 
 
• Questões dirigidas ao paciente: 
- 1. Você tem planos para o futuro? 
- 2. A vida vale a pena ser vivida? 
- 3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? 
- 4. Você está pensando em se machucar, se 
ferir, fazer mal a si mesmo, em morrer? 
- 5. Você tem algum plano específico para 
morrer, se matar ou tirar a própria vida? 
- 6. Você fez alguma tentativa de suicídio 
recentemente? 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
 • Classificação de risco: baixo, médio e alto; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Importância da rede: Identificar à Avaliar à Manejar à Encaminhar; 
• EVITAR: 
• Deixar de falar sobre suicídio por temores de induzir o paciente a pensar sobre esse tema; 
• Considerar que suicídio é um evento raro e que nãoé necessário investigar ideação suicida ou 
tentativas prévias; 
• Apressar o paciente ou formular perguntas indutoras (“você não tem pensamentos de suicídio, 
tem?”); 
• Minimizar o desconforto da pessoa (“mas você está bem”, “não é tudo isso que você está 
pensando”); 
• Menosprezar pensamentos suicidas (“se você realmente quisesse morrer, já teria feito”). 
 
 
 
 
 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
Transtorno de Personalidade Borderline 
→ Definição: 
• Um transtorno de personalidade é um padrão persistente de experiência interna e 
comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é 
difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do 
tempo e leva a sofrimento ou prejuízo; • Transtorno da personalidade borderline: é um 
padrão de instabilidades nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com 
impulsividade acentuada; 
→ Características clínicas e critérios diagnósticos: 
• Um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, da autoimagem e dos afetos e 
de impulsividade acentuada que surge no início da vida adulta e está presente em vários 
contextos, conforme indicado por cinco ou mais dos seguintes: 
- Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário: o abandono pode ser 
interpretado como um sinal de que eles são maus e o indivíduo pode apresentar ações impulsivas 
como a automutilação ou o comportamento suicida; 
- Um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizados pela 
alternância entre extremos de idealização e desvalorização: podem idealizar companheiros 
ou cuidadores potenciais em um primeiro ou segundo encontro, exigir ficar muito tempo juntos 
e partilhar os detalhes pessoais mais íntimos no início de um relacionamento. Mas, podem mudar 
rapidamente da idealização à desvalorização, sentindo que o outro não se importa o suficiente, 
não dá o suficiente e não está presente o suficiente; 
- Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da 
percepção de si mesmo, com metas, valores e inspirações vocacionais inconstantes. Podem 
ocorrer mudanças súbitas em opiniões e planos sobre carreira profissional, identidade sexual, 
valores e tipos de amigos; 
- Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas, como por 
exemplo, gastos, sexo, abuso de substâncias, direção irresponsável, compulsão alimentar; 
- Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento 
automutilante: o suicídio ocorre de 8 a 10% desta população. A mutilação com frequência traz 
alívio por reafirmar a capacidade do indivíduo de sentir ou por expiar a sensação de ser uma má 
pessoa; 
Larissa Irigoyen (T16A) P2- Psicopatologias 
- Instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor, como por exemplo, 
disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e 
apenas raramente de mais de alguns dias; 
- Sentimentos crônicos de vazio; 
- Raiva intensa ou inapropriada ou dificuldade em controlá-la, como por exemplo, com 
mostras frequentes de irritação, raivas constantes, brigas físicas recorrentes. Tais expressões de 
raiva costumam ser seguidas de vergonha e culpa, contribuindo para o sentimento de ter sido 
mau; 
- Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos: 
esses sintomas costumam ocorrer em resposta a um abandono real ou imaginário, em geral são 
passageiros, duram de minutos a horas e não têm gravidade ou duração suficientes para 
caracterizar um outro diagnóstico. 
→ Tratamento 
Psicoterapia 
Farmacoterapia: 
• Antipsicóticos para controlar a raiva, hostilidade e sintomas psicóticos breves; 
• Antidepressivos para melhorar os sintomas depressivos; 
• IMAOs (inibidores da monoamina oxidase) foram usados para tratar o comportamento 
impulsivo; 
• Anticonvulsivantes podem melhorar o funcionamento global de alguns pacientes.

Outros materiais