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Resumo do texto: “Contexto Geral do Diagnóstico Psicológico” de Marilia Ancona-Lopez O diagnóstico psicológico tem por objetivo identificar qual é o quadro clínico do paciente, o que tem gerado sofrimentos e distúrbios, através da observação, avaliação e interpretação com base nas nossas percepções, nossos conhecimentos teóricos e técnicas psicológicas, e ajudá-lo na análise. Esse processo fez com que a área clínica médica criasse interesse, pois, as doenças mentais foram consideradas semelhantes às doenças físicas. Assim, a área da Psiquiatria desenvolveu a Psicopatologia que analisa o comportamento anormal e entende seus aspectos subjacentes, sua etiologia e aspectos sociais. E já a Psicologia, desenvolveu a Psicologia Clínica na qual está voltada à prevenção e ao alívio do sofrimento psíquico. A busca por um conhecimento objetivo desenvolveu-se o modelo médico onde destacou os aspectos patológicos do indivíduo usando como referências as nosologias e psicopatológicas, ou seja, uma adaptação do modelo médico para o clínico. Na perspectiva do psicólogo, o grande destaque nos aspectos psicopatológicos deixava em segundo plano as características não-patológicas do comportamento das pessoas, fazendo com que limitasse o estudo e o conhecimento sobre o indivíduo. Outro modelo desenvolvido foi o psicométrico, no qual aos poucos os testes iam se desenvolvendo e fazendo com que o psicólogo exclusivamente se estabelecesse no campo de atuação garantindo sua identidade profissional, porém precária, pois cabia ao médico solicitar esses testes e receber os resultados. Mas, foi na atuação de uso de testes que os psicólogos ganharam maior autonomia. O modelo behaviorista também foi desenvolvido, e nele declaravam o comportamento observável como o único objeto possível de estudo da Psicologia, considerando que as características inatas e imutáveis não decorrem do comportamento humano, mas pode ser aprendida e modificada. Os behavioristas não usaram o termo psicodiagnóstico e criaram suas próprias formas de avaliação do comportamento para ser estudado. Alguns filósofos se revoltaram contra a visão de ciência que consideravam possível separação entre o sujeito e o objeto de estudo, porquê para esses filósofos todo o conhecimento é determinado pelo homem e não podem negar a ação de sua subjetividade. Sendo assim, os métodos das ciências naturais por possuírem características especificas não poderiam ser adaptadas para as ciências humanas. Com isso, deu origem a correntes nas quais afirmavam que a consciência determina e é determinada pelo mundo, tornando-se fonte de significação e valor. A Psicologia Humanista foi uma corrente que foi contra o diagnóstico psicológico e que criticava o uso do indivíduo através dos testes, procurando manter uma visão global e entender seu mundo e significado sem as referências teóricas anteriores, restituindo ao ser humano sua liberdade e condições de desenvolvimento, renegando o psicodiagnóstico pois para eles são procedimentos artificiais. Outra corrente foi da Psicologia Fenomenológico-existencial que reestruturaram a visão do psicodiagnóstico, considerando-o mais que um estudo e avaliação, destacando o seu aspecto de intervenção, desfazendo os limites que o separam da intervenção terapêutica. A Psicanálise posterior da mesma postura da qual não aceita a completa subjetividade e deu significação particular a todo comportamento humano, fornece uma revolução na Psicologia e sugeriu o complexo de formulações sobre sua formação, estrutura e funcionamento mais completo. Sua influência na prática do psicodiagnóstico foi a mesma e desenvolveu instrumentos diagnósticos sutis, permitindo verificar o que se passa por detrás do comportamento do indivíduo. Todas as correntes em Psicologia, atualmente, concordam que para compreender o homem, é necessário organizar conhecimentos a respeito de sua vida biológica, intrapsíquica e social, sem excluir nenhum desses horizontes, apesar de partirem de métodos e pressupostos diferentes. Sobre a prática e a teoria, podemos dizer que uma não se desenvolve sem a outra, elas se alimentam mutuamente. A prática deve decorrer literalmente de uma postura e métodos teóricos para alguns e para outros, o importante é esclarecer os conceitos e noções que o sujeito se interessa, sem que isso esteja organizado antes de uma teoria.
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