PROCESSOS EROSIVOS RELAÇÃO COM FATORES ANTRÓPICOS E NATURAIS E CONSEQUÊNCIAS PARA SOCIEDADE

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	LICENCIATURA EM geografia
 @feersimoesconsultoria
Cidade
2022
produção textual: Processos erosivos: relação com fatores antrópicos e naturais e consequências para sociedade
produção textual: Processos erosivos: relação com fatores antrópicos e naturais e consequências para sociedade
Trabalho apresentado à Anhanguera como requisito parcial à aprovação no 5º semestre do Curso de Licenciatura em Geografia
Cidade
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................	4
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................	5
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................	9
REFERÊNCIAS.....................................................................................................	10
1 INTRODUÇÃO
	
	A Produção Textual Individual (PTI), tem como finalidade instigar os alunos, apoiados nas informações presentes na Base Nacional Comum Curricular, utilizar sobre a área de Geografia como ferramenta norteador, para o planejamento de atividades diferenciadas. Além disso, o presente trabalho visa relacionar a teoria e prática, bem como proporcionar embasamento para atuação em atividades extracurriculares. Conta também com objetivo de desenvolver estudos independentes, sistemáticos e o autoaprendizado, promover aplicação de teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à profissão. 
	A respeito da problemática, a produção corresponde a situação do município de Coqueiral do Oeste (fictício do Brasil), a ocorrência de voçorocas, situação que está preocupando moradores da região das áreas urbanas e rurais. Constata-se a necessidade de moradores deixarem suas casas, pois, algumas casas estão muito perto de serem “engolidas” pelo processo. Dessa forma, considera-se um local inseguro de se viver e o poder público precisa tomar providências para auxiliar as pessoas que precisam realocar em outro lugar da cidade ou campo, um lugar mais seguro de viver. 
	Sabendo que as voçorocas são resultado de processo erosivos, principalmente com a participação da precipitação pluvial, o presente texto visa responder alguns questionamentos para compreender as causas e efeitos relacionados aos processos erosivos, tais como: 1) diferença entre ravina e uma voçoroca; 2) questionamento se a voçoroca é resultado de evento naturais ou antrópicos; 3) função da água dentro do processo de voçorocamento; 4) fatores condicionantes de um processo de voçorocamento; 5) riscos que uma voçorocas podem causar; 6) relação entre manejo de solo e ocorrência de voçorocas; 7) como minimizar os riscos de ocorrência de uma voçorocas e deixar o local seguro para população; 8) apresentação de uma situação de erosão e voçoroca como descrita na SGA.
	 Sendo assim, a partir do tema “Processos erosivos: relação com fatores antrópicos e naturais e consequências para sociedade”, a produção irá possibilitar uma aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas.
2 DESENVOLVIMENTO
	De acordo com os materiais apresentados, a voçoroca é uma ação erosiva acelerada que acontece por um tempo suficiente para formar incisões no solo, a qual ultrapassa 50 cm de profundidade e largura (ABULQUERQUE; GAROZI, s/a). Caracterizam que esse processo é difícil ser destruídos por procedimentos normais de tratos das lavouras, e que formam grandes crateras, com fundo chato conectado ou não à uma rede de drenagem por onde há deslocamento de grande massa de solo.
	Alves et al. (s/a), apontam que as voçorocas são frutos do desiquilíbrio de energia e matéria, a qual ocorrem nas vertentes. Tal desiquilíbrio é provocado pela falta de solo e disposição em canais fluviais. Destacam que esse fato causa impactos negativos, em questões ambientais, econômica e social. 
Este tipo de erosão consiste no deslocamento de grande quantidade de solo, de modo a formar canais de consideráveis dimensões que impedem o trânsito de máquinas e reduzem a área de plantio. Essa forma de erosão consiste, portanto, em fase mais avançada do processo erosivo, sendo que no seu processo de ocorrência estão envolvidas forças que regem a estabilidade de talude e os processos de movimentação de massa (FERREIRA, s/a).
	Se acaso o deslocamento de terras possuírem valores inferiores de 50 centímetros de largura ou profundidade, denomina-se como ravinas. Isso acontece pela retirada da vegetação, exposto a erosão, causa pela queda de gotículas de águas da chuva, a qual acarreta em um movimento de massa no solo. Após muita chuva, acontece os impactos de água com solo, a qual originam de ravinas. Se o processo for contínuo, chega ao nível de uma voçoroca. Dessa maneira, entende-se que a diferença entre voçorocas e ravinas, são a exudação ou não do lençol freático a qual são denominadas de úmidas e secas. 
	De acordo com o Portal São Francisco, ravina é um tipo de erosão que possui característica do canal profundo com seção em V e seu processo de erosão é superficial. Sendo assim, é uma das formas mais comum de erosão, em áreas com argissolos e solos dispersíveis. 
	Desse modo, o processo de voçoroca pode ocorrer de maneira natural e antrópica. Pois, o processo com intervenção antrópica demarca a maior propensão ao surgimento e desenvolvimento do voçoramento (CARDOSO; PIRES, s/a). Dessa maneira, as causas da erosão podem acontecer de maneira natural, porém, com a ação do homem pode acelerar o processo. 
Fatores como o relevo acidentado, chuvas concentradas em poucos meses do ano, características do solo, como: textura, consistência friável, baixo teor de matéria orgânica e pequena estabilidade de agregados, tendem a aumentar a susceptibilidade do solo à erosão (MACHADO; RESENDE; CAMPELLO, 2006).
	Nesse sentido, destaca-se também, a função da água dentro do processo de voçoramento, a qual, é considerado um dos agentes da erosão. A erosão pela água é comum em regiões de elevadas precipitações pluviométricas e em áreas com solo revolvido e sem cobertura vegetal. É mais intensa em áreas de topografias acidentadas (BRASIL, 2015). Além disso, Cardoso e Pires (s/a), apontam que a água da chuva intensa causa grande impacto no solo, gerando o fluxo de sendimento, a qual inicialmente causam as ravinas e a partir de um processo contínuo e profundo chega ao nível da voçoroca. 
Para tanto, Alves et al. (s/a, p.6) afirmam que as chuvas são “um fator determinante no aumento da vazão e também da taxa de transporte de sedimentos em seu canal. Isto ocorre porque toda malha de canais efêmeros contribuintes entra em ação durante as precipitações, direcionando água e sedimentos para o canal principal”.
	Para explicar os riscos que as voçorocas podem causar, Cardoso e Pires (s/a) citam que são “grandes danos ao meio ambiente e também ao próprio meio antrópico, uma vez que uma das principais consequências desse processo erosivo é a grande perda de massa de solo”. Assim, apontam que os riscos podem apresentar danos em questões sociais e econômicas. Além de obrigar as pessoas a evacuar daquele ambiente, também há baixa fertilidade nos solos, e com a formação de crostas, diminuem a infiltração da água da chuva. 
	De acordo com Machado, Resende e Campello (2006), a redução de infiltração de águam podem estar relacionadas com tipos de solos tais como Argissolos e podem contribuir para os processos erosivos e formação das voçorocas. Afirmam que “o uso e o manejo destes solos são de fundamental importância para evitar a formação de voçorocas”. Desse modo, entende-se que se não houver o processo de voçorocas formadas, possibilita a utilização desses solos. 
	Para prevenir que as voçorocas apareçam, o portal São Francisco cita Pereira (s/a), com medidas que podem ser tomadas:
· Interceptação da área de enxurrada acima da área de voçorocas;
· Retenção da área enxurrada na área de drenagem;
· Eliminação dasgrotas e voçorocas;
· Revegetação da área;
· Construção de estruturas para deter a velocidade das águas;
· Completa exclusão do gado;
· Controle de sedimentação das grotas e voçorocas ativas;
· Isolamento da área;
· Planejamento da Bacia;
· Manejo na vegetação nativa e exótica introduzida na área;
	Dessa forma, a imagem abaxio apresenta uma talude afetada por voçoramento no bairo de Urbis na cidade de Eunápolis em abril de 2008.
	Sendo assim, as medidas a serem tomadas Albuquerque e Garozi (s/a), apontam que a prefeitura realizou trabalhos de terraplanagem na área no mesmo ano, pois, não aconteceu o processo de reabilitação da área, a qual não obedeceu a nenhum critério de engenharia. 
	Nesse caso, é preciso de investimento e preocupação em questões ambientais dos órgãos e gestores públicos. É necessário de atenção e verbas mínimas além de ações paliativas que não solucionam definitivamente a problemática em questão. 
	Explica-se por meio do material de Machado, Resende e Campello (2006) que não é uma tarefa fácil e barata. Destacam que, se for refletir as correções de taludes com máquinas pesadas, os custos por horas trabalhadas são elevados. Pois, também é possível estancar a evolução de voçorocas, reduzi a perda de solo e melhorar a paisagem de maneira eficiente e com custos baixos, utilizando mão de obra familiar e materiais alternativos, bem como também se utiliza insumos externos à propriedade rural.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A produção textual propôs compreender melhor sobre as voçorocas, suas causas, fatores, manejo do solo, bem como apresentar possíveis soluções para minimizar o problema descrito. Nesse sentido, é preciso destacar que os órgãos responsáveis precisam conscientizar sobre o meio ambiente, bem como refletir os problemas que podem causar nos aspectos sociais, econômicos e ambientais. 
	Diante a problemática de Coqueiral do Oeste, apresentado na proposta da produção textual, constata-se a possibilidade de órgãos do poder publico tomar providências e analisar a situação dos moradores e solucionar esses problemas, a qual podem ser realizadas de modo que não haja custos altos. Assim, constata-se no material proposto de Machado, Resende e Campello (2006), passo a passo da recuperação de voçorocas. 
	Conclui-se que os conhecimentos científicos são imprescindíveis para novas maneiras de cuidar do meio ambiente e evitar males que a natureza está sofrendo ao longo desses anos. É preciso conscientizar todos sobre a busca de saídas relevantes para vivermos em um mundo melhor, sem prejudicar o meio ambiente, economia e moradia das pessoas. 
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Francisco Nataniel Batista; GAROZI, Joabe de Souza. Erosão por voçoroca na área urbana de Eunápolis (Bahia): início, evolução e “reabilitação”. Disponível em: https://www.geomorfologia.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo11/033 .pdf Acesso em 04 de abr. 2022.
ALVES, Ricardo Reis et al. A ocorrência de voçoroca e a avaliação técnica de seus Impactos. Disponível em: https://www.geomorfologia.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo7/028. pdf Acesso em 04 de abr. 2022 
BRASIL. Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Práticas mecânicas de conservação de água e solo. 2015. Disponível em: https://capacitacao.ana.gov.br/conhecerh/bitstream/ana/62/2/Unidade_1.pdf. Acesso em: 04 de abr. 2022.
CARDOSO, Rafael Said Bhering; PIRES, Lucas Valente. Voçorocas: processos de formação, prevenção e medidas corretivas. Disponível em: https://www.geomorfologia.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo7/024. pdf. Acesso em: 04 de abr. 2022.
FERREIRA, Rogério Resende Martins. Recuperação de voçorocas de grande porte. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/130802/1/25736.pdf Acesso em 04 de abr. 2022 
MACHADO, Roriz Luciano; RESENDE, Alexander Silva de; CAMPELLO, Eduardo Francia Carneiro. Recuperação de voçorocas em áreas rurais. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2006. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/629509/recuperacao-devocorocas-em-areas-rurais. Acesso em: 04 de abr. 2022.
PORTAL SÃO FRANCISCO. Voçoroca. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/meioambiente/vocoroca. Acesso em 04 de abr. 2022.