Buscar

RESUMO DE CINESIOTERAPIA 2018.2

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

RESUMO DE CINESIOTERAPIA 
(Monitoria) 
Kisner Exercícios Terapêuticos Fundamentos e Técnicas 5 
 
Exercício terapêutico é o treinamento planejado e sistemático de movimentos corporais, posturas 
ou atividades físicas com vistas a proporcionar ao paciente meios de: 
 Tratar ou prevenir deficiências. 
 Melhorar, restaurar ou potencializar a função física 
 Prevenir ou reduzir fatores de risco ligados à saúde. 
 Otimizar o estado de saúde geral, seu preparo Físico ou sensação de bem-estar. 
 
A habilidade de agir de forma independente cm casa, no trabalho, na comunidade ou durante 
atividades de lazer e recreação depende tanto da função física quanto psicológica e social. Os 
aspectos multidimensionais da função física englobam áreas de desempenho diversas. 
 
Equilíbrio: A habilidade de alinhar os segmentos do corpo contra a gravidade para manter ou 
mover o corpo (centro de massa) dentro da base de apoio disponível, sem cair; a habilidade de 
mover o corpo em contraposição à força da gravidade por meio de interações entre os sistemas 
sensorial e motor. 
 
Preparo cardiopulmonar: A habilidade de realizar movimentos corporais completos repetitivos e 
de baixa intensidade (caminhar, correr, pedalar, nadar) durante um longo período de tempo. 
(Sinônimo de resistência cardiopulmonar à fadiga). 
 
Coordenação: A cadência e sequenciamento correto dos disparos musculares combinados com 
a intensidade apropriada de contração muscular que leva ao início, condução e graduação efetiva 
do movimento. Baseia-se no movimento suave, preciso e eficiente e ocorre de forma consciente 
ou inconsciente. 
 
Flexibilidade: A habilidade de mover-se livremente sem restrições; termo usado com o mesmo 
sentido de mobilidade. 
 
Mobilidade: A habilidade de estruturas ou segmentos do corpo de se moverem ou serem 
movidos de modo a permitir a ocorrência da adequada amplitude de movimento (ADM) para as 
atividades funcionais (ADM funcional). A mobilidade passiva depende da extensibilidade dos 
tecidos moles (contráteis e não contráteis); a mobilidade ativa requer também ativação 
neuromuscular. 
 
Desempenho Muscular: A capacidade do músculo de produzir tensão e realizar trabalho físico. 
O desempenho muscular engloba força, potência e resistência muscular à fadiga. 
 
Controle neuromuscular. A interação dos sistemas sensorial e motor que possibilita aos 
músculos sinergistas, agonistas e antagonistas, assim como aos estabilizadores e 
neutralizadores, prever ou responder às informações proprioceptivas e cenestésicas e. 
subsequentemente, trabalhar na sequência correta para criar o movimento coordenado. 
Controle postural, estabilidade postural e equilíbrio. Termos usados com o mesmo sentido de 
equilíbrio estático ou dinâmico. 
 
Estabilidade. A habilidade do sistema neuromuscular de manter um segmento corporal proximal 
ou distal em uma posição estacionária ou de controlar uma base estável durante o movimento 
sobreposto, por meio de ações musculares sinérgicas. 
 
Amplitude de movimento 
 
É uma técnica básica usada para examinar a mobilidade e iniciar o movimento nos programas de 
intervenção terapêutica. O movimento necessário para realizar atividades funcionais pode ser 
entendido, em sua forma mais simples, como a ação de forças musculares ou externas que 
movem os ossos em diferentes padrões ou amplitudes de movimento. 
 
Tipos de Exercícios de ADM 
 ADM passiva: A ADM passiva é o movimento de um segmento dentro da ADM livre, que é 
produzido inteiramente por uma força externa; ocorre pouca ou nenhuma contração 
muscul.ar voluntária. Essa força externa pode ser a gravidade, um aparelho, outra pessoa 
ou outra parte do corpo da própria pessoa. Tenha em mente que ADM passiva e 
alongamento passivo não são sinônimos 
 
A principal meta da ADM passiva é diminuir as complicações 
que poderiam ocorrer em virtude da imobilização, tais como 
degeneração da cartilagem, formação de aderências e 
contraturas e má circulação. Especificamente, as metas são: 
 Manter a mobilidade da articulação e do tecido 
conjuntivo. 
 Minimizar os efeitos da formação de contraturas. 
 Manter a elasticidade mecânica do músculo. 
 Auxiliar a circulação e a dinâmica vascular. 
 Favorecer o movimento sinovial para nutrição da cartilagem e difusão de materiais dentro 
da articulação. 
 Diminuir ou inibir a dor. 
 Auxiliar o processo de cicatrização após lesão ou cirurgia. • Ajudar a manter no paciente a 
percepção dos movimentos. 
Limitações do movimento passivo 
 A verdadeira ADM passiva, relaxada, pode ser difícil de obter em um músculo inervado e com o 
paciente consciente. O movimento passivo: 
 Previne a atrofia muscular. 
 Aumenta a força ou resistência à fadiga. 
 Auxilia a circulação na mesma extensão de ativação que a contração muscular voluntária. 
 
 ADM ativa: A ADM ativa é o movimento de um segmento dentro da ADM livre produzido 
pela contração ativa dos másculos que cruzam aquela articulação. 
Se não houver inflamação ou contraindicação ao movimento ativo, as mesmas metas da ADM 
passiva podem ser alcançadas com a ADM ativa. Além disso, há benefícios fisiológicos que 
resultam da contração muscular ativa e do aprendizado motor decorrente do controle muscular 
voluntário. As metas especificas são: 
 Manter a elasticidade fisiológica e a contratilidade dos músculos participantes. 
 Fornecer feedback sensorial proveniente dos 
músculos cm contração. 
 Fornecer estímulos para a integridade dos ossos 
e dos tecidos articulares. 
 Favorecer a circulação e prevenir a formação de 
trombos. 
 Desenvolver a coordenação e as habilidades 
motoras para atividades funcionais. 
 
Limitações da ADM ativa Para os músculos fortes, a 
ADM ativa não mantém ou aumenta a força; também não desenvolve habilidade ou coordenação, 
exceto nos padrões de movimento usados. 
 
 
 
 ADM ativoassistida: A ADM ativoassistida é um tipo de exercido de ADM ativa no qual 
uma força externa manual ou mecânica oferece assistência quando os músculos 
mobilizadores primários precisam de ajuda para completar o movimento. 
Alongamento 
O termo mobilidade pode ser descrito com base em dois parâmetros diferentes, porém inter-
relacionados. Normalmente, é definido como a habilidade das estruturas ou segmentos do corpo 
de se moverem ou serem movidos, permitindo que haja amplitude de movimento para atividades 
funcionais (ADM funcional).Pode também ser definido como a habilidade de uma pessoa de 
iniciar, controlar ou manter movimentos ativos do corpo para realizar tarefas motoras simples e 
complexas (mobilidade funcional). Hipomobilidade refere-se a uma mobilidade diminuída ou 
restrita. Muitos processos patológicos podem restringir o movimento e comprometer a mobilidade. 
Há muitos fatores que podem contribuir para a hipomobilldade e a rigidez dos tecidos moles, a 
perda potencial da ADM e o desenvolvimento de contraturas. 
 
Alongamento estático: Alongamento estático é um método comumente usados, no qual os 
tecidos moles são alongados apenas um pouco além do ponto de resistência do tecido e, então, 
mantidos na posição alongada com uma força constante durante certo período. Outros termos 
usados para isso são alongamento sustentado, mantido ou prolongado. A duração do 
alongamento estático é predeterminada ou baseia-se na tolerância do paciente e em sua resposta 
durante o procedimento. “Alongamento estático" tem sido vinculado a durações de um ciclo único 
de alongamento que variam de apenas 5 segundos 
até 5 minutos por repetição Quando se emprega um 
procedimento de alongamento manual ou 
autoalongamento. 
Alongamento estático progressivo: Alongamento 
estático progressivo
é outro termo que descreve como 
o alongamento estático é aplicado para conseguir 
máxima efetividade. Os tecidos moles encurtados são 
mantidos em uma posição alongada de modo 
confortável até que um grau de relaxamento seja 
sentido pelo paciente ou pelo fisioterapeuta. Então, os 
tecidos encurtados são alonga· dos um pouco mais e 
mantidos na nova posição máxima por um tempo 
adicional. 
 
Alongamento cíclico (intermitente):Uma força de alongamento com duração relativamente 
curta, que é aplicada de modo repetido, porém gradual, então liberada e depois reaplicada, é 
descrita como alongamento cíclico (intermitente). O alongamento cíclico é, por natureza Aplicado 
cm múltiplas repetições (ciclos de alongamento) durante uma única sessão de tratamento. Com o 
alongamento cíclico, a força de alongamento no final da amplitude é aplicada com baixa 
velocidade, de forma controlada e com intensidade relativamente baixa. 
 
Alongamento balístico: Um alongamento intermitente rápido e forçado - ou seja, um 
alongamento com alta velocidade e alta Intensidade - é comumente chamado de alongamento 
balístico caracterizado por movimentos rápidos e em alta velocidade que criam um impulso para 
conduzir o segmento do corpo pela ADM até alongar as estruturas encurtadas. 
Técnicas de alongamento com facilitação neuromuscular proprioceptiva 
As técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) também chamadas de 
alongamento atívo'" ou alongamento facilitativo, Integram de propósito contra· ações musculares 
ativas nas manobras de alongamento, para facilitar ou inibir a ativação muscular e aumentar a 
possibilidade de que o músculo a ser alongado permaneça o mais relaxado possível durante o 
procedimento. A explicação tradicional para os mecanismos que fundamentam o alongamento 
com FNP é a ocorrência de um relaxamento reflexo durante as manobras de alongamento, 
decorrente da inibição autogênica ou recíproca. 
 
Tipos de alongamento FNP Há vários tipos de procedimentos de alongamento FNP e todos 
resultam na melhora da ADM. Eles incluem: 
 Manter-relaxar (MR) ou contrair-relaxar (CR). 
 Contração do agonista (CA). 
 Manter-relaxar com contração do agonista (MR-CA). 
Na FNP clássica, essas técnicas são realizadas com grupos musculares combinados que agem 
em padrões diagonais, se mas isso tem 
sido modificado cm muitos estudos e 
publicações, com alongamentos nos 
planos anatômicos ou em oposição à 
linha de tração de um grupo muscular 
especifico. 
Outra técnica de alongamento FNP é o 
procedimento de contração do agonista 
(CA). Termo tem sido usado por vários 
autores mas pode ser mal 
compreendido. Agonista" refere-se ao 
músculo oposto ao músculo que limita a 
amplitude. Desse modo, "antagonista é 
efetivamente o músculo que está 
limitando a amplitude. O músculo encurtado (o antagonista) que impede o movimento completo 
do movimentador primário (o agonista). Amplitude de movimento dinâmica (ADM-D) e 
alongamento ativo são termos que têm sido usados para descrever o procedimento de CA. 
Para fazer o procedimento de CA, o paciente contrai concentricante (encurta) o músculo oposto 
no que está limitando a amplitude e, então, mantém a posição final por pelo menos alguns 
segundos. 
Os procedimentos básicos para a Facilitação são: 
 Resistência: auxilia a contração muscular e o controle motor, aumenta força e incrementa 
a aprendizagem motora 
 Irradiação e reforço: utilizam a propagação da resposta ao estímulo. 
 Contato Manual: aumenta força e guia o movimento com o toque e pressão 
 Posição Corporal e biomecânica: guiam e controlam o movimento ou a estabilização 
 Comando Verbal: utiliza palavras e tom de voz apropriados para direcionar o paciente 
 Visão: guia o movimento e aumenta empenho 
 Tração e aproximação: o alongamento ou compressão dos membros e do tronco facilitam 
o movimento e a estabilidade 
 Estiramento: o alongamento muscular e o reflexo de estiramento facilitam a contração e 
diminuem a fadiga muscular 
 Sincronização de movimentos: promove o sincronismo normal e aumenta a força da 
contração muscular através da “sincronização por ênfase”. 
 Padrões: os movimentos sinergéticos em massa são componentes do movimento 
funcional normal. 
 
Tipos de Exercícios quanto à contração muscular 
 Estático ou Isométrico  contração sem variação de comprimento muscular e articular 
 Dinâmico ou Isotônico  contração com variação de comprimento muscular e 
deslocamento articular 
 Dinâmico Concêntrico  tensão maior que a resistência 
 Dinâmico Excêntrico  tensão menor que a resistência 
 
Tipos de Exercício Quanto a Execução 
 a) Passivo  sem contração muscular voluntária 
 b) Ativo  com contração muscular voluntária 
 Livre  contração ativa dos músculos 
 Assistido  contração ativa com auxílio 
 Resistido  contração contra resistência 
 
 
 Tipos de Exercício quanto a aplicação 
 
 Amplitude de Movimento  auxilio “reaprendizagem”do movimento  Fraturas; 
descoordenação após desuso; paralisia 
 Exercícios de Resistência à pressão   força de músculos ou grupos musculares 
 Resistência   resistência e repetitivos   da resistência 
 Coordenação  melhora da precisão; músculo adequado, momento adequado, força 
necessária 
 Relaxamento  alívio das tensões musculares 
 Postural  relação adequadas entre várias estruturas 
 Condicionamento  manter ou aumento da força 
 Alongamento ou Estiramento  reestabelecimento da ADM  ativos ou passivos  
perda da elasticidade  limitação 
 Respiratório  correção e diminuição das deficiências respiratória 
 
 
 
 
 
TIPOS DE MOVIMENTOS PRESENTES NOS EXERCÍCIOS 
CINESIOTERAPEUTICOS 
 
PASSIVO 
 
Movimento realizado inteiramente por força externa, onde não há contração muscular 
voluntária, dentro do alcance da ADM. São exercícios realizados pelo fisioterapeuta, o 
paciente tendo ou não possibilidade de realiza-los sozinho. 
 
ATIVO 
 
Movimento realizado inteiramente pelo próprio indivíduo, onde há contração muscular 
voluntária, dentro do alcance da ADM. O paciente realiza o movimento por conta própria, sem 
ajuda com o aumento da força, podendo usar ou não resistências. 
 
 
ASSISTIDO 
 
Movimento ativo-assistido, onde há a contração muscular que necessite de auxílio de uma 
força externa para completar o movimento, dentro do alcance da ADM. O paciente necessita 
do auxílio do fisioterapeuta para realizar completamente o movimento executado. 
 
 
RESISTIDO 
 
Exercício realizado de forma ativa com uma contração mecânica ou estática sendo resistida 
por uma força externa. Esta resistência pode ser feita manualmente ou mecanicamente, 
visando a melhora da função física. Objetivo: aumento da força, aumento da resistência à 
fadiga, aumento de potência. 
 
 
TIPOS DE EXERCÍCIOS CINESIOTERAPÊUTICOS 
 
Melhora a força, a potência, a resistência à fadiga muscular e melhora a estabilidade, 
equilíbrio, coordenação e agilidade. Pode -se usar resistência mecânica, manual ou 
simplesmente o peso do corpo. 
 
REEDUCAÇÃO MUSCULAR 
 
Exercícios voltados para auxiliar o grupo muscular a reaprender a executar sua função normal. 
Muito utilizado quando o paciente passa muito tempo com o membro imobilizado por fratura, 
perda da coordenação por desuso (pessoas acamadas por muito tempo) paralisia ou 
intervenções cirúrgicas 
 EXERCÍCIOS DE RESISTÊNCIA À PRESSÃO 
 
Exercício para aumentar a resistência, realizados manualmente ou com aparelhos a fim de 
aumentar a força de um músculo, grupo de músculos ou estruturas de sustentação ao redor 
de uma articulação 
 
RESISTÊNCIA 
 
Exercícios que visam aumentar a resistência
muscular através de movimentos 
Repetitivos com baixa resistência COORDENAÇÃO 
Exercícios destinados a melhorar a precisão dos movimentos musculares, Adequando a 
utilização do músculo no momento apropriado e com a exata quantidade de força necessária 
para executar o movimento. 
 
RELAXAMENTO 
 
Promove alivio em contrações musculares prolongadas, onde o paciente começa a perceber 
tensões musculares e como controla -las e inibi-las através de exercícios. 
 
 
Método de Codman 
(Ombro) 
 
Baseia-se no ganho de mobilidade com exercícios específicos: o paciente em pé, como o tronco 
fletido, a articulação do quadril a cerca de 90 graus. O braço fica pendurado solto em uma 
posição entre 60 a 90 graus de flexão ou flexão no plano escapular. Depois fará movimentos para 
a extensão, mais tarde para a abdução e adução, e finalmente movimentos circulares para a 
rotação externa. O objetivo destes exercícios é ganhar flexibilidade e aumentar o movimento 
articular. 
 
➢ Deve ser realizado um movimento de pendulo 
ou balanço do braço fazendo o paciente mover 
levemente o tronco para frente e para trás. 
Podem ser feitos movimentos de flexão, 
extensão, abdução e adução horizontal e 
circundução. Devemos ir aumentando o arco de 
movimento conforme o tolerado. Essa técnica 
não deve causar dor. 
 
➢ Se os pacientes não puderem produzir o balanço inclinados para frenteou o paciente relatar 
dor na coluna por causa da inclinação para frente deve-se então apoiar em algo sólido ou deitar 
em decúbito ventral sobre uma mesa 
 
➢ Acrescentando um peso à mão ou usando caneleiras no pulso, consegue-se uma força de 
separação maior na articulação glenoumeral. Os pesos só devem ser usados quando são 
indicadas manobras de alongamento ou se a escapula for estabilizada pelo fisioterapeuta de 
modo que a força de alongamento seja direcionada para a articulação e não para os tecidos 
moles da região escapulotorácica. 
Precauções 
Alguns paciente podem ficar com a sensação de vertigem quando se levantam depois de terem 
estado inclinados para frente; se isso acontecer, faça -os sentar e descansar. 
2) Se ocorrer aumento da dor ou a diminuição da amplitude de movimento, a técnica pode ter sido 
uma escolha inapropriada. 
3) Os exercícios pendulares são também inapropriados para pacientes com edema periférico. 
Após o controle da inflamação e do quadro e a restauração da amplitude articular iniciaremos o 
trabalho de fortalecimento muscular. É nesse 
ponto que se usa o protocolo de Rockwood. 
 
Método de Rockwood 
 
O protocolo de Rockwood consiste em 
exercícios que representam as fases do 
Fortalecimento muscular para o ombro, com a 
utilização de uma resistência (Elástico ou 
tubos), na qual o paciente realiza todos os 
movimentos do complexo do ombro com a 
manutenção da isometria. 
Os movimentos realizados pelo protocolo: (10 
movimentos em três series): 
 Flexão 
 Extensão 
 Rotação interna 
 Rotação externa 
 Abdução 
 Atenção a isometria, a velocidade e a postura. 
 
Método McKenzie (Coluna) 
Pelo método de Robin McKenzie, a coluna vertebral possui curvaturas que foram 
determinadas através de um processo de adaptação da evolução humana. Com o intuito 
de absorver os choques e permitir maior flexibi lidade. A dor lombar, segundo McKenzie, 
é causada pela tensão muscular ou estiramento dos ligamentos e outros tecidos moles. 
Isso geralmente ocorre com a manutenção dos maus hábitos posturais, excesso de 
flexões e posições relaxadas, ou seja, 
qualquer posição onde a coluna lombar 
tende a reti ficar-se. Outras causas 
comuns que podem ocorrer são as forças 
externas aplicadas na coluna, 
provocando tensão nas estruturas, 
levantamento de objetos excessivamente 
pesados e posição curvada enquanto se 
trabalha. Entre todas esta causas, a 
posição sentada de forma incorreta 
representa a maior causa de dor lombar. 
 
Segundo McKenzie, as protusões do 
disco intervertebral são uma conseqüência do estiramento excessivo do ligamento que 
envolve o disco, causando perda da capacidade de estabi lização, gerando o 
deslocamento do disco. 
Durante o movimento de flexão, McKenzie acredita que o núcleo do disco desloca 
posteriormente, a pressão no disco aumenta e o sistema ligamentar posterior fica 
tensionado. Na extensão o anel posterior fica protuberante (fisiologia normal), o disco 
desloca anteriormente, reduz a pressão no IV disco intervertebral e o sistema ligamentar 
fica relaxado. McKenzie apresenta a flexão e a má postura sentado, como os maiores 
responsáveis pelos casos de protusões, fissuras, rupturas, tensões, estiramentos e 
compressões das estruturas da coluna lombar. 
O próprio método possui sua forma de diagnóstico. Existe uma anamnese onde é colhida 
a história da lesão. É realizado um exame objetivo e, posteriormente, são feitos testes 
dos movimentos, confirmando o diagnóstico mecânico. Em caso de have r irradiação da 
dor durante os testes, o teste neurológico também é efetuado. Lembrando que, segundo 
Mckenzie, a dor lombar pode ser uma síndrome de postura, disfunção ou desarranjo. 
De acordo com o diagnóstico, o tratamento segue princípios conforme o aco metimento. 
No caso de uma síndrome de postura, o tratamento será a correção postural, numa 
disfunção de flexão uti liza-se o princípio da flexão, disfunção da extensão o princípio da 
extensão, no desarranjo posterior o princípio da extensão, no desarranjo a nterior o 
princípio da flexão e na aderência nervosa o princípio de flexão. Outros casos, como a 
articulação sacri líaca e do quadri l, são uti lizados métodos não abordados neste trabalho. 
Nas fases mais avançadas do tratamento, é introduzida a flexão com a finalidade de 
reorganizar o colágeno, que é depositado de forma desordenada no anel fibroso. 
McKenzie, através do seu método, segue as três fases do processo de recuperação do 
disco, que são: o processo natural de cura, o mecanismo auto -selante e a recuperação 
carti laginosa. 
Em alterações do disco por laceração anular, é seguido por um processo de cura natural. 
O encravamento de vasos sangüíneos, através da placa terminal do corpo vertebra l, 
promove a formação de novo tecido de granulação. Com a contração da cicatriz invasora, 
a disfunção desenvolve dentro do seguimento intervertebral. Quando for aplicado 
suficiente estresse mecânico à coluna, o tecido cicatricial fibrótico tende a fragment ar-
se, repetindo-se o ciclo 
Também existe um mecanismo auto-selante dentro do disco que aparece pouco tempo 
depois da lesão. Os discos lesionados através da parede anular, foram submetidos a 
testes por carga de compressão. O auto-selamento ocorre durante os primeiros ciclos de 
carga por um fluxo de material nuclear para dentro da fissura. Os discos parecem voltar 
ao comportamento de compressão normal após poucos ciclos de carga. Isso demonstra 
a rapidez com que se pode instalar uma recuperação temporária, a ntes que se complete 
uma recuperação a longo prazo pela formação de tecido cicatricial fibroso. McKenzie 
argumenta que, num distúrbio posterior, a execução de exercícios de extensão passiva 
repetidos pode dar início a um fenômeno de auto -selamento. 
Pesquisas avaliaram os efeitos da imobilização, da mobilização ativa e passiva sobre as 
articulações do joelho de coelhos, que continham carti lagens danificadas como resultado 
de fratura intra-articular. Concluiu que o movimento passivo contínuo, da fratura intra -
articular cirurgicamente fixado, durante pelo menos uma vez por semana após a lesão, 
induz à regeneração da carti lagem ao invés da substi tuição por tecido fibroso. Além disso, 
ele descobriu que a carti lagem se regenerasse até a normalidade e não era encontrada 
nenhuma artri te póstraumática seis meses
após a lesão. 
McKenzie argumenta que a execução regular de exercícios de extensão passiva no 
distúrbio posterior, pode acentuar a qualidade ou melhorar a natureza dos tecidos 
curativos no anel posterior. 
Método Williams(Coluna) 
Os exercícios de flexão de Williams são bastante uti lizados para o tratamento de grande 
variedade de problemas lombares. Em muitos casos o método é uti lizado quando a 
causa da desordem ou as características não 
são bem compreendidos por fisiatras e 
fisioterapeutas. Constantemente os exercícios 
são ensinados com modificações próprias dos 
terapeutas. Qualquer modificação dos exercícios 
devem ser feitos sob muita consideração da 
ação muscular, porque os exercícios que violam 
o mecanismo de inclinação posterior da pelve, 
podem ser suficientes para prolongar os 
sintomas clínicos. Os exercícios em geral visam 
o fortalecimento dos músculos abdominais, 
glúteos e o alongamento de parte da cadeia 
posterior. 
Todos os exercícios de Williams são acompanhados de flexão do quadri l, gerando tração 
dos músculos ísquio-tibiais que levam a retroversão pélvica. Este movimento é conhecido 
por contra-nutação. O movimento de flexão é limitado pela tensão exercida sobre as 
estruturas do arco posterior (cápsula e ligamentos da articulação interapofisária, 
ligamentos amarelo, interespinhoso, supraespinhoso e o ligamento vertebral comum 
posterior). 
Williams tem contradições próprias em seu método. Por exemplo, em um dos seus 
exercício básicos, o indivíduo toca o pé com as mãos. Ao mesmo tempo ele condena a 
flexão do corpo em pé para tocar o chão. É o mesmo exercício, mas com postura 
diferente. 
 
Escala de Força Muscular de Oxford 
 
 
 
Técnicas de DeLorme e Oxford 
 
As técnicas de treino de DeLorme e de Oxford são a génese das atuais pirâmide ascendente e 
decrescente, respectivamente. A técnica de DeLorme provem da reabilitação física e foi 
introduzida pelo Dr. Thomas L. DeLorme que era profissional do exercício físico do exercito 
Americano. Esta consistia num protocolo de 3 séries de 10 repetições, em que na primeira série 
usava-se uma carga correspondente a 50% da 10 RM, na segunda 75% da 10RM e na terceira 
100% da 10RM. Quando o máximo de repetições era quebrado (10) efetuava-se um incremento 
adequado de carga. O autor fundamentou esta técnica com a necessidade de os grupos 
musculares exercitados serem sujeitos a um “aquecimento” inicial para efetuar a última série de 
10 repetições. 
Por sua vez, Zinovieff (1954), apresenta a técnica de Oxford que consiste na inversão da técnica 
de DeLorme, nomeadamente realização das mesmas 3 séries, de 10 repetições cada, com a 
utilização da 10RM na primeira, 75% da 10RM na segunda e 50% da 10RM na terceira e última 
série. A justificação para esta inversão era que devido à fadiga muscular proporcionada pelas 
primeiras séries seria difícil chegar às 10 repetições na última série quando usado o método 
de DeLorme. 
Será importante referir que estas técnicas usavam um ativação geral prévia, normalmente com 
um exercício predominantemente aeróbio de baixa intensidade, e um tempo de descanso entre 
séries de cerca de 3 minutos. 
Vários foram os estudos que foram realizados para comparar as duas técnicas e foi observado 
respostas idênticas nos incrementos de força (Fish et al., 2003; Razmjou et al. 2010; Da Silva et 
al., 2010), no volume de repetições (De Salles et al., 2008), no dano muscular, medido pela CK 
(Razmjou et al. 2010; Da Silva et al., 2010) e na mesma resposta da IGF-I (Razmjou et al. 2010). 
Tendo como base estas duas técnicas, as pirâmides que usualmente são efetuadas nos ginásios, 
academias e health-clubs utilizam ou um aumento progressivo da carga e uma diminuição do 
número de repetições, de série para série, ou o inverso. Esta técnica é defendida pelo mítico Joe 
Weider nos seus princípios para os bodybuilders de nível intermédio. Podemos observar como 
exemplo a Figura 1 
 
 
Figura 1 – Pirâmide Ascendente ou Clássica e Pirâmide Decrescente, respetivamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro aspeto importante é o tempo de descanso entre séries. Embora não seja consensual 
alguns defendem o uso de períodos mais curtos (30 a 90s) enquanto outros mais longos (120 a 
180s) e segundo a revisão de Henselmans & Schoenfeld, (2014) a auto regulação do tempo 
talvez seja a mais eficaz para aumentos de hipertrofia muscular. Desta forma, o uso destas duas 
técnicas pode ser escolhida tendo em conta o tempo de descanso entre séries. Mais uma vez 
pela lógica se for usado tempos mais curtos a pirâmide invertida ou descendente parece a ideal. 
Um último estudo que comparou, entre outros factores, os ganhos de força e a hipertrofia 
muscular entre a pirâmide crescente e as técnicas de treino de força tradicional e Drop-set 
verificou que todos são eficazes, e de igual forma, nos aumentos de força muscular e hipertrofia 
(Angleri et al, 2017). De salientar que o volume foi equalizado entre técnicas nesse estudo. 
Assim, em termos práticos podemos usar ambas as técnicas para obter aumentos de força 
muscular e hipertrofia. Contudo, devemos ter em conta como manipulamos as variáveis do treino 
(por ex, tempo de descanso entre séries e volume). 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões Nervosas Periféricas 
De acordo com Seddon, as lesões nervosas periféricas são classificadas em: 
a) Neuropraxia — lesão leve com perda motora e sensitiva, sem alteração estrutural; 
b) Axonotmese — é comumente vista em lesões por esmagamento, estiramento ou por 
percussão. Há perda de continuidade axonal e subseqüente degeneração Walleriana do 
segmento distal. Nesse tipo de lesão não ocorre perda de célula, e a recuperação irá depender do 
grau de desorganização do nervo e também da distância do órgão terminal; 
c) Neurotmese — separação completa do nervo, com desorganização do axônio causada por 
uma fibrose tecidual com conseqüente interrupção do crescimento axonal. A recuperação 
espontânea é pobre sem intervenção cirúrgica. Além da classificação de Seddon, há uma outra 
conhecida pouco utilizada na prática, a classificação de Sunderland.Este refinou a classificação 
de Seddon dividindo-a em cinco tipos ou graus. 
 A neuropraxia foi classificada como tipo I; 
 Já a axonotmese foi dividida em três tipos, que variam de acordo com o grau da lesão, 
 Enquanto que a neurotmese foi classificada 
como tipo 5. É raramente possível, através da 
classificação de Sunderland, classificar com 
exatidão uma lesão axonotmética com base 
em dados clínicos e eletromiográficos. O 
subtipo é geralmente discriminável pelo 
exame histológico da lesão do nervo. 
 
 
 
 
Manobras de reposicionamento no tratamento da vertigem paroxística posicional 
benigna (VPPB) 
 
A VPPB é auto-limitada, na maioria dos casos regride espontaneamente, sem qualquer tratamento, 
num período de tempo muito variável em cada caso. 
 
Manobras de reposicionamento – ultimamente, esta forma de 
tratamento vem, cada vez mais, ganhando espaço em relação às 
demais. Isso se deve à sua praticidade, facilidade na realização, 
associada a altos índices de sucesso. Duas manobras clássicas 
surgiram: 
A manobra de Epley (ME), também designada de procedimento 
de reposicionamento dos canalitos, ganhou popularidade entre a 
comunidade médica pela sua relativa simplicidade quer para o 
clínico quer para o doente. Consiste, essencialmente, em 
deslocar as partículas da endolinfa (designadas por canalitos) 
retidas no canal semicircular posterior para o utrículo, onde ficam 
livres e inertes. O procedimento decorre segundo cinco etapas 
simples, descritas por JM Epley: 
1. O paciente é colocado sentado
na ponta da maca/ /mesa e 
com a cabeça rodada a 45º para o lado afectado (correspondente ao lado em que o teste de DH 
foi positivo). 
2. O paciente é rapidamente levado para uma posição supina com a cabeça rodada e pendente 
para além da margem da mesa. Assim se mantém durante 20- -30 segundos. 
3. A cabeça é rodada 90º para o outro lado (não afectado) e assim permanece 20 segundos. 
4. A cabeça faz nova rotação de 90º para o mesmo lado, apenas se conseguindo tal com a 
rotação concomitante do corpo do paciente de uma posição supina para decúbito lateral. Assim, 
estabiliza por mais 20- -30 segundos. 
5. O doente volta à posição sentada, com os pés pendentes para além da margem da mesa no 
lado não- -afectado. 
 
Manobra de Semont 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patologias Neurológicas 
Labirintite 
 
Labirintite (inflamação do labirinto da sua orelha interna) ocorre quando o nervo que segue dentro 
da sua orelha interna é infectado por um vírus ou uma bactéria. Seu médico pode determinar qual 
a causa da sua infecção e lhe prescrever o medicamento correto se for visto precocemente. 
Lesões no nervo da sua orelha interna afeta seu equilíbrio e sua audição. Você também pode ter 
tonturas, vertigem (sensação que você está girando ou que os objetos estão girando), equilíbrio 
reduzido e alterações na sua audição. Os sintomas podem variar de médio à severo. No início (3 
primeiros dias), as pessoas podem relatar sensação de estarem “girando/rodando”, dificuldade 
para focalizar os objetos, zumbido nos ouvidos ou redução da audição, e também podem queixar-
se de náuseas e vômitos. Com o passar do tempo, a tontura pode deixar de ser rotatória e passa 
a acontecer somente durante movimentos rápidos da cabeça. Mudanças no equilíbrio também 
são observadas. 
Corea De Huntington 
 
A Doença de Huntington (DH) é uma desordem hereditária do cérebro que afeta pessoas de 
todas as raças em todo mundo. A DH é uma doença degenerativa cujos sintomas são causados 
por perda marcante de células em uma parte do cérebro denominada gânglios da base. Este 
dano afeta a capacidade cognitiva (pensamento, julgamento, memória), os movimentos e o 
equilíbrio emocional. Os sintomas aparecem gradualmente, em geral nos meados da vida, entre 
as idades de 30 e 50 anos. Entretanto, a doença pode atingir desde crianças pequenas, até 
idosos. 
Atetose 
 Movimentos involuntários mais lentos, sinuosos, frequentemente contínuos, lembrando uma 
contorção, que envolvem predominantemente as extremidades, A coreia e a atetose não são 
doenças, mas trata-se antes de sintomas que podem ser consequência de várias doenças 
diferentes. As pessoas com coreia e atetose apresentam anomalias nos gânglios basais do 
cérebro. Os gânglios basais intervêm na precisão e uniformidade dos movimentos que se 
iniciam depois de receber as ordens do cérebro. Na maioria das formas da coreia verifica-se a 
disfunção devido a um excesso do neurotransmissor dopamina nos gânglios basais. A coreia 
pode piorar devido a fármacos ou a doenças que alterem os valores de dopamina ou que 
modifiquem a capacidade do cérebro para reconhecer a dopamina. 
 
Patologia da Imobilidade 
Síndrome do Imobilismo 
 
A síndrome do imobilismo trata-se de um conjunto de alterações que ocorrem em indivíduos que 
permanecem acamados por um longo período. Essas alterações podem afetar todos os sistemas 
do corpo e seus efeitos comprometem a funcionalidade do paciente. 
Considera-se que de 7 a 10 dias de imobilização é um período de repouso, não trazendo grandes 
alterações sistêmicas. De 12 a 15 dias já é considerada imobilização propriamente dita, podendo 
já apresentar algumas alterações na funcionalidade do organismo. Períodos de imobilização 
acima de 15 dias já são considerados decúbitos de longa duração e podem apresentar alterações 
sistêmicas irreversíveis, caso não tratadas corretamente. 
Independente da condição que levou o paciente ao decúbito prolongado, esta síndrome evolui 
para problemas circulatórios, dermatológicos, respiratórios, digestórios, neuromioarticulares e, 
muitas vezes, psicológicos. 
É objetivo fundamental da fisioterapia a busca por meios de proporcionar um retorno das 
atividades da vida diária no menor tempo possível aos 
pacientes expostos à imobilização prolongada. 
A utilização de técnicas de mobilização passiva, que 
devem evoluir o mais rápido possível para mobilizações 
ativas, se mostra fundamental na redução do tempo de 
imobilização no leito. A mobilização precoce diminui a 
incidência de TVP e tromboembolismo, além de permitir 
melhor oxigenação e nutrição dos órgãos internos. 
O tratamento fisioterápico de pacientes com imobilização 
prolongada deve: 
 
 Estimular a movimentação precoce no leito e a independência nas atividades; 
 Estimular a deambulação; 
 Prevenir complicações pulmonares; 
 Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já implantadas; 
 Promover um padrão respiratório mais eficaz; 
 Evitar complicações respiratórias; 
 Reduzir a dor; 
 Manter força muscular e amplitude articular; 
 Evitar encurtamentos, atrofias e/ou contraturas musculares; 
 Melhor mobilidade, flexibilidade, coordenação e equilíbrio; 
 Promover relaxamento; 
 Prevenir e tratar possíveis edemas; 
 Promover a reeducação postural; 
 Prevenção de escaras. 
 
 
 
 
 
Patologias do Ombro 
Capsulite Adesiva 
A capsulite adesiva, conhecida popularmente como “ombro congelado”, é um quadro que se 
caracteriza por limitação dos movimentos e intensa dor no ombro, que pode durar de vários 
meses até anos. A capsulite adesiva é provocada por uma inflamação da cápsula que reveste a 
articulação do ombro. 
A extremidade superior do úmero, chamada de 
cabeça do úmero, tem a forma de um globo e se 
encaixa na cavidade glenoide, que é uma fossa 
em formato esférico na lateral da escápula. O 
encaixe de um osso com extremidade convexa em 
uma fossa côncava cria uma articulação que 
permite ao osso mover-se de forma multiaxial, nos 
possibilitando uma grande amplitude de 
movimentos.A articulação do ombro é envolvida 
pela cápsula articular do ombro, que é uma 
membrana que ao mesmo tempo cria estabilidade 
e permite a livre movimentação da articulação.A 
capsulite adesiva é uma doença que provoca 
inflamação, fibrose, espessamento e rigidez da 
cápsula articular, levando à dor e à impotência funcional do ombro. A capsula, que normalmente é 
um tecido elástico, torna-se rígida e bastante dolorosa.A capsulite adesiva é uma lesão ombro 
diferente da bursite e da tendinite do ombro. A bursite do ombro é provocada pela inflamação da 
bursa sinovial, que é uma espécie de almofada localizada no interior da articulação. Já a tendinite 
do ombro, como o próprio nome diz, é uma inflamação dos tendões do ombro. 
Síndrome Do Impacto 
A Síndrome do Impacto é uma patologia inflamatória e degenerativa que se caracteriza por 
impactação mecânica ou compressão de determinadas estruturas que se localizam no espaço 
umerocoracoacromial, especialmente o tendão do supraespinhal, o tendão da cabeça longa do 
bíceps, a Bursa subacromial e a articulação acromioclavicular. Essa síndrome progride com o 
efeito acumulativo do impacto, podendo causar microlesões nas estruturas supracitadas com 
possibilidade de fibrose da Bursa subacromial, tendinite ou até mesmo ruptura do manguito 
rotador. Sendo de natureza microtraumática e degenerativa, se caracterizando por tendinite do 
manguito rotador, compossíveis rupturas tendinosas parciais ou totais. As inúmeras passagens 
do manguito rotador sob o arco coracoacromial resultam na irritação contínua do tendão do 
supraespinhal, estrutura com maior acometimento, com aumento da espessura da Bursa 
subacromial por fibrose,
desta forma, o espaço, já comprometido, se torna cada vez mais 
reduzido. A degeneração ocorre pelos constantes atritos causados pela compressão das partes 
moles contra o arco coracoacromial e a 
permanência do mecanismo de impacto pode 
causar lacerações parciais ou totais no manguito 
rotador. Portanto, o uso excessivo do membro 
superior em elevação, durante determinadas 
atividades esportivas ou profissionais, favorece o 
surgimento da síndrome do impacto. Outro 
mecanismo que pode predispor um indivíduo para 
a Síndrome do impacto é a formação anatômica, 
pois pessoas com acrômio plano e pouca inclinação, presença de esporões na articulação 
acromioclavicular ou que possuam cabeça umeral posicionada mais superiormente apresentam 
maiores chances de desenvolvera patologia. Estudos em cadáveres mostram incidência de 80% 
de rupturas no manguito, associadas com as formas acromiais curvas e ganchosas. A fraqueza 
dos músculos do manguito rotador também pode levar a uma superiorização do úmero, 
ocasionando o impacto, além disso, uma hipovascularização tendinosa pode ocorrer, 
enfraquecendo o tendão do supraespinhal em sua inserção. 
 
Cadeias Musculares 
 
A definição clássica de cadeia muscular dada por Françoise Meziéres (conhecida como Madame 
Meziéres) é: “Conjunto de músculos de mesma direção e sentido, geralmente poliarticulares que 
se comportam como se fossem um só músculo e se recobrem como telhas de um retalho”. 
 
A partir de observações práticas e estudos anatômicos, nossa Madame pioneira neste campo, 
descreve também três leis relacionadas às cadeias musculares, que seguem: 
 
- Toda tentativa de correção local irá gerar uma compensação à distância; 
 
- Toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular, resulta em uma tendência de rotação 
interna dos membros; 
 
- Toda tentativa de tensionamento de uma cadeia muscular, leva a tendência de um bloqueio 
respiratório em apneia inspiratória. 
 
O que segura o nosso corpo em pé é a cadeia dos músculos estáticos. Os músculos que 
compõem esta cadeia possuem maior quantidade de tecido conjuntivo e um tônus mais elevado, 
pois exercem uma função antigravitacional, exigindo uma contração parcial constante. São 
músculos que tendem a ser mais tensos, hipertônicos, encurtados e menos flexíveis, e são os 
mais atingidos nos casos de patologias. 
 
Quando os músculos estáticos encurtam-se demasiadamente, podem ocorrer desvios ósseos e 
compressões das articulações. Quando um músculo de uma cadeia muscular é afetado, todos os 
outros músculos da mesma cadeia são afetados. 
 
Para os nossos principais movimentos, utilizamos a cadeia dos músculos dinâmicos. Estes 
músculos têm uma quantidade menor de tecido conjuntivo e tônus muscular mais baixo, por esta 
razão, podem tornar-se extremamente flácidos e hipotônicos. Um exemplo clássico disso são os 
músculos abdominais de pessoas sedentárias. 
 
Músculos locais: Multífidios, diafragma, transverso abdominal (TA) e assoalho pélvico. Esses 
músculos formam o cilindro da estabilidade, por isso, devem estar sempre contraídos durante os 
exercícios de pilates; 
 
Músculos Globais: Cadeia longitudinal - é formado pelo eretor espinhal, ligamento 
sacrotuberoso, bíceps femoral e fibular; 
 
Cadeia Oblíqua anterior: é formada pelo oblíquo interno, adutor e oblíquo externo contralateral; 
 
Cadeia Oblíqua posterior: formada pelo latíssimo do dorso, glúteo máximo contralateral; 
 
Cadeia lateral: tensor da fáscia lata, glúteo médio e mínimo, adutores contralaterais. 
 
Nossos grupos musculares são, na maior parte, pluriarticulares, ou seja, passam por mais de uma 
articulação, e sobem uns nos outros, constituindo assim as cadeias musculares. Como exemplo, 
podemos falar assim: numa fila de pessoas de mãos dadas, se uma delas tropeça, seu 
desequilíbrio se transmitirá às outras. Da mesma forma, qualquer tração efetuada em uma 
extremidade de uma cadeia muscular se traduz imediatamente por uma compensação em um 
ponto qualquer da cadeia. 
 
Colocando esse exemplo em nosso corpo, vejamos os músculos espinhais; uma tentativa de 
alongamento da nuca traduz-se por uma agravação da lordose lombar ou por uma diminuição da 
cifose torácica. Da mesma forma, uma correção da lordose lombar “achata” a nuca e acarreta 
uma flexão do quadril. 
 
Resumindo, cadeias musculares são músculos que exercem a mesma função, tendo muita 
influência nas alterações posturais. Podem ser estáticas ou dinâmicas e dividem-se em grupos: 
 
Cadeia Mestra Anterior: é subdividida 
em quatro cadeias menores – a 
inspiratória, antero-interna do ombro, 
anterior do braço e antero-interna do 
quadril. É composta pelos seguintes 
músculos: escalenos, intercostais, 
diafragma e seus pilares, psoas, 
adutores pubianos (pectíneo, adutor 
curto, adutor longo, reto interno e 
pequena porção do adutor magno), 
músculos anteriores da perna, peitoral 
menor, subescapular e coracobraquial. 
 
Obs: a retração desses músculos causa projeção da cabeça para frente, dorso curvo, 
enrolamento dos ombros para frente, joelhos em valgo, pés planos, tórax elevado, rotação interna 
do braço e hiperlordose lombar. Também ocorre o desabamento do arco plantar. 
 
Cadeia Mestra Posterior: também subdividida em quatro cadeias menores – póstero superior, 
póstero inferior, superior do ombro e superior lateral do quadril. Os músculos que a compõem 
são: músculos da planta dos pés, bíceps, ísquios tibiais, pélvico-trocanterianos, glúteos, 
espinhais, fáscia lata, tibiais anterior e posterior. 
 
Obs: a retração desses músculos causa dorso plano, projeta o tronco para frente, nuca ou região 
lombar escavada, genu varo, pés cavos, retração muscular do posterior da coxa e retificação das 
curvaturas da coluna. 
 
No entanto, os praticantes do RPG consideram outra cadeia mais ampla, que engloba todos os 
músculos que passam pelas três curvaturas principais da coluna. Trata-se da Cadeia Cérvico-
tóraco-abdominopélvica. No pescoço, ela começa pela aponeurose profunda ou pré-vertebral, as 
aponeuroses intra e peri-faringianas que se tornam mais abaixo as bainhas vasculares e 
viscerais, a aponeurose média. Todas essas formações ligam-se à base do crânio. 
 
Na caixa torácica, a aponeurose pré-vertebral prolonga-se pelo reforço posterior da fáscia 
endocárdica. Por meio de todo esse conjunto aponeurótico, fascial e ligamentar, o diafragma 
encontra-se de certa forma suspenso à base do crânio e coluna cervicodorsal até T4. Os autores 
comparam o corpo humano com uma marionete, cuja fáscia são os fios que fazem com que se 
mova. Nada representa melhor essa imagem do que a cadeia cérvico-tóraco-abdominopélvica. 
Ela seria a cadeia central de suspensão, na qual se ligam os quatro membros. 
 
Receptores corporais (Sensoriais) 
Os receptores sensoriais podem ser classificados de acordo com a natureza do estímulo que 
captam e também de acordo com o local onde captam os estímulos. Veja a seguir 
detalhadamente. 
 
Natureza do estímulo 
 
De acordo com a natureza do estímulo captado, os receptores podem ser classificados em 
quatro tipos básicos: 
 Quimiorreceptores: São receptores que captam estímulos químicos. Estão localizados na 
língua e no nariz e são responsáveis, respectivamente, pelos sentidos do paladar e do 
olfato. 
 Termorreceptores: São receptores que captam estímulos térmicos. Estão distribuídos por 
toda a pele, ligeiramente mais concentrados nas regiões da face dos pés e das mãos. 
 Mecanorreceptores: São receptores que captam estímulos mecânicos, como a 
compressão ou o estiramento da pele e de órgãos internos. Existem dois tipos especiais 
desses receptores: os fonorreceptores, que captam variações na pressão do ar; e os 
estatorreceptores, que detectam a posição do corpo em relação à força de gravidade.
 Fotorreceptores: São receptores que captam estímulos luminosos. São encontrados nos 
olhos. 
 
Local de captação 
 
Conforme o local de onde captam estímulos, os receptores sensoriais podem ser 
classificados em três tipos básicos. 
 Exteroceptores: Receptores que captam estímulos provenientes do ambiente, como luz, 
calor, sons e pressão. 
 Proprioceptores: Receptores que captam estímulos provenientes do interior do corpo. São 
encontrados nos músculos, tendões, juntas e órgãos internos. 
 Interoceptores: São receptores que percebem as condições internas do corpo, como grau 
de acidez, pressão osmótica, temperatura e composição química do sangue, entre outros. 
 
Movimentos Osteocinemáticos 
 
Os movimentos osteocinemáticos são os movimentos fisiológicos ou clássicos da diáfise óssea. 
Estes movimentos podem ser realizados voluntariamente pelo paciente de acordo com os planos 
cardeais do corpo e seus eixos. Os eixos unem as partes que os planos separam. 
Plano Sagital ou Mediano / Eixo Frontal: Divide o corpo em lados direito e esquerdo. Os movimentos 
realizados neste plano são os de flexão e extensão. 
Plano Frontal / Eixo Sagital: Divide o corpo em partes anterior(ventral) e posterior(dorsal). Os 
movimentos realizados neste plano são os de abdução e adução. 
Plano Transversal / Eixo Longitudinal: Divide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos 
que ocorrem neste plano são as rotações interna e externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Movimentos Artrocinemáticos 
Os movimentos artrocinemáticos são os movimentos que ocorrem no interior da articulação e, eles 
descrevem a distensibilidade na cápsula articular permitindo que os movimentos fisiológicos 
ocorram ao longo da amplitude de movimento sem lesar as estruturas articulares. Estes 
movimentos não podem ser realizados ativamente pelo paciente, geralmente são muito utilizados 
para restaurar a biomecânica articular normal diminuindo a dor , alongando ou liberando com menos 
trauma determinadas estruturas. 
São cinco os movimentos artrocinemáticos: giro, rolamento, tração, compressão e deslizamento. 
Rolamento: Durante o rolamento um osso rola sobre o outro com a seguintes características : 
– As superfícies são incongruentes. 
– Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na superfície oposta. 
– Nas articulações com a biomecânica normal o rolamento só ocorre em combinação com os 
movimentos de deslizamentos e giro, porém quando o rolamento ocorre sozinho causa compressão 
nas superfícies do lado que o osso esta se movendo, o que pode provocar uma lesão articular, e 
uma separação no outro lado. 
– A superfície que se move seja ela convexa ou côncava não influencia a direção do movimento 
ósseo . 
Deslizamento: Durante o deslizamento um osso desliza sobre o outro com as seguintes 
características: 
– As superfícies articulares são congruentes. 
– O mesmo ponto em uma superfície faz contato com novos pontos na superfície oposta. 
– O deslizamento não ocorre sozinho devido as superfícies articulares não serem totalmente 
planas, ou seja, completamente congruente. 
– Diferentemente do rolamento, a superfície articular que se move influência a direção do 
deslizamento, o que é chamado como regra convexo-côncava . 
– Quando a superfície articular que se move é convexa o deslizamento ocorre na direção oposta à 
do movimento angular do osso. 
– Quando a superfície que se move é côncava o deslizamento ocorre na mesma direção do 
movimento angular do osso. 
Compressão: Durante a compressão uma superfície articular se aproxima uma da outra com as 
seguintes características: 
– A compressão causa diminuição no espaço articular entre as partes ósseas, 
– Ocorre normalmente nos membros inferiores e na coluna durante a sustentação do corpo, 
– Ocorre compressão com a contração muscular gerando estabilidade articular, impedindo lesões 
articulares, 
– Com a compressão o líquido sinovial move-se para as estruturas articulares avasculares nutrindo-
as e lubrificando-as, 
– Cargas excessivas de compressão causam lesões articulares, principalmente na cartilagem 
articular. 
Tração: Durante o movimento de tração as superfícies articulares afastam-se uma da outra com as 
seguintes características. 
– Ocorre separação das superfícies articulares quando são puxadas distalmente uma da outra. 
– Pode ocorrer tração no eixo longo do osso resultando em deslizamento caudal . 
– Pode ocorrer tração em ângulo reto onde resulta na separação articular propriamente dita.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais