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Leia o caso que será apresentado, em seguida escolha a opção correta com relação à condução docente nesta situação: A responsável de uma aluna comunica que sua filha está constrangida com a exclusão que alguns colegas fazem nas atividades coletivas. A criança relatou à mãe que eles descobriram a religião de sua família e que por esse motivo começaram a ignorar a presença da menina. A professora escuta a mãe, conversa com a turma e realiza uma série de conversas sobre tolerância e diversidade. A professora ouve a mãe, mas sabe que não cabe a ela tomar atitudes. A professora conversa com a turma e chama a atenção do grupo, sem conversar sobre preconceito religioso. A professora não deverá interferir e respeitar os limites dos colegas. Todas as alternativas estão incorretas. Leia o caso que será apresentado: Um grupo de responsáveis questiona as conduções do professor. Segundo eles, a turma está debatendo de maneira aberta os assuntos religiosos e isso tem gerado problemas em suas famílias. Alguns dizem que os discentes estão questionando demais! Qual o recurso legal que garante a liberdade docente com relação a esse tema? A lei 10.639 e a luta dos movimentos sociais respaldam as ações do professor. Todas as alternativas estão incorretas. Nenhum recurso, tema é contemplado no currículo escolar. Nenhum recurso, a condução do professor está equivocada. Não existe recurso, o professor não possui respaldo. Leia a charge abaixo, que foi capa do jornal Mulherio e tem autoria de Henfil. Fonte:https://www.fcc.org.br/livros/CRECHE_E_FEMINISMO_Donwload_pedro_menor.pdf Com relação ao conteúdo presente na charge, é correto afirmar: Diz respeito à luta organizada das mulheres das favelas. Não possui nenhuma conexão com a luta das mulheres pelo direito à creche. É apenas uma charge e não possui relação com nenhum conteúdo. Todas as alternativas estão incorretas. É uma luta individual e não diz respeito às pessoas das favelas. As reformas do Brasil Independente modificaram a condição dos homens negros no Brasil no que tange à educação. São elementos componentes deste momento: O grande número de alforriados, em especial, nos centros urbanos. As reformas de Rivadávia Correa. As propostas de André Rebouças para educar a população negra. O apoio recebido pela Princesa Isabel no suporte à educação dos jovens negros. A Lei do Ventre Livre, que obrigava aos senhores a darem educação básica aos jovens que tinham direito à liberdade. Sobre o racismo, é incorreto afirmar: Do ponto de vista biológico, a ciência comprovou a existência de quatro raças: branca, parda, negra, amarela. O preconceito racial pode estar presente em discursos, símbolos e expressões, sem, contudo, ser percebido de forma explícita. A discriminação racial é a materialização concreta do preconceito. Manifesta-se no âmbito das relações sociais, podendo apresentar-se de diferentes formas e situações. A política de ação afirmativa visa a oferecer, aos grupos historicamente discriminados, tratamento diferenciado para reparar desvantagens perante práticas de racismo. No Brasil, o racismo é considerado crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Sobre os paradigmas assimilacionista e emancipacionista na história da educação indígena é correto afirmar que: O paradigma emancipacionista é relativamente recente e resulta da luta histórica dos movimentos sociais indígenas e dos direitos conquistados com a promulgação da Constituição Federal de 1988. O paradigma emancipacionista, apesar de recente, já acumula conquistas importantes, dentre elas a erradicação do paradigma assimilacionista das políticas educacionais indígenas. O paradigma assimilacionista vigorou durante todo o período colonial, sendo substituído pelo paradigma emancipacionista com a independência do Brasil. Ambos os paradigmas coexistiram e seguem coexistindo na história da educação escolar indígena, desde as primeiras experiências de contato. É uma demanda das comunidades indígenas que defendem seu direito de serem amplamente incorporados a sociedade brasileira sem processos segregacionistas, mas garantindo direitos iguais. Um desafio compartilhado por diferentes povos indígenas na implementação e continuidade da escola indígena diz respeito à demanda por professores(as) indígenas. Sobre isso assinale a alternativa incorreta: A demanda exclusiva por professores(as) indígenas atuando nas escolas indígenas é uma constante entre todas as etnias, sem distinção. A exemplo da experiência dos Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul, a demanda por professores(as) indígenas levou ao desenvolvimento de cursos específicos de formação de professores(as) indígenas. A Escola indígena deve ser entendida como uma modalidade própria, comunitária, com professores especializados, de preferência que dialoguem com a da comunidade, sem aspecto segregacionista, mas optativo dentro da própria comunidade em especial na educação infantil. No contexto da Educação Escolar Indígena, a demanda por professores(as) indígenas e a presença de estudantes indígenas em cursos regulares e licenciaturas indígenas nas Universidades Públicas são faces de um mesmo processo. A presença de professores(as) indígenas nas escolas indígenas é uma realidade que dialoga diretamente com os princípios da interculturalidade e da educação diferenciada. A função de formação das novas gerações, em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social, foi delegada à instituição escolar. Pensando na escola em seu contexto social, assinale a alternativa incorreta: A escola é herdeira de movimentos históricos marcados por ser um espaço de reprodução, sendo fortemente influenciada pela herança estruturalista. Atualmente vivemos uma crise dessa herança, por um lado pela ascensão de valores neoliberais e de outro pelas fortes críticas da representatividade dessa herança por autores que seguem proposições decoloniais. Com relação ao alunado, a escola como espaço de convivência social, torna-se um centro de referência pessoal que marca os sujeitos que por ali passam, pelo simples fato de estar nessa e não em qualquer outra, fruto de traços que a identificam, a tornam única: a educação ocidental formulada em seus preceitos deve nos nortear uma vez que pertencemos e defendemos esta modelagem cultural. Devido à sua própria natureza e função, a unidade escolar possui espaço de compromisso que lhe permite, frente a todas as adversidades, construir práticas que favoreçam e contribuam, dentro de limitações que precisam ser diariamente reafirmadas. Um passado que fundamente nossa relação com a antiguidade, os preceitos de valores medievais, o papel da razão e do estruturalismo moderno, sendo um espaço em que essas heranças se consolidam. Uma escola que pretende atingir, de forma gradativa e consistente, crescentes índices de democratização de suas relações institucionais deve deixar de considerar, como parte integrante de seu projeto, o compromisso de participação nos movimentos políticos, econômicos e sociais. Como espaço de convivência que favoreça o exercício da cidadania, a escola possui formas de organização, normas e procedimentos formais de sua estrutura respeitando sua história, que constituem nos mecanismos pelos quais podemos permitir e incentivar ou, ao contrário, inibir e restringir as formas de participação de todos os membros da comunidade escolar. Segundo os pressupostos do referencial histórico-cultural, o ser humano se desenvolve principalmente a partir: Da interação, da troca consigo próprio e com outros sujeitos, pela qual o sujeito vai internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais. De fatores biológicos característicos da espécie, que permitem ampliar seus esquemas de ação. Do acúmulo de informações memorizadas com o uso de diferentes fontes, entre elas se destacando o professor. Da história e como ela determina e cria as relações e as fundamentações humanas e sua interação com a cultura. Da ação de sujeitos mais experientes que determinamo processo de aquisição de conhecimento ao transmitir conceitos e valores. No romance de Monteiro Lobato O Presidente Negro (1926), livro de ficção sobre os EUA, o personagem principal vê o futuro, o século XXI, ano de 2228, através de um porviroscópio, e tece algumas considerações sobre o estágio do choque das raças naquele contexto: [...] Até essa época a população negra representava um sexto da população total do país. A predominância do branco era, pois, esmagadora e de molde a não arrastar o americano a ver no negro um perigo sério. Mas com o proibicionismo coincidiu o surto das ideias eugenísticas de Francis Galton. As elites pensantes convenceram-se de que a restrição da natalidade se impunha por 1001 razões, resumíveis no velho truísmo: qualidade vale mais que quantidade. [...] Os brancos entraram a primar em qualidade, enquanto os negros persistiam em avultar em quantidade. [...] Mais tarde, quando a eugenia venceu em toda a linha e se criou o Ministério da Seleção Artificial, o surto negro já era imenso. [...] (Felizmente), muito cedo chegou o americano à conclusão de que os males do mundo vinham dos três pesos mortos que sobrecarregam a sociedade - o vadio, o doente e o pobre. Em vez de combater esses pesos mortos por meio do castigo, do remédio e da esmola, como se faz hoje, adotou solução mais inteligente: suprimi-los. A eugenia deu cabo do primeiro, a higiene do segundo e a eficiência do último. LOBATO, M. O Presidente Negro. São Paulo: Globo, 2008, p. 97 e p. 117, grifos do autor. Assinale a alternativa que contém a figura que representa o ideal de branqueamento no Brasil do final do século XIX. Modesto Brocos. A redenção de Can, 1895, óleo sb/tela 199 X 166 cm. Senhora na liteira com dois escravos. Fotógrafo não identificado. Acervo Instituto Moreira Salles. Augustus Earle. Negros lutando. C. 1824, aquarela sb/papel 16,5 X 25 cm. José Maria de Medeiros. Iracema, 1884, óleo sb/tela 168 X 255 cm. Jean Baptiste Debret. O Jantar, 1835, litografia.