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Estrutura e Análise de Balanço Contábil

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ESCOLA TECNICA ITAQUIENSE – O CONTADOR
Disciplina: Estrutura e Analise de Balanço.
Profª.: Ana Cristina S. Ozorio
Estrutura e Analise de Balanço
AULA – 30.03.2010
O estudo das contas
Conta é a representação contábil dos elementos patrimoniais de natureza igual ou semelhante.
É importante ressaltar os aspectos operacionais que o contador deve levar em considerações na criação das contas, que são elementos que ele cria e dos quais se utiliza para melhor controlar o patrimônio de uma entidade. Para tanto, com o objetivo de responder às três perguntas básicas para o responsável pela entidade contabilizada, que são:
O que tenho e devo e qual o valor do que tenho e devo?
- respondida através do balanço patrimonial;
 b) quanto ganhei no ultimo período?
 - respondida pela variação do patrimônio liquido, no balanço patrimonial e na demonstração de resultado;
 
Como foi o ganho do ultimo período?
- respondida pela Demonstração dos Resultados (Receitas – Despesas),
O contador cria tantas contas quantas necessárias, para registras todos os fatos e que possibilita tais respostas. Dentro desse contexto, as contas que são criadas pra registrar os fatos nos livros contábeis são contas que representam os elementos Ativo e Passivo, mas também devem criadas contas que expliquem os gastos e perdas do período. Portanto, criam-se igualmente contas para representar as principais despesas e principais receitas.
As contas podem ser classificadas de acordo com vários critérios, entretanto o que nos interessa neste momento é o que as classifica em dois grupos:
Contas Patrimoniais 
Contas de resultados.
As Contas Patrimoniais representam os Bens, os Direitos, as Obrigações e o Patrimônio Líquido. Dividem-se em ATIVAS E PASSIVAS e são elas que representam o Patrimônio da empresa num dado momento, mediante o Balanço Patrimonial.
 Ex.: A conta com Fornecedores é uma conta de Passivo, uma obrigação com terceiros, conta de saldo credor.
As Contas de Resultados dividem-se em contas de Despesas e Receitas. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por parte delas que sabemos se a empresa apresentou lucro ou prejuízo em suas atividades. Aparecem durante o exercício social encerrando-se no final do mesmo.
 Ex.:A conta de Frete e Carretos é uma conta que representa Despesas com fretes e carretos, conta de resultado e de saldo devedor.
SALDO E MOVIMENTOS
O valor final da conta é denominado saldo da conta. O saldo da conta caixa ao final do movimento é 82,00. O saldo inicial da conta caixa é o seu saldo anterior. Assim, o saldo inicial da conta caixa em relação ao movimento anterior é $ 82.
A diferença entre o saldo final e o saldo inicial é denominada movimento contábil da conta. 
O movimento da conta pode ser dividido em dois: movimento que aumenta e movimento que diminui seu saldo. Utilizando a nomenclatura de débito e credito, seriam dois tipos de movimento de contas: 
Movimento a debito (aumento de saldos devedores e diminuição de saldos credores), e movimento a credito (aumento de saldos credores e diminuição de saldos devedores).
PLANO DE CONTAS
O Plano de Contas é um conjunto de Contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade, objetivando a uniformização dos registros contábeis. 
É chamado plano de contas o conjunto de contas criado pelo contador, para atender as necessidades de registro dos fatos administrativos, de forma a possibilitar a construção dos principais relatórios contábeis e atender a todos os usuários da informação contábil.
Esse conjunto de contas é chamado de Plano de Contas, porque, na realidade, ele é criado antecipadamente ao uso de tais contas, por isso, o contador tem de planejar a estruturação do Plano de Contas, de maneira que sua principal ferramenta seja criada para lhe possibilitar o melhor dos resultados no trato com as informações contábeis.
FUNÇÕES E CONDIÇÕES PARA FORMAÇÃO DE UM PLANO DE CONTAS
Um plano de contas contábil tem a função precípua possibilitar a forma adequada de controle do patrimônio da entidade contabilizada. Essa forma de controle se fará pelo registro de todos os fatos administrativos, em rubricas, através dos livros contábeis, de maneira que se tenha, rápida e precisamente, o valor e a descrição dos elementos patrimoniais da entidade, além do valor e da descrição dos principais fatores de gastos e recebimentos. Resumindo a função básica de um plano de conta é prover o registro dos fatos administrativos de forma a criar condições ótimas de classificação e acumulação de dados.
O contador quando vai montar o Plano de Contas da entidade que está sob sua responsabilidade deverá ter em mente certos parâmetros, com o intuito de construir sua ferramenta de melhor maneira possível.
Esses cuidados têm como base os principais usuários de a informação contábil. Apesar de ser sua função registrar fatos, o contador não pode impor sua vontade na elaboração de um plano de contas. Deve sempre consultar seus usuários, partindo do conhecimento total dos objetivos da empresa e de suas atividades principais. Feito isso, podemos listar alguns cuidados (condições) básicos para elaboração de um plano de contas:
Deve atender primariamente as necessidades específicas de cada empresa e as necessidades de informação dos principais usuários dos relatórios;
A classificação deve partir do geral para o particular;
Deve ser codificado;
Os agrupamentos devem ser feitos pensando nos relatório que deles se originarão;
Os títulos das contas utilizadas devem refletir imediatamente os elementos patrimoniais que representam – devem ser claros e sucintos;
Devem ter flexibilidade (margem para ampliação) e operacionalidade.
GRADUAÇÃO DO PLANO CODIFICADO E OBTENÇÃO DOS SALDOS
A seqüência de codificação de um plano de contas denomina Graduação do plano. Assim a primeira codificação em primeiro Grau:
1 – Ativo 2 – Passivo
3 – Despesas 4 – Receitas
A finalidade da graduação de um plano de contas é a feitura de um sistema classificatório que permita o somatório dos saldos das contas. Para se obter o saldo das contas, teremos o somatório das contas de quinto grau, quarto grau e assim sucessivamente.
CONTAS SINTETICAS E ANALITICAS – OBTENÇÃO DOS SALDOS
São denominadas contas analíticas são aquelas contas que representam os elementos patrimoniais em seu maior grau de detalhamento. Significa que a informação, em seu nível de maior especificação, está evidenciada nas contas analítica. Normalmente, as contas analíticas são aquelas de 5° grau, no caso, os fornecedores João da Silva e Pedro de Souza, e os demais fornecedores.
A conta analítica se configura quando a obtenção de seu saldo é conseguida através de lançamentos, ou seja, através do registro de cada fato administrativo.
São denominadas contas sintéticas aquelas cujo saldo é conseguido através do somatório do saldo de duas ou mais contas analíticas, ou de duas ou mais contas sintéticas. Por conseqüência, as contas sintéticas não recebem lançamentos. Normalmente se constitui nos planos de contas de menos grau. Quanto menor o grau da conta, mais sintético é o saldo, ou seja, o saldo representa um resumo muito maior de outras contas.
Assim, a conta de Passivo no nosso exemplo é a conta mais sintética ou resumida possível do nosso Plano de Contas. A conta Passivo Circulante e a conta Fornecedor são exemplos de contas que sintetizam informações de outras contas, cada uma no seu devido grau de resumo.
Balanço Patrimonial
Com a publicação das novas normas contábeis por força da Lei 11.638/2007, foi alterado, dentre outros, o artigo 176 da Lei das S/A, sendo que desta forma as demonstrações contábeis obrigatórias a partir de 01.01.2008 são: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado, complementadas pelas notas explicativas.
Assim, serão discutidas com maior profundidade as principais convergênciasexistentes entre a legislação societária brasileira, (Lei 6404/1976), a nova lei contábil (Lei 11.638/2007) e as normas internacionais, especialmente os seus reflexos no Balanço Patrimonial, na Demonstração do Resultado, e nas mais novas obrigatoriedades de publicação, a DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa e a DVA – Demonstração do Valor Adicionado. 
Procedimentos Iniciais para Elaboração do Balanço
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, sejam patrimoniais ou de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos.
As contas do balancete levantado no fim do exercício, nem sempre representam, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve.
Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período.
Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem, em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício.
Para elaboração do balanço patrimonial devem ser efetuados vários ajustes na contas patrimoniais, entre os quais citamos os mais comuns:
Na data da elaboração do balanço, geralmente 31 de dezembro, prepara-se o balancete de verificação, da mesma forma ao que se faz mensalmente;
Elabora-se o inventário dos materiais, das mercadorias, dos produtos manufaturados, dos móveis e utensílios, das máquinas e equipamentos, das duplicatas a receber e a pagar, e de outros componentes suscetíveis de serem inventariados;
Confronta-se o saldo de cada conta do razão com os livros e documentos auxiliares tais como: boletim de caixa, extratos bancários, registros de duplicatas, registros de inventário, controles do ativo permanente, etc.;
Após confrontar os saldos das respectivas contas e dos registros específicos de cada conta, caso seja constatado divergências, e apurada suas causas, deve-se proceder aos ajustes necessários;
Efetuam-se os cálculos de depreciação dos bens, procedendo-se aos respectivos lançamentos. Nas empresas que apuram custos mensais, as depreciações são apropriadas mensalmente;
Procede-se a regularização das contas de despesas e receitas antecipadas;
Apurar o resultado da conta mercadorias, calculando o custo da mercadoria vendida e transferindo-o para a conta de resultados.
Encerram-se as contas de despesas e receitas, transferindo seus saldos para a conta de resultados no patrimônio líquido;
Após essas operações, estão encerradas as contas de resultado, restando somente as contas patrimoniais;
Elabora-se novo balancete de verificação, no qual aparecerá, em lugar das contas de despesas e de receitas, a conta lucros ou prejuízo, que resume todo o resultado do exercício;
Efetua-se a destinação do resultado do exercício de acordo com o previsto nos atos constitutivos, ou seja, se for lucro poderá ser destinado à formação de reservas ou ser distribuído aos sócios ou acionistas, se for prejuízo deverá ser absorvido por lucros/reservas de exercícios anteriores;
Elabora-se a demonstração do resultado do exercício, demonstrando as receitas e despesas, bem como o destino dado ao lucro;
Após os ajustes mencionados, as contas remanescentes, são apenas as contas patrimoniais, que serão separadas e classificadas no balanço patrimonial, sendo o saldo do ativo igual ao do passivo.

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