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Resumo Estudantes Indígenas em universidades brasileiras - um estudo das políticas de acesso e permanência

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Resumo 
Texto: Estudantes Indígenas em Universidades brasileiras: um estudo das 
políticas de acesso e permanência. 
Rev. bras. Estud. pedagog., Brasília, v. 99, n. 251, p.37-53, jan./abr. 2018 
Autores: Maria Aparecida BergamaschiI, Michele Barcelos Doebber, 
Patricia Oliveira Brito 
Palavras-chave: estudantes indígenas; acesso e permanência; 
Resumo: 
Reconhecer o direito de manifestação das diferentes formas de 
organização social dos povos originários, tornou-se um dos meios de 
garantir o acesso a educação de qualidade no Brasil. As ações de ingresso 
dos estudantes indígenas no ensino superior surgiram a partir dos anos 90, 
através de convênios entre a FUNAI e as instituições privadas e 
comunitárias. 
Em uma trajetória de conquistas para os estudantes indígenas, dois 
segmentos se mantém no contexto atual na educação superior, são eles: os 
cursos específicos, tais como os programas de licenciatura interculturais 
indígenas (PROLIND) e a oferta de vagas especiais ou suplementares em 
cursos regulares de graduação. 
Dentre as dificuldades apresentadas pelos estudantes indígenas que 
ingressam nas universidades, uma diz respeito a sua permanência enquanto 
discente, necessitando de redes de apoio coletivo dentro das próprias 
universidades. São os programas de apoio financeiro e pedagógico, ações 
de acompanhamento da relação do estudante com a instituição, e 
principalmente no que diz respeito a formação acadêmica do discente 
direcionada ao ingresso no mercado de trabalho e ao retorno intelectual e 
científico para a sua comunidade de origem, destacando o seu compromisso 
social. 
Em 2013, os programas de bolsa permanência se tornaram potentes nas 
universidades, abraçando também os estudantes indígenas. As maiores 
preocupações giram em torno da residência universitária para o indígena 
ou o custeio da sua locomoção da aldeia para a universidade. 
Um outro aspecto importante, é a capacidade afetiva do corpo docente em 
receber esses alunos indígenas. Existe a necessidade de formação 
específica de professores e dirigentes universitários para o trabalho com 
o povo indígena, bem como a manutenção de diálogos interculturais, onde o 
estudante seja respeitado integralmente em sua liberdade cultural de 
pensamento e pertencimento a sua comunidade indígena e ao espaço 
acadêmico. 
Dentre as possibilidades de ingresso no ensino superior, os estudantes 
contam também com vestibular diferenciado. É o caso da UFRGS, onde 
anualmente a universidade reúne em assembleia as lideranças indígenas no 
Rio Grande do Sul, onde é feita a indicação e dez cursos de graduação com 
a oferta de dez vagas. Para se candidatar, o estudante deve por primeiro 
ter uma declaração de pertencimento a uma comunidade indígena por sua 
respectiva liderança na respectiva aldeia. 
No processo de permanência são consideradas seguintes etapas para que 
o estudante indígena tenha condições de seguir com seus estudos: seleção 
(vestibular), recepção, matrícula, moradia, professor orientador e colega 
monitor. Percebe-se que o trabalho é colaborativo e depende de uma 
percepção inclusiva de todo o grupo de servidores e colaboradores da 
universidade para que o aluno indígena possa concluir a sua graduação.

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