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PROJETO DE ESTAGIO PEDAGOGIA - Sueli

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
SUELI GONÇALVES ESCOBAR 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROJETO PRÁTICO
 SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA-AM
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
SUELI GONÇALVES ESCOBAR
PROJETO PRÁTICO
 DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de PEDAGOGIA SEGUNDA LICENCIATURA, como pré-requisito para aprovação.
 
 SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA-AM
2021
PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO:
ATIVIDADES LÚDICAS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS INDIGENAS, CONTRIBUINDO ASSIM PARA O RESGATE DA CULTURA NA ESCOLA ESTADUAL SÃO GABRIEL, ALTO RIO NEGRO-AMAZONAS
RESUMO- 
As atividades lúdicas são práticas pedagógicas de extrema importância, pois é no lúdico que as crianças aprendem brincando, assimilando assim os conteúdos propostos no currículo escolar. Entre outros benefícios do lúdico, está a possibilidade de ser um instrumento de comunicação e interação entre as crianças na escola. Esta pesquisa tem por objetivo geral: contextualizar as atividades lúdicas desenvolvidas por docentes do ensino fundamental na Escola Estadual São Gabriel e como estas atividades estão contribuindo para o processo de ensino aprendizagem entre crianças indígenas no município de São Gabriel da Cachoeira-Amazonas. Sendo seus específicos: Identificar quais os tipos de atividades lúdicas são desenvolvidos pelos docentes desta escola; propor atividades lúdicas articuladas à cultura indígena, como danças e cantos indígenas, desenhos e leituras sobre as lendas e contos regionais do Alto rio Negro; Analisar a percepção das crianças sobre as atividades lúdicas aplicadas em sala de aula. O método a ser desenvolvido, será o da pesquisa ação a qual se concebe como uma pesquisa que envolve a prática e a teoria em um determinado contexto social. Como resultados esperados, reflete-se que os docentes indígenas poderão se conscientizar das vantagens do lúdico, e assim adequarão às situações de ensino, aplicando-as de acordo com suas necessidades. Nesse contexto, portanto, o lúdico deve transmitir os conteúdos, combiná-los, permitindo que as crianças percebam que não estão apenas brincando em aula, e sim que estão aprendendo e interagindo socio culturalmente.
PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade. Aprendizagem. Cultura indígena.
		SUMARIO 
	1.INTRODUÇÃO...............................................................................................................
	5
	2.DESENVOLVIMENTO....................................................................................................
	6
	3.RELATO DE ESTUDO...................................................................................................
	12
	4.CONCLUSÃO.................................................................................................................
	13
	5.REFERENCIAS..............................................................................................................
	13
			
	
1.INTRODUÇÃO
O tema proposto neste projeto de estágio, está pautado na ludicidade como prática pedagógica em um contexto diferenciado da realidade da maioria das escolas brasileiras. Pois, a escola em questão, será a Escola Estadual São Gabriel, localizado no extremo noroeste amazônico, no município de São Gabriel da Cachoeira, estado do Amazonas.
Nessa região, a educação escolar indígena, está há 30 anos em processo de implementação das línguas co-oficiais indígenas nas escolas, promovendo o resgate de línguas nativas, que chegaram a estar em processo de extinção. Isto, devido ao avanço da educação missionaria de religiosos, com a finalidade de catequizar os indígenas.
Perante tal problemática, as escolas atualmente tem buscado alternativas de praticar esse resgate das tradições indígenas aliando em seus contextos, a elaboração de currículos que permitam a introdução de temas voltados a cultura indígenas, aliás, as culturas indígenas, pois São Gabriel da Cachoeira, é formada por 23 etnias. Assim, apresentar alternativas pedagógicas viáveis, utilizando-se o conhecimento tradicional como fundamento, torna-se importante entre os grupos escolares locais, pois, ameniza os problemas de ensino aprendizagem entre os alunos indígenas. Que em sua maioria, não consegue compreender as aulas dadas na língua portuguesa. 
Gerando nesse interim, uma dificuldade de compreensão e pouca eficácia das metodologias disponibilizadas pela Secretaria de Educação do estado do Amazonas, que apresenta currículos, que tenham pouco haver com a realidade vivida pelos alunos indígenas da região. Para tanto, pensa-se que as atividades lúdicas, relacionadas a cultura indígena dos alunos, vem a ser um alicerce para a efetividade e aplicabilidade de uma educação escolar indígena de fato. 
Esta pesquisa tem por objetivo geral: contextualizar as atividades lúdicas desenvolvidas por docentes do ensino fundamental na Escola Estadual São Gabriel e como estas atividades estão contribuindo para o processo de ensino aprendizagem entre crianças indígenas no município de São Gabriel da Cachoeira-Amazonas. Sendo seus específicos: Identificar quais os tipos de atividades lúdicas são desenvolvidos pelos docentes desta escola; Propor atividades lúdicas articuladas à cultura indígena, como danças e cantos indígenas, desenhos e leituras sobre as lendas e contos regionais do Alto rio Negro; Analisar a percepção das crianças sobre as atividades lúdicas aplicadas em sala de aula.
Diante do que foi exposto, é relevante que em um contexto educacional contemporâneo, o trabalho pedagógico voltado para o processo de aprendizagem na Educação infantil e indígena assuma um caráter lúdico, efetivando-se a concretização do saber através de ações que sejam capazes de impulsar de maneira divertida e alegre ao aluno, demonstrando-lhe um novo significado da escola como um espaço educativo e social de relações amistosas e de respeito.
Com a finalidade de contextualizar tal situação, buscou-se como método, o método da pesquisa ação, que de acordo com Correa et al., (2018), a pesquisa ação é um tipo de intervenção social, que oportuniza aos envolvidos discutirem, refletirem sobre seus próprios problemas em busca de soluções possíveis. 
Compreende-se que este projeto de estágio supervisionado intitulado: Atividades lúdicas como ferramenta para o ensino aprendizagem de crianças indígenas, contribuindo assim para o resgate da cultura na Escola Estadual São Gabriel, Alto rio Negro-Amazonas, vem a ser um instrumento inicial para a concepção de outras atividades pedagógicas voltadas para a temática em questão. Assim, este projeto está estruturado em itens básicos, como introdução, desenvolvimento, relato de estudo e conclusão, apresentando os resultados esperados diante das ´propostas aqui salientadas.
2. DESENVOLVIMENTO 
Quando se faz uma reflexão sobre a educação brasileira, como um todo, pensamos logo na CF88, em que os Direitos estão assegurados por lei, entre os artigos, mais enfáticos, há o Artigo 205 e o 206, o qual dispõe sobre os Direitos e princípios que norteiam, uma educação, que na teoria deveria ser de qualidade igualitária e multicultural a todos os cidadãos brasileiros:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art.206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
Ao que consta nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), citados por Langendorf e Sartori (2015) sobrea pluralidade cultural, nos PCNs, visa “[...] capacitar o aluno a compreender, respeitar e valorizar a diversidade sociocultural e a convivência solidária em uma sociedade democrática” (BRASIL, 1997). 
A questão de cultura e escola que sempre estiveram interligadas, disposto de modo claro nos PCNs, após 20 anos ainda é um tema controverso e que apresenta desafios na era atual, pois para estes autores, o multiculturalismo ainda é visto de maneira errônea, que dá destaque aos preconceitos e discriminações ocorridos em meio ao multicultiralismo. 
O mestre Paulo Freire citado por Langendorf e Sartori (2015), em décadas passadas já demonstrava a questão de professor e aluno de se transformarem em sujeitos de um processo em que um aprende com o outro por meio do diálogo. Para Paulo Freire, o processo do diálogo é que este pode ser mediado pelas ações e práticas socioculturais pertencentes à dinâmica de vida de dos atores sociais envolvidos no processo. 
Assim, compreende-se que as escolas tem em sua função primordial, o de intermediar as trocas de saberes entre as pessoas, considerando seus saberes individuais e coletivos e respeitando-os em sua essência. Para tanto, todas as instituições sociais, de acordo com Paim e Frigerio (s.d), carregam em seu arcabouço, uma história, preocupações, desafios, vivencias e costumes que a faz diferente uma das outras, assim também são as escolas. Toda essa diferenciação, vem de seus grupos étnicos que formam a população representada por uma diversidade de costumes, rituais, crenças e conhecimentos demonstrados nos mais diversos níveis.
Em São Gabriel da Cachoeira, em praticamente todas as escolas locais, há docentes pertencentes às 23 etnias indígenas que vivem na região. Cada um com a sua língua nativa, com seus conhecimentos tradicionais acerca das coisas. 
As línguas nativas funcionam como códigos entre os falantes, quem fala Nheengatu, se comunica em Nheengatu, e assim acontece com as demais línguas. Se comunicar com o colega de profissão ou um discente, demonstra um grau de afetividade e confiança entre os membros dos grupos escolares por exemplo.
 E isso fortalece os relacionamentos entre eles. Por exemplo, em uma dificuldade com um discente Tukano, gera uma preocupação dos professores Tukanos, que irão se mobilizar para ajudá-lo a compreender determinada disciplina, este comportamento demonstra que a cultura influência nas práticas pedagógicas dos docentes. Especialmente quando é uma Disciplina do mundo dos brancos, pois, os livros didáticos disponibilizados pelas Secretarias de Educação, são os mesmos disponibilizados para as escolas da capital, que vivem em um contexto totalmente diferente.
A questão da educação dos povos indígenas, precisa ser estudada, e ser exposta em um contexto acadêmico. Pois, atualmente o Estado está retirando ou tentando retirar alguns Direitos, que foram duramente adquiridos em anos anteriores. Demonstrar através de pesquisas, como está o Ensino atual, é saliente, quando precisamos fortalecer um determinado contexto. 
A escola, foi um dos meios instrumentais utilizados durante a História para descaracterizar as culturas indígenas, e atualmente é um instrumento decisivo na reconstrução da cultura. Hoje com o acesso a uma escola específica e particularizada, os povos indígenas passaram a ver a educação como uma forma de assegurar seus direitos, por possibilitar a eles a ampliação do diálogo com a sociedade nacional e a afirmação de suas identidades étnicas (BRAND et al., 2012). Esta pesquisa justifica-se e surge da importância do papel que a educação indígena vem desempenhando no atual momento histórico dos povos indígenas de uma microrregião amazônica, em sua prática concreta de construção de uma política indígena que respeita as diferenças étnicas.
No entanto, segundo Luciano (2013), os sistemas de ensino não possuem estruturas adequadas e equipes qualificadas para atender as demandas das escolas indígenas, resultando na baixa capacidade e qualidade na execução dos programas de construção de escolas, formação de professores, elaboração de material didático, transporte escolar e alimentação escolar. Esse leque de problemas é agravado pela dificuldade de coordenação das políticas que deveria ser exercida pelo Ministério da Educação, a partir do Regime de Colaboração entre os sistemas, mas que esbarra no discurso de autonomia dos sistemas.
Um outro aspecto de extrema relevância, é o papel social da escola para os povos indígenas. O Brasil é composto de vários grupos étnicos. Suas culturas, histórias, saberes e línguas não se limitam apenas ao conhecimento local, eles fazem parte de um imenso patrimônio cultural à disposição da humanidade. A educação escolar indígena, garantida por lei através da Constituição Federal Brasileira de 1998 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), asseguram as comunidades indígenas o direito a educação diferenciada, específica e bilingue. A Declaração de Salamanca nos alicerça informando que “os professores exercem, no entanto, ação fundamental como gestores do processo educativo, apoiando aos alunos na utilização de todos os recursos disponíveis quer dentro, quer fora da sala de aula”.
 Pautado nestes argumentos vê-se a necessidade de levarmos a todo o território brasileiro as novas tecnologias disponibilizadas a todos os discentes conforme a educação entendida e disseminada por Paulo Freire quando nos elucida dizendo que “ já agora ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo” (FREIRE,1987, p.69). 
Entende-se daí a necessidade da autonomia do sujeito, da capacidade deste poder fazer sua própria leitura sobre o mundo, e com isso serem protagonistas de suas próprias histórias, tendo como pilar principal a educação como campo fértil para aqueles que dela participam ativamente e a enxergam como fator de transformação social.
No cotidiano escolar, os educadores possuem um papel muito importante na formação e transformação dos educandos. Claramente os docentes devem chegar e estar em uma sala de aula seguindo um Plano de aula, que deve estar de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Durante as aulas se deparam com problemas e dificuldades de aprendizagens consideradas normais e não expostas nos PCNs . Tendo como alternativa viável para sanar tais dificuldades, o desenvolvimento de atividades lúdicas com os estudantes.
Nesse sentido, a Escola Estadual São Gabriel deve estar preparada para a permanência destes estudantes indígenas, considerando que estes tem o Direito de querer estar em uma Instituição considerada renomada por eles, mas que ainda deixa a desejar quando é para por em prática, atividades lúdicas que podem potencializar os conhecimentos técnico científicos, alicerçando-os aos conhecimentos tradicionais, permitindo assim que seus educandos sintam-se capazes de se expressar sem medo de errar e sofrer bullyng dos colegas brancos.
 Há muitos anos atrás, Jean Piaget (1999) nos possibilitou compreender que a interação do ser em desenvolvimento, seja através de experimentos, brincadeiras ou atividades consideradas lúdicas, demonstração de habilidades linguísticas e cognitivas podem ser importantes para uma trajetória bilíngue. 
No meio escolar, as atividades lúdicas, pode vir a ser uma ferramenta para sondar, além de reforçar os conteúdos das disciplinas, de acordo com os interesses do estudante para que este sinta satisfação pelo descobrimento por um aprendizado (BRASIL, 2007).
Uma nova organização torna-se primordial, para que a escola seja de fato significativa nessa época para as crianças, já que, as crianças de hoje, pensam, agem, criam e recriam diferente de crianças de décadas anteriores (OLIVEIRA e OLIVEIRA, 2018). 
O papel social na formação de cidadãos, põe a escola em um patamar diferenciado das demais instituições, para isso se faz necessário que ela tenha como proposta, uma educação democrática, e que o aluno possa se apropriar da evolução de uma sociedade tecnológica (GARCIA,2016).
Nesse interim, o professor pode criar interações e instigar o aluno despertando sua curiosidade, pode propor o estudo de um tema de outra maneira e dar subsídios à criança para construir o seu conhecimento conforme seu ritmo, de forma agradável, agregando entretenimento, informação e ludicidade (PRIETO et al., 2005).
Na Escola Estadual São Gabriel a pesquisa se baseará no método da pesquisa ação, onde o pesquisador, participará ativamente na elaboração e desenvolvimento de atividades que irão contribuir para o processo de ensino aprendizagem entre crianças indígenas no município de São Gabriel da Cachoeira-Amazonas. 
De acordo com Correa et al., (2018), a pesquisa ação é tipo de intervenção social, que oportuniza aos envolvidos discutirem, refletirem sobre seus próprios problemas em busca de soluções possíveis. Segundo estas autoras, a metodologia contribui no sentido de permitir, aos pesquisadores e os sujeitos envolvidos na pesquisa, interagirem e interferirem no seu próprio ambiente, sem, contudo, separar a pesquisa da ação pensada para a solução do problema, instrumentalizando-os para serem capazes de, partindo da situação-problema, mobilizarem conhecimentos e experiências – teoria e prática – na busca da transformação da realidade. Assim, os objetivos específicos serão pautados no conhecimento primeiramente da realidade escolar e depois iniciar as práticas em sala de aula, considerando os saberes tradicionais dos docentes pertencentes a diversas etnias indígenas.
No contexto organizacional, a pesquisa-ação é concebida com uma estrutura de interação pesquisador e grupo escolar com procedimento em cinco fases, bastante clássico segundo Thiollent (1997).
QUADRO 1. Caminhos metodológicos nesta pesquisa, baseados em McKay e Marshall (2001).
	Sequências metodológicas da pesquisa- ação
	Metas
	
Identificação do Problema, consiste na tarefa do pesquisador em identificar o problema que tenha interesse em resolver ou perguntas que possam ser respondidas com a pesquisa.
	Identificação de quais os tipos de atividades lúdicas são desenvolvidos pelos docentes desta escola; 
	O pesquisador deve se empenhar em promover uma ampla revisão de literatura em busca de teorias que possam estar alinhadas com fatos relevantes sobre o problema 
	Revisão de literatura sobre atividades lúdicas e sobre as Políticas públicas educacionais indígenas na região do Alto rio Negro e na Amazônia em geral;
	Consiste em desenvolver um plano de ações para a solução do problema. 
	
Propor atividades lúdicas articuladas à cultura indígena, como danças e cantos indígenas, desenhos e leituras sobre as lendas e contos regionais do Alto rio Negro; Analisar a percepção das crianças sobre as atividades lúdicas aplicadas em sala de aula;
	O plano de ação desenvolvido na etapa anterior deve ser colocado em prática. 
	Aplicação dos materiais etnopedagógicos em sala de aula;
Apresentar o material a outras escolas indígenas da região, como alternativa para a melhoria do ensino aprendizagem através do lúdico;
	Consiste em monitorar as ações implementadas para saber se os resultados encontrados estão de acordo com o que se esperava para a solução do problema. 
	Avaliação e acompanhamento das atividades pedagógicas em sala de aula.
3.RELATO DE ESTUDO
Intervenção Na Prática (Projeto de Intervenção que poderá ser realizada na Prática dentro da sala de aula)
 
Em sala de aula a intervenção prática, assim como, a execução dessa pesquisa como um todo, se propõem em todas as metas organizar-se em 2 eixos de ações, de acordo com Freitas (2009): - eixo pedagógico, eixo de monitoramento, avaliação, planejamento e assessoria técnica participativa.
 O eixo pedagógico – dispõem sobre a realização de cursos de formação e capacitação técnica, oficinas e atividades lúdicas, dentre outros eventos interativos, sobre os objetivos específicos propostos. 
As atividades serão realizadas tendo como base metodologias participativas, as quais buscam incentivar a multiplicação do conhecimento. 
Em sala de aula, se formarão pequenos grupos de alunos, que escolherão de acordo com a sua aptidão, qual atividade lúdica irão desenvolver no decorrer do semestre, serão apresentado às crianças: cantos indígenas na sua língua materna, além de danças indígenas, desenhos e leituras sobre as lendas e contos regionais do Alto rio Negro, posteriormente serão incentivados a realizar as atividades, durante as aulas de artes.
O eixo de monitoração, avaliação, planejamento e assessoria técnica participativa - consiste na interação e atuação direta do Grupo de pesquisa (coordenadora, gestora das escola e docentes) juntamente com a comunidades escolar, mães e pais. Com finalidade de esclarecer sobre o andamento da dos trabalhos, avaliá-los, planejá-los, respeitando o calendário escolar, as tradições indígenas, e a democracia escolar. O Grupo de pesquisa sempre estará aberto para a troca de conhecimentos e interação com os pais dos alunos.
4.CONCLUSÃO
Pretende-se gerar e propor atividades lúdicas articuladas à cultura indígena, como danças e cantos indígenas, desenhos e leituras sobre as lendas e contos regionais do Alto rio Negro;
E pode-se concluir que diante deste projeto de estágio supervisionado, põem-se em prática atividades lúdicas de cunho simples e que contempla uma diversidade de saberes tradicionais indígenas passados oralmente entre diversas gerações e que serão de grande valia para esta geração atual. Será muito importante saber e trabalhar a percepção das crianças sobre as atividades lúdicas aplicadas em sala de aula;
Trazer esses saberes milenares para dentro da escola, é mais uma forma de contribuir para o resgate e preservação de saberes indígenas e alinha-los para a melhoria do ensino aprendizagem dos estudantes de forma lúdica e dinâmica. 
5. REFERÊNCIAS
.
BANIWA, G. Educação escolar indígena no Brasil: avanços, limites e novas perspectivas. Disponível em: http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_ omendados/gt21_ _gersem.pdf. Acesso em: 15 de julho de 2021.
.
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CORRÊA, G.C.G.; CAMPOS, I.C.P.; ALMAGRO, R.C. Pesquisa-ação: uma abordagem prática de pesquisa qualitativa.Ensaios Pedagógicos (Sorocaba), v.2, n.1, jan./abr. 2018, p.62-72.
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