Estudo dirigido

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Estudo dirigido 2: Grupo Mata Atlântica
Disciplina:
Ecologia Geral
Professora:
Sandra Azevedo
Alunos:
Ana Beatriz Moura
Ana Clara Magalhães
Beatriz Andrade
Giovanna Gomes
Laryssa Carvalho
Rio de Janeiro
Maio, 2022
Considerando o biomassa escolhido pelo grupo explique:
1. Quais eventos relacionados à evolução biológica que predominaram para o
estabelecimento da diversidade de espécies encontradas nesse bioma?
Alguns dos grandes eventos relacionados à evolução biológica da Mata Atlântica,
que contribuíram para o estabelecimento da diversidade das espécies foram: As
disposições rochosas, as mudanças climáticas e as ações do homem que impactaram de
muitas formas com as características do bioma e das espécies que vivem ali. As
disposições rochosas foram formadas por movimentos tectônicos, nas serranias costeiras
do sudeste, há cerca de 60 milhões de anos, que já possuíam as condições geoclimáticas
para consolidar a expansão da floresta tropical pluvial onde hoje existe a Mata Atlântica. Os
dobramentos modernos do período Quaternário reativaram a paisagem serrana do sudeste
e gerou as maiores elevações da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira. Nessa região, a
distribuição da flora altitudinal da Mata Atlântica se apresenta com amplitude máxima. Em
contrapartida, a larga planície costeira do nordeste, com grande expressão na Bahia,
resultou de sedimentos depositados, há menos de 5 milhões de anos. Ou seja, isso significa
que a expansão da floresta para o norte pode ser menos antiga. Nesta região,
especificamente no litoral sul da Bahia, as florestas de terras baixas ganharam uma máxima
extensão geográfica, revestindo as extensas faixas costeiras,por vezes sendo formadas por
tabuleiros de baixa altitude, e algumas vezes por restingas mais próximas ao mar, de época
muito recente.
A Mata Atlântica é um dos maiores blocos contínuos de floresta tropical, com
provavelmente a história geológica mais longa na América tropical. O preenchimento da
bacia sedimentar central da Amazônia pela vegetação é muito mais recente, a Floresta
Atlântica deve ter sido uma das principais fontes da flora da Floresta Amazônica.
Principalmente por conta do clima, pois, durante o período glacial, o oeste da Amazônia
aparenta ter sido bem úmido, assim como o domínio da Mata Atlântica no Sul e Sudeste
brasileiros. Existem, alguns indícios de que há uma faixa climática que une essas duas
regiões. Essas semelhanças, possibilitaram a formação de comunicação entre os dois
biomas, que explicariam possíveis casos de um maior parentesco entre espécies da
Amazônia e da Mata Atlântica, em relação a espécies de um mesmo bioma.Isso pode ser
evidenciado por um estudo feito doutoramento do biólogo Luiz Filipe de Macedo Bartoleti,
defendida no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, que está fazendo análises de DNA
nuclear e mitocondrial de populações de Nephila clavipes, espécie comum de aranha que
vive nas regiões mais quentes das Américas, para compreender melhor a história evolutiva
da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica ao longo dos últimos cinco milhões de anos. O
resultado dos estudos das populações coletadas no Brasil apresentou diversificação
genética mais recente, que remonta aos últimos 350 mil anos. Na pesquisa, não foi
encontrada essa divisão. As aranhas que ocorriam ao norte são geneticamente parecidas
com as do sul. Isso mostra que a resposta à mudança do regime climático é particular de
cada espécie.
Outro exemplo, é a floresta araucária, composta por uma flora mista que possui sua
origem Oceânica e africana, pode ser encontrada nos planaltos ao sul do Brasil. Um
ambiente que é muito favorável para o seu desenvolvimento, mesmo que tenha que passar
por um período longo de desenvolvimento. As Araucárias, passaram por uma rigorosa
mudança morfológica, acabando por torna-se uma das poucas coníferas com suas copas
modificadas para enfrentar um inverno bem rigoroso e uma maior radiação solar. Ou seja, a
espécie assumiu uma forma de copa tipicamente não cônica, adaptada para a temperatura
amena do sul do país.
E a ação do homem, afetou tanto a Mata Atlântica, já que graças a suas ações que
nos dias atuais, o bioma tem apenas 7% do que era anteriormente. O que fez com que
muitas espécies precisassem se adaptar para conseguirem sobreviver às interferências do
ser humano na natureza.
2. De exemplos de mecanismos de isolamento evolutivo pré-zigótico que podem ter
ocorrido e/ou estar ocorrendo nesse bioma?
Um dos isolamentos pré-zigóticos que ocorreram e continuam ocorrendo é o isolamento
geográfico. Como visto anteriormente, muito da degradação do bioma se deu por ação
antrópica e por conta desse fato, atualmente encontram-se pontos isolados e desregulares
de Mata Atlântica pelo Brasil. Sendo assim, muitas espécies acabam sendo isoladas
geograficamente, o que atrapalha a reprodução e o fluxo gênico. Um exemplo que pode vir
a acontecer é o da Anta (Tapirus terrestris) que além de correr risco de extinção, atualmente
também tem pequenas populações isoladas por estradas de alto tráfego, cercas de arame e
canais de irrigação por exemplo.
3. Quais as características físicas e químicas desse bioma que direcionaram
mecanismos adaptativos das espécies que habitam esse bioma e como essas
características influenciam na diversidade de espécies desse bioma.
A Mata Atlântica possui um bioma quente e úmido por causa da sua localização
costeira e da ação dos rios correntes que provém do norte da América Latina e, além disso,
há uma abundância de água doce que também contribui para a diversidade desse local
além dos outros fatores que foram citados.
Esse clima fez com que as plantas se tornassem perenifólias (nunca perdem folhas)
e sempre mantém seus estômatos abertos para não apodrecer de tanta umidade, fazendo
com que sempre transpiram. Alguma plantas como as bromélias conseguem armazenar a
água da chuva por conta de seu formato, se tornando um pequeno habitat para alguns
animais, vale destacar que suas folhas produzem um néctar, servindo de alimento para
beija-flores, morcegos e abelhas;
A sua formação de planaltos e morros ocasionou em um solo bem raso e inclinado,
fazendo com que sua fauna e flora tenham que se adaptar a esse. As raízes das árvores
crescem, também, para os lados e fazem um sustento acima do solo para evitar
deslizamentos.
Por mais que a Mata Atlântica seja repleta de variedades de vegetação, seu solo
não é fértil. O húmus é o principal contribuinte para o sustento da floresta , por ser muito
nutritivo. Húmus é a decomposição da serapilheira, dejetos de animais, e até mesmo
animais mortos que sofreram decomposição e serviram de nutrientes para o solo, esse
processo é rápido por conta da alta temperatura e abundância hídrica que aceleram
reações químicas. Formigas e minhocas também ajudam na penetração dos nutrientes no
solo, cavando buracos para que eles penetrem na terra e sejam absorvidos mais rápido.
Referências bibliográficas:
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Mata Atlântica | Biomas do Brasil | Ep.7
Bartoleti, LFM , Peres, EA , Fontes, FHM , da Silva, MJ , Solferini, VN . A filogeografia da
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