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1 Desenvolvimentode Coleções

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Técnico em Biblioteca 
Marilucy da Silva Ferreira 
 
 
 
 
2014 
Desenvolvimento de 
Coleções 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
José Henrique Paim Fernandes 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Aléssio Trindade de Barros 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
 
 
 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Luciane Alves Santos Pulça 
 
Coordenador de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação do Curso 
Hugo Cavalcanti 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Letícia Garcia 
 
Diagramação 
Izabela Cavalcanti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 
1.COMPETÊNCIA 01 | COMPREENDER O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
DE COLEÇÕES, DANDO ÊNFASE ÀS POLÍTICAS, MÉTODOS E TÉCNICAS APLICÁVEIS AO 
PROCESSO ................................................................................................................................. 5 
1.1 O Desenvolvimento de Coleções no Contexto Atual ............................................. 5 
1.2 O Conceito de Desenvolvimento de Coleções ....................................................... 7 
1.3 Processo de Desenvolvimento de Coleções ........................................................... 9 
1.4 Etapas do Processo de Desenvolvimento de Coleções ........................................ 11 
1.4.1 Estudo da Comunidade ..................................................................................... 11 
1.4.2 Política de Seleção ............................................................................................ 13 
1.4.3 Seleção .............................................................................................................. 13 
1.4.4 Aquisição ........................................................................................................... 13 
1.4.5 Avaliação ........................................................................................................... 14 
1.4.6 Desbastamento e Descarte ............................................................................... 15 
1.5 Respeitando o Contexto para Iniciar o Processo ................................................. 15 
2.COMPETÊNCIA 02 | APLICAR O PROCESSO DE SELEÇÃO DE COLEÇÕES E IDENTIFICAR 
MODALIDADES E PROCEDIMENTOS DE AQUISIÇÃO DE TIPOS DE MATERIAIS 
DIVERSIFICADOS ..................................................................................................................... 19 
2.1 Considerações sobre a Organização do Processo de Desenvolvimento de 
Coleções ..................................................................................................................... 19 
2.2 Conhecendo Mais Sobre a Política de Desenvolvimento de Coleções ................ 22 
2.3 Seleção de Diversos Tipos de Coleções ............................................................... 26 
2.4 Aquisição de Diversos Tipos de Materiais Informacionais .................................. 30 
3.COMPETÊNCIA 03 | SABER IDENTIFICAR E APLICAR OS CRITÉRIOS ADEQUADOS PARA A 
AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES, ASSIM COMO AS ESTRATÉGIAS DO DESCARTE E 
DESBASTAMENTO DO ACERVO .............................................................................................. 37 
3.1 Critérios para Avaliar Coleções ............................................................................ 38 
3.2 Estratégias de Descarte ....................................................................................... 40 
3.3 Estratégia de Desbaste ........................................................................................ 41 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 45 
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ........................................................................................... 51 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Desenvolvimento de Coleções 
INTRODUÇÃO 
 
Prezados alunos, no contexto atual, precisamos no âmbito de nossa atuação 
entender como ocorrem todas as atividades que estão diretamente ligadas à 
dinâmica da biblioteca, para melhor atender nossos usuários. Nesta disciplina, 
iremos aprender alguns conceitos e como se dá o processo de 
desenvolvimento de coleções. 
 
A disciplina será apresentada em três competências: 1) Compreender o 
processo de formação e desenvolvimento de coleções, dando ênfase às 
políticas, métodos e técnicas aplicáveis ao processo; 2) Aplicar o processo de 
seleção de coleções e identificar modalidades e procedimentos de aquisição 
de tipos de materiais diversificados; 3) Saber identificar e aplicar os critérios 
adequados para a avaliação de coleções, assim como as estratégias do 
descarte e desbastamento do acervo. Nela, desenvolveremos o conteúdo de 
estudo, ilustrando com exemplos práticos, além de atividades direcionadas 
para auxiliar no processo de aprendizagem. 
 
Para desenvolver qualquer processo, precisamos saber tomar decisões, o que 
requer responsabilidades, ética e comprometimento com o trabalho a ser 
realizado. Nesta disciplina, espero que possamos visualizar, ainda, esses 
elementos, buscando pensá‐los conforme as necessidades apresentadas em 
nossas rotinas profissionais. 
 
Um ponto importante a citarmos neste momento é que a dinâmica de uma 
biblioteca liga‐se, diretamente, aos produtos/serviços, processos e atores 
que atuam nela, inseridos em um determinado contexto social, cultural, 
político, etc. É como uma orquestra, cada elemento tem uma participação 
importante: as coleções dos livros, o tratamento, a classificação, a 
catalogação, a automação do acervo, o fluxo através dos serviços de 
referência, consulta, pesquisa nos catálogos (impressos ou online), 
empréstimo e devolução, o pessoal que nela trabalha e sua razão de ser: os 
usuários. 
 
 
 4 
Técnico em Biblioteca 
Diante deste cenário, temos um importante processo que é o 
desenvolvimento de coleções, o qual deve ser realizado após um criterioso 
estudo do público/usuário da biblioteca, observando e respeitando suas 
necessidades informacionais. Assim, faz‐ se necessário a implantação, o 
registro e a formalização de uma política de aquisição e descarte de materiais, 
visando atender à demanda informacional. 
 
Este caderno pretende mediar a compreensão do processo de 
desenvolvimento de coleções, bem como sua finalidade e importância no 
ambiente da biblioteca. Por isso, organizamos o livro estruturado em três 
competências. Como fontes, utilizamos conceitos de especialistas na área da 
biblioteconomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
1.COMPETÊNCIA 01 | COMPREENDER O PROCESSO DE FORMAÇÃO 
E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES, DANDO ÊNFASE ÀS 
POLÍTICAS, MÉTODOS E TÉCNICAS APLICÁVEIS AO PROCESSO 
 
Os especialistas apontam que o processo de desenvolvimento de coleções 
compõe‐ se de algumas etapas. Para Weitzel (2006), divide‐se em seis 
etapas: 1) Estudo da comunidade; 2) Política de seleção; 3) Seleção; 4) 
Aquisição; 5) Avaliação; 6) Desbastamento e descarte. Ao longo da Disciplina, 
veremos mais detalhadamente sobre cada uma delas. 
 
Neste momento, caro (a) aluno (a), elencaremos algumas pautas sobre o 
tema desenvolvimento de coleçõesno contexto atual. 
 
1.1 O Desenvolvimento de Coleções no Contexto Atual 
 
A comunidade da biblioteca deve ter sua demanda informacional atendida. 
Se antes a quantidade de livros importava mais, nos dias atuais isso não é o 
mais relevante. Dias e Pires (2003), colocam que, na década de 60, o volume 
das coleções indicava um status maior à instituição e o acúmulo bibliográfico 
aparentava uma maior oferta ao público. 
 
O desenvolvimento de coleções ocorre de forma diferente nos diversos tipos 
de bibliotecas. Além da comunidade, as possibilidades de aquisição e a 
estrutura física do ambiente para alocar as coleções documentais precisam 
ser observadas. O usuário, público ou comunidade deve sempre ser o 
elemento mais importante na biblioteca. Nesse sentido, alguns autores 
argumentam que: 
 
para a gestão das informações de interesse das 
diferentes áreas/comunidades deve‐se contar com 
metodologias específicas para planejar, decidir, 
operacionalizar (implementar) e avaliar a forma, a 
formação e o desenvolvimento de coleções que 
 
 
 6 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
atendam a demandas específicas (DIAS; PIRES, 2003, 
p.10). 
 
As autoras abordam algo muito importante: as metodologias específicas, 
pois, nem todas as bibliotecas/centro de informação contam com os mesmos 
recursos financeiros e estruturais. É preciso, então, ter criatividade. Uma 
feira de doações de livros, por exemplo, é uma forma de aquisição para uma 
instituição com poucos recursos. Mas é preciso selecionar os títulos, conforme 
as necessidades dos usuários. 
 
É válido, também, afirmar, diante disso, que as cinco leis de Ranganathan 
permanecem coerentes ao discurso atual de difusão, uso e compartilhamento 
de informações. Assim, o desenvolvimento de coleções permite que as leis 
sejam aplicadas para que o processo ocorra da forma mais clara, objetiva e 
prática, visando à satisfação do usuário. 
 
As pessoas que trabalham na biblioteca devem conhecer as leis e também 
aplicá‐las nas suas atividades. Por exemplo, se há na biblioteca de 
determinada comunidade títulos sobre História do Brasil, História Moderna, 
História Universal, deve‐se também organizar uma coleção sobre a história 
da comunidade, murais com fotos das praças, das pessoas que nela vivem, a 
elaboração de um livro de histórias contadas pelos próprios moradores da 
comunidade, etc. 
 
A mais eficaz forma de valorização e respeito se constrói a partir do 
conhecimento do que se é e do que se tem. A história de cada um reflete a 
identidade do todo da comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Você conhece a 
história de Shiyali 
Ramamrita 
Ranganathan? Ele 
foi um bibliotecário 
e introdutor da 
Biblioteconomia na 
Índia; criador das 
cinco Leis da 
Biblioteconomia: 
1. Os livros são 
para uso; 
2. A cada leitor, 
seu livro; 
3. A cada livro, 
seu leitor; 
4. Poupe o 
tempo do 
leitor; 
5. A biblioteca é 
um 
organismo/org
anização em 
expansão/cres
cimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – A cada leitor, seu livro. 
Fonte: www.viscoimages.com/photo/124615‐cats‐reading‐book/ (2014) 
 
Desenvolver coleções de materiais informacionais, conforme veremos mais 
adiante, é um processo que possui etapas e também deve considerar sempre 
o contexto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Estrutura do Desenvolvimento de coleções. 
Fonte: A autora (2014). 
 
1.2 O Conceito de Desenvolvimento de Coleções 
 
A importância de se conceituar o processo de desenvolvimento de coleções 
http://www.viscoimages.com/photo/124615
http://www.viscoimages.com/photo/124615
 
 
 8 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
se apresenta pelo objetivo de reconhecê-lo na atividade profissional, no 
contexto da informação, como processo de um produto que possui 
características, demandas de manutenção e atualização, e apresenta uma 
importância para determinado público. 
 
O desenvolvimento de coleções, em muitas instituições, acontece de forma 
periódica, ou irregular, diferente da constância de atividades como a 
catalogação de materiais e do serviço de referência (atendimento ao público). 
 
Isso é recorrente em instituições que não possuem uma política bem definida 
de critérios para a formação e o desenvolvimento das coleções de seus 
acervos. Não há, em casos como esses, uma avaliação contínua da 
necessidade de manutenção, aquisição ou descarte de determinados 
materiais. 
 
O desenvolvimento de coleções é um processo, o qual é 
cíclico, ininterrupto, com atividades regulares 
contínuas, respeitando a especificidade de cada tipo 
de unidade em função de seus objetivos e usuários, 
sem que uma etapa tenha que se distinguir das outras 
(VERGUEIRO, 1989). 
 
Conforme o autor acima, verificamos, mais uma vez registrada, a importância 
que se deve dar à unidade de informação, biblioteca ou centro de 
documentação, ou seja, sempre se pautar em seus objetivos, sua missão para 
oferecer serviços informacionais à comunidade. 
 
O termo desenvolvimento de coleções refere-se ao 
processo de, sistematicamente, construir coleções de 
bibliotecas para servirem ao estudo, ensino, à pesquisa 
e a outras necessidades pertinentes aos usuários de 
uma biblioteca, tornando-se a mediadora entre os 
materiais de informação e a comunidade universitária. 
(DIAS, SILVA e CERVANTES, 2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
Na citação acima, vemos que o foco dado ao desenvolvimento de coleções se 
limita ao âmbito universitário, todavia podemos ampliá-lo aos demais tipos de 
instituições que lidam com o tratamento da informação, como outros tipos de 
bibliotecas, arquivos, museus, centros documentais e outros. 
 
A atividade de desenvolvimento de coleções deve ocorrer vislumbrando 
sempre a comunidade/usuário, suas reais necessidades, os interesses por 
informações e os acontecimentos do passado e do presente. Deve‐se, 
portanto, oferecer informações para que eles entendam sua história, seu 
passado e também seu presente, aumentando seus conhecimentos para 
saber opinar e refletir nos debates/assuntos/temas vivenciados. 
 
1.3 Processo de Desenvolvimento de Coleções 
 
Dias e Freitas (2003) apontam forças externas que devem ser consideradas 
além de áreas‐chaves da organização/unidade de informação/biblioteca. 
Vamos conhecê‐las? 
 
Direção da Unidade: É necessário, caro (a) aluno (a), observar qual é o grau 
de autonomia da unidade de informação quanto à tomada de decisão na 
formação de seu acervo e no gerenciamento do orçamento? A direção da 
unidade poderá ser substituída em um futuro previsível? Há possibilidade de a 
atual direção ser reconduzida? 
 
Política: Há órgãos colegiados para definir diretrizes e políticas? Há 
mecanismos para preservar as decisões independentemente de mudanças de 
direção? Até que ponto a unidade depende da administração geral da 
organização para obter verbas? Mudanças na direção poderiam acarretar 
mudanças quanto aos produtos/serviços oferecidos ou, ainda, quanto à 
definição de prioridades? 
 
Legislação: O administrador da unidade de informação conhece as leis que 
têm impacto direto sobre suas atividades. Quais mecanismos legais poderão 
 
 
 10 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
ser acionados para favorecer a unidade de informação? 
 
Social e demográfica: Há mudanças sociais ou demográficas significativas na 
comunidade/organização em que está inserida a unidade de informação? 
Quais as mudanças previstas e como fazer para enfrentá‐las/acompanhá‐las? 
 
Mercado: Quais são as tendências quanto ao público e à geração de receitas? 
Quem são seus concorrentes e em que medida eles podem compreender os 
produtos/serviços oferecidos pela unidade de informação? 
 
Tecnologia: Quais inovações tecnológicas estão disponíveis para a gestão de 
serviçosde informação em toda a cadeia de valor (processos/atividades)? 
 
Padrões de desempenho: Há mecanismos para avaliar a relação 
custo‐benefício de produtos/serviços oferecidos pela unidade de informação? 
Há padrões extremos aos quais a unidade de informação tenha de se 
adaptar? Qual é o impacto desses produtos/serviços nos resultados da 
organização a que pertence a unidade informacional quanto ao cumprimento 
de metas e objetivos? 
 
Façamos aqui uma ressalva ao escopo mercado. Ainda que seja uma 
biblioteca de uma instituição privada, o livro deve ser entendido como um 
produto que, mais que um preço, possui um valor. Este valor refere‐se ao que 
ele pode gerar, transformar, influenciar na condição do sujeito. Sua utilidade 
muitas vezes depende da atualidade do conteúdo, isso é um fator muito 
presente em ambientes que atuam com áreas de informática, engenharia e 
outros. Ou seja, o livro pode ser avaliado como um instrumento de mediação, 
modificação e desenvolvimento social, através da aplicação de seu conteúdo. 
 
Assim, reflita comigo, caro (a) aluno (a), que o livro não é apenas um objeto 
útil, mas um instrumento que pode trazer mudança, crescimento, 
amadurecimento e melhores formas para as pessoas se articularem na 
sociedade. Diante disso, o desenvolvimento de coleções deve contemplar as 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
necessidades reais dos usuários. 
 
1.4 Etapas do Processo de Desenvolvimento de Coleções 
 
As seis etapas do processo de desenvolvimento de coleções citadas por 
autores como Vergueiro e Weitzel, sinalizam o que deve ser considerado, num 
primeiro momento: a comunidade e, a partir disso, outras etapas se inserem 
no contexto, configurando, por conseguinte, a formação das coleções. 
 
A preocupação com o desenvolvimento de coleções em 
bibliotecas apresenta um nítido incremento a partir das 
últimas décadas,quando se tornou cada vez mais claro, 
para bibliotecários e administradores em geral, que era 
praticamente impossível acompanhar o ritmo alucinante 
de crescimento dos materiais informacionais. 
(VERGUEIRO, 1993). 
 
A sistematização por etapas do processo, portanto, vem auxiliar em uma 
atividade que é complexa, tendo em vista que, dentro das instituições, um 
produto ou serviço precisa ter controle e viabilizar, com efeito, o fluxo de 
atividades dos mesmos. Para isso, é preciso atenção ao que está acontecendo 
dentro e fora da instituição, pois, lembremos sempre de que o cliente, usuário 
ou público, está do lado de fora e suas demandas mudam, de acordo com 
novas formas de pensar, ou mesmo em mudanças na esfera técnica e 
tecnológica de seu modus operandi, ou seja, sua atividade laboral. 
 
1.4.1 Estudo da Comunidade 
 
É possível traçar um perfil da comunidade/usuário de forma direta e indireta. 
A primeira pode ser considerada aquela em que o usuário participa, sendo 
consultado ou sugerindo títulos para a biblioteca adquirir. A segunda, forma 
indireta, se dá pela observação do fluxo de material que é emprestado e/ou 
consultado pelos usuários. 
 
 
Como você sabe, 
caro (a) aluno (a), 
nas bibliotecas, o 
material 
emprestado e 
devolvido pelo 
usuário é 
registrado, seja na 
base de dados ou 
manualmente. Isso 
pode ser uma ótima 
fonte para visualizar 
os títulos que mais 
saem, e quais as 
formas de 
desenvolver mais 
coleções com 
assuntos 
semelhantes, 
enriquecendo, 
assim, o acervo. 
 
 
 
 12 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
Na literatura especializada no assunto de desenvolvimento de coleções, 
autores como Vergueiro (2007) apresentam a comunidade/usuário como real 
ou potencial. O usuário real é aquele que frequenta o ambiente 
constantemente, usufruindo de seus serviços, enquanto que o usuário 
potencial está mais no plano do usuário que pode vir a ser um usuário real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Comunidade da biblioteca 
Fonte: www.flickr.com/photos/leonisha/4100835153/ (2014) 
 
Weitzel (2006) apresenta um exemplo de como é possível estudar um usuário 
real. Ele cita como exemplo, uma comunidade de alunos de universidades 
brasileiras e argumenta que é possível começar pelas bases de dados. Nelas, 
estão os registros de cursos; se são graduações ou pós-graduações; os atores 
que delas participam, como os docentes e os discentes; bem como suas 
respectivas áreas e quais os departamentos em que os docentes estão 
inseridos, entre outras informações relevantes para conhecer suas demandas 
informacionais. 
 
 
 
http://www.flickr.com/photos/
http://www.flickr.com/photos/
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
1.4.2 Política de Seleção 
 
Trata‐se de documento formal que aborda todos os procedimentos acatados 
para selecionar os tipos das coleções que vão formar o acervo, apresentando 
os critérios e as etapas da seleção. Vergueiro (1995) coloca que a política de 
seleção é um documento que visa dar suporte às decisões sobre a seleção. 
Nele, devem constar os seguintes itens: 
 
 Identificação dos responsáveis pela seleção de materiais; 
 Os critérios utilizados no processo; 
 Os instrumentos auxiliares; 
 As políticas específicas; 
 Os documentos correlatos. 
 
1.4.3 Seleção 
 
O momento em que o bibliotecário deve decidir, objetiva e coerentemente 
sobre os materiais a serem adquiridos pela instituição/biblioteca, é o que 
Vergueiro (2006) chama de momento de decisão. 
 
Esse momento é a seleção, a qual diz respeito à decisão referente aos títulos 
a serem adquiridos. “Cada título deve ter seu lugar no acervo, uma razão 
para estar ali.” (WEITZEL, 2006). 
 
1.4.4 Aquisição 
 
Cabe ao bibliotecário selecionador, ou o bibliotecário de aquisição 1localizar 
os itens identificados no processo de seleção, incorporando‐os nas coleções, 
via compra, permuta ou doação (WEITZEL2006). 
 
1
 Bibliotecário selecionador ou bibliotecário de aquisição são expressões adotadas por 
autores da área de biblioteconomia/Ciência da Informação. Eles existem ou não em 
instituições, quer dizer, eles podem ser solicitados para trabalhar exclusivamente no processo 
de desenvolvimento de coleções, ou ser um bibliotecário de outro setor que, num 
determinado período, é selecionado para realizar essa atividade. 
 
Quais são os 
materiais ou títulos 
aos quais nos 
referimos no 
parágrafo acima? 
Caro (a) aluno (a), 
são livros, 
periódicos, filmes, 
CD’s, etc. 
 
 
 
 14 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 – Aquisição de livros de forma tradicional 
Fonte: http://pt.dreamstime.com/foto‐de‐stock‐compra‐dos‐livros 
‐image12173940 (2014) 
 
A aquisição pode ocorrer via internet. Há várias livrarias/editoras que 
oferecem esse serviço, que podem ser aproveitadas pelos bibliotecários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Compra de materiais bibliográficos via internet 
Fonte: www.culturamix.com/wp‐content/uploads/2012/08/Comprar‐Livros 
‐1.jpg (2014) 
 
1.4.5 Avaliação 
 
E o que é avaliar, caro (a) aluno (a), no processo de desenvolvimento de 
coleções? É o que vamos descobrir agora! Vamos ver alguns conceitos: 
 
A avaliação da coleção refere‐se à idade, língua, distribuição por classe de 
assunto, uso,questões não respondidas, entre outras (DIAS; PIRES, 2003). 
http://pt.dreamstime.com/foto
http://pt.dreamstime.com/foto
http://www.culturamix.com/wp
http://www.culturamix.com/wp
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
A avaliação é um processo de determinação do valor ou o grau de sucesso na 
realização de um objetivo predeterminado (DIAS; PIRES, 2003). 
 
A avaliação serve para realinhar, padronizar condições das coleções, a qual 
deve responder a “objetivos institucionais e a comunidade a que serve.” 
(WEITZEL, 2003, p. 35‐36). 
 
1.4.6 Desbastamentoe Descarte 
 
Um material que é pouco procurado pela comunidade da biblioteca é tido 
como obsoleto. Para Lancaster (1996), a obsolescência alude ao material que 
tem seu uso diminuído. O desbaste aplica‐se quando uma coleção é pouco 
utilizada pelos usuários. Geralmente, a coleção é afastada do acervo, 
seguindo para um depósito especial. O descarte remete‐se à retirada 
definitiva da coleção. (MACIEL E MENDOÇA, citado por WEITZEL, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 ‐ Descarte 
Fonte: http://www.lealjunior.com.br/index.php?pg= 
noticia&id=10880 (2014 
 
1.5 Respeitando o Contexto para Iniciar o Processo 
 
Há críticas de especialistas da área, no que se refere à forma de se iniciar o 
processo de desenvolvimento de coleções, como, por exemplo, fazer 
aquisições a partir das listas de bibliografias sugeridas pelos professores. É 
certo que isso não é o suficiente para desenvolver uma coleção. 
 
 
OBS.: O descarte 
deve ser uma ação 
criteriosa. É preciso 
cuidado e atenção 
para não se 
desfazer de um 
material que tenha 
um valor histórico 
ou ainda seja útil 
para a biblioteca. 
 
 
Se tudo estiver 
certo sobre o 
descarte, a doação 
do material para 
empresas de 
reciclagem é uma 
ideia a ser discutida 
e registrada no 
processo de 
desenvolvimento 
de coleções. 
 
http://www.lealjunior.com.br/index.php
http://www.lealjunior.com.br/index.php
 
 
 16 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
As sugestões dos usuários ou do pessoal que trabalha diretamente com eles 
no atendimento, visualizando as demandas de consulta, reserva; a 
manutenção de um núcleo básico e outro complementar da área de interesse, 
como foi elaborada, por exemplo, Biblioteca do Senado em sua formação e 
desenvolvimento de coleções, são algumas opções para auxiliar na escolha do 
conteúdo das coleções. 
 
O serviço de referência de uma biblioteca, bem como os profissionais que 
lidam diretamente com a comunidade/usuário devem observar as demandas 
de materiais. É no serviço de referência que deve ocorrer a relação 
usuário‐informação (ALMEIDA JÚNIOR,2003). Os livros que são emprestados 
mais frequentemente, livros obsoletos que devem ser descartados, livros que 
precisam de reparos técnicos, como o reparo das lombadas e a substituição 
das capas. Em síntese, temos a figura do processo de formação do 
desenvolvimento de coleções: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7– Síntese do processo de desenvolvimento de coleção
2
 
Fonte: adaptado de Evans (1979) 
 
2
 Figura adaptada do site: http://biblioteconomiadigital.blogspot.com.br/2011/11/ desenvolvi 
mento-de- coleccoes-conceitos.html . A figura, segundo a fonte consultada, foi inspirada nos 
conceitos de Evans (ver referências). 
 
Quer saber mais e 
melhor, caro (a) 
aluno (a)? 
Então, acesse: 
www.senado.gov.
br/senado/bibliot
eca/documento 
s/Politica_de_Selec
ao_da_Biblioteca.p
df(BRASIL, 2007). 
 
http://biblioteconomiadigital.blogspot.com.br/2011/11/desenvolvimento-de-
http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/documen
http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/documen
http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/documen
http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/documen
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 01 
A Figura ilustra o processo. Podemos notar que, no centro, está contemplado 
o pessoal da biblioteca, ou seja, todos que nela trabalham e podem ajudar no 
processo de desenvolvimento, sugerindo, opinando, ou mesmo, tomando 
decisões, como é o caso do bibliotecário encarregado de efetuar a aquisição 
de materiais. 
 
Devemos prestar atenção também no que está fora do círculo, que são os 
eventos sociais externos, os quais acontecem simultaneamente à vida da 
comunidade atendida e a atinge diretamente. Um exemplo disso são os 
acontecimentos de natureza política e eventos como a próxima Copa do 
Mundo. Discutiremos isso mais adiante, nas próximas competências. 
 
Os tipos de bibliotecas determinam diversificadamente seu processo de 
desenvolvimento de coleções. Elas devem respeitar suas possibilidades de 
manter ou não determinados materiais. 
 
Figura 8 – As etapas do processo de desenvolvimento de coleções em bibliotecas 
Fonte: Adaptado das informações de Vergueiro (1989) por Simone Weitzel (2003). 
 
TIPO DE 
BIBLIOTECA 
 
 
 
 
 
OBJETIVOS TIPO DE COLEÇÕES ÊNFASE NO 
PROCESSO DE DC 
Pública 
Democratização da 
informação para a 
comunidade local. 
Obras de referência, 
ficção, não‐ficção, 
biografias, jornais e 
revistas 
 Análise da 
comunidade 
 Avaliação 
 Desbastamento 
Infantil  Estimular a leitura/; 
 Formar o leitor. 
Livros infanto‐juvenis, 
de pano, HQs, 
brinquedos, etc. 
Não informado 
Escolar Apoiar os programas 
de ensino oficial. 
 Obras de referência, 
 livros paradidáticos, 
literatura e não‐ ficção 
 Seleção 
 esbastamento 
Universitária 
Apoiar os programas 
de ensino, pesquisa e 
extensão 
Livros e periódicos 
técnico‐científicos. 
 Avaliação 
 Desbastamento 
Especializada Objetivos e metas da 
instituição mantenedora. 
Normalmente, 
material especial. 
Não informado 
 
 
 18 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 01 
O quadro da figura acima expõe os vários tipos de bibliotecas e evidencia que 
o desenvolvimento de coleções não deve ser realizado de maneira igual para 
todas. É preciso, então, entender cada tipo de biblioteca, comunidade e 
necessidades que lhes são inerentes. Esse é um ponto que irá ser sempre 
lembrado nesta disciplina. 
 
As três formas de aquisição (compra, aquisição e permuta) serão uma das 
pautas da próxima Competência 2, deste caderno. Até lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
2.COMPETÊNCIA 02 | APLICAR O PROCESSO DE SELEÇÃO DE 
COLEÇÕES E IDENTIFICAR MODALIDADES E PROCEDIMENTOS DE 
AQUISIÇÃO DE TIPOS DE MATERIAIS DIVERSIFICADOS 
 
2.1 Considerações sobre a Organização do Processo de Desenvolvimento de 
Coleções 
 
As maneiras como as informações vêm sendo tratadas, produzidas e 
difundidas, em forma impressa ou em forma digital, devem ser observadas 
com atenção às demandas de cada local. Esse local deve ter a missão de 
oferecer serviços de informação, como é o caso das bibliotecas, centros 
documentais, museus e outros que trabalham com informação. Dessa 
maneira, devemos, caro (a) aluno (a,) entender que nada do que fazemos 
pode estar deslocado dos contextos, realidades e necessidades. 
 
O que temos acompanhado, presenciado e até participado é uma mudança, 
rápida e contínua das formas de produção, circulação e difusão das 
informações. No caso dos livros, isso não tem sido diferente. Há uma 
sugestão que vem sendo posta em prática: as bibliotecas virtuais. Nesse 
sentido, precisamos pensar sempre se o que estamos fazendo se adéqua às 
reais carências informacionais da comunidade em que atuamos. 
 
Neste caderno, daremos maior foco às coleções das bibliotecas físicas, as 
bibliotecas tradicionais. Mas é preciso, também, considerar que neste 
momento, nossas rotinas caminham para que estejamos sintonizados nas 
duas propostas de bibliotecas, as bibliotecas tradicionais e as bibliotecas 
digitais. 
 
Vergueiro (1997) apresenta alguns pontos sobre a organização do processo de 
seleção. O autor considera esse processo complexo e, assim sendo, alerta que 
devemos manter atenção a todas as etapas do desenvolvimento de coleções, 
você se lembra delas? 
 
 
 
 20 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
I- Estudo da comunidade; 
II- Política de seleção; 
III- Seleção; 
IV- IV) Aquisição; 
V- V) Avaliação; 
VI- Desbastamento e descarte 
 
 É preciso atenção ao que a biblioteca possui e não possui, para que o 
processo considere a lista desiderata, a demanda reprimida e a lista de 
sugestões. Vamos ver o que o autor vergueiro (1997) fala delas, caro (a)aluno (a)? 
 
 Lista Desiderata – Refere‐se a materiais que a biblioteca deseja possuir; 
 Demanda Reprimida – Diz respeito a títulos procurados pelos usuários 
que a biblioteca não possui; 
 Lista de Sugestões ‐ Lista do material sugerido pelos usuários que serão 
considerados, ou não, no processo de aquisição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Caixa de sugestões 
Fonte:http://3.bp.blogspot.com/_uvZNi32o61E/TARumC1Mt5I/AAAAAAAABQg/Oo7r
‐pA31H0/s1600/caixa.gif (2014) 
 
Vergueiro ressalta que essas expressões são praticamente sinônimas. 
 
Ainda na organização do processo de seleção, Vergueiro (1997, p.63) expõe 
que é importante definir: 
http://3.bp.blogspot.com/_uvZNi32o61E/TARumC1Mt5I/AAAAAAAABQg/Oo7r
http://3.bp.blogspot.com/_uvZNi32o61E/TARumC1Mt5I/AAAAAAAABQg/Oo7r
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
• Os responsáveis pela tomada de decisão; 
• Os mecanismos para identificação e registro dos itens a serem 
selecionados; 
• A política de seleção. 
 
Vamos falar um pouco mais sobre isso? 
 
Os responsáveis pela tomada de decisão – Na visão de Vergueiro (1997), o 
profissional que seleciona deve ser o bibliotecário e, durante o processo, as 
demais atividades por ele executadas devem ser deixadas para os demais que 
atuam na biblioteca. 
 
Lembramos que os responsáveis por decidir sobre como será organizada a 
seleção devem contar com toda a equipe da biblioteca, inclusive os técnicos. E 
como isso ocorre? Da seguinte forma: toda a equipe da biblioteca precisa 
participar dando sugestões; isso é muito importante, pois os técnicos e o 
pessoal que trabalha diretamente com o usuário (no atendimento, na 
referência) visualizam diariamente as suas reais necessidades. 
 
A responsabilidade para organizar o processo de seleção exige atenção, 
conhecimento das necessidades para estabelecer o que se precisa fazer; quais 
as etapas a serem revistas, discutidas, analisadas. Nesse sentido, Vergueiro 
(1997, p. 64) propõe três alternativas: 
 
1. Existência de uma comissão de seleção, de caráter deliberativo, da qual o 
bibliotecário participa como membro coordenador/presidente; 
2. Existência de uma comissão de seleção de caráter consultivo, para 
assessoria ao responsável pela seleção; 
3. O bibliotecário faz a seleção dos materiais. 
 
Considerando a realidade de muitas bibliotecas, as quais não possuem ainda 
um profissional formado em Biblioteconomia, o que se pode sugerir é a 
presença de um bibliotecário durante a organização do processo de 
 
 
 22 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
seleção. Nesta etapa, o bibliotecário dará o suporte necessário aos técnicos 
para que realizem a aquisição, a seleção e a compra dos materiais com mais 
qualidade e segurança. 
 
No item número 2, Vergueiro (1997) mostra a possibilidade de uma comissão 
de seleção. Neste contexto, a equipe técnica pode auxiliar e ser fundamental, 
mostrando sua vivência com os usuários e trazendo dúvidas e carências do 
acervo e dos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Processo de desenvolvimento de coleções 
Fonte: http://bibliotecaniteroi.blogspot.com.br/2010/08/equipe‐da‐biblioteca.html (2014) 
 
Para o autor, os profissionais que trabalham diretamente com o público 
podem apresentar um retrato da realidade da biblioteca, ajudando no 
processo de tomada de decisão sobre o desenvolvimento das coleções. 
 
2.2 Conhecendo Mais Sobre a Política de Desenvolvimento de Coleções 
 
Vamos lembrar um pouco mais sobre as etapas do processo de 
desenvolvimento de coleções? 
 
O conceito de política de desenvolvimento de coleções se refere: 
 
http://bibliotecaniteroi.blogspot.com.br/2010/08/equipe
http://bibliotecaniteroi.blogspot.com.br/2010/08/equipe
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
ao conjunto de normas que visa estabelecer ações, 
delinear estratégias gerais, determinar instrumentos e 
delimitar critérios para facilitar a tomada de decisão na 
composição e no desenvolvimento de coleções, em 
consonância com os objetivos da instituição, dos 
diferentes tipos de serviços de informação e dos 
usuários do sistema (LIMA; FIGUEIREDO, citados por 
DIAS; PIRES, 2003, p. 21). 
 
Para se começar a pensar em uma política de desenvolvimento de coleções, é 
de extrema importância pensar em registrá‐la para que, no futuro, com 
mudanças do corpo da equipe que trabalha na biblioteca, fique claro a razão 
de o acervo ser composto por determinadas coleções e oferecer 
determinados tipos de serviços. 
 
Dias e Pires (2003, p.20) apontam que a política de desenvolvimento de 
coleções deve considerar “os diferentes tipos de serviços de informação. 
Outros fatores, também, interferem no estabelecimento de políticas, 
diretrizes e processos.” 
 
As autoras Dias e Pires (2003) escrevem que a política é delineada visando 
nortear o planejamento global da coleção e seu crescimento. As autoras 
salientam que o documento sobre a política deverá definir objetivos de curto 
e longo prazo da unidade de informação/biblioteca para as coleções, levando 
em conta: 
 
 O meio ambiente; 
 A demanda do usuário; 
 As fontes disponíveis; 
 A disponibilidade orçamentária. 
 
O meio ambiente é a biblioteca e a comunidade dela; a demanda do usuário é 
o que ele necessita no que diz respeito à informação, ou seja, quais tipos de 
livros, temas, assuntos; as fontes disponíveis são as coleções que a biblioteca 
 
Vamos pensar quais 
seriam esses 
fatores? 
1. O tipo de 
biblioteca (escolar, 
universitária, 
pública, etc.); 
2. As demandas de 
materiais (por 
exemplo, se o 
público é infantil, 
então se deve pensar 
em brinquedos 
didáticos, como 
jogos, músicas 
infantis, material 
para desenhar, etc.); 
3. Os recursos 
disponíveis para 
compra dos 
materiais. Se a 
biblioteca não 
dispõe, é 
interessante que se 
faça campanhas de 
doação de livros, 
CDs, materiais de 
escritório, doados 
por lojas da 
comunidade, etc 
 
 
 24 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
possui, seu acervo propriamente dito; e a disponibilidade orçamentária é o 
caixa da biblioteca, quanto ela pode gastar, ou melhor, investir na compra 
dos materiais informacionais como livros, revistas, DVDs com palestras, 
documentários, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura11 ‐ Orçamento 
Fonte:www.hamiltonpereira.org.br/noticias/ja‐minguado‐alckmin‐corta‐ainda‐mais‐orcam
ento‐da‐cultura/20121017103919_M_732 (2014) 
 
O processo de desenvolvimento de coleções envolve duas etapas, segundo 
Dias e Pires (2003). A primeira etapa seria a parte de estudo da 
comunidade, saber quem são os usuários, o que querem e precisam, 
quanto a biblioteca disponibiliza de recurso e qual a finalidade de cada 
instituição/biblioteca. Já a segunda etapa é a parte que contempla o 
estabelecimento de normas a serem seguidas quanto à forma de seleção para 
desenvolver as coleções. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.hamiltonpereira.org.br/noticias/ja
http://www.hamiltonpereira.org.br/noticias/ja
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 – Dados que devem ser considerados no processo de seleção. 
Fonte:Weitzel(2003) 
 
 
 
 
 26 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
2.3 Seleção de Diversos Tipos de Coleções 
 
Para que o processo de seleção de materiais de uma biblioteca ocorra de 
forma eficaz é importante que haja uma definição da maneira, do motivo e de 
quem será o arranjo das coleções. Assim, uma política de seleção é 
elemento fundamental. Vergueiro (1997, p.64) fala de um instrumento 
formal de política de seleção. Este instrumento nada mais é que um 
documento registrando como deve ser realizada a atividade se seleção dos 
livros ou outros materiais de informação. 
 
Dias e Pires (2003, p.37) conceituam o processo de seleção como umconjunto 
de procedimentos que serve para estabelecer ações, projetar estratégias e 
definir critérios para facilitar a tomada de decisão na composição e no 
desenvolvimento de coleções, concordando sempre com os objetivos da 
biblioteca e as necessidades dos usuários. 
 
Esse documento assegura a permanência da forma de seleção de materiais da 
biblioteca em relação às mudanças dos funcionários. Uma razão citada por 
Vergueiro (1997) que valida a política de seleção é a garantia da 
manutenção dos critérios além da permanência física dos profissionais 
responsáveis pelas decisões. 
 
Mesmo com as mudanças de funcionários, ou até mesmo uma mudança física 
da biblioteca, o desenvolvimento do acervo não será prejudicado se houver 
uma política de seleção com diretriz. De acordo com esse parecer, caro (a) 
aluno (a), Vergueiro (1997) diz que um documento de política de seleção 
bem estruturado serve como apoio em momentos de mudanças. 
 
A política de seleção, segundo Vergueiro (1997) deve ser seguida como lei e, 
enquanto não for mudada, ou seja, enquanto o documento da política não for 
alterado, dever ser mantido para as atividades de seleção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 ‐ Política de seleção deve ser considerada lei na biblioteca 
Fonte: www.militarpos64.com.br/sitev2/wp‐content/uploads/2010/11/ 
leis.jpg (2014) 
 
Um documento que forma de política de seleção, segundo Vergueiro (1997, 
p. 77), é justificado por seu caráter: 
 
• Administrativo, com a finalidade de garantir a continuidade dos critérios 
além da presença física de seus elaboradores; 
• Relações públicas, ao tornar a biblioteca simpática aos olhos da 
comunidade; 
• Político, ao proporcionar um instrumento para resistência ou 
gerenciamento dos conflitos e pressões em torno da coleção. 
 
O documento de política, portanto, serve como instrumento de apoio nos 
procedimentos de tomada de decisão para selecionar os tipos, as quantidades 
e a qualidade da coleção. Vergueiro (1997, p.78) indica o que deve constar 
num documento de política de seleção: 
 
 A identificação dos responsáveis pela seleção de materiais; 
• Os critérios utilizados no processo; 
• Os instrumentos auxiliares; 
• As políticas específicas; 
• Os documentos correlatos. 
 
Vamos saber um pouco mais detalhadamente sobre os pontos acima, caro (a) 
aluno (a)? 
http://www.militarpos64.com.br/sitev2/wp
http://www.militarpos64.com.br/sitev2/wp
 
 
 28 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
Mais uma vez, trazemos as considerações de Vergueiro (1997), que é um 
especialista no tema na área. Ele nos instrui que, caso seja constituída uma 
comissão para realizar o documento sobre a política de seleção, é preciso que 
isso esteja fixado no documento, no qual devem ser registrados: 
 
a) A forma como a comissão foi constituída ou indicada (lei, decreto, portaria, 
etc.); 
b) A identificação dos membros e o período de mandato (em documento 
anexo); 
c) A periodicidade das reuniões; 
d) A organização das atividades da comissão com as atribuições de seus 
membros (quem preside, quem secretaria, quem vota) e as formas para 
obtenção de consenso (maioria simples, maioria de dois terços, unanimidade, 
voto de qualidade, etc.). 
 
A comissão que definirá critérios, normas e formas de escolha na política de 
seleção irá se responsabilizar, na visão de Dias e Pires (2003, p 21), entre 
outros pontos, por: 
 
1. Analisar os objetivos gerais da organização à qual a coleção pertence ou 
pertencerá; 
2. Cobrir áreas de maior necessidade e interesse da comunidade, definindo 
prioridades da seleção; 
3. Estabelecer critérios para recebimento de doações e descarte. 
 
Enfatizamos aqui que a forma como vai ser feita o documento da política de 
seleção pode ser aplicada a quaisquer tipos de bibliotecas, considerando 
sempre, caro (a) aluno (a), os contextos, as realidades de cada uma. 
Respeitando, também, o que os usuários podem dar como contribuição 
durante esse processo. 
 
Dias e Pires (2003), citando técnicas apontadas por Tarapanoff (1995), 
apresentam técnicas e métodos que podem ser adotados para a tomada de 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
decisão durante a formação e o desenvolvimento de coleções, dos quais 
destacamos: 
 
 Cenários – São técnicas de projeções de tendências e possíveis 
situações futuras, inserindo‐se no campo do estudo probabilístico. Estes 
cenários são montados com as informações que se tem da biblioteca. 
Quanto ao tipo, eles podem ser: econômicos, tecnológicos, demográficos, etc. 
 
 Brainstorming – Conhecido como “tempestade de ideias”, 
resumidamente, é uma técnica de geração de ideias criativas em um grupo 
de pessoas para resolução de problemas. Quer dizer, uma ideia que qualquer 
membro da comunidade, ou os funcionários da biblioteca, podem ter. Elas 
seriam discutidas, estruturadas e se tornariam um serviço, um evento ou uma 
forma de atender da biblioteca, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura14 – Brainstorming/tempestade de ideias 
Fonte: http://tinacristinatina.blogspot.com.br/2012/04/serie‐gestao‐de‐pro 
jetos‐brainstorming.html (2012) 
 
 Biografia Institucional ‐ é uma técnica utilizada em pesquisa histórica que 
consiste em descrever a estrutura de desenvolvimento de uma organização. 
 
 Bibliometria ‐ Constitui o estudo de aspectos quantitativos da 
 
Um estudo sobre o 
quantitativo de 
livros, ou seus tipos 
como obras de 
referência, livros 
especializados; 
códigos; etc., ou 
mesmo um estudo 
sobre os livros mais 
utilizados, é um 
trabalho 
bibliométrico que 
se faz a partir da 
quantidade de 
livros que mais são 
usados em uma 
biblioteca. 
 
http://tinacristinatina.blogspot.com.br/2012/04/serie
http://tinacristinatina.blogspot.com.br/2012/04/serie
 
 
 30 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
produção, difusão e uso da informação registrada. 
 
 Estudo dos usuários ‐ É uma técnica na qual são realizadas coletas e 
análise de dados om o intuito de perceber as necessidades e deficiências do 
mercado. Entenda‐se mercado nesse texto como usuário, no contexto da 
biblioteca. 
 
Todos esses aspectos expressos nos textos devem ser observados e 
adequados a cada situação, respeitando, conforme já colocamos, as 
diferentes comunidades e suas necessidades de informação. Dessa forma, é 
preciso que se faça todo e qualquer processo com ética e sempre dialogando 
com profissionais da área com formação, no caso em questão, o profissional 
bibliotecário, pois ele tem a formação e está habilitado a interagir com toda 
a equipe da biblioteca, visando melhorias para as mesmas e, principalmente, 
para os usuários. 
 
2.4 Aquisição de Diversos Tipos de Materiais Informacionais 
 
Agora, falaremos um pouco sobre as formas de aquisição: 
 
a) compra 
b) doação 
c) permuta 
 
a) Compra 
 
A compra de materiais informacionais, como livros, revistas, vídeos, entre 
outros, é um processo que pode envolver outros setores da instituição, como 
por exemplo, o setor financeiro e as coordenações dos cursos. No caso do 
setor financeiro, é comum que a biblioteca repasse os valores necessários 
para compras de determinadas coleções. Quanto às coordenações dos 
cursos, mais precisamente coordenadores, são elas que podem sugerir, opinar 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
e participar, colaborando com o processo porque conhecem o tipo de 
material que seria pertinente comprar para a biblioteca. 
 
A aquisição “é uma etapa puramente administrativa, pois não tem ligação 
direta com a comunidade” (SCALCO, 2010, p.8) Essa afirmação é válida para a 
aquisição efetuada via compra, pois, conforme veremos, há outros tipos de 
aquisição (doação e permuta). “Um meio para concretização dasdecisões de seleção é o fluxo controlado para evitar estrangulamentos 
ou duplicatas desnecessárias” (SCALCO, 2010, p.8). Ou seja, as compras 
devem ser feitas sempre com atenção ao material que a instituição/biblioteca 
possui. 
 
Vamos ver um pouco sobre a compra de materiais? 
 
• Compra de livros – Podem ser adquiridos nas livrarias ou mesmo nas 
editoras e, até, por meio eletrônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 – Site livraria/editora Briquet de Lemos 
Fonte: http://www.briquetdelemos.com.br/servico‐ao‐cliente (2014) 
 
http://www.briquetdelemos.com.br/servico
http://www.briquetdelemos.com.br/servico
 
 
 32 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
Scalco (2010) listas algumas ações na fase de compra, entre elas: 
 
 Receber listas dos coordenadores de curso (em caso de biblioteca 
universitária); 
 Realizar levantamento dos títulos e verificar a existência destes no 
acervo, evitando duplicações desnecessárias; 
 Verificar se algum dos itens solicitados já não se encontra em processo 
de aquisição anterior, objetivando evitar duplicações; 
 A compra deverá ser feita a quem oferecer o menor preço e melhores 
condições de entrega; 
 Recebimento do material pelo almoxarifado e remessa do mesmo à 
biblioteca, para o setor de processo técnico, que vai conferir notas fiscais e 
lista de pedidos, formalizando possíveis falhas. 
 
Os livros devem ser listados pelo título, autor, editora e edição, conforme 
a figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 – Itens listados para compra. 
Fonte: www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/editais/PP_29_2009_aquisicao_ 
de_livros.pdf (2014) 
 
Há a compra de livros via pregão, geralmente realizado em bibliotecas de 
universidades federais. A compra é feita por quem (editoras) oferece o menor 
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/editais/PP
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/editais/PP
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
preço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura17 ‐ Compra feita via pregão por licitação. 
Fonte: www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/editais/PP_29_2009_aquisicao_de_ 
livros.pdf (2014). 
 
Abaixo, ilustramos em um documento de uma instituição federal a 
formalização de uma compra via pregão eletrônico. Observe, caro (a) aluno 
(a), que esse tipo de transação é algo que envolve muita responsabilidade e, 
dado esse fato, principalmente em universidades, quem participa diretamente 
do processo são os bibliotecários. Mas é importante que você, caro (a) aluno 
(a), tenha conhecimento para melhor atuar em sua carreira profissional. 
 
Scalco (2010, p. 8) diz que a prioridade de compra deverá ser dada às 
necessidades e/ou requisições de cursos que estão começando ou em 
processo de reconhecimento pelo Ministério da Educação (MEC). Isso vale, 
principalmente, para instituições de médio e grande porte. 
 
 
 
 
 
 
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/editais/PP
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/editais/PP
 
 
 34 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18 – Documento formalizando a compra por pregão eletrônico. 
Fonte: http://ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/pregao042011.pdf (2014) 
 
• Aquisição de revistas ‐ Há várias formas de aquisição de revistas. 
Segundo Scalco (2010, p. 8), a renovação de compra de periódicos deve 
ser f e i t a desde que comprovado estatisticamente o uso. 
 
A compra das revistas pode ser feita diretamente pelas editoras e a transação 
pode ser feita por telefone ou e-mail. Durante o processo de solicitação às 
editoras, é importante solicitar propostas de valores, prazos de pagamento e 
ver se é melhor efetuar a compra por um ano, dois anos, ou mais tempo. 
 
É importante lembrar que, no atual contexto, principalmente em instituições 
universitárias, há a compra de revistas online, de base de dados de periódicos, 
como o Portal da Capes, por exemplo. 
 
Outro ponto a se destacar é a continuidade desse tipo de material, que é 
periódico (semanal, mensal, semestral, anual, etc.). Vergueiro (2007) 
também discute em seu livro esse assunto. 
 
 
 
 
Sabe como 
podemos fazer 
estas estatísticas, 
caro (a) aluno (a)? 
Listando por título e 
quantidade de 
vezes que a revista 
foi solicitada pelo 
usuário. Com essas 
listas, é possível se 
ter um controle de 
quais são as revistas 
mais procuradas. 
 
 
Visite o Portal da 
Capes: 
www.periodicos.ca
pes.gov.br/ 
 
http://ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/pregao042011.pdf
http://ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/pregao042011.pdf
http://www.periodico/
http://www.periodico/
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 02 
b) Doação 
 
Para as doações oferecidas à biblioteca, Scalco (2010 p.9) expõe que deverão 
ser aplicados os mesmos critérios que os usados para a compra, ou seja, não 
será incluído nenhum material doado que não se adquiriria por compra, ele 
deve ser coerente com as demandas. Scalco (2010), também apresenta 
alguns pontos sobre o material doado: 
 
• Incorporar ao acervo; 
• Doar ou permutar com outras Instituições; 
• Descartar e devolver ao doador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19 – Documento para registro dos dados do doador 
Fonte: www.ufpe.br/sib/images/documentos/termodoacao.pdf (2014) 
 
Scalco (2010) ainda alerta para atenção aos materiais que chegam como 
doação: 
 
• Adequação ‐ obras cujo conteúdo não atenda aos interesses da 
Instituição; 
http://www.ufpe.br/sib/images/documentos/t
http://www.ufpe.br/sib/images/documentos/t
 
 
 36 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 02 
• Desatualização ‐ obras cujo conteúdo foi superado por edições mais 
recentes; 
• Condições físicas ‐ sujeira, infectadas, rasgadas. Se houver interesse, a obra 
poderá passar por restauração; 
• Duplicadas ‐ número excessivo de exemplares em relação à demanda. 
 
c) Permuta 
 
A permuta é uma forma de aquisição menos praticada, pois, trata da troca 
de materiais. Isso ocorre muito em feira de troca ou bibliotecas que possuem 
obras duplicadas. 
 
Dias e Pires (2003, p.47) afirmam que a permuta “consiste, em acordo 
preestabelecido entre instituições, no compromisso mútuo de fornecimento 
de publicações”. Segundo as autoras, é uma prática comum entre bibliotecas 
universitárias e especializadas. 
 
Diante das formas de aquisição apresentadas, é importante sempre 
considerar o usuário e suas necessidades com as possibilidades da 
instituição/biblioteca para adquirir os materiais e validar o discurso de 
ambiente de guarda, preservação e difusão de informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 03 
3.COMPETÊNCIA 03 | SABER IDENTIFICAR E APLICAR OS CRITÉRIOS 
ADEQUADOS PARA A AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES, ASSIM COMO AS 
ESTRATÉGIAS DO DESCARTE E DESBASTAMENTO DO ACERVO 
 
A informação que está obsoleta/desatualizada, nem sempre pode ser tida 
como inútil. Muitas vezes obras que não possuem uma efetiva utilização na 
biblioteca X, é de extrema relevância na biblioteca y. Mas como? Vamos 
pensar num exemplo, caro (a) aluno 
(a)? 
 
Um assunto, por exemplo, na área de Direito ou na área de Informática, ou 
mesmo um dicionário, que já está desatualizado, pode ser de extrema 
importância para os campos da História, da Linguística, etc. Por isso, quando 
pensamos em descartar uma obra, devemos considerar os motivos desse 
descarte, sempre observando as políticas de seleção, de aquisição e de 
descarte de materiais. 
 
A instituição precisa, muitas vezes, se desfazer de obras menos utilizadas ou 
nunca procuradas, mesmo assim, esta é uma operação que precisa de muita 
atenção e sempre deve ter o acompanhamento de um profissional 
bibliotecário, que estejaa serviço da biblioteca. 
 
É preciso que se considere o uso e os benefícios de obras que estão no 
acervo. As coleções têm por objetivo atender os usuários. Quando isso não 
acontece, uma avaliação dos livros que não são procurados deve ser feita 
com todos os envolvidos nos serviços da biblioteca, como referência, 
atendimento, aquisição e outros. 
 
Dessa maneira, a utilização dos recursos para aquisição de materiais 
informacionais será mais voltada às reais demandas. A figura abaixo mostra o 
ciclo que deve considerar o uso, os benefícios, os recursos e a capacidade no 
contexto da avaliação dos serviços da biblioteca. 
 
 
 38 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20 ‐ Interdependência de recursos, capacidade, uso e benefícios de um serviço. 
Fonte: Lancaster (1996) 
 
3.1 Critérios para Avaliar Coleções 
 
A avaliação de coleções “é o processo de determinar o valor ou o grau de 
sucesso na realização de um objetivo predeterminado.” (DIAS; PIRES, 2003, p. 
49). Objetivo predeterminado refere‐se ao usuário que deve ser atendido na 
biblioteca. As autoras recomendam alguns níveis a se considerar no processo 
de avaliação: 
 
• Nível de completeza – Coleção profunda/completa, todos os 
documentos, em todos os formatos; em todas as línguas de uma determinada 
área do conhecimento; 
• Nível de pesquisa – material especializado, corrente e retrospectivo, 
melhores fontes para pesquisa em áreas específicas, monografias, 
monografias e periódicos básicos da área; 
• Nível de estudo – material básico, corrente e retrospectivo, material 
de apoio ao ensino, material didático, monografias e periódicos básicos de 
assuntos específicos; 
• Nível básico – coleção introdutória de assuntos e obras de referências 
gerais; 
• Nível mínimo – áreas que não são primordiais para os usuários, mas 
que têm uso mínimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 03 
É pela avaliação que se pode “verificar a eficiência da política de 
desenvolvimento de coleções mediante métodos e técnicas adequados e, 
também, subsidiar o desbastamento da coleção, ou seja, o deslocamento ou a 
retirada de material” (DIAS; PIRES, 2003, p. 49). 
 
A avaliação de uma coleção também pressupõe a avaliação de seus serviços 
de informação. Nesse aspecto, Lancaster (1996) salienta que a avaliação 
de um acervo não pode ser feita de forma isolada. Entre alguns métodos de 
avaliações do acervo, Lancaster (1996, p. 20) cita: 
• Métodos quantitativos – os quais dizem respeito ao tamanho e o possível 
crescimento da coleção; 
• Métodos qualitativos – consiste no julgamento por especialistas 
(bibliotecários), uso de bibliografias como padrão, bibliografias publicadas, 
bibliografias elaboradas especialmente e análise de uso real. 
 
Lancaster (1996) apresenta, ainda, um argumento sobre a quinta lei da 
Biblioteconomia, de Ranganathan, a qual ilustra a biblioteca como um 
organismo em expansão. O que o autor quer dizer é que, no processo de 
avaliação de coleções, é possível identificar que o acervo jamais será algo 
estático, parado. Pelo contrário, o acervo precisa mudar, ser atualizado, 
porque o usuário muda, suas demandas aumentam ou pedem leituras novas 
sobre determinados temas. 
 
O autor alerta que a avaliação não é um fim em si mesma e que ela deve 
ocorrer seguindo objetivos definidos (LANCASTER, 1996, p. 15). Da mesma 
forma, pensa Almeida Júnior (2003), o qual discute a importância da avaliação 
com um objetivo, um fim. O autor ressalta que é preciso satisfazer os usuários 
e entender os interesses da instituição, ou biblioteca e, assim, as ações 
avaliativas devem acontecer sempre, em todos os processos com técnicas e 
instrumentos que visem a oferecer análises qualitativas para opiniões, 
propostas e definições a respeito da biblioteca. 
 
 
 
 40 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
Portanto, antes de avaliar o acervo é importante responder às perguntas: 
para quê? Qual o objetivo? O que se quer a partir disso? Assim, a atividade de 
avaliar não será algo aleatório, mas bem definido. 
 
3.2 Estratégias de Descarte 
 
Seguindo os ensinamentos de autores como Lancaster (1996) que diz que a 
avaliação deve ser diagnosticada e não se basear apenas em opiniões, pois, 
nesse sentido, ela pode ser objetiva ou subjetiva, iremos apresentar como 
se deve fazer um descarte de forma criteriosa, visando não cometer erros 
ao se retirar, definitivamente, coleções não usadas ou desatualizadas. 
 
Em primeiro lugar, é muito importante a presença de um especialista, como o 
bibliotecário, para dar seu parecer a respeito do material a ser descartado. 
Sendo algumas bibliotecas desprovidas de recursos para atualizar suas 
coleções, é necessário criar estratégias para dinamizar e atualizar o acervo. 
Campanha de doação, como dissemos antes, é uma ideia. Solicitação aos 
órgãos superiores, como as prefeituras, secretarias de educação, editoras e 
livrarias para novas aquisições é outra ideia. 
 
O descarte, então, pode ser realizado a partir do que se diagnostica: 
 
• Do acervo – uma vez observado que determinadas obras não circulam, 
deve‐se descartá‐las, ou doá‐las para dar lugar a novas coleções nas estantes; 
• Do usuário – Este é quem melhor pode demonstrar que uma coleção 
está ou não sendo bem utilizada; 
• Dos objetivos da instituição – Uma instituição especializada, por 
exemplo, não pode deixar faltar obras atuais no acervo, e, as que não são 
procuradas, não cumprem a missão da instituição que é atender determinada 
comunidade. 
 
O importante é inserir a biblioteca no contexto do movimento, que ela seja 
algo dinâmico, ativo e útil à comunidade. Isso significa não olhá‐la como um 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 03 
galpão que guarda livros velhos. Biblioteca não é depósito e, dessa forma, 
precisamos, caro (a) aluno (a), sempre, pensar o que pode ser melhorado e 
mudado para dar vida à biblioteca. Os livros que não circulam, ou seja, 
nunca saem emprestados ou não são consultados, são dispensáveis, pois não 
cumprem sua missão, a de servir como fonte/ferramenta para o 
crescimento pessoal, profissional, ou espiritual das pessoas. 
 
Assim, o descarte não deve ser visto de forma negativa. Contudo, como já 
colocamos, ele deve ocorrer de forma planejada, racional, levando em conta 
que o que não serve para a biblioteca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21 – Livros que não possuem mais utilidade viram arte. 
Fonte: http://bibliotecafzea.blogspot.com.br/2011/06/livros‐velhos‐viram‐arte.html 
(2014) 
 
3.3 Estratégia de Desbaste 
 
Sobre o desbaste, Lancaster (1996) argumenta que a extração de amostras da 
circulação do acervo por ano da obra e número de exemplares (por exemplo: 
um livro de 1993 em que há dois deles no acervo; um livro de 2000 com o 
mesmo título, mas que existem oito deles no acervo, isso significa que o 
tema do livro continua sendo procurado e foram comprados mais deles no 
ano 2000). 
 
Para Lancaster (1996) o desbaste pode ser realizado a partir da observação da 
 
É muito importante, 
caro (a) aluno (a), 
entender que o 
livro que deve ser 
descartado não é 
por ele ser velho, 
mas sim por estar 
desatualizado e não 
haver procura por 
ele na biblioteca. 
Por isso, é 
fundamental 
consultar um 
especialista, como o 
bibliotecário, antes 
de tomar essa 
medida. 
 
http://bibliotecafzea.blogspot.com.br/2011/06/livros
http://bibliotecafzea.blogspot.com.br/2011/06/livros
 
 
 42 
Técnico em Biblioteca 
 Competência 03 
pouca circulação de determinada coleção. Esse material pode ser afastado 
do acervo, dando lugar a novas coleções, mais atuais e mais procuradas. A 
idade dos livros nas áreas como Direito e Tecnologias demonstra se a coleção 
deve ou não ser mantida no acervo. Essa duas áreas se atualizam com muita 
rapidez e, neste sentido,precisam ser substituídas pelas mais atuais, pois, os 
livros são ferramentas indispensáveis para os estudantes. 
 
Muitas vezes, a condição física da coleção, que pede reparos na lombada, ou 
mesmo na capa inteira, deve ser afastada para voltar consertada ao acervo. 
Lancaster aponta a vantagem de mais espaço nas estantes, quando livros que 
não são usados são desbastados. Isso nos leva a pensar que um acervo não 
mostra seu potencial pela quantidade, mas sim pela qualidade de seus livros, 
em termos de conteúdos atualizados e especializados em cada área. 
 
Diante do que se viu aqui no caderno podemos verificar alguns aspectos para 
desbastar ou descartar determinados materiais: 
 
1. A idade da obra, levando em conta a área; 
2. A condição física do livro (neste caso, se o livro estiver muito 
danificado: com rasuras, riscado, com mofo, etc., o mais aconselhável é 
mesmo descartar); 
3. O aproveitamento do espaço físico para as coleções mais consultadas 
pelos usuários; 
4. O conteúdo, ou seja, se livros de História Antiga estão em uma biblioteca 
especializada na área de Agricultura, por exemplo, o melhor a se fazer é 
buscar uma biblioteca em que esta coleção tenha uso efetivo; 
5. A melhor forma de observar a dinâmica de uso das coleções é verificar a 
quantidade de saída/empréstimo das mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Desenvolvimento de Coleções 
 Competência 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22 – Livro pouco usado. 
Fonte: http://bibliotecachampagnat.blogspot.com.br/2008/11/rodolfo‐e‐suas‐ 
aventuras‐na‐biblioteca.html(2014) 
 
 
 
 
 
http://bibliotecachampagnat.blogspot.com.br/2008/11/rodolfo
http://bibliotecachampagnat.blogspot.com.br/2008/11/rodolfo
 
 
 44 
Técnico em Biblioteca 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A sociedade vem mudando muito rápido, em virtude, principalmente, das 
novidades tecnológicas. A forma de pensar e os hábitos sociais se alteram e 
isso se reflete nos meios da informação, tendo em vista que ela se constitui a 
partir da interação, registro, compartilhamento, circulação e repercussão 
entre as pessoas. Assim, a informação, principalmente a informação 
registrada, precisa de um tratamento que se constitua em dois matizes: 
usuário, aquele que solicita a informação, e demanda o resultado dessa 
solicitação. 
 
Em ambos, usuário e demanda, é preciso considerar as influências das 
tecnologias, novos suportes e, portanto, novas agendas de atuação e práticas 
para melhor entendimento da atividade de tratamento informacional. 
Portanto, os novos rumos da informação pesam também sobre as novas 
formas de se pensar a formação e o desenvolvimento de coleções. Nesse 
contexto, a biblioteca e os profissionais que estão ligados aos processos de 
tratamento, organização e difusão dos objetos informacionais precisam 
entender, refletir e debater possibilidades de organizar acervos e dinamizar os 
serviços, para atender satisfatoriamente o usuário. 
 
O desenvolvimento de coleções deve ser concretizado respeitando os 
contextos e as demandas apresentadas em cada instituição/biblioteca. Ele 
deve estar de acordo com o foco principal, que é o usuário. A seleção , a 
aquisição, o descarte e o desbaste são processos que devem ocorrer segundo 
avaliações periódicas das necessidades e condições do acervo. 
 
Por fim, devemos sempre lembrar de que a quantidade de livros na estante 
não é o mais importante. A qualidade sim importa mais, ou seja, livros 
atualizados, em bom estado e que contemplem os assuntos das áreas, do 
público da biblioteca. Sempre observando o uso, o fluxo, os livros mais 
requisitados, as coleções mais procuradas, visando aumentar a oferta para a 
comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Desenvolvimento de Coleções 
REFERÊNCIAS 
 
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fev. 2014. 
 
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http://bibliotecafzea.blogspot.com.br/2011/06/livros
http://bibliotecafzea.blogspot.com.br/2011/06/livros
http://bibliotecachampagnat.blogspot.com.br/2008/11/rodolfo
http://bibliotecachampagnat.blogspot.com.br/2008/11/rodolfo
http://bibliotecaniteroi.blogspot.com.br/2010/08/equipe
http://bibliotecaniteroi.blogspot.com.br/2010/08/equipe
http://3.bp.blogspot.com/_uvZNi32o61E/TARumC1Mt5I/AAAAAAAABQg/Oo7r
http://3.bp.blogspot.com/_uvZNi32o61E/TARumC1Mt5I/AAAAAAAABQg/Oo7r
http://www.senado.gov.br/sf/Biblioteca/documentos/Politica_de_Selecao_da_Biblioteca.p
http://www.senado.gov.br/sf/Biblioteca/documentos/Politica_de_Selecao_da_Biblioteca.p
http://www.briquetdelemos.com.br/servico
http://www.briquetdelemos.com.br/servico
http://www.culturamix.com/wp
http://www.culturamix.com/wp
 
 
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Técnico em Biblioteca 
DIAS, Maria Matilde Kronka; PIRES, Daniela. Formação e desenvolvimento 
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DIAS, Geneviane Duarte; SILVA; Terezinha Elisabethda.; CERVANTES, Brígida 
Maria Nogueira. Política de desenvolvimento de coleções para documentos 
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https://journal.ufsc.br/index.php/eb/article/viewFile/1518-2924.2012v17n34p42/22652http://pt.dreamstime.com/foto
http://pt.dreamstime.com/foto
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/
http://www.tce.to.gov.br/sitephp/aplic/licitacao/documentos/
 
 
 
 
 
 
 
 
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Desenvolvimento de Coleções 
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Acesso em jan. 2014. 
 
FPE. Figura 18 – Documento formalizando a compra por pregão eletrônico 
Disponível em: <http://ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/pregao042011.pdf>. 
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Briquet de Lemos, 1996. 
 
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Disponível%20em:%20%20%20%3chttp:/ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/p
Disponível%20em:%20%20%20%3chttp:/ipojuca.ifpe.edu.br/arquivos/pdf/p
http://www.militarpos64.com.br/sitev2/wp
http://www.militarpos64.com.br/sitev2/wp
http://www.militarpos64.com.br/sitev2/%20wp‐content/uploads/2010/11/leis.jpg%3e.%20Acesso%20em:%20fev.%202014.
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Unlimited,1979. p. 28, p. 20. 
 
 . Figura 7 – Síntese do processo de desenvolvimento 
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p. 28, p. 20. 
 
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IFPE. Figura 18 – Documento formalizando a compra por pregão eletrônico 
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 . Figura 20 ‐ Interdependência de recursos, capacidade, uso e 
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Briquet de Lemos, 1996. 
 
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http://www.militarpos64.com.br/sitev2/wp
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49 
Desenvolvimento de Coleções 
bibliotecas Prof. Zaqueu de Melo. Londrina, 2010. Disponívelem: <www.unifil 
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TINACRISTINA. Figura14 – Brainstorming/tempestade de ideias. Disponível 
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UFPE. Figura 19 – Documento para registro dos dados do doador. Disponível 
em:<http://www.ufpe.br/sib/images/documentos/termodoacao.pdf>. Acesso 
em: jan. 2014. 
 
VERGUEIRO, Waldomiro. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis, 
1989. 
 
 . Desenvolvimento de coleções: uma nova visão para o 
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VISCOIMAGES. Figura 1– a cada leitor, seu livro. Disponível em:<www.visco 
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WEITZEL, Simone da Rocha. Elaboração de uma política de desenvolvimento 
de coleções em bibliotecas universitária. São Paulo: Interciência, 2006. 
 
 . Figura 8 – As etapas do processo de desenvolvimento de 
coleções em bibliotecas. Elaboração de uma política de desenvolvimento de 
http://www.unifil.br/docs/biblioteca/PDC.pdf
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http://tinacristinatina.blogspot.com.br/2012/04/serie
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http://www.ufpe.br/sib/images/documentos/termodoacao.pdf
http://www.viscoimages.com/photo/124615
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 50 
Técnico em Biblioteca 
coleções em bibliotecas universitária. São Paulo: Interciência, 2006. 
 
 . Figura 12 – Dados que devem ser considerados no processo 
de seleção. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções 
em bibliotecas universitária. São Paulo: Interciência, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
Desenvolvimento de Coleções 
MINICURRÍCULO DO PROFESSOR 
 
Marilucy da Silva Ferreira 
 
Mestra em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Pernambuco 
(2012). Bacharel em Biblioteconomia pela UFPE (2009). Possui experiência em 
coordenação, docência, tutoria e produção de conteúdos em EAD. Atua como 
analista em fontes de informação em base de dados. Tem interesse nas 
áreas de Representação, Organização e Recuperação da Informação, 
Linguagens Documentárias, Redes sociais, Pesquisa em ambiente Web e 
Consultoria na área.

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