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Resumo - familia

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1 
A FAMÍLIA E A CRISE ÉTICA 
CONTEMPORÂNEA 
Famílias que se desfazem e refazem várias 
vezes ao longo da vida das crianças, os 
irmãos constituem referências sólidas para 
as identificações horizontais; alianças de 
afeto e cumplicidade entre os irmãos são 
mais estáveis do que os laços com os 
adultos. 
 
Todos os “papéis” dos agentes familiares 
são substituíveis. O que é insubstituível é 
um olhar de adulto sobre a criança, a um só 
tempo amoroso e responsável, desejante de 
que esta criança exista e seja feliz na medida 
do possível – mas não a qualquer preço. 
DA FAMÍLIA MEDIEVAL A 
FAMÍLIA MODERNA 
 
 
 
 
Família 
Medieval 
Família 
Moderna 
Família 
Contemporânea 
Marcada pela forte 
e central presença 
do patriarca; 
 
A mulher tinha 
papel mais voltado 
as atividades 
domésticas e 
reprodução; 
 
As crianças eram 
enviadas à casa de 
mestres para 
aprenderem ofícios 
e adquirirem 
conhecimento, 
eram entendidas 
como "mini-
adultos"; 
 
Os mais velhos 
eram tidos como 
guardiões da 
memória, 
detentores da 
sabedoria; 
 
O filho mais velho, 
eram aqueles que 
iriam transmitir os 
valores e manter o 
status social da 
família, assim 
recebiam mais 
atenção dos pais; 
 
Havia pouca troca 
de sentimentos; 
A família 
passou a se 
desvincular 
da referência 
hierárquica 
que existia 
nos lares; 
 
As crianças 
voltaram-se 
ao seio 
familiar por 
meio das 
escolas, que 
passaram a 
possuir 
maior 
prestígio 
moral e 
social 
 
A criança 
vira o centro 
da família, 
centro da 
atenção e 
investimento
s familiares; 
 
Marginaliza
ção da figura 
do idoso. 
 
Concepção 
sentimental 
da família; 
 
O casamento já não é 
mais a base da 
sociedade 
 
Há o aparecimento 
de um fenômeno que 
Birman chama de 
"tirania infantil", 
que é quando as 
crianças precisam 
externar seu 
narcisismo no outro, 
que agora não está 
mais no seu lar, 
então, passa a 
aparecer nas escolas 
e demais espaços por 
onde transitam, 
como ocorre com o 
bullying, por 
exemplo; 
 
O casamento não é 
mais visto como 
instituição eterna. 
 
A educação é 
totalmente nas 
escolas, refletindo 
alguns sofrimentos 
psíquicos na mente 
da criança. 
 
Uma atenção e 
valorização aos 
idosos com políticas 
públicas adequadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criança
Irmãos
Estabelece relação 
solidas horizontais 
 
 
 
2 
AMOR, CASAMENTO E SEXUALIDADE 
 
Idade Média Modernidade 
Eram os pais que 
cuidavam do 
casamento dos filhos 
(negócios); 
 
O casamento não 
consagrava um 
relacionamento 
amoroso; 
 
A fecundidade era 
indispensável ao 
casamento, assim 
como a fidelidade 
absoluta da mulher 
 
Séculos mais tarde, a 
Igreja vai instituir o 
casamento como o 
único espaço legítimo 
para uso da 
sexualidade, com o 
objetivo exclusivo da 
procriação. 
 
Valorização do amor 
individual, casamento por 
amor, 
 
Erotismo na relação 
conjugal 
 
Sexualidade é, pois, uma 
construção social que 
engloba o conjunto dos 
efeitos produzidos nos 
corpos, nos 
comportamentos e nas 
relações sociais. 
 
Anexou-se a 
irregularidade sexual à 
doença mental: da infância 
à velhice foi definida uma 
norma de 
desenvolvimento sexual e 
cuidadosamente 
caracterizados todos os 
desvios possíveis; 
OS SEGREDOS DA ADOÇÃO 
Os adotantes chegam a nós convictos de 
que o problema da criança esteja ligado à 
adoção, ou seja, não foi suficientemente 
‘amado’ pela mãe biológica, pois têm a 
crença de que, se “a criança fosse amada de 
verdade, ela não teria sido entregue para 
adoção”, e de que a sua origem biológica 
estaria “falando mais alto” que a educação 
que lhe dão. 
 Por que o parentesco considerado 
“legítimo” é o que advém da 
consanguinidade? 
A idealização de certo tipo de filho/a está 
mais presente na filiação adotiva, talvez 
pela possibilidade de escolher e selecionar 
fisicamente a criança 
VIOLÊNCIA E FAMÍLIA 
Para lidar com o paradoxo entre a 
constituição do sujeito e do laço social, o 
sujeito precisa encontrar formas de 
expressão e realização pulsionais que se 
adéquem aos ditames culturais. A forma 
mais comum e singular que o sujeito 
encontra é por meio da produção do 
sintoma. 
O assujeitamento e a imposição no sentido 
vincular estão relacionados à afetividade 
entre os membros do grupo social e às 
regras que regem os relacionamentos entre 
eles. 
O homem tem no desejo de 
reconhecimento, a condição de fazer-se 
humano, ou seja, ele existe por causa de um 
outro. 
REFERENCIAS 
Artigo 1: Em defesa da família tentacular 
Artigo 2: Amor, casamento e sexualidade: velhas e 
novas configurações 
Artigo 3: Os segredos da adoção e o imperativo da 
matriz bioparental 
Artigo 4: Violência e família: possibilidades 
vinculativas e formas de subjetivação 
Livro 1: História social da criança e da família. Cap 2 
‘Um aspecto importante do segredo é a suposição fácil 
de que, se não se pode saber algo, sobretudo sobre si 
mesmo, isto deve ser mau’

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