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Esquistossomose e Schistosoma mansoni

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Esquist�ssom�s� � Schist�som� manson�
• Agente etiológico: Schistosoma mansoni;
• Hospedeiro de�nitivo: homem;
•Hospedeiro intermediário: caramujo –
Biomphalaria glabrata;
• Gênero Schistosoma, chegou às Américas
durante o trá�co de escravos e com imigrantes
orientais e asiáticos;
• Schistosoma mansoni adaptou-se no Brasil,
devido às condições ambientais semelhantes à
região de origem e a presença do hospedeiro
intermediário.
• Fatores que garantem a infecção:
– Fêmeas produzem cerca de 400 ovos/dia;
– Vida prolongada dos casais de Schistosoma
no hospedeiro;
– Um caramujo pode eliminar 4.5 mil
cercárias/dia;
– Na água, as cercárias sobrevivem até 48hs
após a sua saída do caramujo.
Morfologia
• Machos
– Corpo:
• extremidade anterior: ventosa oral e ventral;
• extremidade posterior: canal ginecóforo
• ausência de órgãos copuladores
• espermatozoides passam pelos canais
deferentes dentro do canal ginecóforo.
• Fêmea
– Ventosa oral;
– Glândula vitelogênica;
• Ovos
– Ausência de opérculo;
– Espículo voltado para trás;
– Ovo maduro: presença de miracídio e é
eliminado nas fezes;
• Miracídio
– Cílios: auxiliam na locomoção em meio
aquático;
– Extremidade anterior: terebratorium;
– Terebratorium possui glândulas adesivas, que
auxiliam na penetração no tecido do hospedeiro
(molusco – caramujo), e terminações
sensoriais que percebem as substâncias
liberadas por caramujos na água.
• Cercária
– Cauda bifurcada;
– Ventosa oral com glândulas de penetração;
– Ventosa ventral (acetábulo): �xação na pele
do hospedeiro (homem) no processo de
penetração.
– No processo de penetração, a cercária perde
a cauda, sendo chamada de esquistossômulo.
Ciclo Biológico
• No homem se inicia com a penetração de
cercárias através da pele ou mucosas;
• Através do sistema vascular, as cercárias
tornam-se adultas e alcançam o sistema porta
hepático;
• Ocorre maturação sexual;
• Os vermes adultos migram para as veias
mesentéricas onde se acasalam;
• As fêmeas fazem a postura dos ovos na
parede dos vasos sangüíneos;
• Os ovos tornam se maduros (1 semana);
• Atravessam a mucosa intestinal e chegam à
luz do intestino;
• Ovos maduros (com miracídio) são
eliminados nas fezes.
• Os ovos podem �car retidos na mucosa
intestinal ou serem levados para o fígado.
• Os ovos eliminados nas fezes, sobrevivem
durante 5 dias;
• Caso estes ovos alcancem a água, ocorre a
liberação do miracídio (altas temperaturas, luz
intensa e oxigenação);
• Ocorre atração do miracídio por substâncias
liberadas pelo caramujo na água;
• O miracídio adere à mucosa do caramujo e
ocorre a penetração por meio de enzimas
liberadas pelo terebratorium.
• Após a penetração no caramujo, o miracídio
sofre modi�cações morfológicas e
transforma-se em esporocisto.
• Esporocisto sofre poliembrionia, originando
esporocisto repleto de cercárias (esporocisto
II);
• Ocorre a saída das cercárias do caramujo (luz
e temperatura);
• Cercárias apresentam maior infectividade
durante as primeiras 8h de vida;
• Cercárias nadam ativamente até
encontrarem o hospedeiro de�nitivo (homem)
• No homem, as cercárias são capazes de
penetrar na pele ou mucosas.
• Quando são ingeridas com água, as cercárias
que chegarem ao estômago são destruídas pelo
suco gástrico. Mas as cercárias que
penetrarem na mucosa, completam o ciclo
biológico.
Transmissão
• Penetração ativa das cercárias na pele e
mucosa; • Maior quantidade e atividade de
cercárias na água ocorre entre 10 e 16hs,
quando a luz solar e o calor são mais intensos.
Imunidade
• Resposta imunológica está envolvida com a
atenuação dos efeitos da doença;
• Resposta imunológica contra as formas
infectantes, impedindo a superinfecção;
• Parasito adulto consegue escapar da resposta
protetora que atua contra as formas jovens.
Patologia
• Doença decorre da resposta in�amatória
granulomatosa em torno dos ovos vivos do
parasito depositados nos tecidos;
• Cepa do parasito, carga parasitária, idade,
estado nutricional e imunológico do hospedeiro
Sintomas Gerais
• Fase aguda:
mal-estar com ou sem febre, problemas
pulmonares, dores musculares, desconforto
abdominal, hepatite aguda, calafrio,
emagrecimento, alergia, disenteria, cólicas,
hepatoesplenomegalia, obstruções, ação
espoliadora (Fe e glicose), reação in�amatória
granulomatosa.
• Fase crônica:
– Diarréia mucossanguinolenta e dor
abdominal;
– Fibrose da alça intestinal, diminuição do
peristaltismo e constipação constante;
– Hepatoesplenomegalia e dor quando
apalpados.
– Varizes esofagianas: • circulação colateral
anormal intrahepática (tentativa de
compensar a circulação porta obstruída); •
Rompimento pode causar hemorragia fatal.
– Ascite (Barriga d´água): decorre das
alterações hemodinâmicas;
– Encistamento dos ovos em vários órgãos.
Diagnóstico
• Fase da doença: Anamnese
• Parasitológico
• Exame de fezes;
• Biópsia ou raspagem da mucosa retal.
• Métodos imunológicos: não permitem a
certeza do parasitismo.
Tratamento
• Oxamniquina e Praziquantel;
• Pacientes com presença de ovos viáveis nas
fezes;
• Melhores resultados em jovens.
• Baixa dose: falha na cura parasitológica;
• Fiocruz: produção do medicamento para
populações prevalentes.

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