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Aceitação e renúncia da herança

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Aceitação e renúncia da herança
Aceitação da herança (art. 1.804 c.c)
Uma vez aceita a herança, o ato é irrevogável. A aceitação da herança é indivisível. 
Pode-se ser herdeiro:
a) A título universal;
b) Legatário:
c) Herdeiro legítimo e instituído (testamentário) ao mesmo tempo (art. 1.808 §2º c.c).
Espécies de aceitação:
a) Expressa: Aceita expressamente, de forma inequívoca, deixa claramente aceitação da herança, de acordo com o art. 1.805 1ª parte do c.c;
b) Tácita: É quando a pessoa pratica atos como se herdeiro fosse, de acordo com o art. 1.805 2ª parte §1º do c.c;
c) Presumida: No silêncio, aceitou-se a condição de herdeiro, conforme o art. 1.807 c.c
Renúncia da Herança.
A pessoa pode renunciar à herança, bem como aceita-la. Na renúncia não existe direito de representação. Para realizar a renúncia lavra-se um termo nos autos ou em escritura pública pelo cartório de notas. É vedado renúncia por instrumento particular. A renúncia é indivisível e ela é total, vedando assim renúncia parcial. A renúncia deve ser pura e simples e sempre deverá ser por escrito. A renúncia é irretratável. 
Se todos de um mesmo grau renunciarem, esse direito de herança passará para o grau seguinte, não por direito de representação, mas por direito próprio por força do art. 1.811 do c.c.
Para dispor do patrimônio deve ser capaz, tendo em vista o consentimento do conjugue e não poderá ser lesivo a credores. 
Exclusão do herdeiro por indignidade:
É um rol taxativo... Deve ser interpretado de forma restritiva. Para excluir o herdeiro da herança por indignidade, deverá ter as causas, que estão disponíveis no art. 1.814 c.c que diz:
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Para o herdeiro ser excluído da herança, deve-se propor ação declaratória de indignidade, cujo objetivo é possibilitar o réu o direito ao contraditório.
O interessado é quem receberá benefícios materiais nessa exclusão. Havendo a exclusão, haverá o Direito de representação. O prazo para propor ação é decadencial de 4 anos após a abertura da sucessão. 
EFEITO: EX-TUNC
Os bens retornam para os herdeiros reais. São os bens ereptícios. Há também a restituição dos frutos e rendimentos e, contudo, o direito de representação. 
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença.
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão.
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.
Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.
Pode ter perdão judicial através de testamento ou ato autêntico. Essa reabilitação deve ser expressa. 
Exclusão do herdeiro por deserdação
Exclusão por deserdação assim como na indignidade, serão por atos específicos, não considerando-o por qualquer motivo. 
Exclusão do herdeiro por deserdação
A indignidade serve para excluir qualquer herdeiro, seja legitimo ou testamentário. A deserdação serve para excluir da sucessão os herdeiros necessários, aqueles que por sua vez possui o direito de herdar a legítima, ou seja, ascendente, descendente e conjugue. Deve-se ter um testador, com a lavratura do testamento. Deve-se ter a confecção de um testamento, cujo ato de vontade deve ser expressa pelo testador. Um ato que leva a deserdação é a ofensa física. Deve-se explicitaras causas da deserdação, respeitando as formalidades em lei. O art. 1.964 do c.c diz:
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.
Causas que acarretam a deserdação
Todas as causas que acarretam a indignidade, acarretarão na deserdação, conforme o art. 1.814 c/c art. 1.961 do código civil. 
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão.
Causas que autorizam os ascendentes deserdarem seus descendentes:
De acordo com o art. 1.962 do c.c as respectivas causas são: 
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto: Considera-se uma relação ilícita uma relação sexual;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Causas que autorizam os descendentes deserdarem seus ascendentes
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
Prazo para propositura da ação: O prazo para propositura da ação é decadencial de 4 anos, contados na abertura do testamento. 
O art. 1.965 do c.c diz:
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.
O enunciado 116 da primeira jornada da CJF diz:
Enunciado 116 – Art. 1.815: O Ministério Público, por força do art. 1.815 do novo Código Civil, desde que presente o interesse público, tem legitimidade para promover ação visando à declaração da indignidade de herdeiro ou legatário.
Pode haver perdão? Sim, a partir do momento de não realizar o testamento. O art. 1.969 c.c diz: 
Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.
Obs. Testamento é personalíssimo, ou seja, somente a pessoa poderá fazer, não tendo assim representantes. 
Efeitos da deserdação
a) Privação da herança, que por sua vez, tem caráter pessoal. Os descendentes da pessoadeserdada possui direito de representação;
b) Sanção com caráter pessoal.
Indignidade x Deserdação

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