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PSICOLOGIA Aspectos biológicos, sociais e psicológicos das fases do desenvolvimento

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ASPECTOS BIOLÓGICOS DA GESTAÇÃO:
No tocante às alterações endócrinas, o elemento básico que provoca tais mudanças é a implantação da placenta e sua ação de sustentação da vida do feto. Os principais hormônios são: hormônio gonadotropina coriônica (HCG), hormônio somatotropina placentária e a tireotropina placentária, estrógeno, a progesterona e os andrógenos. Dentre as funções desses hormônios, pode-se citar o impedimento da rejeição ao tecido fetal, produção de propriedades lactogênicas, crescimento fetal, crescimento da musculatura e aumento da vascularização uterina, relaxamento dos ligamentos pélvicos e dilatação dos órgãos sexuais externos, aumento no tamanho das glândulas mamárias e pelo aumento nos níveis de prolactina. Além dessas mudanças, outras alterações endócrinas podem causar hipervolemia, aumento na velocidade da circulação sanguínea, aumento da frequência cardíaca, diminuição da tolerância ao calor, extra-sístoles, dispneia, ansiedade, entre outros sintomas. A prolactina, que é responsável por induzir e manter a lactação, promovendo a secreção de leite pelas glândulas mamárias, tem sua quantidade aumentada em até cinco vezes no primeiro trimestre, e vai dobrando nos trimestres seguintes. Durante o parto há uma queda da prolactina e logo após o parto há um aumento imediato. A ocitocina é um hormônio secretado pela hipófise posterior, e que tem como uma de suas funções provocar contrações uterinas, além de promover a ejeção ou “descida” do leite.
Em relação às alterações cardiorrespiratórias: o trabalho cardíaco aumenta cerca de 40% antes da 15ª semana de gestação. O aumento do volume sanguíneo ocorre entre a 10ª e 20ª semanas, e se dá principalmente, pelo aumento do volume plasmático e da pré-carga. Desde o segundo mês de gestação pode ser observado o aumento do consumo de oxigênio e do metabolismo basal, em consequência das alterações metabólicas do feto e da placenta. A frequência respiratória de repouso aumenta de 14 para 18 ciclos por minuto, e isso pode explicar os quadros de dispneia frequentes durante a gestação.
No que tange às alterações digestórias: o apetite pode diminuir no início da gravidez e começa a aumentar a partir do terceiro trimestre. Náuseas e vômitos são frequentes. O estômago pode mudar sua posição pela compressão do útero. Ocorre aumento no tempo de esvaziamento gástrico e pode ocorrer aumento na pressão intragástrica, além de hipersecreção com hipoacidez e hipocloridria, não aumentando o poder fermentativo. O intestino delgado desloca-se e tem seu tônus e mobilidade diminuídos, prolongando o esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal. Esse quadro pode provocar constipação e dificuldade em expulsar as fezes.
Com relação às alterações urinárias: os rins aumentam de peso e tamanho, sofrem dilatação da pélvis renal, aumento da taxa de filtração glomerular no primeiro trimestre e aumento da função dos túbulos. Antes do quarto mês de gestação há alterações anatômicas significativas na bexiga, e a partir dessa ocasião o volume aumentado do útero juntamente com a hiperemia que afeta os órgãos pélvicos, eleva o trígono e produz espessamento de sua margem posterior ou intrauretérica.
Em se tratando das alterações dermatológicas: o aumento no fluxo sanguíneo para a pele leva a maior atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas. Pode ocorrer hiperpigmentação na face, aréolas mamárias, linha alba e região vulvoperinea. O ganho de peso materno e fetal parecem influenciar no desenvolvimento de estrias.
Em relação às alterações musculoesqueléticas: as alterações hormonais induzem a um aumento generalizado nas articulações, favorecendo entorses de tornozelo. As articulações pélvicas sofrem grandes transformações, pois há aumento da vascularização e hidratação das cartilagens internas à articulação, fazendo com que os ligamentos articulares desta região fiquem mais distendidos. No terceiro trimestre há aumento na retenção de água, que pode ocasionar edema nos pés e tornozelos das gestantes. 
ASPECTOS SOCIAIS DA GESTAÇÃO:
A gravidez é um período de transição que faz parte do processo normal do desenvolvimento onde ocorre uma mudança de identidade e uma nova definição de papéis.
Muitas vezes, a gravidez não é fruto de uma relação saudável entre um casal, ou seja, não é planejada por ambos ou por um deles e, dessa forma, poderá acrescentar complicações já inerentes nesse período. Em função disso as relações sexuais poderão ser afetadas. Por mais incrível que possa parecer, ainda hoje a maternidade e sexo são duas situações que, para alguns casais, não combinam, podendo inclusive gerar conflitos emocionais tanto no homem, quanto na mulher.
De acordo com algumas crenças e mitos religiosos, algumas inverdades surgiram, como: a penetração pode machucar o bebê; a ejaculação dentro da vagina pode afogar o bebê; ser mãe é algo sagrado, logo, ter sexo durante a gravidez, pode ser considerado como pecado; toda atenção tem que ser dedicada ao bebê, nada mais é importante, etc.
Além disso, existe a ideia de que a mulher tem a função de exercer todos os preparativos para a chegada do bebê, bem como o acompanhamento da gestante aos cuidados relativos à saúde dele e do feto, sendo que essas funções podem ser compartilhadas com a rede de apoio.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA GESTAÇÃO:
No processo de gestação, a mulher passa por profundas transformações, não só físicas como também emocionais. Concomitante às mudanças biológicas, a gestante também apresenta vivências emocionais características desta fase. São características do primeiro trimestre: a ambivalência afetiva – quando ela não sabe se quer o bebê ou não, se a gestação está concretizada de fato –; sintomas de fantasias de aborto – quando ela pensa que houve aborto –; Náuseas, vômitos, oscilação no humor, hipersonia (muito sono) e consequentemente irritabilidade são fenômenos que fazem parte de um processo normal de adaptação. Para o segundo trimestre: a gestante se apresenta melhor fisicamente e mentalmente, a percepção dos movimentos fetais, um importante acontecimento na gravidez, faz com que a mulher possa sentir o feto como uma realidade concreta; as imagens visualizadas ao ultrassom (já possíveis no segundo trimestre), associadas às fantasias dos pais sobre as possíveis características físicas e de personalidade do bebê, auxiliam no fortalecimento do vínculo estabelecido entre mãe-filho. Alterações do desejo sexual são comuns nesta fase. É extremamente importante que o casal consiga manter um bom diálogo para que esta situação não desencadeie mais ansiedades nas gestantes. E para o terceiro trimestre: observa-se altos níveis de ansiedade da gestante por causa do parto e da mudança de rotina, além de dúvidas relativas aos primeiros sinais do trabalho de parto, à amamentação, à depressão pós-parto, entre outros são intensificadas; vontade de prolongar a gravidez para adiar a necessidade de fazer as novas adaptações exigidas pela vinda do bebê; hipervigilância (física e também psíquica devido à ansiedade) – com isso, aumento da irritabilidade –; medo da irreversibilidade das alterações do corpo e outros medos.
ASPECTOS BIOLÓGICOS DA INFÂNCIA:
O período da primeira infância corresponde ao pré-natal e o sexto ano de vida da criança, contabilizando 1.000 dias de desenvolvimento crucial para o crescimento desse ser. É na primeira infância que o indivíduo aprende muito e de forma rápida. As crianças absorvem todo o tipo de informação, emoções e experiências que são expostas. É por isso que, mesmo que ela não compreenda 100% determinada situação, os sentimentos e palavras ali inseridos serão incorporados. É nesse período que acontecem milhares de conexões a todo o instante, e tais conexões são essenciais na formação e expansão das estruturas cerebrais.
Até os 02 anos – Estágio Sensório-Motor: após o nascimento, tudo é uma novidade (cores, sons, cheiros e sensações), por isso, acabam sendo mais curiosos e passam a imitar as pessoas que estão ao seu redor, com o intuito de entender o que está à sua volta. Além disso, ocorre o desenvolvimentomotor (aprende a controlar os movimentos e não mais a agir somente por reflexo), como andar, por exemplo. 
A partir da segunda fase da infância, dos três aos seis anos, a aparência começa ficar parecida com as de um adulto; a preferência pelo uso de uma das mãos surge nesse período; as habilidades motoras finas e gerais melhoram; há diminuição no apetite e nessa fase é bem comum distúrbios do sono; pensamentos egocêntricos das crianças devido aos cuidados dos responsáveis; a inteligência torna-se mais previsível; surgem ideias surreais sobre a compreensão do mundo, mas isso se dá por conta da imaturidade cognitiva; melhora na memória e linguagem.
Da terceira fase em diante (até os onze anos) ocorre as seguintes alterações biológicas: o crescimento se torna mais lento em relação aos outros períodos já descritos; a força física aumenta; diminui-se o egocentrismo da fase anterior; desenvolve-se o pensamento lógico, porém concretamente; a linguagem e a memória aumentam; há ganhos cognitivos considerados que permitem que a criança frequente o ensino formal da escola, porém há crianças que demonstram certa necessidade educacional especial.
ASPECTOS SOCIAIS DA INFÂNCIA:
No passado, a concepção de infância era completamente diferente da visão atual. A infância não era vista como uma fase de fragilidade, tendo em vista que a criança tinha uma atenção especial somente no início da vida. Era vista diferente do adulto apenas no tamanho e na força e o importante era que crescesse para adentrar a vida adulta rapidamente. Muitas vezes essa criança era deixada com outras famílias para serem criadas, ou mesmo eram levadas precocemente para o serviço. Atualmente a criança é bem mais apoiada do que nos tempos diuturnos, porém ainda existem pautas de desamparo. Muitas crianças, hoje em dia, devido ao acesso restrito com outros infantes, devido a rotina dos pais, tornam-se mais retraídas e com maior dificuldade de relações interpessoais. A visão de criança “mimada” também é atual, socialmente, devido a mudança de orientações que os pais conferem a criança na busca de uma educação diferente da que era ensinada antigamente. É na Educação Infantil que a criança irá se desenvolver integralmente, pois é durante essa etapa que ocorre o processo de humanização e troca de experiências sociais que a tornarão sujeito com identidade e subjetividade.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA INFÂNCIA:
A criança logo ao nascer manifestará reações emotivas, predominantemente, tranquilas ou mais agitadas. O aspecto emocional, então, terá uma tônica valorativa de acordo com a receptividade de cada criança ao seu ambiente: ótimo, bom, regular e péssimo.
Na primeira infância emergem as emoções autoavaliativas (constrangimento, inveja, empatia), bem como processos da vergonha e da culpa (dependem tanto da autoconsciência quanto do conhecimento de padrões de comportamento socialmente aceitos). Além disso, aumenta o interesse por outras crianças e forma-se os vínculos afetivos com os pais e outras pessoas.
Na segunda infância, o autoconceito e a compreensão das emoções tornam-se mais complexos; há um aumento da independência, da iniciativa e do autocontrole; desenvolve-se a identidade de gênero; o brincar torna-se mais imaginativo, elaborado, mais social (geralmente) e a família ainda é foco da vida social, mas outras crianças tornam-se importante.
Na terceira infância tem-se que o autoconceito se torna mais complexo, afetando a autoestima, os colegas assumem importância fundamental e a corregulação reflete um deslocamento gradual no controle dos pais para a criança.
ASPECTOS BIOLÓGICOS DA ADOLESCÊNCIA:
Começa aproximadamente entre os onze anos e vai até vinte. O termo puberdade é utilizado para designar as alterações biológicas que possibilitam o completo crescimento, desenvolvimento e maturação do indivíduo, sendo ela iniciada entre os 9 e 13 anos na menina e entre 10 e 14 anos em meninos. As principais alterações são decorrentes da mudança hormonal, mas não desempenham função direta na reprodução. No sexo feminino ocorre: aumento das mamas, aparecimento de pelos pubianos e axilares; já para o sexo masculino: aumento da genitália, pênis, testículos, bolsa escrotal, além do aparecimento dos pelos pubianos, axilares, faciais e mudança do timbre da voz. 
Além disso, ocorrem outras mudanças intrínsecas para ambos, como o crescimento: aceleração da velocidade de crescimento em altura e peso (estirão puberal); maturação óssea, atividade dos osteoblastos e hormônios do crescimento; dimensões e composição corporal: quantidade de massa muscular e distribuição de tecido adiposo; modificação no tom de voz; alterações fisiológicas. Sob influência hormonal há um crescimento e maturação da pele e anexos, em que as glândulas sebáceas podem gerar graus de acne; as glândulas sudoríparas podem responder com estímulos de sudorese acompanhada de odor forte e desagradável (mais pronunciada nos meninos); os pelos enrugam-se, escurecem e aumentam de comprimento nos sítios ligados aos caracteres sexuais secundários. 
A puberdade feminina é marcada pela menarca, por volta dos 12 anos, em que os períodos de menstruação são irregulares e provocam mudanças do corpo, como a cintura mais fina, alargamento dos ossos pélvicos, aumento dos seios e maior deposição de tecido adiposo nos quadris e abdome, a vagina fica com a parede mais espessa, o útero aumenta de tamanho e eleva-se a irrigação sanguínea do clitóris.
Já a puberdade masculina é marcada pelo aumento dos testículos sob efeito, sobretudo, da testosterona. Outras mudanças significativas são: aumento do pênis e desenvolvimento da glande, início produção de espermatozoides, 1ª ejaculação – polução noturna, aparecimento de pelos faciais e axilares, voz grave – a laringe cresce –, aumento da massa muscular e ombros largos.
ASPECTOS SOCIAIS DA ADOLESCÊNCIA:
O contexto social e familiar que o adolescente está inserido representa papel fundamental, fornece valores, regras e expectativas e meios para seu projeto de vida.
Socialmente, as mudanças provocadas pela adolescência são ainda mais profundas. Segundo Piaget, existem dois estágios de desenvolvimento moral. O do realismo moral ou moral heterônima, onde o adolescente acredita que as regras são promulgadas pelas autoridades (por exemplo, pais e professores) e que, portanto, são fixas, absolutas e sagradas. As ideias sobre certo e errado também são inflexíveis e a justiça é subordinada à autoridade adulta. Nesse estágio, as ações são julgadas mais por suas consequências do que pelas intenções do autor. Existe o segundo, o relativismo moral ou moral autônoma, onde as ideias de reciprocidade na interação humana e a convicção de que todos têm um direito igual à justiça e à consideração. A obediência cega à autoridade é rejeitada e as regras morais são consideradas como produtos de cooperação, reciprocidade e interação entre companheiros. A primeira é marcada pela coação, em que o adulto aplica sanções ou castigos no adolescente e em que prevalece o respeito unilateral. Neste caso, estabelece-se uma relação heterônoma, ao contrário da segunda que tem como característica a cooperação entre as partes, predominando o respeito mútuo.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA ADOLESCÊNCIA:
A adolescência é marcada por uma crise de identidade, num período em que, ao lado da exploração de si e do mundo, ocorre o chamado estado de “moratória”, que permite postergação das reponsabilidades que serão assumidas quando adulto.
Na fase de adolescência observa-se o aprimoramento das capacidades de pensamento abstrato e raciocínio científico e, também, pode-se persistir o pensamento imaturo ante algumas situações, que marcam em termos comportamentais essa fase.
Os transtornos e problemas psicológicos e comportamentais emergem como expressões de disfunções no desenvolvimento em todas as etapas do ciclo vital. Esses transtornos podem ser classificados como de ordem internalizante (manifestados por perturbações emocionais e cognitivas), de ordem externalizante (problemas comportamentais ou de atuação, comonos comportamentos antissociais) e de uso/abuso de determinadas substâncias (drogas).
ASPECTOS BIOLÓGICOS DO ADULTO:
Em relação ao início da vida adulta tem-se que o desenvolvimento físico alcança o ápice desse processo, depois começa um ligeiro declínio, além disso as opções de estilos de vida influenciam na saúde. Já na vida adulta intermediária pode ocorrer uma lenta deterioração das habilidades sensoriais, da saúde, do vigor e da força física, mas são grandes as diferenças individuais, além disso as mulheres entram na menopausa, marcando uma fase de alteração hormonal importante.
Funções como a memória ficaram intactas até os 37 anos, em média, e as habilidades baseadas no acúmulo de informações, tais como desempenho em testes de vocabulário e conhecimentos gerais, aumentaram até os 60 anos de idade. 
ASPECTOS SOCIAIS DO ADULTO:
A vida adulta é vista, socialmente, como uma idade sem problemas, uma vez definida como idade de referência. Há fortes tendências de considerar o adulto como um estatuto a atingir com a obtenção de estabilidade na vida profissional, financeira e familiar. Isso pode gerar várias pressões sociais, como o prolongamento escolar e a necessidade de formação contínua; o crescimento de aspirações à mobilidade social; a mudança no sistema familiar e matrimonial – os novos modelos conjugais; a possibilidade de se programar e adiar o momento da procriação – que permite maior autonomia na gestão dos calendários profissionais, escolares, conjugais e de lazer; a melhoria das condições de vida – saúde e higiene – tendo o adulto a possibilidade de viver mais anos, remetendo a ideai de morte para lá de um percurso que se prolonga por uma diversidade de experiências de vida; o aumento da esperança de vida permite questionar o momento em que se deve ou pretende “assentar” e, neste caso, estabilidade pode significar não evoluir num percurso aberto a múltiplas possibilidades; as mudanças nos modos de passagem à vida profissional, os quais, cada vez mais longos, conduzem menos frequentemente e menos diretamente a um emprego estável; a revolução das necessidades, o incremento do consumo, da informação, da promoção do lazer, do “rejuvenescimento” e do hedonismo.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ADULTO:
Psicologicamente, os adultos têm maior atração pela aventura e pelo risco. Têm, também, maior tendência a práticas de rejuvenescimento. Esse fato leva a que, cada vez mais, se distinga a idade cronológica da idade funcional e o adulto jovem começa a comportar-se cada vez menos de acordo com o estereótipo definido para as pessoas que têm, por exemplo, entre os 35 anos e os 45 anos, pois a sua performance física e o seu desempenho intelectual são maiores do que do que o esperado. 
Os traços da personalidade tornam-se estáveis. Porém, fases e acontecimentos da vida continuam influenciando.
São tomadas decisões importantes sobre relacionamentos, estilo de vida. Decisões essas, duradouras ou não, já que é nessa fase que as pessoas, em média, casam-se e tem filhos.
O senso de identidade continua a se desenvolver e geralmente, o adulto tem maior estabilidade emocional para resolver conflitos.
Na maioria das vezes a saída dos filhos deixa o lar vazio para o adulto, podendo haver um alívio em parte dessa condição ou uma possível falta deles.
ASPECTOS BIOLÓGICOS DO IDOSO:
Existem várias alterações biológicas pelas quais o processo de envelhecimento pode causar. Cardiovascular: débito cardíaco diminuído, redução da capacidade para responder ao estresse, pressão arterial elevada, frequência e recuperação cardíaca mais lenta. Respiratório: aumento no volume residual pulmonar, diminuição da capacidade vital, troca gasosa prejudicada, eficiência diminuída da tosse, hipercifose. Tegumentar: proteção diminuída contra o trauma e exposição ao sol, sensibilidade a extremos de temperatura, secreção diminuída de suor e óleos naturais, presença de manchas senis e enrugamento com ressecamento da epiderme, aumento da flacidez da pele, redução na pigmentação dos pelos, dificuldades no processo cicatricial. Digestório: salivação diminuída, deglutição prejudicada, esvaziamento esofágico e gástrico lentos, motilidade gastrintestinal reduzida, perda dos dentes, constipação, redução na quantidade de papilas gustativas. Geniturinário masculino: Redução na taxa de filtração, infecções do trato urinário, hiperplasia prostática benigna, diminuição da libido. Geniturinário feminino: relaxamento da musculatura perianal, instabilidade do detrusor e disfunção uretral nas mulheres, alterações no pH vaginal, lubrificação vaginais diminuídas, infecções do trato urinário. 
ASPECTOS SOCIAIS DO IDOSO:
O envelhecimento social deve ser entendido como um processo de mudanças de papéis sociais, no qual são esperados dos idosos comportamentos que correspondam aos papéis determinados para eles. Há papéis que são graduados por idade e que são típicos desta parte da vida. Diferentes padrões de vestir e falar são esperados de pessoas em diferentes idades, e o status social varia de acordo com as diferenças e de acordo com a idade.
Socialmente, pode-se dizer que a pessoa é definida como idosa a partir do momento em que deixa o mercado de trabalho, isto é, quando se aposenta e deixa de ser economicamente ativa. A sociedade atribui aos aposentados o rótulo de improdutivos e inativos. Com a aposentadoria, muitas vezes se percebe um rompimento abrupto das relações sociais com outras pessoas com as quais o indivíduo conviveu durante muitos anos. Ocorre, ainda, uma redução salarial considerável e a falta de atividades alternativas fora do ambiente de trabalho.
Percebe-se o quanto a velhice é uma experiência heterogênea e complexa, pois para alguns a aposentadoria pode significar o desengajamento da vida social e, para outros, o início de uma vida social prazerosa, composta por atividades e lazer.
Além disso, existem estereótipos negativos, os quais definem que os idosos não se interessam pela sexualidade.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO IDOSO:
Em parte, a caracterização do indivíduo como velho é dada quando ele começa a ter lapsos de memória, dificuldade de aprendizado e falhas de atenção, orientação e concentração, comparativamente com suas capacidades cognitivas anteriores. Sabe-se que mesmo durante o processo de envelhecimento normal, algumas capacidades cognitivas como a rapidez de aprendizagem e a memória diminuem naturalmente com a idade. No entanto, essas perdas podem ser compensadas por ganhos em sabedoria, conhecimento e experiência. Felizmente, na maioria das vezes, o declínio no funcionamento cognitivo é provocado pelo desuso (falta de prática), doenças (como depressão), fatores comportamentais (como consumo de álcool e medicamentos), fatores psicológicos (por exemplo, falta de motivação, de confiança e baixas expectativas) e fatores sociais (como a solidão e o isolamento), mais do que o envelhecimento em si. 
A capacidade de realização das tarefas cotidianas, geralmente representa um idoso independente. A capacidade de realizar as atividades de vida diária (AVD) não depende apenas da cognição, mas de uma série de outros fatores como o humor, a mobilidade e a comunicação. O humor é uma função indispensável para a preservação da autonomia do indivíduo, sendo essencial para a realização das atividades de vida diária.
Além disso, é na família que o idoso tem o seu mais efetivo meio de sustentação e pertencimento, em que o apoio afetivo e de saúde se faz necessário e pertinente. Quando a família está impossibilitada de prestar assistência, o idoso fica exposto a situações de morbidade significativa sob vários aspectos, tanto físicos como psíquicos ou sociais. 
REFERÊNCIAS
BUENO, Jacqueline B. Educação infantil como destaque no desenvolvimento humano e social da criança. Brasil Escola. Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-educacao-infantil-como-destaque-no-desenvolvimento-humano-social-crianca.htm>
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.Saúde do adolescente: competências e habilidades. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
CANTONE, Alaide D. Gravidez e Paternidade – Aspectos Sociais, Culturais e Psicológicos. CEPPS, 2005. Disponível em: < https://cepps.com.br/gravidez-e-patenidade-aspectos-sociais-culturais-e-psicologicos/>
CAROMANO, F. A. Adaptações fisiológicas do período gestacional. Fisioterapia Brasil, v. 7, n. 5, p. 375–380, 2018. 
CAPACIDADE MENTAL COMEÇA A DIMINUIR AOS 27 ANOS. BBC News, 2009. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/03/090316_pesquisacerebrogd>
MAZIN, Gabriel. Estágios do desenvolvimento humano. PsicoEduca, 2016. Disponível em: < https://psicoeduca.com.br/psicologia/desenvolvimento-humano/7-estagios-do-desenvolvimento-humano>
ROSELEN, Rod. Aspectos psicológicos da gravidez. IPGO Medicina da Reprodução, 2021. Disponível em: <https://ipgo.com.br/aspectos-psicologicos-da-gravidez/>
SCHNEIDER, R. H.; IRIGARAY, T. Q. O envelhecimento na atualidade: aspectos cronológicos, biológicos, psicológicos e sociais. Estudos de Psicologia (Campinas), v. 25, n. 4, p. 585–593, 2008. 
SOUSA, F. C. O que é “ser adulto”: as práticas e representações sociais sobre o que é “ser adulto” na sociedade portuguesa. Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa, v. 1, n. 2, p. 56–69, 2007.

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