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1° AVALIAÇÃO - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

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Cuidado Integral à 
saúde do Adolescente 
1° AVALIAÇÃO 
VISÃO HISTÓRICA E PERSPECTIVA 
ATUAL 
Dessa forma, podemos evidenciar que 
adolescência evoluiu, de fato, no século XX, após 
a Revolução Industrial, tendo como grande 
marco, as transformações sociais ocorridas após 
a II Grande Guerra e o nascimento da cultura 
jovem. 
No início do século XXI surge a expressão “onda 
jovem” para identificar o grande número de 
indivíduos desta faixa etária, devido à explosão 
da taxa de natalidade que ocorreu no início da 
década de 80 do século passado. Esses jovens se 
depararam com um cenário econômico adverso, 
dificuldades para empregar-se, incremento dos 
problemas sociais, especialmente os urbanos, 
modificações nos valores sociais, falta de 
perspectivas, diminuição da influência e controle 
tradicionalmente exercidos pela família, igreja e 
comunidade. Ao mesmo tempo, o adolescente 
passa a ser considerado sujeito de direito e em 
fase especial de desenvolvimento. 
Hebiatra – médico especialista na saúde do 
adolescente, subespecialidade pediátrica, 
regulamentada desde 1998 pela Sociedade 
Brasileira de Pediatria; Associação Médica 
Brasileira em 1999 afirmou ser área de atuação do 
pediatra. 
O que marca a geração atual é a sua imersão na 
sociedade de consumo, centrada no presente e 
na posse de objetos e as influências das novas 
tecnologias, da mídia, do telefone celular e da 
Internet, que repercutem em várias dimensões da 
vida do jovem; 
A adolescência hoje é marcada por desafios na 
construção de projetos futuros, pela busca por 
novas maneiras de se relacionar amorosa e 
sexualmente e pelo envolvimento por vezes 
problemático com drogas e situações de 
violência. 
O QUE É A ADOLESCÊNCIA? 
• Fase do desenvolvimento humano 
caracterizada pela passagem à juventude e 
que começa após a puberdade. 
• A adolescência é uma fase de 
amadurecimento: período de transição no 
desenvolvimento físico e psicológico, em que 
o ser humano deixa de ser criança e entra na 
idade adulta. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ADOLESCÊNCIA 
• Formação da identidade adulta 
• Aceitação da nova imagem do corpo 
• Desenvolvimento intelectual 
• Afastamento emocional dos pais 
• Desenvolvimento da sexualidade 
• Escolha profissional 
• Estabelecimento de novas relações com o seu 
grupo social 
• Elaboração de valores éticos e morais. 
 
ECA – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO 
ADOLESCENTE 
Os governos (federal, estadual e municipal), a 
sociedade, a comunidade e a família têm a 
responsabilidade de garantir ao adolescente 
direito à vida e à saúde. Ter saúde também é estar 
na escola, alimentar-se bem, ter amigos, brincar, 
divertir-se, fazer alguma atividade física, enfim, 
ser feliz! 
Todo adolescente tem o direito de ser atendido 
na rede de saúde, como nos postos de saúde, nos 
ambulatórios, nas equipes de saúde da família e 
nos hospitais que fazem parte do SUS - Sistema 
Único de Saúde. 
ADOLESCÊNCIA – CONCEITO OMS 
OMS – Etapa evolutiva que se estende dos 10-19 
anos de idade, caracterizada por intensas 
transformações biopsicossociais, em uma busca 
pelo jovem de seu lugar pelo jovem de seu lugar 
e papel na sociedade. 
A organização mundial de saúde (OMS) define 
adolescência como sendo o período da vida que 
começa aos 10 anos e termina aos 19 anos 
completos. 
ADOLESCÊNCIA – CONCEITO ECA 
No brasil, o ECA, define a adolescência como a 
faixa de 12 a 18 anos de idade (artigo 2°), e, em 
casos excepcionais e quando disposto na lei, o 
estatuto é aplicável ate os 21 anos de idade. 
ADOLESCÊNCIA ≠PUBERDADE 
A partir dos 10 anos, iniciam-se várias 
transformações no corpo, no crescimento, na vida 
emocional, social e nas relações afetivas. 
 
PUBERDADE NORMAL 
• Fase inicial da adolescência; a partir de 
estímulos hormonais, inicia-se o 
surgimento dos caracteres secundários. 
 
Hipófise – glândula “mestre” que comanda todas 
as outras, inclusive as glândulas sexuais. 
 
Eixo “adormecido” – relação entre a hipófise e 
todas as glândulas que ela comanda. 
 
ADRENAL: Hormônios sexuais andrógenos. 
 
Surgimento dos Pelos e odor nas axilas 
ADRENARCA 
o Meninas entre: 6 e 7 anos 
o Meninos entre: 7 e 8 anos 
 
GÔNADAS – ovários e testículos GONADARCA – 
manifesta ações da ADRENARCA PUBARCA 
o Meninas entre: 8 e 13 anos 
o Meninos entre: 9 e 14 anos 
 
MENINAS: 
1. Surgimento do broto mamário – 
TELARCA 
2. Estirão (começa pelas extremidades – 
mãos e pés) depois esqueleto axial 
3. Primeira menstruação – MENARCA 
4. Conclusão da fase da puberdade 
 
MENINOS 
1. Aumento do volume testicular – 
GONADARCA 
2. O crescimento peniano começa, em geral, 
um ano após o crescimento dos testículos 
3. Estirão 
4. Conclusão da puberdade 
 
PUBERDADE TARDIA 
Ausência de caracteres secundários após os: 
• 13 anos (MENINAS) 
• 14 anos (MENINOS) 
• Atenção para evolução do “script” para 
ligar o sinal de alerta 
 
A idade da puberdade tem muita relação com a 
história da família, grande influência genética. 
 
Causas de atraso na puberdade: 
• Síndrome de Turner e Klinefelter 
• Doenças da hipófise 
• Doenças da gônada (ovário ou testículo) 
• Doenças crônicas 
• Doenças do sistema nervoso 
• Doenças do sistema endócrino 
• Desnutrição e deficiência nutricionais 
• Uso de drogas (maconha) 
 
PUBERDADE PRECOCE 
Surgimento de caracteres secundários antes dos: 
• 7 anos (meninas) 
• 8 anos (meninos) 
 
Desenvolvimento acelerado das características 
sexuais, intensidade do aparecimento dos pelos, 
acnes, odor axilar. 
Importância da avaliação do especialista (PP pode 
ser tratada) 
 
Principais causas: 
• Doença na hipófise (e no cérebro/SNC) 
• Doenças nas glândulas adrenais 
• Doenças nas gônadas (ovários e testículos) 
• Agrotóxicos, químicos, corantes, 
conservantes, plásticos (bisfenol A), 
cosméticos, substâncias que atrapalham o 
funcionamento das glândulas endócrinas. 
 
 
 
 
AULA 2 – CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO NA ADOLESCÊNCIA 
As mudanças anatômicas e fisiológicas são 
marcantes na adolescência por levarem à perda 
do aspecto infantil, por culminarem na 
possibilidade da reprodução e por ser o corpo 
uma espécie de santuário para os jovens. 
 
O profissional de saúde deve estar familiarizado 
com as peculiaridades dessas mudanças físicas. 
 
Podemos apontar as seguintes características 
do crescimento e desenvolvimento na 
adolescência: 
• Incremento em tamanho e na fisiologia: do 
coração, pulmões, rins, pâncreas, tireoide, 
glândulas suprarrenais e gônadas. O tecido 
linfoide evolui 
• Aumento de peso (P) e estatura (E) – estirão 
– maturação sexual; modificação da 
quantidade e distribuição de gordura e da 
musculatura 
• Mudanças na face: crescimento do globo 
ocular, da fronte e nariz, da mandíbula e do 
maxilar superior; aparecimento de pelos 
(rapazes) 
• Espessamento das cordas vocais alterando o 
tom de voz principalmente nos rapazes 
 
FATORES ENVOLVIDOS COM OS 
EVENTOS DA PUBERDADE 
São apontadas causas interativas: genéticas, 
neuroendócrinas e externas. 
Estas incluem a melhora da nutrição, doenças 
crônicas que atrasam o processo – asma 
brônquica de moderada à severa, cardiopatia, 
diabetes tipo 1, síndromes genéticas – e os 
estímulos sociais, como a erotização intensificada 
do mundo ocidental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GANHO EM ALTURA 
1. CRESCIMENTO ESTÁVEL: Os acréscimos na altura 
são geralmente constantes, aproximadamente 5 a 
6 cm por ano, o que acontece na puberdade 
inicial. 
 
2. ACELERAÇÃO OU ESTIRÃO DO CRESCIMENTO: 
Tem início em torno dos 9 a 10 anos de idade nas 
meninas e dois anos mais tarde nos meninos. 
Dura em torno de 2 a 3 anos em ambos os sexos. 
 
3. CRESCIMENTO MÁXIMO OU PICO DE 
VELOCIDADE DE CRESCIMENTO: Rápido ganho 
da altura, ocorrendo em torno de 11-12 anos nas 
meninas, com ganho de 8 a 9 cm/ano.E nos 
meninos entre 13-14 anos, com ganho cerca de 
9/10cm/ano 
 
4. DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO: 
Diminuição gradativa da velocidade do ganho 
estatural até a completa fusão das epífises ósseas; 
ocorre ao redor de 15-16 anos nas meninas e 
entre 17-18 anos nos meninos. Alguns ainda tem 
algum acréscimo na altura até os 21 anos. 
 
GANHO DE PESO 
O ganho ponderal deve-se ao aumento em 
gordura, em tecido muscular e ósseo. 
• No sexo feminino, decorre principalmente 
da deposição de gordura por ação 
estrogênica, ocorre cerca de seis meses após 
o pico de velocidade de crescimento (PVC) 
• No sexo masculino, o ganho de peso resulta 
principalmente do aumento da massa 
muscular, por ação da testosterona, e 
geralmente coincide com o PVC, levando à 
falsa impressão de magreza. 
 
MUDANÇAS PUBERTÁRIAS NO SEXO 
FEMININO 
MAMAS: Telarca, aparecimento de broto 
mamário é a primeira manifestação da 
puberdade feminina, pode inicialmente ser 
doloroso e unilateral, ocorrendo em média aos 9 
anos e meio, mas podendo variar entre 8 e 13 
anos. 
 
PELOS: os pubianos desenvolvem-se 
gradativamente em cerca de quatro anos. Os 
axilares surgem pouco depois, acompanhados 
pelo desenvolvimento das glândulas sudoríparas 
e aparecimento de odor acentuado. 
 
MENARCA: denominação da primeira 
menstruação, ocorre cerca de 2 anos e meio após 
aparecer o broto mamário, em média aos 12,2 
anos; os primeiros ciclos podem ter fluxo escasso 
ou intenso (hemorragia uterina disfuncional), 
necessitando então de intervenção ginecológica. 
 
PRIMEIROS CICLOS MENSTRUAIS: costumam 
ser anovulatórios, havendo irregularidade nos 
primeiros 12 a 24 meses de ciclo, na completa 
maturação do eixo neuroendócrino, há pico de 
LH no meio do ciclo, acarretando a ovulação. 
 
ÚTERO, TROMPAS, VAGINA E VULVA: o 
desenvolvimento decorre principalmente da 
produção de estrógenos e concomitante ao 
crescimento mamário. 
 
LEUCORREIA FISIOLÓGICA: frequente 
corrimento vaginal, sem odor específico e 
aspecto de clara de ovo; resulta de estimulação 
estrogênica, levando à secreção de muco cervical 
e maior descamação das células da mucosa 
vaginal; não requer tratamento, apenas 
esclarecimento à adolescente e reforçar a higiene 
local. 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS 
SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE TANNER 
 
 
• M1 – mama infantil, elevação somente da 
papila 
• M2 – broto mamário: aumento inicial da 
mama, elevação da aréola e papila, uma 
pequena saliência. Aumentando o diâmetro 
da aréola, modifica-se a textura. 
• M3 – maior aumento da mama e da aréola, 
sem separação de seus contornos. 
• M4 – maior crescimento da mama e da 
aréola, esta agora forma uma segunda 
saliência acima do contorno da mama 
(comum-menarca) 
• M5- mamas com aspecto adulto. O contorno 
areolar novamente incorporado ao contorno 
da mama. 
 
 
DESENVOLVIMENTO PUBIANO 
FEMININO SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO 
DE TANNER 
 
 
• P1- Ausência de pelos pubianos. Pode haver 
leve penugem semelhante à observada na 
parede abdominal. 
• P2- aparecimento de pelos longos e finos, 
levemente pigmentados, lisos ou poucos 
encaracolados, ao longo dos grandes lábios. 
• P3- maior quantidade de pelos, agora mais 
grossos, escuros e encaracolados, 
espalhando-se esparsamente pela sínfise 
púbica. 
• P4- pêlos do tipo adulto, cobrindo mais 
densamente a região púbica, mas ainda sem 
atingir a face interna das coxas 
• P5- pilosidade pubiana igual ao do adulto, 
em quantidade e distribuição invadindo a 
face interna das coxas, que assume tamanho 
e forma adulta. 
 
MUDANÇAS PUBERTÁRIAS NO SEXO 
MASCULINO 
TESTICULOS: Gonadarca, ou aumento testicular, 
é a primeira manifestação da puberdade 
masculina; os testículos apresentam valor igual 
ou superior a 4ml 
 
PÊNIS: desenvolve-se após os testículos, 
desenvolvendo-se inicialmente em comprimento 
e depois, em largura. 
 
ESPERMARCA OU SEMENARCA: denominação 
da primeira ejaculação; a emissão espontânea de 
esperma acontece durante o sono, causando 
incômodo no adolescente, que precisa ser 
orientando para esse evento. 
 
PELOS: o aumento de testosterona faz crescer os 
pelos pubianos (início em torno dos 11 anos); os 
axilares se desenvolvem geralmente dois anos 
após os pubianos, seguindo-se aparecimento dos 
pelos faciais e, posteriormente, do restante do 
corpo. 
 
TIMBRES DE VOZ: a mudança é observada 
geralmente durante o estirão, por ação da 
testosterona sobre as cartilagens de laringe, em 
média entre 13 e 14 anos de idade. 
 
PRÓSTATA, GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS, 
VESÍCULAS SEMINAIS E EPIDÍDIMO: estes 
órgãos sexuais também apresentam crescimento 
a partir do desenvolvimento testicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO GENITÁLIAS 
MASCULINA SEGUNDO A 
CLASSIFICAÇÃO DE TANNER 
 
• G1 – pênis, testículos e escroto de tamanho e 
proporção infantis. 
• G2- aumento inicial do volume testicular 
(2,5cm ou > 4 ml). 
• G3- crescimento peniano, principalmente em 
comprimento. Maior crescimento dos 
testículos e escroto. 
• G4- continua o crescimento peniano, agora 
principalmente diâmetro, é maior 
desenvolvimento da glande. Maior 
crescimento dos testículos e do escroto, cuja 
pele se torna mais pigmentada. 
• G5 - Desenvolvimento completo da genitália 
(adulto) 
Pico de crescimento nos meninos são maiores, 
pico de estirão é maior. 
• P1- ausência de pelos pubianos. Pode haver 
leve penugem semelhando à observada na 
parede abdominal. 
• P2- aparecimento de pelos longos e finos, 
levemente pigmentados, lisos ou pouco 
encaracolados, principalmente na base do 
pênis. 
• P3 – maior quantidade de pelos, agora mais 
grossos, escuros e encaracolados, 
espalhando-se esparsamente pela sínfise 
púbica. 
• P4- pelos do tipo adulto, cobrindo mais 
densamente a região púbica, mas ainda sem 
atingir a face interna das coxas. 
• P5- pilosidade pubiana igual ao adulto, em 
quantidade e distribuição, invadindo face 
interna das coxas. Assume o tamanho e forma 
adulta. 
 
CORRELAÇÃO ENTRE CRESCIMENTO 
FÍSICO E DESENVOLVIMENTO 
PUBERTÁRIO. 
Em ambos os sexos, o ganho de estatura e 
peso tem correlação com a maturação sexual. 
• no sexo feminino, o crescimento tem início 
com o estágio M2 do desenvolvimento 
mamário. O maior ganho em altura (estirão) 
acontece antes da menarca, em M3. O maior 
acréscimo de gordura também se inicia no 
estirão, podendo estender-se após a 
menarca. Este ocorre geralmente 6 meses a 
1 ano depois do PVC; portanto, na 
desaceleração do crescimento, quando o 
estágio das mamas está em torno de M4. 
• Os meninos iniciam o desenvolvimento 
genital (G2) antes do estirão, o que pode 
levar a questionamentos, principalmente se 
comparados com irmãs ou primas cujo 
estirão é mais precoce. A aceleração do 
crescimento é concomitante ao 
desenvolvimento do pênis (estágio G3), e o 
PVC coincide frequentemente com o 
estágio G4, seguindo-se gradual 
desaceleração em G5. O ganho de massa 
muscular ocorre no PVC; e o de gordura, na 
desaceleração, dando a impressão da falsa 
magreza. A espermarca (ejaculação 
espontânea) geralmente ocorre no final do 
crescimento, correspondendo ao estágio 
G5. Quando há ginecomastia, também 
ocorre em estágios mais desenvolvidos, G3 
ou G4. A mudança do timbre da voz é um 
fato mais tardio do desenvolvimento, 
ocorrendo no estágio G4 
 
Ginecomastia Masculina – 30 A 60% doa 
garotos apresentam broto mamário mais 
desenvolvido, uni ou bilateralmente ocorrendo 
em geral entre 15 e 15 anos. É um evento 
considerado fisiológico, decorrente da ação dos 
estrógenos em tecido mamário. 
A maioria tem involução espontânea em até três 
anos, porém se o aumento é considerável e há 
repercussões psicossociais importantes, a cirurgia 
estética pode ser indicada. Nódulos de quatro ou 
mais centímetros (macro ginecomastia) têmindicação cirúrgica. 
 
MONITORAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 
FÍSICO 
Para realizar uma segura avaliação do 
crescimento e da maturação sexual, devemos unir 
as informações da anamnese com as observações 
do exame físico e dar interpretações corretas, 
para então definir a situação do adolescente – 
normal, com variantes da normalidade ou com 
desvios que necessitam de intervenção da equipe 
multiprofissional ou de especialistas. 
 
• Peso e estatura 
• Estadiamento puberal: o critério mais 
utilizado no mundo é a classificação de 
tanner; 
• Volume testicular: orquidômetro de Prader 
• Velocidade de crescimento (VC): excelente 
indicador, é definida como o ganho da altura 
em centímetros no intervalo de um ano 
• Índice de massa corpórea (IMC): o estado 
nutricional tem relação com o estirão da fase 
pubertária. 
o 𝐼𝑀𝐶 =
𝑃𝑒𝑠𝑜(𝐾𝑔)
𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎2(𝑚)
 
• Idade óssea: este exame investiga o 
desenvolvimento dos núcleos de ossificação 
do carpo, rádio, ulna e falanges, indicando a 
maturação óssea, sendo obtido por meio de 
RX dos ossos das mãos e dos punhos. 
 
PESO E ALTURA 
Durante a adolescência, os dados 
antropométricos se tornam ainda mais 
importantes e valiosos para o acompanhamento 
do crescimento e desenvolvimento, apesar de 
mais difíceis de se obter, devido a características 
única do estirão puberal e da velocidade rápida 
de mudanças corporais que ocorrem neste 
período. 
 
Cerca de 20 a 25% da altura do indivíduo adulto 
cresce neste período e 40 a 50% do seu peso final. 
Estes parâmetros são alcançados em média, 
durante o intervalo de 3 a 5 anos no estirão da 
puberdade. 
 
FINAL DA PUBERDADE 
A puberdade se completa em 3 a 4 anos após o 
início, quando já aconteceu o desenvolvimento 
das características puberais, a definição da altura 
final – a velocidade de crescimento é inferior a 
1cm/ano –, quando já houver a total remodelação 
do corpo infantil a corpo de adulto jovem. 
A altura final resulta da completa fusão das 
epífises ósseas, p que nas meninas ocorre cerca 
de 2 anos após a menarca, e nos meninos em 
torno de 19 anos, embora alguns ainda tenham 
algum acréscimo até 21 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 3 – RESILIÊNCIA E 
VULNERABILIDADES 
Resiliência: é o conjunto de forças psicológicas e 
biológicas exigidas para que uma pessoa, ou um 
grupo de pessoas, supere com sucesso seus 
percalços, situações adversas ou situações 
estressantes, que modificam muito a vida das 
pessoas. 
É um processo contínuo, complexo e dinâmico, 
parece estar presente na infância e adolescência, 
mas se desenvolve durante toda a vida. 
 
Características na personalidade resiliente: 
▪ Criatividade, reconhecimento e 
desenvolvimento de seus próprios talentos. 
▪ Um forte e flexível sentido de autoestima 
▪ Independência de pensamento e ação 
▪ A habilidade de dar e receber nas relações 
com os outros, e um bem estabelecido círculo 
de amigos, que inclua alguns amigos mais 
íntimos e que podem ser seus confidentes. 
▪ Disciplina pessoal e um sentido de 
responsabilidade. 
▪ Receptividade a novas ideias. 
▪ Disposição para sonhas e grande variedade 
de interesses 
▪ Senso de humor alegre 
▪ Percepção de seus sentimentos e dos 
sentimentos dos outros e capacidade de 
comunicá-los de forma adequada. 
▪ Compromisso com a vida e contexto 
filosófico no qual as experiencias pessoais 
possam ser interpretadas com significados e 
esperança, até mesmo nos momentos mais 
desalentadores da vida. 
 
Mangham e colaboradores (1996) identificam 
como elementos chaves da resiliência familiar, 
de equipe e de outros arranjos grupais: 
▪ Estabilidade: entendida como resistência à 
ruptura interna e sendo de permanência. 
▪ Coesão: sendo de afeto mútuo, 
companheirismo e segurança 
▪ Adaptabilidade: habilidade coletiva para 
adaptar-se às mudanças e continuar 
funcionando a despeito de condições 
adversas 
▪ Repertório de estratégias e atitudes para 
superar situações estressantes. 
▪ Redes de suporte para estender a capacidade 
da família ou dos grupos por meio de outros 
familiares, amigos, vizinhos, companheiros de 
trabalho, outros grupos. 
 
Situações de risco e/ou de baixa resiliência 
individual e familiar: 
▪ Adolescentes que residem em áreas de risco 
ambiental, risco à saúde e com estatísticas de 
maior violência. 
▪ Que vivem em famílias sem referencias 
significativas, passando por processos de 
desestruturação de vínculos e/ou processos 
de fragilidade econômica. 
▪ Que estejam sofrendo ou em risco de sofrer 
violência doméstica 
▪ Que estejam com dificuldades escolares 
significativas, tendendo à evasão escolar. 
▪ Que já tenham iniciado vida sexual sem o 
necessário apoio dos serviços de saúde 
▪ Que estejam vivenciando situação de 
gravidez não planejada. 
▪ Que já apresentaram alguma doença 
sexualmente transmissível e/ou HIV 
▪ Que tenham riscos nutricionais, ou seja: 
obesidade, dislipidemias, desnutrição, 
anemias carenciais, bulimia, anorexia etc. 
▪ Que esteja em sofrimento mental com 
destaque às situações de depressão, risco de 
suicídio, alta ansiedade, impulsividade, 
manias, oscilações de humor significativas 
etc. 
▪ Que esteja envolvido com substâncias 
psicoativas lícitas e/ou ilícitas, tendendo ao 
abuso, à dependência química e/ou 
envolvimento com o tráfico. 
▪ Que fogem com frequência de casa, 
tendendo a se estruturar nas ruas 
▪ Que exercem qualquer forma de trabalho não 
prevista pelo estatuto da criança e do 
adolescente (ECA) 
▪ Que estejam sendo vítimas de exploração 
sexual ou que tenham sofrido abuso sexual 
 
INTERCULTURALIDADE E SAÚDE 
Cultura - Trata-se de elementos sobre os quais 
os atores sociais constroem significados para as 
ações e interações sociais concretas e temporais, 
assim como sustentam as formas sociais vigentes, 
as instituições e seus modelos operativos. A 
cultura inclui valores, símbolos, normas e práticas. 
 
Saúde? 
Segundo Boorse (1975), saúde é a ausência de 
doença. 
 
A Organização mundial de saúde (2010), define 
saúde como “um estado de completo bem-estar 
físico, mental e social e não somente ausência de 
afecções e enfermidades” 
 
Constituição federal de 1988 – 
Seção II – DA SAÚDE 
Art. 196 – a saúde é direito de todos e dever do 
estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de 
doença e de outros agravos e ao acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação. 
 
Considerando que todas as pessoas são 
provenientes e vivenciam diferentes ambientes, a 
atenção integral à saúde deveria ser realizada 
numa perspectiva intercultural. 
 
Para atender adolescentes e jovens, os 
profissionais da área de saúde deveriam ser 
capacitados com habilidades e competências na 
área intercultural, pois se trata de um grupo plural, 
construído na sua diversidade, não devendo, 
portanto, se tratado numa perspectiva universal e 
homogênea. 
 
 
 
 
 
ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE SOCIAL 
A adolescência e a juventude desfavorecida no 
meio urbano sempre foi um tema de difícil 
abordagem no Brasil, mas não cabe somente 
entende-la como um mero reflexo da pobreza ou 
do cenário caótico em que se encontra, e sim 
dentro de uma ética e, em se tratando de atenção 
de saúde, com respeito aos seus direitos 
humanos. 
 
ADOLESCENTES DE ÁREAS RURAIS 
Em realidade, nessas formas de organização 
social, a infância é curta, sendo que a fase 
biológica da adolescência é logo acompanhada 
das responsabilidades da vida adulta, sem que 
estejam claramente definidos os tempos da 
adolescência. 
 
POVOS INDÍGENAS 
No que diz respeito ao processo de crescimento 
e desenvolvimento vivenciado pelos indígenas, 
para marcar a entrada de um grupo ou indivíduo 
de vida para outra, em geral, esses povospraticam ritos de passagem. Esses ritos são 
realizados por ocasião de gestação, do 
nascimento, da chegada à vida adulta, do 
casamento, do envelhecimento e até da morte. 
 
Nas sociedades indígenas, a adolescência não é 
uma fase social ou psicológica. O processo para 
entrada no mundo adulto inicia-se quando o 
sujeito está apto para a procriação. 
COMUNIDADE REMANESCENTES 
QUILOMBOLAS 
As comunidades quilombolas que vivem hoje em 
dia em território ocupados por pequenos 
agricultores rurais negros foram criadas de várias 
formas, tais como: invasões de terra como 
pagamento de serviços prestados ao estado, 
terras ocupadas no interior de grandes 
propriedades, bem como a compra de terras, 
tanto durante a vigência como a compra de 
terras, tanto durante a vigência do sistema 
escravocrata quanto após sua abolição. 
GRUPOS OU CLÃS CIGANOS 
Os ciganos são considerados “hospedes 
indesejados” em diferentes países, convivendo 
secularmente com o preconceito, a 
estigmatização e a exclusão social. Uma de suas 
peculiaridades menos compreendidas é o estilo 
de vida nômade, na medida em que a maioria se 
recusa de maneira sistemática e residir em uma 
base territorial definida. 
 
RECONHECENDO O RISCO: BULLYING 
De acordo com o conselho nacional de educação 
(2010), considera-se bullying as atitudes de 
violência (física e psicológica) que são frequente, 
sem motivação específica ou justificável, no qual 
a vítima não tem condição de se defender. 
 
Acarreta mudanças rápidas de humor, queda no 
rendimento escolar, perda da atenção, medo da 
escola, diminuição ou aumento excessivo de 
peso, aumento da sensibilidade (irritação ou 
choro fácil), sentimento de rejeição e vontade de 
morrer... se o(a) adolescente estiver sofrendo com 
alguns desses problemas, é provável que ele(a) 
seja vítima de Bullying 
 
Discriminação: a constituição Federal proíbe 
qualquer forma de negligência, discriminação, 
crueldade ou opressão. Não é permitido a 
discriminação de ninguém à cor, raça/etnia, 
característica pessoal, situação social, orientação 
sexual, credo, doença ou deficiência. 
 
AULA 4 – SÍNDROME DA ADOLESCÊNCIA 
NORMAL 
Normalidade e patologia na adolescência: 
▪ “Devemos em parte considerar a 
adolescência como um fenômeno específico 
dentro de toda a história do 
desenvolvimento do ser humano, e, por 
outro lado, estudar á sua expressão 
circunstancial de caráter geográfico e 
temporal histórico-social” 
▪ Normal: possui várias concepções e 
diferentes perspectivas, portanto de uma 
definição vaga e complexa de determinar. 
▪ Patológico ou “anormal”: assim como o 
conceito de normal é difícil de estabelecer e 
seu conceito está ligado ao que “não é 
normal” 
▪ Síndrome: uma síndrome é um conjunto de 
sintomas que caracterizam uma doença ou 
conjunto de fenômenos caracterizam uma 
doença ou o conjunto de fenómenos 
característicos de uma determinada 
situação. 
 
Síndrome normal da adolescência: 
“Deliberadamente aceito a contradição que 
significa o associar síndrome, que implica 
entidade clínica, com normalidade, que significa 
estar fora da patologia. Entretanto, o convívio 
social e nossas estruturas institucionais fazemos 
ver que as normas de conduta estão 
estabelecidas, manejadas e regidas pelos 
indivíduos adultos da nossa sociedade, é sobre 
esta intercorrelação de gerações, e desde o ponto 
de vista regente e diretivo, que podemos, e creio 
eu que devemos, estar capacitados para observar 
a conduta juvenil como algo que aparentemente 
é seminormal ou semipatológico, mas que, 
entretanto, frente a um estudo mais objetivo, 
desde o ponto de vista da psicologia evolutiva e 
da psicopatologia, aparece realmente como algo 
coerente, lógico e normal. 
 
1- Busca de si mesmo e da identidade: saber 
quem sou 
2- Tendência Grupal: importância do grupo na 
formação e transição do adolescente do seio 
familiar para o mundo. 
3- Necessidade de intelectualizar e Fantasiar: 
manifestações defensivas tópicas da 
adolescência 
4- As crises religiosas: a busca por identificação 
positiva; lidar com a finitude dos pais e a 
própria. 
5- Deslocalização Temporal: começam a 
entender a lógica do tempo e como 
administrá-lo 
6- Evolução sexual desde o autoerotismo até 
a heterossexualidade: experiencias além da 
genitalidade. 
7- Atitude social reivindicatória: “você é 
grande demais para fazer isso; você é criança 
demais pra ainda está fazendo isso” onde está 
o meu espaço? 
8- Contradições sucessivas em todas as 
manifestações da conduta: personalidade 
esponjosa 
9- Separação progressiva dos pais: 
distanciamento das dependências afetivas 
10- Constante Flutuações do Humor e do 
estado de ânimo: diferenciar reações 
esperadas de atitudes que precisam ser 
investigadas.

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