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1° AVALIAÇÃO - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE

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Cuidado Integral à saúde do Adolescente
1° avaliação 
visão histórica e perspectiva atual
Dessa forma, podemos evidenciar que adolescência evoluiu, de fato, no século XX, após a Revolução Industrial, tendo como grande marco, as transformações sociais ocorridas após a II Grande Guerra e o nascimento da cultura jovem.
No início do século XXI surge a expressão “onda jovem” para identificar o grande número de indivíduos desta faixa etária, devido à explosão da taxa de natalidade que ocorreu no início da década de 80 do século passado. Esses jovens se depararam com um cenário econômico adverso, dificuldades para empregar-se, incremento dos problemas sociais, especialmente os urbanos, modificações nos valores sociais, falta de perspectivas, diminuição da influência e controle tradicionalmente exercidos pela família, igreja e comunidade. Ao mesmo tempo, o adolescente passa a ser considerado sujeito de direito e em fase especial de desenvolvimento.
Hebiatra – médico especialista na saúde do adolescente, subespecialidade pediátrica, regulamentada desde 1998 pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Associação Médica Brasileira em 1999 afirmou ser área de atuação do pediatra.
O que marca a geração atual é a sua imersão na sociedade de consumo, centrada no presente e na posse de objetos e as influências das novas tecnologias, da mídia, do telefone celular e da Internet, que repercutem em várias dimensões da vida do jovem;
A adolescência hoje é marcada por desafios na construção de projetos futuros, pela busca por novas maneiras de se relacionar amorosa e sexualmente e pelo envolvimento por vezes problemático com drogas e situações de violência.
O QUE É A ADOLESCÊNCIA?
· Fase do desenvolvimento humano caracterizada pela passagem à juventude e que começa após a puberdade. 
· A adolescência é uma fase de amadurecimento: período de transição no desenvolvimento físico e psicológico, em que o ser humano deixa de ser criança e entra na idade adulta. 
CARACTERÍSTICAS DA ADOLESCÊNCIA
· Formação da identidade adulta 
· Aceitação da nova imagem do corpo
· Desenvolvimento intelectual 
· Afastamento emocional dos pais 
· Desenvolvimento da sexualidade 
· Escolha profissional 
· Estabelecimento de novas relações com o seu grupo social 
· Elaboração de valores éticos e morais. 
eca – estatuto da criança e do adolescente 
Os governos (federal, estadual e municipal), a sociedade, a comunidade e a família têm a responsabilidade de garantir ao adolescente direito à vida e à saúde. Ter saúde também é estar na escola, alimentar-se bem, ter amigos, brincar, divertir-se, fazer alguma atividade física, enfim, ser feliz!
Todo adolescente tem o direito de ser atendido na rede de saúde, como nos postos de saúde, nos ambulatórios, nas equipes de saúde da família e nos hospitais que fazem parte do SUS - Sistema Único de Saúde.
ADOLESCÊNCIA – CONCEITO OMS 
OMS – Etapa evolutiva que se estende dos 10-19 anos de idade, caracterizada por intensas transformações biopsicossociais, em uma busca pelo jovem de seu lugar pelo jovem de seu lugar e papel na sociedade. 
A organização mundial de saúde (OMS) define adolescência como sendo o período da vida que começa aos 10 anos e termina aos 19 anos completos. 
adolescência – conceito eca 
No brasil, o ECA, define a adolescência como a faixa de 12 a 18 anos de idade (artigo 2°), e, em casos excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto é aplicável ate os 21 anos de idade. 
adolescência ≠puberdade
A partir dos 10 anos, iniciam-se várias transformações no corpo, no crescimento, na vida emocional, social e nas relações afetivas. 
PUBERDADE NORMAL 
· Fase inicial da adolescência; a partir de estímulos hormonais, inicia-se o surgimento dos caracteres secundários. 
Hipófise – glândula “mestre” que comanda todas as outras, inclusive as glândulas sexuais. 
Eixo “adormecido” – relação entre a hipófise e todas as glândulas que ela comanda. 
ADRENAL: Hormônios sexuais andrógenos. 
Surgimento dos Pelos e odor nas axilas ADRENARCA 
· Meninas entre: 6 e 7 anos 
· Meninos entre: 7 e 8 anos 
GÔNADAS – ovários e testículos GONADARCA – manifesta ações da ADRENARCA PUBARCA 
· Meninas entre: 8 e 13 anos 
· Meninos entre: 9 e 14 anos 
MENINAS: 
1. Surgimento do broto mamário – TELARCA 
2. Estirão (começa pelas extremidades – mãos e pés) depois esqueleto axial 
3. Primeira menstruação – MENARCA 
4. Conclusão da fase da puberdade 
MENINOS
1. Aumento do volume testicular – GONADARCA 
2. O crescimento peniano começa, em geral, um ano após o crescimento dos testículos 
3. Estirão 
4. Conclusão da puberdade 
PUBERDADE TARDIA 
Ausência de caracteres secundários após os: 
· 13 anos (MENINAS) 
· 14 anos (MENINOS) 
· Atenção para evolução do “script” para ligar o sinal de alerta 
A idade da puberdade tem muita relação com a história da família, grande influência genética. 
Causas de atraso na puberdade:
· Síndrome de Turner e Klinefelter
· Doenças da hipófise 
· Doenças da gônada (ovário ou testículo)
· Doenças crônicas 
· Doenças do sistema nervoso 
· Doenças do sistema endócrino 
· Desnutrição e deficiência nutricionais 
· Uso de drogas (maconha) 
PUBERDADE PRECOCE 
Surgimento de caracteres secundários antes dos: 
· 7 anos (meninas)
· 8 anos (meninos)
Desenvolvimento acelerado das características sexuais, intensidade do aparecimento dos pelos, acnes, odor axilar. 
Importância da avaliação do especialista (PP pode ser tratada) 
Principais causas:
· Doença na hipófise (e no cérebro/SNC)
· Doenças nas glândulas adrenais 
· Doenças nas gônadas (ovários e testículos)
· Agrotóxicos, químicos, corantes, conservantes, plásticos (bisfenol A), cosméticos, substâncias que atrapalham o funcionamento das glândulas endócrinas. 
aula 2 – crescimento e desenvolvimento na adolescência 
As mudanças anatômicas e fisiológicas são marcantes na adolescência por levarem à perda do aspecto infantil, por culminarem na possibilidade da reprodução e por ser o corpo uma espécie de santuário para os jovens.
O profissional de saúde deve estar familiarizado com as peculiaridades dessas mudanças físicas.
Podemos apontar as seguintes características do crescimento e desenvolvimento na adolescência: 
· Incremento em tamanho e na fisiologia: do coração, pulmões, rins, pâncreas, tireoide, glândulas suprarrenais e gônadas. O tecido linfoide evolui 
· Aumento de peso (P) e estatura (E) – estirão – maturação sexual; modificação da quantidade e distribuição de gordura e da musculatura 
· Mudanças na face: crescimento do globo ocular, da fronte e nariz, da mandíbula e do maxilar superior; aparecimento de pelos (rapazes) 
· Espessamento das cordas vocais alterando o tom de voz principalmente nos rapazes 
fatores envolvidos com os eventos da puberdade
São apontadas causas interativas: genéticas, neuroendócrinas e externas. 
Estas incluem a melhora da nutrição, doenças crônicas que atrasam o processo – asma brônquica de moderada à severa, cardiopatia, diabetes tipo 1, síndromes genéticas – e os estímulos sociais, como a erotização intensificada do mundo ocidental. 
ganho em altura 
1. CRESCIMENTO ESTÁVEL: Os acréscimos na altura são geralmente constantes, aproximadamente 5 a 6 cm por ano, o que acontece na puberdade inicial.
2. ACELERAÇÃO OU ESTIRÃO DO CRESCIMENTO: Tem início em torno dos 9 a 10 anos de idade nas meninas e dois anos mais tarde nos meninos. Dura em torno de 2 a 3 anos em ambos os sexos.
3. CRESCIMENTO MÁXIMO OU PICO DE VELOCIDADE DE CRESCIMENTO: Rápido ganho da altura, ocorrendo em torno de 11-12 anos nas meninas, com ganho de 8 a 9 cm/ano. E nos meninos entre 13-14 anos, com ganho cerca de 9/10cm/ano
4. DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO: Diminuição gradativa da velocidade do ganho estatural até a completa fusão das epífises ósseas; ocorre ao redor de 15-16 anos nas meninas e entre 17-18 anos nos meninos. Alguns ainda tem algum acréscimo na altura até os 21 anos. 
 
GANHO DE PESO 
O ganho ponderal deve-se ao aumento em gordura, em tecido muscular e ósseo. 
· No sexo feminino, decorre principalmente da deposição de gordurapor ação estrogênica, ocorre cerca de seis meses após o pico de velocidade de crescimento (PVC) 
· No sexo masculino, o ganho de peso resulta principalmente do aumento da massa muscular, por ação da testosterona, e geralmente coincide com o PVC, levando à falsa impressão de magreza. 
MUDANÇAS PUBERTÁRIAS NO SEXO FEMININO
MAMAS: Telarca, aparecimento de broto mamário é a primeira manifestação da puberdade feminina, pode inicialmente ser doloroso e unilateral, ocorrendo em média aos 9 anos e meio, mas podendo variar entre 8 e 13 anos. 
PELOS: os pubianos desenvolvem-se gradativamente em cerca de quatro anos. Os axilares surgem pouco depois, acompanhados pelo desenvolvimento das glândulas sudoríparas e aparecimento de odor acentuado. 
MENARCA: denominação da primeira menstruação, ocorre cerca de 2 anos e meio após aparecer o broto mamário, em média aos 12,2 anos; os primeiros ciclos podem ter fluxo escasso ou intenso (hemorragia uterina disfuncional), necessitando então de intervenção ginecológica. 
PRIMEIROS CICLOS MENSTRUAIS: costumam ser anovulatórios, havendo irregularidade nos primeiros 12 a 24 meses de ciclo, na completa maturação do eixo neuroendócrino, há pico de LH no meio do ciclo, acarretando a ovulação. 
ÚTERO, TROMPAS, VAGINA E VULVA: o desenvolvimento decorre principalmente da produção de estrógenos e concomitante ao crescimento mamário. 
LEUCORREIA FISIOLÓGICA: frequente corrimento vaginal, sem odor específico e aspecto de clara de ovo; resulta de estimulação estrogênica, levando à secreção de muco cervical e maior descamação das células da mucosa vaginal; não requer tratamento, apenas esclarecimento à adolescente e reforçar a higiene local. 
desenvolvimento das mamas segundo a classificação de tanner
· M1 – mama infantil, elevação somente da papila 
· M2 – broto mamário: aumento inicial da mama, elevação da aréola e papila, uma pequena saliência. Aumentando o diâmetro da aréola, modifica-se a textura. 
· M3 – maior aumento da mama e da aréola, sem separação de seus contornos. 
· M4 – maior crescimento da mama e da aréola, esta agora forma uma segunda saliência acima do contorno da mama (comum-menarca) 
· M5- mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente incorporado ao contorno da mama. 
DESENVOLVIMENTO PUBIANO FEMININO SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE TANNER 
· P1- Ausência de pelos pubianos. Pode haver leve penugem semelhante à observada na parede abdominal. 
· P2- aparecimento de pelos longos e finos, levemente pigmentados, lisos ou poucos encaracolados, ao longo dos grandes lábios. 
· P3- maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados, espalhando-se esparsamente pela sínfise púbica. 
· P4- pêlos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir a face interna das coxas 
· P5- pilosidade pubiana igual ao do adulto, em quantidade e distribuição invadindo a face interna das coxas, que assume tamanho e forma adulta. 
mudanças pubertárias no sexo masculino 
TESTICULOS: Gonadarca, ou aumento testicular, é a primeira manifestação da puberdade masculina; os testículos apresentam valor igual ou superior a 4ml 
PÊNIS: desenvolve-se após os testículos, desenvolvendo-se inicialmente em comprimento e depois, em largura. 
ESPERMARCA OU SEMENARCA: denominação da primeira ejaculação; a emissão espontânea de esperma acontece durante o sono, causando incômodo no adolescente, que precisa ser orientando para esse evento. 
PELOS: o aumento de testosterona faz crescer os pelos pubianos (início em torno dos 11 anos); os axilares se desenvolvem geralmente dois anos após os pubianos, seguindo-se aparecimento dos pelos faciais e, posteriormente, do restante do corpo. 
TIMBRES DE VOZ: a mudança é observada geralmente durante o estirão, por ação da testosterona sobre as cartilagens de laringe, em média entre 13 e 14 anos de idade. 
PRÓSTATA, GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS, VESÍCULAS SEMINAIS E EPIDÍDIMO: estes órgãos sexuais também apresentam crescimento a partir do desenvolvimento testicular. 
DESENVOLVIMENTO GENITÁLIAS MASCULINA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE TANNER
· G1 – pênis, testículos e escroto de tamanho e proporção infantis. 
· G2- aumento inicial do volume testicular (2,5cm ou > 4 ml). 
· G3- crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos testículos e escroto. 
· G4- continua o crescimento peniano, agora principalmente diâmetro, é maior desenvolvimento da glande. Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais pigmentada. 
· G5	- Desenvolvimento completo da genitália (adulto)
Pico de crescimento nos meninos são maiores, pico de estirão é maior. 
· P1- ausência de pelos pubianos. Pode haver leve penugem semelhando à observada na parede abdominal. 
· P2- aparecimento de pelos longos e finos, levemente pigmentados, lisos ou pouco encaracolados, principalmente na base do pênis. 
· P3 – maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados, espalhando-se esparsamente pela sínfise púbica. 
· P4- pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir a face interna das coxas.
· P5- pilosidade pubiana igual ao adulto, em quantidade e distribuição, invadindo face interna das coxas. Assume o tamanho e forma adulta. 
correlação entre crescimento físico e desenvolvimento pubertário. 
Em ambos os sexos, o ganho de estatura e peso tem correlação com a maturação sexual. 
· no sexo feminino, o crescimento tem início com o estágio M2 do desenvolvimento mamário. O maior ganho em altura (estirão) acontece antes da menarca, em M3. O maior acréscimo de gordura também se inicia no estirão, podendo estender-se após a menarca. Este ocorre geralmente 6 meses a 1 ano depois do PVC; portanto, na desaceleração do crescimento, quando o estágio das mamas está em torno de M4. 
· Os meninos iniciam o desenvolvimento genital (G2) antes do estirão, o que pode levar a questionamentos, principalmente se comparados com irmãs ou primas cujo estirão é mais precoce. A aceleração do crescimento é concomitante ao desenvolvimento do pênis (estágio G3), e o PVC coincide frequentemente com o estágio G4, seguindo-se gradual desaceleração em G5. O ganho de massa muscular ocorre no PVC; e o de gordura, na desaceleração, dando a impressão da falsa magreza. A espermarca (ejaculação espontânea) geralmente ocorre no final do crescimento, correspondendo ao estágio G5. Quando há ginecomastia, também ocorre em estágios mais desenvolvidos, G3 ou G4. A mudança do timbre da voz é um fato mais tardio do desenvolvimento, ocorrendo no estágio G4 
Ginecomastia Masculina – 30 A 60% doa garotos apresentam broto mamário mais desenvolvido, uni ou bilateralmente ocorrendo em geral entre 15 e 15 anos. É um evento considerado fisiológico, decorrente da ação dos estrógenos em tecido mamário. 
A maioria tem involução espontânea em até três anos, porém se o aumento é considerável e há repercussões psicossociais importantes, a cirurgia estética pode ser indicada. Nódulos de quatro ou mais centímetros (macro ginecomastia) têm indicação cirúrgica. 
monitoração do desenvolvimento físiCO 
Para realizar uma segura avaliação do crescimento e da maturação sexual, devemos unir as informações da anamnese com as observações do exame físico e dar interpretações corretas, para então definir a situação do adolescente – normal, com variantes da normalidade ou com desvios que necessitam de intervenção da equipe multiprofissional ou de especialistas.
· Peso e estatura 
· Estadiamento puberal: o critério mais utilizado no mundo é a classificação de tanner;
· Volume testicular: orquidômetro de Prader
· Velocidade de crescimento (VC): excelente indicador, é definida como o ganho da altura em centímetros no intervalo de um ano
· Índice de massa corpórea (IMC): o estado nutricional tem relação com o estirão da fase pubertária. 
· 
· Idade óssea: este exame investiga o desenvolvimento dos núcleos de ossificação do carpo, rádio, ulna e falanges, indicando a maturação óssea, sendo obtido por meio de RX dos ossosdas mãos e dos punhos. 
peso e altura 
Durante a adolescência, os dados antropométricos se tornam ainda mais importantes e valiosos para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, apesar de mais difíceis de se obter, devido a características única do estirão puberal e da velocidade rápida de mudanças corporais que ocorrem neste período. 
Cerca de 20 a 25% da altura do indivíduo adulto cresce neste período e 40 a 50% do seu peso final. Estes parâmetros são alcançados em média, durante o intervalo de 3 a 5 anos no estirão da puberdade. 
final da puberdade
A puberdade se completa em 3 a 4 anos após o início, quando já aconteceu o desenvolvimento das características puberais, a definição da altura final – a velocidade de crescimento é inferior a 1cm/ano –, quando já houver a total remodelação do corpo infantil a corpo de adulto jovem. 
A altura final resulta da completa fusão das epífises ósseas, p que nas meninas ocorre cerca de 2 anos após a menarca, e nos meninos em torno de 19 anos, embora alguns ainda tenham algum acréscimo até 21 anos. 
aula 3 – resiliência e vulnerabilidades 
Resiliência: é o conjunto de forças psicológicas e biológicas exigidas para que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, supere com sucesso seus percalços, situações adversas ou situações estressantes, que modificam muito a vida das pessoas. 
É um processo contínuo, complexo e dinâmico, parece estar presente na infância e adolescência, mas se desenvolve durante toda a vida. 
Características na personalidade resiliente:
· Criatividade, reconhecimento e desenvolvimento de seus próprios talentos. 
· Um forte e flexível sentido de autoestima
· Independência de pensamento e ação 
· A habilidade de dar e receber nas relações com os outros, e um bem estabelecido círculo de amigos, que inclua alguns amigos mais íntimos e que podem ser seus confidentes. 
· Disciplina pessoal e um sentido de responsabilidade. 
· Receptividade a novas ideias.
· Disposição para sonhas e grande variedade de interesses 
· Senso de humor alegre 
· Percepção de seus sentimentos e dos sentimentos dos outros e capacidade de comunicá-los de forma adequada. 
· Compromisso com a vida e contexto filosófico no qual as experiencias pessoais possam ser interpretadas com significados e esperança, até mesmo nos momentos mais desalentadores da vida. 
Mangham e colaboradores (1996) identificam como elementos chaves da resiliência familiar, de equipe e de outros arranjos grupais:
· Estabilidade: entendida como resistência à ruptura interna e sendo de permanência. 
· Coesão: sendo de afeto mútuo, companheirismo e segurança
· Adaptabilidade: habilidade coletiva para adaptar-se às mudanças e continuar funcionando a despeito de condições adversas 
· Repertório de estratégias e atitudes para superar situações estressantes. 
· Redes de suporte para estender a capacidade da família ou dos grupos por meio de outros familiares, amigos, vizinhos, companheiros de trabalho, outros grupos. 
Situações de risco e/ou de baixa resiliência individual e familiar: 
· Adolescentes que residem em áreas de risco ambiental, risco à saúde e com estatísticas de maior violência. 
· Que vivem em famílias sem referencias significativas, passando por processos de desestruturação de vínculos e/ou processos de fragilidade econômica. 
· Que estejam sofrendo ou em risco de sofrer violência doméstica 
· Que estejam com dificuldades escolares significativas, tendendo à evasão escolar. 
· Que já tenham iniciado vida sexual sem o necessário apoio dos serviços de saúde 
· Que estejam vivenciando situação de gravidez não planejada. 
· Que já apresentaram alguma doença sexualmente transmissível e/ou HIV 
· Que tenham riscos nutricionais, ou seja: obesidade, dislipidemias, desnutrição, anemias carenciais, bulimia, anorexia etc. 
· Que esteja em sofrimento mental com destaque às situações de depressão, risco de suicídio, alta ansiedade, impulsividade, manias, oscilações de humor significativas etc. 
· Que esteja envolvido com substâncias psicoativas lícitas e/ou ilícitas, tendendo ao abuso, à dependência química e/ou envolvimento com o tráfico. 
· Que fogem com frequência de casa, tendendo a se estruturar nas ruas 
· Que exercem qualquer forma de trabalho não prevista pelo estatuto da criança e do adolescente (ECA)
· Que estejam sendo vítimas de exploração sexual ou que tenham sofrido abuso sexual 
interculturalidade e saúde 
Cultura - Trata-se de elementos sobre os quais os atores sociais constroem significados para as ações e interações sociais concretas e temporais, assim como sustentam as formas sociais vigentes, as instituições e seus modelos operativos. A cultura inclui valores, símbolos, normas e práticas. 
Saúde? 
Segundo Boorse (1975), saúde é a ausência de doença. 
A Organização mundial de saúde (2010), define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades” 
Constituição federal de 1988 – 
Seção II – DA SAÚDE 
Art. 196 – a saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Considerando que todas as pessoas são provenientes e vivenciam diferentes ambientes, a atenção integral à saúde deveria ser realizada numa perspectiva intercultural. 
Para atender adolescentes e jovens, os profissionais da área de saúde deveriam ser capacitados com habilidades e competências na área intercultural, pois se trata de um grupo plural, construído na sua diversidade, não devendo, portanto, se tratado numa perspectiva universal e homogênea. 
adolescentes em situação de vulnerabilidade social 
A adolescência e a juventude desfavorecida no meio urbano sempre foi um tema de difícil abordagem no Brasil, mas não cabe somente entende-la como um mero reflexo da pobreza ou do cenário caótico em que se encontra, e sim dentro de uma ética e, em se tratando de atenção de saúde, com respeito aos seus direitos humanos. 
ADOLESCENTES DE ÁREAS RURAIS 
Em realidade, nessas formas de organização social, a infância é curta, sendo que a fase biológica da adolescência é logo acompanhada das responsabilidades da vida adulta, sem que estejam claramente definidos os tempos da adolescência.
povos indígenas 
No que diz respeito ao processo de crescimento e desenvolvimento vivenciado pelos indígenas, para marcar a entrada de um grupo ou indivíduo de vida para outra, em geral, esses povos praticam ritos de passagem. Esses ritos são realizados por ocasião de gestação, do nascimento, da chegada à vida adulta, do casamento, do envelhecimento e até da morte. 
Nas sociedades indígenas, a adolescência não é uma fase social ou psicológica. O processo para entrada no mundo adulto inicia-se quando o sujeito está apto para a procriação. 
comunidade remanescentes quilombolas 
As comunidades quilombolas que vivem hoje em dia em território ocupados por pequenos agricultores rurais negros foram criadas de várias formas, tais como: invasões de terra como pagamento de serviços prestados ao estado, terras ocupadas no interior de grandes propriedades, bem como a compra de terras, tanto durante a vigência como a compra de terras, tanto durante a vigência do sistema escravocrata quanto após sua abolição. 
grupos ou clãs ciganos 
Os ciganos são considerados “hospedes indesejados” em diferentes países, convivendo secularmente com o preconceito, a estigmatização e a exclusão social. Uma de suas peculiaridades menos compreendidas é o estilo de vida nômade, na medida em que a maioria se recusa de maneira sistemática e residir em uma base territorial definida. 
reconhecendo o risco: bullying 
De acordo com o conselho nacional de educação (2010), considera-se bullying as atitudes de violência (física e psicológica) que são frequente, sem motivação específica ou justificável, no qual a vítima não tem condição de se defender. 
Acarreta mudanças rápidas de humor, queda norendimento escolar, perda da atenção, medo da escola, diminuição ou aumento excessivo de peso, aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil), sentimento de rejeição e vontade de morrer... se o(a) adolescente estiver sofrendo com alguns desses problemas, é provável que ele(a) seja vítima de Bullying
Discriminação: a constituição Federal proíbe qualquer forma de negligência, discriminação, crueldade ou opressão. Não é permitido a discriminação de ninguém à cor, raça/etnia, característica pessoal, situação social, orientação sexual, credo, doença ou deficiência. 
aula 4 – síndrome da adolescência normaL 
Normalidade e patologia na adolescência:
· “Devemos em parte considerar a adolescência como um fenômeno específico dentro de toda a história do desenvolvimento do ser humano, e, por outro lado, estudar á sua expressão circunstancial de caráter geográfico e temporal histórico-social”
· Normal: possui várias concepções e diferentes perspectivas, portanto de uma definição vaga e complexa de determinar. 
· Patológico ou “anormal”: assim como o conceito de normal é difícil de estabelecer e seu conceito está ligado ao que “não é normal”
· Síndrome: uma síndrome é um conjunto de sintomas que caracterizam uma doença ou conjunto de fenômenos caracterizam uma doença ou o conjunto de fenómenos característicos de uma determinada situação. 
Síndrome normal da adolescência: “Deliberadamente aceito a contradição que significa o associar síndrome, que implica entidade clínica, com normalidade, que significa estar fora da patologia. Entretanto, o convívio social e nossas estruturas institucionais fazemos ver que as normas de conduta estão estabelecidas, manejadas e regidas pelos indivíduos adultos da nossa sociedade, é sobre esta intercorrelação de gerações, e desde o ponto de vista regente e diretivo, que podemos, e creio eu que devemos, estar capacitados para observar a conduta juvenil como algo que aparentemente é seminormal ou semipatológico, mas que, entretanto, frente a um estudo mais objetivo, desde o ponto de vista da psicologia evolutiva e da psicopatologia, aparece realmente como algo coerente, lógico e normal. 
1- Busca de si mesmo e da identidade: saber quem sou 
2- Tendência Grupal: importância do grupo na formação e transição do adolescente do seio familiar para o mundo. 
3- Necessidade de intelectualizar e Fantasiar: manifestações defensivas tópicas da adolescência 
4- As crises religiosas: a busca por identificação positiva; lidar com a finitude dos pais e a própria. 
5- Deslocalização Temporal: começam a entender a lógica do tempo e como administrá-lo 
6- Evolução sexual desde o autoerotismo até a heterossexualidade: experiencias além da genitalidade. 
7- Atitude social reivindicatória: “você é grande demais para fazer isso; você é criança demais pra ainda está fazendo isso” onde está o meu espaço? 
8- Contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta: personalidade esponjosa
9- Separação progressiva dos pais: distanciamento das dependências afetivas 
10- Constante Flutuações do Humor e do estado de ânimo: diferenciar reações esperadas de atitudes que precisam ser investigadas.

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