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Vias dos Sentidos Especiais Características gerais - Neurônio I: gânglio, retina e mucosa olfatória - Neurônio II: medula espinal ou no tronco encefálico*. Geralmente cruza o plano mediano e segue para o tálamo. *A via pode ser formada por 2 neurônios localizados no tronco encefálico (neurônio II e neurônio III). Dessa forma, o neurônio localizado no tálamo passa a ser o neurônio 4 da via sensitiva. - Neurônio III: tálamo. Chega ao córtex por radiações talâmicas (exceto via olfatória). OBS: O tálamo é importante para a sensibilidade, pois é uma região de Relé, ou seja, onde vai ser redirecionada a informação. Também é importante para as fibras seguirem para uma região relacionada a memória e a emoção que a sensibilidade gera (via olfatória vai direto para o sistema límbico). Audição e Equilíbrio A orelha externa é composta por pavilhão auditivo e meato acústico externo, que tem forma de S e é inclinado para cima; há pelos e cerume (secreção de glândulas sudoríparas modificadas) para proteção. A membrana timpânica separa a orelha externa e a orelha média; tem 4 camadas e é revestida internamente por mucosa e externamente por pele. O ar faz vibrar essa membrana. A orelha média está localizada na cavidade timpânica e recesso epitimpânico. Possui os ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo), articulados entre si com articulações sinoviais, e os músculos tensor do tímpano e estapédio. Na orelha média se abre a tuba auditiva, que conecta a nasofaringe, se abrindo com a movimentação da ATM. E se abre o antro para as células mastoideas, que amplificam o som. A orelha interna está localizada dentro da parte petrosa do osso temporal. Composta por labirinto (equilíbrio) e cóclea (audição). O labirinto tem três canais semicirculares unidos no vestíbulo (que possui a janela oval, fechada pelo estribo), com membranas e líquidos. Na base da cóclea temos a janela redonda ou timpânica, que se abre na rampa média. O líquido externo é perilinfa e o líquido interno da rampa média é endolinfa. Audição A vibração passa pela rampa do vestíbulo e se dissipa pelo helicotrema, voltando pela rampa do tímpano, dissipa pela membrana timpânica secundária na janela redonda. Isso movimenta o líquido da rampa média (se conecta no promontório). O órgão de Corti é o receptor para audição, ligado à fibras do neurônio primário bipolar (com corpo celular no gânglio espiral no modíolo). As células ciliadas internas são receptoras e as externas são moduladoras. O prolongamento central do neurônio I forma a parte coclear do nervo vestibulococlear (de origem aparente no sulco bulbopontino). O deslocamento do ar, de forma mecânica, movimenta o líquido da orelha interna e é percebido pelos receptores, transmitido ao nervo coclear, que se une ao nervo vestibular para formar o nervo vestíbulo- coclear. Julia Jordão TXXII OBS: se houver calcificação das articulações entre os ossículos, compromete a completamente a audição (surdez). Equilíbrio: Dentro de cada canal circular (parte óssea) do labirinto, tem um ducto semicircular (parte membranosa) preenchido por endolinfa, com regiões mais abauladas, chamadas de ampolas, com receptores para equilíbrio. O corpo celular desses neurônios ficam no gânglio vestibular. Dentro das ampolas tem a crista ampular (células ciliadas mergulhadas em região de cúpula), que são receptores que detectam o movimento da endolinfa (aceleração angular/rotacional). Dentro do vestíbulo há estruturas arredondadas chamadas utrículo e sáculo interligados entre si e entre os ductos semicirculares. Possuem receptores, localizados na mácula (estereocilios mergulhados em substancia gelatinosa com estocônios) que percebem a compressão da endolinfa (aceleração linear). O utrículo é para aceleração horizontal e o sáculo é para aceleração vertical. Do gânglio vestibular os prolongamentos formam o nervo vestibular, que se une com o nervo coclear para formar o nervo vestíbulo-coclear. Os prolongamentos centrais vão em direção ao sulco bulbopontino. Inseridos no modíolo. Via auditiva - Receptores do órgão de Corti, fazem conexão com o neurônio 1 (que está no gânglio espiral no modíolo). O prolongamento central do neurônio 1 forma a parte coclear do nervo vestibulococlear (de origem aparente no sulco bulbopontino), seguindo em direção ao neurônio 2 que está localizado na Ponte. - Então o n. coclear vai passar sulco bulbo-pontino e penetra na ponte até o lado oposto e vai fazer sinapse nos núcleos cocleares. - Os núcleos cocleares (na ponte) dorsal e ventral (subunidade em anterior e posterior) fica voltados para o assoalho do IV ventrículo. Nesses núcleos que estão os neurônios 2 (corpos celulares) - O neurônio 2 sai desses núcleos: alguns axônios vão continuar o caminho pelo mesmo lado que entraram (homolateral), mas a maior parte dessas fibras cruzam o plano mediano e segue pelo lado oposto. - Existe essa pequena parte que segue homolateral para evitar que o indivíduo fique surdo se sofrer danos no SN. Neurônio 3 no colículo inferior segue em direção ao neurônio 4 que está no corpo geniculado medial (no tálamo). Via eferente = trato olivococlear OBS: o indivíduo surdo de um lado apenas, é dano na estrutura de condução da informação (orelha externa, média e interna e o nervo vestibulococlear). Dano no nervo vestibulococlear ainda com todas as fibras juntas tem perda total de umas das audições. Depois da sinapse do neurônio 1 com o 2, qualquer dano leva o déficit auditivo e não à surdez. - Quando as fibras cruzam o plano mediano, formam uma estrutura chamada CORPO TRAPEZÓIDE (um tipo de decussação das fibras). - Fibras do corpo trapezóide sobem o tronco e chega no mesencéfalo. Nesse trajeto de subida essas fibras ganham o nome de lemnisco lateral, fibras longitudinais (fibras de uma orelha associadas com fibras da orelha oposta). - Maior parte das fibras do lemnisco lateral faz sinapse com o neurônio 3 no colículo inferior (no mesencéfalo). Uma pequena parte vai direto no corpo geniculado medial (no tálamo). - Forma radiações talâmicas = radiações auditivas (fibras do neurônio 4) que segue em direção ao córtex, atravessando a cápsula interna - Segue para o Neurônio 5 que é o Giro Temporal Transverso Anterior (área auditiva primária), onde tem a sensação auditiva. Relé = estação de retransmissão do sistema sensorial (núcleos que redireciona as informações). - Núcleo olivar superior - Núcleo do corpo trapezoide - Núcleo do lemnisco lateral - Som muito alto, ativa uma quantidade excessiva de fibras e com essa grande ativação das fibras, esses núcleos são ativados. O relé entende que está entrando muito som. - Esses relé são neurônios com prolongamentos ao invés de subir, ele desce (axônio faz sentido contrário), até chegar no receptor e ativa (sinapse) células ciliadas externas (relacionada com a modulação do som, percepção). Essas células ciliadas externas estão dentro do órgão de corti e modulam esse som, fazendo com que diminua a entrada. - O relé do núcleo olivar superior juntamente com o relé do núcleo do corpo trapezóide (informação volta) vão ser ativados quando tem um som muito alto como mecanismo de proteção para a via. As fibras são projetadas de volta à cóclea via nervo vestíbulo-coclear. O trato olivococlear regula a sensibilidade do sistema periférico, atuando sobre as células ciliadas externas; melhora a detecção do sinal auditivo (ajuda a prestar atenção a um estimulo auditivo em ambiente barulhento); e protege o sistema auditivo periférico. - O relé do núcleo do lemnisco lateral: se for necessário ele atua, inibindo a informação, dissipando ela. Não tem ligação com as células ciliadas externas. - Utiliza esses relés para sons altos (junto com os músculos pequenos da orelha média) e também quando quiser dar foque em uma voz no meio de outras, o núcleo olivar superior é ativado. Observações: - Tem fibrashomolaterais e contralaterais (maioria). - PECULARIDADES: Possui grande número de fibras homolaterais. Assim, cada área auditiva do córtex recebe impulsos originados na cóclea de seu próprio lado e na do lado oposto, sendo impossível a perda da audição por lesão de uma só área auditiva. Possui grande número de núcleos reles. Assim, enquanto nas demais vias o número de neurônios ao longo da via é geralmente três, na via auditiva este número é de quatro ou mais. - Lesão na área auditiva não causa perda total da audição: uma lesão no giro temporal transverso superior hemisfério cerebral esquerdo gera perda auditiva esquerda leve e perda auditiva direita grave. Uma lesão no giro temporal transverso anterior no hemisfério cerebral direito gera perda auditiva direita leve e perda auditiva esquerda grave. Via vestibular (equilíbrio da cabeça) Os receptores proprioceptivos estão nas cristas ampulares dos ductos semicirculares e máculas do utrículo e sáculo. São vias Homolaterais simples que seguem por 2 caminhos distintos ao mesmo tempo. - Neurônio 1 (prolongamento periférico) faz sinapse com os receptores e está dentro do gânglio vestibulares (células bipolares). O prolongamento central forma a parte vestibular do nervo vestibulococlear. - Neurônio 1 (prolongamento central) faz sinapse com o neurônio 2 que está nos núcleos vestibulares na área vestibular. Esse neurônio 1 entra pelo sulco bulbo pontino e atravessa da parte anterior para a posterior do tronco encefálico para ir para a área vestibular (no assoalho do IV ventrículo). - Na área vestibular vai ocorrer sinapses com 4 núcleos diferentes, 2 em cada região (Na ponte: núcleos lateral e superior; No bulbo: núcleos medial e inferior). As duas vias ocorrem ao mesmo tempo (via dupla). - Núcleos vestibulares lateral e medial seguem a via inconsciente. Quando chega nos núcleos vestibulares, parte das fibras que fizeram sinapse com os núcleos lateral e medial vão para o cerebelo (neurônio 3). Neurônio 3 no cerebelo está na região do Arquicerebelo que tem o Nódulo e o Flóculo (regiões do equilíbrio). Resposta vão por fibras extrapiramidais (via descendente) - Núcleos vestibulares superior e inferior seguem a via consciente. Fibras que saem dos núcleos inferiores e superior vão para o tálamo (neurônio 3). No tálamo tem o núcleo ventral posterior onde ocorre a sinapse, e sai o neurônio 3 para a área vestibular primária (no córtex do lobo parietal –próximo à área somestésica da face- e do lobo temporal –próximo à área auditiva), fazendo sinapse com neurônios da área vestibular primária (ou de quarta ordem). Visão - Elementos de proteção do olho: pálpebras (com glândulas e músculos), cílios, supercílios, Túnica conjuntiva (membrana que está dentro da pálpebra e reveste o bulbo ocular) Obs: Túnica conjuntiva é translúcida na parte que cobre a córnea, e vascularizada nas regiões de esclera e pálpebra. - Órbita (com bulbo ocular e músculos estriados esqueléticos que movimentam o bulbo) - Nervos da órbita (II- óptico-, III- oculomotor-, IV- troclear- e V- ramo oftálmico do nervo trigêmeo-, VI- nervo abducente) - Artérias e veias da órbita Obs: par de nervo 3 ,4 e 6 movimentam os músculos extrínsecos. V-ramo oftálmico dá a sensibilidade. Bulbo ocular - Parede do bulbo consiste em 3 lâminas: • Túnica fibrosa (camada externa): forma o esqueleto, tecido conjuntivo denso. Esclera: branco opaco em quase toda sua extensão, só na região anterior que é translúcido passando a chamar córnea. Córnea: Fibras mais organizadas, ordenadas, que levam a estrutura a ficar translúcida), Não tem vaso sanguíneo • Túnica Vascular (Úvea ou camada média) Corioide: camada bastante pigmentosa (marrom escura) com melanina e bastante vascularização pois daí que sai os vasos para irrigar o bulbo ocular, com exceção da parte anterior Corpo ciliar: parte mais anterior, tem músculos e processos ciliares que produzem o humor aquoso (renovado). Os ligamentos suspensores se ligam nesses processos. O conjunto do processos + os músculos que é o corpo. Íris: tem pigmentação com grânulos de melanina que vão dar a coloração para a região. • Retina (camada mais interna) Recobre até a íris - Parte cega da retina: região anterior, não tem receptores para luz. Dividida em parte ciliar da retina que reveste o corpo ciliar e a parte irídica que reveste a íris. - Parte óptica da retina: mais espessa, tem o estrato pigmentoso (camada escura e externa aderida a camada média, em contato com a corioide) e o estrato nervoso (sensitivo, tem receptores para luz, camada nervosa que é interna). As duas estão apoiadas uma na outra e não coladas. - Ora serrata: margem denteada no limite entre a parte cega e a camada nervosa da retina. É a transição entre as duas, a passagem da parte menos espessa para a mais espessa (mudança abrupta). OBS: As camadas pigmentos e nervosa da retina não estão fixas entre si (exceto: ao redor do nervo óptico e na ora serrata) e podem ser separadas (descolamento) - Câmara anterior —> entre íris e cornea - Câmara posterior —> Atrás da íris - Câmara postrema —> Atrás do cristalino Câmara postrema tem o Humor Vítreo (canal hialoideo -> resquício da artéria hialoidea quando embrião) OBS: Canal hialoide + Humor vítreo = Corpo Vítreo Câmaras anterior e posterior tem o Humor aquoso (produzido pelos processos ciliares, preenche a câmara posterior, passa pela pupila e preenche a câmara anterior, e é absorvidas por vasos no canto entre a região de esclera e córnea e corpo vítreo, no ângulo iridocorneal). - Região de maior acuidade visual, pois os receptores estão com disposição oblíqua (sem ter a interferência do segundo e terceiro neurônios) —> Mácula Lútea e no centro desse espaço tem uma depressão que é a fóvea central. - Da retina nervosa surge o nervo óptico (mesmas fibras) - Medialmente a essa Mácula Lútea, está o ponto cego (não tem receptor) que é o disco óptico (ponto de entrada das fibras nervosas vindas da retina que vão formar o nervo óptico e dos vasos sanguíneos da retina). - Das células que estão formando essa retina é de dentro para fora: Neurônio 3 da via (células ganglionares), Neurônio 2 (células bipolares), Neurônio 1 (primeiro neurônio da via, fotossensível, é o mais profundo da retina nervosa) - Luz incide nos Cones, Bastonetes (que são os receptores) e células fotossensíveis (primeiro neurônio). As células fotossensíveis tem seu prolongamento periférico (voltado para a camada pigmentosa) que possui modificação transformando seu prolongamento em receptores (cones e bastonetes). - Neurônio bipolar (prolongamento central e periférico) - O prolongamento central do terceiro neurônio (células gânglionares) forma o nervo óptico. - Nervo Óptico = fibras mielínicas SEM neurilema (citoplasma da célula de schawnn). Formada por oligodendrócitos e não células de schawnn, pois nervo óptico junto com a retina é projeções do diencéfalo. - Neurônio 4 (no corpo geniculado lateral): seus axônios terminam na área visual primária do córtex (lábios do sulco calcarino). Algumas fibras saem do corpo geniculado lateral para ir ao colículo superior e outras para o hipotálamo. Lábios do sulco calcarino onde a informação passa a ser uma sensação luminosa mas não distingue o que está vendo (ainda não é a interpretação luminosa). Via óptica - Receptores: cones e bastonetes (prolongamentos periféricos do neurônio 1). - O neurônio bipolar então possui o prolongamento central que faz sinapse com o neurônio 2 que esses vao fazer sinapse com o neurônio 3 (células ganglionares). Tudo isso na retina nervosa. - Os prolongamentos centrais das células ganglionares que vão formar o nervo óptico (concentra todas as fibras provenientes das 2 regiões da retina) OBS: Em cada olho tem 2 regiões da retina (Retina Nasal: que é metade da retina voltada para o nariz; e uma metade lateral chamada Retina Temporal) - A luz entrae bate na retina formando uma disposição oblíqua. - Tudo que é visto no campo visual nasal está batendo na retina temporal. Todo campo visual temporal está batendo na retina nasal. - Campo binocular: superposição de parte dos campos visuais dos 2 olhos - Fibras nervosas das células ganglionares que estão na retina nasal, vão seguir um caminho que cruza o plano mediano e forma quiasma óptico. Cruzando o plano mediano essas fibras seguem juntamente com as fibras homolaterais (proveniente da retina temporal) até chegar na área visual primária, mas antes de chegar nessa área, precisa fazer sinapse no corpo geniculado lateral (tálamo). - No corpo geniculado lateral tem fibras da Retina temporal homolaterais e fibras da retina nasal contralaterais. Desse corpo geniculado lateral vão sair fibras que vão formar uma radiação talâmica, chamada Radiação Óptica (Trato geniculocalcarino) que vão para os lábios do sulco calcarino (área visual primária). Fazem sinapse de forma que mantenha uma correspondência entre regiões da retina e regiões dos lábios do sulco calcarino (Retinotopia - correspondência entre a retina e o córtex visual). - Retinotopia: cada parte da retina é representada em lábios diferentes do sulco. Metade superior, no lábio superior do sulco calcarino e metade inferior, no lábio inferior do sulco calcarino. - Algumas fibras do trato óptico saem da rota que levaria até o corpo geniculado lateral, e vão para o colículo superior (poucas) - Poucas fibras também que estão formando o quiasma óptico ao invés de seguir o caminho, vão para o hipotálamo. FUNÇÕES DO COLÍCULO SUPERIOR: • Geração dos movimentos sacádicos (movimentos oculares rápidos com a finalidade de ajustar o olhar a determinados alvos) • Movimentos de orientação dos olhos e da cabeça (movimentos de desvio e busca) • Reflexo de oclusão palpebral e desvio concomitante da cabeça (reposta do: trato tetospinal) no caso de estímulos visuais próximos e súbitos. DESTINO DAS FIBRAS ÓPTICAS: • 90% das fibras fazem sinapse no corpo geniculado lateral (relacionado diretamente à visão) • Os 10% vão ser divididas naquelas que vão para o hipotálamo e aquelas que vão para o colículo superior. • Algumas fibras do quiasma penetram no hipotálamo (Pelo trato Retino-hipotalâmico) = no núcleo supra- quiasmático (importante no controle de ritmos biológicos = ritmos circadianos) OBS: o núcleo supra-quiasmático é o principal marca passo circadiano, recebe informações sobre luminosidade do ambiente pelo trato retino- hipotalâmico. São oscilações nos parâmetros fisiológicos, metabólicos e comportamentais que se repetem no período de 24 horas. • Algumas fibras dirigem-se para o colículo superior e área pré-tectal (controle reflexo das pupilas) (reflexos visuais) = movimentos sacádicos, piscar e fotomotor (contração da pupila quando entra luz). núcleo supra-quiasmático (hipotálamo) Olfação - Mucosa olfatória: restrita à parte superior e posterior do septo nasal e das conchas nasais superiores (só cerca de 2% do ar que entra atinge essa região) - Os neurônios estão lado a lado, distribuídos na mucosa sem formar acúmulo - A via olfatória atinge 2 áreas ao mesmo tempo (ou em direção ao corpo caloso ou para o lobo temporal). - O prolongamento periférico (do neurônio bipolar 1) é modificado, são os receptores. Esse prolongamento apresenta dilatações que são as vesículas, nelas está fixado os cílios olfatórios. - O prolongamento central do neurônio bipolar 1 forma o nervo olfatório e atravessa a lâmina cribriforme para fazer sinapse com o neurônio 2 da via que está na região de bulbo olfatório (que pertence ao telencéfalo, é uma expansão dele). OBS: o nervo olfatório é constituído por fibras amielínicas com neurilema, pois o trajeto é muito curto. - As células Mitrais (MT) são os neurônios 2 e estão no bulbo olfatório. Fazem associação com os prolongamentos centrais do neurônio 1, formando os glomérulos olfatórios no bulbo olfatório. OBS: bulbo olfatório é uma expansão do telencéfalo: células da glia características dos SNC (oligodendrócito que forma bainha de mielina e não a célula de schawnn). - Células mitrais tem seus prolongamentos que seguem em direção ao telencéfalo e se dividem em 2 estrias (o corpo celular está no bulbo olfatório e o prolongamento está no trato olfatório que divide em 2 regiões). Uma parte das fibras vão formar a estria olfatória medial e a outra parte forma a estria olfatória lateral. - A Estria olfatória medial (via inconsciente) segue para a área septal (área subcalosa) que está relacionado ao sistema límbico. Estímulos sexuais, fome e sede estimulam essa área. - A parte do olfato que é consciente vem pela estria olfatória lateral que vai para região de úncus e giro parahipocampal (área olfatória primária). OBS: úncus = córtex piriforme; giro parahipocampal = córtex entorrinal. PECULIARIDADES DA VIA: - Neurônio 1 localiza-se em uma mucosa e não em um gânglio. - Não faz sinapse com o tálamo. - É totalmente homolateral. - O olfato tem essa entrada direta para o sistema límbico (estria olfatória medial), sem ter que passar pelo tálamo (diferente dos outros sentidos). Gustação - A superfície toda da língua é capaz de sentir todos os sabores, no entanto tem maior concentração dos botões gustativos de diferentes sabores em determinados pontos - Calículos Gustatórios (Botões gustatórios): Estão localizados em expansões da superfície da mucosa da língua denominadas Papilas gustatórias (acúmulo dos botões). E esses calículos aparecem incluídos no epitélio da mucosa da língua. - Papilas filiformes que formam a maior parte da língua não tem botões gustativos, tem esse formato cônico para facilitar a apreensão de alimentos e ficar mais próximo das papilas com botões gustativos. Nervos responsáveis pela sensibilidade gustativa: Nervo facial-intermédio: - Sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores da língua - Suas fibras aferentes seguem com o nervo lingual, e ao penetrar o forame estilomastoideo, formam o nervo corda do tímpano. - O corpo celular do neurônio está no gânglio geniculado (dentro da parte petrosa do osso temporal). O prolongamento periférico atravessa a orelha média entre os ossículos da audição, penetra na cavidade timpânica, passa pelo processo mastoideo, e pelo forame estilomastóideo, se unindo ao nervo trigêmeo para formar o nervo lingual por um curto trajeto, depois se separa e inerva 2/3 anteriores da língua como nervo corda do tímpano. O prolongamento central segue junto com os nervos coclear e vestibular, segue em direção ao meato acústico interno e penetra no tronco encefálico pelo sulco bulbopontino. - Nervo lingual (dá sensibilidade geral e gustatória) dos 2/3 anteriores da língua é composto por: fibras do ramo mandibular do nervo trigêmeo e nervo corda do tímpano (ramo do n. facial intermédio). - Ramo mandibular do nervo trigêmeo passa pelo forame oval. Esses ramo nos 2/3 anteriores da língua, ele dá sensibilidade geral pra a língua (ex: dor). Nervo Glossofaríngeo - Sensibilidade geral e gustativa no 1/3 posterior. - O corpo celular está no gânglio inferior do nervo glossofaríngeo (gânglio petroso). O prolongamento periférico passa pelo forame jugular e inerva o 1/3 posterior da língua. O prolongamento central segue até o sulco lateral posterior no bulbo. Nervo Vago - O prolongamento periférico inerva a epiglote e suas fibras aferentes chegam ao gânglio inferior do X par (nodoso), perto do forame jugular. O prolongamento central segue ao sulco lateral posterior do bulbo. Via gustatória: - Receptores nos botões gustativos: células epiteliais especializadas dos calículos gustatórios (nas papilas cincunvaladas, folhadas e fungiformes). - Chegando até esses receptores tem o prolongamento periférico do neurônio 1 que está na composição do nervo lingual, nervo glossofaríngeo, nervo vago. E o corpo desse neurônio 1 está em gânglios diferentes.OBS: Neurônio 1: no gânglio geniculado (do nervo facial- intermédio); no gânglio inferior do nervo glossofaríngeo (= gânglio petroso); no gânglio inferior do nervo vago (=gânglio nodoso). - O prolongamento central desse neurônio 1 vai atravessar pelos forames. Nervo corda do tímpano passa pelo forame estilomastoide e os nervos glossofaríngeo e vago passam pelo forame jugular. Atravessam o crânio para fazer sinapse com o neurônio 2 no núcleo do trato solitário (no bulbo). - Algumas seguem para o mesmo hemisfério (mesmo lado). Neurônio 2 então sai e segue em direção ao tálamo onde faz sinapse com o neurônio 3 no núcleo ventral póstero-medial do tálamo (no pulvinar do tálamo- região abaulada acima dos colículos superiores). As fibras seguem para os giros longos da ínsula, na parte posterior do lobo insular (Área gustatória primária). - Outras fibras cruzam o plano mediano no nível da ponte (heterolateral), encontrando o neurônio 3 no núcleo ventral póstero-medial do tálamo e seguindo para os giros longos da ínsula, na parte posterior do lobo insular (área gustatória primária). - Cada metade da língua vai ter uma representação no hemisfério esquerdo e no direito (cada um dos hemisférios sentem os dois lados da língua).
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