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Durante a formação do tubo neural, em embriões de cerca de três semanas e meia, na região de fusão das pregas neurais, células se desprendem da superfície e migram para as laterais do tubo neural, essas células constituem a crista neural. A crista neural se forma até no mínimo quatro semanas e meia, no encéfalo, e durante muito mais tempo na medula espinhal. Formação do encéfalo O encéfalo começa a se desenvolver durante a terceira semana, quando a placa e o tubo neural estão se desenvolvendo do neuroectoderma. O tubo neural, cranial ao quarto par de somitos, se desenvolve no encéfalo. A fusão das pregas neurais na região cranial e o fechamento do neuroporo rostral formam três vesículas encefálicas primárias , das quais se desenvolve o encéfalo. Durante a quinta semana, o prosencéfalo se divide parcialmente em duas vesículas encefálicas secundárias, o telencéfalo e o diencéfalo ; o mesencéfalo não se divide. O rombencéfalo se divide parcialmente em duas vesículas, o metencéfalo e o mielencéfalo . Consequentemente, há cinco vesículas encefálicas secundárias. Formação das meninges A dura-máter é proveniente do mesênquima que circunda o tubo neural A Pia-máter e a aracnóide são derivadas das células da crista neural. O líquido cerebroespinhal (LCE) embrionário começa a se formar durante a 5ª semana , produzido pela tela corióide dos ventrículos laterais, 4º ventrículo e 3º ventrículo. Formação da medula espinhal Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão das pregas neurais, o tubo neural é constituído por células neuroepiteliais , que formam a camada neuroepitelial ou neuroepitélio. Com o tubo neural fechado, as células neuroepiteliais dão origem a outro tipo celular, as c élulas nervosas primitivas ou neuroblastos , que formam a camada do manto. Esta camada, por sua vez, forma a camada marginal. Por volta de 8 a 10 semanas, a medula espinhal é parecida com a do adulto. No embrião, a medula espinhal estende-se por todo o comprimento do canal vertebral, mas a coluna vertebral e a dura-máter crescem mais rapidamente , e a extremidade caudal da medula espinhal coloca-se gradualmente em níveis relativamente mais altos. No recém-nascido, a medula termina na vértebra L3 ; e no adulto, na borda inferior da primeira vértebra lombar. Abaixo de L2, uma extensão filiforme da pia-máter dá origem ao filamento terminal, que se fixa ao periósteo da primeira vértebra coccígea. As raízes nervosas inferiores à extremidade terminal da medula espinhal, o cone medular, formam um feixe de raízes nervosas, a cauda equina. A dura-máter continua fixada à coluna vertebral até o cóccix. Espinha bífida: defeito do tubo neural na região espinhal, causada por uma divisão dos arcos vertebrais , podendo ou não envolver o tecido neural subjacente. A ingestão de ácido fólico com início dois meses antes da concepção e durante pelo menos até os 3 primeiros meses de gestação podem diminuir em até 70% a incidência de defeitos no tubo neural. Pode ser de dois tipos: Espinha bífida oculta : ocorre por um defeito no crescimento das metades do arco vertebral e da sua fusão no plano mediano na região lombossacra (L4 a S1). Esse defeito é coberto pela pele e geralmente não envolve o tecido neural subjacente. Pode ser marcado por um tufo de pêlos sobrejacente à região afetada. Espinha bífida cística : ocorre protrusão da medula espinha l e/ou das meninges através do defeito no arco vertebral e na pele. É geralmente acompanhada de déficit neurológico, dependendo do local da lesão, com perda de sensibilidade e paralisia completa ou parcial de músculos. - Se o saco contém meninges junto com o líquido cerebroespinhal, a anomalia é chamada de espinha bífida com meningocele . - Se o saco contém medula espinhal e/ou raízes nervosas, a anomalia é chamada de espinha bífida com meningomielocele . - Se as pregas neurais não se elevam, permanecendo como uma placa de tecido neural, a anomalia se denomina espinha bífida com mielosquise . Neuroanatomia básica O sistema nervoso pode ser dividido em central e periférico, de acordo com a localização das estruturas. Sistema nervoso central é aquele que se localiza dentro do esqueleto axia l, e sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esquelet o. O sistema nervoso central ainda pode ser dividido em encéfalo e medula. Em suma, o encéfalo, ainda apresenta divisões que vêm principalmente de origens embriológicas. Nesta divisão, o nome das vesículas primordiais que lhe dão origem é considerado. Pode ser dividido ainda funcionalmente (somático x visceral), e em nível através, da evidência da segmentação pelos nervos que emergem do sistema, ou seja, aquelas estruturas que estão acima desta segmentação são suprassegmentares , o oposto seria segmentares. Encéfalo- cérebro, tronco encefálico e cerebelo Cérebro- Telencéfalo e diencéfalo Telencéfalo- giros, sulcos, corpo caloso, comissura anterior, fórnix e etc. Diencéfalo- hipotálamo, comissura anterior, aderência intertaâmica e etc. Tronco encefálico - Mesencéfalo, ponte e bulbo. Tecido nervoso Tecido e as células que o compõe, é o componente básico de qualquer sistema, e não diferente o sistema nervoso se compreende em basicamente dois tipos celulares- neurônios e célula da neuroglia , sendo o primeiro a unidade funcional. Neurônios É considerado a unidade funcional do sistema nervoso, composto de: ● Corpo celula r O corpo celular é local de recepção de estímulos através de contatos sinápticos. É parecido com uma célula comum, com a presença de núcleo de organelas necessárias para suprir a atividade neural, seu tamanho pode variar, e sua função se dá principalmente para a transcrição proteica. Os ribossomos podem se concentrar em pequenas áreas citoplasmática onde ocorrem livres ou aderidos a cisternas do retículo endoplasmático. Sendo assim, na microscopia, veem-se grupos basófilos, chamados de corpúsculos de Nissl ou substância cromidial. ● Dendritos São ramificações finas que advém do corpo celular e recebe as informações provenientes das células, traduzindo em alterações de potencial de repouso da membrana, além de a superfície de contato do neurônio. A área de superfície do dendrito pode se expandir ainda mais pela presença de espinhos dendríticos , que pode ter comportamento independente produzindo inclusive suas próprias proteínas, sendo inclusive associadas ao processo de linguagem e memória. ● Axônio É um prolongamento de uma célula nervosa que conduz informações, geralmente se ramificando lateralmente, formando os neurônios colaterais . No final do axônios encontra-se uma dilação, que contêm mitocôndrias e vesículas, chamada terminal axonal . Em alguns neurônios, apesar de que a maioria realizar sinapses químicas, existem estruturas para a realização de sinapses elétricas, as chamadas junções comunicantes, que conectam as suas células. Outrossim, o citoplasma dos axônios não temorganelas, somente microtúbulos e microfilamentos, que auxiliam no transporte de material para o terminal axonal, essa mobilização é chamada de transporte axonal, este sendo dividido em transporte rápido (microtúbulos) e lento (fluxo citoplasmático). Durante o transporte rápido, ocorre uma utilização de ATP intensa, pois as estruturas dependem deste para continuar conectado a estrutura transportadora. (anterógrado/retrógrado ). O citoplasma do terminal axonal difere daquele presente no restante do axônio em várias características: 1. Microtúbulos não se estendem ao terminal sináptico. 2. O terminal sináptico contém numerosas bolhas pequenas, envoltas por membranas, chamadas vesículas sinápticas, que medem aproximadamente 50 nm de diâmetro. 3. A superfície interna da membrana de uma sinapse apresenta um revestimento particularmente denso de proteínas. 4. O terminal apresenta numerosas mitocôndrias, indicando uma alta demanda de energia no local Estudar neurônios é relativamente fácil, mas eles podem se divididos de muitas formas de acordo com diversos fatores que vão se apresentados a seguir. Baseada no número de ramificações Multipolares Possui vários dendritos e um axônio Bipolares Possui dois prolongamentos, um dendrito e um axônio Pseudounipolares Cujos os corpos celulares não se apresentam em paralelo, apenas um prolongamento deixando o corpo, este dividindo em central e periférico. Baseada nos dendritos (bem chulo) Células estreladas Forma de estrela Células piramidais Forma de pirâmide Baseado nas conexões Sensoriais Chegam ao sistema nervoso por meio dos neurônios que apresentam dendritos nas superfícies sensoriais do corpo, como a pele e a retina dos olhos. Motores Neurônios apresentam axônios que formam sinapses com os músculos e comandam os movimentos. Interneurônios Neurônios do sistema nervoso forma conexões apenas com outros neurônios. Glia As células da glia , geralmente chamadas neuróglia , gliócitos ou simplesmente glia , são células não neuronais do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios. ● Astrócitos: São as células mais numerosas da glia e altamente ramificadas, estas células preenchem espaços entre os neurônios e se comunicam entre si através de junções comunicantes. Um papel essencial dos astrócitos é a regulação do conteúdo químico do espaço extracelular . Os astrócitos também apresentam, em suas membranas, proteínas especiais , as quais removem ativamente os neurotransmissores da fenda sináptica. Uma descoberta recente é que a membrana dos astrócitos também apresenta receptores para os neurotransmissores que, assim como nos neurônios, podem desencadear eventos bioquímicos e elétricos no interior da célula glial. Sem falar no suporte nutritivo e energético que fornece aos neurônios. ● Microglia: São células específicas para o sistema imune , e assim que são ativadas removem as células danificadas e seus invasores, porém nem sempre é benéfica, liberando radicais livres , que podem ocasionar doenças neurodegenerativas. ● Células ependimárias: Tipo celular que cria uma camada chamada epêndima com permeabilidade seletiva , além de ser um fonte rica em células tronco , além de auxiliar a produzir líquido cefalorraquidiano. https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central ● Oligodendrócitos e células de schwann: Essas células gliais formam as camadas de membrana que isolam os axônios , chamado mielina. A bainha de mielina é interrompida periodicamente, deixando pequenos espaços onde a membrana axonal está exposta. Essa região é chamada de nódulo de Ranvier. Os oligodendrócitos e as células de Schwann diferem em sua localização e em outras características. Por exemplo, os oligodendrócitos são encontrados apenas no sistema nervoso central (encéfalo e medula) , enquanto as células de Schwann são encontradas exclusivamente no sistema nervoso periférico (partes fora do crânio e coluna vertebral) . Outra diferença é que um único oligodendrócito contribui para a formação da mielina de vários axônios , enquanto cada célula de Schwann mieliniza apenas um fragmento de um único axônio. Sinapse Os neurônios conhecidos acima, através das terminações de sues axônios, entram em contato com outros neurônios, passando a informação para as demais células. Basicamente, a sinapse vai ser um espaço em que o processo de transmissão acontece, o neurônio que transmite é o pré-sináptico e o que transfere é o pós-sináptico. Existem dois tipos de sinapses de acordo com o componente de transmissão. Sinapses Elétricas: Ocorre em sítios especializados chamados junções comunicantes , essa junção estreita é atravessada por grupos de proteínas especiais denominadas conexinas . Seis conexinas reunidas formam o canal denominado conéxon , e dois conexons (um em cada célula) combinam se para formar um canal de junção comunicante . Esse canal permite que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma da outra célula. A maioria das junções comunicantes permite que a corrente iônica passe adequadamente em ambos os sentidos, sendo assim, as sinapses elétricas são bidirecionais. Quando dois neurônios estão acoplados, o potencial de ação no neurônio pré-sináptico induz um pequeno fluxo de corrente iônica para o outro neurônio através da junção comunicante. Sinapses químicas As membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são separadas por uma fenda, chamada de fenda sináptica. Esta é preenchida com uma matriz extracelular de proteínas, e uma das funções dessa matriz é manter a conexão entre as membranas pré e pós sinápticas . O lado pré-sináptico da sinapse, também chamado de terminal axonal. O terminal típico contém dúzias de pequenas organelas esféricas delimitadas por membranas, denominadas vesículas sinápticas . Essas vesículas armazenam neurotransmissores . No lado pré-sináptico, proteínas se projetam no citoplasma ao longo da face intracelular da membrana. As proteínas e a membrana de onde se projetam são de fato os sítios de liberação de neurotransmissores , denominados zonas ativas . A densidade pós-sináptica contém os receptores para os neurotransmissores , os quais convertem os sinais químicos intercelulares em um sinal intracelular na célula pós-sináptica No SNC, os vários tipos de sinapse podem ser diferenciados pela parte do neurônio que serve de contato pós-sináptico ao terminal axonal. Se a membrana pós-sináptica está localizada em um dendrito, a sinapse é dita axodendrítica . Se a membrana pós-sináptica localiza-se no corpo celular , a sinapse é dita axossomática . Em alguns casos, a membrana pós-sináptica está em outro axônio , e essas sinapses são chamadas axoaxônicas Em certos neurônios especializados, os dendritos formam sinapses com dendritos de outros neurônios, sendo denominadas sinapses dendrodendríticas . = Neurotransmissores Grande parte dos neurôniosno SNC recebe diversos sinais distintos de entrada sinápticas que ativa diferentes combinações de canais iônico/receptores. Os neurônios pós-sinápticos integram todo esse complexo de sinais químicos e iônicos e dão origem a uma única forma de sinal de saída: potenciais de ação . A integração sináptica é o processo pelo qual múltiplos potenciais sinápticos se combinam em um neurônio pós-sináptico. A somação dos potenciais excitatórios , são representação da mais simples forma de integração sináptica no SNC. Há dois tipos de somação: espacial( é a soma dos potenciais em resposta a estímulos provenientes de diferentes locais) e temporal (é a soma de potenciais em resposta a estímulos do mesmo local). Impulso nervoso Sinalização elétrica nos neurônios O tecido nervoso é considerado um tecido excitatório , por conta da sua habilidade em propagar sinais elétricos. No geral, todas as células vivas têm um potencial de membrana e os dois principais fatores que interferem nesse potencial, a distribuição desigual de íons através da membrana celular e as diferenças de permeabilidade de membrana para esses íons. A regulação dos potenciais de membrana em repouso das células vivas, se dá primeiramente através do gradiente de concentração de K+ e permeabilidade de alguns íons. Quando se fala em neurônios, a membrana celular é levemente permeável ao sódio, se ocorre uma permeabilidade intensa ao íon, o Na+ entra na célula a favor do seu gradiente. Essa adição de íon positivamente carregado despolariza a célula gerando o sinal elétrico . ● Canais iônicos: É a maneira mais fácil de permitir a entrada e saída de íons. Desta forma, existem quatro tipos de canais predominantes nos neurônios: 1. Canais de Na+ 2. Canais de K+ 3. Canais de Ca+ 4. Canais de Cl- Existindo variações de controle, entre mecânico, dependentes de ligantes e os dependentes de voltagem, este último sendo os mais comuns. ● Fluxo da corrente: A corrente é o fluxo de cargas elétricas, ou simplesmente falando, são cargas elétricas em movimento, e quanto menor a resistência biológica maior a corrente. Sendo duas principais resistência biológicas as geradas pelo citoplasma e pela membrana. As alterações de voltagem ao longo da membrana podem ser de dois tipos: potencial graduado (1) e potencial de ação (2) . 1. são sinais de força que percorrem curtas distâncias , perdendo a força ao decorrer do caminho, ocorrendo a possibilidade de gerar um potencial de ação dependendo da força suficiente, atingindo a zona de gatilho , que em sua grande parte são os cones de implantação. Sendo estes potenciais que ativam a ação, potenciais excitatórios . (inibitórios= hiperpolarizantes) 2. Grande despolarizações que são breves e percorrem longas distâncias sem perder força, tem a capacidade de gerar os canais para os demais neurônios. Funcionamento com exemplo: Um estímulo inicia um potencial graduado sublimiar, quando chega a zona de gatilho, assim o estímulo não é forte o suficiente para gerar o potencial de ação. Porém, quando atinge o nível de gatilho, o potencial graduado chega na zona e inicia o potencial de ação que gera uma resposta contínua elétrica. O potencial de ação se inicia quando os canais iônicos dependentes de voltagem se abrem alterando a permeabilidade da membrana para Na+ e K+. Em suma, o potencial propriamente dito pode ser dividido em fases. 1. Fase ascendente : Marcado pelo aumento súbito e temporário da permeabilidade da membrana para Na+, e tudo se inicia com um potencial graduado que chega a zona de gatilho e atinge o valor supralimiar, sendo assim o potencial de membrana vai ser positivo. 2. Fase descendente: Investe no aumento da permeabilidade de K+ ,a grande diferença entre a última fase é que o canal iônico de potássio tem uma resposta mais lenta de abertura e fechamento. Quando os canais de sódio se fecham, os de potássio acabaram de se abrir, e por conta a lentidão do fechamento do canal pode ocorrer uma hiperpolarização. Em resumo, o potencial de ação é uma alteração no potencial de membrana que ocorre quando canais iônicos dependentes de voltagem se abrem, inicialmente aumentando a permeabilidade da célula ao Na (que entra) e posteriormente ao K (que sai). O influxo (movimento para Meninges, ventrículos e líquor O sistema nervoso central é coberto por membranas de tecido conjuntivo denominada meninge. Classificadas em- Dura máter Tem origem do mesênquima, por volta do 20ª ao 35ª dia, é considera a membrana mais superficial, rica em fibras colágenas, muito vascularizada e a única que tem terminações nervosas. Seu tecido é formado por epitélio simples pavimentoso da superfície externa e tecido conjuntivo denso. Apresenta dois folhetos, um interno e outro externo , o primeiro formam pregas que dividem a cavidade estruturas, e o segundo está intimamente associada ao periósteo, e não tem capacidade osteogênica. Aracnoide Tem origem leptomeninge, muito delicada e justa posta a dura máter interna, e se separa da pia mater formando trabéculas aracnóideas . No espaço entre a pia e a aracnoide ocorre a circulação de líquido cefalorraquidiano, formando cirternas que armazenam esse líquido. Em especial em certas partes da aracnóide existem granulações, que são mais abundantes acima do seio sagital superior, e reabsorve o líquor por meio de grandes vacúolos os corpos de Pacchiomi Pia máter Tem origem da leptomeninge, mais interna das meninges e está aderida ao tecido do cérebro, sua superfície mais profunda recebe números prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, formando a membrana pio-glial . Ela também acompanha os vasos que adentram na estrutura a partir do espaço subaracnóideo, envolvendo os vasos, formando os espaços perivasculares . plasma pelos plexos coroides, ou sendo ativamente secretado pelo epitélio ependimário. Existindo mecanismos de transporte específicos, envolvendo transporte ativo de NA+Cl-, através das células ependimárias dos plexos corióides, acompanhado de certa quantidade de água necessária à manutenção do equilíbrio osmótico. *existem plexos corióides nos ventrículos laterais e no tecto do III e IV ventrículos. *ventrículos laterais contribuem com o maior contingente liquórico. Caminho percorrido- Ventrículos produzem líquor, que passa ao III ventrículo pelos forames interventriculares e daí ao IV ventrículo através do aqueduto cerebral e através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o liquor formado no interior dos ventrículos ganha o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido através das granulações aracnóideas que se projetam no interior dos seios da dura-máter . No espaço subaracnóideo da medula, o liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois há reabsorção liquórica nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.Hidrocefalia Caracterizam por um aumento da quantidade e da pressão do liquor, levando a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso de encontro ao estojo ósseo, com consequências muito graves. Existem dois tipos de hidrocefalias: comunicantes e não-comunicantes . - As hidrocefalias comunicantes resultam de um aumento na produção ou deficiência na absorção do liquor, devidos a processos patológicos dos plexos corióides ou dos seios da dura-máter e granulações aracnóideas. As hidrocefalias não-cominicantes são muito mais frequentes e resultam de obstruções no trajeto do liquor, o que pode ocorrer nos seguintes locais: a) forame interventricular, provocando dilatação do ventrículo lateral correspondente. Os ventrículos são cavidades do sistema nervoso central, formadas pela dilatação do tubo neural durante a embriogênese, responsáveis pela produção e circulação do líquido cerebrospinal. No sistema ventricular há quatro cavidades: dois ventrículos laterais, o III ventrículo e o IV ventrículo . O líquido cerebrospinal é produzido por células da superfície ventricular, as células ependimárias , e por plexos corióideos , formações presentes no interior dos ventrículos, constituídas por células ependimárias enoveladas em torno de vasos sanguíneos, que produzem a maior quantidade de líquido cerebrospinal. Telencéfalo Definição- compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. - Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares. - A fissura longitudinal não divide completamente o telencéfalo, pois o corpo caloso une os dois hemisférios por meio de fibras comissurais. ● Corpo caloso- é a maior das comissuras inter-hemisféricas . É formado por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. - Tronco do corpo caloso- uma lâmina branca arqueada dorsalmente. - Esplênio do corpo caloso- dilatação posterior - Joelho do corpo caloso- flete anteriormente em direção da base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. - Rostro do corpo caloso- o joelho se afina para formar o , que se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a comissura anterior. Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina terminal , delgada lâmina de substância branca que também une os hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. ● Septo Pelúcido: Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais. Na parte medial do cérebro , existem dois sulcos que passam do lobo frontal para o lobo parietal: Sulco do Corpo Caloso : começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, com o sulco do hipocampo. Sulco do Cíngulo : tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza a margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua posteriormente em direção ao sulco parieto-ocipital. Sulco Paracentral : Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem superior do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco marginal, o lóbulo paracentral. Lobo frontal Sulcos- pré-central, frontal superior e frontal inferior. Giros- pré-central, frontal superior, frontal médio e frontal inferior. Lobo temporal Sulcos- Temporal superior e temporal inferior. Giros- Temporal superior, médio e inferior. Sulcos- Occipito-temporal, colateral, rinal, hipocampo e calcarino Giros- Úncus, temporal inferior, occipito-temporal medial e lateral, parahipocampal, ístmo do cíngulo. Lobo parietal Sulcos- pós-central e intraparietal. Giros- pós-central, parietal superior e inferior. Sulcos- Corpo Caloso, Cíngulo e Paracentral Giros- Cíngulo, Paracentral, pré-cuneos e frontal superior Lobo da ínsula Giro do cíngulo- contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo. Lóbulo paracentral- localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. Pré-cúneos- está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no lobo parietal. Giro frontal superior- já foi descrito acima, no estudo da face lateral do cérebro. Vascularização De forma geral, quatro pares de artérias suprem a cabeça e pescoço: - a artéria carótida comum e a artéria vertebral. - o tronco tireocervical e o tronco costocervical (estes três ramos advindos de cada subclávia). A maioria das partes da cabeça e do pescoço recebe seu sangue das artérias carótidas comuns direita e esquerda, que sobem pela parte anterior do pescoço, bem ao lado da traqueia. Na margem superior da laringe, cada artéria carótida comum termina se dividindo em uma artéria carótida externa e interna . As artérias carótidas externas direita e esquerda abastecem a maioria dos tecidos da cabeça, externos ao encéfalo e à órbita. À medida que cada carótida externa sobe, ela emite um ramo para a glândula tireóide e à laringe, a língua, a pele e músculos anteriores da face, a parte posterior do couro cabeludo e a região em torno da orelha. Perto da articulação temporomandibular (ATM), cada carótida externa termina se dividindo nas artérias temporal superficial e maxilar . ● A artéria temporal superficial sobe imediatamente anterior à orelha e supre a maior parte do couro cabeludo. ● A artéria maxilar e profunda ao colo da mandíbula e no posterior à maxila,passando pelos músculos da mastigação. Um ramo clinicamente importante da artéria maxilar é a artéria meníngea média . Esse vaso entra no crânio através do forame espinhoso no osso esfenóide e supre as amplas superfícies internas do osso parietal e a parte escamosa do osso temporal, bem como a dura -máter subjacente. Dando continuidade, as artérias carótidas internas irrigam as órbitas e a maior parte do encéfalo. Cada carótida interna sobe pelo pescoço, lateralmente na faringe, e entra no crânio pelo canal carótico , no osso temporal. Desse ponto, ela segue medialmente pela parte petrosa do osso temporal , avança ao longo do corpo do osso esfenóide e faz uma curva para cima, entrando posterior ao canal óptico. Nesse local, ela emite a artéria oftálmica para o olho e a órbita e se subdivide nas artérias cerebrais anterior e média. Cada artéria cerebral anterior se anastomosa com sua parceira no lado oposto através de uma artéria comunicante anterior curta e supre as faces medial e superior dos lobos frontal e parietal. Cada artériacerebral média passa pelo sulco lateral de um hemisfério cerebral e supre as partes laterais dos lobos temporal e parietal. O suprimento sanguíneo para a parte posterior do encéfalo provém das artérias vertebrais direita e esquerda, que surgem nas artérias subclávias, na região inferior do pescoço. As artérias vertebrais sobem pelos forames nos processos transversos das vértebras cervicais C VI e C I e entram no crânio pelo forame magno. Ao longo do caminho, elas emitem ramos para as vértebras e medula espinal cervical. Dentro do crânio, as artérias vertebrais direita e esquerda se unem, formando a artéria basilar ímpar , que sobe ao longo da linha média ventral da ponte , emitindo ramos para o cerebelo, ponte e orelha interna. Artérias comunicantes posteriore s curtas conectam anteriormente às artérias cerebrais posteriores às artérias cerebrais médias . As duas artérias comunicantes posteriores e a única artéria comunicante anterior completam a formação de uma anastomose arterial chamada círculo arterial do cérebro (antes chamado de círculo de Willis) . Ao interconectar as artérias que irrigam as partes anterior, posterior, esquerda e direita do encéfalo, essa anastomose proporciona rotas alternativas para o sangue chegar às áreas do encéfalo que são afetadas, caso ocorra uma obstrução na artéria carótida ou na artéria vertebral. Circulação anterior 1. Artéria cerebral média A ACM proximal dá origem a ramos penetrantes, chamadas de artérias lenticuloestriadas, que suprem o putame, a parte externa do globo pálido, o ramo posterior da cápsula interna, a coroa radiada adjacente e a maior parte do núcleo caudado. O processo oclusivo ocorre com mais frequência por conta de êmbolo do que processo aterosclerótico, a formação de vasos colaterais leptomeníngeos impede em grande parte das vezes que a estenose da ACM torne-se com sintomas presentes. As ramificações envolvem a região cortical lateral exceto, o polo frontal e a faixa superior e média, de interconexão entre os lóbulos frontal e parietal, este supridos pela artéria cerebral anterior; e as conecção entre os lobos temporal e occipital, que é abrangida pela artéria cerebral posterior. Na fissura de Sylvius, em grande maioria a ACM se divide em inferior e superior, a primeira abrangendo o córtex parietal inferior e temporal, enquanto o segundo atinge o córtex frontal e parietal superior. Se houver oclusão de toda a ACM em sua origem e as colaterais distais forem limitadas, os achados clínicos são: - hemiplegia contralateral: paralisia de um lado do corpo. - hemianestesia : ausência de sensibilidade em uma das metades do corpo. - hemianopsia homônima: defeito visual que afeta igualmente a ambos olhos, e ocorre tanto à esquerda ou direita da linha média do campo visual. - Disartria : s ão consegue articular e pronunciar bem as palavras devido a uma alteração no sistema responsável pela fala. Q uando o hemisfério dominante é comprometido, também se observa afasia global , e quando o hemisfério não dominante é afetado detectam-se anosognosia ( incapacidade de uma pessoa ter consciência de sua própria doença) , apraxia construcional ( é a incapacidade de construir figuras geométricas, montar quebra-cabeças ou desenhar um cubo ou outras figuras geométricas) e negligência . A oclusão de um vaso lenticulostriate produz AVE de pequeno vaso (lacunar) dentro da cápsula interna. Isto gera AVE motor puro ou sensorimotor contralateral à lesão. A isquemia dentro do joelho da cápsula interna causa fraqueza principalmente facial seguida de fraqueza do braço e depois da perna à medida que a isquemia se desloca posteriormente dentro da cápsula. 2. Artéria cerebral anterior Divide-se em dois segmentos: o polígono de Willis pré-comunicante ( tem diversos ramos profundos que suprem a necessidade sanguínea da cápsula interna anterior, da amídala, da substância perfurada anterior, hipotálamo anterior e a parte mais inferior do núcleo caudado), e segmento pós-comunicante. A oclusão da ACA proximal costuma ser bem tolerada, em virtude do fluxo colateral através da artéria comunicante anterior e de colaterais através da ACM e da ACP. Se ambos os segmentos A2 derivarem de um tronco encefálico anterior único, a oclusão pode afetar ambos os hemisférios. Ocorrem abulia profunda (retardo nas respostas verbais e motoras) e sinais piramidais bilaterais com paraparesia ou tetraparesia e incontinência urinária). 3. Artéria coroidal anterior Advém da artéria carótida interna, e irriga o ramo posterior da cápsula interna, e substância branca póstero-lateral a ela, atingindo as fibras geniculocalcarinas. A síndrome completa de oclusão da artéria coroidal anterior consiste: - hemiplegia contralateral - hemianestesia (hipoestesia) - hemianopsia homônima Mediante a irrigação sanguínea de outras artérias na região , podem ocorrer efeitos mínimos e, com frequência os pacientes tem recuperação substancial. 4. Artéria carótida interna Seus sintomas e agravos variam segundo o grau de isquemia. Se o trombo propagar-se até a artéria carótida interna e daí para a ACM, ou embolizá-la, os sintomas são idênticos aos da oclusão da ACM proximal . Quando as origens da ACA e da ACM são ocluídas no topo da artéria carótida, ocorrem abulia ou estupor com hemiplegia, hemianestesia e afasia ou anosognosia . Em cerca de 25% dos casos de doença sintomática da carótida interna, cegueira monocular transitória (amaurose fugaz) recorrente alerta para a presença da lesão, tudo isto por meio da artéria oftálmica. 5. Artéria carótida comum Todos os sinais e sintomas de oclusão da carótida interna também podem acompanhar a oclusão da artéria carótida comum. Circulação posterior 1. Artéria cerebral posterior Comumente se observam duas síndromes clínicas na oclusão da ACP: (1) síndrome de Pl : sinais mesencefálicos, subtalâmicos e talâmicos . Pode sobrevir paralisia do terceiro nervo craniano (oculomotor) com ataxia contralateral (síndrome de Claude/núcleo rubro) ou hemiplegia contralateral Quando uma artéria vertebral sofre atresia e uma lesão aterotrombótica ameaça a origem da outra, a circulação colateral, que também pode incluir fluxo retrógrado a partir da artéria basilar, muitas vezes é insuficiente . Nesse contexto, podem ocorrer AIT por hipofluxo, consistindo em síncope, vertigem e hemiplegia alternada; esse estado também prepara o terreno para trombose. 3. Artéria basilar Um estado de "encarceramento" (locked-in) com preservação da consciência, tetraplegia e sinais dos nervos cranianos sugere um infarto completo da ponte e do mesencéfalo inferior. Os AIT na distribuição da artéria basilar proximal podem provocar vertigem (muitas vezes descrita pelo paciente como "sensação de estar nadando", "oscilação': "deslocamento", "instabilidade'' ou "sensação de cabeça oca'). Outros sintomas que alertam para trombose basilar incluem diplopia, disartria, dormência facial ou perioral e sintomas hemissensoriais. Em geral, os sintomas de um AITdos ramos basilares afetam um dos lados do tronco encefálico, enquanto os sintomas de um AIT da artéria basilar em geral afetam ambos os lados, embora se tenha enfatizado a existência de hemiparesia "de alerta' como sintoma inicial de oclusão basilar. Com maior frequência, os AIT, independentemente de serem secundários a oclusão iminente da artéria basilar ou de um ramo basilar, tem curta duração ( 5 a 30 minutos) e são repetitivos, ocorrendo várias vezes ao dia. Artéria Região Sintomas Artéria cerebral média (ACM) -Irriga as regiões temporais e limites entre frontal, parietal e occipital. -Suprem o corpo estriado e parte do globo pálido. -Ainda supre o córtex insular. -Atinge as regiões do: córtex motor, córtex sensitivo e centro da fala. → Área motora primária: atividade voluntária → Área sensitiva primária: sensibilidade/percepção tátil → Área da Broca: fluidez da linguagem. → Área de Wernicke: área responsável pela compreensão do que se é ouvido e/ou lido. Área de interpretação da linguagem. → Cápsula interna: associação dos membros inferiores com superiores. -Afasia (quando o hemisfério dominante é lesado); - Hemiplegia e/ou hemiparesia contralateral, mais acentuada na face e membro superior; - Hemianopsia homônima. Artéria cerebral anterior (ACA) -Abrange a região medial do cérebro e a porção mais superior da face súpero- lateral de cada hemisferio -Parte do giro pré e pós central, responsáveis pela inervação da região da PERNA e PÉ. → Área motora primária: motricidade voluntária nos membros inferiores → Área sensitiva primária: sensibilidade/percepção tátil → Giro do cíngulo: reação involuntária -Hemiparesia contralateral, mais acentuada no membro inferior; - Perda sensorial contralateral; - Alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical; - Manifestações mentais, que são mais nítidas e estáveis se o AVC for bilateral; - Alterações do comportamento, se o AVC do lobo frontal for intenso. Artéria carótida interna (ACI) -Penetra na cavidade craniana pelo osso temporal. Perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, divide-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. -Irrigam a parte anterior do encéfalo: frontal, parietal, temporal e o diencéfalo. - Cegueira monocular transitória, causada por isquemia ipsilateral da artéria retiniana. -A oclusão da artéria carótida pode ser assintomática. A oclusão sintomática resulta em uma síndrome semelhante ao AVC da artéria cerebral média (hemiplegia contralateral, déficit hemissensorial e hemianopsia homônima, além de afasia, caso o hemisfério dominante esteja envolvido). Artéria cerebral posterior (ACP) -Irrigam o córtex das áreas caudais e basais do lobo temporal e hipocampo, assim como todo córtex do lobo occipital com seu córtex visual. - Também irriga o tálamo e uma grande parte do mesencéfalo. → Áreas visuais: campo de visão (região occipital). → Tálamo: relacionado a sensibilidade, a consciência e vigilância. - Síndromes sensoriais talâmicos; - Alterações de memória (lesão bilateral); - Cegueira cortical, provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais associada à agnosia; - Ataxia . - o paciente pode apresentar anopsia (perda da visão em um olho), ou até mesmo, quadrantanopsia (apenas um quadrante de todo o campo visual). - A oclusão da artéria cerebral posterior produz uma hemianopsia homônima afetando o campo visual contralateral. -Nas oclusões junto ao nível do mesencéfalo, as anormalidades oculares podem incluir paralisia do olhar vertical, paralisia do nervo oculomotor (III), oftalmoplegia internuclear e desvio de inclinação vertical dos olhos. -Quando a oclusão da artéria cerebral posterior afeta o lobo occipital do hemisfério dominante (que geralmente é o esquerdo), os pacientes podem apresentar afasia anômica (dificuldade de denominar objetos), alexia sem agrafia (incapacidade de ler, sem comprometimento da escrita), ou agnosia visual (incapacidade de identificar objetos apresentados no lado esquerdo do campo visual, sendo causada por uma lesão do corpo caloso, que desconecta o córtex visual direito das áreas da linguagem do hemisfério esquerdo). Artéria vertebral e cerebelar posterior -As artérias vertebrais seguem em direção ao encéfalo a partir das artérias subclávias. Passam pelas primeiras seis vértebras cervicais e penetram no crânio pelo forame magno. Fundem –se para constituir a artéria basilar. -Percorre a ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. Artéria basilar -A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. - O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqUentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo. - Hemiplegia contralateral ou tetraplegia - Paralisia facial; - Disartria e disfagia; - Síndrome de Hormes homolateral; - Perda de consciência e presença de vertigem. - O envolvimento da porção dorsal (tegumento) da ponte produz uma paralisia unilateral ou bilateral do nervo abducente (VI); os movimentos oculares horizontais estão comprometidos, mas nistagmo vertical e bobbing ocular podem estar presentes. As pupilas estão contraídas como resultado do envolvimento de fibras pupilodilatadoras simpáticas descendentes na ponte, mas podem permanecer reativas. -Hemiplegia ou quadriplegia em geral estão presentes; o coma é comum. Medula espinhal Limites e características - Bulbo acima do forame magno - Termina no cone medular (L1-L2), ocupa dois terços do canal vertebral - Cauda equina - abaixo do cone - Ligamento denteado- superfície lateral entre raízes posterior do cóccix - Fissura mediana anterior - Sulco mediano posterior (até subst. cinzenta)/ sulco intermédio posterior - Sulco lateral posterior- zona de entrada das raízes posteriores - Intumescência cervical (forma plexo braquial) e lombar (forma plexo lombar L11 a L4 e plexo sacral L4 a S2) - Raiz posterior tem gânglio- dentro do forame intervertebral - Raiz posterior e anterior se junta após o gânglio e formam o nervo - 21 segmentos ● 8 cervicais ● 12 torácicas ● 5 lombares ● 5 sacrais ● 1 coccígeo Região toracolombar- ramo comunicante branco e cinzento que ligam a medula a cadeia simpática e paravertebral. Tratos espinhais O que são tratos? São feixes de fibras que tem a mesma origem e trajeto - Três funículos de substância branca na medula ● Anterior- entre a fissura mediana anterior e filamentos radiculares anteriores emergentes-- fibras ascendentes e descendentes. ● Posterior- fibras ascendentes longas-- mediana (grácil) e lateral (cuneiforme). ● Lateral- entre a entrada das raízes posteriores e anteriores-- fibras ascendentes (substância cinzenta medular) e descentes (do tronco e córtex). Tratos ascendentes - Funículos posteriores - Trato espinotalâmico anterior - Trato espinotalâmico lateral - Trato espinotectal - Trato espinocerebelar posterior - Trato espinocerebelar anterior - Trato cuneocerebelar - Vias espino-olivares - Fibras espinorreticulares Funículo posterior/ vias espino-olivares - Sensibilidade tát (tatoe pressão) e cinestésica (posição e movimento) → alta capacidade de discriminação - Gânglio espinhal posterior - Núcleos grácil (lombar, sacral e 5 torácicas inferiores) e cuneiforme começa em T6) - Lemnisco medial - Tálamo- núcleo ventral póstero-lateral - Área pós-central - Algumas fibras fazem sinapse no grácil e cuneiforme e enviam fibras aos núcleos olivares acessórios (receptores cutâneos e 1b) - projetam-se ao lobo anterior cerebelo. Trato espinotalâmico anterior - Gânglio posterior - Sinapse no corno posterior - Cruzam na comissura branca anterior - Ascendem ao tálamo até o núcleo VPL, junto do leminisco medial - Parte das fibras projetam-se para substância cinzenta periaquedutal - Tato leve Trato espinotalâmico lateral - Dor e temperatura do corpo contralateral - Sinapse no corno posterior, cruzando a comissura medular anterior, vão diretamente ao tálamo- VPL, envia fibras para FOR - Organização somatotópica, temperatura mais posterior - Cordotomia- perda sensibilidade térmica e dolorosa contra-lateral Trato espinocerebelar posterior/ trato cuneocerebelar - Trato são cruzado, ascendente na porção periférica póstero-lateral da medula espinhal - Fuso Neuromuscular e órgão neurotendinoso de golgi-gânglio posterior faz sinapse no núcleo dorsal de clake e não cruza- trsto posterior- pedúnculo cerebelar inferior no bulbo- cerebelo - Coordenação delicada da postura e músculos nos movimentos de cada membro/ não atingem a cosnciência - Medula cervical- trato que ascende ao núcleo cuneiforme acessório e entra no pedúnculo cerebelar inferior Trato espinocerebelar anterior - Transmissão Impulso principalmente MMII - Orgãos neurotendinosas de Golgi- músculos sinérgicos em cada articulação - Gânglio posterior- sinapse no H medular- cruza comissura anterior- pedúnculo cerebelar superior- vérmis cerebral - Movimentos coordenado e postura de todo membro inferior Tratos reticulares ascendentes e descendetes - Fibras de origem nas cels da coluna posterior - Espalham-se por FOR - Sistema polissináptico filogeneticamente antigo - Papel na consciência comportamental/ modificação de atividade motora e sensorial e modulação da atividade elétrica cortical. Tratos descendentes - Função motora somática/ inervação visceral/ modificação do tônus muscular/ reflexos segmentares/ ransmissão central de impulsos sensoriais - Sistema cortico espinhal - Trato tectoespinhal - Trato rubroespinhal - Trato vestibuloespinhal - Trato reticuloespinhal - Fascículo longitudibal medial - Vias autônomas descendentes - Fascículos próprios Tratos Corticoespinhal Trato tectoespinhal - Colículo superior- vão acompanhar ao redor da substância cinzenta periaquedutal, atravessam decussão tegmentar dorsal e descem junto a rafe mediana, anterior ao FLM - medeia movimentos posturais reflexos em respostas a estímulos visuais e auditivos Trato rubroespinhal - Núcleo rubro recebe fibras do córtex motor e cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior - Cruzam a decussação tegmental ventral e descendem anterior ao trato córtico-espinhal - Terminam no H medular - Estimula neurônios motores alfa contralaterais do flexores e inibe extensor- controle do tônus dos músculos flexores. Trato vestibuloespinhal - Núcleo vestibuar recebe aferências dos órgãos vestibulares e cerebelo - Trato inica-se no núcleo lateral e desce ipsilateralmente na parte anterior do funículo lateral - Influência muio mais intumescências - Exerce facilitação dos músculos extensores- facilitador do motoneurônio alfa. Vias autônomas descendentes - Terminam sobre grupos de cels viscerais- coluna intermédio-lateral ipsilateral na medula torácica e lombar e grupos de céls pré-ganglionares sacrais. - Inervam músculo liso, cardíaco, glândulas e vísceras - Núcleo de origem- hipotálamo, núcleos viscerais oculomotor, locus cerebelo, trato solitário, tegmento. Áreas funcionais do cérebro O tecido do telencéfalo se divide em substância branca e cinzenta, a primeira apresentando os prolongamentos dos axônios, e a cinzenta sendo um acúmulo de corpos celulares dos neurônios, que se encontra predominantemente no córtex (região mais externa), com exceção dos núcleos da base. - O córtex cerebral contém bilhões de neurônios organizados em seis camadas. - Brodmann mapeou o córtex cerebral em 47 áreas estruturais baseadas em variações sutis na espessura das seis camadas. No geral existem 3 tipos de áreas funcionais no córtex - Áreas sensitivas - Áreas de associação - Áreas motoras Existe uma área sensitiva para cada um dos sentidos principais, e estas se chamam córtex sensitivo primário, e cada um está ligado a uma área de associação que processa a informação sensitiva. Outras áreas de associação recebem e integram aferências de várias regiões do córtex cerebral, chamadas áreas de associação multimodais. A informação é processada através dessas regiões do córtex cerebral de acordo com a seguinte hierarquia: 1. A informação sensitiva é recebida pelo córtex sensitivo primário e a chegada dessa informação resulta na percepção do tipo de sensibilidade. 2. A informação é retransmitida para a área de associação sensitiva que atribui significado ao tipo de aferência. 3. As áreas de associação multimodais recebem aferências em paralelo de várias áreas de associação sensitiva, integrando toda aferência para criar uma compreensão completa da informação recebida. Essas regiões também integram a aferência com a experiência pregressa e desenvolvem uma resposta motora. 4. O plano motor é executado pelo córtex motor. obs.- área sensitiva e motora são diferentes de neurônios sensitivos e motores, sendo os neurônios do córtex interneurônios. Áreas sensitivas Lobos- parietal temporal e occipital. Áreas sensitivas TIPO LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO ÁREA DE ASSOCIAÇÃO Áreas visuais Na parte posterior e medial ao lobo occipital, com grande parte dentro do sulco calcarino, e é a maior área sensitiva cortical. Exibe projeção contralateral: a metade direita do campo visual é representada no córtex visual esquerdo e a metade esquerda, no córtex direito. Se essa área for danificada, a pessoa não tem percepção consciente do que está sendo visualizado e é funcionalmente cega. Circunda o córtex visual e cobre grande parte do lóbulo occipital, continua o processo de informação visual, analisando cor, forma e movimento. Áreas auditivas Na margem superior do lobo temporal, principalmente dentro do sulco temporal. Percepção consciente do som que está situado e onde a informação sonora é percebida com sua intensidade, ritmo e altura. Sua área de associação é posterior e lateral ao seu córtex, e permite a avaliação do som com a memória e identificar de que vem o som. Córtex vestibular (equilíbrio) Localizado na parte posterior da ínsula, logo abaixo do sulco lateral. Responsável pela percepção consciente do sentido de equilíbrio. - Córtex gustatório Situa-se na ínsula Ligado à percepção consciente dos estímulos do paladar. - Córtex olfatório ou piriforme Está medial ao lobo temporal, em uma pequena região chamada unco. Os nervos olfatórios transmitemimpulsos que são retransmitidos para o córtex olfatório, resultando na percepção consciente dos odores. - Áreas motoras Lobos- parte posterior do lobo frontal. Áreas Motora TIPOS LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO Córtex motor primário No giro pré-central do lobo frontal. Nessa área, existem grandes neurônios chamados células piramidais . Córtex pré-motor Antes do giro pré-central Essa região planeja e coordena movimentos complexos e retransmite o plano para o córtex motor primário visando à execução. Campo ocular frontal Anterior ao córtex pré-motor Controla os movimentos voluntários dos olhos. Área de broca Inferior do córtex pré-motor no hemisfério cerebral esquerdo. Controla os movimentos motores necessários para a fala e está conectada às áreas de compreensão da linguagem. Áreas de associação multimodais Definição- são grandes áreas que recebem estímulos sensitivos de várias modalidades de sensibilidade e das áreas de associação sensitiva, ou seja, a principal função é integrar todas estas informações. TIPOS FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO Área de associação posterior Nos lobos parietal e temporal, na interface entre as funções visual, auditiva e somestésica. Tem uma percepção unificada do tipo de sensibilidade. - Percepção espacial do corpo. O processamento visual estende-se do lobo occipital até a área de associação posterior . A informação visual segue anteriormente através dessas áreas de associação em dois fluxos. Fluxo dorsal Estende-se pelo córtex parietal posterior até o giro pré-central e percebe a relação espacial entre vários objetos. Isso é conhecido como via do “onde”, que identifica a localização dos objetos. Fluxo ventral Estende-se pela parte inferior do lobo temporal e é responsável por reconhecer objetos, palavras durante a leitura e faces (o reconhecimento facial usa apenas o hemisfério direito). Ele é conhecido como via do “que”, pois identifica o que as coisas são. Os estímulos visuais são processados por dois fluxos em paralelo, os estímulos auditivos são processados serialmente e em paralelo. Via posterolateral Através do lobo parietal até a parte lateral do lobo frontal avalia a localização de um estímulo sonoro — a via do “onde”. Via anterolateral Lobo temporal anterior até a região inferior do lobo frontal processa informações relacionadas à identificação do som −a via do “que”. Área de associação anterior Grande região anterior do lobo frontal Ela recebe informações sensitivas altamente processadas da área de associação posterior, integra essas informações às experiências pregressas por meio da conexão com a área de associação límbica (descrita a seguir) e planeja/inicia as respostas motoras graças à ligação com as regiões motoras Área de associação límbica Medialmente nos hemisférios cerebrais em partes dos lobos temporal, parietal e frontal. Ela está ligada à memória e à emoção, integra o comportamento sensitivo-motor com a experiência pregressa, ajuda a formar a memória e utiliza essa experiência anterior para influenciar a resposta motora futura. . Sistema sensitivo São conjuntos de estruturas e processos que podem captar e interpretar certos aspectos físicos ou químicos, genericamente definidos como estímulos, do meio externo ou interno de um organismo. Funções- sensação, percepção, comportamentos e controle visceral Estímulo Nada mais é que uma variação de energia, são diferentes formas de energia com diferentes sistemas sensoriais. Sensação Se define como o reconhecimento da presença do estímulo e suas propriedades básicas, resultando no funcionamento do sistema sensorial Percepção É a capacidade de dar às sensações significado e integração. Cada sistema sensorial tem uma organização hierárquica 1. Tudo começa perifericamente pelo receptor sensorial (estruturas responsáveis pela conversão do estímulo em um sinal elétrico) → potencial graduado, potencial gerador, e normalmente é despolarizante, gerando o potencial de ação no neurônio primário 2. Neurônio aferente primário (Via sensorial, que é onde o sinal atravessa) sistema ânterolateral e coluna dorsal lemnisco medial. 3. Neurônio aferente secundário 4. Neurônio aferente terciário 5. Neurônio cortical (projeção cortical)- áreas onde o sinal biológico é interpretado, gerando sensações. Receptor sensorial - Células ou partes de células com proteínas de membrana específicas, sensível ao estímulo. Podem ser- 1) Células epiteliais modificadas (células conectada sinapticamente com um neurônio sensitivo)- exemplo- pacini 2) Terminações Nervosas livres (nuas ou modificadas)- dor *Olfação o receptor é um neurônio bipolar com proteínas de membrana específica. (CÉLULAS ESPECIALIZADAS) Transdução sensorial- é a capacidade de todo receptor sensorial transformar a energia de um estímulo em um sinal biológico (sinal elétrico). Formas de energia que podem atuar sobre os receptores, de acordo com sua especificidade. - Estímulo adequado, é aquele ao qual o receptor está melhor adaptado a detectar O mecanismo de transdução depende do receptor, e quase sempre há alterações no potencial de membrana do receptor (potencial gerador), a grande maioria é despolarizante. Assim, o fenômeno elétrico gerado na membrana receptiva deflagra um potencial de ação que se propaga pelas vias sensitivas aferentes e processamento nos diferentes níveis do SNC. - Só começa a ter potencial de ação na células ganglionar De acordo com a intensidade do estímulos ele pode ser classificado em- Estímulo subliminar, limiar e supralimiar . Limiar sensorial não é obrigatoriamente o mesmo, podendo ser alterado por diferentes fatores, sendo eles psicológicos, emocionais, motivacionais, podendo ser elevado ou reduzido. Até mesmo a constituição genética e a experiências vividas. - Limiar varia durante o ciclo menstrual Codificação sensorial- cada estímulo possui um número mínimo de atributos que devem ser informados às áreas sensoriais centrais para gerar uma sensação útil, inclusive já está incluso os tipos de estímulo, modulando a codificação por intensidade. Agora, como o sistema codifica isso? sendo que os potencial de ação não vai ter variável, sendo máximo enquanto está ativo? Como se identifica essas características se as ondas são iguais? Não era tudo ou nada? A própria organização do sistema sensorial pode entender esses aspectos, como os atributos dos estímulos- tipos, intensidade, duração, localização- são codificados pelos impulsos nervosos - Assim os receptores com especificidade alta para identificar modalidades diferentes de energia (estímulo) - Estes por sua vez estão ligados a vias muito específicas onde trafegam os potenciais de ação originados de cada receptor. - Regiões corticais específicas que fazem a análise dessas informações A codificação ainda pode ser reconhecida de acordo com a localização do receptor. - Externoreceptores - captam sinais do meio ambiente - Internoreceptores ou viscerais- captam sinais do meio interno e das vísceras. - Proprioceptores - captam sinais dos músculos, tendões earticulações Codificação de tipo de estímulo Teoria da linha rotulada- cada receptor apresenta especificidade para um tipo de energia estimulada e está ligado a vias sensoriais e áreas sensoriais centrais específicas. Categorias sensoriais - Mecanorreceptores- estímulos mecânicos - Quimiorreceptores- estímulo químicos - Termorreceptores- estímulos térmicos - Fotorreceptores- estímulos eletromagnéticos ou luminosos - Nociceptores- diferentes formas de energia que causam lesão tecidual, sensação de dor. Como que o sistema sensorial codifica a intensidade do estímulo ? Discute-se 3 maneiras 2. Sentidos somáticos termorreceptivos estimulados por alterações na temperatura. 3. Sentidos somáticos nociceptivos- ativados por qualquer fator capaz de levar à lesão tecidual. Sensações Mecanorreceptivas: tato, pressão, vibração, prurido, cócegas sentido de posição Tato: resulta da estimulação de receptores táteis localizados na pele ou em tecidos imediatamente abaixo dela. (epiderme) Pressão: resulta geralmente da estimulação de tecidos mais profundos. (hipoderme) Vibração: resulta de sinais sensoriais rapidamente repetitivos – geralmente os receptores para vibração são os de adaptação mais rápida. (superficial Classes de sensações táteis somáticas: EPICRÍTICAS: envolvem aspectos finos do tato e são mediadas por receptores encapsulados. Incluem a capacidade de: - Detectar o contato sutil da pele e localizar a posição do estímulo (topognosia) - Discernir vibração e determinar sua frequência e amplitude - Perceber pelo toque detalhes espaciais, como textura de superfícies e o espaçamento entre dois pontos tocados simultaneamente (discriminação entre dois pontos) - Reconhecer a forma de objetos com a mão (estereognosia) PROTOPÁTICAS: envolvem sensações dolorosas e térmicas (bem como coceiras e cócegas) – menor grau de discernimento. Podemos observar ainda, os axônios dos neurônios somatossensoriais, podem ter calibre maior ou menor, mielinizados ou não mielinizados. Podendo ver que a condução será maior nos mielinizados. Discriminação espacial no sistema somatossensorial Depende de vários fatores: 1 – Tamanho dos campos receptivos periféricos, quanto maior o campo menor discriminação 2 – Quantidade de receptores por unidade de superfície – densidade de receptores; 3 – Convergência na via aferente. Limiar menor é a polpa digital, os lábios face Menor discriminação leva a uma projeção cortical menor Sensibilidade térmica - Capacidade de detectar sensações de frio ou calor; - Receptores dispersos ao longo do corpo; - Terminações nervosas livres nas camadas subcutâneas da pele. - Receptores de frio - Receptores de calor - Propriocepção Dinâmica ou Cinestesia: reconhecimento consciente das frequências de movimento e da direção do movimento das diferentes partes do corpo. Localização dos receptores: 1 – Articulações – Corpúsculos de Ruffini (cápsulas articulares) 2 – Ligamentos – Receptores de Golgi-Mazzoni 3 – Periósteo – Corpúsculos de Pacini 4 – Músculos – Fusos Musculares e Órgão Tendinoso de Golgi 5 – Pele sobre as articulações – Corpúsculo de Ruffini Informações que detectam: – Grau de angulação da articulação – Direção do Movimento – Identificação das partes do corpo umas em relação às outras – Velocidade do movimento – Força de contração do músculo Receptores responsáveis por detectar, nos diversos segmentos do corpo, informações tanto de grandezas cinemáticas (posições, velocidades e acelerações) quanto de grandezas dinâmicas (forças) envolvidas no comportamento motor. - Fusos neuromusculares: responsáveis pela detecção de informação do comprimento de um músculo e suas respectivas variações no tempo. - Órgãos tendíneos de Golgi: envolvidos na sinalização da força de contração do músculo. Vias ascendentes somatossensoriais - Área do córtex cerebral em que as informações sensoriais são interpretadas para gerar sensações e percepções. - Cada sistema sensorial tem uma área cortical associada específica: - Área primária: recebe primeiro as informações provenientes do receptor para sensação - Área secundária: envolvida com a interpretação de aspectos seletivos da informação sensorial – percepção. - Áreas de Associação: reúnem informações provenientes de vários sistemas sensoriais interpretados pelas áreas primárias e secundárias para criar uma percepção coesa e coerente. Sistema motor Movimentos são ações produzidas por padrões espaciais e temporais de contrações musculares desencadeadas pelo encéfalo e pela medula espinhal Existem 3 tipos de movimento- - Reflexos (mais simples) - Padrões rítmicos - Voluntários (mais complexos) Reflexos Voluntária Rítmico Estímulo Principalmente externos, via receptores sensoriais, minimamente voluntário. Estímulo externo ou vontade Início e finalização voluntária Exemplo Reflexo patelar, tosse posturais Tocar piano Caminhar, comer Complexidad e Menos complexo Meio complexo Mais complexo Característic as Inato e rápido Aprendida com melhora na prática Tronco encefálico e circuitos Modos básicos de controle muscular 1. Controle fásico- ativação transitória → movimentos discretos, atrações transitórias, os movimentos desejados ocorrem adequadamente. 2. Controle tônicos- contrações estáveis → estabilização de articulações Características organizacionais para integração dos atos voluntários e reflexos pelos sistemas motores 1. Fluxo contínuo de informações sensoriais - eventos no ambiente, da posição e orientação do corpo e dos membros, e do grau de contração dos músculos. 2. Sistemas motores organizados em três níveis de controle : medula espinhal, sistemas descendentes do tronco encefálico e áreas motoras do córtex cerebral. ● Integração depende de feedback (requer mais tempo, mais preciso) feedforward (alimentação antecipada) e mecanismo adaptativo distribuídos entre os 3 níveis. Organização os sistemas motores → deixar o córtex mais livre para realizar outras funções Organização hierárquica - níveis mais inferiores geram os reflexos sem intervenção de níves mais superiores - Os centros mais superiores ficam então livre para dar comando gerais sem ter de especificar todos os detalhes da ação motora Organização em paralelo (movimento em bloco) - Centros mais superiore se ajustam a operação de circuitos espinhais - Sistemas descendentes permitem que certas funções sejam controladas de modo relativamente independente. Para a execução do movimento voluntário, há necessidade da ideia do movimento, depois é necessário de um conjunto de informações, gerando um programa do movimento. Estruturas envolvidas no planejamento e execução dos movimentos e suas funções - Quanto maior a encefalização menor a dependência ao nível medular. - O medular depende muito da entrada sensorial, mas tem uma modulação dos sinais decentes do encéfalo, e podem enviar sinais para as regiões superiores. - -O tronco é uma arranjo mais complexo que a medula espinhal, e recebe aferências do cerebelo, receptores visuais e aparelho vestibular. - O cerebelo faz parte da senso mobilidade inconsciente, e não inicia o movimento, mas faz ajustes na sinalização, para o movimento, tendoentrada das vias sensoriais e entrada do córtex, enviando eferências para o tronco encefálico e para o córtex que depende de uma passagem pela ponte. - O tálamo é uma estação intermediária de retransmissão, ajudando a modular a passagem de informações, recebendo aferências do núcleo da base, cerebelo e medula, e envia para o córtex. - Os núcleos da base tem uma função importante no planejamento do movimento, recebendo e enviando para o córtex e tronco. Níveis hierárquicos → Córtex cerebral- modula a ação dos neurônios motores do tronco encefálico e da medula espinhal, movimentos complexos e precisos. ● Principais áreas - Córtex motor primário (ordenador- comanda força e direção do movimento) - Área pré-motora (planejamento- moimento da face e membros) - Córtex Motor Suplementar (planejamento) Planejamento motor A informação sensitiva influencia o planejamento e a execução do movimento. O córtex parieto-temporal-occipital, recebe projeções de áreas somáticas superiores, visuais e auditivas, processando a informação sensitiva envolvida com a percepção e a linguagem. Já o córtex límbico recebe projeções de áreas sensitivas superiores e projeta para outras regiões corticais, dentre elas o córtex pré-frontal- informação emocional afeta o planejamento e a execução do movimento. Projeção na medula espinhal ● Direta- trato córtico espinhal, parte fibras córtico bulbares. ● Indireta- Sistemas motores do tronco encefálicos Centros superiores- Tronco encefálico Movimentos oculares - Reflexos vestíbulo- ocular- compensa os movimentos da cabeça - Movimentos optocinéticos- resposta ao deslocamento de imagens - Movimentos sacádicos- rápidos e precisos Regulação do tônus e postura - Reações tônicas- manter o corpo na vertical - Reação saltatória- resposta a uma perturbação lateral - Reações de posicionamento- resposta a um tropeço Projeções - Sistema ou via medial c ontrole da postura e estabilização das articulações e no reflexo de orientação da cabeça. Parte ventromedial substância cinzenta espinhal → motoneurônios músculos axiais e proximais. - Sistema ou via lateral- controle ativação de músculos distais dos membros → movimentos finos e coordenação dirigidos a um objetivo. Parte dorsolateral da substância cinzenta → neurônios motores distais dos membros. Arco reflexo miotático inverso é o mesmo tendinoso (mesmo motoneurônio alfa) Núcleos da base Os núcleos da base são núcleos profundos do telencéfalo, que são considerados estruturas interligadas com localização subcortical que, em conjunto com o cerebelo, atuam na interface entre os sistemas sensoriais e as respostas motoras. Basicamente, os núcleos da base recebem informações do córtex cerebral, integram, processam esses impulsos e projetam-o para o tálamo , que os retransmite para áreas específicas do córtex cerebral. Isso afeta os comportamentos motores, emocionais e cognitivos. Relação anatômica dos núcleos da base→ núcleo caudado, o putâmen, no globo pálido, na substância negra e no núcleo subtalâmico. Estrutura dos núcleos da base (1) Estriado: é formado pelos núcleos caudado (cerca de 35% do volume) e putâmen (cerca de 55% do volume); recebe todos os inputs para os núcleos da base. (2) globo pálido: divide-se em segmentos externo (lateral - regula a saída d o circuito motor dos NB) e interno (medial); (3) substância negra: dividida em parte compacta (fornece dopamina) e reticular; (4) núcleo subtalâmico: localizado no telencéfalo. à parede lateral dos ventrículos laterais. Compõe-se de cabeça, corpo e cauda. A cabeça no núcleo caudado relaciona-se com o corno anterior do ventrículo lateral; o corpo do núcleo caudado relaciona-se com a parte central do ventrículo lateral; e a cabeça do núcleo caudado relaciona-se com a parte anterior do núcleo lentiforme. Núcleo caudado e putâmen – os dois núcleos são, em conjunto, chamados de estriado, e têm funções relacionadas sobretudo com a motricidade. Globo pálido- é situado medialmente. A lâmina medular medial separa o globo pálido em segmentos medial. Núcleo subtalâmico- situado no nível ao diencéfalo, ventralmente ao tálamo, relaciona-se, lateralmente, com a cápsula interna e, medialmente, com o hipotálamo. O núcleo subtalâmico é somatotopicamente organizado. Substância negra- é uma estrutura de coloração escura, formada por neurônios contendo melanina. É considerada a maior estrutura nuclear do mesencéfalo, sendo dividida em 2 partes: a parte compacta (SNc) e a pars reticulata (SNr). A pars compactas contêm grandes quantidades de dopamina. Essa divisão da substância negra apresenta as principais projeções eferentes, sobretudo através das fibras nigroestriatais, que fazem a conexão entre o corpo estriado e estão envolvidas com o controle dos movimentos. Via direta: 1. Libera o tálamo da inibição tônica, através de uma maior excitação do córtex, que leva a mais outputs corticais. 2. As projeções excitatórias do córtex para o estriado (caudado/putame) fazem sinapse com os neurônios inibitórios, que se projetam diretamente para o GPi. 3. Em seguida, os neurônios inibitórios se projetam para o tálamo. Os inputs inibitórios do estriado a o GPi inibem a projeção inibitória para o tálamo. Ou seja, inibem a ação GABAérgica; 4. A inibição da inibição libera a inibição tônica do tálamo, resultando em aumento nos outputs. 5. Ao mesmo tempo, o estriado também é influenciado pelos inputs da SN. Os neurônios dopaminérgicos (via D1) se projetam do estriado, onde excitam neurônios inibitórios, que, por sua vez, se projetam para o GPi. 6. A SN aumenta os inputs excitatórios provenientes do córtex. O NST propicia estimulação tônica à SN, influenciando assim os outputs da SN. Via indireta: 1. Inibe os outputs do tálamo, levando a menor excitação do córtex motor e menos outputs motores. Desse modo, a via indireta contrabalanceia os efeitos da via direta, ou a “freia” . 2. As projeções excitatórias do córtex para o estriado fazem sinapse com neurônios inibitórios, que se projetam para o GPe. Uma projeção inibitória vai para o NST, que envia uma projeção excitatória para o GPi, causando uma excitação dos neurônios; 3. Do GPi, os neurônios inibitórios se projetam para o tálamo. Essa excitação da inibição pela projeção do NST aumenta a inibição tônica do tálamo. Os neurônios dopaminérgicos inibem (via D2) os interneurônios colinérgicos excitatórios no estriado, que se projetam para os neurônios inibitórios e vão do estriado ao GPe. 4. A SN neutraliza os inputs excitatórios do córtex para o estriado. Há também conexões recíprocas entre o SN e o NST. A SN tem um efeito inibitório sobre o NST, que envia projeções excitatórias para o SN. 5. Essa ligação recíproca controla os inputs para os gânglios da base, bem como os outputs para o tálamo. Um desequilíbrio desse sistema motor é a base de enfermidades como a doença de Parkinson (DP). Nervos cranianos A maioria está no tronco encefálico, menos o olfatório (telencéfalo) e o óptico (diencéfalo), e ao total são 12 pares de nervos cranianos. - III
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