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Resumo neuro

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Durante a formação do tubo neural, em embriões de cerca de três 
 semanas e meia, na região de fusão das pregas neurais, células se 
 desprendem da superfície e migram para as laterais do tubo neural, essas 
 células constituem a crista neural. A crista neural se forma até no mínimo 
 quatro semanas e meia, no encéfalo, e durante muito mais tempo na medula 
 espinhal. 
 Formação do encéfalo 
 O encéfalo começa a se desenvolver durante a terceira semana, 
 quando a placa e o tubo neural estão se desenvolvendo do neuroectoderma. 
 O tubo neural, cranial ao quarto par de somitos, se desenvolve no encéfalo. A 
 fusão das pregas neurais na região cranial e o fechamento do neuroporo 
 rostral formam três vesículas encefálicas primárias , das quais se 
 desenvolve o encéfalo. 
 Durante a quinta semana, o prosencéfalo se divide parcialmente em 
 duas vesículas encefálicas secundárias, o telencéfalo e o diencéfalo ; o 
 mesencéfalo não se divide. O rombencéfalo se divide parcialmente em duas 
 vesículas, o metencéfalo e o mielencéfalo . Consequentemente, há cinco 
 vesículas encefálicas secundárias. 
 Formação das meninges 
 A dura-máter é proveniente do mesênquima que circunda o tubo neural 
 A Pia-máter e a aracnóide são derivadas das células da crista neural. 
 O líquido cerebroespinhal (LCE) embrionário começa a se formar 
 durante a 5ª semana , produzido pela tela corióide dos ventrículos laterais, 4º 
 ventrículo e 3º ventrículo. 
 Formação da medula espinhal 
 Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão das pregas neurais, 
 o tubo neural é constituído por células neuroepiteliais , que formam a 
 camada neuroepitelial ou neuroepitélio. Com o tubo neural fechado, as células 
 neuroepiteliais dão origem a outro tipo celular, as c élulas nervosas 
 primitivas ou neuroblastos , que formam a camada do manto. Esta camada, 
 por sua vez, forma a camada marginal. Por volta de 8 a 10 semanas, a 
 medula espinhal é parecida com a do adulto. 
 No embrião, a medula espinhal estende-se por todo o comprimento do 
 canal vertebral, mas a coluna vertebral e a dura-máter crescem mais 
 rapidamente , e a extremidade caudal da medula espinhal coloca-se 
 gradualmente em níveis relativamente mais altos. No recém-nascido, a 
 medula termina na vértebra L3 ; e no adulto, na borda inferior da primeira 
 vértebra lombar. Abaixo de L2, uma extensão filiforme da pia-máter dá 
 origem ao filamento terminal, que se fixa ao periósteo da primeira vértebra 
 coccígea. As raízes nervosas inferiores à extremidade terminal da medula 
 espinhal, o cone medular, formam um feixe de raízes nervosas, a cauda 
 equina. A dura-máter continua fixada à coluna vertebral até o cóccix. 
 Espinha bífida: defeito do tubo neural na região espinhal, causada por uma 
 divisão dos arcos vertebrais , podendo ou não envolver o tecido neural 
 subjacente. A ingestão de ácido fólico com início dois meses antes da 
 concepção e durante pelo menos até os 3 primeiros meses de gestação 
 podem diminuir em até 70% a incidência de defeitos no tubo neural. Pode ser 
 de dois tipos: 
 Espinha bífida oculta : ocorre por um defeito no crescimento das metades 
 do arco vertebral e da sua fusão no plano mediano na região lombossacra 
 (L4 a S1). Esse defeito é coberto pela pele e geralmente não envolve o 
 tecido neural subjacente. Pode ser marcado por um tufo de pêlos 
 sobrejacente à região afetada. 
 Espinha bífida cística : ocorre protrusão da medula espinha l e/ou das 
 meninges através do defeito no arco vertebral e na pele. É geralmente 
 acompanhada de déficit neurológico, dependendo do local da lesão, com 
 perda de sensibilidade e paralisia completa ou parcial de músculos. 
 - Se o saco contém meninges junto com o líquido cerebroespinhal, a 
 anomalia é chamada de espinha bífida com meningocele . 
 - Se o saco contém medula espinhal e/ou raízes nervosas, a anomalia é 
 chamada de espinha bífida com meningomielocele . 
 - Se as pregas neurais não se elevam, permanecendo como uma placa 
 de tecido neural, a anomalia se denomina espinha bífida com 
 mielosquise . 
 Neuroanatomia básica 
 O sistema nervoso pode ser dividido em central e periférico, de acordo 
 com a localização das estruturas. Sistema nervoso central é aquele que se 
 localiza dentro do esqueleto axia l, e sistema nervoso periférico é aquele que 
 se localiza fora deste esquelet o. 
 O sistema nervoso central ainda pode ser dividido em encéfalo e 
 medula. Em suma, o encéfalo, ainda apresenta divisões que vêm 
 principalmente de origens embriológicas. Nesta divisão, o nome das 
 vesículas primordiais que lhe dão origem é considerado. 
 Pode ser dividido ainda funcionalmente (somático x visceral), e em 
 nível através, da evidência da segmentação pelos nervos que emergem do 
 sistema, ou seja, aquelas estruturas que estão acima desta segmentação são 
 suprassegmentares , o oposto seria segmentares. 
 Encéfalo- cérebro, tronco encefálico e cerebelo 
 Cérebro- Telencéfalo e diencéfalo 
 Telencéfalo- giros, sulcos, corpo caloso, comissura anterior, fórnix e etc. 
 Diencéfalo- hipotálamo, comissura anterior, aderência intertaâmica e etc. 
 Tronco encefálico - Mesencéfalo, ponte e bulbo. 
 Tecido nervoso 
 Tecido e as células que o compõe, é o componente básico de qualquer 
 sistema, e não diferente o sistema nervoso se compreende em basicamente 
 dois tipos celulares- neurônios e célula da neuroglia , sendo o primeiro a 
 unidade funcional. 
 Neurônios 
 É considerado a unidade funcional do sistema nervoso, composto de: 
 ● Corpo celula r 
 O corpo celular é local de recepção de estímulos através de contatos 
 sinápticos. É parecido com uma célula comum, com a presença de núcleo de 
 organelas necessárias para suprir a atividade neural, seu tamanho pode 
 variar, e sua função se dá principalmente para a transcrição proteica. 
 Os ribossomos podem se concentrar em pequenas áreas citoplasmática 
 onde ocorrem livres ou aderidos a cisternas do retículo endoplasmático. 
 Sendo assim, na microscopia, veem-se grupos basófilos, chamados de 
 corpúsculos de Nissl ou substância cromidial. 
 ● Dendritos 
 São ramificações finas que 
 advém do corpo celular e recebe 
 as informações provenientes das 
 células, traduzindo em alterações 
 de potencial de repouso da 
 membrana, além de a superfície 
 de contato do neurônio. A área de 
 superfície do dendrito pode se 
 expandir ainda mais pela 
 presença de espinhos 
 dendríticos , que pode ter comportamento independente produzindo inclusive 
 suas próprias proteínas, sendo inclusive associadas ao processo de 
 linguagem e memória. 
 ● Axônio 
 É um prolongamento de uma célula nervosa que conduz informações, 
 geralmente se ramificando lateralmente, formando os neurônios colaterais . 
 No final do axônios encontra-se uma dilação, que contêm mitocôndrias e 
 vesículas, chamada terminal axonal . Em alguns neurônios, apesar de que a 
 maioria realizar sinapses químicas, existem estruturas para a realização de 
 sinapses elétricas, as chamadas junções comunicantes, que conectam as 
 suas células. 
 Outrossim, o citoplasma dos axônios 
 não temorganelas, somente 
 microtúbulos e microfilamentos, que 
 auxiliam no transporte de material 
 para o terminal axonal, essa 
 mobilização é chamada de 
 transporte axonal, este sendo 
 dividido em transporte rápido 
 (microtúbulos) e lento (fluxo 
 citoplasmático). Durante o 
 transporte rápido, ocorre uma 
 utilização de ATP intensa, pois as 
 estruturas dependem deste para 
 continuar conectado a estrutura transportadora. (anterógrado/retrógrado ). 
 O citoplasma do terminal axonal difere daquele presente no restante do 
 axônio em várias características: 
 1. Microtúbulos não se estendem ao terminal sináptico. 
 2. O terminal sináptico contém numerosas bolhas pequenas, envoltas por 
 membranas, chamadas vesículas sinápticas, que medem aproximadamente 
 50 nm de diâmetro. 
 3. A superfície interna da membrana de uma sinapse apresenta um 
 revestimento particularmente denso de proteínas. 
 4. O terminal apresenta numerosas mitocôndrias, indicando uma alta 
 demanda de energia no local 
 Estudar neurônios é relativamente fácil, mas eles podem se divididos 
 de muitas formas de acordo com diversos fatores que vão se apresentados a 
 seguir. 
 Baseada no número de ramificações 
 Multipolares Possui vários dendritos e um axônio 
 Bipolares Possui dois prolongamentos, um dendrito e um 
 axônio 
 Pseudounipolares Cujos os corpos celulares não se apresentam em 
 paralelo, apenas um prolongamento deixando o 
 corpo, este dividindo em central e periférico. 
 Baseada nos dendritos (bem chulo) 
 Células estreladas Forma de estrela 
 Células piramidais Forma de pirâmide 
 Baseado nas conexões 
 Sensoriais Chegam ao sistema nervoso por meio 
 dos neurônios que apresentam 
 dendritos nas superfícies sensoriais do 
 corpo, como a pele e a retina dos olhos. 
 Motores Neurônios apresentam axônios que 
 formam sinapses com os músculos e 
 comandam os movimentos. 
 Interneurônios Neurônios do sistema nervoso forma 
 conexões apenas com outros 
 neurônios. 
 Glia 
 As células da glia , geralmente chamadas neuróglia , gliócitos ou 
 simplesmente glia , são células não neuronais do sistema nervoso central que 
 proporcionam suporte e nutrição aos neurônios. 
 ● Astrócitos: São as células mais 
 numerosas da glia e altamente 
 ramificadas, estas células 
 preenchem espaços entre os 
 neurônios e se comunicam entre si 
 através de junções comunicantes. 
 Um papel essencial dos astrócitos é 
 a regulação do conteúdo químico 
 do espaço extracelular . Os 
 astrócitos também apresentam, em 
 suas membranas, proteínas 
 especiais , as quais removem 
 ativamente os neurotransmissores da fenda sináptica. Uma descoberta 
 recente é que a membrana dos astrócitos também apresenta 
 receptores para os neurotransmissores que, assim como nos 
 neurônios, podem desencadear eventos bioquímicos e elétricos no 
 interior da célula glial. Sem falar no suporte nutritivo e energético que 
 fornece aos neurônios. 
 ● Microglia: São células específicas para o sistema imune , e assim que 
 são ativadas removem as células danificadas e seus invasores, porém 
 nem sempre é benéfica, liberando radicais livres , que podem 
 ocasionar doenças neurodegenerativas. 
 ● Células ependimárias: Tipo celular que cria uma camada chamada 
 epêndima com permeabilidade seletiva , além de ser um fonte rica em 
 células tronco , além de auxiliar a produzir líquido cefalorraquidiano. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central
 ● Oligodendrócitos e células de schwann: Essas células gliais formam 
 as camadas de membrana que isolam os axônios , chamado 
 mielina. A bainha de mielina é interrompida periodicamente, deixando 
 pequenos espaços onde a membrana axonal está exposta. Essa região 
 é chamada de nódulo de Ranvier. Os oligodendrócitos e as células de 
 Schwann diferem em sua localização e em outras características. Por 
 exemplo, os oligodendrócitos são encontrados apenas no sistema 
 nervoso central (encéfalo e medula) , enquanto as células de 
 Schwann são encontradas exclusivamente no sistema nervoso 
 periférico (partes fora do crânio e coluna vertebral) . Outra diferença 
 é que um único oligodendrócito contribui para a formação da mielina de 
 vários axônios , enquanto cada célula de Schwann mieliniza apenas um 
 fragmento de um único axônio. 
 Sinapse 
 Os neurônios conhecidos 
 acima, através das 
 terminações de sues axônios, 
 entram em contato com outros 
 neurônios, passando a 
 informação para as demais 
 células. 
 Basicamente, a sinapse vai 
 ser um espaço em que o 
 processo de transmissão 
 acontece, o neurônio que transmite é o pré-sináptico e o que transfere é o 
 pós-sináptico. 
 Existem dois tipos de sinapses de acordo com o componente de 
 transmissão. 
 Sinapses Elétricas: 
 Ocorre em sítios especializados chamados junções comunicantes , 
 essa junção estreita é atravessada por grupos de proteínas especiais 
 denominadas conexinas . Seis conexinas reunidas formam o canal 
 denominado conéxon , e dois conexons (um em cada célula) combinam se 
 para formar um canal de junção comunicante . Esse canal permite que íons 
 passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma da outra 
 célula. 
 A maioria das junções comunicantes permite que a corrente iônica 
 passe adequadamente em ambos os sentidos, sendo assim, as sinapses 
 elétricas são bidirecionais. Quando dois neurônios estão acoplados, o 
 potencial de ação no neurônio pré-sináptico induz um pequeno fluxo de 
 corrente iônica para o outro neurônio através da junção comunicante. 
 Sinapses químicas 
 As membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são 
 separadas por uma fenda, chamada de fenda sináptica. Esta é preenchida 
 com uma matriz extracelular de proteínas, e uma das funções dessa matriz é 
 manter a conexão entre as membranas pré e pós sinápticas . O lado 
 pré-sináptico da sinapse, também chamado de terminal axonal. O terminal 
 típico contém dúzias de pequenas organelas esféricas delimitadas por 
 membranas, denominadas vesículas sinápticas . Essas vesículas 
 armazenam neurotransmissores . 
 No lado pré-sináptico, proteínas se projetam no citoplasma ao longo da face 
 intracelular da membrana. As proteínas e a membrana de onde se projetam 
 são de fato os sítios de liberação de neurotransmissores , denominados 
 zonas ativas . A densidade pós-sináptica contém os receptores para os 
 neurotransmissores , os quais convertem os sinais químicos intercelulares 
 em um sinal intracelular na célula pós-sináptica 
 No SNC, os vários tipos de sinapse podem ser diferenciados pela parte do 
 neurônio que serve de contato pós-sináptico ao terminal axonal. 
 Se a membrana pós-sináptica está localizada em um dendrito, a sinapse é 
 dita axodendrítica . 
 Se a membrana pós-sináptica localiza-se no corpo celular , a sinapse é dita 
 axossomática . 
 Em alguns casos, a membrana pós-sináptica está em outro axônio , e essas 
 sinapses são chamadas axoaxônicas 
 Em certos neurônios especializados, os dendritos formam sinapses com 
 dendritos de outros neurônios, sendo denominadas sinapses 
 dendrodendríticas . 
 = 
 Neurotransmissores 
 Grande parte dos neurôniosno SNC recebe diversos sinais distintos de 
 entrada sinápticas que ativa diferentes combinações de canais 
 iônico/receptores. Os neurônios pós-sinápticos integram todo esse 
 complexo de sinais químicos e iônicos e dão origem a uma única forma de 
 sinal de saída: potenciais de ação . A integração sináptica é o processo pelo 
 qual múltiplos potenciais sinápticos se combinam em um neurônio 
 pós-sináptico. A somação dos potenciais excitatórios , são representação 
 da mais simples forma de integração sináptica no SNC. Há dois tipos de 
 somação: espacial( é a soma dos potenciais em resposta a estímulos 
 provenientes de diferentes locais) e temporal (é a soma de potenciais em 
 resposta a estímulos do mesmo local). 
 Impulso nervoso 
 Sinalização elétrica nos neurônios 
 O tecido nervoso é considerado um tecido excitatório , por conta da 
 sua habilidade em propagar sinais elétricos. No geral, todas as células vivas 
 têm um potencial de membrana e os dois principais fatores que interferem 
 nesse potencial, a distribuição desigual de íons através da membrana 
 celular e as diferenças de permeabilidade de membrana para esses íons. A 
 regulação dos potenciais de membrana em repouso das células vivas, se dá 
 primeiramente através do gradiente de concentração de K+ e 
 permeabilidade de alguns íons. Quando se fala em neurônios, a membrana 
 celular é levemente permeável ao sódio, se ocorre uma permeabilidade 
 intensa ao íon, o Na+ entra na célula a favor do seu gradiente. Essa adição 
 de íon positivamente carregado despolariza a célula gerando o sinal 
 elétrico . 
 ● Canais iônicos: 
 É a maneira mais fácil de permitir a entrada e saída de íons. Desta 
 forma, existem quatro tipos de canais predominantes nos neurônios: 
 1. Canais de Na+ 
 2. Canais de K+ 
 3. Canais de Ca+ 
 4. Canais de Cl- 
 Existindo variações de controle, entre mecânico, dependentes de 
 ligantes e os dependentes de voltagem, este último sendo os mais comuns. 
 ● Fluxo da corrente: 
 A corrente é o fluxo de cargas elétricas, ou simplesmente falando, são 
 cargas elétricas em movimento, e quanto menor a resistência biológica maior 
 a corrente. Sendo duas principais resistência biológicas as geradas pelo 
 citoplasma e pela membrana. As alterações de voltagem ao longo da 
 membrana podem ser de dois tipos: potencial graduado (1) e potencial de 
 ação (2) . 
 1. são sinais de força que percorrem curtas distâncias , perdendo a força 
 ao decorrer do caminho, ocorrendo a possibilidade de gerar um 
 potencial de ação dependendo da força suficiente, atingindo a zona de 
 gatilho , que em sua grande parte são os cones de implantação. Sendo 
 estes potenciais que ativam a ação, potenciais excitatórios . (inibitórios= 
 hiperpolarizantes) 
 2. Grande despolarizações que são breves e percorrem longas distâncias 
 sem perder força, tem a capacidade de gerar os canais para os demais 
 neurônios. 
 Funcionamento com exemplo: 
 Um estímulo inicia um potencial graduado sublimiar, quando chega a zona de 
 gatilho, assim o estímulo não é forte o suficiente para gerar o potencial de ação. 
 Porém, quando atinge o nível de gatilho, o potencial graduado chega na zona e 
 inicia o potencial de ação que gera uma resposta contínua elétrica. 
 O potencial de ação se inicia quando os canais iônicos dependentes 
 de voltagem se abrem alterando a permeabilidade da membrana para Na+ e 
 K+. Em suma, o potencial propriamente dito pode ser dividido em fases. 
 1. Fase ascendente : Marcado pelo aumento súbito e temporário da 
 permeabilidade da membrana para Na+, e tudo se inicia com um 
 potencial graduado que chega a zona de gatilho e atinge o valor 
 supralimiar, sendo assim o potencial de membrana vai ser positivo. 
 2. Fase descendente: Investe no aumento da permeabilidade de K+ ,a 
 grande diferença entre a última fase é que o canal iônico de potássio 
 tem uma resposta mais lenta de abertura e fechamento. Quando os 
 canais de sódio se fecham, os de potássio acabaram de se abrir, e por 
 conta a lentidão do fechamento do canal pode ocorrer uma 
 hiperpolarização. 
 Em resumo, o potencial de 
 ação é uma alteração no 
 potencial de membrana que 
 ocorre quando canais iônicos 
 dependentes de voltagem se 
 abrem, inicialmente 
 aumentando a permeabilidade 
 da célula ao Na (que entra) e 
 posteriormente ao K (que sai). 
 O influxo (movimento para 
 Meninges, ventrículos e líquor 
 O sistema nervoso central é coberto por membranas de tecido conjuntivo 
 denominada meninge. Classificadas em- 
 Dura máter Tem origem do mesênquima, por volta do 20ª ao 35ª dia, é 
 considera a membrana mais superficial, rica em fibras 
 colágenas, muito vascularizada e a única que tem 
 terminações nervosas. Seu tecido é formado por epitélio 
 simples pavimentoso da superfície externa e tecido 
 conjuntivo denso. Apresenta dois folhetos, um interno e outro 
 externo , o primeiro formam pregas que dividem a cavidade 
 estruturas, e o segundo está intimamente associada ao 
 periósteo, e não tem capacidade osteogênica. 
 Aracnoide Tem origem leptomeninge, muito delicada e justa posta a 
 dura máter interna, e se separa da pia mater formando 
 trabéculas aracnóideas . No espaço entre a pia e a aracnoide 
 ocorre a circulação de líquido cefalorraquidiano, formando 
 cirternas que armazenam esse líquido. Em especial em 
 certas partes da aracnóide existem granulações, que são 
 mais abundantes acima do seio sagital superior, e reabsorve 
 o líquor por meio de grandes vacúolos os corpos de 
 Pacchiomi 
 Pia máter Tem origem da leptomeninge, mais interna das meninges e 
 está aderida ao tecido do cérebro, sua superfície mais 
 profunda recebe números prolongamentos dos astrócitos do 
 tecido nervoso, formando a membrana pio-glial . Ela também 
 acompanha os vasos que adentram na estrutura a partir do 
 espaço subaracnóideo, envolvendo os vasos, formando os 
 espaços perivasculares . 
 plasma pelos plexos coroides, ou sendo ativamente secretado pelo epitélio 
 ependimário. Existindo mecanismos de transporte específicos, envolvendo 
 transporte ativo de NA+Cl-, através das células ependimárias dos plexos 
 corióides, acompanhado de certa quantidade de água necessária à 
 manutenção do equilíbrio osmótico. 
 *existem plexos corióides nos ventrículos laterais e no tecto do III e IV 
 ventrículos. 
 *ventrículos laterais contribuem com o maior contingente liquórico. 
 Caminho percorrido- Ventrículos produzem líquor, que passa ao III 
 ventrículo pelos forames interventriculares e daí ao IV ventrículo através do 
 aqueduto cerebral e através das aberturas medianas e laterais do IV 
 ventrículo, o liquor formado no interior dos ventrículos ganha o espaço 
 subaracnóideo, sendo reabsorvido através das granulações aracnóideas que 
 se projetam no interior dos seios da dura-máter . No espaço subaracnóideo da 
 medula, o liquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois 
 há reabsorção liquórica nas pequenas granulações aracnóideas existentes 
 nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos 
 espinhais.Hidrocefalia 
 Caracterizam por um aumento da quantidade e da pressão do liquor, levando 
 a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso de encontro 
 ao estojo ósseo, com consequências muito graves. Existem dois tipos de 
 hidrocefalias: comunicantes e não-comunicantes . 
 - As hidrocefalias comunicantes resultam de um aumento na produção ou 
 deficiência na absorção do liquor, devidos a processos patológicos dos 
 plexos corióides ou dos seios da dura-máter e granulações aracnóideas. 
 As hidrocefalias não-cominicantes são muito mais frequentes e resultam de 
 obstruções no trajeto do liquor, o que pode ocorrer nos seguintes locais: a) 
 forame interventricular, provocando dilatação do ventrículo lateral 
 correspondente. 
 Os ventrículos são cavidades do sistema nervoso central, formadas 
 pela dilatação do tubo neural durante a embriogênese, responsáveis pela 
 produção e circulação do líquido cerebrospinal. No sistema ventricular há 
 quatro cavidades: dois ventrículos laterais, o III ventrículo e o IV 
 ventrículo . O líquido cerebrospinal é produzido por células da superfície 
 ventricular, as células ependimárias , e por plexos corióideos , formações 
 presentes no interior dos ventrículos, constituídas por células ependimárias 
 enoveladas em torno de vasos sanguíneos, que produzem a maior 
 quantidade de líquido cerebrospinal. 
 Telencéfalo 
 Definição- compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e 
 uma pequena linha mediana situada na porção anterior do III ventrículo. 
 - Os hemisférios possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e 
 esquerdo, que se comunicam com o III ventrículo pelos forames 
 interventriculares. 
 - A fissura longitudinal não divide completamente o telencéfalo, pois o 
 corpo caloso une os dois hemisférios por meio de fibras comissurais. 
 ● Corpo caloso- é a maior das comissuras inter-hemisféricas . É formado 
 por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital 
 mediano e penetram de cada lado no centro branco medular do 
 cérebro, unindo áreas simétricas do córtex de cada hemisfério. 
 - Tronco do corpo caloso- uma lâmina branca arqueada 
 dorsalmente. 
 - Esplênio do corpo caloso- dilatação posterior 
 - Joelho do corpo caloso- flete anteriormente em direção da 
 base do cérebro para constituir o joelho do corpo caloso. 
 - Rostro do corpo caloso- o joelho se afina para formar o , que 
 se continua em uma fina lâmina, a lâmina rostral até a 
 comissura anterior. 
 Entre a comissura anterior e o quiasma óptico encontra-se a lâmina 
 terminal , delgada lâmina de substância branca que também une os 
 hemisférios e constitui o limite anterior do III ventrículo. 
 ● Septo Pelúcido: Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo 
 pelúcido, constituído por duas delgadas lâminas de tecido nervoso 
 que delimitam uma cavidade muito estreita, a cavidade do septo 
 pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais. 
 Na parte medial do cérebro , existem dois sulcos que passam do lobo frontal 
 para o lobo parietal: 
 Sulco do Corpo Caloso : começa abaixo do rostro do corpo caloso, contorna 
 o tronco e o esplênio do corpo caloso, onde se continua já no lobo temporal, 
 com o sulco do hipocampo. 
 Sulco do Cíngulo : tem seu curso paralelo ao sulco do corpo caloso, do qual 
 é separado pelo giro do cíngulo. Termina posteriormente em dois sulcos: ramo 
 marginal do giro do cíngulo, porção final do sulco do giro do cíngulo que cruza 
 a margem superior do hemisfério, e o sulco subparietal, que continua 
 posteriormente em direção ao sulco parieto-ocipital. 
 Sulco Paracentral : Destaca-se do sulco do cíngulo em direção á margem 
 superior do hemisfério, que delimita, com o sulco do cíngulo e o sulco 
 marginal, o lóbulo paracentral. 
 Lobo frontal 
 Sulcos- pré-central, frontal superior e frontal inferior. 
 Giros- pré-central, frontal superior, frontal médio e frontal inferior. 
 Lobo temporal 
 Sulcos- Temporal superior e temporal inferior. 
 Giros- Temporal superior, médio e inferior. 
 Sulcos- Occipito-temporal, colateral, rinal, hipocampo e calcarino 
 Giros- Úncus, temporal inferior, occipito-temporal medial e lateral, 
 parahipocampal, ístmo do cíngulo. 
 Lobo parietal 
 Sulcos- pós-central e intraparietal. 
 Giros- pós-central, parietal superior e inferior. 
 Sulcos- Corpo Caloso, Cíngulo e Paracentral 
 Giros- Cíngulo, Paracentral, pré-cuneos e frontal superior 
 Lobo da ínsula 
 Giro do cíngulo- contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro 
 para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo. 
 Lóbulo paracentral- localiza-se entre o sulco marginal e o sulco paracentral. 
 Pré-cúneos- está localizado superiormente ao sulco parieto-occipital, no 
 lobo parietal. 
 Giro frontal superior- já foi descrito acima, no estudo da face lateral do 
 cérebro. 
 Vascularização 
 De forma geral, quatro pares de artérias suprem a cabeça e pescoço: 
 - a artéria carótida comum e a artéria vertebral. 
 - o tronco tireocervical e o tronco costocervical (estes três ramos advindos de 
 cada subclávia). 
 A maioria das partes da cabeça e do pescoço recebe seu sangue das 
 artérias carótidas comuns direita e esquerda, que sobem pela parte anterior do 
 pescoço, bem ao lado da traqueia. Na margem superior da laringe, cada artéria 
 carótida comum termina se dividindo em uma artéria carótida externa e interna . As 
 artérias carótidas externas direita e esquerda abastecem a maioria dos tecidos da 
 cabeça, externos ao encéfalo e à órbita. À medida que cada carótida externa sobe, 
 ela emite um ramo para a glândula tireóide e à laringe, a língua, a pele e músculos 
 anteriores da face, a parte posterior do couro cabeludo e a região em torno da orelha. 
 Perto da articulação temporomandibular (ATM), cada carótida externa termina se 
 dividindo nas artérias temporal superficial e maxilar . 
 ● A artéria temporal superficial sobe imediatamente anterior à orelha e supre a 
 maior parte do couro cabeludo. 
 ● A artéria maxilar e profunda ao colo da mandíbula e no posterior à 
 maxila,passando pelos músculos da mastigação. 
 Um ramo clinicamente importante da artéria maxilar é a artéria meníngea 
 média . Esse vaso entra no crânio através do forame espinhoso no osso esfenóide e 
 supre as amplas superfícies internas do osso parietal e a parte escamosa do osso 
 temporal, bem como a dura -máter subjacente. Dando continuidade, as artérias 
 carótidas internas irrigam as órbitas e a maior parte do encéfalo. Cada carótida 
 interna sobe pelo pescoço, lateralmente na faringe, e entra no crânio pelo canal 
 carótico , no osso temporal. Desse ponto, ela segue medialmente pela parte petrosa 
 do osso temporal , avança ao longo do corpo do osso esfenóide e faz uma curva para 
 cima, entrando posterior ao canal óptico. Nesse local, ela emite a artéria oftálmica 
 para o olho e a órbita e se subdivide nas artérias cerebrais anterior e média. Cada 
 artéria cerebral anterior se anastomosa com sua parceira no lado oposto através de 
 uma artéria comunicante anterior curta e supre as faces medial e superior dos lobos 
 frontal e parietal. 
 Cada artériacerebral média passa pelo sulco lateral de um hemisfério 
 cerebral e supre as partes laterais dos lobos temporal e parietal. O suprimento 
 sanguíneo para a parte posterior do encéfalo provém das artérias vertebrais direita e 
 esquerda, que surgem nas artérias subclávias, na região inferior do pescoço. As 
 artérias vertebrais sobem pelos forames nos processos transversos das vértebras 
 cervicais C VI e C I e entram no crânio pelo forame magno. 
 Ao longo do caminho, elas emitem ramos para as vértebras e medula espinal 
 cervical. Dentro do crânio, as artérias vertebrais direita e esquerda se unem, 
 formando a artéria basilar ímpar , que sobe ao longo da linha média ventral da ponte , 
 emitindo ramos para o cerebelo, ponte e orelha interna. 
 Artérias comunicantes posteriore s curtas conectam anteriormente às artérias 
 cerebrais posteriores às artérias cerebrais médias . As duas artérias comunicantes 
 posteriores e a única artéria comunicante anterior completam a formação de uma 
 anastomose arterial chamada círculo arterial do cérebro (antes chamado de círculo 
 de Willis) . Ao interconectar as artérias que irrigam as partes anterior, posterior, 
 esquerda e direita do encéfalo, essa anastomose proporciona rotas alternativas para 
 o sangue chegar às áreas do encéfalo que são afetadas, caso ocorra uma obstrução 
 na artéria carótida ou na artéria vertebral. 
 Circulação anterior 
 1. Artéria cerebral média 
 A ACM proximal dá origem a ramos penetrantes, chamadas de artérias 
 lenticuloestriadas, que suprem o putame, a parte externa do globo pálido, o ramo 
 posterior da cápsula interna, a coroa radiada adjacente e a maior parte do núcleo 
 caudado. O processo oclusivo ocorre com mais frequência por conta de êmbolo do 
 que processo aterosclerótico, a formação de vasos colaterais leptomeníngeos 
 impede em grande parte das vezes que a estenose da ACM torne-se com sintomas 
 presentes. 
 As ramificações envolvem a região cortical lateral exceto, o polo frontal e a 
 faixa superior e média, de interconexão entre os lóbulos frontal e parietal, este 
 supridos pela artéria cerebral anterior; e as conecção entre os lobos temporal e 
 occipital, que é abrangida pela artéria cerebral posterior. Na fissura de Sylvius, em 
 grande maioria a ACM se divide em inferior e superior, a primeira abrangendo o 
 córtex parietal inferior e temporal, enquanto o segundo atinge o córtex frontal e 
 parietal superior. Se houver oclusão de toda a ACM em sua origem e as colaterais 
 distais forem limitadas, os achados clínicos são: 
 - hemiplegia contralateral: paralisia de um lado do corpo. 
 - hemianestesia : ausência de sensibilidade em uma das metades do corpo. 
 - hemianopsia homônima: defeito visual que afeta igualmente a ambos olhos, 
 e ocorre tanto à esquerda ou direita da linha média do campo visual. 
 - Disartria : s ão consegue articular e pronunciar bem as palavras devido a uma 
 alteração no sistema responsável pela fala. 
 Q uando o hemisfério dominante é comprometido, também se observa afasia 
 global , e quando o hemisfério não dominante é afetado detectam-se anosognosia 
 ( incapacidade de uma pessoa ter consciência de sua própria doença) , apraxia 
 construcional ( é a incapacidade de construir figuras geométricas, montar 
 quebra-cabeças ou desenhar um cubo ou outras figuras geométricas) e negligência . 
 A oclusão de um vaso lenticulostriate produz AVE de pequeno vaso 
 (lacunar) dentro da cápsula interna. Isto gera AVE motor puro ou sensorimotor 
 contralateral à lesão. A isquemia dentro do joelho da cápsula interna causa 
 fraqueza principalmente facial seguida de fraqueza do braço e depois da perna à 
 medida que a isquemia se desloca posteriormente dentro da cápsula. 
 2. Artéria cerebral anterior 
 Divide-se em dois segmentos: o polígono de Willis pré-comunicante ( tem 
 diversos ramos profundos que suprem a necessidade sanguínea da cápsula interna 
 anterior, da amídala, da substância perfurada anterior, hipotálamo anterior e a parte 
 mais inferior do núcleo caudado), e segmento pós-comunicante. A oclusão da ACA 
 proximal costuma ser bem tolerada, em virtude do fluxo colateral através da artéria 
 comunicante anterior e de colaterais através da ACM e da ACP. Se ambos os 
 segmentos A2 derivarem de um tronco encefálico anterior único, a oclusão pode 
 afetar ambos os hemisférios. Ocorrem abulia profunda (retardo nas respostas verbais 
 e motoras) e sinais piramidais bilaterais com paraparesia ou tetraparesia e 
 incontinência urinária). 
 3. Artéria coroidal anterior 
 Advém da artéria carótida interna, e irriga o ramo posterior da cápsula interna, 
 e substância branca póstero-lateral a ela, atingindo as fibras geniculocalcarinas. A 
 síndrome completa de oclusão da artéria coroidal anterior consiste: 
 - hemiplegia contralateral 
 - hemianestesia (hipoestesia) 
 - hemianopsia homônima 
 Mediante a irrigação 
 sanguínea de outras 
 artérias na região , podem 
 ocorrer efeitos mínimos e, 
 com frequência os 
 pacientes tem 
 recuperação substancial. 
 4. Artéria carótida 
 interna 
 Seus sintomas e agravos 
 variam segundo o grau de 
 isquemia. Se o trombo 
 propagar-se até a artéria carótida interna e daí para a ACM, ou embolizá-la, os 
 sintomas são idênticos aos da oclusão da ACM proximal . 
 Quando as origens da ACA e da ACM são ocluídas no topo da artéria 
 carótida, ocorrem abulia ou estupor com hemiplegia, hemianestesia e afasia ou 
 anosognosia . Em cerca de 25% dos casos de doença sintomática da carótida 
 interna, cegueira monocular transitória (amaurose fugaz) recorrente alerta para a 
 presença da lesão, tudo isto por meio da artéria oftálmica. 
 5. Artéria carótida comum 
 Todos os sinais e sintomas de oclusão da carótida interna também podem 
 acompanhar a oclusão da artéria carótida comum. 
 Circulação posterior 
 1. Artéria cerebral posterior 
 Comumente se observam duas síndromes clínicas na oclusão da ACP: 
 (1) síndrome de Pl : sinais mesencefálicos, subtalâmicos e talâmicos . 
 Pode sobrevir paralisia do terceiro nervo craniano (oculomotor) com ataxia 
 contralateral (síndrome de Claude/núcleo rubro) ou hemiplegia contralateral 
 Quando uma artéria vertebral sofre atresia e uma lesão aterotrombótica 
 ameaça a origem da outra, a circulação colateral, que também pode incluir fluxo 
 retrógrado a partir da artéria basilar, muitas vezes é insuficiente . Nesse contexto, 
 podem ocorrer AIT por hipofluxo, consistindo em síncope, vertigem e hemiplegia 
 alternada; esse estado também prepara o terreno para trombose. 
 3. Artéria basilar 
 Um estado de "encarceramento" (locked-in) com preservação da consciência, 
 tetraplegia e sinais dos nervos cranianos sugere um infarto completo da ponte e do 
 mesencéfalo inferior. Os AIT na distribuição da artéria basilar proximal podem 
 provocar vertigem (muitas vezes descrita pelo paciente como "sensação de estar 
 nadando", "oscilação': "deslocamento", "instabilidade'' ou "sensação de cabeça oca'). 
 Outros sintomas que alertam para trombose basilar incluem diplopia, disartria, 
 dormência facial ou perioral e sintomas hemissensoriais. 
 Em geral, os sintomas de um AITdos ramos basilares afetam um dos lados 
 do tronco encefálico, enquanto os sintomas de um AIT da artéria basilar em geral 
 afetam ambos os lados, embora se tenha enfatizado a existência de hemiparesia "de 
 alerta' como sintoma inicial de oclusão basilar. Com maior frequência, os AIT, 
 independentemente de serem secundários a oclusão iminente da artéria basilar ou 
 de um ramo basilar, tem curta duração ( 5 a 30 minutos) e são repetitivos, ocorrendo 
 várias vezes ao dia. 
 Artéria Região Sintomas 
 Artéria cerebral 
 média (ACM) 
 -Irriga as regiões temporais e 
 limites entre frontal, parietal e 
 occipital. 
 -Suprem o corpo estriado e parte do 
 globo pálido. 
 -Ainda supre o córtex insular. 
 -Atinge as regiões do: córtex motor, 
 córtex sensitivo e centro da fala. 
 → Área motora primária: atividade 
 voluntária 
 → Área sensitiva primária: 
 sensibilidade/percepção tátil 
 → Área da Broca: fluidez da 
 linguagem. 
 → Área de Wernicke: área 
 responsável pela compreensão do 
 que se é ouvido e/ou lido. Área de 
 interpretação da linguagem. 
 → Cápsula interna: associação dos 
 membros inferiores com superiores. 
 -Afasia (quando o hemisfério 
 dominante é lesado); 
 - Hemiplegia e/ou hemiparesia 
 contralateral, mais acentuada na 
 face 
 e membro superior; 
 - Hemianopsia homônima. 
 Artéria cerebral 
 anterior (ACA) 
 -Abrange a região medial do 
 cérebro e a porção mais superior da 
 face súpero- lateral de cada 
 hemisferio 
 -Parte do giro pré e pós central, 
 responsáveis pela inervação da 
 região da PERNA e PÉ. 
 → Área motora primária: 
 motricidade voluntária nos 
 membros inferiores 
 → Área sensitiva primária: 
 sensibilidade/percepção tátil 
 → Giro do cíngulo: reação 
 involuntária 
 -Hemiparesia contralateral, mais 
 acentuada no membro inferior; 
 - Perda sensorial contralateral; 
 - Alterações do funcionamento 
 esfincteriano anal e vesical; 
 - Manifestações mentais, que são 
 mais nítidas e estáveis se o AVC 
 for bilateral; 
 - Alterações do comportamento, 
 se o AVC do lobo frontal for 
 intenso. 
 Artéria carótida 
 interna (ACI) 
 -Penetra na cavidade craniana pelo 
 osso temporal. Perfura a 
 dura-máter e a aracnóide e, no 
 início do sulco lateral, divide-se em 
 dois ramos terminais: as artérias 
 cerebrais média e anterior. 
 -Irrigam a parte anterior do 
 encéfalo: frontal, parietal, temporal 
 e o diencéfalo. 
 - Cegueira monocular transitória, 
 causada por isquemia ipsilateral 
 da artéria retiniana. 
 -A oclusão da artéria carótida 
 pode ser assintomática. A 
 oclusão sintomática resulta em 
 uma síndrome semelhante ao 
 AVC da artéria cerebral média 
 (hemiplegia contralateral, déficit 
 hemissensorial e hemianopsia 
 homônima, além de afasia, caso 
 o hemisfério dominante esteja 
 envolvido). 
 Artéria cerebral 
 posterior (ACP) 
 -Irrigam o córtex das áreas caudais 
 e basais do lobo temporal e 
 hipocampo, assim como todo córtex 
 do lobo occipital com seu córtex 
 visual. 
 - Também irriga o tálamo e uma 
 grande parte do mesencéfalo. 
 → Áreas visuais: campo de visão 
 (região occipital). 
 → Tálamo: relacionado a 
 sensibilidade, a consciência e 
 vigilância. 
 - Síndromes sensoriais talâmicos; 
 - Alterações de memória (lesão 
 bilateral); 
 - Cegueira cortical, provocada por 
 lesão bilateral dos lobos 
 occipitais 
 associada à agnosia; 
 - Ataxia . 
 - o paciente pode apresentar 
 anopsia (perda da visão em um 
 olho), ou até mesmo, 
 quadrantanopsia (apenas um 
 quadrante de todo o campo 
 visual). 
 - A oclusão da artéria cerebral 
 posterior produz uma 
 hemianopsia homônima afetando 
 o campo visual contralateral. 
 -Nas oclusões junto ao nível do 
 mesencéfalo, as anormalidades 
 oculares podem incluir paralisia 
 do olhar vertical, paralisia do 
 nervo oculomotor (III), 
 oftalmoplegia internuclear e 
 desvio de inclinação vertical dos 
 olhos. 
 -Quando a oclusão da artéria 
 cerebral posterior afeta o lobo 
 occipital do hemisfério dominante 
 (que geralmente é o esquerdo), 
 os pacientes podem apresentar 
 afasia anômica (dificuldade de 
 denominar objetos), alexia sem 
 agrafia (incapacidade de ler, sem 
 comprometimento da escrita), ou 
 agnosia visual (incapacidade de 
 identificar objetos apresentados 
 no lado esquerdo do campo 
 visual, sendo causada por uma 
 lesão do corpo caloso, que 
 desconecta o córtex visual direito 
 das áreas da linguagem do 
 hemisfério esquerdo). 
 Artéria 
 vertebral e 
 cerebelar 
 posterior 
 -As artérias vertebrais seguem em 
 direção ao encéfalo a partir das 
 artérias subclávias. Passam pelas 
 primeiras seis vértebras cervicais e 
 penetram no crânio pelo forame 
 magno. Fundem –se para constituir 
 a artéria basilar. 
 -Percorre a ponte e termina 
 anteriormente, bifurcando-se para 
 formar as artérias cerebrais 
 posteriores direita e esquerda. 
 Artéria basilar -A artéria basilar dá origem, além 
 das cerebrais posteriores, às 
 seguintes artérias: cerebelar 
 superior, cerebelar inferior anterior 
 e artéria do labirinto, suprindo 
 assim áreas do encéfalo ao redor 
 do tronco encefálico e cerebelo. 
 - O sistema vértebro-basilar e seus 
 ramos são freqUentemente 
 referidos clinicamente como a 
 circulação posterior do encéfalo. 
 - Hemiplegia contralateral ou 
 tetraplegia 
 - Paralisia facial; 
 - Disartria e disfagia; 
 - Síndrome de Hormes 
 homolateral; 
 - Perda de consciência e 
 presença de vertigem. 
 - O envolvimento da porção 
 dorsal (tegumento) da ponte 
 produz uma paralisia unilateral ou 
 bilateral do nervo abducente (VI); 
 os movimentos oculares 
 horizontais estão comprometidos, 
 mas nistagmo vertical e bobbing 
 ocular podem estar presentes. As 
 pupilas estão contraídas como 
 resultado do envolvimento de 
 fibras pupilodilatadoras 
 simpáticas descendentes na 
 ponte, mas podem permanecer 
 reativas. 
 -Hemiplegia ou quadriplegia em 
 geral estão presentes; o coma é 
 comum. 
 Medula espinhal 
 Limites e características 
 - Bulbo acima do forame magno 
 - Termina no cone medular (L1-L2), ocupa dois terços do canal vertebral 
 - Cauda equina - abaixo do cone 
 - Ligamento denteado- superfície lateral entre raízes posterior do cóccix 
 - Fissura mediana anterior 
 - Sulco mediano posterior (até subst. cinzenta)/ sulco intermédio 
 posterior 
 - Sulco lateral posterior- zona de entrada das raízes posteriores 
 - Intumescência cervical (forma plexo braquial) e lombar (forma plexo 
 lombar L11 a L4 e plexo sacral L4 a S2) 
 - Raiz posterior tem gânglio- dentro do forame intervertebral 
 - Raiz posterior e anterior se junta após o gânglio e formam o nervo - 21 
 segmentos 
 ● 8 cervicais 
 ● 12 torácicas 
 ● 5 lombares 
 ● 5 sacrais 
 ● 1 coccígeo 
 Região toracolombar- ramo comunicante branco e cinzento que ligam a 
 medula a cadeia simpática e paravertebral. 
 Tratos espinhais 
 O que são tratos? São feixes de fibras que tem a mesma origem e trajeto 
 - Três funículos de substância branca na medula 
 ● Anterior- entre a fissura mediana anterior e filamentos 
 radiculares anteriores emergentes-- fibras ascendentes e 
 descendentes. 
 ● Posterior- fibras ascendentes longas-- mediana (grácil) e lateral 
 (cuneiforme). 
 ● Lateral- entre a entrada das raízes posteriores e anteriores-- 
 fibras ascendentes (substância cinzenta medular) e descentes 
 (do tronco e córtex). 
 Tratos ascendentes 
 - Funículos posteriores 
 - Trato espinotalâmico anterior 
 - Trato espinotalâmico lateral 
 - Trato espinotectal 
 - Trato espinocerebelar posterior 
 - Trato espinocerebelar anterior 
 - Trato cuneocerebelar 
 - Vias espino-olivares 
 - Fibras espinorreticulares 
 Funículo posterior/ vias espino-olivares 
 - Sensibilidade tát (tatoe pressão) e cinestésica (posição e movimento) 
 → alta capacidade de discriminação 
 - Gânglio espinhal posterior 
 - Núcleos grácil (lombar, sacral e 5 torácicas inferiores) e cuneiforme 
 começa em T6) 
 - Lemnisco medial 
 - Tálamo- núcleo ventral póstero-lateral 
 - Área pós-central 
 - Algumas fibras fazem sinapse no grácil e cuneiforme e enviam fibras 
 aos núcleos olivares acessórios (receptores cutâneos e 1b) - 
 projetam-se ao lobo anterior cerebelo. 
 Trato espinotalâmico anterior 
 - Gânglio posterior 
 - Sinapse no corno posterior 
 - Cruzam na comissura branca anterior 
 - Ascendem ao tálamo até o núcleo VPL, junto do leminisco medial 
 - Parte das fibras projetam-se para substância cinzenta periaquedutal 
 - Tato leve 
 Trato espinotalâmico lateral 
 - Dor e temperatura do corpo contralateral 
 - Sinapse no corno posterior, cruzando a comissura medular anterior, 
 vão diretamente ao tálamo- VPL, envia fibras para FOR 
 - Organização somatotópica, temperatura mais posterior 
 - Cordotomia- perda sensibilidade térmica e dolorosa contra-lateral 
 Trato espinocerebelar posterior/ trato cuneocerebelar 
 - Trato são cruzado, ascendente na porção periférica póstero-lateral da 
 medula espinhal 
 - Fuso Neuromuscular e órgão neurotendinoso de golgi-gânglio posterior 
 faz sinapse no núcleo dorsal de clake e não cruza- trsto posterior- 
 pedúnculo cerebelar inferior no bulbo- cerebelo 
 - Coordenação delicada da postura e músculos nos movimentos de cada 
 membro/ não atingem a cosnciência 
 - Medula cervical- trato que ascende ao núcleo cuneiforme acessório e 
 entra no pedúnculo cerebelar inferior 
 Trato espinocerebelar anterior 
 - Transmissão Impulso principalmente MMII 
 - Orgãos neurotendinosas de Golgi- músculos sinérgicos em cada 
 articulação 
 - Gânglio posterior- sinapse no H medular- cruza comissura anterior- 
 pedúnculo cerebelar superior- vérmis cerebral 
 - Movimentos coordenado e postura de todo membro inferior 
 Tratos reticulares ascendentes e descendetes 
 - Fibras de origem nas cels da coluna posterior 
 - Espalham-se por FOR 
 - Sistema polissináptico filogeneticamente antigo 
 - Papel na consciência comportamental/ modificação de atividade 
 motora e sensorial e modulação da atividade elétrica cortical. 
 Tratos descendentes 
 - Função motora somática/ inervação visceral/ modificação do tônus 
 muscular/ reflexos segmentares/ ransmissão central de impulsos 
 sensoriais 
 - Sistema cortico espinhal 
 - Trato tectoespinhal 
 - Trato rubroespinhal 
 - Trato vestibuloespinhal 
 - Trato reticuloespinhal 
 - Fascículo longitudibal medial 
 - Vias autônomas descendentes 
 - Fascículos próprios 
 Tratos Corticoespinhal 
 Trato tectoespinhal 
 - Colículo superior- vão acompanhar ao redor da substância cinzenta 
 periaquedutal, atravessam decussão tegmentar dorsal e descem junto 
 a rafe mediana, anterior ao FLM 
 - medeia movimentos posturais reflexos em respostas a estímulos 
 visuais e auditivos 
 Trato rubroespinhal 
 - Núcleo rubro recebe fibras do córtex motor e cerebelo pelo pedúnculo 
 cerebelar superior 
 - Cruzam a decussação tegmental ventral e descendem anterior ao trato 
 córtico-espinhal 
 - Terminam no H medular 
 - Estimula neurônios motores alfa contralaterais do flexores e inibe 
 extensor- controle do tônus dos músculos flexores. 
 Trato vestibuloespinhal 
 - Núcleo vestibuar recebe aferências dos órgãos vestibulares e cerebelo 
 - Trato inica-se no núcleo lateral e desce ipsilateralmente na parte 
 anterior do funículo lateral 
 - Influência muio mais intumescências 
 - Exerce facilitação dos músculos extensores- facilitador do 
 motoneurônio alfa. 
 Vias autônomas descendentes 
 - Terminam sobre grupos de cels viscerais- coluna intermédio-lateral 
 ipsilateral na medula torácica e lombar e grupos de céls 
 pré-ganglionares sacrais. 
 - Inervam músculo liso, cardíaco, glândulas e vísceras 
 - Núcleo de origem- hipotálamo, núcleos viscerais oculomotor, locus 
 cerebelo, trato solitário, tegmento. 
 Áreas funcionais do cérebro 
 O tecido do telencéfalo se divide em substância branca e cinzenta, a primeira 
 apresentando os prolongamentos dos axônios, e a cinzenta sendo um acúmulo de 
 corpos celulares dos neurônios, que se encontra predominantemente no córtex 
 (região mais externa), com exceção dos núcleos da base. 
 - O córtex cerebral contém bilhões de neurônios organizados em seis 
 camadas. 
 - Brodmann mapeou o córtex cerebral em 47 áreas estruturais baseadas em 
 variações sutis na espessura das seis camadas. 
 No geral existem 3 tipos de áreas funcionais no córtex 
 - Áreas sensitivas 
 - Áreas de associação 
 - Áreas motoras 
 Existe uma área sensitiva para cada um dos sentidos principais, e estas se chamam 
 córtex sensitivo primário, e cada um está ligado a uma área de associação que 
 processa a informação sensitiva. 
 Outras áreas de associação recebem e integram aferências de várias regiões do 
 córtex cerebral, chamadas áreas de associação multimodais. 
 A informação é processada através dessas regiões do córtex cerebral de acordo 
 com a seguinte hierarquia: 
 1. A informação sensitiva é recebida pelo córtex sensitivo primário e a chegada 
 dessa informação resulta na percepção do tipo de sensibilidade. 
 2. A informação é retransmitida para a área de associação sensitiva que atribui 
 significado ao tipo de aferência. 
 3. As áreas de associação multimodais recebem aferências em paralelo de várias 
 áreas de associação sensitiva, integrando toda aferência para criar uma 
 compreensão completa da informação recebida. Essas regiões também integram a 
 aferência com a experiência pregressa e desenvolvem uma resposta motora. 
 4. O plano motor é executado pelo córtex motor. 
 obs.- área sensitiva e motora são diferentes de neurônios sensitivos e motores, 
 sendo os neurônios do córtex interneurônios. 
 Áreas sensitivas 
 Lobos- parietal temporal e occipital. 
 Áreas sensitivas 
 TIPO LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO ÁREA DE 
 ASSOCIAÇÃO 
 Áreas 
 visuais 
 Na parte posterior e 
 medial ao lobo 
 occipital, com grande 
 parte dentro do sulco 
 calcarino, e é a maior 
 área sensitiva cortical. 
 Exibe projeção 
 contralateral: a metade 
 direita do campo visual é 
 representada no córtex 
 visual esquerdo e a 
 metade esquerda, no 
 córtex direito. Se essa 
 área for danificada, a 
 pessoa não tem 
 percepção consciente do 
 que está sendo 
 visualizado e é 
 funcionalmente cega. 
 Circunda o córtex 
 visual e cobre 
 grande parte do 
 lóbulo occipital, 
 continua o processo 
 de informação 
 visual, analisando 
 cor, forma e 
 movimento. 
 Áreas 
 auditivas 
 Na margem superior 
 do lobo temporal, 
 principalmente dentro 
 do sulco temporal. 
 Percepção consciente do 
 som que está situado e 
 onde a informação 
 sonora é percebida com 
 sua intensidade, ritmo e 
 altura. 
 Sua área de 
 associação é 
 posterior e lateral ao 
 seu córtex, e 
 permite a avaliação 
 do som com a 
 memória e 
 identificar de que 
 vem o som. 
 Córtex 
 vestibular 
 (equilíbrio) 
 Localizado na parte 
 posterior da ínsula, 
 logo abaixo do sulco 
 lateral. 
 Responsável pela 
 percepção consciente do 
 sentido de equilíbrio. 
 - 
 Córtex 
 gustatório 
 Situa-se na ínsula Ligado à percepção 
 consciente dos estímulos 
 do paladar. 
 - 
 Córtex 
 olfatório ou 
 piriforme 
 Está medial ao lobo 
 temporal, em uma 
 pequena região 
 chamada unco. 
 Os nervos olfatórios 
 transmitemimpulsos que 
 são retransmitidos 
 para o córtex olfatório, 
 resultando na percepção 
 consciente dos odores. 
 - 
 Áreas motoras 
 Lobos- parte posterior do lobo frontal. 
 Áreas Motora 
 TIPOS LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO 
 Córtex motor 
 primário 
 No giro pré-central do lobo 
 frontal. 
 Nessa área, existem grandes neurônios 
 chamados células piramidais . 
 Córtex 
 pré-motor 
 Antes do giro pré-central Essa região planeja e coordena movimentos 
 complexos e retransmite o plano para o córtex 
 motor primário visando à execução. 
 Campo 
 ocular frontal 
 Anterior ao córtex 
 pré-motor 
 Controla os movimentos voluntários dos olhos. 
 Área de 
 broca 
 Inferior do córtex 
 pré-motor no hemisfério 
 cerebral esquerdo. 
 Controla os movimentos motores necessários 
 para a fala e está conectada às áreas de 
 compreensão da linguagem. 
 Áreas de associação multimodais 
 Definição- são grandes áreas que recebem estímulos sensitivos de várias 
 modalidades de sensibilidade e das áreas de associação sensitiva, ou seja, a 
 principal função é integrar todas estas informações. 
 TIPOS FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO 
 Área de associação 
 posterior 
 Nos lobos parietal e temporal, 
 na interface entre as funções 
 visual, auditiva e somestésica. 
 Tem uma percepção unificada 
 do tipo de sensibilidade. 
 - Percepção espacial do 
 corpo. 
 O processamento 
 visual estende-se do 
 lobo occipital até a 
 área de associação 
 posterior . 
 A informação visual 
 segue anteriormente 
 através dessas áreas 
 de associação 
 em dois fluxos. 
 Fluxo dorsal 
 Estende-se pelo córtex parietal 
 posterior até o giro pré-central 
 e percebe a relação espacial 
 entre vários objetos. Isso é 
 conhecido como via do “onde”, 
 que identifica a localização dos 
 objetos. 
 Fluxo ventral 
 Estende-se pela parte inferior 
 do lobo temporal e é 
 responsável por reconhecer 
 objetos, palavras durante a 
 leitura e faces (o 
 reconhecimento facial usa 
 apenas o hemisfério direito). 
 Ele é conhecido como via do 
 “que”, pois identifica o que as 
 coisas são. 
 Os estímulos visuais são 
 processados por dois fluxos 
 em paralelo, os estímulos 
 auditivos são processados 
 serialmente e em paralelo. 
 Via posterolateral 
 Através do lobo parietal até a 
 parte lateral do lobo frontal 
 avalia a localização de um 
 estímulo sonoro — a via do 
 “onde”. 
 Via anterolateral 
 Lobo temporal anterior até a 
 região inferior do lobo frontal 
 processa informações 
 relacionadas à identificação do 
 som −a via do “que”. 
 Área de associação 
 anterior 
 Grande região anterior do 
 lobo frontal 
 Ela recebe informações 
 sensitivas altamente 
 processadas da área de 
 associação posterior, 
 integra essas 
 informações às 
 experiências pregressas 
 por meio da conexão com 
 a 
 área de associação 
 límbica (descrita a seguir) 
 e planeja/inicia 
 as respostas motoras 
 graças à ligação com as 
 regiões motoras 
 Área de associação 
 límbica 
 Medialmente nos 
 hemisférios cerebrais em 
 partes dos lobos 
 temporal, parietal e 
 frontal. 
 Ela está ligada à memória 
 e à emoção, integra o 
 comportamento 
 sensitivo-motor com a 
 experiência pregressa, 
 ajuda a formar a memória 
 e utiliza essa experiência 
 anterior para influenciar a 
 resposta motora futura. 
 . 
 Sistema sensitivo 
 São conjuntos de estruturas e processos que podem captar e 
 interpretar certos aspectos físicos ou químicos, genericamente definidos como 
 estímulos, do meio externo ou interno de um organismo. 
 Funções- sensação, percepção, comportamentos e controle visceral 
 Estímulo Nada mais é que uma variação de energia, são 
 diferentes formas de energia com diferentes sistemas 
 sensoriais. 
 Sensação Se define como o reconhecimento da presença do 
 estímulo e suas propriedades básicas, resultando no 
 funcionamento do sistema sensorial 
 Percepção É a capacidade de dar às sensações significado e 
 integração. 
 Cada sistema sensorial tem uma organização hierárquica 
 1. Tudo começa perifericamente pelo receptor sensorial (estruturas 
 responsáveis pela conversão do estímulo em um sinal elétrico) → 
 potencial graduado, potencial gerador, e normalmente é 
 despolarizante, gerando o potencial de ação no neurônio primário 
 2. Neurônio aferente primário (Via sensorial, que é onde o sinal 
 atravessa) sistema ânterolateral e coluna dorsal lemnisco medial. 
 3. Neurônio aferente secundário 
 4. Neurônio aferente terciário 
 5. Neurônio cortical (projeção cortical)- áreas onde o sinal biológico é 
 interpretado, gerando sensações. 
 Receptor sensorial 
 - Células ou partes de células com proteínas de membrana específicas, 
 sensível ao estímulo. Podem ser- 
 1) Células epiteliais modificadas (células conectada sinapticamente com 
 um neurônio sensitivo)- exemplo- pacini 
 2) Terminações Nervosas livres (nuas ou modificadas)- dor 
 *Olfação o receptor é um neurônio bipolar com proteínas de membrana 
 específica. (CÉLULAS ESPECIALIZADAS) 
 Transdução sensorial- é a capacidade de todo receptor sensorial 
 transformar a energia de um estímulo em um sinal biológico (sinal elétrico). 
 Formas de energia que podem atuar sobre os receptores, de acordo com sua 
 especificidade. 
 - Estímulo adequado, é aquele ao qual o receptor está melhor adaptado 
 a detectar 
 O mecanismo de transdução depende do receptor, e quase sempre há 
 alterações no potencial de membrana do receptor (potencial gerador), a 
 grande maioria é despolarizante. Assim, o fenômeno elétrico gerado na 
 membrana receptiva deflagra um potencial de ação que se propaga pelas vias 
 sensitivas aferentes e processamento nos diferentes níveis do SNC. 
 - Só começa a ter potencial de ação na células ganglionar 
 De acordo com a intensidade do estímulos ele pode ser classificado em- 
 Estímulo subliminar, limiar e supralimiar . 
 Limiar sensorial não é obrigatoriamente o mesmo, podendo ser 
 alterado por diferentes fatores, sendo eles psicológicos, emocionais, 
 motivacionais, podendo ser elevado ou reduzido. Até mesmo a constituição 
 genética e a experiências vividas. 
 - Limiar varia durante o ciclo menstrual 
 Codificação sensorial- cada estímulo possui um número mínimo de atributos 
 que devem ser informados às áreas sensoriais centrais para gerar uma 
 sensação útil, inclusive já está incluso os tipos de estímulo, modulando a 
 codificação por intensidade. 
 Agora, como o sistema codifica isso? sendo que os potencial de ação 
 não vai ter variável, sendo máximo enquanto está ativo? Como se identifica 
 essas características se as ondas são iguais? Não era tudo ou nada? 
 A própria organização do sistema sensorial pode entender esses aspectos, 
 como os atributos dos estímulos- tipos, intensidade, duração, localização- são 
 codificados pelos impulsos nervosos 
 - Assim os receptores com especificidade alta para identificar 
 modalidades diferentes de energia (estímulo) 
 - Estes por sua vez estão ligados a vias muito específicas onde trafegam 
 os potenciais de ação originados de cada receptor. 
 - Regiões corticais específicas que fazem a análise dessas informações 
 A codificação ainda pode ser reconhecida de acordo com a localização 
 do receptor. 
 - Externoreceptores - captam sinais do meio ambiente 
 - Internoreceptores ou viscerais- captam sinais do meio interno e 
 das vísceras. 
 - Proprioceptores - captam sinais dos músculos, tendões earticulações 
 Codificação de tipo de estímulo 
 Teoria da linha rotulada- cada receptor apresenta especificidade para um tipo 
 de energia estimulada e está ligado a vias sensoriais e áreas sensoriais 
 centrais específicas. 
 Categorias sensoriais 
 - Mecanorreceptores- estímulos mecânicos 
 - Quimiorreceptores- estímulo químicos 
 - Termorreceptores- estímulos térmicos 
 - Fotorreceptores- estímulos eletromagnéticos ou luminosos 
 - Nociceptores- diferentes formas de energia que causam lesão tecidual, 
 sensação de dor. 
 Como que o sistema sensorial codifica a intensidade do estímulo ? 
 Discute-se 3 maneiras 
 2. Sentidos somáticos termorreceptivos estimulados por alterações na 
 temperatura. 
 3. Sentidos somáticos nociceptivos- ativados por qualquer fator capaz de 
 levar à lesão tecidual. 
 Sensações Mecanorreceptivas: tato, pressão, vibração, prurido, cócegas 
 sentido de posição 
 Tato: resulta da estimulação de receptores táteis localizados na pele ou 
 em tecidos imediatamente abaixo dela. (epiderme) 
 Pressão: resulta geralmente da estimulação de tecidos mais profundos. 
 (hipoderme) 
 Vibração: resulta de sinais sensoriais rapidamente repetitivos – 
 geralmente os receptores para vibração são os de adaptação mais rápida. 
 (superficial 
 Classes de sensações táteis somáticas: 
 EPICRÍTICAS: envolvem aspectos finos do tato e são mediadas por 
 receptores 
 encapsulados. 
 Incluem a capacidade de: 
 - Detectar o contato sutil da pele e localizar a posição do estímulo 
 (topognosia) 
 - Discernir vibração e determinar sua frequência e amplitude 
 - Perceber pelo toque detalhes espaciais, como textura de superfícies e 
 o espaçamento entre dois pontos tocados simultaneamente 
 (discriminação entre dois pontos) 
 - Reconhecer a forma de objetos com a mão (estereognosia) 
 PROTOPÁTICAS: envolvem sensações dolorosas e térmicas (bem como 
 coceiras e cócegas) – menor grau de discernimento. 
 Podemos observar ainda, os axônios dos neurônios somatossensoriais, 
 podem ter calibre maior ou menor, mielinizados ou não mielinizados. Podendo 
 ver que a condução será maior nos mielinizados. 
 Discriminação espacial no sistema somatossensorial 
 Depende de vários fatores: 
 1 – Tamanho dos campos receptivos periféricos, quanto maior o campo menor 
 discriminação 
 2 – Quantidade de receptores por unidade de superfície – densidade de 
 receptores; 
 3 – Convergência na via aferente. 
 Limiar menor é a polpa digital, os lábios face 
 Menor discriminação leva a uma projeção cortical menor 
 Sensibilidade térmica 
 - Capacidade de detectar sensações de frio ou calor; 
 - Receptores dispersos ao longo do corpo; 
 - Terminações nervosas livres nas camadas subcutâneas da pele. 
 - Receptores de frio 
 - Receptores de calor 
 - Propriocepção Dinâmica ou Cinestesia: reconhecimento consciente 
 das frequências de movimento e da direção do movimento das 
 diferentes partes do corpo. 
 Localização dos receptores: 
 1 – Articulações – Corpúsculos de Ruffini (cápsulas articulares) 
 2 – Ligamentos – Receptores de Golgi-Mazzoni 
 3 – Periósteo – Corpúsculos de Pacini 
 4 – Músculos – Fusos Musculares e Órgão Tendinoso de Golgi 
 5 – Pele sobre as articulações – Corpúsculo de Ruffini 
 Informações que detectam: 
 – Grau de angulação da articulação 
 – Direção do Movimento 
 – Identificação das partes do corpo umas em relação às outras 
 – Velocidade do movimento 
 – Força de contração do músculo 
 Receptores responsáveis por detectar, nos diversos segmentos do corpo, 
 informações tanto de grandezas cinemáticas (posições, velocidades e 
 acelerações) quanto de grandezas dinâmicas (forças) envolvidas no 
 comportamento motor. 
 - Fusos neuromusculares: responsáveis pela detecção de informação 
 do comprimento de um músculo e suas respectivas variações no 
 tempo. 
 - Órgãos tendíneos de Golgi: envolvidos na sinalização da força de 
 contração do músculo. 
 Vias ascendentes somatossensoriais 
 - Área do córtex cerebral em que as informações sensoriais são 
 interpretadas para gerar sensações e percepções. 
 - Cada sistema sensorial tem uma área cortical associada específica: 
 - Área primária: recebe primeiro as informações provenientes do 
 receptor para sensação 
 - Área secundária: envolvida com a interpretação de aspectos seletivos 
 da informação sensorial – percepção. 
 - Áreas de Associação: reúnem informações provenientes de vários 
 sistemas sensoriais interpretados pelas áreas primárias e secundárias 
 para criar uma percepção coesa e coerente. 
 Sistema motor 
 Movimentos são ações produzidas por padrões espaciais e temporais de 
 contrações musculares desencadeadas pelo encéfalo e pela medula espinhal 
 Existem 3 tipos de movimento- 
 - Reflexos (mais simples) 
 - Padrões rítmicos 
 - Voluntários (mais complexos) 
 Reflexos Voluntária Rítmico 
 Estímulo Principalmente 
 externos, via 
 receptores 
 sensoriais, 
 minimamente 
 voluntário. 
 Estímulo externo 
 ou vontade 
 Início e 
 finalização 
 voluntária 
 Exemplo Reflexo patelar, 
 tosse posturais 
 Tocar piano Caminhar, comer 
 Complexidad 
 e 
 Menos complexo Meio complexo Mais complexo 
 Característic 
 as 
 Inato e rápido Aprendida com 
 melhora na prática 
 Tronco encefálico 
 e circuitos 
 Modos básicos de controle muscular 
 1. Controle fásico- ativação transitória → movimentos discretos, 
 atrações transitórias, os movimentos desejados ocorrem 
 adequadamente. 
 2. Controle tônicos- contrações estáveis → estabilização de articulações 
 Características organizacionais para integração dos atos voluntários e 
 reflexos pelos sistemas motores 
 1. Fluxo contínuo de informações sensoriais - eventos no ambiente, da 
 posição e orientação do corpo e dos membros, e do grau de contração 
 dos músculos. 
 2. Sistemas motores organizados em três níveis de controle : medula 
 espinhal, sistemas descendentes do tronco encefálico e áreas motoras 
 do córtex cerebral. 
 ● Integração depende de feedback (requer mais tempo, mais 
 preciso) feedforward (alimentação antecipada) e mecanismo 
 adaptativo distribuídos entre os 3 níveis. 
 Organização os sistemas motores → deixar o córtex mais livre para 
 realizar outras funções 
 Organização hierárquica 
 - níveis mais inferiores geram os reflexos sem intervenção de níves mais 
 superiores 
 - Os centros mais superiores ficam então livre para dar comando gerais 
 sem ter de especificar todos os detalhes da ação motora 
 Organização em paralelo (movimento em bloco) 
 - Centros mais superiore se ajustam a operação de circuitos espinhais 
 - Sistemas descendentes permitem que certas funções sejam 
 controladas de modo relativamente independente. 
 Para a execução do movimento voluntário, há necessidade da ideia do 
 movimento, depois é necessário de um conjunto de informações, gerando um 
 programa do movimento. 
 Estruturas envolvidas no planejamento e execução dos movimentos e 
 suas funções 
 - Quanto maior a encefalização menor a dependência ao nível medular. 
 - O medular depende muito da entrada sensorial, mas tem uma 
 modulação dos sinais decentes do encéfalo, e podem enviar sinais 
 para as regiões superiores. 
 - -O tronco é uma arranjo mais complexo que a medula espinhal, e 
 recebe aferências do cerebelo, receptores visuais e aparelho 
 vestibular. 
 - O cerebelo faz parte da senso mobilidade inconsciente, e não inicia o 
 movimento, mas faz ajustes na sinalização, para o movimento, tendoentrada das vias sensoriais e entrada do córtex, enviando eferências 
 para o tronco encefálico e para o córtex que depende de uma 
 passagem pela ponte. 
 - O tálamo é uma estação intermediária de retransmissão, ajudando a 
 modular a passagem de informações, recebendo aferências do núcleo 
 da base, cerebelo e medula, e envia para o córtex. 
 - Os núcleos da base tem uma função importante no planejamento do 
 movimento, recebendo e enviando para o córtex e tronco. 
 Níveis hierárquicos 
 → Córtex cerebral- modula a ação dos neurônios motores do tronco 
 encefálico e da medula espinhal, movimentos complexos e precisos. 
 ● Principais áreas 
 - Córtex motor primário (ordenador- comanda força e direção do 
 movimento) 
 - Área pré-motora (planejamento- moimento da face e membros) 
 - Córtex Motor Suplementar (planejamento) 
 Planejamento motor 
 A informação sensitiva influencia o planejamento e a execução do 
 movimento. O córtex parieto-temporal-occipital, recebe projeções de áreas 
 somáticas superiores, visuais e auditivas, processando a informação sensitiva 
 envolvida com a percepção e a linguagem. Já o córtex límbico recebe 
 projeções de áreas sensitivas superiores e projeta para outras regiões 
 corticais, dentre elas o córtex pré-frontal- informação emocional afeta o 
 planejamento e a execução do movimento. 
 Projeção na medula espinhal 
 ● Direta- trato córtico espinhal, parte fibras córtico bulbares. 
 ● Indireta- Sistemas motores do tronco encefálicos 
 Centros superiores- Tronco encefálico 
 Movimentos oculares 
 - Reflexos vestíbulo- ocular- compensa os movimentos da cabeça 
 - Movimentos optocinéticos- resposta ao deslocamento de imagens 
 - Movimentos sacádicos- rápidos e precisos 
 Regulação do tônus e postura 
 - Reações tônicas- manter o corpo na vertical 
 - Reação saltatória- resposta a uma perturbação lateral 
 - Reações de posicionamento- resposta a um tropeço 
 Projeções 
 - Sistema ou via medial c ontrole da postura e estabilização das 
 articulações e no reflexo de orientação da cabeça. Parte ventromedial 
 substância cinzenta espinhal → motoneurônios músculos axiais e 
 proximais. 
 - Sistema ou via lateral- controle ativação de músculos distais dos 
 membros → movimentos finos e coordenação dirigidos a um objetivo. 
 Parte dorsolateral da substância cinzenta → neurônios motores 
 distais dos membros. 
 Arco reflexo 
 miotático inverso é o mesmo tendinoso 
 (mesmo motoneurônio alfa) 
 Núcleos da base 
 Os núcleos da base são núcleos profundos do telencéfalo, que 
 são considerados estruturas interligadas com localização subcortical que, 
 em conjunto com o cerebelo, atuam na interface entre os sistemas 
 sensoriais e as respostas motoras. 
 Basicamente, os núcleos da base recebem informações do córtex 
 cerebral, integram, processam esses impulsos e projetam-o para o 
 tálamo , que os retransmite para áreas específicas do córtex cerebral. 
 Isso afeta os comportamentos motores, emocionais e cognitivos. 
 Relação anatômica dos núcleos da base→ núcleo caudado, o putâmen, 
 no globo pálido, na substância negra e no núcleo subtalâmico. 
 Estrutura dos núcleos da base 
 (1) Estriado: é formado pelos núcleos caudado (cerca de 35% do 
 volume) e putâmen (cerca de 55% do volume); recebe todos os inputs 
 para os núcleos da base. 
 (2) globo pálido: divide-se em segmentos externo (lateral - regula a 
 saída d o circuito motor dos NB) e interno (medial); 
 (3) substância negra: dividida em parte compacta (fornece dopamina) e 
 reticular; 
 (4) núcleo subtalâmico: localizado no telencéfalo. 
 à parede lateral dos ventrículos laterais. Compõe-se de cabeça, corpo 
 e cauda. A cabeça no núcleo caudado relaciona-se com o corno 
 anterior do ventrículo lateral; o corpo do núcleo caudado relaciona-se 
 com a parte central do ventrículo lateral; e a cabeça do núcleo 
 caudado relaciona-se com a parte anterior do núcleo lentiforme. 
 Núcleo caudado e putâmen – os dois núcleos são, em conjunto, 
 chamados de estriado, e têm funções relacionadas sobretudo com a 
 motricidade. 
 Globo pálido- é situado medialmente. A lâmina medular medial separa 
 o globo pálido em segmentos medial. 
 Núcleo subtalâmico- situado no nível ao diencéfalo, ventralmente ao 
 tálamo, relaciona-se, lateralmente, com a cápsula interna e, 
 medialmente, com o hipotálamo. O núcleo subtalâmico é 
 somatotopicamente organizado. 
 Substância negra- é uma estrutura de coloração escura, formada por 
 neurônios contendo melanina. É considerada a maior estrutura nuclear 
 do mesencéfalo, sendo dividida em 2 partes: a parte compacta (SNc) 
 e a pars reticulata (SNr). A pars compactas contêm grandes 
 quantidades de dopamina. Essa divisão da substância negra apresenta 
 as principais projeções eferentes, sobretudo através das fibras 
 nigroestriatais, que fazem a conexão entre o corpo estriado e estão 
 envolvidas com o controle dos movimentos. 
 Via direta: 
 1. Libera o tálamo da inibição tônica, através de uma maior excitação 
 do córtex, que leva a mais outputs corticais. 
 2. As projeções excitatórias do córtex para o estriado 
 (caudado/putame) fazem sinapse com os neurônios inibitórios, que 
 se projetam diretamente para o GPi. 
 3. Em seguida, os neurônios inibitórios se projetam para o tálamo. Os 
 inputs inibitórios do estriado a o GPi inibem a projeção inibitória 
 para o tálamo. Ou seja, inibem a ação GABAérgica; 
 4. A inibição da inibição libera a inibição tônica do tálamo, resultando 
 em aumento nos outputs. 
 5. Ao mesmo tempo, o estriado também é influenciado pelos inputs da 
 SN. Os neurônios dopaminérgicos (via D1) se projetam do 
 estriado, onde excitam neurônios inibitórios, que, por sua vez, se 
 projetam para o GPi. 
 6. A SN aumenta os inputs excitatórios provenientes do córtex. O 
 NST propicia estimulação tônica à SN, influenciando assim os 
 outputs da SN. 
 Via indireta: 
 1. Inibe os outputs do tálamo, levando a menor excitação do córtex 
 motor e menos outputs motores. Desse modo, a via indireta 
 contrabalanceia os efeitos da via direta, ou a “freia” . 
 2. As projeções excitatórias do córtex para o estriado fazem sinapse 
 com neurônios inibitórios, que se projetam para o GPe. Uma 
 projeção inibitória vai para o NST, que envia uma projeção 
 excitatória para o GPi, causando uma excitação dos neurônios; 
 3. Do GPi, os neurônios inibitórios se projetam para o tálamo. Essa 
 excitação da inibição pela projeção do NST aumenta a inibição 
 tônica do tálamo. Os neurônios dopaminérgicos inibem (via D2) os 
 interneurônios colinérgicos excitatórios no estriado, que se projetam 
 para os neurônios inibitórios e vão do estriado ao GPe. 
 4. A SN neutraliza os inputs excitatórios do córtex para o estriado. 
 Há também conexões recíprocas entre o SN e o NST. A SN tem 
 um efeito inibitório sobre o NST, que envia projeções excitatórias 
 para o SN. 
 5. Essa ligação recíproca controla os inputs para os gânglios da base, 
 bem como os outputs para o tálamo. Um desequilíbrio desse 
 sistema motor é a base de enfermidades como a doença de 
 Parkinson (DP). 
 Nervos cranianos 
 A maioria está no tronco encefálico, menos o olfatório (telencéfalo) e o 
 óptico (diencéfalo), e ao total são 12 pares de nervos cranianos. 
 - III

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