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Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE) Estagiário (a): SUELEN DE FREITAS DA ROSA DE BRITO Disciplina: Estágio Supervisionado III – Manipulação (Farmácia) Maringá – 2021 Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 2 Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE) Estagiário (a): SUELEN DE FREITAS DA ROSA DE BRITO Disciplina: Estágio Supervisionado III – Manipulação (Farmácia) Maringá – 2021 Trabalho de Conclusão de Estágio Supervisionado III, Farmácia Manipulação, requisito parcial para aprovação, Curso de Farmácia. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 3 Sumário I. Introdução ...................................................................................................................................4 II. Objetivos .....................................................................................................................................5 2.1 Objetivo Geral.........................................................................................................................5 2.2 Objetivos Específicos..............................................................................................................5 III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................................6 3.1. Manipulação de formulações......................................................................................................6 3.1.1. Sólidos......................................................................................................................................7 3.1.2. Semissólidos.............................................................................................................................7 3.1.3. Líquidos....................................................................................................................................7 3.1.4. Exemplo de Fórmula líquida supervisionada durante o estágio...............................................7 3.2. Diluição de matérias-primas.......................................................................................................8 3.3.Dispensação de formulações........................................................................................................8 3.4.Registro da farmácia....................................................................................................................9 IV. ANÁLISE ...................................................................................................................................10 V. CONCLUSÃO............................................................................................................................11 VI. ANEXOS.....................................................................................................................................12 VII. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................13 Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 4 I. INTRODUÇÃO Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria. Na vida superior a teoria e a prática completam-se. Foram feitas uma para a outra. (PESSOA, 1926). As farmácias magistrais ressurgiram no Brasil no final dos anos 80, após forte crise gerada pela indústria farmacêutica. No início eram poucos estabelecimentos, voltados principalmente à dermatologia e homeopatia. Logo em seguida, com a entrada dos medicamentos genéricos no mercado, o segmento passou a manipular também inúmeros medicamentos cujas apresentações já eram disponibilizadas pela indústria. No Brasil o setor representa 10% apenas do amplo mercado de medicamentos. A manipulação de medicamentos constitui-se em um conjunto de operações farmacotécnicas, com a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e de fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano (ANVISA,2007). De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no. 67, de 08 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais, cabe algumas definições (BRASIL, 2007). 1. Preparação: é o procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado, compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, envase, rotulagem e conservação das preparações. 2. Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a partir de uma prescrição de profissional habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. 3. Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos pela Anvisa. Para tal prática foi realizado um estágio curricular supervisionado; em Farmácia Magistral e Oficinal, prática também conhecida como Farmácia de Manipulação; na Rede de Farmácias Fleming, localizada na Rua do Rosário 881, na cidade de Ponta Grossa, estado do Paraná. Sendo que esta possui mais de 20 lojas espalhadas pela região sendo uma delas exclusivamente para manipulação. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 5 II. OBJETIVOS Acompanhar, observar e vivenciar a rotina farmacêutica, acompanhando o exercício da profissão e produção de fórmulas magistrais e oficinais, no conjunto de pilares de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde. 2.1 Objetivo Geral: O objetivo do estágio em Farmácia de Manipulação compreende os conhecimentos das rotinas desenvolvidas, procurando a aplicação de práticas no que for de competência à Legislação do Código de ética farmacêutica, também adquirir conhecimento técnico no exercício da profissão e da assistência farmacêutica. 2.2 Objetivos Específicos: • Qualificação prática farmacotécnica; • Interpretação, correção e adaptação de fórmulas magistrais; • Atendimento de qualidade ao público em geral, correlacionando a prática farmacêutica aos conteúdos teóricos já estudados; • Interpretação de prescrições de forma eficaz; • Perícia na prestação de serviços farmacêuticos; • Aprimoramento no aprendizado de produção de fórmulas magistrais e oficinais líquidas, sólidas e semissólidas; • Conhecer as diferentes matérias primas e suas aplicações; • Compreender todos os processos envolvidos na produção. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 6 III. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A história da farmácia se confunde com a da própria humanidade, já que ao longo do tempo o ser humano sempre se utilizou de recursos disponíveis ao seu redor para melhorar sua qualidade de vida. Contudo, a partir do século XII a distinção entre tais profissões se tornou mais evidente e, desde então, o farmacêutico vem se destacando como profissional de referência em relação a fármacos e medicamentos, atuando em diferentes áreas e exercendo influência sobre todas as etapas envolvidas, desde a pesquisa e desenvolvimento, manipulação, controle de qualidade e dispensação. Atualmente o mercadode trabalho, que vem se tornando cada vez mais complexo, principalmente devido à inserção de novas tecnologias (processos, fármacos, excipientes, etc.) e às rígidas legislações que regem e normatizam esse setor. Nesse contexto, é importante destacar que a manipulação farmacêutica tem como principal característica a preparação individualizada de medicamentos (cápsulas, sachês, xaropes, etc.) e de outros produtos (como cosméticos) com objetivo de suprir as necessidades específicas de determinados pacientes. Assim, a farmácia magistral é o único estabelecimento autorizado por lei para manipular e comercializar fórmulas e/ou produtos terapêuticos personalizados. Vale lembrar que esse setor está em constante evolução e vem ocupando cada vez mais espaço na economia do país, principalmente devido ao crescimento e envelhecimento da população e à necessidade de cumprir exigências regulatórias e de atender consumidores mais bem informados e exigentes com a própria saúde e bem estar. Peter Drucker destaca, que “o conhecimento se tornou o recurso essencial da economia”. Apesar das necessidades supridas pela farmácia, deve-se ter em mente a qualidade das manipulações, esse é um dos maiores desafios de equilíbrio do segmento. 3.1.Manipulação de formulações A manipulação é um conjunto de operações técnicas, que englobam a elaboração da forma farmacêutica, a sua embalagem e o seu controle. A forma farmacêutica é definida como a forma final com que apresentamos fisicamente o medicamento ao paciente, elas podem ser classificadas em sólidas, semissólidas, líquidas e gasosas, sendo a última a menos comum. As fórmulas semissólidas e líquidas mais comumente utilizadas são os cremes, loções, shampoos, géis, sabonetes, pomadas e filtros solares. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 7 3.1.1. Sólidos Os fármacos e substâncias químicas são mais estáveis na forma sólida seca, além de serem pouco volumosos. As formulações sólidas podem ser: pó molhável, pó solúvel ou Grânulos dispersíveis em água, e transformadas em sachês, comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas, supositórios e óvulos. 3.1.2. Semissólidos São formas farmacêuticas consistentes e pegajosas, com aparência translúcida ou opaca, designado à aplicação na pele ou mucosas. Esse tipo de fórmula é corriqueiramente utilizado da dermatologia. 3.1.3. Líquidos O uso de formas farmacêuticas líquidas por via oral proporciona benefícios em relação às formas farmacêuticas sólidas, pela praticidade de administração, especialmente para crianças e idosos, além da absorção mais rápida, pois o fármaco apresenta-se dissolvido no meio dispersante sendo prontamente disponibilizado, porém deve-se tomar cuidado redobrado quanto a estabilidade e forma correta de armazenamento. Essas fórmulas podem ser apresentadas em forma de solução, suspensão, emulsão, xaropes, elixir, injetáveis, tinturas e extratos. 3.1.4. Exemplo de Fórmula líquida supervisionada durante o estágio: Shampoo Sulfeto de Selênio 1,25%. Fase A (processo à quente) • Veggum K 2% • Plantaren 1200 5% • Alantoína 0,5% • Pantenol D 1% Fase B: • Ácido cítrico 0,25% • Plantaren 2000 5% • Sulfeto de Selênio 1,25% Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 8 Fase C: • Base perolada 3% • Lauril éter sulfato de sódio 0,2% • Água q.s.p Fase D: • Phenoxyetanol 0,2% • Essência chá verde/ erva doce 0,2% 1) Pesar os itens da Fase A e dispersar sob alta rotação em 7 litros de água quente; 2) Pesar o Ac. Cítrico e o Pantenol e solubilizá-los em 2 litros de água morna, aguarda baixar a temperatura e adiciona o Sulfeto de Selênio previamente pesado; 3) Pesar o Plantarem 2000 e adicionar ao sulfeto de selênio já sob agitação; 4) Adicionar os itens da Fase C previamente pesados, em um recipiente maior com capacidade para o total da formulação; 5) Pesar e adicionar os itens da Fase D e homogeneizar a formulação; 6) Corrige a viscosidade; se necessário; Dietalonamida ou com um tensoativo anfótero, atentando-se ao pH que de estar entre 4,8 e 5,2. 3.2. Diluição de matérias-primas A diluição é uma técnica simples otimiza o tempo no laboratório, uma opção facilitadora do dia a dia do manipulador que aumenta a segurança e a precisão da pesagem de fármacos com baixa dosagem e difíceis de pesar com exatidão faz-se uma pré-diluição com o devido cálculo de correção do ativo com um excipiente. 3.3. Dispensação De formulações Dispensação é um dos componentes mais importantes da Assistência Farmacêutica. Portanto, o Farmacêutico deve prestar orientação farmacêutica de qualidade, necessária e indispensável aos pacientes, assegurando o Uso Racional dos Medicamentos manipulados ou mesmo industrializados. Assim, ele pode garantir uso correto, oriundo de indicação compatível com as necessidades de tratamento, na dosagem adequada às demandas de cada paciente e com tempo de tratamento definido, assim como as orientações sobre as condições ideais de armazenamento e de descarte ambiental adequado. (LYRA JUNIOR; MARQUES, 2012). Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 9 Partindo desse princípio, notou-se um grande compromisso com o uso racional de medicamentos e qualidade assegurada no produto final no ato da dispensação, pois além de todo o processo de monitoramento digital, ainda antes do processo de produção, novamente ocorre um monitoramento, dessa vez manual e minuciosamente executado pelo farmacêutico encarregado, visando minimizar possíveis erros ou enganos até mesmo na prescrição. 3.4. Registro da farmácia O estabelecimento segue todos os padrões exigidos e já pré estabelecidos seguindo o roteiro do Manual de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias, desde a documentação geral até os arquivos exigidos. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 10 IV. ANÁLISE Tendo em vista que a principal função do farmacêutico, no estabelecimento onde realizou-se o estágio é de acompanhamento de preparação de fórmulas magistrais e oficinais, atendimento e atenção ao cliente/paciente, torna-se necessário citar que o local dispõe de espaço e layout adequados para o desemprenho das funções. Sendo que, possui farmacêutico encarregado da produção e ainda uma farmacêutica responsável técnica, ambos em tempo integral tal qual as leis vigentes. Estes exercem as funções de forma ética e segura, com atenção individualizada para cada caso e necessidade que se apresentar. Os medicamentos de uso controlado, assim como as suas prescrições, ficam armazenadas em local adequado, passível de rastreabilidade total. O controle desde a limpeza até a prestação de serviços farmacêuticos segue POP’S (Procedimento Operacional Padrão) que são criados com base nos Manuais de Boas Práticas Farmacêutica. Há também um rigoroso controle de qualidade no atendimento, organização, entrada e saída de produtos, controle de produtos a vencer, logística reversa e postura profissional, dentre outros itens que são supervisionados por um profissional de forma a elencar os pontos fortes e os a melhorar. Foi explícita a importância desse profissional de forma ética e coerente, na prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde e principalmente orientando quanto ao uso racional de medicamento. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 11 V. CONCLUSÃO No decorrer da realização do estágio contou-se como o auxílio do Preceptor e Farmacêutico Responsável Especialista, Gilberto Senger Kochmann, o qual esteve presente todo o tempoauxiliando nas preparações, formulações, possibilitando rica oportunidade de correlacionar a teoria adquirida até então durante o curso e a prática, além de adquirir novas aptidões. Toda a rotina é supervisionada pela gerente farmacêutica, e todos os processos de produção são supervisionados pelo farmacêutico encarregado, o que facilitou o aprendizado e minimizou as dificuldades que surgiram, proporcionando uma troca de experiência muito útil e necessária para uma formação completa. Diante dos inúmeros serviços prestados, é de suma importância o contato do discente/aluno com a realidade da rotina de farmácia magistral, objetivando a aquisição de conhecimentos e técnicas para a realização de procedimentos com embasamento teórico e prático. Enfatizou-se muito nesse período a importância da atenção farmacêutica como diferencial, deixando ainda mais claro a importância do profissional farmacêutico na comunidade como um todo. A vasta experiência dos farmacêuticos responsáveis foi diferencial, pois a perícia com que se praticou as atividades rotineiras facilitou o assimilar de um conteúdo prático extenso no tempo disponível. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 12 VI - ANEXOS Fonte: Acervo da Farmácia Fleming Manipulação. Gráfico de peso médio com desempenho satisfatório, na prática supervisionada de fórmula sólida em cápsulas, realizada no dia 13 de outubro de 2021, resultando em um desvio médio padrão de apenas 00,52%. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 13 VII - BIBLIOGRAFIA ANDRADE, M.M.D.; MARIA, L.E. Metodologia do Trabalho Científico, 8ª edição. Brasil: Grupo GEN, 2017. 9788597012408. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597012408/. Acesso em: 24 Nov 2021 CRF, Conselho Regional de Farmácia; Dispensação de Medicamentos; 2013. Disponível em: https://www.crf- pr.org.br/uploads/pagina/28614/RQzwpW8q8qUwfLEZUN8A0VWm4eY234y.pdf.> Acesso em: 19 Nov 2021. FERREIRA, Anderson de Oliveira; BRANDÃO, Marcos. Guia Prático da Farmácia Magistral - 3ª edição – Vol 2 – São Paulo: Editora Pharmabooks, 2007. Juliani, C.S. R. Medicamentos - Noções Básicas, Tipos e Formas Farmacêuticas. Editora Saraiva, 2014. 9788536521107. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536521107/. Acesso em: 24 Nov 2021 LYRA JUNIOR, D. P.; MARQUES, T.C. As bases da dispensação racional de medicamentos para farmacêuticos. São Paulo: Editora Pharmabooks, 2012. MACHADO, M.G.M.; MAIOR, J.F.A.S.; RUARO, T.C.; AL., E. Farmacotécnica e Tecnologia de Medicamentos Líquidos e Semissólidos. Grupo A, 2021. 9786556901985. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901985/. Acesso em: 30 Dez 2021 Pereira, J. P. Aspectos Legais da Comercialização de Produtos em Farmácia. Brasil: Editora Saraiva, 2014. 9788536520797. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520797/. Acesso em: 24 Nov 2021 PESSOA, Fernando. Fernando Pessoa e as Ciências Empresariais. Revista de Comércio e Contabilidade, n.º 193/196. Lisboa: 1926. Disponível em: https://purl.pt/26931/3/#/8-9. Acesso em: 20 Nov. 2021. Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 14 BRITO, Suelen F. R. ASSINATURA______________________________________________________ CURSO: Farmácia Data: 31/12/2021 ASSINATURA DO SUPERVISOR DE CAMPO DE ESTÁGIO (PRECEPTOR) Supervisor: Gilberto Senger Kochmann Data: 31/12/2021 Assinatura: ________________________________________________________ CIÊNCIA DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA–NEAD/UNINGÁ Data:____/____/____ Supervisor:________________________________________________________ Assinatura Supervisão de Estágio NEaD:_________________________________ Centro Universitário Ingá Credenciada pela portaria N.º 776/16 MEC de 22 de julho de 2016. 15
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