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MACSHATNER WYSER LANA GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE PARA USINAGEM BELO HORIZONTE 2018 MACSHATNER WYSER LANA GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE PARA USINAGEM Projeto apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica - Bacharelado da Instituição Faculdade Pitágoras Orientadora: Bruna Padilha Belo Horizonte 2018 MACSHATNER WYSER LANA GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE PARA USINAGEM Projeto apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica - Bacharelado da Instituição Faculdade Pitágoras BANCA EXAMINADORA Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a) Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2018 Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, ao meu filho Isaac, filha Sarah, meu cônjuge Carla minha mãe Elódia e pai Ozéas Lana que nunca deixaram de me apoiar mesmo tendo que abdicar muita das vezes em estar presente em convivência e momentos de felicidade. AGRADECIMENTO Primeiramente, agradeço a Deus, por me conceder o dom da vida e por ter estado ao meu lado em todos os momentos, fazendo com que eu não desistisse, mas sim continua-se lutando por este meu sonho e objetivo de vida. Pela minha família que nunca deixou de me apoiar mesmo que intempéries viessem tentar me derrubar. Aos meus colegas de classe, pelos momentos únicos vividos juntos e pela amizade que levaremos durante toda vida. A todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a conclusão deste trabalho, meus sinceros agradecimentos! LANA, Macshastner Wyser. GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE PARA USINAGEM. 2018. Número total de folhas 41. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) – Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, 2018. RESUMO A influência do tipo e forma das ferramentas de corte para usinagem, caracteriza o processo no qual deve-se aplicar tal ferramenta e observa-se com a elaboração deste estudo a abordagem das principais instruções dos processos de usinagem. Entende- se com isso o que acontece quando uma ferramenta corta um cavaco de uma peça, e por que tais ferramentas são da forma que são. Observa-se que a geometria das ferramentas são alicerce de toda usinagem, surpreendentemente, com mais de duzentos anos de estudos sobre tal assunto, a tecnologia de ferramentas de corte está, atualmente, passando por seu maior desenvolvimento, desde quando a comercialização do carboneto de tungstênio ficou economicamente viável. As ferramentas são uma das poucas áreas que se desenvolvem na mesma velocidade dos computadores e softwares que as movimentam. De fato, os dois – ferramenta de corte e comandos CNC – estão condicionados a um crescimento vertiginoso, e cada um estimula o outro a melhorar. Palavras-chave: Torneamento, parâmetros de usinagem, ferramenta, corte, cavaco, usinagem, geometria. LANA, Macshastner Wyser. GEOMETRY OF CUTTING TOOLS FOR MACHINING. 2018.Total number of sheets 41. Graduation in Mechanical Engineering - Pitágoras College, Belo Horizonte, 2018. ABSTRACT The marking of the type and the cutting tools for the machining, the marking process should not be applied and the tool of consultation with this method is an approach of the main instructions of the machining processes. Understand what happens when a tool is a one-piece chip, and it is a tool that it is. Tool geometry is the foundation of the entire mill, with an increase in decades of studies on the subject, a cutting tool technology is currently a major development since when a commercialization of tungsten carbide became economically viable. The tools are the same ones that develop the same speed of the computers and software that move them. In fact, the two - cutting tool and CNC controls - are conditioned to a dizzying growth, and each one stimulates the other to improve. Keywords: Turning, machining parameters, tool, cutting, chip, machining, geometry. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Plaina do período neolítico ........................................................................ 13 Figura 2 - Ferramentas de pedra ............................................................................... 14 Figura 3 - Furadeira de Wilkinson, acionada por roda d’água ................................... 15 Figura 4 - Ferramentas em aço carbono ................................................................... 16 Figura 5 - Ferramentas produzidas em aço rápido. ................................................... 17 Figura 6 - Ferramentas produzidas em aço rápido. ................................................... 17 Figura 7 - Inserto produzidos com nitreto cúbico de boro ......................................... 18 Figura 8 - Ângulo de saída e de folga de uma ferramenta de corte genérica ............ 22 Figura 9 - Geometria positivas e negativas da cunha de corte.................................. 23 Figura 10 - Representação de ferramenta com e sem ângulo de folga ..................... 24 Figura 11 - Combinação da aresta com ângulo formam o corte da broca ................. 25 Figura 12 - Acabamento superficial com e sem raio na ponta................................... 26 Figura 13 - Cunha de corte da ferramenta de torneamento ...................................... 27 Figura 14 - Aresta e superfície de corte de uma fresa frontal.................................... 28 Figura 15 - Arestas e superfícies de parte de uma broca .......................................... 29 Figura 16 - Direção e movimento de corte no torneamento ...................................... 31 Figura 17 - Direção e movimento de corte na furação .............................................. 32 Figura 18 - Direção e movimento de corte no fresamento discordante ..................... 33 Figura 19 - Percurso de corte no fresamento discordante ........................................ 34 Figura 20 - Grandezas de corte no torneamento cilíndrico ....................................... 36 Figura 21 - Penetração de avanço no fresamento tangencial ................................... 37 Figura 22 - Fresamento discordante ......................................................................... 37 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ap PROFUNDIDADE DE CORTE ae PENETRAÇÃO DE TRABELHO af PENETRAÇÃO DE AVANÇO b LARGURA DE USINAGEM CN COMANDO NUMERICO CNC COMANDO NUMERICO COMPUTADORIZADO CBN NITRETO CÚBICO DE BORO d DIÂMETRO f AVANÇO Le PERCURSO EFETIVO Lc PERCURSO DE CORTE Lf PERCURSO DE AVANÇO Np NUMERO DE PASSES n ROTAÇÃO DA FERRAMENTA Tc TEMPO DE CORTE Vc VELOCIDADE DE CORTE Vf VELOCIDADE DE AVANÇO Va VELOCIDADE DE AVANÇO Sumário 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 11 2. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS FERRAMENTAS DE CORTE .......... 13 2.1 A EVOLUÇÃO DAS FERRAMENTAS .................................................................................. 13 2.2 O PERÍODO DA IDADE DA PEDRA .................................................................................... 14 2.3 O PERÍODO DA IDADE DO FERRO .................................................................................... 14 2.4 A NECESSIDADE DA MECANIZAÇÃO DOS PROCESSOS .................................................... 15 2.5 O CRESCIMENTO COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL ........................................................ 16 2.6 A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS .........................................................................................18 3. GEOMETRIA DA CUNHA DE CORTE ................................................. 21 3.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O CORTE ................................................................ 21 3.2 FORMAÇÃO DO CAVACO NA USINAGEM ........................................................................ 21 3.3 A IMPORTÂNCIA DA GEOMETRIA NA USINAGEM ........................................................... 22 3.4 A IMPORTÂNCIA DOS ÂNGULOS NA USINAGEM ............................................................. 23 3.5 A IMPORTÂNCIA NO CONTROLE DO CAVACO ................................................................. 24 3.6 A IMPORTÂNCIA DO RAIO DE CANTO OU RAIO DA PONTA ............................................ 26 3.7 A IMPORTÂNCIA DA GEOMETRIA DE CORTE NO DESEMPENHO NO TORNEAMENTO, FRESAMENTO E FURAÇÃO......................................................................................................... 26 4. MOVIMENTOS E GRANDEZAS NOS PROCESSOS DE USINAGEM 31 4.1 MOVIMENTOS NAS OPERAÇÕES DE CORTE NA USINAGEM ........................................... 31 4.2 PERCURSO NAS OPERAÇÕES DE CORTE NA USINAGEM .................................................. 33 4.3 AS GRANDEZAS NO PROCESSO DE USINAGEM ............................................................... 35 4.4 AS GRANDEZAS NO PROCESSO DE TORNEAMENTO E FRESAMENTO ............................. 36 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 39 11 1. INTRODUÇÃO A influência do tipo e forma das ferramentas de corte para usinagem, caracteriza o processo no qual deve-se aplicar tal ferramenta e observa-se com a elaboração deste estudo a abordagem das principais instruções dos processos de usinagem. Entende-se com isso o que acontece quando uma ferramenta corta um cavaco de uma peça, e por que tais ferramentas são da forma que são. Observa-se que a geometria das ferramentas são alicerce de toda usinagem, surpreendentemente, com mais de duzentos anos de estudos sobre tal assunto, a tecnologia de ferramentas de corte está, atualmente, passando por seu maior desenvolvimento, desde quando a comercialização do carboneto de tungstênio ficou economicamente viável. As ferramentas são uma das poucas áreas que se desenvolvem na mesma velocidade dos computadores e softwares que as movimentam. De fato, os dois – ferramenta de corte e comandos CNC – estão condicionados a um crescimento vertiginoso, e cada um estimula o outro a melhorar. A classificação e ângulos de corte que cada ferramenta possui, impacta diretamente no processo de usinagem. Os revestimentos, ou seja, o tratamento térmico superficial que os insertos possuem na geração atual são um diferencial na escolha da ferramenta de corte. A influência do tipo e forma das ferramentas de corte para usinagem, caracteriza o processo no qual deve-se aplicar tal ferramenta e observa-se com a elaboração deste estudo a abordagem das principais instruções dos processos de usinagem. Entende-se com isso o que acontece quando uma ferramenta corta um cavaco de uma peça, a importância e necessidade de parâmetros de corte no processo de usinagem. A geometria inadequada de uma ferramenta pode gerar uma instabilidade no corte do cavaco de uma peça, assim qual a influência da geometria da ferramenta para garantir um bom processo? O objetivo geral deste trabalho e para conhecer a geometria das ferramentas de corte para usinagem, e compreender suas necessidades. Descrever o avanço na tecnologia das ferramentas de corte para usinagem. Citar as principais características das ferramentas de corte para usinagem e apresentar a funcionalidade e parâmetros de corte para usinagem. Foi realizado uma revisão literária de pesquisa documental das normas editoriais de publicação de artigos científicos nos sítios virtuais bibliotecários universitários nacional e bibliografias institucional do período do primeiro semestre do ano de dois mil e dezoito. Com pesquisa nos termos de parâmetro de corte, usinagem, rotação, avanço desgaste de flanco, raio de ferramenta, ângulo de corte e termos relacionados ao processo de manufatura por máquinas do tipo torno convencional e CNC, fresadora, furadeiras e maquinas operatrizes. 2. A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS FERRAMENTAS DE CORTE 2.1 A EVOLUÇÃO DAS FERRAMENTAS De acordo com Stoeterau (2004), a pré-história compreende um período que vai do surgimento do ser humano até a forma escrita de forma subjetiva, desde o período da pedra lascada onde observa-se um parâmetro de subdivisão evolutivo do homem tendendo a necessitar de usinagem. No período paleolítico, as facas, pontas de lança, machados eram fabricados com ponta de pedras. Já no período Neolítico observa-se artefatos obtidos com desgaste e polimento de pedras (princípio de retificação). O homem começa a utilizar metais na fabricação de ferramentas no fim da pré-história, com descobrimento de cobre, bronze, ouro e estanho em uma escala menor. Observa-se que conforme a evolução do homem e suas necessidades, cria- se dispositivos para agilizar ou facilitar seu trabalho, e junto com estes dispositivos ou maquinas por assim dizer, desenvolvem-se as ferramentas de corte, que evoluem paralelamente. A evidência de maquinas que utilizam ferramentas podem ser constatadas no período paleolítico com aproximados 6.000 A.C., onde o homem utilizava de uma estrutura de madeira como ferramenta para obtenção de desbastes em pedras. Nota-se que na extremidade de contato entre a estrutura de madeira e a placa de pedra, existe uma ferramenta de corte, que pode ser uma outra pedra com uma dureza maior. Figura 1 - Plaina do período neolítico Fonte: (Spur, 1979, p.5) 2.2 O PERÍODO DA IDADE DA PEDRA De acordo com Stoeterau (2004), registros egípcios de 1.500 A.C. evidenciam um trabalho com um dispositivo, que auxilia nos trabalhos realizados para executar furação, a figura demonstra o que se denomina como arco egípcio, no século XVI este tipo de acionamento e aplicado em maquinas-ferramentas. Em sua extremidade a ferramenta de corte aplicada seria uma ferramenta de pedra, onde sua geometria e afiada pelo lascamento do gume. Figura 2 - Ferramentas de pedra Fonte: (Souza, 2016, p.30) 2.3 O PERÍODO DA IDADE DO FERRO De acordo com Stoeterau (2004), com a idade do ferro se destacando sobre a idade da pedra e ao passara dos séculos o comercio europeu exige uma melhor qualidade com menor custo e tempo, sendo assim leva-se a substituição de arcos por rodas d’água, ganhando em tempo devido a velocidade gerada devido a força motriz aplicada nas maquinas ferramentas. Nesta fase ainda as maquinas eram de estrutura em madeira e sua produtividade realizava-se por artesãos. Figura 3 - Furadeira de Wilkinson, acionada por roda d’água Fonte: (Spur, 1979, p.14) 2.4 A NECESSIDADE DA MECANIZAÇÃO DOS PROCESSOS Neste período a usinagem era praticada em toras de madeira, e eram utilizadas hastes metálicas forjadas, estas hastes tinham nas suas extremidades sua forma geométrica característica, que quando em contato com a aresta de corte, gerava-se a remoção de material criando a ornamentação dando forma a madeira de acordo com a perícia do artesão. A forma de fixação destas ferramentas era manual onde ocorriam muitos acidentes. (STOETERAU, 2004) Até meados do século XVIII, o principal material utilizado para peças, em engenharia, era a madeira, salvo raras exceções, a qual era usinada com ferramentas de aço-carbono. Com a Revolução Industrial, novos e mais resistentes materiais apareceram, impulsionando o desenvolvimento dos aços-liga como ferramentas de corte. Mais tarde, a utilização da água e do vapor como fontes de energia impulsionaram a indústria Metalmecânica, já no final do século XVIII e Início do século XIX, propiciando assim o aparecimento de máquinas-ferramentasresponsáveis pela fabricação de outras variedades de máquinas e instrumentos em substituição ao trabalho humano em diversas atividades. (MACHADO, 2011) Figura 4 - Ferramentas em aço carbono Fonte: (Souza, 2010 p.55) 2.5 O CRESCIMENTO COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A primeira contribuição relevante foi apresentada por John Wilkinson, em 1774 Mcgeough (1988), ao construir uma máquina para mandrilar cilindros de máquinas a vapor, os quais antes eram usinados com equipamentos originalmente projetados para mandrilar canhões e que, portanto, não eram capazes de assegurar a exatidão exigida. (MACHADO,2011) De acordo com os pesquisadores do centro de informação metal Mecânico (1997), após a segunda guerra com a revolução industrial houve o surgimento de maquinas CN e juntamente a necessidade de ferramentas de corte que suportassem um maior tempo de usinagem. A forma de fixação passou a ser feitos por suportes e de maneira intercambiável agilizando a troca da ferramenta com mais agilidade e mais segurança operacional. As ferramentas eram de aço rápido de liga de aço composta por 0,67 a 1,3% C, 5 a 12% Co, 3,75 a 4,5% Cr , 0,3% Mn, 4 a 9% Mo , 2 a 20% W, 1 a 5% V e apropriado tratamento térmico. O grande impulso nos materiais das ferramentas foi entre os séculos XIX e XX, onde foi desenvolvido o primeiro aço rápido. Através de teste de tratamentos térmicos, pesquisadores americanos como Taylor determinou-se as velocidades de corte para os aços carbono, tendo uma diference de 5 m/min para 35 m/min, onde se originou o nome aço rápido. https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Cobalto https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromo https://pt.wikipedia.org/wiki/Mangan%C3%AAs https://pt.wikipedia.org/wiki/Molibd%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Tungst%C3%AAnio https://pt.wikipedia.org/wiki/Van%C3%A1dio https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratamento_t%C3%A9rmico Figura 5 - Ferramentas produzidas em aço rápido. Fonte: Alberto, (2014) Os dois – ferramenta de corte e comandos CNC – estão condicionados a um crescimento vertiginoso, e cada um estimula o outro a melhorar. Com esse crescimento foram realizadas pesquisa em materiais como carboneto de Tungstênio e Karl Schröter chegou à liga de carboneto de Tungstênio e cobalto (WC-Co), tendo uma diference dos 35 m/min do aço rápido para 300 m/min. (CHIAVERINE,1986) Figura 6 - Ferramentas produzidas em metal duro. Fonte: Ricardo, (2018) http://www.solucoesindustriais.com.br/ 2.6 A EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS Devido as propriedades do material elevar sua dureza e com isso ocorrência de quebra, quando submetidos a paradas vigorosas ou impactos, foi criado uma cobertura sobre este material, assim foi aumentado a vida útil e o rendimento das ferramentas juntamente com estes revestimentos que hoje são aplicados e denominados de CBN, que é um composto binário de nitreto de boro que aplicados ao processo de moagem, prensagem, usinagem sinterização e acabamento dão forma aos insertos utilizados nos tempos atuais. Materiais de corte como metais-duros revestidos, cerâmicas, diamante policristalino e nitreto cúbico de boro “CBN”, podem gerar benefícios devido às suas propriedades a altas velocidades de corte (SANDIVIK, 2006). Figura 7 - Inserto produzidos com nitreto cúbico de boro Fonte: Fernando, (1997) Atualmente os processos de usinagem de alta complexidade ou qualidade são realizados em máquinas automatizadas através do Comando Numérico Computadorizado. O CNC diminuiu ao mínimo a interferência do operador e o aumentou bastante a produtividade e a qualidade das peças. Entretanto, estas vantagens ficam comprometidas se os parâmetros de usinagem não são escolhidos corretamente, o que pode ocasionar desgaste excessivo ou mesmo quebra de ferramentas, superaquecimento, gasto elevado de energia, etc. Estes problemas podem levar a danos irrecuperáveis na superfície da peça, aumento do tempo morto de fabricação e consequente aumento de custos de produção. Todas as ferramentas de corte compartilham quatro características de forma comuns que são, ângulo de saída, ângulo de posição, raio de ponta e ângulo de folga. Cada uma delas deve estar presente em vários graus para que a ferramenta funcione bem. Elas são a base da geometria de uma ferramenta de corte. No processo de usinagem existem diversas operações que necessitam de ferramentas de corte com suas geometrias definidas de forma adequada, podendo ser a ponta de uma broca quando rotacionada para perfurar o metal, movendo-se no sentido axial. Ele também pode ser a ponta de uma pastilha de ferramenta para torno, em que a ferramenta de corte executa um movimento de translação, enquanto a peça gira em torno do próprio eixo, ou pode ser a fresa de uma fresadora onde a ferramenta possui de dois a diversos gumes em que a fresa executa um movimento de giro enquanto a peça (mesa) se movimenta. Na superfície de saída, durante essa breve fase, o cavaco entra em forte contato com o bit. Uma vez que ele desliza sobre a superfície de saída, o cavaco é redirecionado e dobrado para fluir em outra direção. Há muito atrito no ponto de contato entre o cavaco e a superfície de saída por onde o cavaco é expelido. Essa zona de forte pressão de saída é fundamental para a ação de corte. Além da zona de saída, o cavaco está completamente formado. Ele continua a deslizar ao longo da extensão da superfície e para fora do furo brocado, em nosso exemplo, ou para fora do bit em outras operações. Observa-se no o ângulo de folga um propósito diferente da saída, ele permite que a aresta de corte entre em contato com a peça sem que haja atrito atrás dela. Você também já deve ter ouvido ele ser chamado de ângulo de incidência, porque é o que ele faz, alivia o corte atrás da aresta de corte para evitar atritos indesejáveis. Para os diversos ângulos temos de acordo com um que é chamado de ângulo de corte ou ângulo de posição em várias ferramentas de corte (nas oficinas, geralmente, ele é chamado de “posição”, pois indica o ângulo de posição da aresta principal com a direção de avanço). O ângulo de corte é uma importante característica de controle do cavaco em todas as ferramentas de corte. Ângulo de posição é o ângulo formado entre a aresta de corte e a direção do avanço. Ele oferece muitos benefícios para a ação de corte. Raio da ponta é a quarta forma básica de ferramenta. Arredondamento da ponta ou junção entre as arestas principal e secundária da ponta de corte. O raio de canto é muito mais comum em ferramentas para tornos e fresadoras, mas ele oferece os mesmos benefícios em brocas e qualquer outra ferramenta de corte. (FITZPATRICK, 2013). A velocidade de corte usada no torneamento tem um efeito sobre a vida da ferramenta maior do que o avanço e a profundidade de corte, e por isso sua seleção é mais crítica (TEDESCO, 2007). Altas velocidades também podem criar problemas relacionados à vibração, vida dos componentes da máquina, assim como a produção e segurança. Devem sempre ser feitas considerações criteriosas a respeito de aumentos na produção e custos por peça usinada (FERRARESI, 1986). Segundo Tedesco (2007), os parâmetros velocidade de corte (Vc), avanço (f) e profundidade de corte (ap) afetam a taxa de material removido e a vida da ferramenta no torneamento. Qualquer aumento nesses parâmetros aumenta a taxa de remoção de material, mas diminui a vida da ferramenta. Uma mudança em quaisquer desses parâmetros tem um efeito igual na taxa de remoção, mas um efeito diferente sobre a vida da ferramenta. 3. GEOMETRIA DA CUNHA DE CORTE 3.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS PARA O CORTE Os movimentos nas operações de usinagem são movimentos relativos entre a peça e a aresta cortante e a peça considerada estacionária. Podem-se distinguir dois tipos de movimentos: osque causam diretamente a saída de cavaco e os que não tomam parte diretamente na sua retirada. (MACHADO,2011). De acordo com Fitzpatrick (2013), todas ferramentas de corte possuem quatro características em comum que são: ângulo de saída, ângulo de posição, ângulo de folga e raio da ponta. Cada uma tem seu grau específico para cada tipo de material a ser usinado. Essas geometrias podem ser tanto de uma ponta de broca como de um bit, como também um inserto (ponta da ferramenta intercambiável) que pode ser para um torno ou uma fresadora. Em qualquer uma ferramenta que seja utilizado para usinar, os quatro ângulos de corte serão visualizados e necessários. 3.2 FORMAÇÃO DO CAVACO NA USINAGEM Para Fitzpatrick (2013), ocorrem duas seções distintas que são a de cisalhamento e recalque. Estas duas ações ocorrem simultaneamente quando o cavaco e formado. A seção de cisalhamento ocorre onde a aresta afiada e destacada, já o recalque ocorre na saída, onde o cavaco e forçado a para cima da face da ferramenta. Na superfície de saída existe um forte contato, que desliza sobre a superfície fazendo que o cavaco seja redirecionado para outra direção. A região, zona de forte pressão de saída e fundamental para a ação de corte. Figura 8 - Ângulo de saída e de folga de uma ferramenta de corte genérica Fonte: (Fitzpatrick, 2013, p. 2) 3.3 A IMPORTÂNCIA DA GEOMETRIA NA USINAGEM Para Fitzpatrick (2013), o recalque real e formado a no máximo um oitavo de polegada, ou seja, aproximadamente três virgula dezesseis milímetros da aresta de corte. Esta distância dependerá do processo chamado avanço, quanto menor o avanço menor a remoção de cavaco assim quanto maior o avanço maior a contribuição na remoção do cavaco, ou seja, o cavaco se distancia da ponta de corte. A deformação do cavaco e direcionada de acordo com a superfície de saída da cunha, ou seja, cada material terá uma cunha adequada para que a deformação do cavaco siga um caminho, gerando um cavaco de preferência quebradiço. As geometrias positivas ou negativas nas ferramentas de corte podem ter um efeito drástico na usinagem ou na formação do cavaco, a mudança do ângulo do cavaco durante o processo de usinagem pode indicar uma falha no inserto, broca ou ferramenta de corte. Figura 9 - Geometria positivas e negativas da cunha de corte Fonte: (Fitzpatrick, 2013, p. 4) 3.4 A IMPORTÂNCIA DOS ÂNGULOS NA USINAGEM Para Fitzpatrick (2013), o propósito do ângulo de folga e para que o atrito gerado atrás seja mínimo, este ângulo também e conhecido como ângulo de incidência pode-se verificar a área de fricção. Esta ausência de folga gera calor devido ao excesso de atrito no que pode ocorre superaquecimento tanto da peça quanto da ferramenta de corte. Porém o aumento do ângulo de incidência (folga) pode enfraquecer a cunha de corte da ferramenta e reduzir o tempo de vida útil da ferramenta de corte. O ângulo de folga adequado para maior parte das ferramentas está entre 5º e 10º, além do enfraquecimento da cunha de corte o aquecimento pode provocar o que chamamos de cegar/queimar a ferramenta, em contra partida permite uma entrada maior de refrigeração, porem a comparação aumento da folga pela quantidade de superaquecimento ocasionando quebra faz com que isso não justifique o aumento da folga. Figura 10 - Representação de ferramenta com e sem ângulo de folga Fonte: (Fitzpatrick, 2013, p. 5): 3.5 A IMPORTÂNCIA NO CONTROLE DO CAVACO A usinagem é reconhecidamente o processo de fabricação mais popular do mundo, transformando em cavacos algo em torno de 10% de toda a produção de metais e empregando dezenas de milhões de pessoas (TRENT, 1985). Para Fitzpatrick (2013), o ângulo de posição ou ângulo de corte é o que indica uma das características no controle de cavaco nas ferramentas de corte de modo geral. Ele e formado entre a aresta de corte e a direção do avanço que pode se observar em uma broca logo podemos visualizar os ângulo em ambas as posições já o ângulo de posição pode ser comparado com a área de corte de contato com ao material, quanto maior o ângulo de posição maior será a área de contato o ângulo excessivo pode ser prejudicial, ocasionando viração em consequência de trepidação, com isso geram um mal acabamento superficial em peças usinadas. O ângulo de posição pode ser um fator de controle em superfícies usinadas, a observação de trepidação em peças pode ser solucionada reduzindo o ângulo de posição. De acordo com Ezugwu (1999), atribuem a complexidade da operação de roscamento ao desgaste de ferramenta e citam que a cobertura auxilia na redução do coeficiente de atrito na região de geração do cavaco. Por outro lado, Chawla (2005), mostra que à medida que a rugosidade da ferramenta aumenta, a quebra do cavaco melhora pois gera maior atrito, aumentando assim a tensão para quebra do cavaco. Os catálogos dos principais fornecedores de ferramenta Sandivic (2010), mostram que a pressão excessiva na aresta e ou a quebra da pastilha no roscamento podem ser causadas por profundidades de usinagem muito baixas em materiais endurecidos e devido a um controle de cavaco ineficaz. Para Saotome (1984), afirma que o desgaste de ferramentas de roscamento é muito mais acentuado que em ferramentas de torneamento e faceamento devido ao maior contato entre a aresta de corte e a peça. De acordo com Zhou (1997), enfatizam que em aproximadamente 50% dos casos a vida de uma ferramenta de carboneto de tungstênio é determinada por quebra prematura. Para Chen (2013), os principais motivos são os parâmetros de corte mal escolhidos e o cavaco em fitas gerado, também citam que o roscamento é uma das etapas mais complexas e que a quebra da ponta da ferramenta é muito comum, principalmente quando se utiliza ferramentas multi arestas e com alturas diferentes, pois todas as arestas removem material e estão expostas ao cavaco. Figura 11 - Combinação da aresta com ângulo formam o corte da broca Fonte: (Fitzpatrick, 2013, p. 6) 3.6 A IMPORTÂNCIA DO RAIO DE CANTO OU RAIO DA PONTA De acordo com Fitzpatrick (2013), para o raio de canto existem três benefícios que seriam, uma suavização no corte com uma distribuição melhor do cavaco na usinagem um melhor a acabamento superficial e maior resistência. Em processo de torneamento as marcas deixadas para uma ferramenta sem raio a superfície apresentam uma superfície com cantos vivos em contra partida a ferramenta com raio na ponta apresenta uma superfície com marcas de onda. Da mesma forma que um ângulo de posição muito grande e gera características indesejadas o raio da ponta também e um ponto de controle a se verificar, quanto maior o raio da ponta maior será a área de contato o raio excessivo pode ser prejudicial, ocasionando viração em consequência de trepidação, com isso geram um mal acabamento superficial em peças usinadas. Figura 12 - Acabamento superficial com e sem raio na ponta Fonte: (Fitzpatrick, 2013, p. 9): 3.7 A IMPORTÂNCIA DA GEOMETRIA DE CORTE NO DESEMPENHO NO TORNEAMENTO, FRESAMENTO E FURAÇÃO Cada um dos ângulos descritos anteriormente tem um papel a desempenhar durante o corte, portanto, seu valor deve ser cuidadosamente determinado. O ângulo de posição geralmente varia de 45º a 95° e tem as seguintes funções: Distribuir as tensões de corte favoravelmente no início e no fim do corte. Influenciar na direção de saída do cavaco. (MACHADO, 2011) De acordo com Diniz (2013), a geometria da ferramenta de corte exerce grande influência no desempenho da usinagem. Se a geometria não for preparada adequadamente, não haverá êxito na operação. A importância é tanta que foi necessário uniformizar a nomenclatura - como, no caso, a norma brasileira NBR 6163 – Conceitos da Técnica de Usinagem: Geometria da Cunha Cortante: Terminologia (ABNT, 1980). Arestasde corte: são as arestas da cunha de corte formadas pelas superfícies de saída e de folga. Deve-se distinguir a aresta principal de corte S e a aresta secundária de corte S’. Ponta de corte: parte da cunha de corte onde se encontram a aresta principal e a aresta secundária de corte. Ponto de corte escolhido: ponto destinado à determinação dos planos e ângulos da cunha de corte, ou seja, as definições se referem a um ponto da ferramenta, dito ponto de corte escolhido ou Ponto de Referência. Figura 13 - Cunha de corte da ferramenta de torneamento Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 26) A geometria da ferramenta de corte exerce influência, juntamente com outros fatores, a usinagem dos metais. É necessário, portanto, definir a ferramenta através dos ângulos da “cunha” para cortar o material. Cunha de corte é a cunha formada pelas superfícies de saída e de folga da ferramenta. Através do movimento relativo entre peça e ferramenta, formam-se os cavacos sobre a cunha de corte. Somente o ângulo de cunha não garante que o material seja cortado com sucesso, outros ângulos também assumem papel importante e estão relacionados com a posição da ferramenta em relação a peça. Figura 14 - Aresta e superfície de corte de uma fresa frontal Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 27) Eles são os ângulos de folga(α), e de saída(γ). Ângulo de folga (α): ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte (Ps - plano que contém a aresta de corte e é perpendicular ao plano de referência). O α (ângulo de folga) possui as seguintes funções e características: • Evitar o atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta; • Se α é pequeno (o ângulo β aumenta): a cunha não penetra convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente, há grande geração de calor que prejudica o acabamento superficial; • Se α é grande (o ângulo β diminui): a cunhada ferramenta perde resistência, podendo soltar pequenas lascas ou quebrar; • α depende principalmente da resistência do material da ferramenta e da peça a usinar. Figura 15 - Arestas e superfícies de parte de uma broca Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 27) Geralmente o ângulo α está entre 2° e 14°. Ângulo de saída (γ): ângulo entre a superfície de saída e o plano de referência da ferramenta. Influi decisivamente na força e na potência necessária ao corte, no acabamento superficial e no calor gerado; quanto maior for o ângulo γ menor será o trabalho de dobramento do cavaco; O ângulo γ depende principalmente de: • Resistência do material da ferramenta e da peça a usinar; • Quantidade de calor gerado pelo corte; • Velocidade de avanço. O ângulo γ deve ser: Maior para materiais que oferecem pouca resistência ao corte. Se γ (ângulo de saída) aumenta, o β (ângulo de cunha da ferramenta) diminui; Menor (e as vezes até negativo) para materiais mais duros e com irregularidades na superfície. Se o ângulo γ diminui, o β (ângulo de cunha da ferramenta) aumenta; O ângulo γ negativo é muito usado para corte de materiais de difícil usinabilidade e em cortes interrompidos, com o inconveniente da necessidade de maior força de e potências de usinagem e maior calor gerado pela ferramenta, geralmente o ângulo γ está entre 10° e 30°. O ângulo de saída pode ser positivo, nulo ou negativo. 4. MOVIMENTOS E GRANDEZAS NOS PROCESSOS DE USINAGEM 4.1 MOVIMENTOS NAS OPERAÇÕES DE CORTE NA USINAGEM O princípio usados em toda máquina-ferramenta para obter a superfície desejada é providenciar um movimento relativo apropriado entre a peça e a ferramenta, escolhida adequadamente. Assim, para o estudo da usinagem, é necessária a definição das grandezas físicas no processo de corte. (MACHADO, 2011). De acordo com Diniz (2013), os movimentos nas operações de usinagem são movimentos relativos entre a peça e a aresta cortante e a peça considerada estacionária. São distinguidos dois tipos, os que causam a saída de cavaco e os que não tomam parte diretamente na sua retirada. • Movimentos de corte entre a peça e a aresta de corte. • Movimento de avanço com o movimento de corte, provoca a retirada contínua do cavaco. • Movimento efetivo resultante dos movimentos de corte e avanço realizados ao mesmo tempo. Figura 16 - Direção e movimento de corte no torneamento Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 15) Movimentos que não causam diretamente a formação do cavaco. • Movimentos de aproximação, é o movimento da ferramenta em direção à peça, com a finalidade de posicioná-la para iniciar a usinagem; • Movimento de ajuste é o movimento para determinar a espessura de material a ser retirado; • Movimento de correção é o movimento entre a ferramenta e para compensar alterações de por exemplo, pelo desgaste da a peça, empregado posicionamento devidas, ferramenta. • Movimento de recuo é o movimento da ferramenta pelo qual ela, após a usinagem, é afastada da peça tanto os passivos movimentos ativos são importantes, pois estão associados a tempos como eles que, somados, resultam no tempo total de fabricação. Figura 17 - Direção e movimento de corte na furação Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 16) Tanto os movimentos ativos quanto passivos são importantes, eles estão associados a tempo de resultantes de fabricação, que estão associação a direção, sentido, velocidade e percurso. Figura 18 - Direção e movimento de corte no fresamento discordante Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 16) 4.2 PERCURSO NAS OPERAÇÕES DE CORTE NA USINAGEM De acordo com Diniz (2013), o percurso durante um tempo desejado e considerado na evolução do processo assim temos: • Direção efetiva é a direção instantânea do movimento efetivo de corte. Percurso efetivo (Le), é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção efetiva de corte Velocidade de corte é a velocidade desenvolvida pelo movimento de corte. • Direção de corte é a direção instantânea do movimento de corte. Percurso de corte (Lc), é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção de corte. • Direção de avanço é a direção instantânea do movimento de avanço. Percurso de avanço (Lf), é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção de avanço. Figura 19 - Percurso de corte no fresamento discordante Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 16) Nos manuais, catálogos e demais documentos técnicos, a velocidade de corte é indicada pelas letras Vc e o seu valor é expresso em metros por minuto (m/min). Velocidade de avanço é a velocidade do movimento de avanço. Nos manuais, catálogos e demais documentos técnicos, a velocidade de avanço é indicada pelas letras Vf ou Va e o seu valor é expresso em milímetros por minuto (mm/min) ou em milímetros por volta (mm/rot). Tempo de Corte é o intervalo de tempo necessário para usinagem da peça. Nos manuais, catálogos e demais documentos técnicos, o tempo de corte é indicado pelas letras Tc e o seu valor é expresso em minutos (min). Número de passes é o número de vezes em que o percurso de avanço é realizado. Nos manuais, catálogos e demais documentos técnicos, o número de passes é indicado pelas letras Np. No torneamento o diâmetro diminui a cada passe, já, no fresamento é a espessura que diminui a cada passe. Profundidade ou largura de usinagem (ap) é a profundidade ferramenta na ou largura de penetração da peça, medida em uma direção perpendicular ao plano de trabalho. Penetração de trabalho (ae) é a penetração da ferramenta em relação à peça, medida no plano de trabalho e em uma direção perpendicular à direção de avanço. Penetração de avanço (af) é a grandeza de penetração da ferramenta medida no plano de trabalho e na direção de avanço. 4.3 AS GRANDEZAS NO PROCESSO DE USINAGEM De acordo com Diniz(2013), as considerações sobre a Velocidade de corte devem- se observar. • Os valores da Vc são encontrados em tabelas fornecidas pelos fabricantes de ferramentas de corte; • Os valores de rpm e gpm são ajustados nas máquinas- ferramentas antes do início da usinagem. Em máquinas CNC os valores da Vc tem variação contínua; • A Vc é parâmetro de corte mais influente na vida das ferramentas. A equação (1) descreve a velocidade de corte para usinagem. 𝑉𝑐 = 𝜋. 𝑑. 𝑛 1000 (1) Fatores que influenciam na Velocidade de corte são: • Tipo de material da ferramenta; • Tipo de material a ser usinado; • Condições de refrigeração; • Condições da máquina-ferramenta A equação (2) descreve o avanço de corte para usinagem. 𝑉𝑓 1000. 𝑉𝑐. 𝑓 𝜋. 𝑑 (2) Para o tempo de corte utiliza-se a fórmula a seguir e quando acrescentado passes, essa quantidade e multiplicada pelo resultado. A equação (3) descreve o tempo de corte para usinagem. 𝑇𝑐 = 𝐿𝑓 𝑉𝑓 = 𝐿𝑓 𝑓. 𝑛 = 𝜋. 𝑑. 𝐿𝑓 1000. 𝑓. 𝑉𝑐 (3) 4.4 AS GRANDEZAS NO PROCESSO DE TORNEAMENTO E FRESAMENTO De acordo com Diniz (2013), no torneamento o diâmetro diminui a cada passe, já, no fresamento é a espessura que diminui a cada passe. Profundidade ou largura de usinagem (ap) é a profundidade ferramenta na ou largura de penetração da peça, medida em uma direção perpendicular ao plano de trabalho. Figura 20 - Grandezas de corte no torneamento cilíndrico Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 20) Penetração de trabalho (ae) é a penetração da ferramenta em relação à peça, medida no plano de trabalho e em uma direção perpendicular à direção de avanço. Figura 21 - Penetração de avanço no fresamento tangencial Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 21) Profundidade ou largura de usinagem (ap) é a profundidade ferramenta na ou largura de penetração da peça, medida em uma direção perpendicular ao plano de trabalho. Figura 22 - Fresamento discordante Fonte: (Diniz A. , 2013, p. 21) Na usinagem praticamente as grandezas são raramente constantes, no entanto e frequente considera-las constantes, com isso esse fator de análise agregado as diversas variáveis que se encontram no processo de usinagem são consideradas para que a margem de erro seja reduzida, os erros chegam entre dez e quinze por cento entre os valores medidos e ou calculados. Fazendo com que a importância na definição das grandezas e geometrias sejam definidas corretamente. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A influência do tipo e forma das ferramentas de corte para usinagem, caracteriza o processo no qual deve-se aplicar tal ferramenta e observa-se com a elaboração deste estudo a abordagem das principais instruções dos processos de usinagem. O tipo e forma das ferramentas de corte para usinagem e definido pelas características do processo a ser aplicado. A geometria da ferramenta e de fundamental importância para que o processo de usinagem possa ser efetuado de forma a garantir os padrões de qualidade e possibilidades que os equipamentos atuais possibilitam. Entende-se com isso o que acontece quando uma ferramenta corta um cavaco de uma peça, e por que tais ferramentas são da forma que são. Pode se observar que as geometrias das ferramentas são fundamentais para execução dos processos de usinagem. A classificação e ângulos de corte que cada ferramenta possui, impacta diretamente no processo de usinagem. Com a demonstração da evolução das ferramentas de corte, passando pelo período fundamental e revolucionário até a atualidades com este trabalho pode-se visualizar o período histórico evolutivo das ferramentas de corte. Assim como demonstrar a importância do tipo e forma das ferramentas de corte para usinagem, caracterizando o processo no qual deve-se aplicar tal ferramenta e observa-se com a elaboração deste estudo a abordagem das principais instruções dos processos de usinagem. Visualizou-se com isso o que aconteceu quando uma ferramenta corta um cavaco de uma peça, a importância e necessidade de parâmetros de corte no processo de usinagem. Com a demonstração das principais características na geometria de corte na usinagem assim como a geometria de corte e importante para o processo de usinagem este trabalho pode atingir sua as expectativas apresentadas. Foram citadas as principais características das ferramentas de corte para usinagem e apresentadas as funcionalidades e parâmetros de corte para usinagem. As principais dificuldades foram encontrar revisões literárias nacionais com termos de parâmetro de corte, usinagem, rotação, avanço desgaste de flanco, raio de ferramenta, ângulo de corte e termos relacionados ao processo de manufatura. Por ser um tema técnico as literaturas tratam sempre do mesmo conteúdo sem muita diversificação. Sendo por outro lado positivo devido a padronização do entendimento sobre o conteúdo. REFERENCIAS CHAWLA, Balbeer. An analysis of strain in chip breaking using slip-line field theory with adhesion friction at chip/tool interface.2005. 200 f. Desertion (Doctored am Engenharia) - The department of mechanical engineering National Institute of Technology Rourkela, India, 2005. CHIAVERINE, Vicente. Tecnologia Mecânica. 2ª. ed. vol.2. São Paulo: McGraw-Hill, 1986. 325 p. CHEN, Liao. A method for determining the nose radius of an unequal nose radius multi- point threading tool.2013.Journal of Advanced Mechanical Design Systems and Manufacturing, v. 7, n. 2, 2013 DINIZ, Anselmo et al. Tecnologia da usinagem dos materiais. 8. ed. São Paulo: Artliber, 2013. 270 p. EZUGWU, E. O., OKEKE, C. I., MACHADO, A. R. "High speed threading of inclusion- modified steels with coated carbide tools", Journal of Materials Processing Technology, v. 86, pp. 216-225, 1999. FERRARESI, D. Tecnologia da usinagem dos metais. 9a. ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher LTDA. 2003 (Ferraresi, 2003) FITZPATRICK, Michael. Introdução aos processos de usinagem. 5. ed. São Paulo: AMGH Editora LTDA. 2013.506 p. MACHADO, A.R., COELHO, R.R., ABRÃO, A.M., et al., Teoria da Usinagem dos Materiais, 2 ed., São Paulo, Edgard Blücher, 2011. 371p. MCGEOUGH, J. A. Advanced methods of machining. Londres: Chaprnan and Hall, 1988. SANDVIK. Manual Técnico - Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 2010 SAOTOME, T., YOKOI, F., KUMABE, J. "Precision internal threading of stainless steel", Precision Engineering, v. 6, n. 2, pp.73-78, 1984. SPUR, G.; STÖFERLE, Th. Handbuch de Fertigugstechnik – vol. 3. Viena: Carl Hanser Verlag, 1979. STOETERAU, R. L. Introdução ao projeto de máquina-ferramentas modernas. EMC/UFSC, 2004. STEMMER C. R. Ferramentas de Corte I. 6ª edição. Editora Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2006. TEDESCO, M.E. Variação Dimensional e Microestrutural do Aço AISI 4140 em Peças Usinadas por Torneamento. Dissertação de Mestrado. Universidade de Caxias do Sul, p.69, 2007. TRENT, E. M.Metal cutting. 2. ed. Londres: Butterworths & Co., 1985. FERNANDO, A. Centro de informação metal mecânico – 1997 - www.cimm.com.br/portal/material_didatico/4852-ferramenta-de-corte-de-geometria- definida#.W8tBUFVKjDc - Acesso em 20 de outubro 2018 RICARDO, F. Portal usinagem Brasil- 2018 - http://www.usinagem- brasil.com.br/12340-ha-90-anos-era-lancada-a-1a-ferramenta-de-metal-duro/ :>. Acesso em 25 de agosto 2018. ALBERTO, C. Portal da Soluções industriais – 2014 - https://www.solucoesindustriais.com.br/:>. Acesso em 25 de agosto 2018. ZHOU, J. M., ANDERSSON, M., STAHL, J. E. "Cutting tool fracture prediction and strength evaluation by stress identification Part I: Stress model", International Journal of Machine Tools and Manufacture, v. 37, n. 12, pp.1691-1714, 1997. http://www.usinagem-brasil.com.br/12340-ha-90-anos-era-lancada-a-1a-ferramenta-de-metal-duro/ http://www.usinagem-brasil.com.br/12340-ha-90-anos-era-lancada-a-1a-ferramenta-de-metal-duro/
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