Buscar

BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

BIOSSEGURANÇA EM ESTÉTICA
Trata-se de um assunto muito importante, mas que infelizmente ainda é desconhecido para alguns profissionais. A biossegurança em estética requer atenção e consciência para ações de prevenção de doenças no ambiente de trabalho. Diante de uma realidade onde o mercado de clínicas de estética e os salões de beleza não para de crescer, devemos redobrar a atenção e cuidado neste sentido.
De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil é o terceiro maior mercado de beleza, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão.
O significado etimológico da palavra Biossegurança é Vida e Segurança. A Biossegurança em Estética consiste em ações voltadas a prevenção de doenças neste ambiente de trabalho. Na relação entre profissional e cliente existem riscos, pela proximidade e contato físico que muitas vezes são necessários para os tratamentos – como a limpeza de pele.
De acordo com normas da Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, os profissionais que atuam na área de estética e beleza devem fazer uso de equipamentos de proteção individual durante procedimentos de: manicure, pedicure, podologia, depilação, limpeza de pele, corte de cabelo, retirada de barba, aplicação de produtos químicos pois ficam expostos a patógenos causadores de doenças, entre elas, hepatite B e C, herpes, gripe, tuberculose, micoses, AIDS e também a produtos que exalam odores tóxicos e que podem causar doenças.
NORMAS E CUIDADOS NO LOCAL DE TRABALHO
A limpeza e desinfecção do ambiente devem ser diárias, alternando os produtos utilizados para que os microrganismos não se proliferem e desenvolvam resistência. Cada estabelecimento de beleza deve elaborar e implantar seu próprio plano de limpeza e desinfecção do ambiente, adequando os processos e produtos químicos de sua realidade (ver quadro abaixo de limpeza dos materiais).
Infelizmente, muitas vezes, o profissional de beleza está tão sobrecarregado ou desconhece as normas de higiene, que não faz medidas básicas, como limpar o ambiente de trabalho, fazer esterilização dos instrumentos, utilizar descartáveis e fazer a higienização das mãos.
Todo estabelecimento deve respeitar e se adequar à legislação sanitária vigente. De acordo com o decreto no 23.915 da COVISA (Vigilância Sanitária Municipal), os profissionais de beleza deve seguir as seguintes normas sanitárias:
· Possuir paredes e pisos lisos e impermeáveis para não acumular microorganismos, poeira ou resquícios de secreções;
· Deve ter: lixeira de pedal com saco plástico para descarte de material contaminado, lavatório com sabonete líquido e papel toalha.
· Maca com superfície lisa ou lavável, forrada de lençol TNT ou papel branco (resistente). Todos descartáveis devem ser trocados a cada cliente.
· Mesa auxiliar (carrinho) com superfície lisa e lavável, para acomodar bandeja forrada com papel toalha para os materiais de uso;
· Touca e faixas devem ser descartáveis;
· Utilizar instrumentos esterilizados ou descartáveis.
Na cabine de estética ou na clínica, a esteticista deve estar atenta para higienização de materiais.
LIMPEZA DOS MATERIAIS DO AMBIENTE DE TRABALHO
Fonte: INA Instituto
CUIDADOS COM TOALHAS E LENÇÓIS DE TECIDO
As toalhas e lençóis de tecido devem estar limpas, podendo ser lavadas em lavanderia ou de forma doméstica, com água e sabão. Na primeira lavagem, deve-se deixar por 10 minutos em solução com água sanitária na proporção de 200 ml para 20 L de água ou realizar a última lavagem em ácido peracético a 0,03% e passadas a ferro quente. Ao serem guardados, as toalhas e lençóis de tecido devem ficar de forma organizada em local limpo, seco e arejado (o ideal é embalar individualmente em saco plástico e selar).
ANTES DOS TRATAMENTOS, O PROFISSIONAL DEVE:
· Encapar as abas do carrinho de auxílio e lupa com filme plástico. Estes devem ser trocados a cada cliente.
· Lavar as próprias mãos adequadamente antes de atender o cliente.
· Fazer anti-sepsia das mãos do cliente antes do procedimento para evitar infecções.
· Quando for necessário o uso de luvas, usar as descartáveis e retirá-las somente quando concluir o serviço.
ATENÇÃO: Para cada cliente, as toalhas e lençóis devem ser de uso exclusivo para aquela pessoa durante o atendimento. Não pode usar a mesma toalha ou o mesmo lençol em dois clientes.
Ao final do atendimento o profissional deve lavar as mãos e jogar no lixo os materiais descartáveis ou de uso único (como a espátula descartável).
No caso do uso de agulhas, utilizadas em limpeza de pele, as mesmas devem ser descartadas em caixa Descarpack.
· Antes de atender novo cliente, a esteticista deve realizar assepsia dos equipamentos e acessórios, conforme orientação do fabricante.
· Para instrumentos que tenham contato com sangue ou secreções como cureta ou pinça, é preciso fazer a descontaminação. Se o local não tiver a auto-clave, limpar com água e detergente enzimático por 5 minutos (5 ml para 1 litro de água), enxaguar, secar e esterilizar no Ácido Peracético por 20 minutos – observar instruções de uso. Geralmente 100 ml de Ácido Peracético para 5 litros de água. (O ácido peracético é um desinfetante e age por desnaturação das proteínas. Tem uma ação bastante rápida sobre os microrganismos.).
· Lavar e desinfetar as cubetas e outros itens reutilizáveis.
PROTEÇÃO INDIVIDUAL DO PROFISSIONAL 
As medidas de segurança vão desde o uso de luvas – fundamental caso haja contato com sangue, fluídos corpóreos, pele não íntegra e também para manuseios de materiais ou superfícies sujas com sangue e fluídos, independente do diagnóstico do cliente (ANVISA, 2000); além de óculos, avental, touca e principalmente a higiene das mãos. Um ambiente limpo e organizado, mesmo em instalações físicas simples, proporciona o bem estar tanto para o cliente quanto para a equipe de trabalho.
Alguns equipamentos de Proteção Individual são imprescindíveis para prevenção de contaminação por microrganismos:
· luvas descartáveis (devem ser retiradas após a conclusão de serviço)
· máscara descartável
· touca descartável
· jaleco de tecido resistente.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A higienização das mãos é a medida individual mais simples para prevenir a propagação de infecções relacionadas à saúde. Antes chamada de “lavagem das mãos”, foi substituída pelo termo “higienização” por ser mais abrangente. Trata-se do ato de higienizar as mãos com água e sabão, visando a remoção de bactérias transitórias ou residentes, como também células escamativas, pelo suor, sujidade e oleosidade da pele (APEHIC, 2003)
Esta prática evita transmissão de doenças e possíveis patógenos. De acordo com o Manual Higienização das Mãos em Serviços de Saúde da ANVISA, publicado em 2007, as mãos constituem a principal via de transmissão de microorganismos durante a assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microorganismos, que podem se transferir de uma superfície a outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através de contato com objetos e superfícies contaminados.
Higienizar as mãos previne e reduz infecções causadas pelas transmissões cruzadas.  As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam.
PASSO A PASSO DE COMO HIGIENIZAR CORRETAMENTE AS MÃOS
O profissional deve retirar anéis, pulseiras e relógio, pois sob tais objetos podem acumular-se microorganismos. A finalidade da higienização simples das mãos é remover os microorganismos que colonizam as camadas superficiais da pele e retirar a sujidade propícia à permanências e proliferação destes microorganismos.
O procedimento deve ter duração de 40 a 60 segundos. Algumas ações são importantes: no caso de contato com as torneiras, o contato manual para fechamento deve ser realizado com papel toalha. O local necessita ter papel toalha – pois o uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado pois permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana. E deve-se evitar água muito quente ou muito fria para preveniro ressecamento da pele.
PASSO A PASSO DE HIGIENIZAÇÃO
1. Abrir a torneira e molhas as mãos, evitando encostar na pia
2. Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir toda superfície das mãos.
3. Ensaboar as palmas das mãos, friccionando-as entre si
4. Esfregar a palma da mão direita conta o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa.
5. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa
7. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda e vice-versa
8. Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fazendo um movimento circular e vice-versa
9. Friccionar os punhos com movimentos circulares
10. Enxaguar as mãos, retirando os resíduos de sabão, no sentido dos dedos para os punhos. Evitar o contato das mãos com sabão com a torneira.
11. Secar as mãos em papel toalha
Fonte: Manual de Limpeza de Desinfecção de Superfícies – ANVISA, 2010
Referências:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar: caderno C: métodos de proteção anti-infeciosa . Brasília. ANVISA, 2000.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília. ANVISA, 2007.
Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Limpeza, desinfecção de artigos e áreas hospitalares e antissepsia. São Paulo: APEHIC, 1999.
SCHMIDLIN, K. C. S. Biossegurança na estética: Equipamento de Proteção Individual. Personalité, n° 44, São Paulo, janeiro 2006, p. 80-101.
Por Márcia Moreno

Continue navegando