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Plano de Ensino de Direito Civil I

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DIREITO CIVIL I 
PROFA. MSC. MARTA MOREIRA LUNA 
Rua da Paz, 1478 sala 16 Santa Fé 
Campo Grande, MS 
advocacialuna@bol.com.br 
Fone 67 3028 1135 – 9941 3040 
 
PLANO DE ENSINO 
• Objetivo Geral: analisar e compreender os princípios doutrinários e legais 
pertinentes à disciplina da relação jurídica em seus elementos estruturais 
contidos no Código Civil (Lei nº 10406, de 10/01/2002). Transmitir aos 
iniciantes do curso jurídico a principiologia do Direito Civil, estimulando o 
raciocínio na área do Direito Privado e suas transformações na atualidade, 
bem como instrumentalizá-lo com os conceitos da Parte Geral do Novo 
Código Civil Brasileiro, sendo que, ao término da disciplina, pretende-se 
que o aluno tenha conhecimentos e domínio do processo de jurisdicização 
e de sua importância para o ordenamento jurídico brasileiro. 
• 
Ementa: Teoria Geral do Direito Civil. Lei de Introdução as Normas do 
Direito Brasileiro.Das pessoas naturais. Dos direitos da personalidade. Da 
personalidade e capacidade. Das pessoas jurídicas. Da ausência. Da 
curadoria dos bens do ausente. Do domicílio. 
• 
 
 
PLANO DE ENSINO 
conteúdo e procedimentos metodológicos 
• Conteúdo Programático: 
• 1. Noções introdutória da LINDB.3. Das pessoas naturais: dos 
direitos da personalidade; da personalidade e capacidade. 4. 
Das pessoas jurídicas: constituição; classificação 
responsabilidade e extinção. 5. Da ausência. Da curadoria dos 
bens do ausente. 7.Do domicílio. 
 
 Avaliação: A avaliação será realizada por meio das provas N1 
e N2, nos valores de: zero (0,0) a 0,8 (oito) pontos e trabalho 
com valoração de 0,0 (zero) a 2,0 (dois) pontos. 
 
 
 
BIBILIOGRAFIA 
• Bibliografia Básica: 
• PLT 836 - GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro vol. I. 
• GAGLIANO, P. S. FILHO, R. P. Novo Curso de Direito Civil. Parte Geral. Vol. I. 
São Paulo: Saraiva, 2013. 
• VENOSA, S. S. Direito Civil. Parte Geral. Vol. I. São Paulo: Atlas, 2013. 
• Bibliografia Complementar: 
• DINIZ, M. H. Código Civil Brasileiro. Anotado. São Paulo: Saraiva, 2013. 
• _____________. Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral do Direito Civil. Vol. 1. 
São Paulo: Saraiva, 2011. 
• . 
• MONTEIRO, W. B. Curso de Direito Civil. Vol. 1. São Paulo: Saraiva, 2007. 
• RODRIGUES, S. Direito Civil, Parte Geral. Vol 1. São Paulo: Saraiva, 2007. 
 
 
DIREITO CIVIL 
definição e contextualização 
• Ordenamento jurídico – ubi societas ibi jus; 
• Relação Direito Público e Direito Privado; 
• Constitucionalização do Direito Civil – discussão; 
• Estado democrático de Direito – função – 
princípio da Dignidade da Pessoa Humana; 
• Hermenêutica e Interpretação – axiologia x 
axiomática; 
• Princípios basilares do Código Civil – 
sociabilidade, eticidade e operabilidade. 
 
 
FINALIDADE E CONCEITO DE DIREITO 
O fim do direito é a vida em sociedade; 
 
 restrições ou limitações à atividade de cada um = 
paz social e segurança jurídica; 
 
 “ubi societas ibi jus” – onde está a sociedade ai 
está o direito; 
 
 Conjunto de regras obrigatórias que 
disciplinam a convivência social humana. 
(Prof. Miguel Reale). 
CIÊNCIA DO DIREITO 
 OBJETO DA CIÊNCIA DO DIREITO é o próprio 
Direito = experiência social; 
 aspectos valorativos e bens inerentes ao 
homem/sociedade = a vida, a liberdade, igualdade 
(de condições), saúde, honra, intimidade, 
educação, propriedade, etc... 
 
 Direito se classifica como ciência humana, e como 
tal sua base de pesquisa é o homem nos 
aspectos valorativos da sua personalidade e sua 
convivência social, e sob esse prisma, a Ciência 
do Direito tem que respeitar a dignidade do 
homem. 
DICOTOMIAS 
DIVISÕES DO DIREITO 
• CIÊNCIA DO DIREITO = UNA – várias 
divisões/dicotomias; 
 
• DIVISÃO = efeitos didáticos/práticos/metodológicos; 
 
DIREITO NATURAL X DIREITO POSITIVO 
 
DIREITO OBJETIVO X SUBJETIVO 
 (norma agendi) (facultas agendi) 
 
DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO 
 
 
 
DIREITO PUBLICO E DIREITO PRIVADO 
 
• DIREITO PÚBLICO: disciplina os interesses gerais da coletividade 
tais como: tutela (garantia) dos direitos individuais e coletivos do 
indivíduo; bem como, das relações do Estado com os cidadãos e 
com outros Estados 
• subdivisão: direito Constitucional, Administrativo, Tributário, 
Processual (civil e penal), Penal, Eleitoral, Militar e Internacional 
Público. 
 
 DIREITO PRIVADO: Diz respeito às relações e interesses de 
ordem particular, dos indivíduos como tais – entre si; 
 subdivisão: direito civil e o direito comercial/empresarial/direito do 
trabalho/direito do consumidor. 
• 
 
SUPREMACIA CONSTITUCIONAL 
HIERARQUIA DAS LEIS 
• ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO = conjunto normas 
vigentes no país; 
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL – fundamento de validade 
das demais normas/Leis, ex.: Leis complementares; Leis 
Ordinárias; Leis delegadas; Decretos legislativos e resoluções; 
medidas provisórias; Decretos regulamentares, e normas inferiores, 
como: portarias, circulares e etc...; 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
DECRETO-LEI Nº 4.657,4 DE SETEMBRO DE 1942 – LEI Nº 12.376/10 
LICC - LINDB 
 LINDB - âmbito de aplicação das normas 
jurídicas – norma de sobredireito – disciplina 
as normas jurídicas = emissão e aplicação de 
outras normas; 
 CÓDIGO CIVIL- relações civis/privadas – 
direitos/deveres – normas de direito material. 
 
• OBS.: Leis Complementares nº 95/98 e 107/2001 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
CONTEÚDO 
• 1)Art. 1º e 2º = VIGÊNCIA DAS NORMAS; 
 
• 2)Art. 3º = OBRIGATORIEDADE GERAL E ABSTRATA DAS NORMAS; 
 
 3)Art. 4º = INTEGRAÇÃO DAS NORMAS; 
 
• 4)Art. 5º = INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS; 
 
• 5)Art. 6º =APLICAÇÃO DA NORMA NO TEMPO (DIREITO INTERTEMPORAL); 
 
• 6)Art. 7º e seguintes= APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO (DIREITO ESPACIAL) 
 
LEI Nº 12.376/2010 
• Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
• LEI Nº 12.376, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010. 
• 
• Altera a ementa do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942. 
• O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
• Art. 1o Esta Lei altera a ementa do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942, ampliando o 
seu campo de aplicação. 
• Art. 2o A ementa do Decreto-Lei no 4.657, de 4 de setembro de 1942, passa a vigorar com a 
seguinte redação: 
• “Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.” 
• Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
• Brasília, 30 de dezembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República. 
• LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA 
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto 
• Este texto não substitui o publicado no DOU de 31.12.2010 
DECRETO-LEI Nº 4.657/1942 
• Presidência da República 
• Casa Civil 
• Subchefia para Assuntos Jurídicos 
• DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. 
• VigênciaTexto compilado 
• Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro 
• Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.376, de 2010 
• O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, 
decreta: 
• Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
• § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três 
meses depois de oficialmente publicada. (Vide Lei nº 2.145, de 1953) (Vide Lei nº 2.410, de 
1955)(Vide Lei nº 2.770, de 1956) (Vide Lei nº 3.244, de 1957) (Vide Lei nº 4.966, de 
1966) (Vide Decreto-Lei nº 333, de 1967) 
• § 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
• § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, 
o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
• § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
LINDB 
• Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. (Vide Lei nº 3.991, de 1961) (Vide 
Lei nº 5.144, de 1966) 
• § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
• § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
• § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter 
a lei revogadora perdido a vigência. 
• Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
• Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
• Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se 
dirige e às exigências do bem comum. 
LINDB 
• Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) 
• § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que 
se efetuou. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
• § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa 
exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-
estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
• § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba 
recurso. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
• Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim 
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. 
• § 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos 
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
• § 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou 
consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) 
LINDB 
• § 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de 
invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
• § 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei 
do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for 
diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
• § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, 
pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer 
ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se 
apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial 
de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta 
adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 
6.515, de 1977) 
 
LINDB 
• § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges 
forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da 
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial 
por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, 
obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças 
estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu 
regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, 
decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças 
estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir 
todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). 
• § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se 
ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador 
aos incapazes sob sua guarda. 
• § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no 
lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. 
 
LINDB 
• Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles 
concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados. 
• § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, 
quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a 
transporte para outros lugares. 
• § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em 
cuja posse se encontre a coisa apenhada. 
• Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do 
país em que se constituirem. 
• § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e 
dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as 
peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos 
do ato. 
• § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no 
lugar em que residir o proponente. 
 
LINDB 
• Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o 
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. 
• § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não 
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. (Redação dada pela Lei nº 9.047, de 
1995) 
• § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. 
• Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as 
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem. 
• § 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de 
serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei 
brasileira. 
• § 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles 
tenham constituido, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no 
Brasil bens imóveis ou susceptiveis de desapropriação. 
• § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede 
dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares. (Vide Lei nº 4.331, de 1964) 
 
LINDB 
• Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida 
a obrigação. 
• § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
• § 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as 
diligências deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências. 
• Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios deproduzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. 
• Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência. 
• Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos: 
• a) haver sido proferida por juiz competente; 
• b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; 
• c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; 
• d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
• e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da Constituição Federal). 
• Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
• Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição 
desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei. 
• Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, 
quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. 
LINDB 
 Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e 
os mais atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou 
brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) 
• § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a separação consensual e o divórcio consensual de 
brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, devendo 
constar da respectiva escritura pública as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão 
alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome 
adotado quando se deu o casamento. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência 
• § 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, 
juntamente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo 
necessário que a assinatura do advogado conste da escritura pública. (Incluído pela Lei nº 12.874, de 2013) Vigência 
• Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do 
Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei nº 
3.238, de 1957) 
• Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com 
fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias 
contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei nº 3.238, de 1957) 
• Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942, 121o da Independência e 54o da República. 
• GETULIO VARGAS 
• Alexandre Marcondes Filho 
• Oswaldo Aranha. 
• Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.9.1942, retificado em 8.10.1942 e retificado em 17.6.1943 
 
 
 
VIGÊNCIA 
 DAS NORMAS JURÍDICAS 
• VIGÊNCIA – período de tempo que a Lei produz seus 
efeitos – desde a entra em vigor até que outra a revogue ou 
modifique 
• PROCESSO LEGISLATIVO – última fase = publicação = 
entrada em vigor: imediato/data da publicação ou o período 
de tempo que o legislador fixar = VACATIO LEGIS; 
• Art. 1º = 45 dias – ausência de previsão legal; 
• § 1º - 
 
 
 
 
OBRIGATORIEDADE DA LEI, ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO, 
 
• Vedada alegação de ignorância da Lei; 
• OBRIGATORIEDADE: 
• Instantânea – data da publicação; 
• Expressamente diferida – fixa prazo 30; 60; 90 dias.....; 
• Tacitamente diferida – não há comando = art. 1º 45d; 
 
• ab rogação - total; 
 REVOGAÇÃO 
 derrogação – parcial; 
 
• Expressa – explícita = declarada – revoga-se…….; 
 
• Tácita – implícita = Lei nova regula mesma matéria; 
 
LACUNAS DA LEI 
E NÃO REPRISTINAÇÃO 
 Meios de Integração: 
 
 analogia; 
 costumes 
 princípios gerais de direito 
 
 
Efeito repristinatório da lei - lei revogada não se restaura por ter a 
lei revogadora perdido a vigência - § 3º do Art. 2º LINDB. 
 
VIGÊNCIA E IRRETROATIVIDADE DA LEI 
• Art. 5º XXXVI – CF/88 – Art. 6º LINDB; 
• DIREITO ADQUIRIDO - exercido pelo titular sem necessidade de 
autorização ; ex. Aposentadoria quando completou os requisitos; 
• ATO JURIDICO PERFEITO - o já consumado segundo a lei vigente 
ao tempo em que se efetuou; ex. :Contrato verbal continua valendo se lei 
nova manda ser escrito; 
• COISA JULGADA -Decisão da qual nao cabe mais recurso: 
• Decurso de prazo; 
• Perda do prazo; 
• Não exercício do direito de recorrer; 
• Esgotados todos os recursos; 
 
 
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
Lei 10.406/02 
• PARTE GERAL: 
• Livro I Das Pessoas – arts. 1º - 78; 
 
• Livro II Dos Bens – arts. 79 – 103; 
 
• Livro III Dos Fatos Jurídicos – arts. 104- 232; 
 
 
LEI 10.406/02 
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
• Princípios basilares do C.C: 
• 
• SOCIABILIDADE - 
 
• ETICIDADE - 
 
• OPERABILIDADE - 
 
 
PESSOA 
• Conceito de pessoa – ente físico ou coletivo suscetível 
de direitos e deveres. 
• Hans Kelsen – pessoa natural ou jurídica = 
personificação de um complexo de normas. 
 
• Pessoas = Sujeitos de direitos = elemento subjetivo das 
relações jurídicas. 
 
• Relação Jurídica – vínculo que une duas ou mais 
pessoas conforme as atribuições da norma jurídica. 
 
PESSOA NATURAL 
art. 1º-10 
• CONCEITO – ser humano – art. 1º. 
 
• INÍCIO - nascimento com vida - assegurados 
os direito do nascituro – art. 2º. , Lei 6.015/73. 
 
• EXTINÇÃO – MORTE = (real, civil (indigno-
art.1.816), presumida -art. 7º.), 
simultânea/comoriência -art. 8º.). 
PERSONALIDADE 
art. 2º 
 Personalidade jurídica – aptidão genérica para adquirir direitos 
e contrair deveres/obrigações. 
 
• atributo jurídico que confere status de pessoa. 
 
• “Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a 
concepção, os direitos do nascimento.” 
 
DIREITO DO NASCITURO 
• NASCITURUS - latim – o que está por nascer, o que deve 
nascer; 
 
• Ente já concebido; 
 
• Nascimento com vida; 
 
• Respiração = ainda que morra em seguida; 
 
TEORIAS 
• NATALISTA - personalidade civil se inicia com o 
nascimento com vida; 
 
• DA PERSONALIDADE CONDICIONAL - o nascituro é 
pessoa condicional, está em dependência de condição 
suspensiva – nascer com vida = desdobramento da 
teoria natalista; 
 
• CONCEPCIONISTA - admite a personalidade antes do 
nascimento - desde a concepção, para salvaguarda dos 
direitos patrimoniais, ex.: herança, legado e doação. 
 
CAPACIDADE 
• Capacidade – medida jurídica da personalidade. 
• 
• Conceito – maior ou menor extensão dos direitos 
de uma pessoa. 
• de gozo ou de direito- aptidão decorrente da 
personalidade, para aquisição de direitose deveres/obrigações na vida 
civil. 
• ESPÉCIES – 
• de fato ou de exercício – aptidão para o 
exercício por si só dos atos da vida civil. 
INCAPACIDADE 
• restrição ao poder de agir - sendo absoluta ou 
relativa. 
• Absoluta – art. 3º. – proibição total do exercício do 
direito, gera nulidade (art. 166) do ato quando praticado 
pelo próprio incapaz. – representado. 
• Relativa – art. 4º. pode praticar certos atos da vida civil – 
assistido. 
• Ato/negócio jurídico será anulável (art. 171) se não estiver 
assistido pelo representante 
 
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE 
• Desaparecimento dos motivos; 
• Cessação da enfermidade físico-psíquica; 
• Maioridade art. 5º; 
• Emancipação: voluntária – I - 
• judicial – I – (tutor não pode) 
• legal – II, III, IV e V. 
 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
arts. 11 a 21 do CC 
1. Conceito - Direito à vida, à liberdade, ao nome, 
ao próprio corpo, à imagem e à honra 
 Art. 5º, X CF/88. 
2. Características 
a) Intransmissíveis 
b) Irrenunciáveis 
c) Imprescritíveis 
d) Gerais 
e) Vitalícios 
f) Oponível erga omnes 
 
DIREITOS DE PERSONALIDADE 
• DIREITOS SUBJETIVOS DA PESSOA – defesa 
do que lhe é próprio: 
• integridade física - vida, alimentos, próprio corpo 
vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes 
separadas do corpo vivo ou morto; 
• integridade intelectual - liberdade de pensamento, 
autoria científica, artística e literária; 
• integridade moral - honra, recato, segredo 
profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e 
social. 
 
 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA 
NATURAL 
• NOME - arts. 16 – 19 - Direito ao Nome – atributo da 
personalidade; 
• DEFINIÇÃO: designação ou sinal exterior pelo qual a pessoa identifica-se no 
seio da família e da sociedade. (Carlos Roberto Gonçalves); 
 
• ELEMENTOS: 
PRENOME – ex: João, Maria, Marta........ (simples, compostos) 
 SOBRENOME /apelido de família (NOME) ex: Silva, Souza..... 
 AGNOME – sinal distintivo das pessoas da mesma família ex: filho, neto...... 
COGNOME – particularidade/apelido de alguém pode ser acrescido ao nome 
ex. Xuxa, Pelé....... 
RETIFICAÇÃO X ALTERAÇÃO 
• Retificar = corrigir o que está errado – ordem 
judicial – 
• erro gráfico; 
• Vexatório.... 
 
• Alteração = substituição = mudança do que 
estava certo- ex. adoção, casamento.... 
EXTINÇÃO/FIM 
DA PESSOA NATURAL 
MORTE 
REAL SIMULTÂNEA PRESUMIDA 
Morte real 
art. 6º 
• cessão dos funções vitais – LRP – 
atestado de óbito. 
Morte Simultânea/Comoriência 
art. 8º 
 dois ou mais indivíduos falecem na 
mesma ocasião, sem poder identificar se 
um precedeu ao outro; 
 
• Presunção de morte simultânea. 
MORTE CIVIL 
• Existiu na Idade Média - condenados à 
Prisão Perpétua, religiosos.......; 
 
• abolida pelas legislações modernas; 
• 
• Indignação – sucessão – art. 1.814 
 
MORTE PRESUMIDA 
art. 
• SEM DECLARAÇÃO DE AUSENCIA 
 
 
• COM DECLARAÇÃO DE AUSENCIA 
SEM DECRETAÇÃO 
• Art. 7º Pode ser declarada a morte 
presumida, sem decretação de ausência: 
 
• I - se for extremamente provável a 
morte de quem estava em perigo de vida; 
 
• II - se alguém, desaparecido em 
campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término 
da guerra. 
 
SEM DECRETAÇÃO 
• Art. 7º (...) 
• Parágrafo único. A declaração da morte 
presumida, nesses casos, somente poderá 
ser requerida depois de esgotadas as 
buscas e averiguações, devendo a 
sentença fixar a data provável do 
falecimento. 
• 
 
AUSÊNCIA 
arts. 22 a 39 do CC 
FASES 
Curadoria 
do 
ausente 
Sucessão 
provisória 
Sucessão 
definitiva 
1. Ausente - 
 
2. Fases: 
Da curadoria dos bens do ausente 
• Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do 
seu domicílio sem dela haver notícia, se 
não houver deixado representante ou 
procurador a quem caiba administrar-lhe 
os bens, o juiz, a requerimento de 
qualquer interessado ou do Ministério 
Público, declarará a ausência, e nomear-
lhe-á curador. 
Da curadoria do Ausente 
• Art. 23. Também se declarará a ausência, 
e se nomeará curador, quando o ausente 
deixar mandatário que não queira ou não 
possa exercer ou continuar o mandato, ou 
se os seus poderes forem insuficientes. 
PODERES/OBRIGAÇÕES DO CURADOR 
DO AUSENTE 
• Art. 24. O juiz, que nomear o curador, 
fixar-lhe-á os poderes e obrigações, 
conforme as circunstâncias, observando, 
no que for aplicável, o disposto a respeito 
dos tutores e curadores. 
CÔNJUGE DO AUSENTE 
• Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre 
que não esteja separado judicialmente, ou 
de fato por mais de dois anos antes da 
declaração da ausência, será o seu 
legítimo curador. 
SUCESSÃO DEFINITIVA 
Arts. 37-38 
• 10 anos transito em julgado – sentença de 
concessão de abertura da sucessão provisória – 
art. 37; 
 
• ausente contava com mais de 80 anos de idade 
e há 5 anos últimas notícias dele; 
 
 
 
REGRESSO DO AUSENTE 
ART. 39 
• NOS 10 ANOS DA ABERTURA DA SUCESSÃO 
DEFINITIVA - 
LEI DE REGISTROS PÚBLICOS 
• Lei – 6.015/73: 
 
• Art. 88 - Poderão os juízes togados admitir justificação 
para o assento de óbito de pessoas desaparecidas em 
naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer 
outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença 
no local do desastre e não for possível encontrar-se o 
cadáver para exame.

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