Buscar

Didática - AV 1.5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Parte superior do formulário
Parte superior do formulário
		
		Avaliação On-Line 
	Avaliação:
	AV1.2012.3EAD-DIDÁTICA-CEL0304 
	Disciplina:
	CEL0304 - DIDÁTICA 
	Tipo de Avaliação:
	AV1 
	
Questão: 1 (146306) 
É muito comum as pessoas identificarem o campo da Didática como a disciplina que ensina “como dar aula”. Mas, da mesma forma que não é possível reduzir o ensino apenas à sua dimensão técnica. Chamamos esse reducionismo de: 
Pontos da Questão: 0,5 
	ativismo 
	tecnicismo 
	humanismo 
	pragmatismo 
	
Questão: 2 (146381) 
(CETRO/SP- 2008) Nóvoa (1992) refere-se a importantes contribuições da investigação educacional, nas últimas décadas, que demonstraram a impossibilidade de se isolar a ação pedagógica dos universos sociais que a envolvem. Citando estudos de 1988, realizados por Vala, Monteiro e Lima, argumenta que, em diferentes abordagens, as organizações escolares já foram vistas como máquinas, como organismos e como cérebros e ressalta que a atual tendência é entendê-las como: Pontos da Questão: 1 
	culturas. 
	fábricas. 
	sementeiras. 
	espelhos. 
	
Questão: 3 (146319) 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) apresentam orientações para o tratamento da diversidade como tema. Essas orientações estão contidas no PCN de temas transversais, sendo o campo específico denominado : Pontos da Questão: 0,5 
	Pluralidade cultural 
	Teorias culturais 
	Diversidade cultural 
	Currículo cultural 
	
Questão: 4 (146214) 
“O Brasil teve, em 2006, 2,279 milhões de alunos a distância matriculados em vários tipos de cursos: no ensino credenciado, fazendo educação corporativa e em outros projetos nacionais e regionais (Sebrae, CIEE, Fundação Bradesco, Fundação Roberto Marinho etc). Isso significa que um em cada oitenta brasileiros estudou por EAD no ano passado” (fonte: ABED). 
O Ensino à Distância (EAD) é uma modalidade de educação: Pontos da Questão: 0,5 
	informal e mediatizada 
	formal e direta 
	informal e direta 
	formal e mediatizada 
	
Questão: 5 (146323) 
Como um campo específico de estudo/pesquisa, a Didática: 
I.tem se constituído a partir das contribuições da Psicologia, da Sociologia, da Lingüística, da Teoria do Conhecimento, da Teoria da Educação. 
II.não se relaciona com as outras ciências ou mesmo campos da educação. 
III.não caminha isoladamente no campo dos conhecimentos científicos e não dá conta de resolver seus problemas sem a contribuição de outras ciências da educação 
São corretos apenas: Pontos da Questão: 0,5 
	I e III 
	III 
	II e III 
	I 
	
Questão: 6 (146286) 
(Provão 2002) Comênio, na obra Didática Magna, utiliza-se da seguinte metáfora: os professores devem ser como organistas, que tocam uma partitura sem que tenham composto. A partitura, aqui, equivale ao livro didático, que condensa a matéria de ensino. Assim, de acordo com esse pensamento de Comênio: Pontos da Questão: 1 
	os professores precisariam aprender a ensinar independente dos livros didáticos, como os músicos aprendem a executar a partitura. 
	os professores precisariam saber produzir os conhecimentos a serem ensinados, por serem mais que animadores do processo didático. 
	os professores precisariam ser formados nos conhecimentos que ensinarão, pois os livros didáticos seriam apenas recursos auxiliares. 
	qualquer pessoa que soubesse ler e escrever seria capaz de ensinar caso tivesse um bom livro didático, o que permitiria o ensino em massa. 
	
Questão: 7 (146282) 
Os professores são remunerados de acordo com as horas de aula que realizam. Como, geralmente, a remuneração por aula é muito baixa, os professores trabalham em diferentes turmas e instituições. 
Esta situação gera: 
I. Uma precarização das condições de trabalho com uma rotina de vida agitada, com muito tempo gasto com deslocamentos. 
II. Condições de trabalho que justificam pagamento de insalubridade e aposentadoria compulsória. 
III. A necessidade do professor ser capaz de lidar com diferentes realidades institucionais, elaborando diferentes planos de ensino. 
São corretos apenas: 
Pontos da Questão: 1 
	III 
	I e II 
	II 
	I e III 
	
Questão: 8 (146245) 
(ENADE-2005) Ser professor significa desenvolver atividades pedagógicas e projetos político-pedagógicos, questionar a própria prática e refletir sobre o fazer profissional. Na proposta de formação do professor-pesquisador entende-se que o docente deve: Pontos da Questão: 1 
	trabalhar a teoria como um suporte complementar cuja finalidade é a prática. 
	vivenciar a atividade de pesquisa em disciplinas teóricas. 
	modificar regularmente seus pressupostos teóricos. 
	organizar a sua ação a partir da articulação prática-teoria-prática. 
	
Questão: 9 (146232) 
(ENADE – 2005) A implementação do projeto político-pedagógico é uma das condições para que se afirme a identidade da escola como espaço necessário à construção do conhecimento e da cidadania. Sabe-se que o currículo é parte integrante desse processo e deve contemplar a formação de identidade cultural. Nessa perspectiva, o currículo deverá ter como diretriz: Pontos da Questão: 1 
	organizar conteúdos, disciplinas, métodos, experiências e objetivos 
	estabelecer pautas de conduta visando à classificação de identidades 
	privilegiar os processos de subjetivação coletiva e o saber sistematizado 
	promover narrativas sobre o outro numa ótica universalista 
	
Questão: 10 (155313) 
Perrenoud (1999) lembra que estamos a caminho de um ‘ofício novo’ e aponta competências docentes, orientando a formação atual dos professores. Dessa forma, ele alerta para: Pontos da Questão: 1 
	
A capacidade docente de levar os alunos a estabelecerem relações significativas, que estimulem seus processos mentais, principalmente, adaptando-os às exigências do mundo atual; 
	Articulação entre as três diferentes áreas do conhecimento; 
	Retalhamento da realidade, transformando os alunos em coisas; 
	Articulação de diferentes saberes sobre diferentes etnias; 
	
Parte inferior do formulário
PPE3												 AULA 5-1
Materialismo Histórico e Dialético de Marx – As Bases da Teoria Crítica
- 1818 - Nasceu na cidade de Tréveris (na época no Reino da Prussia), foi o último dos sete filhos de uma família de origem judaica de classe média.
- 1830 – Iniciou seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, em Tréveris, e mais tarde ingressou na Universidade de Bonn com a o intuito de estudar Direito e, um ano após, transferiu-se para a Universidade de Berlim.
Na cidade de Berlim, ingressou no Clube dos Doutores que era liderado por Bruno Bauer. Essa experiência fez com que distanciasse do Direito e volta-se suas atenções para os estudos no campo da Filosofia, tendo uma participação efetiva no movimento para o conhecimento como Jovens Hegelianos.
- 1841 – Defende a tese de doutorado sobre o título: “Diferenças da Filosofia da Natureza em Demócrito e Epicuro”.
- 1842 – Tornou-se redator-chefe da Gazeta Renana (um jornal da província de Colônia onde conheceu Friederich Engels).
- 1843 – Após perder o seu emprego devido ao fechamento da  Gazeta Renana pela publicação de artigos criticando o governo prussiano, Marx mudou-se para Paris e assumiu a direção da publicação dos Anais Franco-Alemães. Conheceu a Liga dos Justos que mais tarde passaria a ser a Liga dos Comunistas. Nesse ano, escreveu a obra Crítica da Filosofia do Direito de Hegel.
-1844 – Em Paris, Marx aprofundou seus estudos sobre economia política e o pensamento dos socialistas utópicos franceses. Tal estudo resultou nos Manuscritos Econômicos Filosóficos. Nesse mesmo ano, recebeu a visita de Engels e a partir desse momento firmaram uma amizade que fora interrompida com o falecimento de Marx. Escreveu os Manuscritos Econômicos e Filosóficos.
-1845 – Foi expulso da França a pedido do governo prussiano, pois ajudou editar uma publicação que contestava o regime político alemão, tendo migrado para Bruxelas onde Engels também viajou. Nesse período, Marx e Engels escrevem o Manifesto Comunista. Nesse ano, escreve as seguintes obras Teses sobre Feuerbach, A Sagrada Família e A IdeologiaAlemã (1845-6).
- 1847 – Escreveu a obra Miséria da Filosofia.
- 1848 – Foi expulso pelo governo belga da cidade de Bruxelas e retornou à Colônia junto com Engels. Lá fundaram o jornal Nova Gazeta Renana. Devido aos ataques severos às autoridades locais, foi expulso de Colônia. Nesse ano, escreveu junto com Hegel O Manifesto Comunista.
-1849 – Fixa definitivamente residência em Londres e publica O Trabalho Assalariado e Capital.
-1852 – Publica O 18 Brumário de Luís Bonaparte.
-1858 – Publica a obra Grundisse.
-1865 – Publica O Capital: Crítica da Economia Política (Livro I: O processo de produção do capital). Nos anos seguintes, até o fim de sua vida, se dedica à redação dos demais volumes da obra O Capital que foram publicados posteriormente por Engels.
-1883 – Falecimento de Marx.
MATERIALISMO HISTÓRICO
Este termo foi utilizado pela primeira vez por Friederich Engels para designar o método de interpretação da história que foi proposta por Marx em suas obras. Para Marx, os acontecimentos históricos devem ser explicados a partir dos fatores econômicos (técnicas de trabalho e de produção) e dos fatores sociais (relações de trabalho e produção). Tal compreensão decorre da visão antropológica elaborada por Marx que concebe a natureza humana como resultante 
Aula 5-2
das relações de trabalho e de produção que os homens estabeleceram entre si com a finalidade de atender às suas necessidades de sobrevivência. Vejamos o que tem a nos dizer Marx acerca dessa questão:
A vida genérica, tanto do homem como do animal, consiste fisicamente, em primeiro lugar, como o homem (como o animal) vive da natureza inorgânica e quanto mais universal é o homem que o animal, tanto mais universal é o âmbito da natureza inorgânica em que vive. Assim, como as plantas, os animais, as pedras, o ar, a luz etc. constituem, teoricamente, uma consciência humana, em parte como objetos da ciência natural, em parte como objetos da arte (sua natureza inorgânica espiritual, os meios de subsistência espiritual que ele prepara para o prazer e assimilação).
Assim também constituem praticamente uma parte da vida e da atividade humana. Fisicamente, o homem vive só desses produtos naturais, apareçam na forma de alimentação, calefação, vestuário, moradia etc. A universalidade do homem aparece na prática justamente na universalidade que faz da natureza todo seu corpo inorgânico, tanto por ser meio de subsistência imediata como por ser a matéria, o objeto e o instrumento de sua atividade vital. A natureza é o corpo inorgânico do homem; a natureza, enquanto ela mesma, não é corpo humano.
Que o homem vive da natureza. Isso quer dizer que a natureza é seu corpo, com a qual tem que se manter em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do homem está ligada à natureza não tem outro sentido de que o que a natureza está ligada consigo mesma, pois o homem é parte da natureza (...). O animal é imediatamente uno com sua atividade vital. Não se distingue dela. É ela. O homem faz de sua própria atividade vital objeto de sua vontade e de sua consciência. Tem atividade vital consciente. Não é uma determinação com a qual o homem se funda imediatamente. A atividade vital consciente distingue imediatamente o homem da atividade vital do animal (MANUSCRITOS ECONÔMICOS e FILOSÓFICOS, pág. 110-111).
O conceito de dialética é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto. Vejamos alguns deles:
Grécia Antiga: arte do diálogo, da contraposição e da contradição das ideias que leva a outras ideias. Para Platão, a dialética é sinônimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as ideias particulares e as ideias universais ou puras. Em outras palavras, é a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates (470-399 AEC). Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado.
Immanuel Kant: retoma a concepção de Aristóteles e define a dialética como sendo a lógica da aparência, pois a mesma é ilusória por basear-se em princípios subjetivos.
Engels: a dialética é a "grande ideia fundamental segundo a qual o mundo não deve ser considerado como um complexo de coisas acabadas, mas como um complexo de processos em que as coisas, na aparência estável, do mesmo modo que os seus reflexos intelectuais no nosso cérebro, as ideias, passam por uma mudança ininterrupta de devir e decadência em que finalmente, apesar de todos os insucessos aparentes e retrocessos momentâneos, um desenvolvimento progressivo acaba por se fazer hoje" (In: POLITIZER, 1979:214).
Hegel: é um sistema de lógica com sua tríade tese, síntese e antítese, na qual as contradições lógicas podem ser destacadas e o acordo pode ser finalmente alcançado na síntese da ideia absoluta (ou espírito). Se uma pessoa pensa sobre uma categoria, como a natureza, ela é forçada a pensar sobre o seu oposto, a história. Ao estudar o desenvolvimento da tensão entre natureza e história em um dado período, ela é levada à próxima era. As condições naturais dão forma ao que acontece na história, e as atividades humanas que moldam a história têm uma maneira de transformar ou alterar as condições naturais. A síntese das ideias sobre natureza e história em uma era dada é a criação do começo de uma nova era. (OZMON; CRAVER, 2004, p. 310-311)
MÉTODO DIALÉTICO: 											 aula 5-3
O método dialético é composto por três elementos básicos. São eles:
Tese: É uma afirmação ou situação inicialmente dada.
Antítese: É a negação da tese, ou seja, se opõe a ela.
Síntese: É uma situação nova que traz os elementos resultantes do conflito entre tese e antítese. Dessa forma, toda síntese se constitui em uma nova tese que gera uma nova antítese e, em seguida, uma nova síntese, ou seja, se constitui num processo infinito.
Diferente de Aristóteles que compreendia a dialética como mero procedimento lógico ou retórico, Hegel e Marx a compreendem como uma filosofia da história e, para Marx especificamente, como sendo uma teoria da práxis. Vejamos algumas diferenças entre Hegel e Marx no que se refere ao método dialético:
Hegel: • O caminho dialético segue até o Absoluto, resultante de um processo em que o espírito ganha consciência de si;
• a cada novo estágio o espírito se conscientiza mais de si através dos elementos de contradição, contidos em sua própria fase histórica;
• assim, em determinado período, "o homem é escravo", entretanto, a própria "ideia" de homem concebe a liberdade e se antepõe à escravidão. Homem e escravidão entram em contradição, então, o homem deve deixar de ser escravo, o espírito ganha consciência (nova fase histórica);
• sua concepção da dialética é idealista, ou seja, de uma doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a ideia;
• Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente);
• Tese: “Toda consciência é consciência de seu tempo”.
Marx : • Não é a consciência que transforma as relações materiais, mas o contrário: é através dos processos sociais materiais, notadamente do trabalho, que a consciência é formada;
• em outras palavras, vale dizer que as nossas relações materiais se exprimem nas nossas ideias;
• Tese: “Não é a consciência individual que determina a vida, mas é a vida que determina a consciência individual”;
• a dialética de Marx é a posição filosófica que parte da compreensão da matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus;
• Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação;
• a dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético.
A DIALÉTICA APREGOAOS SEGUINTES PRINCÍPIOS:
Tudo se relaciona: Lei da ação recíproca e da ação universal.
Tudo se transforma: Lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante.
Mudanças qualitativas: são consequências de revoluções quantitativas. A contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.
Aula 5-4
“Toda consciência é consciência de seu tempo”. Esta tese foi defendida por Frederich Hege
“O homem faz de sua própria atividade vital objeto de sua vontade e de sua consciência. Tem atividade vital consciente. Não é uma determinação com a qual o homem se funda imediatamente. A atividade vital consciente distingue imediatamente o homem da atividade vital do animal”. Qual pensador defendeu este princípio foi Karl Marx
“Não é a consciência individual que determina a vida; mas é a vida que determina a consciência”. Qual pensador defendeu esta tese? Karl Marx
Aula teletransmitida
Materialismo Histórico e Dialético de Marx – as bases da Teoria Crítica
“A teoria em si [...] não transforma o mundo. Pode contribuir para sua transformação, mas para isso tem que sair de si mesma, e, em primeiro lugar, tem que ser assimilada pelos que vão ocasionar, com seus atos reais, efetivos, tal transformação. Entre a teoria e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de educação das consciências, de organização dos meios materiais e planos concretos de ação: tudo isso como passagem indispensável para desenvolver ações reais, efetivas. Nesse sentido, uma teoria é prática na medida em que materializa, através de uma série de mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou antecipação ideal de sua transformação” (VÁZQUEZ. Adolpho Sanches. Filosofia da práxis. 2 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 207) (grifos nossos).
INFLUÊNCIAS
Algumas das principais leituras e estudos feitos por Marx foram: a filosofia de Hegel, o materialismo de Feuerbach (principal representante do movimento dos hegelianos de esquerda), o socialismo utópico de Saint-Simon, Louis Blanc e Proudhon e da economia política inglesa representada por Adam Smith e David Ricardo.
Estudou profundamente todas essas concepções ao mesmo tempo em que as questionou e desenvolveu novos temas, de modo a produzir uma profunda reorientação no debate intelectual da Europa e do mundo.
MATERIALISMO HISTÓRICO
	Este termo foi utilizado pela primeira vez por Frederich Engels para designar o método de interpretação da história que foi proposta por Marx em suas obras. Para Marx, os acontecimentos históricos devem ser explicados a partir dos fatores econômicos (técnicas de trabalho e de produção) e dos fatores sociais (relações de trabalho e produção). 
MÉTODO DIALÉTICO
O método dialético é composto por três elementos básicos. São eles: tese, antítese e síntese.
TESE: é uma afirmação ou situação inicialmente dada.
ANTÍTESE: é a negação da tese, ou seja, se opõe a ela.
SÍNTESE: é uma situação nova que traz os elementos resultantes do conflito entre tese e antítese. Desta forma, toda síntese se constitui em uma nova tese que gera uma nova antítese e, em seguida, uma nova síntese, ou seja, se constitui num processo infinito
Dialética Hegeliana
O caminho dialético segue até o Absoluto, resultante de um processo em que o Espírito ganha consciência de si. 
 A cada novo estágio o Espírito se conscientiza mais de si através dos elementos de contradição, contidos em sua própria fase histórica. 
Aula5-5
Assim em determinado período "o homem é escravo", entretanto, a própria "ideia" de homem concebe a liberdade e se antepõe à escravidão. Homem e escravidão entram em contradição, então, o homem deve deixar de ser escravo, o Espírito ganha consciência (Nova fase histórica )
Sua concepção da dialética é idealista, ou seja, de uma doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a ideia.
Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente).
 	Tese: “Toda consciência é consciência de seu tempo
Dialética Marxista
Não é a consciência que transforma as relações materiais, mas o contrário: é através dos processos sociais materiais, notadamente do trabalho, que a consciência é formada. 
 Em outras palavras vale dizer que as nossas relações materiais se exprimem nas nossas ideias.
 Tese: “Não é a consciência individual que determina a vida; mas é a vida que determina a consciência individual”.
A dialética de Marx é a posição filosófica que parte da compreensão da matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus.
Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.
 	A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. 
A dialética apregoa os seguintes princípios: 
1- tudo se relaciona (Lei da ação recíproca e da conexão universal); 
2- tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante) e; 
3- as mudanças qualitativas são consequências de revoluções quantitativas; a contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo; a anterioridade da matéria em relação à consciência; a vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material. 
Texto: O projeto de pesquisa como exercício científico e artesanato intelectual – Suely Frerreira Deslandes1-
1 – Introdução:
Um projeto de pesquisa constitui a síntese de múltiplos esforços intelectuais que se contrapõem e se complementam: de abstração teórico-conceitual e de conexão com a realidade empírica, de exaustividade e síntese, de inclusões e recortes, e, sobretudo, de rigor e criatividade (...).
O projeto é construído artesanalmente por um artífice através do trabalho intelectual. É, portanto, um artefato (p. 31).
2- Dimensões de um projeto de pesquisa
Quando escrevemos um projeto, estamos definindo uma cartografia de escolhas para abordar a realidade (o que pesquisar, como, por que, por quanto tempo etc.) (p. 32-3)
O objeto construído (...) constitui uma tradução, uma versão do real a partir de uma leitura orientada por conceitos operadores. É resultado de um processo de objetivação teórico-conceitual de certos aspectos ou relações existentes no real. Este é um ponto muito caro às ciências sociais. Marx (1978) já afirmava que a ciência se apropria da totalidade do social pelo pensamento, por abstrações conceituais que se debruçam sobre o concreto, weber (1986) postulava que a ciência social não trabalha com as conexões reais entre coisas, mas em conexões conceituais entre problemas e Durkheim (1978), que, assim, como Marx, lembrava a importância de realizar uma ruptura com o senso comum, com as percepções imediatas (p. 33)
Aula 5-6
Essa etapa de reconstrução da realidade, entendida aí enquanto a definição de um objeto de conhecimento científico e as maneiras propostas para investigá-los, traz em si muitas dimensões (p. 33).
Dimensão técnica, que trata das regras reconhecidas como científicas para a construção de um projeto, isto é, como definir um objeto, como abordá-lo e como escolher os instrumentos mais adequados para a investigação (...).
Dimensão ideológica se relaciona às escolhas do pesquisador (bases teóricas).
Dimensão científica – a pesquisa científica busca ultrapassar o senso comum através do método científico (p. 34).
3 – Os propósitos e a trajetória de elaboração de um projeto de pesquisa
Esclarecer qual a questão que estamos propondo investigar,as definições teóricas de suporte e as estratégias do estudo que utilizaremos.
Mapear um caminho a ser seguido durante a investigação (criar um plano de trabalho).
Comunicar seus propósitos de pesquisa para que esta seja aceita na comunidade científica.
Pré-requisito para obter financiamento.
O pesquisador assume uma reponsabilidade pública com a realização do que foi prometido (p. 35-6)
O projeto de pesquisa é o desfecho de várias ações e esforços do pesquisador. Ele culmina numa trajetória anterior marcada por atividades e atitudes:
De pesquisa bibliográfica disciplinada, crítica e ampla (p. 36).
De articulação criativa, seja na delimitação do objeto de pesquisa, seja na aplicação de conceitos.
De humildade, ou seja, reconhecendo que todo conhecimento científico tem sempre um caráter: aproximado, provisório, inacessível, vinculado à vida real e condicionado historicamente (p. 37)
Várias fases da construção de uma trajetória de investigação: 
Escolha do tópico de investigação.
 Delimitação do objeto.
Definição dos objetivos.
Construção do marco teórico conceitual.
 seleção de instrumentos de construção/coleta de dados.
Exploração do campo.
Os elementos constitutivos de um projeto de pesquisa
O que pesquisar? (Definição do problema, hipóteses, base teórica e conceitual.
Para que pesquisar? (Propósito do estudo, seus objetivos).
Por que pesquisar? (Justificativa da escolha de um problema).
Como pesquisar? (Metodologia).
Por quanto tempo pesquisar? (Cronograma de execução).
Com que recursos (orçamento).
A partir de quais fontes? (Referências) (p. 38-9)
Questões éticas do projeto de pesquisa
O projeto de pesquisa tem em sua redação compromissos em não ferir a ética da elaboração de textos científicos. Um dos comportamentos antiéticos mais comuns é a prática de plágio, isto é, usar ideias, expressões, dados de outros autores sem citar a fonte de onde se originam.
Outra espécie de procedimento antiético é a fraude, ou seja, quando o pesquisador inventa deliberadamente dados inexistentes a fim de justificar ou embasar suas propostas.
(...) deve ter a preocupação de não causar malefícios aos sujeitos envolvidos no estudo, preservando sua autonomia em participar ou não do estudo e garantindo o seu anonimato (p. 55-6).

Outros materiais