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Fácies, Biótipos e Marchas Fácies → • Existem algumas características exibidas na face resultados de traços anatômicos e expressões fisionômicas, expressão do olhar e posição da boca que podem ser típi- cas de uma doença e são denominadas fá- cies; • O diagnóstico pode vir da simples obser- vação do rosto do paciente. → Acromegálica: • Aumento da ação do hormônio do cresci- mento (GH), por algum distúrbio ou uso exógeno; • Produz aumento de estruturas ósseas, au- mento das proeminência da testa, maxila e mandíbula, além do aumento dos tecidos moles do nariz, orelhas e lábios Cushingóide: • Distúrbio do cortisol, aumentando os ní- veis, como por exemplo um tumor hipofisá- rio, com elevação de ACTH, ou aumento na produção pela suprarrenal, ou uso pelo pa- ciente de medicamentos corticóides; • Formato arredondado, atenuação dos tra- ços, rubor facial, hirsutismo. Mixedematosa: • Causada por hipotireoidismo; • Apatia, rosto arredondado, acentuação dos sulcos; • Edema periorbitário, cabelos e sobrance- lhas ralos e secos, pele seca. Nefrótica ou renal: • Edema periorbitário e olhos em fendas principalmente pela manhã; • Rosto edemaciado; • Palidez cutânea. Marianne Barone (15A) Semiologia e Propedêutica I – Prof. Rachel Sachetti Parkinsoniana: • A cabeça inclina-se para frente e perma- nece imóvel nessa posição; • Olhar fixo, testa enrugada; • Redução da motilidade dos músculos da face, salivação no canto da boca, aspecto de máscara. Hipocrática: • Olhos fundos, parados, inexpressivos; • Sudorese, palidez cutânea, cianose labial; • Afilamento do nariz e lábios adelgaçado; • Doença graves; • Estados agônicos de evolução lenta; • Olhos fundos, parados e inexpressivos. Leonina: • Lesões provocadas pela Hanseníase; • Pele espessa, nódulos; • Supercílios caem; • Nariz espesso e largo; • Lábios mais grossos e proeminentes; • Barba desaparece. Miastênica: • Miopatia que compromete o musculo da pálpebra superior; • Ptose palpebral que obriga a franzir a testa e levantar a cabeça • Miastenia grave Esclerodérmica • Imobilidade facial: aspecto de múmia; • Pele apergaminhada, endurecida e ade- rente; • Repuxamento dos lábios; • Afinamento do nariz; • Imobilização das pálpebras; • Fisionomia inexpressiva, imutável. Outras: • Etílica; • Pseudobulbar; • Mongolóide. Biotipo • Tipo morfológico ou constitucional; • Correlação com altura; • Serve para uma correta interpretação das variações anatômicas que acompanham cada tipo morfológico. Relação entre a forma exterior do corpo e posição das vís- ceras; • A posição do ictus, a forma do estômago, por exemplo serão diferentes em cada tipo; • Ângulo de Charpy: ângulo formado pelo cruzamento das últimas costelas inferiores, tendo como vértice a base do apêndice xi- fóide; • Normolíneo ou mediolíneo: ângulo de Charpy em torno de 90º, equilíbrio entre os membros e o tronco; • Longilíneo: ângulo de Charpy <90º, tórax afilado, pescoço longo, membros alongados com predomínio sobre o tronco, tendência a alta estatura • Brevilíneo: ângulo de Charpy >90º, tórax alargado e volumoso, pescoço curto e grosso, membros curtos em relação ao tronco, tendência a baixa estatura. Marcha • O modo de andar do paciente poderá ser de grande utilidade diagnóstica, especial- mente nas afecções neurológicas; • Deve ser analisada solicitando-se ao paci- ente que caminhe certa distância (acima de 5 m) descalço, de preferência com roupa confortável, shorts, com olhos abertos e fe- chados, indo e voltando sob a observação do examinador; • A marcha normal pode sofrer variações em relação a particularidades individuais (“cada pessoa tem seu jeito característico de andar”), ou em razão de distúrbios do apa- relho locomotor. → • Com o envelhecimento, a marcha também pode alterar-se, mesmo na ausência de qual- quer doença; • A marcha senil caracteriza-se por aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril. Diminuem também o balanço dos braços, o levantamento dos pés e o comprimento dos passos (marcha de pequenos passos); • Essas alterações são consideradas conse- quência fisiológica do envelhecimento, po- rém, não estão presentes em todos os idosos. → Helicópode, ceifante ou hemiplégica • Este modo de caminhar lembra o movi- mento de uma foice em ação; • O joelho não flexiona; • A perna se arrasta pelo chão descrevendo um semi-círculo quando troca o passo; • Mantém o membro superior fletido 90° no cotovelo e em adução colocado transversal- mente sobre o abdome e a mão fechada em leve pronação, ipsilateral; • Causa: hemiplegia (comum no AVC). Marcha anserina ou de pato: • Acentua a lordose lombar vai inclinando o tronco ora para direita, ora para esquerda, alternadamente, lembrando o andar de um pato; • É encontrada em doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos múscu- los pélvicos e das coxas, comum na gravi- dez. Marcha Parkinsoniana: • O doente anda como um bloco, enrijecido, sem movimento automático dos braços; • A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são curtos e rápidos, corre atrás do seu centro de gravidade, parece que vai cair para frente; • Causa: Doença de Parkinson. Marcha cerebelar ou marcha do Ébrio: • Ao caminhar paciente fica com os pés bem separados e ziguezagueia como um bêbado; • Este tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos decorrente de lesões no ce- rebelo. Marcha tabética: • Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão, os membros inferiores são levantados abruptos e explosivamente e, ao serem recolocados no chão, os calcanha- res tocam o solo pesadamente; • Com olhos fechados a marcha piora ou se torna impossível. Indica perda da sensibili- dade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula; • Causa: neurossífilis. Marcha de pequenos passos: • Caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchi- nha”; • É típica de atrofia cerebral (paralisia pseu- dobulbar) Marcha vestibular: • O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda: é como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta; • Se o paciente é colocado em ambiente am- plo e solicitado a ir de frente e voltar de cos- tas, com os olhos fechados descreverá uma figura semelhante a uma estrela. Marcha escarvante: • Quando o doente tem paralisia do movi- mento de flexão dorsal do pé, ao tentar ca- minhar toca com a ponta do pé o solo e tro- peça; • Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando o passo de ganso dos soldados prussianos. Marcha claudicante: • Ao caminhar, o paciente manca para um dos lados; • Causa: insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. Marcha em tesoura ou espática: • Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta ca- minhar; • O movimento das pernas lembra uma te- soura em funcionamento; • Esse tipo de marcha é bastante frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral.
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