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Giovana Rossi do Carmo T16B Atividade de semiologia Profª Raquel – FASM 2020 Giovana Rossi do Carmo T16B Fácies, biotipos e marchas Fácies típicas Existem algumas características exibidas na face resultados de traços anatômicos e expressões fisionômicas, expressão do olhar e posição da boca que podem ser típicas de uma doença e são denominadas fácies. O diagnóstico pode vir da simples observação do rosto do paciente(atenção exagerar na valorização das fácies pode conduzir erros) PRINCIPAIS TIPOS DE FACE E SUAS CARACTERÍSTICAS Acromegálica Aumento da ação do hormônio do crescimento (GH), por algum distúrbio ou uso exógeno.Produz aumento de estruturas ósseas, aumento das proeminência da testa, maxila e mandíbula, além do aumento dos tecidos moles do nariz, orelhas e lábios. Mixedematosa Causada por hipotireoidismo grave (mixedema) Possui face apática e inchada, rosto arredondado e inexpressivo, acentuação dos sulcos Edema periorbitário, cabelos e sobrancelhas ralos e secos, pele seca Nefrótica ou renal Edema periorbitário e olhos em fendas principalmente pela manhã. Rosto edemaciado e pálido. Causado pela perda de proteína pela urina. Cushingóide Distúrbio do cortisol, aumentando os níveis, como por ex um TU hipofisário, com elevação de ACTH; ou aumento na produção pela supra renal; ou uso pelo paciente de medicamentos corticóides. Face com formato arredondado(“lua cheia”), atenuação dos traços, rubor facial, hirsutismo(excesso de pelo na região do bigode e do queixo) Giovana Rossi do Carmo T16B Parkinsoniana A cabeça inclina-se para frente e permanece imóvel nessa posição. Olhar fixo(e parecendo que está olhando para cima),redução das piscadas, testa enrugada Reducao da motilidade dos músculos da face, salivação no canto da boca, aspecto de máscara Face fica oleosa Leonina Lesões provocadas pela Hanseníase (lepra),pele espessa com nódulos Supercílios caem Nariz espesso e largo Lábios mais grossos e proemientes Barba desaparece Miastênica Doenca autoimune Miopatia que compromete o musculo da pálpebra superior Ptose palpebral que obriga a franzir a testa e levantar a cabeça.Miastenia grave Esclerodérmica Doença reumática Imobilidade facial: aspecto de múmia Pele apergaminhada(acentuação do pregueamento perioral), endurecida e aderente (perda de elasticidade da pele) Afilamento dos lábios (microqueilia) do nariz Imobilização das pálpebras Fisionomia inexpressiva, imutável Microtomia( diminuição da abertura oral) Telangiectasia (dilatação dos pequenos capilares na face) Hipocrática Olhos fundos, parados, inexpressivos Sudorese, palidez cutânea, cianose labial Afilamento do nariz e lábios adelgaçado Doença graves-Estados agônicos de evolução lenta (moribundos- prestes a falecer) Lúpica (Lúpus eritematoso sistêmico) Rash malar (vermelhidão), em forma de asa de borboleta. Lesões fotossensíveis (piora com exposição solar) Giovana Rossi do Carmo T16B Basedowiana Hipertiroidismo Exoftálmia (esbugalhamento dos olhos) Rosto mais magro Alguns podem ter bócio Etílica (Face típica de embriaguez) Desvio de olhar, com olhar sem foco Face geralmente avermelhada BIOTIPO E SUAS DIFERENÇAS Tipo morfológico ou constitucional Correlação com altura Serve para uma correta interpretação das variações anatômicas que acompanham cada tipo morfológico. Relação entre a forma exterior do corpo e posição das vísceras A posição do ictus, a forma do estômago, por exemplo,serão diferentes em cada tipo (longelíneo, brevelíneo, normolíneo). Medido pelo Ângulo de Charpy (Ângulo formado pelo cruzamento das últimas costelas inferiores, tendo como vértice a base do apêndice xifóide). Normolíneo ou mediolíneo: ângulo de Charpy em torno de 90°, equilíbrio entre os membros e o tronco Longilíneo: ângulo de Charpy < 90° , tórax afilado, pescoço longo, membros alongados com predomínio sobre o tronco, tendência a alta estatura Brevilíneo: ângulo de Charpy > 90°, tórax alargado e volumoso, pescoço curto e grosso, membros curtos em relação ao tronco, tendência a baixa estatura MARCHAS Marcha é o modo de andar do paciente que poderá ser de grande utilidade diagnóstica, especialmente nas afecções neurológicas (situação que implica diferentes tipos de marcha) Avaliação durante o exercício físico Deve ser analisada solicitando-se ao paciente que caminhe certa distância (acima de 5 m) descalço, de preferência com roupa confortável, shorts, com olhos abertos e depois fechados, indo e voltando sob a observação do examinador. A marcha normal pode sofrer variações em relação a particularidades individuais ( "cada pessoa tem seu jeito característico de andar"), ou em razão de distúrbios do aparelho locomotor. TIPOS DE MARCHA Marcha do envelhecimento Com o envelhecimento, a marcha também pode alterar -se, mesmo na ausência de qualquer doença. A marcha senil caracteriza-se por aumento da flexão dos cotovelos, cintura e quadril. Diminuem também o balanço dos braços, o levantamento dos pés e o comprimento dos passos (marcha de pequenos passos) Essas alterações são consideradas consequência fisiológica do envelhecimento; porém, não estão presentes em todos os idosos. Helicópode, ceifante ou hemiplégica Este modo de caminhar lembra o movimento de uma foice em ação. O joelho não flexiona A perna se arrasta pelo chão descrevendo um semi-círculo quando troca o passo Giovana Rossi do Carmo T16B Mantém o membro superior fletido 90° no cotovelo e em adução colocado transversalmente sobre o abdome e a mão fechada em leve pronação, ipisilateral Hemiplegia (comum no AVC) Marcha Anserina ou de pato Acentua a lordose lombar vai inclinando o tronco ora para direita, ora para esquerda, alternadamente, lembrando o andar de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas; gravidez Marcha Parkinsoniana O doente anda como um bloco, enrijecido, sem movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são curtos e rápidos, corre atrás do seu centro de gravidade, parece que vai cair para frente. Doença de Parkinson Marcha cerebelar ou Marcha do Ébrio Ao caminhar paciente fica com os pés bem separados e ziguezagueia como um bêbado. Este tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos decorrente de lesões no cerebelo. Marcha Tabética Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros inferiores são levantados abruptos e explosivamente e , ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo pesadamente. Com olhos fechados a marcha piora ou se torna impossível. Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula. Neurossífilis Marcha de pequenos passos Caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando “marchinha”. É típica de atrofia cerebral (paralisia pseudobulbar) Marcha vestibular O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda: é como se fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta. Se o paciente é colocado em ambiente amplo e solicitado a ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados descreverá uma figura semelhante a uma estrela. Marcha Escarvante Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando o passo de ganso dos soldados prussianos. Marcha Claudicante Ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. Insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor De pouco em poucos metros o paciente precisa parar pois sente dor nos membros inferiores por insuficiência arterial (geralmente em uma das pernas) Marcha em Tesoura ou Espática Os dois membros inferioresenrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam, e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral.
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