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Semiologia Reumatológica - Resumo

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Guizão 
Semiologia Reumatológica 
 
 Para a semiologia reumatológica 
devemos considerar a idade, o sexo, a 
raça, a profissão e a origem desse 
paciente. Devemos ainda conhecer 
alguns termos importantes: 
 
- Artralgia: dor articular. Pode ser 
poliartralgia quando atinge mais de uma 
articulação. 
 
- Artrite: inflamação da articulação, pode 
ser monoartrite, oligoartrite (1-4), poliartrite. 
Acompanha-se de sinais fluogísticos. 
 
- Entesite: inflamação da inserção do 
tendão ou ligamento. 
 
- Bursite ou Tendinite: inflamação no 
tendão ou bursas. 
 
 
Exame físico (Visão Geral) 
 
 
 As etapas do exame físico 
envolvem inspeção, palpação, 
movimentação ativa, passiva e 
contrarresistência. 
 
Inspeção 
- Aumento de Volume; 
- Eritema ou vermelhidão; 
- Nódulos subcutâneos ; 
- Atrofias; 
- Fístulas; 
- Deformidades; 
- Assimetrias e desalinhamentos: 
segmentos amplos ou específica. 
 
Palpação 
- Temperatura; 
- Creptações; 
- Estalidos; 
- Edema; 
- Nodulações ou massas; 
- Pontos dolorosos; 
 
Movimentação ativa, passiva e 
contrarresistência 
 Na movimentação ativa o 
paciente executa o movimento sem a 
ajuda do examinador. Na movimentação 
passiva o examinador move a articulação 
do paciente. Já na contrarresistência o 
examinador aplica força contrária à força 
exercida pelo paciente. Assim ele difere 
em uma dor articular ou periarticular. 
- Amplitude passiva e ativa parecida, dor 
pode aparecer mesmo sem 
movimentação: articular. 
- Amplitude ativa reduzida, maior na 
passiva. Dor na contrarresistência e ativa 
maior: periarticular. 
 
 
 
 
Manobras semióticas 
 
 
 
Coluna Vertebral 
 
 
 Para o exame da coluna, o 
paciente deve estar em posição 
ortostática, com tórax despido, pés 
descalços e juntos e braços ao longo do 
corpo. 
 
Paciente em posição dorsal 
 
Inspeção 
- Posição da cabeça; 
- Alinhamento horizontal dos ombros; 
- Alinhamento horizontal das escápulas; 
- Alinhamento da linha de cintura; 
- Alinhamento dos glúteos; 
- Alinhamento da linha poplítea; 
- Alinhamento dos pés; 
- atrofias, hematomas, eritemas, cicatrizes. 
- Alinhamento da coluna: verifica-se a 
presença ou não de lordose. 
 
Palpação 
 Palpação dos processos espinhosos 
e musculatura paravertebral para 
identificar dor, hiper/hipotonia e espasmos 
musculares; 
 
 
Paciente de perfil 
Inspeção 
- Curvaturas fisiológicas: cifose torácica e 
sacral e lordose cervical e lombar. 
 
 
 
 
 
 
 
Guizão 
Movimentos da coluna 
 Nos movimentos da coluna avalia-
se a presença de dor ou limitação de 
amplitude 
Cervical 
- Flexão, extensão, lateralização e rotação
 
 
Torácica 
- Os movimentos torácicos são limitados e 
geralmente analisados junto com os 
movimentos lombares. Pode-se medir a 
expansibilidade da caixa torácica, 
medindo com fita métrica a expansão na 
inspiração e expiração, o normal é em 
torno de 3 cm de diferença. 
 
Lombar 
- Flexão: avalia-se a facilidade, a 
amplitude e desvios quando o paciente 
tenta encostar as mãos no chão sem fletir 
os joelhos. 
 
 
- Extensão: pede-se para o paciente 
inclinar para trás. A amplitude normal é 
cerca de 25º. 
 
- Rotação: estabiliza-se a pelve do 
paciente, pede para ele colocar as mãos 
na cabeça e rotacionar para um lado e 
depois para o outro. A amplitude normal é 
cerca de 45º. 
 
- Lateralização: pede-se para o paciente 
se inclinar para um lado e para o outro. A 
amplitude normal é cerca de 30º. 
 
 
 
 
Manobra de Lasegue: utilizado para a 
verificação de radiculopatias lombares 
(L4-S1). Eleva-se a perna do paciente 
totalmente estendida. O teste é positivo 
quando há sintoma de lombociatalgia 
ipsilateral. Em caso de dor contralateral, 
chama-se de lasegue cruzado. A 
manobra de Bragard é uma manobra 
complementar, abaixa-se a perna 5º da 
onde se sente a dor, e realiza-se a 
dorsiflexão dos pés. 
 
Lasegue invertido: utilizado para identificar 
lombociatalgia acima de L4. O paciente 
fica em decúbito ventral e levanta-se a 
perna com o joelho fletido. 
 
 
 
 
 
 
 
Guizão 
 
Articulações sacroiliacas 
 
 
Palpação 
 Para a articulação sacoriliaca, 
utiliza-se as covas de vênus como ponto 
anatômico da articulação. Primeiro apoia-
se as mãos sobre as cristas ilíacas e os 
dedões sobre as interlinhas ilíacas, 
movendo os dedões medialmente, 
buscando a presença de fossas 
articulares. 
 
Movimentos sacroiliacos 
Manobra de Patrick FABERE: realiza-se a 
flexão, abdução e rotação externa do 
quadril, com o paciente em decúbito e o 
joelho fletido no membro examinado em 
relação ao joelho contralateral. 
 
 
Manobra de Volkann: realiza-se a 
compressão em tentativa de afastar as 
cristas ilíacas, comprimindo as sacroiliacas. 
(verificar dor a compressão) 
 
 
Manobra de Lewin: realiza-se a 
compressão da crista ilíaca em decúbito 
lateral, para verificar dor a distensão da 
crista ilíaca. (verificar dor a distensão) 
 
Manobra de Gaelsen: com o paciente em 
decúbito dorsal a beira da maca, 
estende-se uma perna para fora e a outra 
é fletida, o medico realiza uma 
compressão para verificar dor na 
articulação sacroiliaca 
 
 
 
Articulação temporomandibular 
 
 
Movimentos ATM 
 Pede-se ao paciente que realize os 
seguintes movimentos: 
- Abra e feche a boca; 
- Lateralização da mandíbula; 
- Propulsão e retropulsão da mandíbula; 
 
Palpação 
 Para a palpação, coloca-se os 
dedos indicadores na linha do trago das 
orelhas e pede-se pro paciente abrir a 
boca. O dedo deve entrar na região 
interarticular. Pesquisa-se dor, crepitação, 
estalido, edema, desvios. 
 
 
 
 
Ombros 
 
 
Inspeção 
 Deve-se verificar o contorno da 
musculatura, a simetria e o 
posicionamento anteroposterior na 
inspeção. 
 
Palpação 
 Na palpação, busca-se edema, 
eritema, aumento de temperatura, 
deformidades, nodulações, palpa-se a 
Guizão 
articulação esternoclavicular, a 
articulação acromioclavicular, a região 
subacromial, o tendão do musculo bíceps 
braquial, articulação glenoumeral. 
 
Movimentos do ombro 
 Na movimentação ativa, realiza-se 
os seguintes movimentos: 
- Flexão: 180º 
- Extensão: 50º 
- Abdução: 180º 
- Adução: 50º 
- Rotação externa: 90º 
- Rotação interna: 70º 
 
Essa combinação serve principalmente 
para identificar tendinopatias como a 
síndrome do impacto na região dos 
músculos que compõem o manguito 
rotator (supraespinhoso, infraespinhoso, 
subescapular e redondo menor), quando 
há a compressão da Bursa subacromial, 
do tendão do bíceps braquial e de 
estruturas dessa região por movimentos de 
elevação acima do ombro. 
 
Manobra para os pacientes com queixas 
 
Arco doloroso de Simmonds: pede-se ao 
paciente que abduza os ombros. Testa-se 
as articulações glenoumeral entre 70º e 
120º e a articulação acromioclavicular 
entre 170º e 180º 
 
 
Teste de Jobes: o paciente deve sustentar 
os braços flexionados a 30º, com rotação 
interna, dedões para baixo, contra a força 
do médico. A presença de dor, fraqueza 
ou dificuldade em sustentar indica 
tendinopatia do supraespinhoso. 
 
Teste de Patte: o paciente deve sustentar 
os braços abduzidos e com cotovelos 
fletidos em 90º. O médico executa força 
contrária a rotação externa. Dor ou 
dificuldade representa possível 
tendinopatia de infraespinhoso. 
 
 
Teste de Gerber: o paciente deve 
posicionar o dorso da mao sobre a região 
lombar e ir distanciando-a do dorso. A 
dificuldade pode indicar 
comprometimento do musculo 
subescapular 
 
 
Teste de Speed ou palm-up test: o 
paciente deve flexionar os braços com o 
cotovelo estendido, o médico pede para 
ele elevar os braços enquanto faz força 
contrária segurando os tendões do bíceps 
braquial. A dor indica tendinopatia 
bicipital. 
 
 
 
Guizão 
 
 
Cotovelos 
 
 
Inspeção 
 Na inspeção, avaliam-se o 
contorno articular posterior,verificando 
edema, eritema, nódulos, deformidades. 
 
Palpação 
 Na palpação, palpam-se as 
interlinhas articulares, as fossas do 
olecrano e o nervo ulnar, identificando 
dor, edema, nódulos, espessamento 
neural. 
Movimentos do cotovelo 
 Na movimentação, o paciente faz 
a flexão, extensão, pronação e supinação 
do antebraço. 
 Nas epicondilites, há dor resistida a 
pronossupinação, dor a flexão na 
epicondilite medial e dor a extensão na 
epicondilite lateral. 
 
 
Punho 
 
 
Inspeção 
 Verifica-se em posição palmar a 
região da articulação do punho, 
procurando edema, eritema, 
deformações, abaulamentos, hipotonia 
tenar. Na região dorsal da mão, confere-
se a musculatura, descartando artrite, 
tenossinovite. 
 
Palpação 
 Palpa-se as 
interlinhas articulares, 
procurando dor, 
aumento de 
temperatura, nódulos, 
sinal de osteoartrite 
com sinal de 
quadratura em 
articulação 
trapeziometacarpal. 
 
 
Movimentos do punho 
 Aqui, realizam-se os movimentos de 
flexão (90º), extensão (70º), rotação 
medial (20º) e rotação lateral (50º). Em 
caso de queixas de dor, parestesia ou 
alterações vasculares, investiga-se 
complementarmente, sobretudo síndrome 
do túnel do carpo. 
 A síndrome do túnel do carpo 
ocorre por compressão do nervo mediano 
que inerva sensitivamente os dedos do 
terço do quarto ao primeiro quirodáctilo. 
Ocorre com parestesia, formigamento, 
choque. 
 
Sinal de tinel e teste de Phalen: o primeiro 
é a percussão da parte radial do tendão 
palmar e o segundo o posicionamento do 
dorso das mãos em 90º em relação ao 
punho. A parestesia, o formigamento e 
dor é positivo para os testes. O de Phalen 
leva-se 1 minuto. 
 
 
 
Mãos 
 
 
Inspeção 
 A inspeção baseia-se 
principalmente na identificação de 
deformidades ou 
de edemas 
interarticulares. 
Devem-se 
analisar também 
atrofias 
musculares na 
região tenar, 
hipotênar e 
mediopalmar. 
 
 
 
Palpação 
 Na palpação, deve-se avaliar 
todas as articulações: 
metacarpofalangianas, interfalangianas 
proximais e distais. Para a 
metacarpofalangiana, usa-se o polegar 
para apalpar e o segundo quirodáctilo 
para apoiar a 
palma do dedo. 
Para as 
interfalangianas 
usa-se os dois 
dedos, palpando 
as laterais. Busca-
se edema, dor, 
deformidades. 
 
Guizão 
Movimentos dos dedos 
 Peça ao paciente que feche bem 
forte as mãos, que abre bem forte as 
mãos, que abra os dedos e feche os 
dedos, que faça o formato de uma garra, 
que abra. Depois teste o dedão, flexão, 
adução, extensão, abdução, oposição a 
todos os dedos. 
 
 
Quadril 
 
 
Palpação 
 Para articulação do quadril é de 
interesse a palpação do trocanter maior e 
da tuberosidade isquiática, passando pelo 
nervo isquiático no meio do caminho. 
 
Movimentos do quadril 
 Pede-se ao paciente que faça a 
flexão, extensão, hiperextensão, 
abdução, adução, rotação interna e 
rotação externa das pernas. 
 
 
Manobra de tedelenburg: pede-se ao 
paciente de levante o pé, em caso de 
queda do quadril, o teste é positivo, 
indicando fraqueza abdutora ipsilateral. 
 
 
 
 
Joelho 
 
 
Inspeção 
 Na inspeção analisa-se o contorno 
articular, se existe desvio medial – 
genuvalgo – ou desvio lateral – genovaro. 
Com o paciente de lado observa-se se 
existe hiperextensão – geno recurvato. 
Verifica-se edema, eritema, tanto do 
joelho como de fossa poplítea. 
 
Palpação 
 Na palpação, verifica-se as 
interlinhas articulares patelofemorais e 
femorotibiais, além dos tendões do 
ligamento patelar, tendão quadricipital, 
“pata de ganso” – tendão do sartório, 
grácil e semitendinoso – e a bainha 
iliotibial. Palpa-se também a fossa poplitia 
em busca de abaulamentos como o cisto 
de Baker que é um abaulamento que 
pode se romper e provocar sintomas 
parecidos com TVP. 
 
Movimentos do joelho 
 Realiza-se a flexão e extensão dos 
joelhos. Na rotação interna e externa 
testa-se também a articulação do quadril 
 
Sinal da tecla: o examinador estabiliza o 
joelho do paciente deitado e aplica uma 
força contra a patela, se existir derrame 
articular a patela irá se mover contra o 
fêmur. 
 
 
Sinal da onda e manobra de ordenha: o 
examinador aperta e empurra o liquido 
da capsula articular contra sua mão e 
verifica onda, depois puxa de volta 
tentando identificar liquido. 
 
 
Sinal da gaveta: o médico puxa a perna 
segurando na interlinha articular 
femorotibial para frente e para trás. O 
movimento posterior identifica lesão no 
ligamento cruzado posterior, o movimento 
Guizão 
anterior, no ligamento cruzado anterior, 
dando sinal da gaveta posterior ou 
anterior positivo. 
 
 
Teste de compressão de Apley: realiza-se 
a compressão do joelho em posição axial 
e rotação medial e lateral da perna. O 
paciente em decúbito ventral e perna 
fletida. Em caso de estalido ou dor em 
rotação medial, tem-se 
comprometimento de menisco lateral, em 
caso de estalido ou dor em rotação 
lateral, tem-se comprometimento de 
menisco medial. 
 
 
Teste de ligamentos colaterais: faz-se a 
lateralização em contraforça, se houver 
grande lateralização lateral tem-se 
comprometimento em ligamento colateral 
medial, e vice-versa. 
 
 
 
 
Tornozelo e pés 
 
 
Inspeção 
 Na inspeção deve-se identificar a 
curvatura fisiológica longitudinal dos pés, 
se há excesso no caso do pé cavo ou se 
há falta como no pé plano. Deve-se 
avaliar se há valgismo ou verismo dos 
pododáctilos. Deve-se avaliar se há 
calosidades. 
 
Palpação 
 Com os pés pendentes, apalpa-se 
a interlinha subtalar com os pés em 
inversão e eversão. Palpa-se a interlinha 
metatarsofalangianas em porção dorsal e 
se palpa a fáscia plantar dos pés. 
Também palpa-se o tendão e a inserção 
do tendão de aquiles. 
 
Movimentos do tornozelo e pés 
 Realiza-se a extensão, flexão, 
inversão e eversão dos pés, e 
interfalangianas. 
 
Squeeze-test: comprime-se as articulações 
metatarsais, verificando-se dor de artrites 
e inflamações. 
 
 
Reflexo aquileu: testa o tendão de aquiles, 
utilizando o estiramento do tendão. 
 
 
 
 
Ordem recomendada 
 
 
Sentado - ATM, ombro, cotovelos, mãos; 
Deitado – Quadril, joelho, tornozelo, pés e 
Lasegue; 
Em pé – Coluna e marcha.

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