Buscar

Embargos Infringentes e de Nulidade mm

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DA 
APELAÇÃO Nº....... DA ...... CÂMARA CRIMINAL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo nº ______ 
 
LEONARDO, já qualificado nos autos da ação penal nº ... que lhe move a JUSTIÇA 
PÚBLICA, por seu advogado que esta lhe subscreve, vem respeitosamente perante 
Vossa Excelência, opor tempestivamente EMBARGOS INFRINGENTES ao 
venerando acórdão, com base no artigo 609, parágrafo único do Código de Processo 
Penal, requerendo seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas 
razões. 
Requer que o presente recurso seja recebido e processado com as inclusas razões. 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, e data 
 
_________________ 
Advogado – OAB/UF nº 
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES 
 
Recorrente: LEONARDO 
Recorrido: MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Acórdão nº _____ 
Processo nº ______ 
 
Origem: 
EGRÉGIO TRIBUNAL , 
ILUSTRES DESEMBARGADORES , 
COLENDA CÂMARA , 
DOUTOR RELATOR , 
 
 
Em que pese o inegável saber jurídico dessa Col. Câmara, impõe-se a reforma do 
acórdão que por maioria de votos, manteve a decisão recorrida, para que o voto 
vencido seja reconhecido, por ser medida de justiça a ser aplicada no caso em 
questão, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I – DOS FATOS 
 
O embargante foi condenado pelo crime de roubo, pois pretendia praticar um crime de 
roubo em um estabelecimento comercial, com a intenção de subtrair o dinheiro 
constante do caixa, ocorre que, antes de subtrair qualquer quantia, verificou que o 
único funcionário que estava trabalhando no horário era um senhor que utilizava 
cadeiras de rodas. Arrependido, antes mesmo de ser notada sua presença pelo 
funcionário, deixa o local sem nada subtrair. 
 
Porém após o processo ter corrido regularmente o embargante fora condenado nas 
sanções previstas nos art. 157, § 2º-A, c/c o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal, 
tendo sua pena fixada a pena-base, reconheceu a existência de maus antecedentes 
em razão da representação julgada procedente em face de Leonardo enquanto era 
inimputável, aumentando a pena em 06 meses de reclusão. Não foram reconhecidas 
agravantes ou atenuantes. Na terceira fase, incrementou o magistrado em 1/3 a pena, 
justificando ser desnecessária a apreensão de arma de fogo, bastando a simulação 
de porte do material diante do temor causado à vítima. Com a redução de 1/3 pela 
modalidade tentada, a pena final ficou acomodada em 4 (quatro) anos de reclusão. O 
regime inicial de cumprimento de pena foi o fechado. 
 
O embargante apelou da sentença condenatória e julgada a apelação a sentença de 
1ª instância foi mantida sob a maioria de votos, sendo que o voto vencido, no entanto, 
acolheu a tese defensiva quanto a violação ao princípio da ampla defesa diante da 
renúncia do patrono do acusado, e no mérito concedeu regime semiaberto ao 
Embargante. 
 
Portanto, deve ser reformado o referido acórdão, para que o voto vencido seja 
reconhecido na presente questão. 
 
 
III – DO DIREITO 
 
Trata-se de discussão acerca da correta aplicação ao delito praticado pelo 
Embargante que deve ser reformado por este Tribunal “ad quem”. 
 
 
É cediço que Leonardo se arrependeu de sua conduta antes mesmo de ameaçar e 
subtrair qualquer quantia do caixa do estabelecimento. Assim, o réu deverá ser 
absolvido pela desistência voluntária, previsto no artigo 15 do Código Penal. 
 
 
É certo que na desistência voluntária o agente só responde pelos atos já praticados. 
Ocorre que no caso em tela Leonardo não ameaçou o dono do estabelecimento e 
tampouco subtraiu quaisquer quantias do caixa, razão pela qual deve ser absolvido 
pela inexistência da infração penal (artigo 386, III, CPP). Ademais, o cliente ameaçado 
na loja nunca foi ouvido em Juízo, motivo pelo qual a absolvição também se 
fundamenta no artigo 386, VII, CPP. Ou seja, não há provas suficientes para a 
condenação do réu. 
 
Ainda assim, restou comprovado que Leonardo ameaçou o cliente no interior da loja 
para que esse de lá se retirasse. Dessa maneira, haja vista a ausência da ocorrência 
de roubo, já que não houve subtração de quantia alguma do caixa do estabelecimento, 
cabível seria a desclassificação do crime para o crime de Ameaça, nos moldes do 
artigo 147 do Código Penal. 
 
Ocorre que a vítima da ameaça não teve interesse no prosseguimento da ação penal 
pública condicionada à representação no tocante ao fato em tela, razão pela qual a 
denúncia não poderá ser ajuizada pelo Ministério Público, nos moldes do parágrafo 
único do artigo supramencionado. Entretanto, cabível seria a desclassificação para o 
crime de Ameaça caso a vítima assim concordasse em proceder com a ação. Pois 
não há que prosperar o entendimento concernente ao roubo, porquanto não houve 
subtração de bens materiais e nem violência. 
Ademais, a suposta ameaça aqui listada não foi na intenção da subtração de bens 
materiais, mas sim para que o cliente tão somente saísse da loja. 
 
Desta feita não pode prosperar tal condenação, ao passo que deve ser mantido o voto 
vencido, que ao prevê a tese defensiva quanto a violação ao princípio da ampla defesa 
diante da renúncia do patrono do acusado, e no mérito concedeu regime semiaberto 
ao Embargante. 
 
Portanto, merece acolhimento a reforma pleiteada, tendo total respaldo legal o voto 
vencido proferido no acórdão, não podendo imperar tal condenação imposta ao 
Embargante. 
 
 
IV – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a Vossas Excelências sejam acolhidos e providos os 
presentes embargos, a fim de reconhecer e manter o voto vencido que acolheram a 
tese defensiva quanto a violação ao princípio da ampla defesa diante da renúncia do 
patrono do acusado, e no mérito concedeu regime semiaberto ao Embargante, como 
medida de Justiça! 
 
 
Termos em que, 
pede deferimento 
Local, e data 
_________________ 
Advogado – OAB/UF nº

Continue navegando