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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA – PROCESSO DE CONHECIMENTO CÍVEL Currículo – Filipe Rocha Andrade: • Bacharel em Direito (UnP); • Especialista em Direito Constitucional Aplicado (FSV); • Especialista em Direito Processual Civil Aplicado (FSV); • Mestrando em Direito Constitucional (UFERSA); • Pesquisador (GPCrim/UnP); • Advogado (OAB/RN 18.927). Ementa: Descrever o procedimento comum do processo de conhecimento cível de primeiro grau: petição inicial, pedido e suas especificações, audiência de conciliação ou sessão de mediação, respostas do réu, saneamento, julgamento conforme estado do processo, instrução, sentença e tutelas provisórias. Competências: • Capacidade de análise e resolução de problemas; • Linguagem técnico-jurídica e comunicação oral/escrita: competência relacionada às comunicações verbais e escritas, bem como à interpretação de atos judiciais, por meio da compreensão e devida utilização do vocábulo técnico; • Pesquisa jurídica: competência relacionada ao correto manuseio das fontes do Direito, tais quais a legislação, doutrina e jurisprudência; • Argumentação jurídica: capacidade de raciocínio e argumentação jurídica, de forma articulada, a fim de promover a persuasão e a reflexão crítica; • Julgamento e tomada de decisões: aptidão de definir estratégias profissionais com coerência ética e identificar soluções lícitas, com criticidade e criatividade, dentro de todos os cenários possíveis. Objetivos de aprendizagem: • Compreender acerca dos requisitos da petição inicial e dos pronunciamentos judiciais iniciais do juiz; • Entender a função e a forma de desenvolvimento da audiência de conciliação ou mediação; • Identificar as possíveis atitudes do réu; • Assimilar as providências preliminares e saneamento do processo pelo juiz; • Compreender acerca das diferentes formas de julgamento conforme o estado do processo pelo juiz; • Identificar os meios de prova; • Compreender a estrutura da sentença e os casos de julgamento do processo com e sem resolução do mérito. Cronograma de aulas: • Aula 1: Apresentação da disciplina + Introdução ao Processo de Conhecimento Cível; • Aula 2: Petição Inicial I; • Aula 3: Petição Inicial II; • Aula 4: Tutelas Provisórias; • Aula 5: Pronunciamento Judicial Inicial; • Aula 6: Resposta do Réu (Contestação); • Aula 7: Possíveis atitudes do Réu (Reconvenção e Revelia); • Aula 8: Réplica, Providências Preliminares e Saneamento do Processo; • Aula 9: Teoria geral da prova; • Aula 10: Provas em espécie • Aula 11: Audiência de Instrução e Julgamento, Memoriais por escrito e hipóteses de julgamento antecipado ou parcial de mérito; • Aula 12: Sentença. Avaliações: • Avaliação I (N1): 25/04 (3NCRF) / 26/04 (3NAZN) • Avaliação II (N2): 13/06 (3NCRF) / 14/06 (3NAZN) • Avaliação substitutiva: 27/06 (3NCRF) / 28/06 (3NAZN) Referências Bibliográficas: • GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Curso de direito processual civil: processo de conhecimento e procedimentos especiais. 16. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. • DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 21. ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2019. • GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 12. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. • BUENO, Cássio Scarpinella. Manual de direito processual civil: volume único. 6. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE CONHECIMENTO CÍVEL O Processo Civil: 1. Decorrente do poder-dever atribuído ao Estado para resolver conflitos de interesses. 2. Conflitos de interesses: dicotomia entre as necessidades humanas e o recursos escassos. - Pirâmide das necessidades humanas (Abraham Maslow, 1954). 3. A insuficiência das normas de direito material em resolver conflitos de interesses. 4. Necessidade de criação de procedimentos dotados de coercitividade (ou seja, que obrigassem as partes envolvidas) para a resolução dos conflitos de interesse. - Surgem normas de conteúdo instrumental/processual, mas que por muito tempo ainda eram entendidas como normas materiais. O Processo Civil tornou-se um ramo autônomo do Direito apenas no século XIX. Em 1943, o psicólogo estadunidense Abraham Maslow, ao publicar sua obra “teoria da motivação humana”, propôs que as motivações/interesses humanos sempre se baseiam em alguma das necessidades hierarquizadas na pirâmide ao lado. 5. O Processo Civil é o ramo do direito que contém as regras e os princípios que tratam da jurisdição civil, isto é, da aplicação da lei aos casos concretos, para a solução dos conflitos de interesses pelo Estado-juiz. 6. Caráter instrumental do processo civil: O processo é o instrumento da jurisdição, o meio de que se vale o juiz para aplicar a lei ao caso concreto. Não é um fim em si, já que ninguém deseja a instauração do processo por si só, mas meio de conseguir determinado resultado: a prestação jurisdicional, que tutelará determinado direito, solucionando o conflito. 7. Então, o que é processo? De forma geral, é o ramo do Direito que contém as regras e os princípios que regulam a jurisdição civil. Mas também é o instrumento para se conseguir a prestação jurisdicional, por meio de uma sucessão ordenada de atos processuais especificados em lei (procedimento). 8. Procedimento: É o modo pelo qual os atos processuais encadeiam-se no tempo para atingir a sua finalidade. É preciso que os atos processuais sejam ordenados de uma maneira, e com uma lógica interna, que permita ao juiz emitir o provimento final. Todo procedimento começa com uma pretensão formulada por meio de uma petição inicial. É obrigatório que o réu seja chamado a integrar a relação processual, o que se faz por intermédio da citação, e que lhe seja dada oportunidade de oferecer resposta. Depois, se necessário, será aberta a possibilidade de as partes produzirem as provas pertinentes para demostrar os fatos que sustentam as suas pretensões, e, ao final, o juiz, sopesando as alegações e provas por elas trazidas, deverá emitir o provimento jurisdicional. Essa é, grosso modo, a estrutura fundamental do procedimento nos processos de conhecimento. Há, no entanto, possíveis variações sobre o modo pelo qual esses diversos atos vão-se sucedendo no tempo, conforme o tipo de procedimento observado. Como o processo é instrumento, há casos em que ele precisa amoldar-se ao tipo de pretensão formulada. (GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Curso de direito processual civil: processo de conhecimento e procedimentos especiais. 16. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020). 9. Procedimento Comum x Procedimentos Especiais: - Procedimento Comum: arts. 318 a 512 do CPC; - Procedimentos Especiais: arts. 519 a 570 do CPC; - O Procedimento Comum é supletivo aos Especiais, ou seja, naquilo que não houver regras próprias, que constituam as particularidades dos procedimentos especiais, deverão aplicar-se supletivamente as do procedimento comum. - A conformação da lide ao procedimento adequado é matéria de ordem pública, as partes não podem optar pela utilização de um procedimento quando existe outro mais adequado à pretensão que será posta em Juízo. - O Procedimento Comum, a ser estudado nesta disciplina, se divide em quatro fases: a postulatória, na qual o autor formula sua pretensão por meio da petição inicial e o réu apresenta a sua resposta; a ordinatória (ou de saneamento), em que o juiz saneia o processo e aprecia os requerimentos de provas formulados pelas partes; a instrutória, em que são produzidas as provas necessárias ao convencimento do juiz; e a decisória. Referências Bibliográficas: • GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Curso de direito processual civil: processo de conhecimento e procedimentos especiais. 16. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. • DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento.21. ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2019. • GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 12. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. • MASLOW, A. H. A theory of human motivation. Psychological Review, [S.L.], v. 50, n. 4, p. 370-396, jul. 1943. American Psychological Association (APA). http://dx.doi.org/10.1037/h0054346. http://dx.doi.org/10.1037/h0054346
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