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Universidade Estácio de Sá – Campus Macaé Curso: Engenharias Disciplina: Física Experimental III Código: CCE0479 Turma: 3058 Professor (a): ROBSON FLORENTINO Data de Realização: 23/03/2015 Nome do Aluno (a): Nome do Aluno (a): Nº da matrícula: Nome do Experimento: Lei de Ohm – Resistividade de um material Objetivos: Determinar a resistiviade elétrica de um fio de metal Introdução teórica: O cientista Georg Simon Ohm (1787 – 1854), a partir de suas medidas experimentais, chegou a conclusão de que todos os materiais sujeitos a uma diferença de potencial apresentam uma resistência de valor constante à passagem da corrente elétrica. Desta forma, sendo a resistência elétrica uma constante, a intensidade da corrente elétrica cresce proporcionalmente ao valor da tensão aplicada, obedecendo à seguinte expressão: V = i.R Mas esta equação é satisfeita para resistores ôhmicos e não ôhmicos. Portanto não deve ser utilizada como uma declaração da Lei de Ohm, tendo como válido apenas a expressão verbal citada anteriormente. Graficamente, para resistores ôhmicos, a primeira lei de Ohm mostra: Observa-se que o coeficiente angular deste gráfico, dado por U/i resulta na resistência elétrica, constante para qualquer diferença de potencial. Obviamente, há um limite de validade para esta, que é denominada a primeira lei de Ohm. Para tensões muito altas, a resistência acaba não tendo um comportamento linear. Dentro do limite em que a lei de Ohm é válida, ela tem a seguinte forma: “A resistência de um objeto é independente da intensidade ou do sinal da diferença de potencial aplicada.’’ A segunda forma, conhecida como segunda lei de Ohm, relaciona a resistência elétrica com as dimensões do objeto e as características do material de que ele é composto. Para tanto, foi considerado um objeto de um material de resistividade ρ, dimensões cilíndricas de comprimento l e área de seção transversal reta S mostrado na figura abaixo. Através de suas análises, este cientista concluiu que a resistividade de cada material é constante para qualquer campo elétrico aplicado, e desta forma, poderia obter uma expressão para determinar a resistência elétrica. Esta propriedade, segundo Ohm, é diretamente proporcional à resistividade do material, ao comprimento e inversamente proporcional à área de seção transversal reta do respectivo objeto, e é enunciada como segue: “A resistividade (ou condutividade) de um material é independente da intensidade, direção e sentido do campo elétrico”. Matematicamente, assume a forma: R =ρ.L/A É válido lembrar que apenas esta última é verdadeiramente condizente com o enunciado da lei de Ohm. Esta lei é válida para certas faixas de temperaturas e de campo elétrico aplicados. Desta forma, os resistores são considerados ôhmicos porque obedecem à lei de Ohm dentro dos limites de tensão aplicados no local do circuito ao qual compõe. Alguns dispositivos à base de semicondutores, como diodos e transistores não são ôhmicos (HALLIDAY - 2007). Pegando um condutor cilíndrico de comprimento L e de secção transversal A, veremos que sua resistência elétrica será maior quando o comprimento L for maior e a secção A for menor, e a resistência elétrica será menor quando o comprimento L for menor e a secção A for maior, e depende do material do qual é constituído o condutor. Portanto temos a 2ª Lei de Ohm, que pode ser expressa da seguinte forma: ρ (letra grega Rô) representa a resistividade elétrica do condutor usado e a sua unidade de media é dada em Ω.m no SI. Ohm concluiu: “A resistência elétrica de um condutor homogêneo de secção transversal constante é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à sua área de secção transversal e depende do material do qual ele é feito”. A resistividade é uma característica do material usado na constituição do condutor. Abaixo temos a resistividade de alguns metais mais utilizados nas industrias eletroeletrônicas: Metal - Resistividade em 10-8Ω.m Cobre - 1,7 Ouro - 2,4 Prata - 1,6 Tungstênio - 5,5 Considera-se a resistividade elétrica do material como uma constante dele, porém ele varia com a temperatura. Aparelho utilizado: Fio preso a um suporte; Cabos para contatos elétrico; Régua; e Multímetro na função de Ohmímetro. Fio 1 Fio 2 (resistor) Roteiro do experimento: Usando um multímetro como ohmímetro, medimos a resistência R de um trecho de dois fios ambos de comprimento distintos L entre o ponto de contato fixo P1 e um outro ponto variável P2; Utilizando a régua milimetrada medimos o comprimento de ambos os fios; Utilizando um paquímetro analógico medimos o diâmetro de ambos os fios; e Calcularemos a resistividade de ambos os fios. Dados coletados: Fio 1: Comprimento (L) = 152 mm ou 0,152 m Diâmetro (D): 2,17 mm ou 0,00217 m Raio (r): D/2 = 2,17/2 = 1,085 mm ou 0,001085 m Resistência (medida no multímetro como ohmímetro) = 0,2 Ω Fio 2 (Resistor): Comprimento (L) = 10 mm ou 0,010 m Diâmetro (D): 3,45 mm ou 0,00345 m Raio (r): D/2 = 3,45/2 = 1,725 mm ou 0,001725 m Resistência (medida no multímetro como ohmímetro) = 540 Ω Calculos: Área (A) do fio 1: A=π.r2 A=3,14 x (0,001085m)2 A = 3,696 x 10-6 m2 ou 0,000003696 m2 Área (A) do fio 2 (Resistor): A=π.r2 A=3,14 x (0,001725m)2 A= 9,343 x 10-6 m2 ou 0,000009343 m2 Calculo da Resistividade (ρ): Ou seja: ρ = R x A/L Resistividade fio 1: ρ = 0,2 x 0,00000369/0,152 ρ = 4,85 x 10-6 Ω.m Resistividade fio 2(Resistor): ρ = 540 x 0,00000934/0,010 ρ = 5,04 x 10-1 Ω.m Tabelas e Gráficos: Comprimento (m) Diâmetro (m) Raio (m) Área -A (m2) Resistência (Ω) Resistividade (ρ) Fio 1 0,152 0,00217 0,001085 0,00000369 0,2 4,85 x 10-6 Fio 2 0,010 0,00345 0,001725 0,00000934 540 5,04 x 10-1 Análise dos resultados: Os dados do experimento nos levaram a resultados satisfatório do ponto de vista de um experimento para determinação da resistividade elétrica de um material. Podemos entender que cada material utilizado nesse experimento possuia secções transversais diferentes e comprimento diferente, e que cada um possuia uma resistência elétrica e resistividade elétrica individual. Comprovamos que o fio que possuia comprimento maior e seção transversal menor obtinha uma resistência menor que o fio que possuia um comprimento menor, mas com seção transversal maior. Através desses fatos, podemos ratificar o que diz a Lei de Ohm, que diz que a resistência elétrica de um condutor de secção transversal constante é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à sua área de secção transversal e que a resistividade é uma característica do material usado na constituição do condutor. Bibliografia http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20031/Adriana/segundaleiohm.html http://www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/cap_03/leiohm.htm http://www.infoescola.com/fisica/segunda-lei-de-ohm/ HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. Física 3, volume 2, 5 Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p.
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