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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA FÍSICA GERAL EXPERIMENTAL III TURMA P21 PROFº: ALEXANDRE RODRIGUES BARBOSA RELATÓRIO DOS EXPERIMENTOS - GRUPO 2 Grupo participante da parte 1: 01. Wécio Santana Machado - 219120090 02. Williane Jesus dos Santos - 220115345 Grupo participante da parte 2: 01. Wécio Santana Machado - 219120090 02. Williane Jesus dos Santos - 220115345 1. OBJETIVOS Tal experimento objetiva fazer o mapeamento de linhas equipotenciais num meio líquido condutor (sulfato de cobre, CuSO4) com a ajuda de um "circuito detector de zero". Para produzir a corrente elétrica neste meio, produziremos uma D.D.P. entre dois eletrodos mergulhados no líquido condutor. Das linhas equipotenciais obtidas, podemos deduzir as linhas de corrente e as linhas de campo elétrico do problema eletrostático correspondente ao caso, no qual a resistência do meio se torna infinita. Já no experimento posterior, entende-se que ao estudar os fenômenos ocorridos em um circuito elétrico é de extrema importância entender o funcionamento dos elementos passivos que o compõem. No último experimento do grupo 1, o alvo de estudo foram os resistores: característica inerente à matéria e importante elemento que limita a corrente elétrica do circuito. Assim, podemos observar o fenômeno da resistência desde o 1º experimento do grupo 1 - 1ª Lei de Ohm, demonstrando o quão presente é o resistor em muitas experiências elétricas que fazemos no dia-a-dia em laboratório. Ainda é importante lembrar que o valor dessa grandeza pode ser influenciado por fatores como a construtibilidade, a forma do material, a temperatura e o Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III modo como a D.D.P é aplicada sobre a matéria. A partir desses conceitos, neste experimento, o objetivo principal é perceber o comportamento de mais um elemento passivo que pode compor os circuitos elétricos: os capacitores. E, além de analisar seu comportamento, foi possível observar também suas influências em um circuito RC (Resistor - Capacitor) que, embora sejam circuitos simples, possuem inúmeras aplicações em eletrônica, comunicações e sistemas de controle. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA A priori, é importante que saibamos definir o campo elétrico, sendo assim, temos que o campo elétrico é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da força elétrica exercida sobre cada carga elétrica colocada em uma região do espaço sobre a influência de uma carga geradora de um campo. Assim, quanto mais próximas estiverem duas cargas, maior será a força elétrica entre elas por causa do módulo do campo elétrico naquela região. Com isso, para provar tal teoria a 1ª etapa do experimento trata das Linhas Equipotenciais, as quais formam-se diante de uma superfície equipotencial. Essas superfícies são as regiões de um campo elétrico, no qual todos os pontos apresentam o mesmo potencial elétrico, ou seja, suas linhas de força são sempre perpendiculares à sua superfície. Diz-se que uma superfície é equipotencial quando um condutor elétrico apresenta equilíbrio em sua superfície. Sua representação matemática se baseia na seguinte expressão: Expressão do Trabalho τ = 𝑞 ( 𝑉 𝑏 − 𝑉 𝑎 ) Onde: é o trabalho da força elétrica; τ é a carga elétrica; 𝑞 ( é a diferença de potencial. 𝑉 𝑏 − 𝑉 𝑎 ) Quando A e B estão na mesma superfície equipotencial, então , apresentando, 𝑉 𝑏 = 𝑉 𝑎 portanto, uma variação de potencial elétrica nula. Já quando uma carga puntiforme, isto é, um corpo eletrizado, cria um campo elétrico, as superfícies equipotenciais desse campo são esféricas https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/grandezas-escalares-grandezas-vetoriais.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/forca-eletrica.htm Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III com centro na carga, como podemos observar na figura 1: Figura 1: Campo Elétrico com Superfície Equipotencial Esférica (1) Já num campo elétrico uniforme, isto é, o campo elétrico onde o vetor E é o mesmo em todos os pontos, o vetor E tem a mesma intensidade, a mesma direção e o mesmo sentido, ou seja, as superfícies equipotenciais são paralelas entre si. Isso acontece pelo fato de serem perpendiculares. Este fenômeno pode ser observado na figura 2: Figura 2: Campo Elétrico com Superfícies Equipotenciais Paralelas (2) Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Agora, tratando-se de circuitos RC, a priori se faz necessário definir o que seria um capacitor, visto que já definimos nos relatórios anteriores o que é um resistor e qual seu papel dentro de um circuito elétrico. Os capacitores são elementos cuja constituição básica são duas placas de material condutor separadas por um material dielétrico. Sua funcionalidade dentro de um circuito é armazenar cargas elétricas em um campo elétrico. A quantidade de carga de um capacitor pode ser calculada da seguinte forma: 𝑞 = 𝐶 * 𝑉 Onde: é a quantidade de carga em Coulomb; 𝑞 é a tensão aplicada no capacitor em Volts; 𝑉 é a Capacitância em Farads. 𝐶 A capacitância funciona como uma constante de proporcionalidade que depende da construtibilidade do dispositivo. Ela pode ser entendida como a quantidade de cargas necessárias para que o capacitor produza tensão em seus terminais. Já tendo definido o funcionamento individual dos resistores e capacitores , podemos prosseguir e afirmar que a análise de circuitos RC é feita aplicando as Leis de Kirchhoff tal qual pode ser feito para circuitos resistivos. A principal diferença é que a aplicação das Leis de Kirchhoff a circuitos resistivos resulta em equações algébricas simples, já a aplicação dessas leis a circuitos RC produz EDO’s (Equação Diferencial Ordinária) de 1ª ordem, que são mais complexas do que as algébricas. Após entendermos os conceitos citados anteriormente, é possível trazer um novo termo para a discussão referente a circuitos RC: A constante de tempo RC. Essa constante refere-se ao tempo, em segundos, necessário para carregar um capacitor conectado em série com um resistor até atingir 63% de sua carga total, como também, descarregar um capacitor conectado em série com um resistor até atingir 37% da carga. É possível observar que a carga acumulada chega cada vez mais próxima da tensão da fonte (carga completa), mas nunca chega realmente a 100% desta tensão. https://www.embarcados.com.br/primeira-e-segunda-lei-de-ohm/ https://embarcados.com.br/capacitores/ Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Na prática, o valor da carga acumulada chega a ultrapassar 99%, o que é mais do que suficiente para considerarmos o capacitor totalmente carregado. Isso, geralmente, ocorre após decorridas 5 constantes de tempo, quando a tensão armazenada no capacitor terá atingido 99,24% da tensão da fonte de alimentação. A constante de tempo pode ser calculada em função do valor da resistência e da capacitância envolvidas no circuito e desta forma temos a seguinte relação matemática: τ = 𝑅 * 𝐶 Onde: Constante de Tempoem segundos; τ = Resistência em Ohms; 𝑅 = Capacitância em Farads. 𝐶 = Analisando a fórmula, percebe-se que, se o valor da resistência for igual a zero, o capacitor (em teoria) se carregará instantaneamente. Mas, na prática, sempre haverá um tempo de carregamento finito, pois a resistência interna dos elementos que compõem um circuito – como a da bateria e dos fios – influi na constante de tempo RC. 3. MATERIAL UTILIZADO a. Etapa 01 do experimento: ● Cuba de madeira e vidro com papel milimetrado na superfície inferior; ● Fonte de tensão; ● Eletrodos; ● Haste e/ou placa de metal; ● Sonda móvel; ● Sonda fixa com resistência de proteção para o galvanômetro; ● Líquido condutor, CuSO4; ● Galvanômetro de zero central; ● Placa de ligação; ● Chave liga-desliga; ● Folhas de papel milimetrado; ● Fios. Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III b. Etapa 02 do experimento: ● 1 placa Arduino Mega ● 1 fonte de alimentação para placa Arduino ● 1 protoboard de 400 pontos ● 1 display LCD 16X2 ● 4 cabinhos de ligação macho-fêmea ● 6 cabinhos de ligação macho - macho ● 1 resistores de 10 kΩ ● 1 capacitor de 1000 μF ● 1 capacitor de 2200 μF ● 1 multímetro 4. PROCEDIMENTOS a. Etapa 01 do experimento Parte 1: Encontrar pontos onde a D.D.P. é nula Com o circuito detetor de zero (3) montado em laboratório, ajustamos a tensão da bateria para . Para realizar as medidas solicitadas pelo professor, inserimos os 4 𝑉 eletrodos cilíndricos no líquido condutor, estabelecendo, assim, uma D.D.P. entre os eletrodos utilizando a fonte de tensão. Figura 3 - Circuito detetor de zero (3) Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Ao montarmos este circuito, a priori, definimos duas configurações para fazer as medições dos pontos nos quais a D.D.P. é nula. As configurações escolhidas podem ser observadas nas imagens a seguir: Figura 4 - Configurações 1 e 2 (4) Com as configurações montadas de acordo com a Figura 4, abrimos a chave do circuito. Devemos procurar pontos na solução nos quais o ΔV é nulo. Para isto, a sonda fixa é colocada num ponto arbitrário e com a outra sonda procuramos pontos nas proximidades para os quais o galvanômetro não detecta corrente. O ponto encontrado e o ponto da sonda fixa foram transferidos para uma folha de papel milimetrado idêntica à que existe no fundo da cuba, os resultados podem ser observados no tópico 5. DADOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS. Ao terminar o mapeamento de uma linha, deslocamos a sonda fixa para outra posição e todo processo é, então, repetido, para se mapear uma nova linha equipotencial. É importante salientar a necessidade de indicar a polaridade dos eletrodos utilizados. Para finalizarmos as medições, foi solicitado, ainda, que fizéssemos uma 3ª configuração, a qual pode ser observada na figura (5): Figura 5 - Configuração 3 (5) Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Com esta configuração 3 montada, é necessário repetirmos o processo para determinarmos a família de linhas equipotenciais desta configuração de cargas. b. Etapa 02 do experimento Parte 1: Medidas da constante de tempo para um circuito RC A partir do circuito da Figura (6), medimos o tempo de carga e descarga do capacitor de 1000 μF, utilizando a programação do Arduino. Na tela de LCD, podemos visualizar as informações de tensão sobre o capacitor e o tempo que leva para o carregamento de 63% da carga do capacitor, como também, o tempo que leva para o capacitor descarregar até 37% da sua carga total. Figura 6 - Circuito I fornecido pelo roteiro da atividade prática em questão (6) Para carregar ou descarregar o circuito, devemos utilizar a chave indicada na Figura (6). A posição “I” indica que a fonte de alimentação do circuito está ligada e o capacitor será carregado. A posição “O” indica que a fonte foi desconectada do circuito, e, caso o capacitor esteja carregado, será descarregado através do resistor. Para realizar as medidas de descarregamento, é necessário que a tensão sobre o capacitor esteja muito próxima de zero. E para fazer as medidas de carregamento é necessário que a tensão sobre o capacitor seja de, no mínimo, 4.90 V. Esse procedimento foi realizado 3 vezes para registrarmos os tempos de carga e Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III descarga e, assim, ser possível calcular os seus valores médios e desvios padrões. Agora, utilizando o capacitor de 2200 μF, realizamos novamente os procedimentos de carga e descarga 3 vezes. Novamente, coletamos os valores de tempo, em segundos, para, assim, calcularmos os valores médios das medidas e seus desvios padrões. Parte 2: Associação de capacitores em paralelo Para a 2ª parte do experimento, conectamos os dois capacitores em paralelo, como indicado na Figura (7). 3 medidas de tempo de carga e descarga dos capacitores foram realizadas. Novamente, calculamos os seus valores médios e os seus respectivos desvios padrões associados a cada medida. Figura 7 - Capacitores em Paralelo (7) Parte 3: Associação de capacitores em série Por fim, ligamos os dois capacitores em série como indicado na Figura (8). Fizemos novamente três medidas dos tempos de carga e descarga dos capacitores e calculamos os seus valores médios e os desvios padrões associados a cada medida. Figura 8 - Capacitores em Série (8) Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III 5. DADOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS a. Experimento sobre as Linhas Equipotenciais ● Campo elétrico - 2 Eletrodos esféricos Figura 9 - 2 Eletrodos esféricos No gráfico acima, o campo elétrico é esférico em torno dos eletrodos cilíndricos e a corrente segue o percurso da esquerda (+) para a direita (-). ● Campo elétrico - 2 Eletrodos em barra Figura 10 - 2 Eletrodos em barra Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III No gráfico acima, o campo elétrico é formado na horizontal e a corrente passa na vertical, isto é, de cima para baixo. ● Campo elétrico - 1 Eletrodo em barra + 1 Eletrodo esférico Figura 11 - 1 Eletrodo em barra + 1 Eletrodo esférico No gráfico acima, o campo elétrico na parte superior (próximo ao eletrodo em formato de barra) é horizontal e a corrente aparece na vertical sentido de cima para baixo. Já na parte inferior do gráfico, o campo elétrico é esférico em torno do eletrodo cilíndrico recebendo a corrente do eletrodo superior (+). b. Experimento sobre a constante de tempo em circuitos RC ● Medidas da constante de tempo para um circuito RC Tabela A: Capacitor de 1000 µ 𝐹 Capacitor de 1000 µ 𝐹 Medições Carregamento Descarregamento 1 7,2 ± 0,1 9,8 ± 0,1 2 9,9 ± 0,1 9,0 ± 0,1 3 9,8 ± 0,1 10,0 ± 0,1 Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Tabela B: Capacitor de 2200 µ 𝐹 Capacitor de 2200 µ 𝐹 Medições Carregamento Descarregamento 1 13,6 ± 0,1 17,4 ± 0,1 2 16,3 ± 0,1 15,6 ± 0,1 3 16,3 ± 0,1 19,7 ± 0,1 Tabela C: Capacitores em Paralelo Capacitores em Paralelo Medições Carregamento Descarregamento 1 31,6 ± 0,1 21,6 ± 0,1 2 21,2 ± 0,122,9 ± 0,1 3 24,9 ± 0,1 22,1 ± 0,1 Tabela D: Capacitores em Série Capacitores em Paralelo Medições Carregamento Descarregamento 1 6,6 ± 0,1 6,1 ± 0,1 2 5,5 ± 0,1 5,3 ± 0,1 3 5,4 ± 0,1 5,3 ± 0,1 Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III 6. ANÁLISE DOS DADOS Linhas Equipotenciais a. O que é medido ao mergulhar a ponta de prova (sonda móvel) na solução? Resposta: Ao mergulharmos a sonda móvel na solução medimos diretamente a corrente existente entre as pontas de prova fixa e móvel. Na solução, temos a presença de íons de e (solução condutora) resultando no deslocamento 𝐶𝑢 2 + 𝑆𝑂 2 − dos elétrons do pólo de maior potencial para os de menores potenciais, ou seja, o que estamos fazendo, de fato, é detectar os pontos onde não há D.D.P., isto é, as linhas de corrente são nulas. b. Para as configurações, trace as linhas equipotenciais e algumas linhas de corrente não esquecendo os sentidos das mesmas. Resposta: Os seguintes gráficos podem ser encontrados no tópico 5. DADOS EXPERIMENTAIS E RESULTADOS. c. Identifique a polaridade dos eletrodos para as configurações estudadas. Resposta: Os seguintes gráficos podem ser encontrados no tópico 4. PROCEDIMENTOS. d. Explique por que, se duas linhas equipotenciais se interceptam, obrigatoriamente, à mesma superfície equipotencial? Resposta: Linhas equipotenciais são perpendiculares às linhas de força e por elas é feita a indicação da direção de um campo elétrico para um determinado ponto. Portanto, somente uma linha pode atravessar um ponto, pois, de outra maneira, teríamos em alguns pontos indicações diferentes de campo elétrico tal qual a existência de mais de um potencial no ponto. Como essas situações são contrárias às leis da física, duas linhas equipotenciais de uma mesma superfície nunca se interceptam. e. Assumindo que a resistividade da solução de sulfato de cobre é muito superior à resistividade do metal dos eletrodos, explique o motivo dos eletrodos também serem considerados como sendo equipotenciais. Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Resposta: Podemos considerar os eletrodos como equipotenciais, pois os mesmos são condutores e devem ter cargas distribuídas na superfície e como a resistividade é muito baixa temos que o potencial em seu interior não é muito diferente de um ponto a outro. Assim, nota-se que deve haver pouco movimento de cargas em seu interior. Pela condição de equilíbrio eletrostático temos que o potencial deve ser o mesmo em todo condutor. É a partir dessas considerações que os eletrodos são definidos como elementos equipotenciais. f. Tente analisar o que aconteceria no resultado do experimento se o fundo da cuba não fosse horizontal. Resposta: Alterar o formato da cuba significa alterar o formato das linhas equipotenciais do experimento, esse conceito pode ser analisado pela necessidade de nivelar a cuba. Assim, caso a cuba não tivesse o fundo horizontal, mas sim um outro formato qualquer, isso afetaria a forma das linhas equipotenciais evidenciadas e, com isso, os gráficos seriam totalmente diferentes. Isso se dá por causa da resistividade do fluido que varia com o formato da cuba, neste caso, deixando de ser uniforme. g. Explique porque uma variação da profundidade da cuba resistiva é análoga a uma variação de dielétrico no caso eletrostático equivalente. Resposta: Isso se dá, pois a resistividade do fluido é muito maior que a dos eletrodos. Assim, como ocorre em capacitores, a introdução de um dielétrico muda as linhas de campo, dessa forma, pode-se considerar a parte mais profunda (maior resistividade) como um dielétrico que foi introduzido entre os eletrodos. h. Explique porque a equipotencial determinada pela sonda móvel deve passar obrigatoriamente pela sonda fixa. Resposta: Pois as linhas equipotenciais, neste caso, são únicas e só existe um caminho possível que pode ser percorrido nos dois sentidos, no qual uma carga de prova que se desloca e o trabalho realizado sobre ela pelo campo elétrico é nulo, pois durante todo este percurso (seguindo uma linha equipotencial) o campo Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III elétrico e, portanto, a força elétrica são perpendiculares ao movimento da carga de prova, o que implica em trabalho nulo. i. As configurações estudadas no experimento correspondem a um problema em duas dimensões. Imagine uma modificação do experimento que permita simular problemas eletrostáticos em 3 dimensões. Resposta: Analisar o sistema em 3 dimensões implicaria em mudanças significativas nos resultados do experimento. Com a análise em 3D, seria possível simular problemas adicionando uma profundidade maior para a cuba, logo mais solução eletrolítica e, assim, mais uma dimensão a ser estudada. A profundidade que foi negligenciada quando usamos apenas o 2D, implicaria em alterar a resistividade no fluido que é proporcional a profundidade da solução (quanto mais profunda, maior é o volume e, consequentemente, maior a resistividade). Essa situação é análoga a introdução de um dielétrico com resistividade gradativamente maior em um capacitor, o que implicaria em alteração no formato das linhas do campo elétrico. Entendendo que estamos trabalhando no plano X e Z: Figura 12 - Campo elétrico bidimensional (12) Como citado anteriormente, em 2D, dispensamos diversas linhas que campo que não podem ser analisadas devido a falta de meio condutor e a tensão de 4 V ser ínfima perto da isolação da rigidez dielétrica do ar, caso um novo plano Y Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III seja introduzido teremos diversas outras linhas de campo a serem analisadas, como podemos observar na figura (13): Figura 13 - Campo elétrico tridimensional (13) Uma forma de introduzir esse novo plano seria aumentar o nível de CuSO4, porém o sistema de aferição e de aplicação de tensão teriam de ser isolados. j. Discussão Pertinente: i. Simetria das linhas equipotenciais Nesse experimento, pode-se observar simetrias nas linhas de correntes e nas linhas equipotenciais. As linhas de corrente são perpendiculares, enquanto as equipotenciais são paralelas com formato de semicírculos quando usado o eletrodo cilíndrico ou retas paralelas quando usado o eletrodo em formato de barra, logo temos linhas sempre simétricas em relação ao centro do eletrodo aumenta, o que explica melhor os formatos. Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III ii. Configuração das equipotenciais perto dos condutores Quando as linhas equipotenciais se aproximam dos eletrodos, elas tendem a envolvê-los, isto é, seu formato tende a ser o mesmo do eletrodo e quanto mais perto mais esse fenômeno é evidenciado. iii. Linhas de corrente perto dos eletrodos As linhas de corrente são perpendiculares em relação às linhas equipotenciais e radiais em relação aos eletrodos. iv. Focalização das linhas de corrente pela placa As linhasde corrente são convergentes ou divergentes. Caso a polaridade seja positiva, elas serão convergentes, caso seja negativa, elas serão divergentes. v. Regiões de campo mais intenso O campo varia de acordo com a região do fluido. Quando analisamos próximo do eletrodo, observa-se mais intensidade do campo, o que se deve a densidade do campo elétrico que é maior nessa região. Nas regiões mais distantes, o campo diminui. vi. Efeito de pontas O efeito de pontas refere-se a maior intensidade do campo elétrico nessa região, o que está associado a alta concentração das linhas de força, maior que no restante do fluido. vii. Analogia com o caso eletrostático correspondente A situação análoga seria a de um dielétrico eletrostático, considerando-se a profundidade da cuba, estaríamos variando a capacitância e é justamente nessa situação que se assemelha a um dielétrico. Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III viii. Estudo dos erros experimentais Os erros experimentais se devem a diversos fatores e são os principais responsáveis por não existir uma representação perfeita nos gráficos do esperado na teoria, na qual as linhas equipotenciais seriam 100% simétricas. Os principais fatores são: nivelamento da cuba; a leitura do galvanômetro; sujeira na superfície da cuba ou na própria solução condutora; leituras das coordenadas dos pontos encontrados; descuido do manuseio da sonda móvel, variando o ângulo formado com a superfície da cuba; deslocamentos da sonda fixa ou dos eletrodos; inexperiência dos alunos. Constante de Tempo em Circuitos RC 1ª Parte: a. Podemos afirmar que os tempos de carga e descarga de um mesmo capacitor são iguais? Resposta: Não, dois capacitores de mesma capacitância e mesma tensão de trabalho vão ter sempre insignificantes diferenças construtivas toleráveis durante a produção tornando o tempo de carga e descarga diferentes. b. Calcular a capacitância dos capacitores Resposta: Para calcularmos a capacitância, de forma indireta, dos capacitores envolvidos na atividade, foi utilizada a seguinte equação: , então: τ = 𝑅𝐶 𝐶 = τ 𝑅 . Assim, teremos os seguintes resultados: Capacitor 1: 𝐶 = τ 𝑅 = 9 , 28 10000 = 0 , 000928 𝐹 𝑜𝑢 928 µ 𝐹 ± 0 , 005 Capacitor 2: 𝐶 = τ 𝑅 = 16 , 48 10000 = 0 , 001648 𝐹 𝑜𝑢 1648 µ 𝐹 ± 0 , 005 Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III Tabela E: Comparação de capacitância Capacitância Calculada Capacitância Nominal Capacitor 1: 928 µ 𝐹 Capacitor 1: 1000 µ 𝐹 Capacitor 2: * 1648 µ 𝐹 Capacitor 2: 2200 µ 𝐹 * Essa discrepância do valor calculado para o valor nominal se dá pelo fato de ter sido realizada apenas 3 medições das constantes de tempo RC e não 5 como, normalmente, é comum que seja feito. c. Por que os tempos obtidos para os capacitores diferem? Resposta: Como explicitado no tópico 2 de Introdução Teórica: τ = 𝑅 * 𝐶 Onde: Constante de Tempo em segundos; τ = Resistência em Ohms; 𝑅 = Capacitância em Farads. 𝐶 = Analisando a fórmula matemática percebemos que o tempo é dependente da resistência que é fixa no experimento e capacitância que varia conforme os capacitores são alternados, como a capacitância é diretamente proporcional a resistência o tempo como resultante varia seu valor. 2ª Parte: a. Comparação dos resultados dos capacitores em paralelo com os resultados anteriores. Resposta: Capacitores em paralelo tem suas capacitâncias somadas aumentando significativamente o tempo de carga e descarga. Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III 𝐶 𝑒𝑞 = 𝐶 1 + 𝐶 2 +... + 𝐶 𝑛 b. Calcular a capacitância equivalente da associação em paralelo. Resposta: Para calcularmos a capacitância equivalente de capacitores associados em paralelo foi utilizada a seguinte equação: 𝐶 𝑒𝑞 = 𝐶 1 + 𝐶 2 +... + 𝐶 𝑛 = 3200 𝐹 ± 0 , 005 Assim, é possível perceber que na associação de capacitores em paralelo, o potencial elétrico é igual para todos os capacitores. Nesse tipo de associação, ligamos dois ou mais capacitores em diferentes ramos de um circuito, de forma que esses ramos sejam conectados por um único nó. Em suma, na associação em questão, a capacitância equivalente é calculada pela soma das capacitâncias individuais. 3ª Parte: a. Comparação dos resultados dos capacitores em série com os resultados anteriores. Resposta: Comparando os resultados fica nítido a redução do tempo de carga e descarga devido a relação em série dos capacitores que determina que a capacitância resultante é menor que a menor das capacitâncias, como especifica a fórmula da soma dos inversos das capacitâncias: 𝐶 𝑒𝑞 = 1 𝐶 1 + 1 𝐶 2 ... 1 𝐶 𝑛 b. Calcular a capacitância equivalente da associação em série. Resposta: Para calcularmos a capacitância equivalente de capacitores associados em série foi utilizada a seguinte equação: 𝐶 𝑒𝑞 = 𝐶 1 * 𝐶 2 𝐶 1 + 𝐶 2 = 1000 * 2200 1000 + 2200 = 2200000 3200 = 687 , 5 𝐹 ± 0 , 005 Assim, é possível perceber que na associação de capacitores em série, conectamos dois ou mais capacitores no mesmo ramo de um circuito, de modo que as cargas elétricas armazenadas nas armaduras de cada capacitor sejam iguais. Nesse tipo de associação, a armadura do capacitor que é carregada com carga Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III positiva é ligada à armadura carregada com carga negativa do capacitor seguinte. Em síntese, na associação de capacitores em série, a capacitância equivalente é determinada pelo produto dividido pela soma das capacitâncias individuais, essa fórmula é uma redução da dedução completa da soma do inverso das capacitâncias e se aplica somente na associação de dois capacitores por vez. 7. CONCLUSÃO O experimento 1 do grupo 2, aborda os fenômenos abrangidos pelo campo e, consequentemente, pelas linhas equipotenciais, completando, assim, os conceitos fundamentais da Lei de Gauss e as variáveis e constantes desta lei, bem como, as ideias e princípios do potencial elétrico, demonstrando na prática o comportamento das linhas e superfícies equipotenciais através de 3 configurações definidas durante a realização do trabalho em laboratório.. Possibilitando definir a direção e o sentido do campo, como também, as relações entre a densidade de carga e as variações dos gradientes de potencial sobre um campo. Sendo assim, o experimento da cuba eletrolítica permite obter a configuração de campos elétricos, traçando linhas equipotenciais a partir da diferença de potencial. Por fim, foi possível trabalhar com grandezas físicas associadas de forma qualitativa para a verificação e notação da influência que a carga gera sobre o meio. Já o experimento 2 do grupo 2 objetivou entender o comportamento do capacitor ao ser exposto a algumas situações comuns do estudo de componentes elétricos. O 1º passo foi comparar o tempo de carga e descarga dos capacitores. A partir dessa etapa conclui-se que o tempode carga e descarga são iguais levando em conta um carregamento até 63% da carga total, e um descarregamento até 37% da carga total. Foi possível extrair desse dado, a constante de tempo do circuito RC ( ), que permitiu, em conjunto com o valor do resistor utilizado, extrair, de τ forma indireta, o valor das capacitâncias dos capacitores utilizados. Já no segundo e no terceiro passo foi trabalhado a associação de capacitores em paralelo e em série, respectivamente. Ao serem associados em paralelo, o tempo, tanto de carga quanto de descarga, apesar de estarem bem próximos, foram maiores do que os capacitores expostos de forma separada. Isso pode ser explicado quando a capacitância é encontrada de forma indireta. Quando calculado, o valor da capacitância, com os capacitores em paralelo, é possível perceber uma elevação. E, partindo do que foi coletado na primeira etapa, ao passo que a capacitância Universidade Federal da Bahia FISD40 - Física Geral Experimental III aumenta, o tempo de carga e descarga também aumentam. É importante ressaltar que a capacitância de capacitores de em paralelo pode ser obtida a partir da soma de todos os capacitores envolvidos no circuito. 𝐶 𝑒𝑞 = 𝐶 1 + 𝐶 2 + 𝐶 3 + 𝐶 4 + 𝐶 𝑛 E a capacitância de capacitores associados em série pode ser calculada da seguinte forma: 1 𝐶𝑡 = 1 𝐶 1 + 1 𝐶 2 + 1 𝐶 3 + 1 𝐶 4 + ... + 1 𝐶𝑛 8. BIBLIOGRAFIA ➔ HALLIDAY, DE RESNICK; DE FÍSICA, R. Fundamentos. volume 3. Livros Técnicos e Cientıficos Editora, Rio de Janeiro, RJ, 10a. edição, 2016. ➔ Equipotenciais, Experimento sobre Linhas. Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia, 2022. ➔ RC, Experimento sobre constante de tempo em circuitos. Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia, 2022.
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