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Princípios Constitucionais_

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___________________________________________________________________ 
 
Curso de Direito: UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Princípios Constitucionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Advertência. 
 
O presente texto não tem a pretensão de esgotar a matéria. A idéia é fornecer ao 
aluno um roteiro compilado e simples relacionado aos temas discutidos em sala de aula. 
A finalidade, portanto, traçou o rumo deste sinótico. 
 
 
 
 
 
 
 __________________________________________________________________ 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Princípios Constitucionais 
 
1. O QUE SÃO PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
Princípios constitucionais são diretrizes imprescindíveis à configuração do Estado, 
determinam-lhe o modo e a forma de ser. São proposições que se colocam nas bases dos 
sistemas, informando-os, sustentando-os e lhes dando fundamento. 
Refletem os valores obrigados pelo ordenamento jurídico, espelhando a ideologia 
do constituinte, os postulados básicos e os fins da sociedade. 
 
2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
 Trata-se de regras fundamentais informadoras de todo o sistema jurídico, ou seja, 
diretrizes básicas, alicerces do ordenamento constitucional brasileiro, os quais veiculam os 
mais relevantes valores que estruturam a elaboração da Constituição Federal. 
Neste sentido, desempenham relevante função no texto constitucional, porquanto 
orientam a ação dos Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), demarcando 
seus limites e atuação. 
 Tais princípios são imperativos, ou seja, possuem efeito vinculante, constituindo 
regras jurídicas efetivas que informam o sistema jurídico, de forma que são dotados de 
normatividade. 
 Possuem, especificamente, três funções: 
• Fundamentadora: fixam as regras básicas, as diretrizes de todo sistema de normas 
constitucionais; 
• Interpretativas: possibilitam o alcance da verdadeira finalidade da lei no instante 
de sua aplicação; 
• Supletiva: estabelecem a integração do ordenamento jurídico, quando verificada 
eventual omissão (art. 4º, LICC). 
 Por conseguinte, partindo-se da premissa de que os princípios fundamentais 
encontram-se inseridos no texto constitucional, em havendo contradição entre eles e uma 
dada norma infraconstitucional, esta última será considerada inconstitucional, devendo ser 
 
 
 
extraída do ordenamento jurídico. 
 A doutrina diferencia princípios de regras jurídicas. 
 Princípios são normas informadoras do sistema que possuem alto grau de 
generalidade e abstração e ínfima densidade normativa, vez que normalmente, necessitam 
de outras normas para que possam ser aplicadas. 
 De seu turno, as regras jurídicas, são normas que possuem um menor grau de 
generalidade e abstração e alta carga normativa, não necessitando, via de regra, da 
aplicação de outras regras. Ex.: art. Art. 18, § 1º. 
 
2.1. Princípio Republicano (art. 1º, caput) 
 
 Estabelece a forma de governo do Brasil. Consagra a idéia de que representantes 
eleitos pelo povo devem decidir em seu nome, à luz da responsabilidade e da 
temporariedade. 
 Portanto, a república se contrapõe à monarquia. 
 A Magna Carta de 1988 mantém a república como forma de governo no artigo 1º, 
situando-a como princípio constitucional a ser observado pelos Estados federados, sob pena 
de intervenção federal (art. 34, VII, a). 
 
2.2. Princípio Federativo (art. 1º, caput). 
 
 Prescreve a forma de Estado em vigor no Brasil. Como princípio fundamental, o 
vetor federativo é responsável pela indissolubilidade do vínculo federativo entre a União, 
Estados, DF e Municípios, não havendo a possibilidade de secessão (separação). 
 Por envolver técnica de descentralização de poder político, o Estado Federal revela 
dois princípios que os distinguem de outras formas de Estado: o princípio da autonomia e o 
princípio da participação. Pelo primeiro, as coletividades territoriais distintas do poder 
central tem sua própria estrutura governamental e competências peculiares. Pelo segundo, 
os Estados Federados participam da formação da vontade ou das leis nacionais (art. 46). 
 
2.3. Princípio do Estado Democrático de Direito 
 
 
 
 Reconhece a República Federativa do Brasil como ordem estatal justa, mantenedora 
das liberdades públicas e do regime democrático. A força da intensidade desse princípio 
projeta-se em todos os escaninhos da vida constitucional brasileira. 
 Portanto, ao declarar que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado 
Democrático de Direito (art. 1º), a Constituição institucionaliza um tipo de Estado que tem 
fundamentos e objetivos concretos. 
 O Estado Democrático de Direito, conforme leciona Dalmo de Abreu Dallari1 
constrói-se em torno de três pontos fundamentais: 
1. supremacia da vontade popular; 
2. preservação da liberdade; 
3. igualdade de direitos. 
 Pablo Lucas Verdú, acrescenta os seguintes elementos: 
1. primazia da lei, que regula toda a atividade do Estado; 
2. sistema hierárquico das normas, que realiza a segurança jurídica que se concretiza 
numa categoria distinta de normas com diferentes graus de validade; 
3. legalidade da administração, com um sistema de recursos em favor dos interessados; 
4. separação dos Poderes como garantia de liberdade e freio de possíveis abusos; 
5. reconhecimento de direitos e liberdades fundamentais, incorporados à ordem 
constitucional; 
6. sistema de controle da constitucionalidade das leis, como garantia contra eventuais 
abusos do Poder Legislativo. 
2.4 Soberania 
 
 Revela a qualidade máxima de poder. Trata-se de um conceito que não admite 
flexibilidade, de modo que ou o Estado é soberano ou não. Conforme a Constituição de 
1988, a soberania apresenta dupla feição: uma externa e outra interna. Do ponto de vista 
externo, impede que a República Federativa do Brasil fique a mercê de quaisquer injunções 
internacionais, cerceadoras do direito Interno do País. Está relacionada, portanto, ao 
princípio da independência nacional (art. 3º, I). Sob a ótica interna, o vetor em análise 
confere ao Estado brasileiro autoridade máxima dentro de seu território, não se submetendo 
a qualquer outro poder. 
 
1
 DALLARI. Elementos de teoria geral do Estado, p. 28. 
 
 
 
 Sintetizando, podemos conceituar soberania da seguinte forma: trata-se de elemento 
formal do Estado, que designa a supremacia do Estado na ordem política interna e a 
independência na ordem política externa. 
“Não há poderes soberanos. Todos os poderes são subordinados à Constituição; e, se dela exorbitam, hão de voltar a ela pela 
força constitucional da autoridade judiciária. (Rui Barbosa) 
 
2.5 Cidadania 
 
 É o status das pessoas físicas que estão em pleno gozo de seus direitos políticos 
ativos (capacidade de votar) e passivos (capacidade de ser votado). O princípio da 
cidadania credencia o cidadão a exercer prerrogativas e garantias constitucionais, bem 
como faculta ao cidadão participar da vida democrática brasileira. 
 Em resumo, cidadania, como princípio fundamental, é o direito de participar dos 
destinos do Estado (em especial participar de forma livre e consciente de suas decisões 
políticas) e, mais, o direito de usufruir dos direitos civis fundamentais previstos na 
Constituição. 
 
2.6. Princípio da dignidade da pessoa humana 
 
 Trata-se de uma referência constitucional unificadora dos direitos fundamentais 
inerentes à espécie humana, ou seja, daqueles direitos que visam garantir o conforto 
existencial das pessoas, protegendo-as de sofrimentos evitáveis na esfera social. 
 Assim, a DPH não é um direito concedido pelo ordenamento jurídico, mas um 
atributo inerente a todos os seres humanos,independentemente de raça, sexo, cor ou 
quaisquer outros requisitos. A consagração no plano normativo constitucional significa tão 
somente o dever de promoção e proteção pelo Estado, bem como respeito por parte deste e 
dos demais indivíduos. 
 Insere-se, neste contexto, as ações afirmativas, assim entendidas como aquelas que 
visam garantir oportunidades iguais aos desiguais, estabelecendo, por exemplo, um número 
mínimo de vagas para pessoas portadoras de deficiências em determinados concursos 
públicos (art. 37, VIII, da CF c/c o art. 5º, § 2º, da Lei 8.112/90). 
 
2.7. Valores Sociais do Trabalho e Livre Iniciativa 
 
 
 
 
No caso dos valores sociais e da livre iniciativa se começa a perceber a democracia 
social, embora o nosso texto constitucional seja um texto com abertura capitalista como 
sistema de produção, a Constituição não se furta em valorar o lado social, mormente do 
trabalhador, pois o trabalho dignifica a pessoa e a insere no conceito de cidadão, 
participativo do crescimento do Estado e da sociedade. 
No entanto, nossa Constituição também se preocupa com a livre iniciativa, ou seja, 
também se fundamenta no sentido de que o empregador, enquanto empreendedor do 
crescimento do país merece valorização, reporto o leitor para o art. 170 e ss (seguintes), 
além do estudo do capítulo referente aos Princípios Gerais da Ordem Econômica. 
O trabalho pode ser apreciado sob duas perspectivas: a individual e a social. Por 
dignificar o homem, a Constituição atribui-lhe relevante valor social, colocando-o, assim, 
como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. 
 
2.8. Pluralismo Político 
Fixa que a democracia brasileira deve abrigar não só uma pluralidade de partidos 
políticos (pluripartidarismo), mas também uma pluralidade de grupos, de interesses e de 
vozes que possa participar da formação da vontade estatal e ser levada em conta nos planos 
e ações do Estado (o que exclui a possibilidade de que um grupo ou partido se aproprie de 
todos os cargos e de todas as esferas de decisão e de administração em qualquer setor da 
política nacional, bem como que certos grupos ou partidos sejam sistematicamente 
ignorados, excluídos, explorados ou discriminados na formação da vontade política). 
 
3. Objetivos Fundamentais do Estado Brasileiro 
 O estilo de redação adotado pela nossa Carta Constitucional, ao estabelecer os 
objetivos fundamentais do Estado, configura o que se tem convencionado chamar de 
proclamações “emblemáticas”, adquirindo, assim, todo um valor literário e simbólico, 
muito parecido com aquele constante no Preâmbulo. 
 Neste sentido, pode-se dizer, que os objetivos fundamentais se revelam como uma 
descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundadas em leis ideais e em instituições 
verdadeiramente comprometidas com o bem estar da coletividade. Em conjunto com os 
fundamentos da República, se caracteriza como verdadeiro projeto de uma sociedade mais 
junta e perfeita. 
 De outro turno, os objetivos fundamentais vêm enunciados sob a forma de ação 
verbal, implicando, deste modo, na necessidade de um comportamento ativo por aqueles 
que se obrigam a realiza-los. 
 
 
 
 
4. Princípios da ordem internacional 
A Constituição enumera, no seu artigo 4º, os princípios que nortearão as relações 
internacionais envolvendo o Estado brasileiro. 
Em seu parágrafo único estabelece: “A República Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações”, servindo de base para 
participação do Brasil no Mercosul. 
Segue, processo mnemônico (fácil de ser lembrado) extraído da internet “AINDA 
NÃO CONPREI RECOOS”. 
 
I - A utodeterminação dos povos; 
II - IN dependência nacional; 
III - DE fesa da paz; 
IV - NÃO -intervenção; 
V - COM cessão de asilo político. 
VI - PRE valência dos direitos humanos; 
VII - I gualdade entre os Estados; 
VIII - RE púdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - COO peração entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - S olução pacífica dos conflitos; 
 
Para ler mais: 
BARCELLOS, Ana Paula de. A eficácia jurídica dos princípios constitucionais. Rio de 
Janeiro: Renovar, 2002; 
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional 6ª ed. São Paulo: Malheiros, 1996; 
REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 17ª ed. São Paulo: Saraiva, 1996.

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