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293
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
SUMÁRIO
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
293
EDITORIAL
Cuidados no português para escrita de um texto/artigo científico – Parte 1 .................................................................................. 295
Victor Hugo do Vale Bastos
ARTIGOS ORIGINAIS
Alterações posturais em pedreiros de um município no interior do Ceará ..................................................................................... 296
Roque Ribeiro da Silva Júnior, Francisca Vanessa da Silva, Daniele Oliveira Sousa, Hinkilla dos Santos Giló
Análise do conhecimento populacional sobre a atuação da fisioterapia na atenção básica ........................................................... 300
Abigail Ada Barbosa da Silva, Daniela Maria Silva Maia, Lucas Ewerton Rodrigues Gomes, Stelane Carneiro Albuquerque
Percepção sobre prematuridade e práticas de apoio aos pais entre fisioterapeuta .....................................................................305
F.M. Miller, L.D. Araujo
O uso da perimetria como método de avaliação da adiposidade localizada
submetida à criolipólise - estudo piloto ..........................................................................................................................................309
Luana Cerqueira de Oliveira, Carla Barreto Silva de Cerqueira, Márcia Maria Peixoto Leite, Mylana Almeida de Carvalho, Alena Ribeiro Alves Peixoto Medrado
REVISÃO
A eficácia da fisioterapia para as pessoas que vivem com o vírus da imunodeficiência humana:
uma revisão de literatura .................................................................................................................................................................. 314
Jeferson dos Santos Pinheiro, Maria imaculada Estevão da Silva, Ohana Oliveira Chaves, Raquel de Mello, Janete Silva Ramos, Paula Maria Pereira Baraúna
A funcionalidade em doentes críticos: uma revisão integrativa ...................................................................................................... 319
Giovanna Paes Gomes da Silva, Isabela Vaquero Galindo, Renata Escorcio
A importância da fisioterapia na reconstrução mamária: revisão da literatura .................................................................................... 324
Carleni de Azevedo dos Santos, Cassandra dos Santos Lima, Raquel de Mello, Janete Silva Ramos, Paula Maria Pereira Baraúna
A importância dos instrumentos avaliativos utilizados durante a terapia de contensão induzida:
uma revisão de literatura ................................................................................................................................................................. 328
Luciana Sanches Farias, Taffiny Priscila Félix da Silva, Paula Maria Pereira Baraúna, Janete Silva Ramos, Raquel de Mello
Avaliação da correlação do uso do celular e dores na coluna cervical em universitários: revisão integrativa ................................ 333
Antônio Rogério da Silva, Érisson Rubens Araújo Freitas, Roque Ribeiro da Silva Júnior
Benefícios da acupuntura como intervenção terapêutica no tratamento ao paciente oncológico ............................................. 339
Milene Nilcéa do Nascimento dos Santos Cunha, Raquel de Mello, Fabrício Oliveira da Costa
Cinesiofobia afeta o tratamento da lombalgia crônica: revisão integrativa da literatura............................................................... 343
Wenia Freire da Costa, Roque Ribeiro da Silva Júnior
Exercício e fibrose cística: uma revisão integrativa .......................................................................................................................... 350
Milena Aparecida de Almeida, Suellem Ribeiro da Silva, Renata Escorcio
O atendimento fisioterapêutico em pacientes pós acidente vascular cerebral imediato:
uma revisão integrativa .................................................................................................................................................................... 355
Benedita Thalia Gomes Parente, Eva Dáks Leite Parente Lima, Maria dos Prazeres Carneiro Cardoso
RELATO DE CASO
Efeitos de um protocolo fisioterapêutico no tratamento de um paciente com ataxia cerebelar: relato de experiência ................ 360
Bruna Rodrigues de Faria, Camila Alves Martins, Fernanda Gabriella Lima de Carvalho, Gabrielle Lopes de Andrade, Geovana Gonçalves Araújo, 
Guilherme Silva e Lara, Letícia Gomes Mesquita, Oraide Menezes de Sousa, Rodrigo Gontijo Martins, Alessandro dos Santos Pin
O efeito da radiofrequência não-ablativa no tratamento da lipodistrofia ginóide ......................................................................... 364
Cleciana Pamires Nunes Vasconcelos, Lorena Maria Brito Neves Pereira Vilar, Isabella Dantas da Silva, Gabriela Brasileiro Campos Mota
NORMAS ............................................................................................................................................................................................ 368
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
294
Fisioterapia Ser - É proibida a reprodução total ou parcial dos artigos publicados, sejam quais forem os meios empregados 
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res aplicam-se as sanções previstas nos artigos 122 e 130 da lei 5.988 de 14/12/83. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de 
total responsabilidade dos anunciantes. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. 
Conselho Científico
Adalgisa Maiworm (PPC-UERJ - Rio de Janeiro/RJ) 
Alessandro dos Santos Pin (Unicerrado - Goiatuba/GO)
Anke Bergmann (UNISUAM - Rio de Janeiro/RJ)
Aureliano da Silva Guedes (UFPA - Belém/PA)
Beatriz Helena de S. Brandão (HSE - Rio de Janeiro/RJ)
Danúbia da Cunha de Sá Caputo (Rio de Janeiro/RJ)
Dionis de Castro Dutra Machado (UFPI - Piauí/PI)
Elhane Glass Morari-Cassol (UFSM - Santa Maria/RS)
Fábio Oliveira Maciel (UFAM - Coari/AM)
Fernanda Luisi (UFCSPA - RS)
Jones Eduardo Agne (UFSM - RS)
Júlio Guilherme Silva (UNISUAM - Rio de Janeiro/RJ)
Maria dos Prazeres Carneiro Cardoso (UNINTA - Sobral/CE)
Maria Goretti Fernandes (UFS - SE)
Mário Bernardo Filho (UERJ - Rio de Janeiro/RJ)
Marta Lúcia Guimarães Resende Adorno (CEULP - Palmas/TO)
Nadja de Souza Ferreira (FRASCE - Rio de Janeiro/RJ)
Sérgio Nogueira Nemer (HCN - Niterói/RJ)
Silmar Silva Teixeira (UFPI - Parnaíba/PI)
Vasco Pinheiro Diógenes Bastos (CUEC/FIC - Fortaleza/CE)
Wilma Costa Souza (UCB - Rio de Janeiro/RJ)
Assessores
Alessandro Júlio de Jesus Viterbo de Oliveira (Avante - RS)
Alexandre Gomes Sancho (UNIGRANRIO - RJ)
Alexsander Evangelista Roberto (Rio de Janeiro/RJ)
Blair José Rosa Filho (UNIVERSO - Niterói/RJ)
Camila Costa de Araújo (UENP - PR)
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Cleide da Câmara Souza (FGS/UNIGRANRIO - RJ)
Fábio dos Santos Borges (UNESA - Rio de Janeiro/RJ)
Fábio Marcelo Teixeira de Souza (Rio de Janeiro/RJ)
Helena Hanna Khalil Dib Giusti (Orlando/FL)
Hélia Pinheiro Rodrigues Corrêa (IFRJ - Rio de Janeiro/RJ)
Hélio Santos Pio (Rio de Janeiro/RJ) - In Memorium
Henrique Baumgarth (ABCROCH - Rio de Janeiro/RJ)
Jefferson Braga Caldeira (UNIGRANRIO - Rio de Janeiro/RJ)
José da Rocha Cunha (UNESA - Rio de Janeiro/RJ) 
José Tadeu Madeira de Oliveira (IBC - Rio de Janeiro/RJ)
Kátia Maria Marques de Oliveira (UCB - Rio de Janeiro/RJ)
Leandro Azeredo (IACES - Rio de Janeiro/RJ)
Leandro Gomes Barbieri (UNINASSAU - Parnamirim/RN)
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Márcia Maria Peixoto Leite (UFBA - Salvador/BA)
Nílton Petrone Vilardi Jr. (Rio de Janeiro/RJ)
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Wellington Pinheiro de Oliveira (CESUPA - PA)
Esta revista é indexada pela CAPES com QUALIS B4 em 
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Colaboradora de redação
A Revista Fisioterapia Ser é um periódico Técnico-Científico sobre fisioterapia, registrado no International Standart Serial 
Number (ISSN), sob o código 1809-3469, com edição trimestral e distribuída, a partir de 2017, no formato eletrônico, para todo 
território Nacional. É uma publicação dirigida a fisioterapeutas, professores, pesquisadores, acadêmicos de fisioterapia, empresá-
rios e demais instituições da área.
Editor Científico
Victor Hugo do Vale Bastos (UFPI - Parnaíba/PI)
295
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
Editorial
Cuidados no português para escrita
de um texto/artigo científi co – Parte 1
Prof. Victor Hugo do Vale Bastos
Pesquisadores com frequência são pareceristas (referees) de artigos científicos e eles se deparam com artigos excelentes e outros nem 
tanto. Quando se trata desse último caso, os trabalhos podem ser rejeitados ou pode-se identificar as falhas e solicitar-se os ajustes por parte 
dos autores. Esse pedido é feito com ideia de ajudar aos autores (no aprendizado), mas não são todos que pensam dessa forma, claro. Uma 
decepção relevante vem ao parecerista quando este encontra erros no idioma e forma de escrita do artigo, afinal, esse tem que ser científico. 
Nesse sentido, o presente editorial objetiva fornecer dicas a serem consideradas no momento da escrita do texto/artigo científico ou mesmo 
serem usadas como um “check list” após a escrita. Vou pontuar e explicar o motivo de cada uma delas a seguir. Como são várias dicas, vou 
dividir em dois editoriais, então fique atento à próxima edição da nossa Fisioterapia SER para acompanhar e ter todas as dicas em mãos.
1 - CUIDADO COMO COMEÇARÁ SUAS FRASES: nunca começar frases com verbos, conjunções coordenativas, aditivas ou de qualquer 
tipo (ex.: todavia, entretanto, mas, e, contudo etc.). Explicação rápida do motivo: 1) verbos – devemos sempre usar a forma direta das 
frases, ou seja, sujeito-verbo-predicado, isso por que fica mais fácil para o leitor entender de forma técnica a ideia que se deseja passar. 2) 
conjunções – elas servem para unir ideias dentro de duas orações (oração clássica é aquela que tem sujeito-verbo-predicado; passando a ser 
considerada outra oração quando se tem novo verbo). Um exemplo é: “Maria é legal, mas é egoísta”. O mas passa a ideia de oposição, então 
não deve começar frase (no caso ela é legal, mas... vem logo a ideia oposta do “legal”, que é ser egoísta). Outro exemplo: “Maria é legal e boa 
companhia”. Nesse caso a conjunção aditiva “e” passa a ideia de adição, de somatório, sendo mais uma das qualidades de Maria. Da mesma 
forma não se deve começar frase com “e”. * Detalhe: em inglês esse ponto nem sempre é observado e muitas vezes é até desejado (quando 
se começa frases com However, entre outros).
2 - Caso seja criada uma sigla, está deverá ser usada sempre que se referir a tal expressão (ex.: Acidente vascular cerebral (AVC), daqui para 
a frente no texto, será sempre AVC). Cuidado com siglas erradas; para tal explicação dividiremos nos erros mais comuns. 1) Não usamos 
preposição na formação de siglas (PT, partidos dos trabalhadores e não “PDT”, como se entrasse o “de”, como “d” na confecção da sigla. Da 
mesma forma que “Arco de movimento” será AM e não ADM, visto que o ‘D” não entra para compor sigla – em especial esse erro é muito 
desconhecido pelos profissionais que trabalham com movimento humano. 2) Siglema - quando a redução em letras de uma expressão mon-
tar como se fosse uma palavra dentro do idioma português/brasileiro, exemplo, CREFITO. Nesse último caso pode-se pluralizar, exemplo, 
CREFITOS. * Detalhe: a versão brasileira do idioma português vem sofrendo modificações naturais ao longo dos anos e, mais atualmente, 
admite-se siglemas com letras minúsculas. 3) Siglóide - similar ao siglema mas não é ainda uma palavra dentro do idioma – ex.: ONU) podem 
ser pluralizados mas siglas não são pluralizadas de forma clássica. Existe uma tendência na versão brasileira de se pluralizar siglas, mas não é 
a forma clássica. Assim sendo, se formos seguir a forma clássica, o plural da sigla usada na área de saúde para “Atividade de vida diária” que 
é AVD, terá como seu plural AVD mesmo, visto que sigla não vai de forma alguma para o plural (classicamente). TODAS as siglas, siglemas 
(este classicamente) ou siglóides são sempre confeccionados e representados com letra totalmente maiúscula. 
3 - Não devemos atribuir valor em texto científico (no caso não usar, muito, pouco, melhor, pior, maior e etc.). Nem quando colocamos dados 
numéricos como estatísticos ou epidemiológicos não devemos atribuir valor. Ex.: “A terapia X é muito mais eficaz se usada pela manhã 
pelos pacientes” Questões que justificam esse item 3: “o quanto é esse muito”? Será que “muito” para mim é mais do que para outra 
pessoa? Como já dito, nem quando temos dados numéricos, como no exemplo: “A terapia X é 98% mais eficaz que as outras terapias 
sendo muito melhor” Não precisa se falar “muito melhor” pois o percentual (poderia ser um p valor estatístico ou a força de uma análise 
estatística, ou similar) já mostra que é “muito”, não precisamos em textos científicos especificar, pois fica grosseiro e pode parecer que o 
autor/escritor está forçando uma dada situação. 
4 - Em textos científicos devemos ter sempre os parágrafos em torno de 8 a 12 linhas e desenvolvendo apenas uma ideia. Para cada parágrafo 
escrito desta forma devemos ter no mínimo de 2 a 3 referências. As referências bibliográficas vêm sempre no final de cada ideia e não necessa-
riamente no final do parágrafo. Visto que referenciaremos no final da ideia, não se precisa iniciar uma frase/parágrafo com expressões do tipo, 
“fulano em 2020 descreveu...” ou então “ciclano relatou em um estudo em 2019...” ou ainda “Beltrano e colaboradores evidenciaram em suas 
pesquisas...” Isso torna o texto cansativo de ler e gera monotonia. Ao cansar o leitor esse perde a atenção e o interesse tendendo a desconsiderar 
muitas vezes os achados de um bom estudo, apenas por que está mal escrito. 
5 - Nunca escreva com “micro frases” ou frases gigantes. Releia o texto para ver se está fazendo desta forma. Se este for o caso corrija-o de 
acordo com o comentado quanto ao tamanho médio que se deve ter em um parágrafo (comentário 4).
6 - Escreva sempre com as ideias dos autores ou com seus resultados, mas sempre com as suas palavras. NUNCA, de forma alguma, copie e 
cole o texto em material científico da área de saúde pois isso configura plágio e é punível pela lei de direitos autorais do Brasil e na maioria 
dos países. Copiar e colar só é viável em outras áreas do conhecimento como Filosofia (Ex.: “Como Sócrates disse em seu livro: “....”) ou 
na teologia (Ex.: como está escrito na Bíblia, Torá, Alcorão...). Nessas outras áreas é muito mais comum as citações diretas ou as indiretas 
e na área da saúde isso é extremamente raro (e se for usado deve ser feito com cuidado e seguindo as normas da ABNT ou similares)
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
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Artigo Original
Alterações posturais em pedreiros de
um município no interior do Ceará
Postural changes in masons from 
a municipality in the interior of Ceará
Roque Ribeiro da Silva Júnior1, Francisca Vanessa da Silva2, Daniele Oliveira Sousa2, Hinkilla dos Santos Giló3
1. Mestrando em Saúde e Sociedade – Univer-
sidade do Estado do Rio Grande do Norte - 
UERN, Especialista em Fisiologia Humana 
– Universidade Estadual do Ceara – UECE, 
Docente do Curso de Fisioterapia da Faculda-
de do Vale do Jaguaribe - FVJ.
2. Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade do 
Vale do Jaguaribe-FVJ.
3. Especializaçãoem Fisiologia Humana em An-
damento pela Universidade Estadual do Ceara 
- UECE, Bacharel em Fisioterapia pela Facul-
dade do Vale do Jaguaribe-FVJ.
Endereço para correspondência: 
 E-mail: roqueujs@gmail.com
Recebido para publicação em 04/12/2020 e acei-
to em 30/12/2020, após revisão.
Resumo 
Introdução: A postura adequada é aquela que o indivíduo fica estático sem 
ceder a força da gravidade. Nela encontra-se delicado controle efetuado pelos es-
forços do sistema nervoso central, muscular, articular e ligamentos para manter-se 
na posição e mantendo o equilíbrio estático. Objetivo: Avaliar a prevalência de 
alterações posturais em pedreiros de um município do interior do Ceará. Meto-
dologia: Tratou-se de um estudo transversal, de caráter descritivo e abordagem 
quantitativa, contudo com uma população de 81 indivíduos. Foi utilizado um ins-
trumento de avaliação elaborado pelos pesquisadores que contém perguntas sobre 
o tempo de permanência na profissão, bem como se tinha desvios posturais e foi 
feita uma avaliação postural, baseada no livro de Ângela Santos (2003), com adap-
tações, sendo avaliados segmentos como membro inferior e cinturas. Resultados: 
Ficou notório que os indivíduos que participaram do estudo tinham um tempo 
moderado já na profissão e foi possível observar que a profissão de pedreiros tem 
vários riscos ergonômicos que podem contribuir para o desenvolvimento de alte-
rações posturais. Conclusão: Diante disso, ficou visível que esses profissionais 
carregam uma gama de alterações posturais e que possivelmente a inadequação 
ergonômica pode trazer prejuízos a postura.
Palavras-chave: construção civil, postura, prevalência.
Abstract
Introduction: The proper posture is one that the individual remains static wi-
thout yielding to the force of gravity. It contains a delicate control effected by the 
efforts of the central nervous system, muscle, joint and ligaments to remain in po-
sition and maintaining static balance. Objective: To evaluate the prevalence of pos-
tural changes in bricklayers in a city in the interior of Ceará. Methodology: This 
was a cross-sectional study, of a descriptive character and quantitative approach, 
however with a population of 81 individuals. An assessment instrument developed 
by the researchers was used, which contains questions about the length of stay in the 
profession, as well as whether there were postural deviations and a postural assess-
ment was made, based on the book by Ângela Santos (2003), with adaptations, being 
evaluated segments lower limb and waists. Results: It was clear that the individuals 
who participated in the study had a moderate time already in the profession and it 
was possible to observe that the bricklaying profession has several ergonomic risks 
that can contribute to the development of postural changes. Conclusion: In view of 
this, it was visible that these professionals carry a range of postural changes and that 
possibly the ergonomic inadequacy can cause damage to the posture.
Keywords: construction, posture, prevalence.
297
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
Introdução
A postura adequada é aquela que o indivíduo fica estáti-
co sem ceder a força da gravidade. Nela encontra-se delicado 
controle efetuado pelos esforços do sistema nervoso central, 
muscular, articular e ligamentos para manter-se na posição e 
mantendo o equilíbrio estático. No corpo humano é encon-
trada a coluna vertebral que faz parte do equilíbrio, sendo 
formada por coluna cervical, coluna torácica, coluna lombar 
e coluna sacral. Quando ocorre alguma lesão na curvatura fi-
siológica, que é formada por lordose e cifose, pode acarretar 
danos à saúde da coluna1. 
Os fatores que levam aos desvios podem ser ocasiona-
dos pela genética, doenças idiopáticas, ambientes, condições 
físicas, emocional e a má postura. Podem desencadear alte-
rações nos pedreiros por não conter um bom hábito postural 
ou não saber que o trabalho sobrecarregado pode ocasionar 
deformações no corpo como rigidez das articulações verte-
brais e encurtamento dos músculos2.
As principais alterações posturais que podem ser encon-
tradas na coluna são as escoliose, que é um desvio lateral da 
coluna tendo sua principal característica ombros e escápulas 
em desnivelamento; inclinação lateral da pelve, esse desvio 
causa dores nas costas; hipercifose, é um aumento da curva-
tura posterior da coluna que mostra a característica de ombro 
para frente e para baixo; joelhos hiper-extendidos, músculos 
do peitoral encurtados com a conseqüência de insuficiência 
da amplitude torácica e respiratória; hiperlordose, há um au-
mento da curva lordótica tendo características antro versão 
do abdomen para frente e encurtamentos dos músculos da 
lombar causando dores lombares3. 
A maioria das alterações e sintomas são causados pelos 
trabalhos manuais que exigem um maior esforço. Nesses ti-
pos de trabalhos, muitas vezes, atuam pessoas com baixo ní-
vel de escolaridade e não tem conhecimento adequado para 
esse tipo de situação e muito menos treinamentos específicos 
para evitar essas alterações. Um desses casos, são os pedrei-
ros que trabalham na construção civil, que tem uma sobre-
carga e uma responsabilidade tão importante que prejudica a 
saúde tanto mental como social4.
No Brasil, o trabalho, independentemente de qualquer 
profissão, é muito importante para a sobrevivência dos seres 
humanos e é de onde se pode tirar todo o sustento e uma 
qualidade de vida estável. No entanto, o trabalho acarreta 
diversos riscos à saúde, tanto físico como mental. Com isso, 
pode ser falado que o pedreiro que trabalha na construção 
civil, se mantém em um posicionamento estático por muito 
tempo e com uma sobrecarga de trabalho. Isso é prejudicial a 
sua vida tanto social como mental, por haver uma necessida-
de de trabalhar pela sua sobrevivência. Então sua qualidade 
de vida é deixada de lado, dando início à vários danos por 
não dar importância a sua saúde5.
No Órgão Público Federal Brasileiro, mostrou-se cerca 
de 40% da população que tiveram uma cobrança grande de 
prazos em tarefas repetitivas, como os pedreiros que traba-
lhavam na construção civil, reveleram que esse trabalho tra-
zia um risco a saúde desses trabalhadores. Com esses dados 
foi mostrado que os trabalhos na construção civil são repeti-
tivos, sendo muito prejudicial à saúde dos pedreiros6.
A ergonomia é uma ciência da utilização das forças e 
das capacidades humanas. Esse termo é derivado da palavra 
‘’ergo’’(trabalho) e ‘’nomes’’(leis, regras). Ela é trabalhada 
em empresas propondo regras e leis para melhorar a qualida-
de de vida dos trabalhadores e diminuindo os riscos laborais, 
mentais e lesões. O trabalho na construção civil são ativida-
des braçais e determinadas pessoas entram para trabalhar nas 
obras sem treinamento adequado, sem orientação e tem baixo 
nível de escolaridade. Dessa forma, é adotado pelo funcioná-
rio uma postura inadequada, onde a prevalência de lesões nas 
construções civis tem um papel importante, tendo um enfoque 
nos pedreiros, por ser um trabalho muito sobrecarregado7.
A profissão de pedreiro detém determinadas posturas por 
tempo prolongado, onde ocorrem durante a jornada de traba-
lho por vários movimentos de flexão, extensão e rotação da 
coluna vertebral. Esses motivos são as causas de dores nas 
costas provocados pelo excesso de carga. Essas atividades 
durante o trabalho, exige um esforço no grupo muscular e 
de todo o corpo humano causando dores ao passar do tempo. 
O levantamento de carga é o maior causador de doenças e 
dores na coluna, isso pelo fato da má postura dos pedreiros. 
Então alguns pedreiros, assim como outra profissão, procura 
a fisioterapia para manter uma qualidade de vida melhor8.
A fisioterapia e a equipe multiprofissional têm pontos im-
portantes ao tratamento dos pedreiros, por ter um trabalho re-
petitivo e com cargas. Com isso a fisioterapia tem como traba-
lhar na orientação, fazer ginásticas laborais e com programa de 
intervençãopara melhorar a qualidade de vida dos pedreiros9.
Permeando os caminhos do conhecimento e da pesquisa 
acadêmica é primordial compreender as singularidades que 
existem entre as pessoas. O objeto de estudo, que é o pedrei-
ro, está bem presente no nosso cotidiano e é essencial para 
a sociedade. Por ser uma atividade constante, ela provoca 
algumas alterações que causam transtornos e indisposição de 
alguns pedreiros em passar muito tempo numa mesma posi-
ção, e com o passar do tempo acarreta sérias complicações 
para a sua saúde e para seu corpo partindo de dores na coluna 
cervical do trabalhador.
A dedicação e o desempenho dos pedreiros no ambiente 
familiar têm motivos de orgulho para muitos, porém às condi-
ções de trabalho não são condizentes para o verdadeiro ganho 
salarial desse profissional, que muitas vezes está desprovido 
de planos de saúde e de garantias trabalhistas, que são fatores 
essenciais para sua manutenção de vida e de sua família. Con-
textualizar essa temática é de suma importância para uma for-
mação em fisioterapia. Através dessa compreensão, o trabalho 
tem o objetivo de avaliar a prevalência de alterações posturais 
em pedreiros do município de Jaguaruana-Ceará.
Metodologia
Tratou-se de um estudo transversal de caráter descritivo 
e abordagem quantitativa, que buscou prevalência de altera-
ções posturas em pedreiros. O estudo foi realizado no inte-
rior do Ceará, na residência dos pedreiros, que se dispuseram 
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
298
a participar da pesquisa, respondendo o formulário no perío-
do do mês de julho e dezembro de 2019.
A população do estudo foi composta por uma média de 
120 pedreiros, levando em consideração o sindicato dos tra-
balhadores da construção civil do Ceará e a média de profis-
sionais do município de Jaguaruana-CE. Desta população, foi 
realizado um cálculo amostral, usando a calculadora online 
cometto, com os seguintes parâmetros: população de 120 pro-
fissionais, com erro amostral de 5% e intervalo de confiança 
de 95%, tendo como amostra um número de 81 indivíduos. 
Foram utilizados como critérios de inclusão: participaram so-
mente pedreiros que tinha entre 18 a 50 anos e que seu traba-
lho fosse somente esta atividade. Foram excluídos do estudo 
pessoas do sexo feminino e indivíduos que possuíam algum 
tipo de comprometimento visual, auditivo, mental ou físico. 
O estudo foi submetido ao comitê de ética através da plata-
forma Brasil no dia 28 de fevereiro de 2019, sendo direcionado 
ao comitê de ética do Centro de Referência Nacional em Der-
matologia Sanitária Dona Libânia – CRNDSDL, sob o número 
de CAAE:08902219.8.00005036 e sob o número de parecer: 
3.256.346 com status aprovado no dia 10 de abril de 2019.
Foi iniciada a coleta de dados a nível domiciliar, com o 
contato direto com os pedreiros, após assinatura do termo de 
consentimento livre e esclarecido TCLE. Foi utilizado como 
instrumento o formulário elaborado pelos pesquisadores, que 
contém informações sobre há quanto tempo estava na ativida-
de profissional, quantas horas trabalhava diariamente e se o 
indivíduo já possuía desvios posturais antes de exercer ativi-
dade profissional e foi feita uma avaliação postural, baseada 
nos princípios do livro Diagnóstico Clínico Postural: um guia 
prático, da autora Ângela Santos. Foram avaliados segmentos 
como membros inferiores e cinturas. Os resultados dos pedrei-
ros incluídos na pesquisa. A coleta de dados foi realizada na 
casa dos pedreiros garantindo a privacidade do indivíduo. Foi 
ressaltado ao grupo, a importância da saúde no trabalho quan-
to à alteração postural nesse grupo de homens, sendo irrefu-
tável a necessidade de cuidado e o tema ser interrogado por 
meio de um plano de avaliação, bem como recomendar aos 
profissionais de saúde uma elaboração de atividades que de-
sempenhem a promoção e prevenção na saúde do trabalhador.
Após a coleta, os dados foram analisado através do pro-
grama Microsoft Excel (2010), onde os dados foram tabu-
lados e posteriormente, realizado tabelas para uma melhor 
explanação dos dados encontrados na pesquisa. 
Os riscos apresentados no desenvolvimento desta pes-
quisa foram mínimos, tais como constrangimento e descon-
forto durante a avaliação postural, os quais foram minimiza-
dos com a aplicação dos instrumentos de avaliação em locais 
reservados. Já os benefícios foram: obter resultados científi-
cos através da observação e mensuração dos principais des-
vios posturais presentes no grupo dos pedreiros; identificar 
os possíveis fatores causadores dos referidos desvios, con-
tribuindo para a correção destes desvios posturais e propor-
cionar soluções que possam auxiliar na vida do trabalhador.
Essa pesquisa foi realizada de acordo com as diretrizes 
e normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde 
através da resolução número 466/12 e 510/16. Os participan-
tes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido 
onde, o anonimato dos mesmos foi mantido em sigilo e o 
utilizado dados apenas para fins científicos.
Resultados/discussões
Na tabela 1 tem informações sobre o tempo e condições 
de trabalho desse empregado da construção civil e perguntas 
quanto o tempo que trabalha, horas trabalhadas e se ele já 
possuía algum desvio postural antes. Lembrando que o nú-
mero de participantes da pesquisa foi 81 indivíduos. 
Tabela 1: Questionário quanto ao tempo de serviço e con-
dição postural.
Há quanto tempo trabalha nessa atividade?
Entre 0 a 5 anos n=16
Entre 5 a 10 anos n=31
Entre 10 a 20 anos n=34
Quantas horas trabalha por dia?
Entre 0 a 3 horas n=10
Entre 3 a 5 horas n=18
Entre 5 a 8 horas n=53
Você já possuía desvios posturais antes da profissão?
Entre 0 a 3 horas n=10
Entre 3 a 5 horas n=18
A pesquisa de Moretto, Chesani e Grillo (2017)10 con-
tou com uma amostra de 144 indivíduos, onde foi feito per-
guntas quanto ao tempo de trabalho. Segundo sua pesquisa 
o tempo de profissão foi: 1 a 10 anos (45,4%); 11 a 20 anos 
(30,5%); 21 a 30 anos (13,6%); maior de 30 anos (2,2%). 
Isso indica que a maioria da amostra tem até 20 anos de 
profissão. Indo de encontro ao achado no presente estudo 
que os profissionais com entre a 10 a 20 anos era a maioria 
seguido de 5 a 10 anos. 
Contrariando os dados acima, segundo Amorim et al.11 
os resultados da sua amostra foram colhidos em uma cons-
trução civil onde participaram em torno de 35 profissionais 
que o tempo maior de profissão deles eram 6 meses. 
Já por sua vez, nos estudos de Bueno e Carvalho12 con-
tou com uma amostra de 26 indivíduos e o autor relatou que 
os profissionais trabalhavam mais de 8 horas por dia, tendo 
em média uma carga horária diária de 9 horas. Já nos estu-
dos de Mannhanini, Loures e Martins13 relataram que 100% 
da sua amostra trabalhavam 44 horas semanais, assim que se 
entende que os indivíduos trabalhavam em torno de 8 horas 
diárias, indo de encontro com o achado na presente pesqui-
sa. Como complemento nos estudos de Bueno e Carvalho12 
relatam que sua amostra foi feita em uma construção civil, 
contando com uma amostra de cerca de 24 indivíduos, onde 
os trabalhadores tinham uma jornada de 8 horas por dia, com 
as devidas pausa, para exercícios laborais e refeições. 
Nos estudos de Pio14 os profissionais como pedreiro, 
serventes entre outros, relataram que antes a grande maioria 
dos 14 indivíduos da amostra, não tinha nenhuma alteração 
postural. Após entrar na profissão e adotarem posturas ina-
dequadas, maior parte deles relataram terem adquirido essas 
alterações posturais e ocupacionais. Já por sua, na pesquisa 
de Hoffman15 explica em sua pesquisa que os profissionais 
relatam que as alterações surgiram depois que começaram 
a trabalhar em serviços com muita carga e repetições, mas 
ela trás consigo que as alterações posturais, não tem relação 
299
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
com a diminuição da capacidade funcional e também com 
aparecimento de quadro álgicos.
Na tabela 2, trás consigo os desvios posturais relaciona-dos tanto a cinturas pélvica e escapular.
Tabela 2: Desvios posturais de cinturas.
Retroversão pélvica n=72
Anterversão pélvica n=9
Rotação direita pélvica n=68
Rotação esquerda pélvica n=13
Adução escapular n=25
Abdução escapular n=56
Elevação escapular n=63
Depressão escapular n=18
Báscula lateral escapular n=56
Báscula medial escapular n=25
Escápula Alada n=43
Clavícula verticalizada n=63
Clavícula Horizontalizada n=18
Fonte: próprio autor (2019)
Bresolin16 realizou um estudo transversal com objetivo 
de conhecer os desvios posturais mais comuns em traba-
lhadores, com número de participante de 31 profissionais. 
Apresentou em seus estudos que as alterações posturais que 
mais acometem os trabalhadores da construção civil foi a 
retroversão de pelve em 77,2%, anteversão de pelve 22,8% 
e 29% com elevação da escapula. Indo de encontro com a 
pesquisa que apresentou um número elevado de retroversão 
pélvica, lembrando também que alguns autores considera a 
retroversão como um desvio postural comum aos homens. 
Corroborando, segundo Stradioto17 realizou uma pesqui-
sa quanto a ergonomia durante atividade de trabalho e com 
número de amostra com cerca de 22 indivíduos. Mostra em 
seus estudos que o nível maior de alteração postural foi em 
pelve com retroversão.
Já por sua vez a tabela 3, trás consigo os desvios postu-
rais relacionado ao membro inferior.
Tabela 3: Desvios posturais do membro inferior.
Joelho valgo n=5
Joelho varo n=76
Joelho flexo n=16
Joelho recurvato n=65
Joelho rotação inter n=5
Joelho rotação exter n=76
Arco do pé normal n=12
Arco do pé normal n=36
Arco do pé cavo n=33
Halux valgo n=68
Halux varo n=13
Fonte: próprio autor (2019)
Na pesquisa, os autores de Stradioto e Amaral18 relatam 
que a avaliação postural é um instrumento muito importante 
onde serão avaliadas todas as alterações posturais. No seu es-
tudo teve o intuito de conhecer quais eram os desvios posturais 
mais comuns, em uma amostra de 46 profissionais e as altera-
ções posturais mais comuns foram de joelho em varo. Sendo 
que também há muitos autores da área que considera esse tipo 
de desvio postural como algo comum ao sexo masculino. 
Segundo Castro19 afirmaram em seus estudos que os prin-
cipais desvios, não trás consigo nenhuma alteração funcional 
ou laboral há esse tipo de profissional, colocando em questão 
a avaliação postural pelo fato de não trazer nenhuma alteração 
funcional ou estrutural que traga prejuízos aos portadores.
Conclusão 
Deste modo, é possível constatar que a profissão de pe-
dreiro apresenta vários riscos ao desenvolvimento de altera-
ções posturais, devido à postura inadequada e prolongada, 
exigida em seu ambiente profissional. Tendo como princi-
pais prevalências de desvios foram os desvios de retroversão 
pélvica e escapular. Recomendam-se estudos complementa-
res, a fim de determinar estratégias para minimização dos 
desvios posturais, consequentemente, podendo ajudar na re-
dução de desvios posturas nessa profissão e melhorando sua 
qualidade de vida.
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Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
300
Artigo Original
Análise do conhecimento populacional sobre
a atuação da fi sioterapia na atenção básica
Analysis of populational knowledge 
on physiotherapy acting in basic care
Abigail Ada Barbosa da Silva1, Daniela Maria Silva Maia2, 
Lucas Ewerton Rodrigues Gomes3,Stelane Carneiro Albuquerque4
1. Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade do 
Vale do Jaguaribe, Cursando Residência Mul-
tiprofi ssional em Saúde da Família - UERN – 
PMM, Aracati, CE, Brasil, 
2. Especialista em Traumato-Ortopedia com Ên-
fase em terapia manual pelo Centro Univer-
sitário Estácio do Ceará; Bacharel em Fisio-
terapia pelo Centro Universitário Estácio do 
Ceará, Aracati, CE, Brasil, 
3. Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade do 
Vale do Jaguaribe, Pós graduado em Saúde 
Pública pela Faculdade de Venda Nova do 
Imigrante – FAVENI, Aracati, CE, Brasil.
4. Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade do 
Vale do Jaguaribe, Pós Graduanda em Tera-
pia intensiva pela Unichisthus, Aracati, CE, 
Brasil. 
Endereço para correspondência: Lucas Ewerton 
Rodrigues Gomes – Rua Epitácio Pessoa 195 – 
Bom Jardim – Mossoró – (88) 99247-2313
 E-mail: lucasewerton2013@gmail.com.
 e-mail: abigailadabarbosa@gmail.com
 e-mail: danimsmaia@gmail.com
 e-mail: stelanealbuquerquejes@gmail.com
Recebido para publicação em 28/11/2020 e acei-
to em 29/12/2020, após revisão.
Resumo 
A fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios 
cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados 
por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. O objetivo desta pes-
quisa foi analisar o conhecimento de usuários e não usuários de fisioterapia sobre a 
profissão na atenção básica. O estudo utilizou-se de abordagem quantitativa e com-
parativa do tipo descritiva, observacional e transversal. Obteve-se uma amostra total 
de 133 indivíduos, sendo divididos em dois grupos, o G1 de usuários de fisioterapia 
formado por 23 pessoas e o G2 de não usuários dos serviços de fisioterapia com 110 
pessoas, os participantes da pesquisa foram avaliados através de um questionário 
semi estruturado dividido em 3 partes, uma com perguntas sóciodemográficas, após 
conhecimentos gerais sobre a fisioterapia, em seguida conhecimentos específicos. 
No test T de student observou-se que não houve diferença significativa entre o co-
nhecimento de ambos grupos sobre a fisioterapia. Percebe-se que há de fato um des-
conhecimento ainda por parte da população de modo geral em ambos os grupos em 
determinadas áreas da fisioterapia, mas que ainda assim ser usuário da fisioterapia 
contribui para uma melhor percepção sobre a profissão e sua atuação.
Palavras-chave: população, conhecimento, fisioterapia.
Abstract
Physical therapy is a health science that studies, prevents and treats intercurrent 
functional kinetic disorders in organs and systems of the human body, generated by 
genetic alterations, trauma and acquired diseases. The objective of this research was 
to analyze the knowledge of users and non-users of physical therapy about the pro-
fession in primary care. The study used a quantitative and comparative descriptive, 
observational and cross-sectional approach. We obtained a total sample of 133 indi-
viduals divided into two groups, the G1 of physiotherapy users formed by 23 people 
and the G2 of non-users of physiotherapy services with 110 people. The research 
participants were evaluated using a semi-questionnaire. It is divided into 3 parts, one 
with socio demographic questions, after general knowledge about physical therapy 
and then specific knowledge. Student’s T test showed that there was no significant 
difference between the knowledge of both groups about physical therapy. It is no-
ticeable that there is still a lack of knowledge on the part of the general population 
in both groups in certain areas of physical therapy, but still being a user of physical 
therapy contributes to a better perception about the profession and its performance.
Keywords: population, knowledge, physiotherapy.
301
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
Introdução
Atenção Básica (AB) é preferencialmente a principal 
porta de entrada dos usuários do Sistema Único de Saúde 
(SUS). Suas ações e serviços são realizados em uma área 
definida geograficamente, o que aproxima profissionais de 
saúde da realidade local proporcionando a criação de um vín-
culo e da longitudinalidade do cuidado1.
Desta maneira a atuação fisioterapêutica tem como ob-
jetivos promover a mobilidade humana, ponderando todas as 
suas formas e competências, “nas suas condições patológi-
cas, ou mesmo em suas repercussões psíquicas e orgânicas, 
com objetivos de preservar, manter, potencializar ou restau-
rar a integridade de órgão, sistema ou função’’2.
Sendo assim o reconhecimento da fisioterapia como 
profissão necessária para a saúde foi resultado do cresci-
mento de pessoas incapacitadas para o trabalho, isso aca-
bou se tornando motivo de preocupação. O aumento desse 
público foi um estímulo a perícia médica, e a criação de 
centros de reabilitação3.
A profissão de fisioterapia foi regulamentada no Brasil, 
no dia 13 de outubro de 1969. O Decreto-lei nº 938 reco-
nhece a profissão como nível superior, dando autonomia ao 
profissional para realização de “métodos e técnicas fisiote-
rápicos com a finalidade de restaurar, potencializar, assim 
como, manter a capacidade física do cliente4.
A fisioterapia, apesar de comemorar 50 anos de regula-
mentação e, portanto, ainda muito jovem em relação a outras 
profissões da saúde, tem avançado bastante na produção de 
conhecimento específico e na incorporação desses resultados 
na prática clínica diária com o paciente, ou mesmo, a popu-
lação que utiliza os serviços fisioterapêuticos5.
A percepção popular sobre a fisioterapia pode ser avaliada 
tanto pelos pacientes que foram atendidos, quanto pela expe-
riência de membros da família, amigos e assim como também 
pela comunidade. É importante para a profissão que a popu-
lação saiba o que realmente é a fisioterapia e quais as suas6.
Acredita-se que o desconhecimento da população a res-
peito da atuação do fisioterapeuta, é um importante motivo 
de limitação do acesso da comunidade a esses serviços. Mas 
acrescenta-se que esse fato é agravado pela percepção, em 
uma esfera mais ampla, da saúde segundo o modelo hospita-
locêntrico, de atenção centrado basicamente na doença, que 
se opõem aos princípios da Atenção Básica7.
Pinheiro8 defende que para entender melhor a fisiotera-
pia como profissão, é preciso compreender a sua evolução, 
as diretrizes curriculares que competem ao profissional assim 
como as normas leis e órgãos regulamentadores, buscando-se 
conhecer as suas áreas de atuação e os recursos utilizados.
Obteve-se como problemática entender o que a popula-
ção conhece sobre as áreas de atuação da fisioterapia. Suge-
re-se que, a facilidade de acesso a grandes volumes de infor-
mações tanto para pesquisas científicas como para populares, 
sem metodologias que assegurem a confiabilidade das in-
formações e a integridade do conteúdo podem dificultar o 
acesso a informações reais e precisas, e por consequência 
a compreensão popular sobre o assunto de forma completa.
Tem-se como relevância a contribuição científica para 
reconhecimento das dificuldades no conhecimento por parte 
da população assim como uma base para elaboração de me-
canismos de educação popular.
O presente estudo teve como objetivo analisar o conhe-
cimento populacional sobre a atuação da fisioterapia nas áre-
as de promoção, prevenção e tratamento. Assim como identi-
ficar como a população entende o papel do fisioterapeuta na 
saúde, e os pontos onde a população ainda entende errado a 
atuação fisioterapêutica, analisou ainda os fatores limitantes 
para que a informação chegue de maneira precisa e coerente 
comparando o nível de conhecimento sobre a fisioterapia no 
grupo de usuários e não usuários do serviço
Metodologia
O presente estudo constituiu-se por uma pesquisa quantita-
tiva, comparativa do tipo descritiva, observacional e transversal. 
A pesquisa realizou-se no município de Aracati-CE, 
de setembro a novembro de 2019. Em Unidades básicas 
de saúde e em uma Clínica escola da Faculdade do Vale 
do Jaguaribe.
A partirda população estimada de acordo com o IBGE 
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2018, 
que é de 74.084 pessoas, uma amostra não probabilística de 
270 pessoas foi calculada pelo aplicativo Epi Info com 90% 
de confiabilidade, frequência esperada de 50%, limite de 
confiança de 5%, baseado nessa estimativa alcançou-se um 
número total de 141, sendo que destes aqueles que se encai-
xaram nos critérios de inclusão e exclusão foram somente 
133 sendo esta a amostra final.
Teve-se como critérios de inclusão indivíduos aptos e 
com disponibilidade de tempo para aplicação do questioná-
rio, incluindo pessoas do sexo masculino ou feminino, com 
faixa etária entre 18 anos e 60 anos, usuários e não usuários 
da fisioterapia, capazes de realizar a leitura do questionário e 
que concordem em participar da pesquisa.
Como critérios de exclusão estão indivíduos sem dis-
ponibilidade de tempo, ou que não consigam responder o 
questionário aplicado, pessoas com atraso ou deficiência 
mental, deficiência visual ou auditiva, pessoas sob uso de 
substâncias psicoativas, com faixa etária inferior a 18 anos e 
superior a 60 anos de idade, profissionais de saúde ou ainda 
aqueles que não concordassem em participar da pesquisa.
Dividiu-se em dois grupos, sendo o grupo G1, formado 
por usuários de fisioterapia e o grupo G2, por não usuários 
de fisioterapia. Através destes dados foi possível mensurar 
o conhecimento populacional assim como as áreas que são 
facilmente identificadas, bem como, as áreas pouco reconhe-
cidas entre o público.
Os objetivos e procedimentos do estudo foram explica-
dos aos indivíduos de modo que aqueles que aceitaram parti-
cipar da pesquisa assinaram um termo elaborado baseado na 
resolução 510/20169. Este estudo foi submetido, avaliado e 
aprovado pelo comitê de Ética em pesquisa pelo comitê União 
de educação e Cultura Vale do Jaguaribe Ltda. com o número 
de protocolo 3.606.055, CAAE: 18538319.4.0000.9431.
Resultados
 A coleta de dados da pesquisa foi realizada durante os 
meses de setembro e outubro de 2019 com 141 participantes, 
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
302
dentro dos critérios de exclusão mencionados anteriormente 
foram selecionados um total de 133 indivíduos, sendo dividi-
dos em dois grupos, o G1 formado por usuários de fisioterapia 
com 23 pessoas e, o G2 composto por não usuários de fisiote-
rapia com 110 pessoas. O grupo G1 foi composto por 48% do 
sexo masculino e 52% do sexo feminino, no grupo G2 tem sua 
composição predominantemente por mulheres sendo 72,72% 
e 27,28% por homens. Em relação à idade teve-se uma média 
de 42,13 no grupo G1 e 34,69 no grupo G2.
Quanto à escolaridade percebeu-se no grupo G1 que 
4,35% nunca estudaram, 4,35% ensino fundamental incom-
pleto, 8,70% ensino médio incompleto, 39,12% ensino mé-
dio, 43,47% ensino superior. No grupo G2: 2% nunca es-
tudaram,7% ensino fundamental incompleto, 11% ensino 
fundamental, 20% ensino médio incompleto, 46% ensino 
médio e 14% ensino superior.
 Perguntou-se inicialmente se os participantes já tinham 
ouvido falar sobre o termo fisioterapia. O grupo G1 respondeu 
na sua totalidade que já tinha ouvido falar. No grupo G2, 99% 
das pessoas responderam que já tinha ouvido falar, 1% não 
tinha ouvido falar. Sobre conhecimentos gerais, no grupo G1 
61% afirmaram saber o que é fisioterapia e 39% responderam 
saber pouco. Já no grupo G2, 52% afirmaram saber o que é 
fisioterapia, 3% não sabem e 43% disseram saber pouco, ha-
vendo ainda 2% que não marcaram nenhuma das opções. 
Quanto à associação ao nome fisioterapia pode-se obser-
var na tabela 1. Nessa etapa o participante poderia assinalar 
mais de uma alternativa.
Tabela 1: Conhecimentos específicos sobre a fisioterapia.
Variáveis G1 G2
Reabilitação 17 (15,32%) 63 (14,89%)
Acupuntura 7 (6,31%) 27 (6,38%)
Massagem 12 (11,71%) 65 (15,37%)
Educação alimentar 0 (0%) 8 (1,89%)
Promoção de saúde 6 (5,42%) 18 (4,26%)
Curativos 2 (1,8%) 5 (1,18%)
Educação postural 8 (7,21%) 41 (9,7%)
Prevenção 5 (4,5%) 10 (2,36%)
Alongamento 15 (13,5%) 58 (13,71%)
Ventosa 11 (9,9%) 20 (4,73%)
Tens 7 (6,31%) 15 (3,55%) 
Exercício 13 (11,71%) 63 (14,89%)
Hidroginástica 7 (6,31%) 30 (7,09%)
Fonte: Dados da pesquisa 2019.
 Perguntou-se ainda, por qual meio os indivíduos conhece-
ram a referida profissão, no grupo G1 obteve-se os seguintes 
resultados: 11% conheceram através dos meios de comunica-
ção, 27% através de um profissional, 4% escola, 16% amigos, 
13% família, 29% atendimento. No grupo G2: 19% conhece-
ram através dos meios de comunicação, 22% através de um 
profissional, 9% escola, 4% eventos e feiras, 14% amigos, 9% 
família, 20% atendimento e 3% que ainda não conhece.
Para mensurar a diferença do conhecimento entre os gru-
pos aplicou-se o test T de student de amostras independentes 
com a utilização do programa Bioestat 5.3. A variância no 
grupo G2 foi maior devido ao seu número de participantes 
ser superior, obtendo assim o valor de p 0,442 apresenta re-
sultado não estatisticamente relevante (p<0,05) entre os gru-
pos, indicando que não há diferença no conhecimento entre o 
público usuário e o não usuário.
No grupo G1 29% classificaram seu conhecimento em 
suficiente, 8% insuficiente e 63% gostariam de saber mais. 
No grupo G2: 21% classificaram seu conhecimento em su-
ficiente, 11% insuficiente e 68% gostariam de saber mais.
Foi avaliado, ainda, as áreas da fisioterapia as quais, os 
participantes tinham ouvido falar, dentre as referidas pros-
pectivas estavam inclusas opções que não são competência 
da profissão (tabela 2). 
Tabela 2: Conhecimentos específi cos sobre a fi sioterapia.
Variáveis G1 G2
Acupuntura 15 (13,9%) 33 (8%)
Fisioterapia aquática 9 (8,4%) 56 (13%)
Fisioterapia veterinária 1 (0,9%) 14 (3%)
Fisioterapia esportiva 13 (12,1%) 47 (11%)
Fisioterapia em gerontologia 2 (1,9%) 5 (1%)
Fisioterapia do trabalho 7 (6,5%) 27 (6%)
Fisioterapia neurofuncional 5 (4,7%) 21 (5%)
Fisioterapia em doenças
sexualmente transmissíveis 2 (1,9%) 13 (3%)
Fisioterapia respiratória 15 (14%) 40 (9%)
Fisioterapia traumato-ortopédica 13 (12,1%) 58 (13%)
Fisioterapia farmaco hospitalar 2 (1,9%) 11 (3%)
Fisioterapia em osteopatia 4 (3,7%) 16 (4%)
Fisioterapia psiquiatria 0 (0%) 12 (3%)
Fisioterapia em quiropraxia 3 (2,8%) 5 (1%)
Fisioterapia em saúde da mulher 5 (5%) 18 (4%)
Fisioterapia em terapia intensiva 5 (4,7%) 25 (6%)
Fisioterapia na saúde da família 1 (0,9%) 10 (2%)
Fisioterapia em oncologia 1 (0,9%) 6 (1%)
Fisioterapia cardiovascular 3 (2,8%) 9(2%)
Fisioterapia dermatofuncional 1 (0,9%) 9(2%)
Fonte: Dados da pesquisa 2019.
Questionou-se por último quais áreas seriam de atribui-
ção do fisioterapeuta, dentre as opções foram apresentadas 
competências de outras profissões e obteve-se como resulta-
do no grupo G1: 3% marcou como competência o preparo de 
gestantes para o parto e aleitamento materno, 3% atividades 
físicas e orientações quanto ao autocuidado para diabéticos, 
6% atividades físicas e orientações para melhorar a qualida-
de de vida de hipertensos.
Obteve-se 7,5% quanto a orientação e estimulação a crianças 
com atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, 7,5% assistên-
cia e orientação sobre prevenção de escaras, posicionamento em 
pessoas acamadas, 9% assistência e orientação sobre analgesia, e 
retorno às atividades funcionais, 4% orientação sobre prevenção 
de agravos crônico-degenerativos e manutenção da saúde.
Teve-se como resultado ainda 11% treino de marcha 
para pessoas com dificuldade para andar, 4% higienização 
brônquica e orientação respiratória para diferentes faixas 
etárias, 13% assistência especializada e/ou reabilitação para 
deficientes físicos, 8% orientação a idosos quanto à preven-
ção de quedas, 10%orientação quanto a postura, 4% autocui-
dado para cuidadores de pessoas acamadas, 9% assistência 
especializada e/ou reabilitação para amputados com ou sem 
próteses, 1% receita de medicamentos.
No grupo G2: 4% marcou como competência o preparo 
de gestantespara o parto e aleitamento materno, 4% ativi-
303
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
dades físicas e orientações quanto ao autocuidado para dia-
béticos, 7% atividades físicas e orientações para melhorar a 
qualidade de vida de hipertensos, 8% orientação e estimu-
lação a crianças com atraso do DNPM, 10,5% assistência e 
orientação sobre prevenção de escaras, posicionam em pes-
soas acamadas, 7% assistência e orientação sobre analgesia, 
e retorno às atividades funcionais.
Apenas 2% marcaram orientação sobre prevenção de 
agravos crônico-degenerativos e manutenção da saúde, 9% 
treino de marcha para pessoas com dificuldade para andar, 
4% higienização brônquica e orientação respiratória para 
diferentes faixas etárias, 11% assistência especializada e/ou 
reabilitação para deficientes físicos, 9% orientação a idosos 
quanto à prevenção de quedas, 8%orientação quanto a pos-
tura, 6% autocuidado para cuidadores de pessoas acamadas, 
6,5% assistência especializada e/ou reabilitação para ampu-
tados com ou sem próteses, 1% coleta de sangue para exa-
mes, 2% troca de curativos, 1% receita de medicamentos.
Discussão
Pode-se inferir através dos dados da pesquisa que a pro-
cura pelos serviços de saúde em ambos grupos foi na sua 
maioria pelo público feminino. Martins e Modena10 reforçam 
que o número de consultas femininas tem sido cerca de duas 
vezes maior que o número de consultas masculinas, refor-
çando que os homens ainda encontram barreiras para utiliza-
ção dos serviços de saúde ofertados. As barreiras do público 
masculino até os serviços estão diretamente relacionadas às 
suas percepções e comportamentos culturais sobre o cuidado 
à saúde, o que pode dificultar assim como aproximar o públi-
co dos serviços de saúde11. 
Na pesquisa o grupo G1 teve idade média de 42,13 anos 
apresentou prevalência de ensino superior completo, enquanto 
o grupo G2 com idade média de 34,69 teve nível de escolari-
dade com ensino médio completo. Quanto ao nível de escola-
ridade observou-se que no grupo G1 houve maior prevalência 
de pessoas com ensino superior completo, enquanto grupo G2, 
o maior índice apresenta ensino médio completo, que é diver-
gente com a pesquisa do IBGE12, que descreve que, no Brasil, 
o analfabetismo está diretamente associado à idade. 
Na pesquisa apesar da grande maioria já ter ouvido falar 
sobre a fisioterapia uma expressa quantidade de pessoas afirma-
ram não saber, ou saber pouco sobre área. Sacramento et al.13 
defende a hipótese de que o não planejamento e participação da 
população, ou mesmo não se ter um momento onde sejam apre-
sentadas as ações e serviços disponibilizados ao público pode 
interferir no conhecimento da população sobre a fisioterapia.
Observa-se ainda que os entrevistados em ambos os 
grupos responderam que a reabilitação seria a palavra que 
remeteria a fisioterapia, segundo Mendonça, Hamasaki, Ro-
drigues14 é preciso haver mudanças na formação acadêmica 
para os futuros profissionais de fisioterapia, desse modo é 
possível a visão da população comece a expandir, não tendo 
a fisioterapia apenas remetida a ações na saúde secundária 
ou terciária em um modelo reabilitador curativo, mas tam-
bém de maneira integral e preventiva.
A indicação por profissional e o atendimento representa-
ram uma das maiores porcentagens na pesquisa, 27% e 29% 
respectivamente no grupo G1 e 22% e 20% no grupo G2. 
Um resultado onde houve maior porcentagem dentre as de-
mais foi obtido também por Cattani, Borrille, Duran15 obten-
do um valor de 36,2% sendo por indicação médica, podendo 
relacionar, que o trabalho do profissional de fisioterapia tem 
sido indicado cada vez mais pela equipe, o que só reforça os 
dados encontrados e apresentados na tabela.
Ibiapina et al.16 destaca que a educação popular é um me-
canismo que traz autonomia para o usuário dos serviços de 
saúde, fomentando a importância da ação multiprofissional e 
a interdisciplinaridade no atendimento, havendo a troca dos 
saberes científicos e popular. Desta maneira, o usuário do ser-
viço de saúde conhece os serviços que lhes são ofertadas.
Não somente a população, mas os gestores e membros 
da equipe de saúde reconhecem o papel do fisioterapeuta no 
seu núcleo, e entendem a importância do mesmo para a me-
lhoria ¬ uma melhora na qualidade da assistência3.
Nos dois grupos descritos ao avaliar o seu conhecimento 
a maioria marcou que gostaria de saber mais representando 
um percentual de 63 e 68%, grupo G1 e G2 respectivamente.
Sacramento et al.13 em seu estudo obteve um percentual 
de 98% de pessoas que também afirmavam querer saber mais 
sobre os tratamentos fisioterapêuticos, porem apenas 20% 
desses tiveram acesso a essa informação. O autor afirma que 
80% da população amostral afirmou não ter conhecimento 
sobre a fisioterapia como forma de tratamento, corroborando 
com os dados apresentados na pesquisa.
 Sendo assim, é possível inferir que o conhecimento entre os 
dois grupos não demonstrou diferença estatisticamente signifi-
cante. Todavia, é notório que, ser usuário da fisioterapia impli-
cou em um reconhecimento maior sobre a atuação da profissão. 
São especialidades da fisioterapia reconhecidas pelo Co-
ffito2 a acupuntura, fisioterapia aquática, fisioterapia cardio-
vascular, fisioterapia dermatofuncional, fisioterapia espor-
tiva, fisioterapia do trabalho, fisioterapia neurofuncional, 
fisioterapia em oncologia, fisioterapia respiratória, fisiote-
rapia traumato-ortopédica, fisioterapia em osteopatia, fisio-
terapia quiropraxia, fisioterapia em saúde da mulher, fisio-
terapia em terapia intensiva, fisioterapia em gerontologia, 
fisioterapia em saúde coletiva. 
Foi avaliado ainda as áreas da fisioterapia as quais os par-
ticipantes tinham ouvido falar, dentre as referidas prospectivas 
estavam inclusas opções que não são competência da profissão. 
Destacando o item saúde da mulher, o mesmo recebeu 
uma porcentagem expressamente pequena, e por se tratar de 
um público majoritariamente feminino, é possível perceber 
que as mulheres ainda não reconhecem o trabalho da fisiote-
rapia nesta especialidade. 
 Zago et al.17 na sua pesquisa sobre a Incontinência Uri-
nária 46,3% das pessoas não tinham conhecimento sobre o 
assunto e nenhum, somando um total de 136 participantes 
sabiam sobre a existência de um tratamento fisioterapêutico.
 O item fisioterapia respiratória obteve também uma pontua-
ção elevada em ambos os grupos o que difere da fisioterapia on-
cológica, por exemplo, que obteve apenas 1% nos dois grupos. 
Um estudo parecido realizado por Santos e Teixeira18 
questionou sobre a atuação do fisioterapeuta na prevenção do 
câncer, o público deveria marcar sim, não ou não sei. Apenas 
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
304
19,05% das pessoas marcaram saber sobre o assunto embora 
a fisioterapia tenha atuação desde a prevenção, como também, 
na parte de reabilitação que é fundamental nesse processo.
Foi possível identificar que algumas áreas que são de 
fundamental relevância dentro da profissão como, por exem-
plo, a fisioterapia em quiropraxia foram pouco marcadas ao 
comparar com outras áreas que não são de competência da 
profissão como, por exemplo, fisioterapia em doenças sexu-
almente transmissíveis ou mesmo fisioterapia veterinária, 
percebendo-se que ainda há uma certa dificuldade no conhe-
cimento sobre todas as áreas de atuação do profissional.
O item acupuntura e fisioterapia traumato-ortopédica fo-
ram um dos itens mais marcados nos grupos de acordo com a 
pesquisa, o que reforça o que é descrito em Brasil1 indicando 
umas das funções do fisioterapeuta na atenção básica é atri-
buída ao trabalho reabilitador e na acupuntura.
É possível avaliar através dos dados obtidos pela pesqui-
sa que a população ainda confunde as ações do fisioterapeuta 
na atenção básica com os demais serviços de saúde acabando 
por marcar algumas competências e maior quantidade como 
por exemplo: coleta de sangue ou mesmo troca de curativos, 
mas de modo geral, as competênciasforam bem identifica-
das nos dois grupos avaliados.
No questionário, os itens de orientação a cuidados para 
diabéticos e hipertensão obteve-se o percentual de 3% no 
grupo G1 e 4% no grupo G2. Na pesquisa realizada por 
Santos e Teixeira18 observou que a população entende a im-
portância do profissional nesse setor, assim como também 
em outras áreas encontradas na referida tabela no que diz 
respeito aos cuidados a postura, o desenvolvimento neurop-
sicomotor infantil.
Conclusão
Percebe-se que há de fato um desconhecimento ainda 
por parte da população de modo geral em ambos os grupos, 
apesar da diferença não ser significante, nota-se que ser usu-
ário da fisioterapia contribui para uma melhor percepção 
sobre a profissão e sua atuação quando comparados os dois 
grupos. Fatores como a falta de planejamento e de partici-
pação da população, ainda desfavorecem o aumento tanto 
da procura quanto do próprio conhecimento de modo geral. 
Por fim recomenda-se a realização de mais pesquisas 
sobre a temática para que o tema seja difundido cada vez 
mais, o que favorece a diminuição das disparidades e tornar 
a profissão mais conhecida entre a população.
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305
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
Artigo Original
1. Fisioterapeuta, Pós graduanda em Fisioterapia 
em UTI Neonatal e Pediátrica/INTERFISIO, 
Rio de Janeiro, Brasil
2. Fisioterapeuta, Doutor em Psicologia, Mestre 
em Ensino na Saúde e Docente do curso de Pós 
Graduação/Interfi sio, Rio de Janeiro, Brasil
Endereço para correspondência:
 E-mail: fernanda.m.miller@gmail.com
Recebido para publicação em 26/11/2020 e acei-
to em 28/12/2020, após revisão.
Percepção sobre prematuridade e
práticas de apoio aos pais entre fi sioterapeutas
Perception of prematurity and
parenting practices among physical therapists
F.M. Miller1, L.D. Araujo2
Resumo 
Atualmente vem sendo amplamente discutido a importância de um atendimento 
humanizado e o cuidado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIN). Este estudo teve 
como objetivo analisar as percepções acerca da prematuridade e prática de apoio 
aos pais entre fisioterapeutas. Utilizamos o Questionário de avaliação do apoio da 
equipe de Enfermagem aos pais, que foi adaptado e Questionário de Evocação Livre 
com termo indutor “Prematuridade”.A coleta de dados foi realizada com 24 fisio-
terapeutas de ambos os sexos que atuam em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal 
do Estado do Rio de Janeiro. O resultado foi favorável acerca das práticas de apoio; 
tendo a percepção de prematuridade associado com fragilidade e imaturidade do 
RN, o que reforça as ideias de necessidade de cuidado humanizado. 
Palavras-chave: prematuridade, prática de apoio, unidade de terapia intensiva 
neonatal fisioterapia.
Abstract
The importance of a humanized care and Neonatal Intensive Care Unit (NICU) 
care has been widely discussed. This study aimed to analyze the perceptions about 
prematurity and practice of parental support among physiotherapists. We used the eva-
luation questionnaire for the support of the Nursing team to the parents adapted and 
Questionnaire of Free Evocation with inductive term “Prematurity”. Data collection 
was performed with 24 physiotherapists of both sexes who work in the Neonatal In-
tensive Care Unit of the State of Rio de Janeiro. The results point to the participants’ 
favorable perception of support practices; associating prematurity with fragility and 
immaturity of the newborn. This reinforces the need for humanized care.
Keywords: prematurity, support practice, neonatal intensive care unit physiotherapy.
Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
306
Introdução
 A prematuridade é definida quando o parto acontece an-
tes do termo. São classificados prematuros os nascidos antes 
de 37 semanas de gestação. A cada ano no mundo nascem 
15 milhões de bebês prematuros, o Brasil aparece em déci-
mo lugar, com 279,300 mil partos prematuros por ano1. 
O nascimento de um bebê prematuro gera mudanças em 
toda estrutura familiar, interferindo diretamente nas expec-
tativas que precedem a perinatalidade. As progenitoras se 
encontram em um novo ambiente, fazem parte da rotina hos-
pitalar e consequentemente são afastadas do ciclo familiar e 
social por dedicação ao cuidado do seu filho, o que simulta-
neamente desencadeiam diversos sentimentos, incluindo os 
que envolvem as suas próprias expectativas2-4. 
 Em alguns casos são estabelecidas relações de conflitos 
entre mães e profissionais de saúde, tornando a presença ma-
terna desconfortável, desenvolvendo sensações de sofrimen-
to e tristeza. Essas relações ficam mais evidentes quando os 
profissionais de saúde não geram empatia pelo sentimento 
das mães. É de grande importância a construção de um am-
biente acolhedor e humanizado para que as mães se sintam 
participantes da atenção e cuidado por parte da equipe2-5. 
A Fisioterapia tem apresentado resultados significan-
tes e satisfatórios, inserida precocemente no auxílio do de-
senvolvimento do Neonato. A atuação do fisioterapeuta em 
Unidade de Terapia Intensiva favorece a alta hospitalar pre-
coce, evitando complicações futuras. Sendo assim esse fator 
é compensatório para os familiares, equipes e consequente-
mente gera uma redução de despesas hospitalares e aumento 
da rotatividade de leitos6. 
O objetivo desse estudo foi analisar as percepções acerca da 
prematuridade e prática de apoio aos pais entre fisioterapeutas.
 
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo qualiquantitativo trans-
versal, com amostra de 24 fisioterapeutas.
Todos os voluntários envolvidos no estudo receberam 
os devidos esclarecimentos e assinaram o termo de consen-
timento livre e esclarecido.
 A coleta de dados foi realizada através do questionário 
de evocação livre, questionário sociodemográfico e questio-
nário avaliação do apoio da equipe de enfermagem aos Pais 
adaptado; executados nessa ordem, uma vez que a evocação 
é uma forma de coleta de dados mais sensível.
 No questionário de evocação livre utilizamos o termo 
indutor “Prematuridade”, sendo solicitado que o partici-
pante escrevesse as cinco primeiras palavras que viessem a 
mente quando pensasse no termo.
 O questionário sociodemográfico foi elaborado pelo pes-
quisador contendo questões fechadas, a fim de colher informa-
ções importantes sobre a população estudada. Com perguntas 
objetivas, visando identificar aspectos pessoais do participante.
Questionário de avaliação do apoio da equipe de enfer-
magem aos pais é uma adaptação transcultural e validação do 
instrumento de pesquisa Nurse Parent Support Tool (NPST), 
desenvolvido por Miles, Carlson e Brunssen (1998), espe-
cifico para UTIN. É um instrumento semiestruturado, com 
escala do tipo Likert, contendo 21 itens cuja as alternativas 
de resposta seguem a seguinte pontuação: 1-Nunca; 2- Ra-
ramente; 3-As vezes; 4- Na maioria das vezes; 5- Sempre. A 
escala contém as principais dimensões funcionais do apoio, 
descrita na literatura: apoio informativo, apoio emocional, 
apoio cognitivo e apoio instrumental. Embora esse questio-
nário esteja destinado a enfermeiros, foi utilizado nesse estu-
do, pois atendia o objetivo de conhecer as práticas de apoio 
aos pais. Sendo necessário apenas a mudança no destino das 
questões como por exemplo no item 15 que afirma “Pres-
tou um bom cuidado ao meu filho(a)”, passamos a afirmar 
“Presta um bom cuidado ao RN”. Os resultados quantitativos 
foram analisados através de medidas de tendência central.
Com relação a análise qualitativa, as palavras evocadas que 
construíram o corpus dessa pesquisa foram tratadas conforme os 
procedimentos usuais do programa computacional IRAMuTeQ 
(Interface de R pour les analyses multidimensionnelles de textes 
et de questionnaires) para análise prototípica e de similitude.
A análise prototípica ocorreu em duas etapas: a primei-
ra baseia-se no cálculo de frequências e ordens de evocação 
das palavras, enquanto que uma segunda etapa se centra na 
formulação de categorias englobando as evocações e avalia 
suas frequências, composições e conexidade. As palavras 
evocadas têm duas de suas coordenadas calculadas; a fre-
quência no corpus do grupo e a ordem média de evocação.
O cruzamento dessas coordenadas gera quatro zonas que 
caracterizam a tabela de resultados da análise prototípica. A 
zona do núcleo central compreende palavras de alta frequên-
-cia e baixa ordem de evocação, formada pelas respostas 
fornecidas por grande número de participantes e evocadas 
prontamente. As demais zonas referem-se a elementos que 
muito provavelmente são periféricos. Assim, a análise pro-
totípica baseia-se no quanto antes uma pessoa se lembra de 
uma palavra, maior é a representatividade dessa palavra num 
grupo formado por pessoas com perfil semelhante; princípio 
conhecido como lei de Marbe. Para a análise prototípica foi 
descartado as palavras hápax, ou seja, aquelas que foram ci-
tadas apenas uma vez. Foram estabelecidas as relações entre 
a frequência e o ordenamento das palavras evocadas.
Foi aplicada a análise de similitude que se baseia na te-
oria dos grafos e possibilita identificar a conexidade entre as 
palavras. Nessa análise, foi utilizado o índice de Jaccard (IJ). 
Este índice traduz a proporção da interseção de aparição de 
duas evocações sobre o total de aparições, a fim de analisar a 
força de conexão entre as ideias.
Resultado e discussão
Perfil dos participantes
Esse estudo foi composto por 24 fisioterapeutas com 
idade média 34,70 anos (dp=7,28), tempo médio de formação 
130,25 meses (dp= 95,78); tempo médio de atuação em UTIN 
67,38 meses (dp= 50,87); sendo 19 participantes do gênero 
feminino (79,2%) com idade média de 32,68 anos (dp= 6,64) 
e 5 partipantes do gênero masculino (20,8%) com idade média 
masculina 42,40 anos (dp=3,64) que atuam em UTIN do esta-
do do Rio de Janeiro. A pesquisa mostra que o tempo médio 
de atuação em UTIN foi de 67,38 meses (dp=50,87), variando 
de 12 meses a 144 meses, mostrando que atuação da Fisiotera-
pia é relativamente nova em relação as demais, o que justifica 
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Fisioterapia Ser • vol. 15 - nº 4 • 2020
não ter profissionais tão antigos. Poucos estudos abordam as 
singularidades do campo de atuação do Fisioterapeuta que tra-
balha com RN em ambiente de UTIN7. 
A área de atuação do

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