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Livro Digital - Fundamentos da Microbiologia - Unidade 1 - Tópico 1- BIOLOGIA (BIO12) - UNIASSELVI (Microbiologia como ciência; princípios básicos de funcionamento dos microscópios; progresso da Micro

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conhecer alguns fatos históricos que contribuíram para o reconhecimento da
Microbiologia como ciência;
conhecer os princípios básicos de funcionamento dos microscópios e
compreender como a evolução desses aparelhos está relacionada ao
progresso da Microbiologia;
reconhecer os principais grupos de microrganismos;
compreender como os seres microscópicos são classi�cados.
MICROBIOLOGIA – FUNDAMENTOS
UNIDADE 1
A partir desta unidade você será capaz de:
HISTÓRIA DA MICROBIOLOGIA
TÓPICO 1
100
Prezado acadêmico! Em sua imaginação, quando você pensa em Microbiologia,
com certeza irá pensar em todos aqueles micróbios (microrganismos) que causam
doenças ou em seres tão repulsivos que, de tão pequenos, são invisíveis a olho nu.
Sua imaginação estará voltada também para aqueles indivíduos de roupas
brancas, sentados à frente de microscópios, em seus laboratórios, pesquisando
um mundo distante e pouco conhecido por você. É muito difícil para você, quando
pensar em Microbiologia, fazer qualquer relação desses seres com a vida na Terra.
1 INTRODUÇÃO100
Unidade 1 - Tópico 1 
Olhando ao seu redor, com certa atenção, você irá se deparar com um grande
trabalho microbiano. A ação microbiana é intensa e de extrema importância para o
ambiente e em todos os aspectos da vida humana. Seria impossível a vida na Terra
sem a presença deles.
Existem certas bactérias que absorvem o nitrogênio do ar, ajudando, com isso,
certos tipos de plantas a crescer. Juntamente com os fungos, degradam plantas
mortas, resíduos de esgotos, restos alimentares e óleos de derramamento. Muitas
bactérias são utilizadas nas indústrias de alimentos, na produção de drogas úteis
ao homem (antibióticos) e ao ambiente. É bom lembrar que nem sempre são
nocivas, ou seja, que provocam danos ao homem, apenas uma pequena
porcentagem é patogênica (causa doenças). Boa parte delas, na verdade, irá
melhorar a qualidade de vida na Terra através da reciclagem da matéria, dando
sustentação a muitos processos vitais que todos os organismos realizam. Podemos
dizer que a Terra é o que é hoje devido à ação dos microrganismos. É por isso que
o estudo da Microbiologia é importante.
A origem do termo microbiologia deriva de três palavras gregas: mikros: pequeno;
bios: vida e logos: ciência. Sendo assim, podemos de�nir Microbiologia como o
estudo da vida microscópica, ou seja, há a necessidade de estudá-la com o auxílio
de um microscópio.
Grandes são os obstáculos que os cientistas enfrentam quando estudam a origem
da vida na Terra. As transformações ocorridas na crosta terrestre �zeram com que
fossem apagados todos os vestígios dos primeiros seres vivos. Para Pelczar, Chan e
Krieg (1997a), as deduções feitas pelos cientistas com relação à origem dos
microrganismos datam de quatro bilhões de anos atrás. Segundo os cientistas,
eles teriam surgido de um material orgânico complexo em águas oceânicas ou de
prováveis nuvens que circundavam nossa Terra primitiva. No mesmo raciocínio,
Pelczar, Chan e Krieg (1997a) a�rmam que, sendo esses os primeiros indícios de
vida na Terra, os microrganismos são considerados os ancestrais de todas as
outras formas de vida.
Apesar dos microrganismos existirem há tanto tempo, a Microbiologia se
apresenta como uma ciência extremamente jovem. Segundo Pelczar, Chan e Krieg
(1997a), os pesquisadores observaram os microrganismos pela primeira vez há
300 anos. O detalhe interessante dessa descoberta é que essa informação não foi
compreendida no início, pois somente 200 anos após essa descoberta é que a
importância dos microrganismos foi reconhecida.
As várias tentativas cientí�cas de se conseguir maiores conhecimentos a respeito
dos microrganismos contribuíram de forma intensiva para o reconhecimento da
2 MICROBIOLOGIA COMO UMA CIÊNCIA-
Unidade 1 - Tópico 1 
Microbiologia como ciência. Na segunda metade do século XIX houve a
comprovação, por parte dos cientistas, de que os microrganismos eram originados
de pais iguais a eles próprios e não de causas sobrenaturais, como se acreditava
na época, e muito menos de plantas e animais em putrefação (Teoria da
Abiogênese).
Uma dúvida que sempre tivemos é se os micróbios são anteriores à
fermentação ou resultado dela. Você já parou para pensar nisso? Vejamos, a
seguir, o que Pelczar, Chan e Krieg (1997) descobriram.
Segundo Pelczar, Chan e Krieg (1997a), em um momento mais adiante, os
estudiosos do assunto provam que os micróbios não são o resultado, mas sim a
causa dos processos fermentativos da uva para produção do vinho. Outra
descoberta muito importante foi a de que apenas um tipo especí�co de micróbio
causaria uma doença especí�ca. Para Pelczar, Chan e Krieg (1997a), todas essas
informações trouxeram a compreensão e o reconhecimento da in�uência crítica
dessas novas formas de vida sobre a saúde e o bem-estar do homem. Outro dado
importante que os microbiologistas puderam aprender durante o início do século
XX foi a de observar a capacidade que os micróbios possuem de realizar uma
grande variedade de reações químicas, ou seja, de possuírem a capacidade de
quebrar substâncias e a de sintetizar novos compostos. Após todas essas
descobertas, cria-se a expressão diversidade bioquímica como uma forma de
caracterizar microrganismos. Outra observação valiosa que os microbiologistas
�zeram foi quanto às reações químicas realizadas pelos microrganismos. Essas
reações assemelham-se àquelas que ocorrem em formas de vida superiores.
A partir de agora vamos estudar as principais teorias para explicar a origem
da vida em nosso Planeta.
Tentar entender de onde surgiram os seres vivos sempre ocupou a mente da
maioria das pessoas e, em razão disso, diversas explicações foram construídas ao
3 ORIGEM DA VIDA100
Unidade 1 - Tópico 1 
longo da história da humanidade. Filósofos gregos tentaram explicar o surgimento
da vida na Terra. Entre eles está Aristóteles que, há mais de 2000 anos, já se
preocupava com o problema e lançou inúmeros postulados que iriam guiar por
muito tempo as diversas áreas do conhecimento. Entre as várias ideias sobre a
origem da vida, uma delas ganhou destaque: a do “princípio ativo” ou “princípio
vital”.
Segundo Aristóteles, a existência de um “princípio ativo” era capaz de
produzir matéria viva a partir de matéria bruta, desde que em condições
favoráveis (UZUNIAN; PINSETA; SASSON, 1991). Em uma sequência de
eventos, segundo Aristóteles, esse “princípio ativo” tinha o poder de se
organizar de tal forma que acabariam por determinar o aparecimento de um
ser vivo (“princípio vital”).
Essa teoria conhecida por abiogênese ou geração espontânea teve ampla
aceitação até há pouco mais de um século. Muitos anos depois de Aristóteles,
vários cientistas famosos ainda acreditavam na geração espontânea.
Para citar um caso muito interessante, no século XVII, Jean Baptiste Van Helmont,
médico belga, escreveu uma receita para produzir camundongos em 21 dias a
partir de uma camisa suja colocada em contato com germe de trigo.
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3dPXg2P>. Acesso em: 27 nov. 2010.
Não existia na época o conhecimento sobre métodos cientí�cos. A geração
espontânea para o pensamento dominante na época era algo tão evidente que
não tinha de ser testado.
Para você ter uma ideia, muitos daquela época acreditavam que de cascas
de árvores à beira de um lago originavam-se gansos ou que algumas árvores
davam frutos que continham carneiros completamente formados dentro
deles. Sapos e tartarugas surgiam a partir de fontes de água. Folhas de
árvores que caíam sobre lagos originavam patos. Insetos em geral surgiam
de fezes de animais ou de qualquer outro material em putrefação.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3dPXg2P
Com o desenvolvimento do conhecimento, vamos encontrar o início de uma
investigação cientí�ca moderna sobre o problema da origem da vida nos trabalhos
de Francesco Redi (1626-1697), biólogo e médico de Florença (Itália), em meados
do século XVII (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). Através de seu trabalho, deu-se
início à fase de contestações sobre a abiogênese.Ficou demonstrado, pelas
experiências realizadas por Redi, que a vida só podia ser originada de vida pré-
existente – a biogênese.
Vamos estudar agora como Redi tentou derrubar a Teoria da Abiogênese
através de um experimento simples.
Em seu experimento, Redi colocou alguns pedaços de animais mortos em frascos
de boca larga, vedando alguns deles com uma gaze bem �na e deixando outros
abertos (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). Nos frascos não cobertos pela gaze,
moscas entravam e saíam livremente onde mais tarde surgiam “vermes”. Nos
frascos que estavam cobertos pela gaze, que impedia a entrada das moscas, não
surgiu nenhum verme, mesmo depois de alguns dias (Figura 1).
Prezado acadêmico! Para enriquecer os seus estudos, no Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA), no link material de apoio, estão disponíveis todas as
imagens deste Livro Didático na versão colorida. Se acaso você não
conseguir visualizar, peça ajuda ao(à) seu(sua) Professor(a)-Tutor(a)
Externo(a) para que faça a apresentação dessas imagens em um dos
Encontros Presenciais da disciplina.
FIGURA 1 – EXPERIMENTO DE REDI
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/37gQl0d>.
No experimento de Redi, que contrariava a geração espontânea, pode-se observar
nos frascos tampados com gaze que nenhuma larva aparece (PELCZAR; CHAN;
KRIEG, 1997a). Nos frascos abertos, onde as moscas podem entrar e colocar seus
ovos sobre a carne, aparecem as larvas na carne da qual se alimentam.
Poderíamos imaginar que, após esse experimento, a teoria da geração espontânea
seria superada, porém ela ainda não estava derrotada. Para Black (2002), de nada
adiantava demonstrar que as larvas não surgiam espontaneamente, pois havia
muitos cientistas que ainda acreditavam na geração espontânea. Entre eles estava
o clérigo inglês John Needhan (1713-1781) que, em 1745, montou alguns
experimentos que reforçaram a ideia da origem da vida por abiogênese (PELCZAR;
CHAN; KRIEG, 1997a). Nesses experimentos, ele utilizou caldos nutritivos, como
caldo de galinha, carne e alguns tipos de sucos de vegetais, bem como alguns
outros tipos de líquidos que continham partículas alimentares. Esses caldos foram
colocados dentro de frascos e, após terem sido fervidos durante alguns minutos
para destruir os microrganismos, eram imediatamente vedados com rolha de
cortiça. Passados alguns dias, os caldos apresentaram-se repletos de
microrganismos. Needhan argumentou que a fervura eliminaria todos os seres
existentes no caldo inicial e como os frascos estavam tampados não haveria como
um ser vivo penetrar através das rolhas (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). A única
explicação de Needhan para a presença de microrganismos nos frascos era que
eles haviam surgido por geração espontânea (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a).
Um dos maiores opositores a Needhan era o clérigo e cientista italiano Lazzaro
Spallanzani (1729-1799), um fervoroso defensor da biogênese (PELCZAR; CHAN;
KRIEG, 1997a). Para demonstrar a sua descrença à abiogênese e ao método
empregado por Needhan, Spallanzani resolveu refazer os experimentos de
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/37gQl0d
Needhan e tentar, com isso, provar a biogênese (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a).
Em 1769, Spallanzani preparou alguns frascos com caldo nutritivo de carne e
vegetal. Esses foram vedados e, após uma hora de fervura, foram postos de lado
por alguns dias. Ao analisar o material, pôde constatar a ausência total de vida em
todos eles. Com isso, pôde demonstrar que Needhan não tinha aquecido os
frascos su�cientemente para matar todos os microrganismos neles existentes. Fica
evidente que, após os líquidos terem sido aquecidos por pouco tempo, poderia
ainda haver certa quantidade de microrganismos vivos que se reproduziriam logo
que os frascos esfriassem.
Needhan reagiu a�rmando que, com a fervura do líquido em temperatura muito
alta e por muito tempo, destruiria seu “princípio ativo” ou “princípio vital”, ou seja,
o ar era simplesmente essencial à vida, como também para a geração espontânea
dos microrganismos, e que teria sido excluído do experimento de Spallanzani
(PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). Claro que não seriam apenas alguns trabalhos,
mesmo tendo sido muito bem planejados, que destruiriam uma ideia sustentada
já há alguns séculos. Muitos foram os cientistas que contestaram a abiogênese,
porém sem muito sucesso.
Em 1860, outro grande cientista, o químico e biólogo francês Louis Pasteur (1822-
1895), através de uma análise longa e lógica sobre o problema da origem da vida,
rejeita a teoria da geração espontânea, pois concluiu que o ar é uma fonte de
microrganismos (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). As substâncias não sofreriam
alterações se estivessem protegidas do contato com os microrganismos presentes
no ar, no solo, nos vidros e nas mãos. Repetiu várias vezes, sob várias
circunstâncias, que soluções nutritivas bem como outros tipos de materiais não
geravam organismos vivos depois de terem passado por um processo cuidadoso
de esterilização. Em uma das mais célebres experiências – frascos de “pescoço de
cisne” (Figura 2) –, Pasteur consegue uma vitória sobre a abiogênese.
FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO DA SEQUÊNCIA DE ETAPAS DO CÉLEBRE
EXPERIMENTO REALIZADO POR PASTEUR 
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE: Disponível em:<https://bit.ly/3cQ4jY9>. Acesso em: 16 set. 2010.
A experiência consistia em diversos caldos nutritivos que eram colocados em
frascos de vidro. Em alguns deles, aquecia-se o gargalo até que se tornassem
maleáveis a ponto de poderem ser curvados, obtendo frascos com o formato de
um pescoço de cisne. Em outras bancadas, ele mantinha os frascos com o gargalo
curto e reto. Após esse procedimento, ele fervia durante alguns minutos os caldos
nutritivos. Em alguns dias, podia-se notar que nos frascos de pescoço reto havia
uma rápida contaminação do caldo nutritivo, porém não constatou a
contaminação no caldo nutritivo nos frascos de pescoço de cisne, mesmo depois
de alguns meses. Essas experiências refutaram de�nitivamente a teoria da geração
espontânea.
Pasteur identi�cou os microrganismos causadores de doenças e também os
que são utilizados na produção de vinho.
3.1 MICROSCÓPIO100
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3cQ4jY9
Para Pelczar, Chan e Krieg (1997a), nem sempre as grandes descobertas são feitas
por cientistas pro�ssionais, e sim, por cientistas amadores. A Microbiologia, como
qualquer outra ciência, envolve um processo de interação de ideias e
instrumentos. Novos instrumentos nos permitem melhores observações, que, por
sua vez, servem de base para difundir um maior número de grandes ideias. O
século XVII foi marcado pelo desenvolvimento de uma atitude diferente perante a
pesquisa livre. Com essa nova atitude, inúmeros instrumentos foram
aperfeiçoados, entre os quais as lentes, que irão, sem dúvida, contribuir para
facilitar as investigações cientí�cas.
Prezado acadêmico! Vamos conhecer agora como foi a construção do
microscópio para a visualização dos microrganismos, pois na época, sabia-se
que existiam, mas nunca tinham sido observados.
Passados alguns anos após as experiências de Francesco Redi, Antony van
Leeuwenhoek (1632-1723), um dos fundadores da Microbiologia, que viveu em
Delft, Holanda, com pouca formação cientí�ca, porém muito familiarizado com o
uso de lentes de aumento, aperfeiçoa o microscópio (PELCZAR; CHAN; KRIEG,
1997a). Através das lentes desse instrumento, passa a examinar uma grande
variedade de microrganismos, cuja existência era, até então, ignorada. É muito
provável que tenha sido ele o primeiro a visualizar microrganismos
individualmente.
Na próxima �gura, visualizaremos o microscópio construído por
Leeuwenhoek. O interessante é que para cada espécime tinha que construir
um novo microscópio, deixando junto ao microscópio o espécime anterior
estudado.
FIGURA 3 – MICROSCÓPIO DE LEEUWENHOEK
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/2An0dcG>. Acesso em: 16 set. 2010.
Era o ano de 1674 quando Leeuwenhoek apresentou a sua invenção (PELCZAR;
CHAN; KRIEG, 1997a).O microscópio construído era simples e dotado de apenas
uma lente de vidro, com capacidade de aumento dos objetos de 100 a 300 vezes.
Para Black (2002, p. 46), “apesar de serem constituídos de uma única lente �na
cuidadosamente assentada, eles tinham de fato lentes de aumento bastante
poderosas”. A maior di�culdade nesses microscópios era a focalização dos
espécimes. Ainda hoje pouco se sabe sobre os métodos de iluminação utilizados
por Leeuwenhoek. Para Black (2002, p. 46), “[...] é provável que ele tenha usado
iluminação indireta, sendo a luz re�etida pelo lado de fora dos espécimes, e não
passando através deles”. Segundo Pelczar, Chan e Krieg (1997a), entre as várias
observações feitas, sendo todas anotadas cuidadosamente por Leeuwenhoek,
bem como as várias cartas que eram enviadas à Sociedade Real Inglesa, ele
descreveu, numa dessas cartas enviadas, o que chamou de “pequeninos
animálculos”, que hoje conhecemos como protozoários de vida livre. Em outra
carta muito interessante, ele descreve, pela primeira vez, um grupo de
microrganismos conhecidos hoje por nós como bactérias. É bom saber que essa
visualização tinha poucos detalhes da estrutura das bactérias. Para uma melhor
visualização, havia a necessidade do desenvolvimento de microscópios mais
complexos.
Na �gura a seguir, visualizaremos os desenhos feitos por Leeuwenhoek das
suas observações vistas naquele microscópio rudimentar.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/2An0dcG
FIGURA 4 – DESENHOS DE LEEUWENHOEK. BACTÉRIAS, ALGUMAS COM
MOTILIDADE (C PARA D)
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/30s7QsX>. Acesso em: 16 set. 2010.
Todas essas descobertas trouxeram grandes estímulos para os cientistas da época.
Entre eles está o físico Robert Hooke (1635-1703), encarregado pelos cientistas
ingleses de compor um novo aparelho, bem mais poderoso do que o apresentado
por Leeuwenhoek (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). O modelo desenvolvido por
Hooke era o de um microscópio de duas lentes ajustadas a um tubo de metal,
semelhante ao inventado por Zacharias Jansen, que, segundo alguns autores, seria
dele a invenção do microscópio por volta de 1590. Para Pelczar, Chan e Krieg
(1997a), Leeuewenhoek foi quem primeiro empregou um microscópio na
investigação da natureza. O microscópio apresentado por Hooke �cou conhecido
como microscópio composto (Figura 5), pelo fato de ser constituído por duas
lentes, enquanto que o microscópio de Leeuwenhoek, que era constituído por uma
única lente, é considerado um microscópio simples.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/30s7QsX
FIGURA 5 – MICROSCÓPIO COMPOSTO DE HOOKE
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3hahfLV>. Acesso em: 16 set. 2010.
Robert Hooke fez a apresentação de seu microscópio à comunidade cientí�ca
londrina em abril de 1663. Escolheu alguns materiais para essa demonstração,
sendo que o que traria mais destaque seriam as fatias �nas de cortiça. Ao observá-
las no microscópio, reparou que eram constituídas por cavidades e as comparou
aos quartos de um convento (Figura 6). Esses quartos eram como celas e, mais
tarde, denominou-as células (sendo que em inglês seria cells – pequenas celas ou
caixinhas). A derivação do termo “célula” vem do latim cellula, que nada mais é que
o diminutivo de cella, cujo signi�cado é “um pequeno compartimento”. Hoje temos
o conhecimento que esses minúsculos espaços vazios eram ocupados
anteriormente por células vivas. Na verdade, o que foi observado por Hooke eram
as paredes celulares, cuja função é a de separar as células de uma planta. Com a
morte da planta, essas paredes não se decompõem como o resto.
3.2 A DESCOBERTA DA CÉLULA100
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3hahfLV
A parede celular só é encontrada em células vegetais. Você estudou na
Unidade 2, Tópico 1, do Livro Didático de Citologia, as características e
funções da parede celular. Na �gura a seguir, você verá apenas a parede
celular das células de cortiça.
FIGURA 6 – CORTIÇA OBSERVADA POR HOOKE
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/30qfILz>.
A cortiça utilizada para a fabricação das rolhas é a camada formada como
um envoltório suberoso no tronco da árvore. Esse envoltório, que ganha
grossura a cada ano, é retirado após 9-12 ou 15 anos, quando possui uma
largura de aproximadamente 30 mm. Essa casca é secada e cortada em
pedaços de aproximadamente 40-50 mm, conforme o comprimento da
futura rolha.
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3f6IjK3>. Acesso em: 19 set. 2010.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/30qfILz
https://bit.ly/3f6IjK3
Dando prosseguimento aos seus estudos na área de microscopia, Hooke obteve
um vasto material microscópico, a ponto de poder lançar um livro voltado à área.
Boa parte dos pesquisadores da época, além, é claro, do próprio Hooke, passaram
a observar as partes vivas de plantas e notaram a existência de células muito
semelhantes às da cortiça. A única diferença que foi observada pelos cientistas era
que o espaço interno das células vivas era preenchido por uma substância
gelatinosa. Inúmeras pesquisas foram realizadas e as observações feitas não
�cavam somente nas células vegetais, eram observadas também células animais.
Com isso, o termo célula passou a denominar o conteúdo dessas caixinhas
microscópicas que formam o corpo das plantas e dos animais.
Passaram-se dois séculos desde as primeiras observações feitas por Hooke até a
descoberta de que todos os seres vivos são constituídos por células, a chamada
Teoria celular.
Caro acadêmico! Você reparou que muitos assuntos tratados neste Caderno
já foram estudados na disciplina de Citologia? Pois bem, é importante
relembrar alguns tópicos para darmos continuidade aos estudos.
Em 1839, dois cientistas alemães, Mathias Shleiden (1804-1881) e Theodor
Schwann (1810-1882), após discutirem as suas ideias sobre a organização dos
seres vivos, chegaram à conclusão de que “todos os seres vivos são compostos de
células” (PELCZAR; CHAN; KRIEG, 1997a). Essa conclusão aconteceu porque os dois
cientistas, que trabalhavam em diferentes campos de pesquisa (Shleiden dedicava-
se à �siologia das plantas e Schwann à anatomia dos animais), compararam as
suas observações e não tiveram dúvidas: todas as estruturas minúsculas que
apareciam nas folhas, nos caules e nas �ores das plantas, bem como no fígado,
ossos e na pele dos animais, en�m, em todos os organismos vivos estudados,
eram a mesma unidade minúscula que constituía a vida.
Essas células tinham a aparência de minúsculos aglomerados com um
material semitransparente, que era delimitado por uma membrana e todas
elas com uma estrutura central.
Unidade 1 - Tópico 1 
Algumas décadas mais tarde, outra hipótese foi apresentada com as observações
feitas pelo cientista alemão Rudolpho Virchow (1821-1902). Ele demonstrou que as
células do corpo não surgiam da matéria inanimada por geração espontânea, ou
seja, cada célula nascia de outra célula que havia se reproduzido. A existência de
uma célula só era possível porque já havia existido outra, a célula-mãe, que lhe
dera origem. Assim, cada animal é gerado por outro animal ou uma planta por
outra planta. Em 1855, Virchow, com uma célebre frase em latim, fez uma síntese
de seu pensamento: “Omnis cellula ex cellula”, cujo signi�cado é “toda célula se
origina de outra célula”. (FERREIRA, 2003).
Através das observações microscópicas das divisões celulares, toda a ideia de que
as células podiam ter a sua origem de forma espontânea foi perdendo
credibilidade por completo. Várias observações e novas descobertas foram sendo
feitas na área celular. Uma delas se deu em 1878, quando o alemão Walther
Flemming (1843-1905) colocou um ponto �nal na ideia do surgimento espontâneo
de células. Ele descreveu, de forma detalhada, o processo de divisão de uma célula
em duas, processo que ele denominou mitose.
Caro Acadêmico! No Livro Didático de Citologia, Unidade 3, Tópico 1, você
estudou os processos de divisão celular conhecidos por mitose e meiose.
Vale a pena voltar naqueles estudos e relembrar esses processos.
Segundo Black (2002, p. 68), “todasas células vivas podem ser classi�cadas como
procarióticas, das palavras gregas pro (antes) e karyon (núcleo), ou eucarióticas, de
eu (verdadeiro) e karyon (núcleo)”. Podemos dizer então que células procarióticas
(os organismos que as possuem recebem o nome de seres procariontes) (Figura 7)
são as que não possuem núcleo e nenhuma estrutura contida em membrana; e as
células eucarióticas (os organismos que as possuem recebem o nome de seres
eucariontes) (Figura 8) são as que possuem núcleo, bem como todas as outras
estruturas membranosas, tais como: retículo endoplasmático liso e rugoso,
complexo golgiense, lisossomos, mitocôndrias etc.
FIGURA 7 – CÉLULA PROCARIÓTICA DE BACTÉRIA
3.3 CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS100
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3dSD8gE>. Acesso em: 16 set. 2010.
FIGURA 8 – CÉLULA EUCARIÓTICA ANIMAL
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/2Yg7EdK>. Acesso em: 16 set. 2010.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3dSD8gE
https://bit.ly/2Yg7EdK
No grupo dos seres procariontes estão as bactérias, que são seres unicelulares e
que iremos estudar com mais profundidade. Já o representante dos grupos dos
eucariontes são todos os vegetais, animais, fungos e protistas (Amoebas,
Paramecium etc.). Podemos dizer que tanto as células procarióticas como as
eucarióticas são semelhantes em vários aspectos e que compartilham, assim, de
algumas características. Entre elas, está a presença da membrana plasmática, cuja
função é a de isolar a célula do ambiente externo, bem como controlar a passagem
de substâncias. A outra característica é a presença do citoplasma, que é
constituído por um líquido gelatinoso também chamado de citosol, além de outras
substâncias altamente necessárias às funções vitais (processos metabólicos) da
célula. Por último, as células apresentam material genético (DNA), que codi�cam
informações genéticas, ou seja, essas informações estão inscritas em código que
controlam todo o funcionamento das células.
No que se refere à organização celular, as células procarióticas são extremamente
simples, chegando a ser comparadas aos primeiros organismos vivos que
habitaram a Terra há mais de três bilhões de anos. Existem muitas contradições
quanto à classi�cação das bactérias, o que é muito normal na pesquisa cientí�ca.
São os organismos mais abundantes do planeta, tanto em número como em
espécies. Os tamanhos das células procarióticas estão entre os menores
organismos, a maioria deles medindo de 0,2 a 2,0 µm de diâmetro, sendo que o
seu comprimento vai de 2 a 8 µm.
Um micrômetro ou mícron, cujo símbolo é µm, é uma unidade do Sistema
Internacional de Unidades de comprimento. Está de�nido como um
milionésimo de metro (ou 1 × 10- m). Equivale à milésima parte do
milímetro. A letra µ é a décima segunda letra do alfabeto grego. Para
dimensões ainda menores, utiliza-se o nanômetro (nm) que corresponde a
um milésimo do micrômetro (10- cm, ou 10- mm, ou 10- m). O ângstrom (A)
utilizado por físicos e químicos é 10 vezes menor que o nanômetro.
6
3 6 9
Com relação ao seu tamanho, as células bacterianas apresentam três formas
básicas: forma esférica (cocos), bastonete (bacilos) e forma espiralada (espirilos)
(Figura 9).
FIGURA 9 – FORMAS MAIS COMUNS DE BACTÉRIAS
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/2XOdJiM>. Acesso em: 16 set. 2010.
Entretanto, podem ocorrer muitas variações. Segundo Black (2002, p. 70), “algumas
bactérias, chamadas cocobacilos, são pequenos bastonetes com tamanho
intermediário entre cocos e bacilos. As bactérias espirais têm uma variedade de
formas curvas. Uma bactéria em forma de vírgula é chamada vibrião”. Outras
bactérias com um formato em espiral são chamadas de espiroquetas. As formas
bacterianas são muito variáveis, mesmo pertencendo à mesma categoria. Essas
variações acontecem tanto na forma como no tamanho. Geralmente, quando há
abundância de nutrientes no meio, as divisões celulares acontecem de forma
muito rápida, fazendo com que o tamanho das bactérias seja maior do que
aquelas que estão em meios com pouco nutriente. Existem algumas espécies de
bactérias que apresentam �agelos bacterianos, que são �lamentos longos da
superfície celular, cuja função é gerar movimento à bactéria. Esse movimento
acontece graças a uma estrutura semelhante a um “motor” microscópico situado
na parede e na membrana plasmática.
Ao observarmos por meio de um microscópio as células bacterianas, iremos notá-
las agrupadas com certa frequência, ou seja, ligadas umas às outras. Para Pelczar,
Chan e Krieg (1997a), as células bacterianas com formatos espiralados aparecem
como células únicas, sendo que muitas outras espécies de bactérias têm um
arranjo e padrões característicos de crescimento. Isso pode ser utilizado para a
identi�cação, pois cada um desses arranjos é típico para uma espécie particular.
Um exemplo citado por Pelczar, Chan e Krieg (1997a) é a divisão do coco (Figura
10) dentro de um plano e que irá formar um diplococo, ou seja, duas células
ligadas. Isso é interessante, pois caracteriza as espécies, bem como o seu agente
etiológico (aquele que causa uma determinada moléstia). A divisão em planos
pode produzir células aos pares, bem como em cadeias, arranjo chamado de
estreptococos. Quando a célula se divide em dois planos, ela produz uma tétrade,
que nada mais é do que quatro células dispostas em forma de um quadrado.
Outro arranjo é a sarcina, que é produzida através da divisão em três planos, o que
resulta em pacotes cúbicos de oito células. Outra forma muito interessante é
quando ocorre uma divisão em três planos, porém em um plano irregular. O
resultado é um agrupamento em forma de cachos de uva. Pelczar, Chan e Krieg
(1997a) lembram que muito raramente todas as células de uma determinada
espécie estão arranjadas exatamente no mesmo padrão. Para o estudo das
bactérias, o que se deve levar em conta, ainda segundo os autores, o mais
importante, sem dúvida, é o arranjo predominante.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/2XOdJiM
FIGURA 10 – COCOS
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/37gR4yt>. Acesso em: 16 set. 2010.
Bem diferente dos cocos são os bacilos (Figura 11). Eles se dividem em apenas um
plano, formando arranjos em uma grande variedade de padrões característicos,
porém com algumas exceções. Eles podem produzir células unidas pelas
extremidades ou simplesmente lado a lado.
FIGURA 11 – BACILOS
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/37gR4yt>. Acesso em: 16 set. 2010.
As células bacterianas em forma de espirais (Figura 12) geralmente não estão
agrupadas.
FIGURA 12 – ESPIRILOS
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/37gR4yt>. Acesso em: 16 set. 2010.
Para Pelczar, Chan e Krieg (1997, p. 103), “[...] o tamanho, a forma e o arranjo das
bactérias constituem sua morfologia grosseira, sua aparência ‘externa’. Mas uma
observação interna das estruturas celulares individuais dá-nos uma ideia de como
uma bactéria funciona no seu ambiente”.
Técnicas microscópicas revelaram a existência na célula bacteriana de uma
diversidade estrutural (interna e externa) que funciona de forma conjunta.
Estruturalmente, a célula bacteriana está composta da seguinte forma:
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/37gR4yt
https://bit.ly/37gR4yt
https://bit.ly/37gR4yt
Membrana celular (membrana plasmática), geralmente envolvida pela parede
celular e por uma camada externa adicional. É bom lembrar que a membrana
celular é comum a todas as células e é por isso que a estrutura das membranas
celulares bacterianas é a mesma que as de outras células. Tem como principal
função regular a entrada e a saída de materiais da célula bacteriana. Pode exercer
outras funções como a síntese de alguns componentes da parede celular, secreção
de enzimas e possuir áreas com apêndices – os �agelos – cuja ação dessas áreas
irá induzir o movimento �agelar. A parede celular bacteriana é composta por um
polímero chamado peptidoglicano, sendo que, às vezes, ela está envolvida por
uma camada exterior (essa membrana externaestá ligada por uma camada
contínua lipoproteica – proteína + lipídio).
Peptidoglicano, conhecido como mureína, é um polímero formado por
açúcares e aminoácidos que forma uma camada do lado de fora da
membrana plasmática da bactéria.
O citosol, um líquido viscoso e semitransparente, é composto por milhares de
tipos de proteínas, além de aminoácidos, bases nitrogenadas, vitaminas, glicídios,
lipídios e por 80% de água. Boa parte do metabolismo (reações químicas) ocorre
no citoplasma. Quanto ao citoplasma dos eucariontes, Black (2002) a�rma que
existe uma diferença em relação ao citoplasma das células procarióticas. Segundo
ele, as células procarióticas não realizam a ciclose – movimento de circulação
promovido pelo citoplasma. Vamos encontrar também milhares de ribossomos
(menores em relação aos das células eucarióticas), cuja função é a de sintetizar
proteínas.
Sabemos que uma das principais diferenças entre uma célula procariótica e uma
célula eucariótica é a ausência de uma membrana nuclear na célula procariótica. O
que as bactérias possuem, na realidade, é uma região nuclear chamada de
nucleoide, uma área do citoplasma que corresponde ao núcleo das células
eucarióticas, porém desprovida de uma membrana. Essa região é constituída
principalmente por DNA e por algum RNA, com proteínas associadas. O DNA está
arranjado em um longo cromossomo (cromossomo bacteriano), dando-lhe um
formato circular. A célula procariótica pode conter ainda pequenas moléculas de
DNA circular – plasmídios (Figura 13), que têm informações genéticas que
suplementam as informações no cromossomo.
FIGURA 13 – DESENHO ESQUEMÁTICO DE UMA CÉLULA BACTERIANA –
PLASMÍDIO
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE:  Disponível em: <https://bit.ly/3hcm7jC>. Acesso em: 18 set. 2010.
Os plasmídios são muito utilizados na biotecnologia como vetores de
clonagem. “O sucesso da transgenia depende de que a inserção de um gene
clonado em um embrião hospedeiro integre-se e se replique nas sucessivas
divisões celulares e passe a ser reconhecido e regulado pelas células
hospedeiras”. (GAIESKY, 2001, p. 28).
S
Caro acadêmico! Biotecnologia e suas aplicações serão detalhadamente
estudadas na Unidade 2, Tópico 3, deste Livro Didático.
Constituídos de ácido ribonucleico e proteínas, os ribossomos são extremamente
abundantes nas células procarióticas. Esses ribossomos são diferentes quando
comparamos com os das células eucarióticas. Os ribossomos das células
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3hcm7jC
procarióticas são menores e apresentam proteínas diferentes em sua constituição.
A função dos ribossomos é a de sintetizar as proteínas necessárias para a célula.
Sua forma é quase esférica.
Existem outros sistemas de membranas internas que são, muitas vezes, citados
como cromatóforos e encontrados nas bactérias fotossintetizantes e nas
cianobactérias. Esses sistemas de membranas dos cromatóforos possuem sua
origem nas membranas celulares. A função desses cromatóforos, para essas
bactérias, é a de capturar energia luminosa, pois esses sistemas possuem, em seu
interior, pigmentos para fotossíntese. No citoplasma das bactérias, vamos
encontrar ainda uma diversidade de corpúsculos chamados de inclusões. Alguns
desses são chamados de grânulos e outros de vesículas. Os grânulos não são
limitados por membranas e possuem conteúdos variados. Esses conteúdos são
densos e compactados e não se dissolvem no citoplasma. Não são todas as
bactérias que apresentam vesículas, que são estruturas especializadas envoltas
por membrana.
Os microrganismos procarióticos (bactérias) formam, quando o meio não lhes é
favorável para a sua sobrevivência, geralmente pelo esgotamento de algum
nutriente ou pela alteração de temperatura, perda de água para o meio, esporos
ou endósporos (Figura14) e cistos. Essas formas são denominadas latência
(latentes), na qual estão metabolicamente inativos, ou seja, não estão crescendo.
Quando o meio ambiente estiver em condições propícias, eles se tornam
metabolicamente ativos, podendo germinar (crescer e se multiplicar). O
endósporo, segundo Black (2002), é formado dentro das células e com uma
quantidade muito pequena de água, possui uma resistência grande ao calor, às
soluções ácidas e alcalinas, à desidratação, bem como a certos desinfetantes e até
mesmo às radiações.
FIGURA 14 – ENDÓSPORO
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/37dNTYs>. Acesso em: 16 set. 2010.
O álcool que compramos em supermercados é muito concentrado (92,8%)
para realizar desinfecções. Por ele volatilizar muito rápido, não dá tempo
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/37dNTYs
para que ele penetre na parede celular dos microrganismos, dando tempo
para eles modi�carem sua parede celular e se tornarem resistentes. Para
isso, recomenda-se diluir o álcool em água para que demore mais a
volatilizar, dando tempo para penetrar na parede celular dos
microrganismos, matando-os.
Podemos transformar o álcool comprado em supermercados em um
excelente desinfetante. Para produzirmos 1 litro de álcool 70%, que é o ideal
para a eliminação dos microrganismos, basta retirar 250 ml de álcool do
frasco e completá-lo com água. Pronto, você já pode começar a sua limpeza!
Externamente, muitas bactérias (cerca de metade delas) apresentam estruturas
móveis, os �agelos. A função principal dos �agelos é a locomoção das bactérias.
Essa locomoção, muitas vezes, se dá por um processo não aleatório chamado de
quimiotaxia (movimento que as bactérias fazem em direção a favor ou em direção
contrária a substâncias em seu meio). Os �agelos são apêndices longos, delgados e
helicoidais de composição proteica (subunidades de proteínas chamadas �agelina),
que estão ligados à parede e às membranas celulares. Eles são estruturalmente
diferentes dos �agelos eucarióticos. As bactérias podem apresentar apenas um,
dois ou mais �agelos. De acordo com o número de �agelos, elas recebem
denominações diferentes (Figura 15). Bactérias com apenas um �agelo polar em
uma extremidade ou polo – monotríquias; com dois �agelos, um em cada
extremidade – an�tríquias; com dois ou mais �agelos em uma ou ambas as
extremidades – lofotríquias; bactérias com �agelos em toda a superfície são
denominadas peritríquias.
FIGURA 15 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE FLAGELOS. A –
MONOTRÍQUIA. B – LOFOTRÍQUIA. C – ANFITRÍQUIA. D – PERITRÍQUIA
Unidade 1 - Tópico 1 
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3dPpI59>. Acesso em: 16 set. 2010.
Como vimos anteriormente, as bactérias apresentam apêndices locomotores,
porém algumas, em especial as Gram-negativas, possuem outros tipos de
apêndices - os pili (pelos) (Figura 16), que não estão relacionados com o
movimento. Tais estruturas são prolongamentos ocos, pequenos e bem mais
numerosos que os �agelos, cuja função é a de �xar as bactérias às superfícies. É
constituído por subunidades (pillus) de uma proteína denominada pilina. Segundo
Black (2002, p.82), “as bactérias podem ter dois tipos de pili: (1) pili de conjugação,
longos, ou pili F, também chamados pili sexuais e (2) pili de ligação, curtos, ou
fímbrias”.
FIGURA 16 – MICROGRAFIA ELETRÔNICA ONDE APARECE O PILI E O FLAGELO
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3dPpI59
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/2ARmuiQ>. Acesso em: 16 set. 2010.
De uma forma geral, as células eucarióticas são bem maiores e com uma grande
complexidade em relação às células procarióticas. Boa parte das células
eucarióticas possui um diâmetro maior que 10 µm, sendo que algumas podem
atingir diâmetros ainda maiores. Outra particularidade das células eucarióticas é a
sua grande variedade de estruturas altamente diferenciadas. Para Carneiro e
Junqueira (2000), uma das grandes características das células eucarióticas está na
sua riqueza de membranas, que formam compartimentos que separam os
diversos processos metabólicos. Tudo isso graças às diferenças enzimáticas entre
as membranas dos vários compartimentos, bem como ao direcionamento das
moléculas absorvidas. Essas e tantas outras características conferem às células
eucarióticas um aumentona e�ciência e, além disso, promovem uma separação
das atividades, que permite um aumento no seu tamanho, sem qualquer prejuízo
de suas funções.
Na Unidade 2 do Livro Didático de Citologia, você estudou as organelas que
compõem a célula e suas funções. Vale a pena relembrar para darmos
continuidade aos nossos estudos.
As células eucarióticas são as unidades estruturais básicas de todos os organismos
dos reinos Protista (protozoários), Fungi (fungos), Plantae (Vegetais) e Animallia
(Animais). Vale lembrar que os protozoários, fungos microscópicos e as algas
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/2ARmuiQ
microscópicas estão incluídos como seres eucariontes e, por isso, são estudados
em Microbiologia.
Caro acadêmico! Na leitura que segue encontram-se algumas palavras que
são usadas na linguagem de Portugal. Procuramos ser �éis às fontes
consultadas.
EVOLUÇÃO DOS PROCARIONTES EM EUCARIONTES
Actualmente, a maioria dos biólogos considera que todos os seres vivos
conhecidos na Terra podem ser divididos em dois grandes grupos: os seres
procariontes e os seres eucariontes. O principal critério de distinção entre estes
grupos é a sua organização celular.
Ao longo de vários milhões de anos, os seres procariontes habitaram ambientes
aquáticos e foram-se diversi�cando. Alguns desses seres unicelulares
desenvolveram um processo metabólico que conduzia à libertação de oxigênio – a
fotossíntese.
LEITURA COMPLEMENTAR100
Unidade 1 - Tópico 1 
O surgimento do oxigênio na atmosfera teve um grande impacto na vida dos
procariontes. Desta forma, muitos grupos de procariontes foram extintos,
envenenados pelo oxigênio. Contudo, alguns conseguiram sobreviver em
ambientes que permaneciam anaeróbios.
Entre os sobreviventes, houve um grupo, que à semelhança das actuais
mitocôndrias, era capaz de aproveitar este gás para oxidar os compostos
orgânicos, obtendo assim uma grande quantidade de energia.
Alguns grupos de procariontes evoluíram e aumentaram a sua complexidade,
tendo, muito provavelmente, estado na origem dos organismos eucariontes.
Fundamentalmente, existem duas hipóteses que tentam explicar a origem dos
seres eucariontes a partir dos procariontes:
 
Hipótese Autogênica, os seres eucariontes são o resultado de uma evolução
gradual dos seres procariontes. Numa fase inicial, as células desenvolveram
sistemas endomembranares resultantes de invaginações da membrana
plasmática.
Unidade 1 - Tópico 1 
Algumas dessas invaginações armazenavam o DNA, formando um núcleo. Outras
membranas evoluíram no sentido de produzir organelas semelhantes ao retículo
endoplasmático.
Posteriormente, algumas porções do material genético abandonaram o núcleo e
evoluíram sozinhas no interior de estruturas membranares. Desta forma,
formaram-se organelas como as mitocôndrias e os cloroplastos.
Hipótese Endossimbiótica: Esta hipótese defende que os seres eucariontes terão
resultado da evolução conjunta de vários organismos procariontes, os quais foram
estabelecendo associações simbióticas entre si. O termo endossimbiótica resulta
do facto de algumas células viverem no interior de outras, numa relação de
simbiose.
Embora este modelo admita que os sistemas endomembranares e o núcleo
tenham resultado de invaginações da membrana plasmática, as mitocôndrias e os
cloroplastos seriam organismos autônomos. Nessa altura, algumas células de
maiores dimensões (células hospedeiras) terão capturado células menores, como
as ancestrais das mitocôndrias e dos cloroplastos. Alguns destes ancestrais
conseguiam sobreviver no interior da célula procariótica de maiores dimensões,
estabelecendo-se relações de simbiose.
A íntima cooperação entre estas células conduziu ao estabelecimento de uma
relação simbiótica estável e permanente. A evolução conjunta destes organismos
terá levado ao surgimento das células eucarióticas constituídas por várias
organelas, algumas das quais foram, em tempos, organismos autônomos.
Assim, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com os
ancestrais das mitocôndrias. Os ancestrais das mitocôndrias seriam organismos
que tinham desenvolvido a capacidade de produzir energia, de forma muito
rentável, utilizando o oxigênio no processo de degradação de compostos
orgânicos.
Unidade 1 - Tópico 1 
RESUMO DO TÓPICO
Os microrganismos fazem parte do nosso meio ambiente, sendo então,
muito importantes para a saúde e para as nossas atividades.
Estudar os microrganismos nos dá uma visão dos processos vitais em
praticamente todas as formas de vida.
Durante as últimas décadas, os microrganismos surgiram como parte
principal das ciências biológicas, devido à sua relativa simplicidade na
realização de experimentos.
Os microrganismos emergiram como uma nova fonte de produtos e
processos para o benefício do homem.
FONTE: Disponível em:  <https://bit.ly/3f4IWE3> Acesso em: 22 mar. 2018.
Por outro lado, outro grupo de procariontes, semelhante às actuais cianobactérias,
tinha desenvolvido a capacidade de produzir compostos orgânicos utilizando a
energia luminosa. A associação das células procarióticas de maiores dimensões
com estes seres, ancestrais dos cloroplastos, conferia-lhe vantagens evidentes.
Mas nem todas as células eucarióticas possuem cloroplastos. Este facto é
explicado, segundo a Hipótese Endossimbiótica, pelo estabelecimento de relações
simbióticas de forma sequencial. Isto é, as primeiras relações endossimbióticas
terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias e, só posteriormente,
algumas dessas células terão estabelecido relações de simbiose com os ancestrais
dos cloroplastos.
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/2AVwozQ>. Acesso: em 18 set. 2010.
Neste tópico você estudou que:
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3f4IWE3
https://bit.ly/2AVwozQ
Para que a microbiologia pudesse progredir, várias teorias tiveram que ser
refutadas, entre elas a da geração espontânea (abiogênese).
Redi e Spallanzani (biogenistas) demonstraram que os organismos não
cresciam da matéria morta.
A derrubada da geração espontânea (abiogênese) se deu por intermédio de
Pasteur, com seus frascos com “pescoço de cisne”.
Leeuwenhoek desenvolveu o microscópio, que tornou possível a visualização
do mundo microscópico.
Robert Hooke, com o seu microscópio composto, visualiza fatias �nas de
cortiça, com pequenos compartimentos - celas - que denominou células.
As células procarióticas, bem como as eucarióticas, possuem membranas que
de�nem as fronteiras da célula viva. Ambas com informações genéticas que
estão armazenadas no DNA.
Células procarióticas diferenciam-se das eucarióticas por não possuírem
núcleo de�nido e muito menos organelas.
Os seres procariontes (bactérias) são os menores organismos vivos.
As bactérias podem apresentar forma de cocos, bacilos, espirilos,
espiroquetas, incluindo arranjos aos pares, tétrades em forma de cacho de
uvas e em cadeias longas.
As células bacterianas possuem uma membrana celular, citoplasma,
ribossomos, região nuclear, bem como estruturas externas.
Células eucarióticas são bem maiores e muito mais complexas do que as
células procarióticas, sendo as unidades básicas tanto de seres microscópicos
como dos macroscópicos (Protista, Fungi, Plantae e Animallia).
AUTOATIVIDADES
UNIDADE 1 - TÓPICO 1
1   Qual pesquisador demonstrou, pela primeira vez, que os seres vermiformes
presentes na carne podre se originavam de ovos depositados por moscas?
Unidade 1 - Tópico 1 
Responder
A) ( ) A Abbey Lazzaro Spallanzani, que realizou experimentos e
mostrou que, aquecendo prolongadamente substâncias orgânicas
acondicionadas em recipientes fechados e providos de válvula de
escape, não ocorria o desenvolvimento de microrganismos.
B) ( ) Aos experimentos de Louis Pasteur com os seus balões do tipo
“pescoço de cisne”.
C) ( ) À descoberta da “força vital”, por John T. Needhan.
D) ( ) Aos experimentos de Francesco Redi, que mostraram que, ao se
colocar pedaços de carne pura em frascos, deixando alguns abertos e
outros fechados com gaze, observa-se a presençade larvas, ovos e
moscas após alguns dias, somente nos frascos abertos.
E) ( ) À descoberta do microscópio.
Responder
2   O desfecho da controvérsia relativa à origem dos seres vivos (teoria da
biogênese x teoria da abiogênese) deve-se:
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3hexkA0>. Acesso em: 27 nov. 2010.
3   Relacione os itens, utilizando o seguinte código:
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3hexkA0
Responder
A) ( ) Destituídos de membrana plasmática.
B) ( ) Formadores de minúsculos esporos.
C) ( ) Dotados de organelas membranosas.
D) ( ) Constituídos por parasitas obrigatórios.
E) ( ) Desprovidos de membrana nuclear.
Responder
I- Antony van Leeuwenhoek.
II- Robert Hooke.
III- Theodor Schwann.
() Quem foi um dos formuladores da Teoria Celular?
() Quem introduziu o termo célula na Biologia?
() A quem se atribuiu a descoberta do mundo microscópico?
4   A chamada “estrutura procariótica”, apresentada pelas bactérias, indica-nos que
esses seres vivos são:
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3dNIb23>. Acesso em: 27 nov. 2010.
Unidade 1 - Tópico 1 
https://bit.ly/3dNIb23
Responder
Responder
A) ( ) A ciência que estuda os seres vivos e as leis gerais que os
governam.
5   O que são endósporos bacterianos?
6   Pela leitura que você fez do texto “Evolução dos Procariontes em Eucariontes”,
pôde-se notar que é uma proposta pela qual as células eucarióticas têm evoluído.
Retorne ao texto e procure destacar as diferenças entre as duas hipóteses
apresentadas no texto.
7   Microbiologia é:
Unidade 1 - Tópico 1 
B) ( ) A denominação comum a organismos microscópicos.
C) ( ) A associação entre raízes de uma planta.
D) ( ) O ramo da Biologia que estuda os microrganismos, incluindo
eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, protozoários,
fungos e vírus.
Responder
Responder
8   A respeito dos microrganismos, classi�que as seguintes sentenças em V
(verdadeiras) ou F (falsas):
 
(  ) São muito pequenos, visualizados somente com o auxílio de um microscópio.
(  ) Muitos são utilizados em benefício da natureza e do homem.
(  ) São seres que podem viver isolados ou em colônias.
(  ) Todos são inofensivos ao homem.
(  ) Eles podem se reproduzir por divisão mitótica.
Unidade 1 - Tópico 1 
Apresentação  Tópico 2
Conteúdo escrito por:
Todos os direitos reservados © Prof.ª Mara Rúbia Lenzi
Prof. Júlio Roussenq Neto
Unidade 1 - Tópico 1 
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/BIO12_microbiologia/index.html

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