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Profa. Dra. Simone Costa UNIDADE II Biossegurança Química: isótopos são átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa. Radioisótopos: propriedade de emitirem radiações – absorção por células ou pequenos organismos pode ser prejudicial ou não. Na Medicina: o uso do iodo-131 que emite partículas beta e radiação gama, com meia-vida de oito dias – absorvido pela glândula tireoide – diagnósticos de alterações na função da tireoide. Tecnécio-99: muito usado em cintilografia e diagnóstico de infarto do miocárdio. Tratamento paliativo para a dor em metástase óssea – injeção de doses de samário-153. Cobalto-60 e césio-137 são aplicados na radioterapia. Importante: respondem à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Definição e uso de radioisótopos Radiação = danos biológicos e seu uso deve ser feito de forma criteriosa – considerando riscos e benefícios. Setembro de 1987 – maior acidente radiológico do Brasil – Goiânia: equipamento utilizado para tratamentos de radioterapia foi abandonado – desmontado para venda – contaminação que levou a centenas de vítimas diretas e indiretas. Intoxicação: tontura, diarreia e vômito – CNEN foi acionada para implementar um plano de emergência – quatro vítimas fatais um mês após o contato direto com o radioativo. Uso de radioisótopos Fonte: http://tiny.cc/pemnuz. Fatores considerados: dose absorvida, taxa e forma de exposição (corpo inteiro ou localizada). Qualquer dose absorvida, inclusive das doses provenientes de radiação natural, apresenta potencial para induzir alterações celulares e câncer ou matar células. Efeitos biológicos das radiações ionizantes Fonte: https://i.ebayimg.com/images/g/ 3c0AAOSwI~5e1diB/s-l300.png Curto prazo/agudo Náusea, vômito, diarreia, perda de apetite e de peso, febre, hemorragia, queda de cabelo e morte. Longo prazo/tardio Genético: mutação em células reprodutoras. Somático: câncer e anormalidade no desenvolvimento embrionário. Fonte: https://th.bing.com/th/id/OI P.suept1CAKH4Xu2xTsMA mgQHaHa?w=161&h=180 &c=7&r=0&o=5&pid=1.7 Gestão dos rejeitos – atividades técnicas e administrativas envolvidas no seu manuseio desde a sua geração até seu destino. Deve ser considerada e planejada desde o momento da implementação do serviço de medicina nuclear. Norma CNEN NE 6.05: trata da gerência de rejeitos radioativos em instalações radiativas. Norma CNEN NE 6.06: trata da seleção e escolha de locais para depósitos de rejeitos radioativos. Objetivo principal: garantir a proteção do homem e a preservação do meio ambiente. Importante: recebimento e armazenamento – responsabilidade legal e exclusiva da CNEN – recolhem e armazenam em depósitos existentes nos institutos da CNEN localizados em locais específicos no país. Eliminação de rejeitos – CNEN Fonte: https://th.bing.com/th/id/R.1a05bb670575a624a11 1c5b3dc423963?rik=xKWcq%2fLAXVfq8w&riu=htt p%3a%2f%2fwww.fragmaq.com.br%2fwp- content%2fuploads%2f2015%2f08%2f1-lixo- radioativo1.jpg%3fx34359&ehk=gSrDVrwxLxfXvJ E6Vx%2f4J%2fDD1IxIzN4Qu5A7usK8DjA%3d&ris l=&pid=ImgRaw&r=0 Utilização de animais de laboratório – pesquisa científica, o ensino e as atividades relacionadas ao desenvolvimento tecnológico, bem como à produção e ao controle da qualidade de vacinas e medicamentos. A engenharia genética e de biologia molecular abriram caminhos para a criação e produção desses animais. Pesquisadores usam modelos genéticos, ecológica e sanitariamente definidos – transplantes de órgãos e tecidos – controle das doenças. Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal na Resolução Normativa n. 12, de 20 de setembro de 2013 – Diretriz Brasileira para o Cuidado e a Utilização de Animais para Fins Científicos e Didáticos (DBCA): Condutas que permitam garantir o cuidado e o manejo éticos de animais utilizados para fins científicos ou didáticos. Bioterismo Responsabilidades de todos que utilizam animais: 1. Garantir que a utilização de animais seja justificada, levando em consideração os benefícios científicos ou educacionais e os potenciais efeitos sobre o bem-estar dos animais; 2. Garantir que o bem-estar dos animais seja sempre considerado; 3. Promover o desenvolvimento e o uso de técnicas que substituam a utilização de animais em atividades científicas ou didáticas; 4. Minimizar o número de animais utilizados em projetos ou protocolos; 5. Refinar métodos e procedimentos a fim de evitar a dor ou estresse (sentimentos de aflição, angústia e sofrimento) de animais utilizados em atividades científicas ou didáticas. Bioterismo Planejamento e construção devem obedecer a rígidos critérios de biossegurança – atenção à organização funcional e espacial, permitindo a criação ou a experimentação animal, sempre dentro dos padrões preconizados de higiene, assepsia e segurança (REIS; FRANCO, 2012). Regra geral, recomenda-se distribuição de áreas: 46% para sala de animais e quarentena; 14% para circulação (corredores); 14% para depósitos (alimentos, materiais e insumos); 11% para higienização e esterilização; 8% para laboratório; 7% para administração (COUTO, 2002). Três elementos básicos: salas de animais, corredor de distribuição e corredor de recolhimento. Importante: o fluxo de animais entre as salas de criação e de experimentação é unidirecional. Necessidades básicas de um biotério Instalações: fisicamente separadas de outras construções e planejadas visando à correta higienização e desinfecção, bem como para facilitar a manutenção predial e de seus equipamentos (BORBA et al., 2009). Pessoal qualificado – bem treinado e que goste de animais – o bioterista deve apresentar alguns requisitos de acordo com Andrade (2002): 1. Saúde – evitar a transmissão de doenças aos animais; 2. Autocontrole e disciplina – nas ações e para evitar o estresse dos animais; 3. Responsabilidade: respeito para com o animal, como um ser vivo, que sente dor, fome, sede e medo; 4. Cuidado com o material, a fim de preservá-lo e tê-lo sempre à disposição. Necessidades básicas de um biotério Animais mantidos em isoladores, como maravalha, ração e água, são sempre esterilizados com utilização de autoclaves específicas para esse fim. Necessidades básicas de um biotério Bebedouros Mini-isoladores Estantes isoladoras para camundongos Sistema de isoladoresCaixa de roedores Fonte: Grupo Objetivo-UNIP. Zoonoses – doenças transmitidas do homem para os animais e vice-versa – evitadas por monitoramento cuidadoso da saúde dos animais e dos técnicos (ANDRADE, 2002): Higiene pessoal – lavar as mãos antes e após manipular qualquer animal reduz o risco de disseminar doenças, bem como o de autoinfecção; Fumar, comer ou beber não deve ser permitido; Roupas – devem ser autoclavadas antes de serem lavadas; Sapatos descartáveis ou protetores de sapatos, luvas de borracha; Animais experimentalmente infectados com patógenos – mantidos em gaiolas protegidas no fundo e dos lados – técnicos devem usar luvas protetoras; Agentes altamente infecciosos ou nocivos – animal deve ser isolado em unidade de fluxo laminar ou mesmo em isoladores, nos quais o ar que entra e sai é convenientemente filtrado. Biossegurança em biotérios de experimentação Assinale a alternativa correspondente ao órgão brasileiro que rege as normas que estabelecem os limites de tolerância relativos à exposição do funcionário às radiações ionizantes. a) DSST. b) DRT. c) SESMT. d) CNEN. e) CIPA. Interatividade Assinale a alternativa correspondente ao órgão brasileiro que rege as normas que estabelecem os limites de tolerância relativos à exposição do funcionário às radiações ionizantes. a) DSST. b) DRT. c) SESMT. d) CNEN. e) CIPA. Resposta Representam considerável ameaça à saúde dos trabalhadores com afastamento temporário ou definitivo do profissional da atividade (VIEIRA; PADILHA, 2008). 1.Riscos físicos: aqueles provocados por algum tipo de energia (calor, frio, ruídos, vibrações, radiações etc.), relacionados com os equipamentos ou o ambiente. 2. Riscos químicos: relacionados com a manipulação de substâncias químicas, com características tóxicas, cancerígenas, voláteis, corrosivas, combustíveis etc. 3. Riscos ergonômicos: relacionados com postura inadequada, movimentos repetitivos, transporte manual, levantamento de peso etc. Levantamento de riscos no ambiente de trabalho Riscos biológicos: relacionados à exposição aos agentes patogênicos ou microrganismos. Veiculados – como aerossóis, poeira, alimentos, instrumentos de laboratório, água, efluente, solo etc. Risco de acidentes: causados pelo uso de máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio/explosão, armazenamento inadequado, iluminação, queda, cortes etc. Avaliações quantitativas e qualitativas – identificar todos os riscos no ambiente de trabalho. *Atribuídos valores de concentração ou exposição ao agente em questão. **Riscos físicos e químicos – podem ser monitorados por medições e instrumentos. Levantamento de riscos no ambiente de trabalho Avaliações são importantes para fins de laudos técnicos, periciais, caracterização de insalubridade e identificação da concentração ou exposição do trabalhador ao risco. Base para implementar uma medida de controle com o objetivo de proteger a integridade física e a saúde dos trabalhadores. Quando o limite para determinada exposição deixa de ser seguro aos trabalhadores, ele passa a ser chamado de limite de tolerância. Limite de tolerância: “concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral” (BRASIL, 2019a). Levantamento de riscos no ambiente de trabalho Portaria n. 5, do Ministério do Trabalho e Emprego – mapa de risco: “uma representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho” (BRASIL, 1992). Objetivo: conscientizar os trabalhadores e visitantes dos riscos aos quais podem estar expostos ao entrarem nos locais de trabalho. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) das empresas: responsável por sua elaboração, com participação de todos os trabalhadores expostos aos riscos, com auxílio do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Mapa de riscos Fonte: https://cloud.cnpgc.embrapa.br/ci pa/files/2012/05/cipa.png Fonte: https://i.pinimg.com/originals/b2/ed/41/b2e d41220be6945c0eeb23adc13084a7.png Mapa de risco Fonte: Adaptado de: https://micobacterias.ufc.br/wp- content/uploads/2018/09/legenda- mapa-risco.jpg LEGENDA – MAPA DE RISCO Tipos de Agentes Cor Riscos (Proporção) Exemplos Elevado (4) Médio (2) Pequeno (1) Químicos Vermelho Poeiras, fumos, gazes, vapores, névoas, neblinas etc. Físicos Verde Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes etc. Biológicos Marrom Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários, insetos etc. Ergonômicos Amarelo Levantamento e transporte manual de peso, repetitividade, ritmo excessivo etc. Acidentes ou Mecânicos Azul Arranjo físico e iluminação inadequada, incêndio e explosão, eletricidade etc. Exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados – sério risco aos profissionais da área da saúde no seu local de trabalho. Perfurocortantes: seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros ou qualquer material pontiagudo capaz de causar perfurações ou cortes. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial – recomendações para a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes. Causas identificadas: Redução de pessoal com profissionais assumindo funções adicionais; Iluminação do local de trabalho reduzida; Funcionário inexperiente; Reencapar da agulha – representa de 25 a 30% de todos os ferimentos com seringas. Risco ocupacional – acidentes com materiais perfurocortantes Mapa de risco é um documento cujo objetivo é indicar os riscos de um ambiente de trabalho, por meio de círculos coloridos. Segundo as cores, qual representa o risco biológico? a) Verde. b) Vermelho. c) Amarelo. d) Marrom. e) Azul. Interatividade Mapa de risco é um documento cujo objetivo é indicar os riscos de um ambiente de trabalho, por meio de círculos coloridos. Segundo as cores, qual representa o risco biológico? a) Verde. b) Vermelho. c) Amarelo. d) Marrom. e) Azul. Resposta Órgãos de fiscalização no Brasil – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama): Resolução Conama n. 358/2005 e RDC n. 306/2004: Plano de Gerenciamento contempla os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública. Classificação: Grupo A – componentes com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Ex.: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas, tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue. Identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos. Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde – GRSS Fonte: https://http2.mlstatic.com/saco-de-lixo- infectante-15-litros-branco-abnt- D_NQ_NP_160211- MLB20494130200_112015-F.jpg Grupo B: contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Ex.: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados, entre outros. São identificados através do símbolo de risco associado e com discriminação de substância química e frases de risco. Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde – GRSS Fonte: https://cdn.awsli.com.br/800x800/1012/1012 749/produto/37702185/0c9d58bd01.jpg Fonte: https://www.cetesambiental.com.br/imagens /informacoes/descarte-residuos-biologicos- hospitalares-05.jpg Grupo C: resíduos radioativos – materiais radioativos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia. Devem ser segregados de acordo com a natureza física do material, em conformidade com a norma NE-6.05 do CNEN (Conselho Nacional de Energia Nuclear) – identificados; tratamento: através do decaimento do elemento radioativo. Rejeitos sólidos: recipiente rígido. Rejeitos líquidos: recipiente de até 2L. São representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão “material radioativo”. Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde – GRSS Fonte: https://th.bing.com/th/id/OIP.akvJ9UFKllwGw0JV R2sH5QHaEo?pid=ImgDet&rs=1 Grupo D: não apresenta risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparado aos resíduos domiciliares. Ex.: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas. Podem ser destinados à reciclagem ou à reutilização – identificação nos recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando código de cores e suas correspondentes nomeações, baseadas na Resolução Conama n. 275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para os demais resíduos do grupo D, deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes. Não há exigência de padronização de cor dos recipientes quando não recicláveis. Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde – GRSS Fonte: https://th.bing.com/th/id/OIP.3Y3ug2zmCoo 0bdjUW_K9ggHaDu?pid=ImgDet&rs=1 Grupo E: resíduos perfurocortantes: lâminasbisturi, agulhas (não reencapar), ampolas de vidro, lâminas e lamínulas etc. – devem ser descartados separadamente e imediatamente após o uso – recipientes rígidos, sendo proibido o seu reaproveitamento. Identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de resíduo perfurocortante, indicando o risco que apresenta o resíduo. Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde – GRSS Fonte: https://http2.mlstatic.com/coletor- perfurocortante-descarpack-13lts- D_NQ_NP_736611-MLB20596818538_022016-F.jpg Sobre o programa de gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde, considere V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Assinale a alternativa correta. ( ) Ao realizar um procedimento como a punção venosa, geram-se resíduos de serviços de saúde do tipo perfurocortantes, classificados como grupo E. ( ) Materiais como algodão com sangue e luvas sujas de sangue devem, necessariamente, ser desprezados em recipientes com saco branco leitoso, visto que são resíduos de serviço de saúde infectantes, ou seja, pertencem ao grupo B. ( ) Componentes com possível presença de agentes biológicos (ex.: carcaças, peças anatômicas, tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue) pertencem ao grupo A. ( ) O profissional que gerar resíduo é o responsável por segregar (separar) e descartar o resíduo no recipiente correto, conforme a classificação do grupo correspondente. a) V, F, V, F. b) V, F, F, V. c) F, V, F, V. Interatividade d) F, V, V, F. e) V, V, F, F. Sobre o programa de gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde, considere V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Assinale a alternativa correta. ( ) Ao realizar um procedimento como a punção venosa, geram-se resíduos de serviços de saúde do tipo perfurocortantes, classificados como grupo E. ( ) Materiais como algodão com sangue e luvas sujas de sangue devem, necessariamente, ser desprezados em recipientes com saco branco leitoso, visto que são resíduos de serviço de saúde infectantes, ou seja, pertencem ao grupo B. ( ) Componentes com possível presença de agentes biológicos (ex.: carcaças, peças anatômicas, tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue) pertencem ao grupo A. ( ) O profissional que gerar resíduo é o responsável por segregar (separar) e descartar o resíduo no recipiente correto, conforme a classificação do grupo correspondente. a) V, F, V, F. b) V, F, F, V. c) F, V, F, V. Resposta d) F, V, V, F. e) V, V, F, F. Descontaminação: processo que envolve redução ou eliminação do risco biológico por meio da remoção de microrganismos patogênicos de objetos e superfícies contaminados, tornando-os seguros para serem manuseados. Pode ser químico – com uso de soluções germicidas; ou físico – por lavagem, pelo uso da autoclave e incineração. Materiais segregados e destino recomendado, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde: Material não contaminado – pode ser reutilizado, reciclado ou descartado como lixo municipal geral; Objetos perfurocortantes contaminados – devem ser coletados em recipientes à prova de perfurações, equipados com tampas e tratados como infecciosos; Procedimentos gerais de descontaminação Material contaminado para reutilização ou reciclagem – deve ser primeiro descontaminado e lavado; depois disso, pode ser tratado como material não contaminado (não infeccioso); Material contaminado para descarte – descontaminar no local ou armazenar com segurança antes do transporte para outro local para descontaminação e descarte; Material contaminado para incineração – incinerar no local ou armazenar com segurança antes do transporte para outro local para incineração; Resíduos líquidos (contaminados ou não) para descarte no sistema de esgoto sanitário – descontaminar antes do descarte no esgoto sanitário. Segregação e destino dos materiais – recomendado pela Organização Pan- Americana da Saúde Limpeza é o primeiro passo para o processamento de descontaminação – remoção mecânica de sujidades físicas e químicas – redução de microrganismos como resultado da ação mecânica. Desinfecção é um processo mais severo cujo objetivo é destruir os microrganismos sejam patogênicos ou não, por utilização de processo físico ou químico, com auxílio de desinfetantes. Graus de descontaminação Fonte: https://en-br.ecolab.com/- /media/Ecolab/Ecolab- Home/Images/Solutions/SurfaceCleaning.jpg Principal processo físico de desinfecção – elevação da temperatura (acima de 60 ºC) – interromper a divisão celular dos microrganismos = morte das células. Aumento da temperatura – membrana celular e proteínas são afetadas. Aumento da temperatura – acelera as reações dentro das células, atingindo níveis inaceitáveis para o funcionamento celular. Após a exposição à alta temperatura, um recurso muito utilizado é a redução da temperatura, para que os microrganismos sobreviventes não voltem a se multiplicar em um processo conhecido como choque térmico. Processos físicos de desinfecção Dividida em três níveis – a depender da resistência do microrganismo a ser combatido: 1. Desinfecção de nível baixo: eliminação de bactérias, alguns fungos e vírus – produto mais utilizado é o quaternário de amônia na limpeza de superfícies, paredes e mobiliários – vantagem: pouco tóxico para humanos, embora possa causar irritações na pele; Processos químicos de desinfecção Fonte: https://st2.depositphotos.com/4769585/1122 9/v/950/depositphotos_112292560-stock- illustration-bacteria-and-virus-cells-on.jpg 2. Desinfecção de nível médio: eliminação das micobactérias, como o bacilo da tuberculose, vírus, fungos, com exceção de esporos. São utilizados para esse fim o álcool etílico a 70%, compostos fenólicos entre 2 e 5% e hipoclorito de sódio a 1%; 3. Desinfecção de nível alto: elimina micobactérias e esporos, além dos microrganismos citados anteriormente – produtos mais usados são glutaraldeído a 2% e o ácido peracético. Processos químicos de desinfecção Fonte: https://th.bing.com/th/id/OIP. _cOIYWY2cyt9wY1mZWcev AHaE8?pid=ImgDet&rs=1 Fonte: https://koronawirus.belder.pl/wp- content/uploads/2020/06/Korona-1-2- scaled.jpeg Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch Coronavírus Na esterilização ocorre a destruição de todos os microrganismos, utilizando-se de processo químico ou físico. Quando realizada corretamente, a esterilização elimina todas as bactérias, fungos, vírus e esporos. Considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos microrganismos contaminantes é menor do que 1:1.000.000. 1. Esterilização física: por meio de autoclaves, radiação ultravioleta, flambagem, estufas, raios gama. Esterilização Fonte: https://cdn.shopify.com/s/files/1/0464/547 7/products/Live_Rock_2014-11- 07_15.58.58_1000x.jpg?v=1437068605 Fonte: https://cdnx.jumpseller.com/la bquimed/image/5997773/resi ze/1200/1200?1564608773 2. Esterilização química: por meio de aldeídos, como o glutaraldeído e o formaldeído, ou com a utilização de ácido peracético. Duas formas: 1. Com produtos líquidos – meio da imersão do utensílio num banho contendo o produto. Os esterilizantes mais utilizados nesse processo são o glutaraldeído a 2%, o ácido peracético a 0,2% e o peróxido de hidrogênio a 6%. 2. Com produtos gasosos – muito usado em hospitais, é o óxido de etileno (EtO). Processos químicos de esterilização Tiras indicadoras: impregnadas com tinta termoquímica que muda de coloração quando exposta à temperatura – colocadas sobre todos os produtos a serem esterilizados. Teste Bowie e Dick: semelhante às tiras indicadoras que avaliam a remoção de ar, penetração do vapor, tempo e temperatura. Indicadores biológicos: culturas padronizadas de microrganismos comprovadamente resistentes. Monitoramento do processo de esterilização Fonte: https://www.pidiscat.cat/7811-thickbox_default/tires- indicadores-plastic-ph-6- 0-5-ph-ph-0060-1-bossa- 50-unitats.jpg Fonte: https://3albe.com.br/wp- content/uploads/2020/09 /teste-bowie-dick- maxximed-3albe- lamina.jpg Fonte: https://th.bing.com/th/id/OIP. VdUTKleECnWu12PlpnJVy AAAAA?pid=ImgDet&rs=1 1. Artigos não críticos: não entram em contato com pacientes ou que interagem apenas com a pele íntegra – apresentam baixo risco de transmissão de infecções, podem servir de disseminação de microrganismos entre os pacientes, a exemplo de comadres, jarros, bacias, aparelhos de pressão e termômetros – devem receber apenas a limpeza. 2. Artigos semicríticos: entram em contato com a membrana mucosa que reveste os órgãos internos, como tubo digestivo, intestino ou pulmões, ou com a pele não íntegra – devem receber a limpeza e, posteriormente, a desinfecção. 3. Artigos críticos: penetram em tecidos/contato com o sangue ou secreções, constituindo alto risco de infecção – agulhas, instrumentos cirúrgicos, cateteres – devem receber a limpeza, a desinfecção e, posteriormente, a esterilização. Classificação dos artigos médico-hospitalares de acordo com a possibilidade de contaminação Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente quando eles ocorrem – Comissão Interna de Biossegurança. Conceitos importantes relacionados ao fogo: 1. Ponto de fulgor: temperatura na qual um combustível desprende vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade suficiente para manter a combustão. Prevenção de incêndios Fonte: https://pt.slideshare.net/alexmaragato/princpios-do-fogo 2. Ponto de combustão: temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando, mesmo quando retirada essa fonte de calor. 3. Ponto de ignição: temperatura necessária para inflamar os vapores que estejam se desprendendo de um combustível. Prevenção de incêndios Fonte: https://pt.slideshare.net/alex maragato/princpios-do-fogo Fonte: https://pt.slideshare.net/alex maragato/princpios-do-fogo Classe A: usado em combustíveis que, quando queimam, deixam resíduos (madeiras, papel, borrachas etc.) – extintores de água ou espuma. Classe B: usado em incêndios que não deixam resíduos. São combustíveis que, normalmente, são líquidos (álcool, gasolina etc.) – extintores de dióxido de carbono, espuma ou pó químico seco. Classe C: usado nos incêndios com eletricidade – extintor tem uma carga de pó químico seco e gás carbônico. Classe D: base de cloreto de sódio e geralmente é utilizado para incêndios em metais como magnésio e titânio. Classe F: incêndios que envolvem produtos para cozinhar alimentos, como óleos e gorduras vegetais. Tipo de extintor Fonte: https://th.bing.com/th/id/R.ad907a35 95f8dad8c10e1cfe5028b7f2?rik=87 Lq4kg9hW0L0w&pid=ImgRaw&r=0 Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente são chamados de artigos não críticos. Em relação à sua desinfecção, assinale a alternativa correta. a) Autoclavagem. b) Imersão em glutaraldeído. c) Esterilização por óxido de etileno. d) Desinfecção de alto nível. e) Limpeza ou desinfecção de baixo nível. Interatividade Os artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente são chamados de artigos não críticos. Em relação à sua desinfecção, assinale a alternativa correta. a) Autoclavagem. b) Imersão em glutaraldeído. c) Esterilização por óxido de etileno. d) Desinfecção de alto nível. e) Limpeza ou desinfecção de baixo nível. Resposta Audiovisuais: Radioactive, 2019. Direção: Marjane Satrapi. Duração: 1h50min. ANDRADE, A. Biossegurança em biotérios. In: ANDRADE, A.; PINTO, S. C.; OLIVEIRA, R. S. (orgs.). Animais de laboratório: criação e experimentação. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. BORBA, C. M. et al. Biossegurança e boas práticas laboratoriais. In: MOLINARO, E. M.; CAPUTO, L. F. G.; AMENDOEIRA, M. R. R. (orgs.). Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. Rio de Janeiro: EPSJV, 2009. p. 21-66. (v. 1). Disponível em: https://rb.gy/tqdriu. Acesso em: 17 jan. 2022. BRASIL. NR-15 – Atividades e operações insalubres. Brasília, 2019a. Disponível em: https://rb.gy/pai38k. Acesso em: 12 jan. 2022. BRASIL. Portaria DNSST n. 5, de 17 de agosto de 1992. Altera a Norma Regulamentadora n. 9 estabelecendo a obrigatoriedade de elaboração do mapa de riscos ambientais. Brasília, 1992. Disponível em: https://rb.gy/fbumwr. Acesso em: 12 jan. 2022. Referências COUTO, S. E. R. Instalações e barreiras sanitárias. In: ANDRADE, A.; PINTO, S. C.; OLIVEIRA, R. S. (orgs.). Animais de laboratório: criação e experimentação [on-line]. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. Disponível em: https://tinyurl.com/2p8h5z4h. Acesso em: 17 jan. 2022. FIOCRUZ. Biossegurança em biotérios. Portal EPSJV, 17 out. 2018. Disponível em: https://tinyurl.com/ymttvt5k. Acesso em: 18 jan. 2022. HOSPITAL DAS CLÍNICAS. Limpeza e desinfecção de superfícies fixas e bancadas em laboratório. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: São Paulo, 2020. Disponível em: https://tinyurl.com/2p9dj5f7. REIS, S. R.; FRANCO, A. M. R. Manual básico de bioterismo. Projeto Fronteiras, Manaus, 2012. SOUZA E SOUZA, L. P. et al. Mapeamento dos riscos ambientais do laboratório de análises clínicas de um hospital de ensino: relato de experiência. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Brasília, v. 4, n. 1, p. 1511-1519, 2013. VIEIRA, M.; PADILHA, M. I. C. S. O HIV e o trabalhador de enfermagem frente ao acidente com material perfurocortante. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 42, n. 4, p. 804-810, 2008. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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