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COSMETOLOGIA APRESENTAÇÃO #CURRÍCULO LATTES# Profa. Msc. Claudiana Marcela Siste Charal ● Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (PEF- UEM/UEL) na área de concentração em Desempenho Humano e Atividade Física com o orientador Prof. Dr. Nelson Nardo Junior; ● Mestre em Promoção da Saúde no Envelhecimento Ativo (Unicesumar); ● Licenciatura Plena em Educação Física (CESUMAR); ● Especialista em Neuroaprendizagem (Unicesumar); ● Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino A Distância (UniFCV); ● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação (Unicesumar); ● Tutora Pedagógica (UniFCV) ● Professora orientadora de trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação (UniFCV); ● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE); ● Experiência no Ensino Superior (presencial e a distância) desde 2019 até os dias atuais; ● Pesquisadora do Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade (NEMO) vinculado ao Departamento de Educação Física (DEF) e Hospital Universitário de Maringá (HUM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM); ● Experiência de atuação profissional na área de pesquisa científica, em específico, no tratamento multiprofissional da obesidade, na avaliação e medidas de pessoas com obesidade, em programas de tratamento multiprofissional voltado à pesquisa e artigos científicos; ● Experiência em gestão e empreendimento de academia de 2003 a 2015; ● Experiência em personal trainer de 2000 até os dias atuais. Acesse meu currículo lattes: CV: http://lattes.cnpq.br/7940297809849482 CURRÍCULO LATTES Professora Especialista Indianara Paula Pinheiro Fermino ● Especialista em Estética e Cosmetologia (UNOPAR); ● Pós-graduanda em Tecnologias Digitais e Inovação na Educação (UniFCV); ● Tecnóloga em Estética e Cosmética (UniCesumar); ● Tutora Educacional (UniFCV); ● Experiência na área da estética e beleza desde 2003. Ampla experiência como profissional da área estética, atuando nos procedimentos faciais, corporais, capilares e embelezamento de modo geral. Acesse meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/5910493750064089 APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Olá, prezado(a) acadêmico(a)! Seja bem-vindo(a) à disciplina Cosmetologia!!! Esta apostila foi organizada de modo especial para aprimorar seus conhecimentos diante dos cosméticos corporais e faciais, uma vez que acreditamos que os conhecimentos, aqui, contemplados são de extrema importância para a sua jornada acadêmica e profissional, pois para o nosso entendimento você tem buscado com excelência compreender e capacitar-se sobre a composição e ação dos cosméticos aplicados na pele para higiene, hidratação e fotoproteção, empregados em procedimentos estéticos faciais e corporais. Além dos distúrbios dermatológicos, normas e regulamentos dos cosméticos sobre o uso e ações dos cosméticos corporais e faciais. Dessa forma, ao longo das quatro unidades serão debatidos assuntos pertinentes a esses conteúdos, em que será possível compreender pela Unidade I, sobre a cosmetologia e dermatologia de maneira ampla, bem como a estrutura da pele e seus anexos; compreendendo seu processo de permeabilidade e hidratação, além de estabelecer a importância das normas e regulamentos dos cosméticos. Na sequência, a unidade II (Cosméticos E Suas Fórmulas), abordará os seguintes conteúdos: formas e formulações dos cosméticos orgânicos, naturais e infantis, e os conceitos e funções dos sabonetes, hidratantes, fotoprotetores, desodorantes e antitranspirantes, perfumes, esmalte, shampoo, esfoliantes químicos e físicos. Mais adiante, na unidade III, cujo título é: Unhas, Cabelos e suas Alterações, têm ênfase nos seguintes conteúdos: Definição da estrutura das unhas; os tipos de cabelo e as tinturas utilizadas neles. Por fim, na unidade IV, nossa reflexão será sobre: Os diferentes tipos de acne, alergias de contato e o envelhecimento cutâneo; e os tipos de câncer de pele. Desejamos bons estudos e uma excelente disciplina! UNIDADE I COSMETOLOGIA E DERMATOLOGIA Professora Especialista Indianara Paula Pinheiro Fermino Plano de Estudo: ● Introdução à cosmetologia e dermatologia; ● Estrutura da pele e seus anexos; ● Permeabilidade e Hidratação da pele; ● Normas e regulamentos dos cosméticos. Objetivos de Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar cosmetologia e dermatologia; ● Elucidar sobre a estrutura da pele e seus anexos; ● Compreender o processo de permeabilidade e hidratação da pele; ● Estabelecer a importância das normas e regulamentos dos cosméticos. INTRODUÇÃO Caro(a) estudante! É com imenso prazer que lhe damos boas-vindas e iniciamos os estudos de nossa Unidade I, intitulada, “Cosmetologia e Dermatologia”, da disciplina Cosmetologia para o curso de Estética e Cosmética. Nesta unidade, traremos conceitos e contextualizações a respeito dos termos dermatológicos, bem como assuntos relacionados à cosmetologia. Uma importante abordagem ao profissional de estética. Refletiremos sobre a atuação do esteta no que diz respeito aos tratamentos estéticos para determinadas afecções cutâneas. Em seguida, apresentaremos o maior órgão do corpo humano, a nossa pele e seus respectivos anexos. Para nós, profissionais da estética, quando se trata de pele, precisamos ter um amplo conhecimento, pois é na pele que faremos a maior parte dos tratamentos estéticos, não é mesmo?! Estudante, nosso maior compromisso com o paciente é oferecer um tratamento de qualidade e eficaz, sabendo disso, apresentaremos a você, a estrutura e a permeabilidade da pele. Como é possível um cosmético atravessar o que chamamos de barreira natural? Essas e outras questões responderemos no decorrer do material. Além disso, abordaremos assuntos relacionados a normas e legislações cosméticas, pois, tão importante quanto conhecer a pele e suas estruturas é preciso ter responsabilidade ética na utilização de cosméticos, respeitando sempre a saúde e a integridade moral do paciente. Assim, o bom senso trará resultados surpreendentes. É preciso dedicação e compromisso com o conhecimento para alcançar lugar de destaque! Para tanto, ao final desta unidade, traremos materiais complementares, como dica de estudos, aproveite para degustar todo conhecimento compartilhado. Bons estudos! 1 INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA E DERMATOLOGIA https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/scientistpharmacist-applying-moisturizer-lotion-on-her- 1303841911 Prezado(a) aluno (a), neste tópico, falaremos sobre alguns dos conceitos e contextualizarmos sobre a cosmetologia e a dermatologia. O maior aliado do esteta é o cosmético, pois ele está presente em todo e qualquer protocolo realizado, desde um simples design de sobrancelha, quando utilizamos um lápis para realizar marcações até um procedimento mais complexo como os tratamentos para acne, por exemplo. A cosmetologia, está ligada a estudos e desenvolvimento, bem como a aplicabilidade dos mais diversos tipos de cosméticos, fazendo jus ao significado, segundo escreveu Ribeiro (2010), cosmetologia pode ser definida como uma ciência que estuda os cosméticos, desde a concepção de conceitos até a aplicação dos produtos elaborados. Por sua vez, a palavra cosmético tem origem grega kosméticos e está relacionada a adorno, prática ou habilidade de adornar (RIBEIRO, 2010). Existem estudos que apontam a utilização de cosméticos desde a antiguidade, nos tempos da cleópatra, em que utilizavam cinzas para marcar os olhos, leite de cabra para banhos de imersão, entre outros recursos até então muito precários, mas que foram de fundamentalimportância para o crescimento dessa área tão importante para os seres humanos. Com o passar dos anos ficou nítida a procura, cada vez mais acentuada da população de modo geral pelos cosméticos, com isso, o ramo vem crescendo de forma exponencial. Dessa forma, houve a necessidade de instaurar um órgão responsável pela regulamentação e fiscalização dos produtos que vinham sendo desenvolvidos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que define cosmético da seguinte forma: Produtos Cosméticos, de Higiene Pessoal e Perfumes, são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (ANVISA, 2015). Com o amplo crescimento da indústria química de cosméticos, foi preciso estabelecer classificações aos produtos comercializados, visto que, muitos desses produtos tinham a finalidade de tratamento. Então, os cosméticos foram definidos como produtos com finalidade de embelezamento e que não causam alterações na pele, e os cosmecêuticos, por conterem propriedades farmacológicas, sendo seu principal objetivo, o tratamento, além do embelezamento. Muito se ouve falar em dermatologia, mas você já parou para pensar no significado dessa palavra? A dermatologia é um termo médico, e que significa estudo das doenças relacionadas à pele. Certo, mas a formação que estamos buscando é na área da estética, não é mesmo? Dentro disso, podemos dizer que o esteta busca a melhora das disfunções da pele, como tratamento, sim, tratamento de disfunções e não de doenças, que ficam a cargo do profissional de medicina. Podemos aqui citar algumas das disfunções estéticas que são de responsabilidade do esteticista, como: tratamento de estrias, tratamento de acne, tratamento de melasma, tratamento de alopécia, entre muitos outros. Vale lembrar que, o profissional esteta, assim como em qualquer profissão, deve agir de maneira a respeitar os princípios da ética e bioética. 2 ESTRUTURA DA PELE E SEUS ANEXOS https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/human-skin-structure-body-fat-3d-1556482334 Caro (a) aluno (a), neste tópico, falaremos sobre a estrutura da pele e seus anexos. A pele, ou também chamada tegumento, é considerada o maior órgão do corpo humano, com cerca de 16% do peso corporal e espessura de 1,5mm a 4mm, aproximadamente, e ph variando entre de 4,6 a 5,8 (Pereira, 2013). Formada por duas camadas que se subdividem respectivamente. Logo abaixo da pele fica localizada a hipoderme ou também chamada de tecido adiposo, ou ainda, tela subcutânea. A principal função da pele é de proteção contra agentes físicos, químicos, microorganismos e, até mesmo, contra os efeitos nocivos da radiação UV, além de promover a regulação da temperatura corporal, excreção de suor, síntese de vitamina D e recepção sensorial (MARIEB, 2014). Na camada mais externa está a epiderme, de acordo com as definições de Marieb, epiderme é um epitélio estratificado, pavimentoso e queratinizado que contém quatro tipos de células diferentes, os queratinócitos, os melanócitos, as células epiteliais táteis e as células dendríticas. A epiderme é uma camada avascularizada, com pouco ou nenhum material extracelular, ou substância fundamental amorfa, substância que preenche os espaços intracelulares e com células justapostas, o que significa que suas células são muito próximas umas das outras. Estão em constante processo de renovação celular, à medida que novas células vão surgindo na camada mais interna, as quais vão empurrando as demais até chegarem à superfície, totalmente queratinizadas, é o que nós podemos chamar de pele morta. O ciclo de renovação celular ocorre a cada 28 dias aproximadamente, nesse período, temos uma pele totalmente nova. A principal célula do tecido epitelial, o queratinócito, é responsável por produzir a queratina, responsável pela função barreira. O melanócito, como o próprio nome já sugere, é a célula responsável por produzir um pigmento escuro denominado melanina, à medida em que a célula produz melanina ela vai distribuindo para os queratinócitos a sua volta através de seus pseudópodes, e os queratinócitos, como já dito, estão em constante processo de renovação celular, em um efeito conhecido como turn over, leva esse pigmento para as demais camadas da epiderme. O melanócito fica alocado na camada mais interna da epiderme, no estrato basal, o que falaremos mais adiante. 2.1 Epiderme A epiderme também é formada pelas células epiteliais táteis, ou células de Merkel. Essas estão diretamente ligadas a uma terminação sensorial nervosa e funcionam como um receptor tátil (MARIEB, 2014). As células dendríticas, ou também chamadas células de Langerhans, ficam dispersas entre os queratinócitos. São células estreladas e fazem parte do sistema imunológico, utilizando da endocitose (processo ativo pelo qual ocorre a penetração de material extracelular no protoplasma das células) para capturar proteínas estranhas e levar até o linfonodo mais próximo (MARIEB, 2014). Agora que já conhecemos as células pertencentes à epiderme, vamos falar das subcamadas que a compõem. Ao todo, as subcamadas da epiderme são cinco, conforme figura 1. Porém, apenas nas palmas das mãos e plantas dos pés estão contidas as cinco camadas, em todo o corpo temos apenas quatro camadas, como veremos a seguir. Na camada mais profunda, encontramos o estrato basal, ou também, chamado estrato germinativo, como o nome sugere, é nessa subcamada que inicia o processo de renovação celular, aqui encontramos a célula de Merkel e os melanócitos. O estrato espinhoso, ou camada espinhosa, ganhou esse nome pelo grande número de células com aspectos espinhosos, isso ocorre quando se comprimem nos desmossomos. No estrato espinhoso também ocorre mitose, porém em menor frequência comparado ao estrato basal. Dentre as células do estrato espinhoso estão as células dendríticas. O estrato granuloso, localizado logo acima do estrato espinhoso, encontramos as chamadas pré-queratinas, aqui as células apresentam-se mais achatadas, e contém grânulos de querato-hialinas, estas que potencializam a formação de queratina, e os grânulos lamelares formados por um glicolipídio de impermeabilização, fazendo que o tecido epitelial não sofra com a aceleração da perda hídrica. A camada lúcida, ou estrato lúcido, está presente apenas nas camadas mais espessas de pele do corpo humano, nas palmas das mão e plantas dos pés. É uma camada muito fina de células achatadas e claras, já mortas. A camada córnea ou estrato córneo é a camada mais externa, tecido totalmente queratinizado e morto. Porém, ainda que esse tecido seja considerado morto, desempenha a função de proteção. Figura 1 - Epiderme Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image- vector/epidermis-structure-cell-layers-human-skin-1307963341 SAIBA MAIS As células do estrato córneo são eliminadas regularmente: são a caspa que se solta do couro cabeludo e os flocos que saem da pele seca. Em média, uma pessoa perde 18 kg desses flocos de pele durante a vida (MARIEB, 2014) #SAIBA MAIS# A camada mais superficial da pele, tem seu interior totalmente tomado por queratina. Seu formato muito se assemelha a discos empilhados, encontram-se ligadas através dos desmossomas e nas camadas mais superficiais acontece a descamação. 2.2 Derme A segunda camada da pele é a Derme, dividida em duas subcamadas, a derme papilar e a derme reticular.A derme é um tecido conjuntivo totalmente vascularizado, dotado de células denominadas fibroblastos, macrófagos, mastócitos e leucócitos. Também dotado de fibras, designadas fibras colágenas e fibras elásticas. Os fibroblastos que compõem a derme são células que sintetizam fibras extracelulares; macrófagos são células de defesa que fagocitam restos celulares e agentes patógenos; mastócitos são células de defesa que sinalizam outras células de defesa por meio de inflamação; os linfócitos agem quando existe a presença de algum agente patógeno, migrando do interior dos vasos sanguíneos para o tecido conjuntivo, ajudando no processo de defesa do organismo. Desmembrando as subcamadas temos na parte mais externa e mais fina, a derme papilar, que é uma camada justaposta à epiderme, seu tecido conjuntivo é frouxo e as fibras de colágeno e elastina são maleáveis. A derme reticular é a parte mais profunda, tem cerca de 80 % do tecido total da derme, composta por um tecido conjuntivo mais denso e não maleável. As fibras de colágeno e elastina na derme reticular são mais robustas. 2.3 Anexos cutâneos Agora, caro (a) estudante, imagine que além de todas essas divisões da pele, temos também o que chamamos de anexos cutâneos, os quais abordaremos em seguida. A unha, o pelo e o folículo piloso, as glândulas sudoríparas e as glândulas sebáceas, compõem os anexos da pele. Cada anexo citado tem uma função específica, vejamos: a unha nos dá a capacidade de pegar objetos, ela é formada por queratina dura e morta. O pelo é formado por haste, raiz e bulbo, fica localizado dentro do folículo piloso, que é uma invaginação da epiderme e derme, tem função de proteção e, também, tem função sensorial, conforme pode se observar na figura 2. Essa invaginação que vai até a camada mais profunda da derme tem um motivo pelo qual está nessa profundidade, uma parte da derme denominada papila dérmica projeta-se para dentro do folículo piloso, fazendo a irrigação sanguínea e nutrição local, fatores essenciais para o crescimento do pelo. Em anexo ao folículo piloso estão o músculo eretor do pelo e a glândula sebácea. O músculo eretor do pelo tem a função de projetar o pelo para fora do folículo e mantê-lo ereto. A glândula sebácea é projetada para dentro do folículo piloso para promover a lubrificação, permitindo, assim, que o pelo deslize e saia do folículo mais facilmente. Outro anexo tão importante quanto os demais é a glândula sudorípara, que tem função excretora, é através dela que transpiramos. A glândula sudorípara pode ser do tipo écrina ou apócrina. A do tipo écrina é predominante na extensão do corpo e palmas das mãos e plantas dos pés, já a apócrina é encontrada na região axilar, anal e genital. Figura 2 - Anexo cutâneo Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/section-skin-sweat-glands-vector-illustration- 793610245 2.4 Hipoderme Abaixo de toda a estrutura listada acima está a camada adiposa, também conhecida como hipoderme, ou ainda, tela subcutânea, observe a imagem da figura 3. A principal função da hipoderme é a sustentação da derme e epiderme, fazendo a ligação desses tecidos com o músculo e ossos, além de manter a temperatura corporal, proteger contra choques mecânicos e promover o contorno corporal. Composta por tecido conjuntivo frouxo, fibras colágenas e elásticas. As principais células da hipoderme são os fibroblastos, macrófagos e adipócitos. A célula em maior evidência é o adipócito, e é dessa célula que falaremos agora (VANPUTTE, 2010). Figura 3 - Hipoderme Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/fat-cells-inside-human-organism-3d-1755761738 O adipócito é uma célula, provida de núcleos e organelas como qualquer outra célula, sua função é armazenar gordura em forma de lipídeos. Pode ser unilocular em que é formado por uma única gota de gordura, ou multilocular formado por várias gotículas de gordura. O adipócito unilocular de coloração amarela, está presente em grande parte do organismo humano, junto à pele. Já o adipócito multilocular de coloração marrom-clara é o que predomina em bebês, nos adultos, esse tipo de adipócito é encontrado no pescoço, ombros, parte superior das costas, ao redor dos rins, da aorta e do mediastino (GODEFROID, 2020). 3 PERMEABILIDADE E HIDRATAÇÃO DA PELE Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/beautiful-young-woman-applying-cosmetic-product- 1762930202 Estimado (a) aluno (a), neste tópico, iremos compreender o processo de permeabilidade e hidratação da pele. 3.1 Permeabilidade da pele Um tratamento considerado eficaz é aquele que consegue atingir o propósito para o qual foi designado, não é mesmo?! Para que isso aconteça, precisamos saber de que forma um ativo consegue permear a pele e chegar, por exemplo, até a hipoderme, e precisamos conhecer também, quanto ao peso molecular do ativo, para, assim, sabermos qual é a melhor forma de empregar esse ativo na pele. A pele tem a função principal de gerar uma barreira contra o meio e, por isso, possui permeabilidade seletiva. Alguns fatores influenciam as condições de permeação, como sua integridade, patologia, metabolismo, área do corpo, temperatura, espessura, hidratação, entre outros (PEREIRA, 2013). Para melhor compreensão da permeabilidade da pele, convido-lhe, estudante, para me acompanhar no raciocínio que segue: As células são dotadas de organelas, núcleo, citoplasma e uma membrana que separa o meio intercelular do meio extracelular. Essa membrana é formada por uma bicamada de fosfolipídeos, ou também chamada bicamada lipídica, o que significa que possui a cabeça hidrofílica, essa voltada para a parte que contém água, e caudas hidrofóbicas posicionadas frente a frente no centro da camada, formando uma barreira hidrofóbica, tornando, assim, a membrana semipermeável. Anexo à membrana celular estão as proteínas, o colesterol e os carboidratos. As proteínas são responsáveis por grande parte das funções realizadas pelas células, como o transporte de substâncias, são as chamadas proteínas transmembranas e proteínas carreadoras. Os carboidratos, entre outras, têm a função de formar um ambiente hidratado, isso pela capacidade que tem de atrair água. Considerada semipermeável, a membrana permite a passagem de pequenas moléculas e lipossolúveis. Para substâncias com peso molecular maior, existe a necessidade de um transportador, isso acontece através das proteínas transmembranas ou proteínas carreadoras (Godefroid, 2020). Godefroid (2020) mostra-nos que, o transporte de substâncias transmembrana pode ser de forma passiva ou ativa. Na forma passiva não há gasto de energia (ATP) e ocorre em livre passagem, a favor do gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o menos concentrado). Na forma Ativa, a substância enfrenta uma resistência, ou seja, vai contra o gradiente de concentração, gastando ATP. Observe na figura 4 uma exemplificação da estrutura da membrana celular. Figura 4 - Membrana celular Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/cell-membrane-cytoplasmic-structure-1106910629 Dessa forma, a permeação de ativos pode ocorrer de forma intercelular, entre as células e intracelular, onde ocorre a passagem do ativo por dentro das células, e transfolicular, onde a permeação ocorre através das glândulas sudoríparas e folículos pilosos. Podemos observar as seguintes situações: na adsorção o ativo cosmético não permeia a pele e fica sobre a superfície; na absorção cutânea o ativo passa por entre os corneócitos (camada córnea, células da epiderme); na absorção transepidérmica o ativo atinge profundidades. Para que o ativo permeie com maior facilidade é ideal que a pele esteja adequadamente hidratada. A permeabilidade cutânea, em relaçãoaos tipos de pele, apresentam menor permeabilidade em peles oleosas e secas. Isso acontece em virtude da obstrução dos folículos ou de ausência dos orifícios pilossebáceos. No caso de pele hidratada, a permeabilidade é maior (CUNHA, 2021). Com o avanço da tecnologia nos cosméticos, podemos observar que hoje, temos muitas formas de auxiliar o ativo cosmético para que ele permeie de forma mais fácil, tornando o tratamento mais eficaz. Uma das propostas é utilizar de alguns excipientes, chamados promotores da permeação, onde atuam na penetração ou interação com o estrato córneo para facilitar a permeação de ativos, podem ser físicos, químicos ou por sistema de liberação programada (PEREIRA, 2013). Os promotores químicos atuam pela via intercelular e diminui consideravelmente a resistência do estrato córneo. Exemplo: peeling químico. Os promotores físicos modificam a propriedade barreira, a partir da utilização de técnicas de liberação de ativos e tecido-alvo (PEREIRA, 2013). Exemplo: Iontoforese. Já os promotores de permeação são substâncias inativas que podem alterar de maneira reversível a composição ou organização da pele pela interação com os constituintes da camada córnea (PEREIRA, 2013). 3.2 Hidratação da pele Nosso corpo é formado basicamente por 70% de água, e quando há a diminuição dos níveis de água ocorre a desidratação. A diminuição dos níveis de água na pele pode acontecer por fatores intrínsecos devido, por exemplo, à baixa ingestão de água, ou fatores extrínsecos devido à baixa umidade do ar, por exemplo. E quando não fazemos a manutenção da hidratação, seja impedindo que a água saia do organismo, utilizando de produtos que favoreçam isso, ou ingerindo a quantidade de água necessária por dia, estamos contribuindo diretamente para a desidratação da nossa pele. Os fatores que determinam as características da pele tem muito a ver com as condições climáticas em que o indivíduo vive. Em um local considerado úmido, a pele tende a perder menos água, e em contrapartida em lugares mais secos, a pele tende a perder mais água, ocasionando em desidratação. A hidratação é dada pela capacidade que o estrato córneo tem de reter água. Em condições normais, esta camada contém entre 10% e 30% de água, e sempre que os níveis estiverem abaixo de 10% a pele é considerada desidratada (KEDE e SABATOVICH, 2004). Para que as condições de hidratação da pele estejam em estado normal ou hidratada é necessário fazer uma ingestão de água adequada, de acordo com o peso do indivíduo e além de manter a pele em constante lubrificação, fazendo um filme protetor para que a pele não sofra com a perda de água para a superfície. Considerando o aspecto da pele quanto ao tipo, podemos classificá-la em: seca, oleosa, normal e mista. Na pele seca há menor concentração de oleosidade ou do manto hidrolipídico (junção das produções de sebo e suor) e a pele tende a apresentar-se mais descamativa; pele oleosa há uma produção exacerbada de sebo, deixando a pele com aspecto brilhoso; pele normal tende a apresentar secreções equilibradas, apresenta-se aveludada e sedosa; pele mista apresenta a zona T (testa, nariz e queixo) oleosa e outras regiões da face normal ou seca (CUNHA, 2021). Normalmente as pessoas que sofrem de pele oleosa pensam que não necessitam de hidratação, por conta da grande quantidade de sebo presente na superfície da pele, porém trata-se de um pensamento totalmente equivocado, uma vez que a oleosidade não proporciona hidratação. Ou, até mesmo, fazem uma “ limpeza ” exagerada, removendo continuamente o excesso de sebo, fazendo que haja o que chamamos de efeito rebote, quanto mais se retira, mais o organismo produz para repor. Portanto, pode- se empregar produtos hidratantes de base aquosa e livre de óleos (oil free). REFLITA Uma das formas mais eficazes de se obter a permeabilidade dos cosméticos na pele é através da nanotecnologia. Os cosméticos providos dessa tecnologia podem atingir camadas profundas do tecido e, assim, proporcionar resultados mais satisfatórios. Para saber mais sobre esse assunto, trago para você, aluno(a), uma leitura interessante intitulada Nanotecnologia aplicada aos cosméticos, basta acessar o link a seguir: https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/30018/19403 #REFLITA# 4 NORMAS E REGULAMENTOS DOS COSMÉTICOS https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-liquid-soap-going-on-production-759223804 Prezado (a) aluno(a), neste tópico, estabeleceremos a importância das normas e regulamentos dos cosméticos. 4.1 Leis e Portarias para a fabricação e comercialização dos cosméticos De acordo com Rebello (2019), a legislação brasileira que guia a fabricação e a comercialização dos cosméticos abrange diversos órgãos governamentais, tais como: o Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério do Meio Ambiente. Veremos os atos a seguir. O Ministério da Saúde estabelece as seguintes leis: ● Lei nº 6.360/76, sujeita às normas de vigilância sanitária, medicamentos, produtos de higiene, cosméticos e perfumes; ● Lei nº 6.437/77, configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências; ● Lei nº 9.782/99, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Algumas das Portarias e Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC): ● Portaria nº 348/97 revogada pela RDC nº 48 de 25/10/2013: esta que aprova o Regulamento Técnico de Boas Prática de Fabricação para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes; ● Portaria 485 de 07/07/2004, institui a Câmara Técnica de Cosméticos (Catec) para prestar consultoria e assessorar a Gerência Geral de Cosmética; ● RDC nº 7 de 10/02/2015, requisitos técnicos para regularização de produtos para higiene pessoal, cosmético e perfume; ● RDC nº 481/99, estabelece os limites microbianos seguros para o consumidor e produto; ● RDC nº 332 de 01/02/2005, fabricantes de produtos de higiene pessoal, cosmético e perfume, deverão ter um sistema de cosmetovigilância a partir de 31/12/2005; ● RDC nº 211 de 14/07/2005, especifica a classificação dos produtos em duas categorias, local de aplicação e ingredientes da formulação, além de testes de segurança e rotulagem. O Ministério da Justiça, por meio do decreto nº 2.181/97, capítulo IV, Seção I e Artigo 8º, retrata sobre o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, pelo qual afirma que o fabricante deve prestar informações do produto por meio de impressos, sendo: composição química, data de fabricação, prazo de validade, modo de uso e precauções. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, através do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade), realiza a verificação, fiscalização e certificação, como a quantidade de produto na embalagem e o Ministério do Meio Ambiente realiza o controle de poluentes do ar e da água. 4.2 Classificação dos cosméticos A fim de padronizar a nomenclatura dos princípios ativos na rotulagem dos produtos, é utilizado padrão internacional INCI (International Nomenclature of Cosmetic Ingredients), devido à existência de mais de doze mil ingredientes para a utilização na fabricação de cosméticos (CUNHA, 2021). 4.3 Grau de risco dos cosméticos Indica o grau de risco que um determinado produto pode oferecer quando utilizado de forma errada. A Anvisa determina que sejam levados em conta a formulação, usuário, local de aplicação, tempo de contato com o produto e cuidados durante o uso, para classificar em grau de risco 1 ou 2. Produtos classificados como grau de risco 1, são produtos com propriedades básicas, não necessitam de comprovação de eficácia e não precisam conter no rótulo modo de uso e restrições, pois são considerados de risco mínimo.Produtos classificados como grau de risco 2, são produtos com finalidades específicas, devendo o fabricante apresentar testes de segurança e eficácia. No rótulo devem conter informações detalhadas quanto ao modo e restrições de uso, pois são considerados de risco máximo ou potencial (MATOS, 2017). 4.4 Categorias dos cosméticos Cunha (2021), mostra-nos que os cosméticos são enquadrados em categorias, de acordo com suas funções. Podem ser: Higienizantes: tem a finalidade de remover impurezas e não devem permanecer na superfície empregada. Ex: Xampu, sabonete; Conservação e proteção: o produto necessita de frasco que o proteja de agentes externos, e na pele deve manter a eudermia (equilíbrio). Ex.: protetor solar; Reparação e Correção: Objetivo de tratar afecções cutâneas. Ex.: Produtos para acne; Maquiar: Disfarce de imperfeições ou realce do local desejado. Ex.: Máscara de Cílios; Demaquilantes: função de remover a maquiagem; Hidratantes: função de impedir a perda de água para o meio externo. 4.5 Embalagens As embalagens são classificadas em primária e secundária. Na primária, o produto fica em contato direto com a embalagem. A secundária abriga o produto, já na embalagem primária. A Anvisa não obriga a utilização de embalagens secundárias. As informações obrigatórias devem estar descritas na embalagem primária, e quando se utilizar de folhetos informativos, obrigatoriamente deve conter a informação: vide folheto (CUNHA, 2021). CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante os estudos desta unidade, abordamos assuntos relacionados à cosmetologia, dermatologia, estruturas da pele e seus anexos, permeabilidade da pele e sobre as normas e legislações que regem os cosméticos e produtos de beleza. Vimos que a cosmetologia anda lado a lado e é a grande aliada da estética. Em outras palavras, podemos dizer que é praticamente impossível trabalhar com estética e não utilizar cosméticos, não é mesmo?! Com o grande aumento da utilização e comercialização dos cosméticos, como forma de regulamentar e fiscalizar, a ANVISA foi o órgão incumbido para tal feito, enquadrando os produtos como cosméticos ou cosmecêuticos. Sendo o cosmético o maior aliado da Estética, trouxemos, nesta unidade, a estrutura da pele, suas camadas, células presentes e suas respectivas funções e os anexos cutâneos, dessa forma, deixando evidente a importância do esteta conhecer amplamente o que se trata de cosmético, e, de conhecer tão bem quanto os cosméticos, a estrutura da pele, bem como a permeabilidade cutânea, para, assim, empregar um tratamento eficaz e, consequentemente, gerar satisfação ao paciente. No que se trata de normas e leis que regulamentam os cosméticos, trouxemos nesta unidade alguns dos conceitos que devem ser observados antes da compra e realização dos protocolos de tratamento. LEITURA COMPLEMENTAR Como estudamos, nesta unidade, pudemos observar que a cosmética anda em paralelo com a estética. De tal forma que é impossível pensar em realizar um protocolo de tratamento sem empregar algum tipo de cosmético, ou princípio ativo. Pensando nisso, caro (a) estudante, trago um estudo correlato a essa área do conhecimento para que possa agregar conhecimentos a sua formação acadêmica. Clique no link e faça a leitura completa do material: http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp- content/uploads/2013/09/88_artigo_InterfacEHS.pdf. Acesso em: 07 dez. 2021. LIVRO • Título: Cosmetologia Aplicada • Autor: Matos, Simone Pires • Editora: Saraiva Educação S.A. •Sinopse: Este livro apresenta as ações cosmetológicas voltadas aos procedimentos estéticos de forma agradável, em que as informações são detalhadas em uma sequência de raciocínios e ilustrações complementares. A obra abrange desde cuidados diários básicos até produtos com ações específicas. Trata das principais alterações cutâneas em patologias, como acne, fotoenvelhecimento, discromias, gordura localizada, celulite e estrias, além das ações cosmetológicas dos ativos necessários a cada caso. Discute temas atuais, como nanocosméticos, neurocosméticos, fonocosméticos, nutricosméticos, aliméticos e fotoproteção, além de oferecer conhecimentos químicos importantes para a compreensão da cosmetologia, incluindo as tecnologias atuais e os procedimentos estéticos para melhorar a permeabilidade cutânea. Informações essenciais sobre legislação e cuidados com o uso de cosméticos em um tratamento cosmetológico enriquecem o conteúdo. Ao final, o leitor encontra um dicionário de ativos, servindo como consulta sobre as ações de diferentes princípios ativos, considerando as mais variadas patologias cutâneas. O conteúdo pode ser aplicado para os cursos técnicos em Estética, Farmácia, Imagem Pessoal, Massoterapia, entre outros. FILME/VÍDEO . • Título: A Vida e História de Madam CJ Walker (Netflix) • Ano: 2020 • Sinopse: Uma afro-americana que venceu a pobreza, construiu um império de produtos de beleza e se tornou a primeira milionária pelo próprio esforço. Baseado em uma história real. REFERÊNCIAS ANVISA. Centro de vigilância sanitária. Cosméticos. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/cosmeticos. Acesso em: 15 jul. 2021. CUNHA, Andressa Marques Moreira. Cosmetologia. Curitiba: Contentus, 2021. GODEFROID, Rodrigo Santiago. Biologia celular e histologia. Curitiba: 2020. KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. MARIEB, Elaine; WILHELM, Patricia Brady; MALLAT, Jon. Anatomia humana. São Paulo: 2014. MATOS, Simone Pires de. Cosmetologia aplicada. São Paulo: Saraiva, 2017. PEREIRA, Maria de Fátima Lima (org). Cosmetologia. São Caetano do Sul: Difusão, 2013. REBELLO, Tereza. Guia de Produtos Cosméticos. São Paulo: Senac, 2019. RIBEIRO, Claudio. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo: Pharmabooks, 2010. VANPUTTE, Cinnamon; REGAN, Jennifer; RUSSO, Andrew. Anatomia e Fisiologia de Seeley. Porto Alegre: AMGH, 2016. UNIDADE II COSMÉTICOS E SUAS FÓRMULAS Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Plano de Estudo: • Formas e formulações dos cosméticos: Orgânicos, Naturais e Infantis; • Sabonetes, Hidratantes, Fotoprotetores, Desodorantes e antitranspirantes, Perfumes, Esmalte, Xampus, Esfoliantes químicos e físicos. Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e compreender quais são as formas e as formulações dos cosméticos orgânicos, naturais e infantis; • Conhecer o que são e quais as funções dos sabonetes, hidratantes, fotoprotetores, desodorantes e antitranspirantes, perfumes, esmaltes, xampus e os esfoliantes químicos e físicos. INTRODUÇÃO Olá, aluno(a), seja bem-vindo à Unidade II da nossa apostila de “Cosmetologia”! Vocês já avançaram um pouco nos estudos, fazendo uma introdução e conhecendo questões importantes sobre a dermatologia, a pele e a cosmetologia. Nesta unidade, abordaremos temas que vão desde a compreensão das formas e formulações dos cosméticos orgânicos, naturais e infantis, estudar sobre os sabonetes, hidratantes, fotoprotetores, desodorantes e antitranspirantes, perfumes, esmaltes e xampus e, finalizaremos, aprofundando um pouco mais o entendimento sobre os esfoliantes químicos e físicos. Vamos juntos adquirir conhecimento e entender um pouco mais sobre os cosméticos e suas fórmulas? Bom estudo!! 1 FORMAS E FORMULAÇÕES DOS COSMÉTICOS: ORGÂNICOS, NATURAIS E INFANTIS Querido(a) aluno(a), vamos iniciar esta unidade conhecendo um pouco sobre os cosméticos orgânicos, naturais e também os infantis. O Brasil, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), ocupa a 4ª posição no ranking de consumidores mundiais de produtos cosméticos e a 3ª posição quanto ao consumo de produtos infantis (ABIHPEC, 2021). A indústria de cosméticos também entrou na “onda verde”, investindo em pesquisa de produtos com ativos da biodiversidade natural e hoje é possível ver nas lojas de departamento, por exemplo, que produtos de beleza “naturais” ocupam o mesmo espaço que marcas renomadas “não-naturais”. O mercado de produtos naturais e orgânicos inclui-se produtos frescos, processados ou industrializados, como os artigos de leis. (GOMES,2009) De acordo com ANVISA (2021), o Ministro De Estado Da Agricultura, Pecuária E Abastecimento e o Ministro Da Saúde, o processamento/industrialização dos produtos considerados orgânicos devem seguir algumas normas, sendo: boas práticas de manuseio e processamento como forma de manter a integridade orgânica dos produtos, o processamento dos produtos orgânicos devem ser separados dos não-orgânicos e , caso sejam realizados no mesmo local, será exigida uma descrição da produção, processamento e armazenamento, os equipamentos utilizados na industrialização devem ser livres de resíduos não-orgânicos, proibido o emprego de radiações ionizantes, emissão de micro-ondas e nanotecnologia em qualquer etapa do processo e os ingredientes devem ser de produção oriunda do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica, todas as formas de processamento deverão acontecer, respeitando as normas de sustentabilidade e fica proibido o uso de organismos geneticamente modificados (ANVISA, 2021). Contudo, existem as certificadoras, que são responsáveis por verificar se os insumos utilizados, os processos produtivos, armazenamento das matérias-primas, embalagens, os rótulos, as instalações, o uso de produtos energéticos, o tratamento dos resíduos, dentre outros fatores, devem se encontrar dentro das normas estabelecidas por agências certificadoras, com o objetivo de padronizar os produtos orgânicos. As certificações de produtos naturais e orgânicos garantem a credibilidade ao consumidor, que tende a buscar informações químicas na rotulagem do produto. (SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016) Da mesma forma, os estudos da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2015), apontam que produtos que não agridam o meio ambiente e com valores sociais terão maior aceitação pelo consumidor, que se mostra cada dia mais preocupado com o uso de matérias-primas e princípios ativos de origem natural, a não utilização de animais nas pesquisas e a preferência por embalagens recicláveis. Ecocert Brasil foi uma das primeiras empresas a obter o credenciamento junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) como certificadora de produtos orgânicos, conforme a Norma Brasileira de Orgânicos. Quando um produto recebe o selo da Ecocert, ele poderá utilizar o termo ‘Orgânico’ em sua embalagem e, para isso, precisa ter 95% ou mais de ingredientes orgânicos em sua receita. Para produtos com 70% a 95% de ingredientes orgânicos, o rótulo deve apresentar os dizeres ‘Produto com ingredientes orgânicos’. Abaixo desse percentual não é considerável nenhuma alusão à qualidade. (ECOCERT, 2020). Os cosméticos orgânicos, possuem melhor compatibilidade com a pele, por esse motivo, justifica-se a menor probabilidade de irritações e alergias, isso se dá devido ser produzido com substituídas naturais que geram a mesma eficácia, ao invés de substâncias sintéticas (HIGUCHI; DIAS, 2013). O Brasil é um dos maiores produtores de orgânicos do mundo e os consumidores desses produtos são pessoas que buscam por qualidade, produtos mais saudáveis e a preservação do meio ambiente. Os consumidores brasileiros de produtos orgânicos, geralmente são pessoas que sabem dos benefícios do produto e que se preocupam com a qualidade e a segurança dos produtos. Com o aumento da renda nos últimos anos, o consumidor busca por serviços de boa qualidade e produtos saudáveis. Também existe a responsabilidade social com relação ao meio ambiente, por isso, o setor de orgânicos está crescendo cada vez mais e o maior desafio desse setor, além de garantir a demanda, é oferecer valores mais acessíveis ao consumidor. (INSTITUTO DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO, 2011) Ao utilizar produtos cosméticos orgânicos, mesmo que os custos sejam mais elevados, os consumidores dão preferência a maior proteção, um dos fatores responsáveis por tal proteção é a exclusão de substâncias petroquímicas e, por consequência, credibiliza a certificação do mesmo, pois se preocupam com a saúde e com o meio ambiente. (LYRIO et al., 2011). Os cosméticos naturais, por sua vez, possuem a certificação devido a sua fórmula obter 5% de matéria prima orgânica, que pode ser retirada tanto da agricultura convencional quanto do extrativismo, e 95% restante podem ser matérias-primas sem certificação, mas devem conter a permissão para formulações de produtos naturais. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2008) Esses produtos, devido as suas formulações serem compostas por substâncias naturais, podendo ser classificados como naturais, orgânicos ou feitos com matérias- primas orgânicas, cujo objetivo é limpar, perfumar, alterar a aparência, corrigir odores, proteger e manter em bom estado e podem ser utilizados nos cabelos, na pele, nos lábios, unhas, órgãos genitais externos, dentes, membranas e mucosas da cavidade oral. (WEISS; HAMAD; FRANÇA, 2011). Os cosméticos são classificados como naturais e recebem certificação devido à sua composição, ou seja, em sua fórmula deve conter água e ingredientes naturais não- certificados e/ou ingredientes permitidos para formulações naturais. Ainda, tais produtos deverão destacar em seu rótulo quais ingredientes são naturais e/ou orgânicos e/ou oriundos de extrativismo certificado. O rótulo pode indicar que o produto contém ingredientes naturais e/ou orgânicos, cujo selo utilizado é IBD (Ingredientes Naturais). (INSTITUTO BIODINÂMICO, 2014) Com relação aos cosméticos destinados ao público infantil, a produção desse tipo específico de cosmético deve levar em consideração, principalmente, as necessidades específicas dessa faixa etária, pois a pele das crianças é mais fina quando comparada a dos adultos, possui a camada córnea reduzida, menos pelos e é mais sensível aos agentes físicos e químicos. Portanto, a recomendação é que as crianças devem utilizar apenas produtos infantis para aumentar a segurança e diminuir os riscos à saúde e alergias (ANVISA, 2016). Para que um produto tenha qualidade, segurança e eficácia, é necessário que seja realizado testes para esse fim, os testes avaliam desde os ingredientes utilizados na produção/formulação até o produto final que será comercializado, além de realizar testes específicos para crianças com idade menor do que 3 anos (GOMEZ-BERRADA; et al., 2017). Dessa forma, uma das atitudes para garantir a compra do produto é verificar nas embalagens o número de registro da ANVISA, assim o consumidor tem garantia de obter um produto que foi avaliado de acordo com processos legais, em que foi atestado sua segurança, qualidade e eficácia (ANVISA, 2016). É importante frisar que existem requisitos para a fabricação e a utilização de determinados produtos, por exemplo, o ph deve ser semelhante ao ph da pele. Esses requisitos são utilizados em maquiagens infantis, devido à necessidade de obter baixa fixação e simples remoção, além disso deve possuir substâncias de gosto amargo para que possa ser evitada a sua ingestão. (ANVISA, 2016). Com relação aos sabonetes-xampus e condicionadores voltados ao público infantil deve ser utilizado com precaução, evitando o excesso, atentando-se aos casos de alergias, além do mais, o ph do xampu deve ser igual ao da lágrima,para que não cause ardor nos olhos; para a eficácia dos protetores solares infantis, esses devem ser utilizados com FPS mínimo 15, aplicados todos os dias a cada 2 horas e para a aplicação em crianças menores do que 6 meses um médico deve ser consultado; os esmaltes infantis que devem ser à base de água, sua remoção deve ser sem a utilização de acetona ou removedor, o produto deve ter gosto amargo para evitar a ingestão e no rótulo deve estar as orientações e advertências de uso. (ANVISA, 2016). Os batons e brilhos labiais devem conter em sua fórmula ingredientes referenciados e seguros, a cor nos lábios deve ter duração temporária e as tonalidades devem ser testadas antes do uso para evitar alergias; é permitido que os fixadores de cabelo possuam aromas, cor, fotoprotetor e efeitos luminosos, porém seu uso é indicado apenas para crianças a partir de 3 anos de idade. (ANVISA, 2016). Vale salientar que as embalagens cosméticas de produtos infantis devem ser apresentadas com sistemas de válvulas, pelas quais são liberadas pequenas quantidades de produto por vez, não devem possuir pontas cortantes ou perfurantes e, por fim, não podem ser comercializados na forma de aerossol (ANVISA, 2016). Vale ressaltar, caro(a) aluno(a), que a função básica do xampu é remover sujidades do fio e do couro cabeludo. O pH do couro cabeludo está entre 3.8 e 5.6 e o ideal para o xampu é que o pH seja de 5 a 7, caso seja maior que 7 as cutículas tendem a abrir mais, esse é o caso dos xampus anti-resíduos que eliminam sujidades em maior profundidade. Já os condicionadores têm a função de fechar as cutículas e facilitar o pentear, pois possuem em sua estrutura, ativos com peso molecular muito baixo, que penetram no córtex e recompõe a estrutura do fio, além de ter o pH igual ao do fio, isso para normalizar a ação do xampu (WICHROWSKI, 2007). 2 SABONETES, HIDRATANTES, FOTOPROTETORES, DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES, PERFUMES, ESMALTE, XAMPU E OS ESFOLIANTES QUÍMICOS E FÍSICOS No último tópico desta unidade, querido(a) aluno(a), vamos estudar um pouco sobre os sabonetes, os hidratantes, fotoprotetores, os desodorantes e antitranspirantes, perfumes, esmaltes, xampus e, por fim, os esfoliantes químicos e físicos. Para iniciarmos este estudo, faz-se necessário entendermos algumas diferenças que existem entre as definições de produtos de higiene, perfumes e cosméticos. Segundo a ANVISA (2021), os produtos de higiene são definidos como produtos para uso externo, destinados ao asseio ou à antissepsia corporal, como, por exemplo, os sabonetes, xampus, dentifrícios e desodorantes. Os perfumes, por sua vez, são produtos de composição aromática obtida à base de substâncias naturais ou sintéticas, cuja principal finalidade é a odorização de pessoas ou ambientes. São exemplos de perfumes os extratos, águas perfumadas, perfumes cremosos, odorizantes de ambientes. Por fim, os cosméticos são produtos para uso externo, destinados à proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo como, pós-faciais, talcos, cremes de beleza, bronzeadores e maquiagem. Ainda, de acordo com a ANVISA (2021), os produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos são classificados em duas categorias, levando em consideração suas propriedades, cuja comprovação é, ou não, necessária, ou seja, os produtos enquadrados como produtos de Grau 1 caracterizam-se por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto. Fazem parte dessa categoria os sabonetes (exceto os com ação anti-séptica), creme com finalidade exclusiva de hidratação e/ou refrescância; xampu (exceto os com ação antiqueda; anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia) xampu condicionador (exceto os com ação antiqueda; anticaspa e/ou outros benefícios específicos que justifiquem comprovação prévia); desodorante axilar (exceto os com ação antitranspirante) e os esmaltes. Já os produtos de Grau 2, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação cumpre com a definição anteriormente descrita e que possuem indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Fazem parte da lista desse tipo de produto os antitranspirantes axilar e pédico; colônia infantil; desodorante antitranspirante axilar e pédico; desodorante de uso íntimo; esmaltes para unhas infantil; protetor solar e protetor solar infantil; sabonete anti-séptico; sabonete infantil e sabonete íntimo; xampu anticaspa/antiqueda; xampu colorante; xampu condicionador anticaspa/antiqueda; xampu condicionador infantil e xampu infantil. SAIBA MAIS Para saber mais sobre os produtos de higiene pessoal, perfumes ou cosméticos que fazem parte da categoria de Grau 1 ou de Grau 2, acesse: https://www.gov.br/anvisa/pt- br/acessoainformacao/perguntasfrequentes/cosmeticos/conceitos-e-definicoes. Acesso em: 01 de setembro de 2021. #SAIBA MAIS# Falando especificamente dos sabonetes, estes estão disponíveis comercialmente em uma imensa variedade de cores, odores e formas. Sabonete em barra, sabonete líquido, para pele oleosa ou pele seca, com odores de baunilha ou de chocolate e uma imensidade de aspectos que podem mudar de um produto para o outro. Você, querido(a) aluno(a), já parou para pensar nas semelhanças e nas diferenças das propriedades de cada um deles? Pois são essas propriedades que fazem com que eles tenham diferentes características na sua utilização. A formação dos agentes limpantes do sabonete, no qual ocorre através do processo denominado “saponificação”, é a reação da mistura entre um óleo vegetal e/ou gordura animal juntamente com uma base alcalina, assim, como produto da reação, um sal de ácido graxo (princípio ativo da limpeza) e glicerina. Para a fabricação de sabonetes, são adicionados óleos essenciais vegetais, com propriedades adequadas para cuidar da pele, e outras substâncias e misturas dermatológicas devidamente testadas. Além do mais, são acrescentados reagentes em sua composição para fins específicos, como cremes hidratantes, óleos aromáticos e corantes. Outra dado interessante de se conhecer é que, em geral, quando se quer uma textura mais pastosa ou líquida, muda-se a base utilizada. Os cremes e loções hidratantes, atualmente, a hidratação cutânea têm sido utilizados para fins terapêuticos, ou seja, estão sendo mais utilizadas em clínicas de estética e dermatológicas. Portanto, para a obtenção de resultados significantes necessita-se conhecer os mecanismos fisiológicos e de ação dos principais princípios hidratantes, para manter as condições que podem quebrar o equilíbrio e manter a pele hidratada. (RIBEIRO, 2010). De acordo com Leonardi, Gaspar e Campos (2002), os produtos hidratantes apresentam uma ação preventiva, inclusive contra o envelhecimento precoce e hidratação cutânea, em que, em sua formulação, contém a adição de substâncias ativas, o que a categoriza como uma das classes mais importantes dos cosméticos. Os aminoácidos, ceramidas, ácido hialurônico, uréia, glicerina, colesterol, ácidos graxos, entre outros, são alguns dos ativos hidratantes mais conhecidos, estes constituem a matriz lipídica intercelular e preenche os espaços entre as células da camada córnea da epiderme (corneócitos), possibilitando que a pele exerça sua função de barreira. A redução desses lipídeos na camada córnea, provocada por alguns fatores que inclui a exposição a de solventes orgânicos e substâncias detergentes, envelhecimento, fatores genéticos, entre outros, alteram a barreira cutânea, provocando uma diminuição da hidratação da pele (RIBEIRO, 2010).Podemos citar a oclusão e umectação como os principais tipos de hidratantes de acordo com a classificação, diante o mecanismo de ação e seus componentes. Os hidratantes oclusivos são responsáveis por formar na superfície cutânea da epiderme um filme hidrofóbico, cujo objetivo é impedir a evaporação e perda de água, além de contribuir para a hidratação da pele, além dessas substâncias quando usadas para fins cosméticos, são oleosas, a fim de contribuir para uma maior maciez e suavidade da superfície cutânea. (LEONARDI, 2008; VANZIN, CAMARGO, 2011). Já os hidratantes umectantes, são substâncias que atuam por umectação, além de absorver a umidade da atmosfera devido às suas propriedades higroscópicas. Para isso, é necessário que a umidade relativa do ar esteja adequada (LEONARDI, 2008; VANZIN, CAMARGO, 2011). De uma maneira geral, os ingredientes hidratantes atuam principalmente na retenção da umidade interna da pele, sendo que alguns ativam essa capacidade e outros complementam. Normalmente, os hidratantes devem ter consistência leve, evitando que a pele fique oleosa e com brilho, alguns são recomendados para uso durante o dia, pois contém filtro solar, enquanto outros são recomendados para o uso noturno, geralmente usado após a limpeza da pele. Dessa forma, entende-se que, para a realização de tratamentos estéticos da pele é importante realizar a sua hidratação, pois ocorrerá uma melhora na nutrição celular que irá permitir uma ação mais eficiente de outras substâncias ativas. Contudo, deve-se ressaltar que para uma melhor hidratação e nutrição da pele, é recomendado a ingestão diária de água, pois ela contribui para melhorar as funções orgânicas de forma geral. (SOUZA, 2007; MICHALUN, MICHALUN, 2010). REFLITA “A beleza é a melhor carta de recomendação” Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), filósofo grego, discípulo de Platão. Fonte: MELO, J. J. “A beleza é a melhor carta de recomendação”: Associação da beleza com julgamentos de credibilidade a um nível implícito e explícito. 2011. #REFLITA# Quando se trata dos fotoprotetores, ou protetores solares, sabe-se, caro(a) aluno(a), que a exposição ao sol em excesso e sem a proteção adequada, é desaconselhável e pode causar efeitos prejudiciais à saúde. Não se pode negar a importância do sol para a síntese de vitamina D no organismo, por exemplo, pois contribui para a formação dos ossos e previne o raquitismo. Porém, hoje já se sabe que a exposição ao sol excessiva e sem a devida proteção, é um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de pele, pelo fotoenvelhecimento e alterações do sistema imune. (MOTA; PÁEZ; SERRANO, 2003). Os perigos relacionados à radiação ultravioleta podem ser minimizados através de uma proteção adequada com o uso de produtos cosméticos fotoprotetores existentes no mercado com diferentes Fatores de Proteção Solar (FPS). As fórmulas mais utilizadas são as emulsões e os géis. (SCHUELLER, ROMANOWSKI, 1999) Portanto, o filtro solar é uma substância química de uso tópico, que tem a capacidade de refletir ou absorver as radiações ultravioletas que atingem a pele, diminuindo, assim, os efeitos danosos dessas radiações sobre ela. (ANVISA, 2021) Sobre os desodorantes e antitranspirantes, tais produtos apresentam-se atualmente de diferentes formas e odores com o intuito de atender às demandas da maior parte dos clientes. Apesar de muitas vezes serem considerados como sinônimos no senso comum, o desodorante e o antitranspirante são produtos bem distintos, pois apresentam composições distintas e mecanismos de ação diferenciados (ALVES et al., 2006) De acordo com Barata (2003), os desodorantes são soluções hidroalcoólicas, formados por veículos (líquidos, sólidos, pastosos ou fluídos), incluindo bactericidas e/ou bacteriostáticos, assim, ao regular o desenvolvimento de bactérias na pele, estas não degeneram os derivados protéicos do suor em aminas e amidas, evitando, dessa forma, a formação do odor corporal. Ainda, conforme Barata (2003), devido à ação anti-séptica e solubilizante de princípios ativos, para a produção dos desodorantes é necessário a utilização de formol (conservante), propilenoglicol, glicerina, sorbitol e, principalmente, o álcool, embora seu efeito seja rápido devido à evaporação e sua ação é efêmera, dessa maneira, é possível que o desodorante transmita sensação de frescor e bem-estar. Já Alves et al. (2006), apresenta a ação dos antitranspirantes e/ou antiperspirantes, segundo o autor, eles são compostos por sais de alumínio ou zircônio cuja função é diminuir os poros e a produção das glândulas sudoríparas, consequentemente, reduzindo a transpiração. Barata (2003), complementa, afirmando que a redução dos poros deve ocorrer de maneira que não bloqueie toda a sudorese natural. Os produtos para o controle da transpiração apresentam-se de várias formas no mercado, sendo eles: barras sólidas; loções que podem ser aplicados sob axilas, pés e mãos; os aerossóis; o squeeze-spray que tem baixo custo, porém com alta concentração de álcool, podendo causar irritações alérgicas; os cremes; os bastões que podem se apresentar em forma de creme gel e, por fim, os sticks que é basicamente uma cera formada tanto por saponificação, como por soluções e de fácil aplicação. (MARTINS, 2006; LEONARDI, 2008; BARATA, 2003) Outro produto que estudaremos é o perfume. A introdução dos perfumes na vida cotidiana data da época dos egípcios. Muitos papiros e murais encontrados no Egito mostram que estes foram usados por indivíduos abastados da sociedade. Estudos mostraram que eram utilizados óleos, pomadas e unguentos perfumados, dentre os quais, os óleos mais utilizados para esse fim eram retirados das sementes de abóbora, açafrão, sementes de gergelim, dentre outras. Além disso, os óleos perfumados eram usados para massagear o corpo, com o objetivo de que este "ficasse para a eternidade”, pois de acordo com as crenças dos egípcio existia vida após a morte. (BUTLER, 2000). Uma fragrância é composta basicamente de três notas: a de cabeça, a de corpo e a de fundo, formando uma pirâmide de essências (SCHUELLER, ROMANOWSKI, 1999; LAMBALOT, PINHEIRO,1991; BLUME, 1991) . Figura 1 - Pirâmide de essências Fonte: Elaborado pelas autoras. Atualmente, a produção de perfumes está muito voltada ao mercado do marketing e a pesquisa de novas fragrâncias ou a própria produção de novos produtos tenta atingir um público específico. É permitido produzir através do desenvolvimento de um documento, contendo as especificações, no qual a empresa almeja que contenha em seu perfume, cujo documento é denominado de “brief”. Tal documento é repassado para vários perfumistas e estes desenvolvem uma fragrância de acordo com o que está descrito. Basicamente, o “brief” contém informações do produto como o histórico, o objetivo do produto, o conceito, o público-alvo, os critérios técnicos, a distribuição, o preço final, entre outros. (TRISTÃO, 1991; NISHIYAMA, 1991). No mercado atual existem diferentes denominações para um produto da perfumaria, e isso vai depender de fatores como a quantidade de fragrância colocada na solução alcoólica, essa quantidade pode variar de acordo com o país produtor. Por exemplo, perfumes e/ou eau de parfum possuem em torno 15%, esta é considerada uma das maiores porcentagens de fragrância, vale ressaltar que recomenda-se que tais porcentagens sejam usadas nos períodos noturnos e em pequenas quantidades. (BALSAM, 1992; DIAS, SILVA, 1996). Versões com uma quantidade menor de fragrância são os eau de toilette, estes contém 4% ou mais de essência e, geralmente, são utilizados durante o dia. E, por fim, encontra-se a água de colônia ou colônia, este produto tem apenas 3% de fragrância,sendo considerado o produto com menor fragrância, devido a sua essência ser mais leve e refrescante, é bastante utilizado em países tropicais. (BALSAM, 1992; DIAS, SILVA, 1996). Agora vamos estudar sobre o esmalte! Produto milenar, o esmalte teve sua evolução associada ao charme, glamour, criatividade, personalidade e poder. De acordo com a história dos cosméticos, até por volta do ano de 1920 as unhas eram polidas com um pó abrasivo com o objetivo de obter brilho. Apenas após a década XX, com a descoberta do laqueador conhecido como polidor de unha, foi que os esmaltes foram inseridos na sociedade por proporcionarem brilho. Segundo Draelos (1999), esse laqueador era formado por nitrocelulose, que, após a fervura, era dissolvida em solventes orgânicos, e depois da evaporação dos solventes, era formada uma película dura e polida de nitrocelulose, de coloração clara. Em 1930, Charles Revlon adicionou pigmentos ao laqueador formando um polidor de unhas colorido. Tal polidor obteve grande sucesso, foi quando em 1932, Charles fundou a indústria Revlon, que produziu os primeiros esmaltes de unhas (DRAELOS, 1999). A Revlon existe até hoje, produzindo esmaltes muito requisitados, principalmente por serem hipoalergênicos. Falando sobre os hipoalergênicos, algumas pessoas apresentam reações alérgicas ao usar esmaltes devido aos componentes que compõem sua formulação, por este motivo, a indústria cosmética possui em seu hall de ofertas, esmaltes hipoalergênicos, conhecidos como 3 free, pois não possuem em sua composição química substâncias como: tolueno, formaldeído e dibutilftalato, muitas vezes causadoras da dermatite de contato, podendo provocar vermelhidão, coceira, descamação e inchaço ao redor das unhas e olhos. Encontram-se no mercado também os esmaltes 4 free, que além de não apresentarem os três componentes acima citados, também não contém cânfora. No entanto, os esmaltes hipoalergênicos apresentam um custo financeiro um pouco mais elevado em comparação com os esmaltes comuns, pois, além de possuírem menos resistência, devido à substituição da resina de tosilamida formaldeído, ou tolueno-sulfonamida-formaldeído, por resinas de poliéster (DRAELOS, 1999). Na indústria, os esmaltes passam por vários processos durante a sua fabricação. São realizadas análises físico-químicas tais como: análise do pH, da viscosidade, da densidade e das propriedades organolépticas abrangendo cor, aspecto e odor (SIQUEIRA, 2012). Essas análises auxiliam no controle da qualidade do produto e estão diretamente relacionadas a sua formulação. O cosmético esmalte de unhas está muito difundido entre a população, que atribui grande importância à aparência das unhas, sendo, muitas vezes, uma maneira de determinar a condição social (DRAELOS, 1999). As unhas longas, cuidadas, com esmaltes eram muito valorizadas pelas mulheres, tornando-as principais consumidoras desse produto. No entanto, as indústrias vem aumentando a amplitude de sua oferta, oferecendo também ao público masculino esmaltes específicos, geralmente, a bases de unha sem brilho. Já aprendemos sobre os produtos para a limpeza do corpo e sua hidratação, produtos para a proteção solar da pele, para proteção contra o odor ou excesso de transpiração, produtos que são usados para perfumar, bem como o esmalte, produto usado para embelezar ainda mais as mulheres e os homens também. Agora estudaremos sobre produtos destinados ao cuidado dos cabelos, os xampus. De acordo com o que já estudamos anteriormente, os xampus são produtos de higiene que têm a finalidade de limpar o cabelo e o couro cabeludo por ação tensoativa ou por absorção sobre as impurezas presentes nessa área (BARBARA, 2007). Barata (1995) aponta que a principal função dos xampus é limpar os fios de cabelo e do couro cabeludo, deixando-os suaves, brilhantes e de fácil penteabilidade. O xampu deve apresentar-se de forma líquida transparente ou opaca e formulado com tensoativos, estes com propriedades molhantes, detergentes, emulsionantes e formadores de espuma. Os xampus mais comuns possuem em sua composição compostos de tensoativos primário (aniônico), secundário, polímero, emolientes, fragrância, espessante e água. Tais compostos são responsáveis em promover a detergência dos fios, além remover as impurezas como: células mortas descamadas, oleosidade, resíduos cosméticos e sujidades do meio ambiente (DRAELOS, 1999). Esses tensoativos agem diminuindo a tensão interfacial entre a sujeira e a água, fazendo com que a sujeira seja removida junto à água. Os problemas relacionados ao uso de xampu na fibra capilar são devido aos danos que podem ser causados com a limpeza, uma vez que, estudos mostram que lavagens sucessivas com xampus extraem pequenas quantidades de proteína endocutícula e essa extração resulta em degradação no interior do cabelo (HALAL, 2010). Os agentes tensoativos utilizados nas formulações dessas substâncias saponáceas, podem ser classificados em concordância a sua estrutura química ou com sua base diante das propriedades físicas. Os principais ingredientes ativos nos xampus são os tensoativos surfactantes aniônicos, os outros ingredientes são acrescentados, a fim de melhorar a ação ou alterar a textura, fragrância, cor, ou mesmo, a sensação que o uso do produto pode causar. Podemos ressaltar que, embora, apenas um surfactante primário seja encarregado de limpar os fios de cabelos e o couro cabeludo, geralmente, acrescenta-se outros com o intuito de intensificar a limpeza, aumentar a formação de espuma, diminuir irritações e condicionar os cabelos. (HALAL, 2010). Nas formulações dos cosméticos indicados para higiene dos cabelos, os tensoativos aniônicos sulfatados são os mais utilizados, pois possuem alto grau de detergência, formação de espuma adequada e baixo custo. Existem estudos que sugerem a adição de tensoativos com sulfato, porém estes possuem alto poder irritante, podendo acarretar coceiras e descamações indesejadas. (FARIA et al., 2012). De acordo com o acima exposto, o uso de tensoativos sulfatados na fabricação de xampus vem sendo, muitas vezes, criticado devido ao seu alto poder irritante para a pele e olhos, bem como potenciais danos à fibra capilar. Muitos formuladores de cosméticos vêm buscando alternativas para os xampus sulfatados, assim como o desenvolvimento de formulações menos tóxicas, em que é reduzida a concentração de uso (PENTEADO; SEOUD; CARVALHO, 2006). Por fim, estudaremos, neste tópico, sobre dois tipos diferentes de esfoliação: a esfoliação física e a química. Desde a antiguidade, observa-se que a epiderme é capaz de renovar-se desde as camadas mais profundas. No entanto, existem relatos que na Idade Média as mulheres utilizavam vinho para manter a pele suave e limpa, tal qual o efeito do peeling. (SOUZA, 2004). Com o objetivo de melhorar a aparência da pele, a busca por tratamentos estéticos têm aumentado. A esfoliação tem sido considerada fundamental na obtenção de bons resultados mediante aos tratamentos e protocolos estéticos existentes devido a sua capacidade em promover a renovação celular e induz uma reepitelização, favorecendo, assim, os efeitos dos princípios ativos. Desenvolvida pelos médicos por volta de 1960, a esfoliação tem como objetivo contribuir para a descamação da camada córnea da pele, gerando a renovação e crescimento celular, consequentemente, deixando a pele com aspecto limpo e jovial, (SOUZA, 2009). Existem vários tipos de esfoliantes, que utilizam diferentes técnicas que vão desde as técnicas caseiras, como o uso de bucha vegetal, sal, enzimas de frutas indo até o uso de diversos tipos de ácidos. Para o uso em cosmetologia e em estabelecimentos estéticos, devem-se utilizar produtos cosméticos com formulações padronizadas. (RIBEIRO, 2006) É possível que os esfoliantes ajam através de mecanismos químicos,físico ou enzimáticos, e sua aplicação objetiva a melhora na hiperpigmentação, queratose actínea e nas rugas finas. Neste tópico, porém, estudaremos sobre a esfoliação química e física. Dentre os esfoliantes com agentes químicos, o ácido glicólico do grupo dos alfa- hidroxiácidos (AHAs), proporciona hidratação além de apresentar ação queratolítica no qual gera uma eficiente esfoliação, por isso, é um dos mais utilizados, além de favorecer a renovação celular. Em razão do baixo peso molecular, (AHAs) tem alta permeabilidade cutânea, assim sua eficácia depende do ph do meio, tempo de contato com a pele e da concentração utilizada na formulação. (ALMEIDA, 2007) A esfoliação química efetiva-se por meio da aplicação de substâncias químicas na pele, resultando na destruição de parte da epiderme e/ou derme e para que na sequência ocorra a regeneração de novos tecidos dessas camadas. A esfoliação química é classificada como superficial, quando atua na camada da epiderme; média, quando atua até a derme papilar; e profunda, atingindo a derme reticular (BATISTELA; CHORILLI; LEONNARDI, 2007; CAREGNATTO; GARCIA; FRANÇA, 2007; SOUZA, 2009). Ribeiro (2006) salienta que os ativos mais usados nas formulações de produtos de uso cosméticos, são: ácido lático, ácidos glicólicos, ácido salicílico e ácido pirúvico. É importante apresentar que os ácidos alfa-hidroxiácidos, como: o ácido cítrico, ácido málico,ácido láctico, ácido tartárico e o ácido glicólico possuem diferenças devido ao tamanho de suas moléculas, sendo o ácido glicólico, o menor deles, consequentemente, mais utilizado na cosmetologia. Agora, caro(a) aluno(a), vamos estudar sobre a esfoliação por processo físico/mecânico. Nesse tipo de esfoliação, os agentes esfoliantes atuam essencialmente no estrato córneo da epiderme, removendo parte da pele e induzindo na sequência à sua reepitelização. Os esfoliantes físicos, por sua vez, agem por método mecânico, entre elas, as mais utilizadas são: a semente de apricot, sílica, arroz, semente de damasco refinada, microesferas de jojoba, ciribelli e microgrânulos de polietileno no qual são agregados em diferentes fórmulas tais como, creme, gel, gel-creme, loção (BORGES, 2010) ou, até mesmo, em sabonetes e cremes para massagens (CAREGNATTO; GARCIA; FRANÇA, 2007; DAL GOBBO, 2010; RIBEIRO, 2010). A eficácia ou o desconforto da esfoliação pode variar de acordo com o tamanho do grânulo e a pressão exercida para sua realização (SOUZA, 2004, 2005, 2006). Vale ressaltar que a esfoliação física pode ser feita também por meio de equipamentos. Exemplo: peeling de diamante e de cristal. A esfoliação física é caracterizada por uma esfoliação que ocorre na primeira camada da pele, com pequena magnitude, estabelecida pela quantidade e tipo de esfoliante que contém em sua fórmula, com a intensidade e a frequência de aplicação. (RIBEIRO, 2010). Finalizamos, assim, este tópico, querido(a) aluno(a), entendendo a diferença entre dois tipos específicos de esfoliação, a esfoliação química e a esfoliação físico/mecânica, a ação de cada uma delas na pele, bem como suas específicas formulações. CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final da segunda unidade desta apostila e aprendemos muitos conteúdos novos até aqui. Aprendemos sobre as formas e formulações dos cosméticos orgânicos, naturais e infantis, bem como as diferenças entre eles. Estudamos também a composição e a destinação do uso de cada um dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes destacados no tópico 2, entendendo, inclusive que, alguns deles já existem há muito tempo, desde a Idade Média. Mesmo com um conteúdo denso e, por vezes, complexo, foi possível aprender nesta unidade, as várias formas, formulações e utilização dos produtos classificados como higiene pessoal, cosmético e perfumaria, ampliando o conhecimento já adquirido em outros momentos, estudos e oportunidades, com o intuito de fazer florescer em cada indivíduo, o seu melhor, enquanto sujeito e enquanto profissional. LEITURA COMPLEMENTAR Com o intuito de aprofundarmos o conhecimento em novas técnicas de esfoliação, convidamos você, caro(a) aluno(a) a navegar pelo site www.estética digital.com.br, para ler um artigo sobre : “RESULTADOS DERMATOLÓGICOS E PADRONIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO ESTÉTICO DE MICRODERMOABRASÃO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA”. Disponível em: https://estetikadigital.com.br/resultados-dermatologicos-e-padronizacao-do- procedimento-estetico-de-microdermoabrasao-revisao-integrativa-da-literatura. Acesso em: 16 de julho de 2021. Nos estudos analisados, a microdermoabrasão foi considerada uma técnica segura e eficaz tanto para tratar disfunções estéticas relacionadas ao relevo e coloração cutâneas quanto, como no preparo da pele para permeação de ativos dermatológicos, com resultados satisfatórios na melhoria de hipercromias, acne, cicatrizes, estrias e fotoenvelhecimento. Portanto, vale a pena aprofundar um pouco mais nesse assunto. LIVRO ● Título: Guia De Produtos Cosméticos ● Autora: Tereza Rebello. ● Editora: Senac São Paulo, 7 de novembro de 2019 - 320 páginas. ● Sinopse: Este livro foi idealizado para auxiliar profissionais cujas atividades estão direcionadas para a cosmetologia. Essa área vem se desenvolvendo e ganhando destaque nas últimas décadas: De que são constituídos seus produtos? Para que servem as proteínas? O que são compostos orgânicos naturais e como se relacionam à confecção de produtos cosméticos? Respostas para essas e outras perguntas podem ser encontradas nestas páginas, que constituem uma valiosa fonte de consulta. Por essa razão, o Senac São Paulo oferece o Guia de produtos cosméticos, indispensável para quem quer estar bem informado a respeito das minúcias em torno de todo o processo que envolve a elaboração de produtos cosméticos. FILME/VÍDEO Título: Broken - episódio Makeup Mayhem, Netflix. Ano: 2019. Sinopse: A série documental lançada em novembro de 2019 mostra no seu primeiro episódio "Makeup Mayhem", como influencers e estratégias de marketing criaram uma sensação de urgência nas consumidoras, elevaram a procura por cosméticos, levando o mercado pirata se aproveitar da situação criando produtos contaminados com bactéria, arsênico ou coisa pior. Uma das entrevistadas da série contou sobre quando queria comprar um Kylie Lip Kit, coleção de maquiagem da empresária Kylie Jenner, que vivia esgotado. Por isso, optou por comprar uma imitação. Depois de aplicar o produto, a garota descobriu que seus lábios estavam literalmente colados por causa dos ingredientes nocivos colocados na fórmula do produto pirata. REFERÊNCIAS ALMEIDA, E. F. de. Utilização do ácido glicólico nas alterações estéticas. Revista Personalité. São Paulo, v. 11, n. 53. set/out, 2007. ALVES, A. L. T.; TERCI, D. B. L.; PINHEIRO, T. Ap. L.; PINHEIRO, A. S. Fisiologia da Sudorese e Ação de Desodorantes e Antitranspirantes. Cosmetics & Toiletries. V.18. Kosmoscience. Valinhos-SP. Set-Out, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA e COSMÉTICOS (ABIHPEC). Panorama do setor, 2018. Disponível em: https://abihpec.org.br/publicacao/panorama-do-setor-2018 Acesso em: 15 jul. 2021. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL PERFUMARIA E COSMÉTICOS (ABIHPEC)Panorama do setor, 2015. Disponível em: https://www.abihpec.org.br/2015/04/panorama-do-setor-2015/ Acesso em: Acesso em: 16 jul. 2021. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL PERFUMARIA E COSMÉTICOS (Brasil). Mercado brasileiro de HPPC: quarta posição mundial com sensação de terceira. 2021. Disponível em: https://abihpec.org.br/2017/02/mercado- brasileiro-de-hppc-quarta-posicao-mundial-com-sensacao-de-terceira/
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