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Cosmetologia e Dermatologia: Introdução e Estrutura da Pele

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COSMETOLOGIA 
APRESENTAÇÃO 
 
#CURRÍCULO LATTES# 
 
Profa. Msc. Claudiana Marcela Siste Charal 
 
● Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física da 
Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (PEF- 
UEM/UEL) na área de concentração em Desempenho Humano e Atividade Física 
com o orientador Prof. Dr. Nelson Nardo Junior; 
● Mestre em Promoção da Saúde no Envelhecimento Ativo (Unicesumar); 
● Licenciatura Plena em Educação Física (CESUMAR); 
● Especialista em Neuroaprendizagem (Unicesumar); 
● Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino A Distância (UniFCV); 
● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais 
e Inovação (Unicesumar); 
● Tutora Pedagógica (UniFCV) 
● Professora orientadora de trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação 
(UniFCV); 
● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE); 
● Experiência no Ensino Superior (presencial e a distância) desde 2019 
até os dias atuais; 
● Pesquisadora do Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade (NEMO) 
vinculado ao Departamento de Educação Física (DEF) e Hospital Universitário de 
Maringá (HUM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM); 
● Experiência de atuação profissional na área de pesquisa científica, em específico, 
no tratamento multiprofissional da obesidade, na avaliação e medidas de pessoas 
com obesidade, em programas de tratamento multiprofissional voltado à pesquisa 
e artigos científicos; 
● Experiência em gestão e empreendimento de academia de 2003 a 2015; 
● Experiência em personal trainer de 2000 até os dias atuais. 
 
Acesse meu currículo lattes: CV: http://lattes.cnpq.br/7940297809849482 
 
 
CURRÍCULO LATTES 
 
 
 Professora Especialista Indianara Paula Pinheiro Fermino 
 
● Especialista em Estética e Cosmetologia (UNOPAR); 
● Pós-graduanda em Tecnologias Digitais e Inovação na Educação (UniFCV); 
● Tecnóloga em Estética e Cosmética (UniCesumar); 
● Tutora Educacional (UniFCV); 
● Experiência na área da estética e beleza desde 2003. 
 
Ampla experiência como profissional da área estética, atuando nos procedimentos 
faciais, corporais, capilares e embelezamento de modo geral. 
Acesse meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/5910493750064089 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Olá, prezado(a) acadêmico(a)! 
 
Seja bem-vindo(a) à disciplina Cosmetologia!!! 
 
Esta apostila foi organizada de modo especial para aprimorar seus conhecimentos 
diante dos cosméticos corporais e faciais, uma vez que acreditamos que os 
conhecimentos, aqui, contemplados são de extrema importância para a sua jornada 
acadêmica e profissional, pois para o nosso entendimento você tem buscado com 
excelência compreender e capacitar-se sobre a composição e ação dos cosméticos 
aplicados na pele para higiene, hidratação e fotoproteção, empregados em 
procedimentos estéticos faciais e corporais. Além dos distúrbios dermatológicos, normas 
e regulamentos dos cosméticos sobre o uso e ações dos cosméticos corporais e faciais. 
Dessa forma, ao longo das quatro unidades serão debatidos assuntos pertinentes 
a esses conteúdos, em que será possível compreender pela Unidade I, sobre a 
cosmetologia e dermatologia de maneira ampla, bem como a estrutura da pele e seus 
anexos; compreendendo seu processo de permeabilidade e hidratação, além de 
estabelecer a importância das normas e regulamentos dos cosméticos. 
Na sequência, a unidade II (Cosméticos E Suas Fórmulas), abordará os seguintes 
conteúdos: formas e formulações dos cosméticos orgânicos, naturais e infantis, e os 
conceitos e funções dos sabonetes, hidratantes, fotoprotetores, desodorantes e 
antitranspirantes, perfumes, esmalte, shampoo, esfoliantes químicos e físicos. 
Mais adiante, na unidade III, cujo título é: Unhas, Cabelos e suas Alterações, têm 
ênfase nos seguintes conteúdos: Definição da estrutura das unhas; os tipos de cabelo e 
as tinturas utilizadas neles. 
Por fim, na unidade IV, nossa reflexão será sobre: Os diferentes tipos de acne, 
alergias de contato e o envelhecimento cutâneo; e os tipos de câncer de pele. 
 
Desejamos bons estudos e uma excelente disciplina! 
 
 
 
 
UNIDADE I 
COSMETOLOGIA E DERMATOLOGIA 
Professora Especialista Indianara Paula Pinheiro Fermino 
 
 
Plano de Estudo: 
 
● Introdução à cosmetologia e dermatologia; 
● Estrutura da pele e seus anexos; 
● Permeabilidade e Hidratação da pele; 
● Normas e regulamentos dos cosméticos. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
 
● Conceituar e contextualizar cosmetologia e dermatologia; 
● Elucidar sobre a estrutura da pele e seus anexos; 
● Compreender o processo de permeabilidade e hidratação da pele; 
● Estabelecer a importância das normas e regulamentos dos cosméticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Caro(a) estudante! 
 
É com imenso prazer que lhe damos boas-vindas e iniciamos os estudos de nossa 
Unidade I, intitulada, “Cosmetologia e Dermatologia”, da disciplina Cosmetologia para 
o curso de Estética e Cosmética. 
Nesta unidade, traremos conceitos e contextualizações a respeito dos termos 
dermatológicos, bem como assuntos relacionados à cosmetologia. Uma importante 
abordagem ao profissional de estética. Refletiremos sobre a atuação do esteta no que 
diz respeito aos tratamentos estéticos para determinadas afecções cutâneas. 
Em seguida, apresentaremos o maior órgão do corpo humano, a nossa pele e seus 
respectivos anexos. Para nós, profissionais da estética, quando se trata de pele, 
precisamos ter um amplo conhecimento, pois é na pele que faremos a maior parte dos 
tratamentos estéticos, não é mesmo?! 
Estudante, nosso maior compromisso com o paciente é oferecer um tratamento de 
qualidade e eficaz, sabendo disso, apresentaremos a você, a estrutura e a 
permeabilidade da pele. Como é possível um cosmético atravessar o que chamamos de 
barreira natural? Essas e outras questões responderemos no decorrer do material. 
Além disso, abordaremos assuntos relacionados a normas e legislações 
cosméticas, pois, tão importante quanto conhecer a pele e suas estruturas é preciso ter 
responsabilidade ética na utilização de cosméticos, respeitando sempre a saúde e a 
integridade moral do paciente. Assim, o bom senso trará resultados surpreendentes. 
É preciso dedicação e compromisso com o conhecimento para alcançar lugar de 
destaque! Para tanto, ao final desta unidade, traremos materiais complementares, como 
dica de estudos, aproveite para degustar todo conhecimento compartilhado. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA E DERMATOLOGIA 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/scientistpharmacist-applying-moisturizer-lotion-on-her-
1303841911 
 
Prezado(a) aluno (a), neste tópico, falaremos sobre alguns dos conceitos e 
contextualizarmos sobre a cosmetologia e a dermatologia. 
O maior aliado do esteta é o cosmético, pois ele está presente em todo e qualquer 
protocolo realizado, desde um simples design de sobrancelha, quando utilizamos um 
lápis para realizar marcações até um procedimento mais complexo como os tratamentos 
para acne, por exemplo. 
A cosmetologia, está ligada a estudos e desenvolvimento, bem como a 
aplicabilidade dos mais diversos tipos de cosméticos, fazendo jus ao significado, 
segundo escreveu Ribeiro (2010), cosmetologia pode ser definida como uma ciência que 
estuda os cosméticos, desde a concepção de conceitos até a aplicação dos produtos 
elaborados. 
Por sua vez, a palavra cosmético tem origem grega kosméticos e está relacionada 
a adorno, prática ou habilidade de adornar (RIBEIRO, 2010). 
 
Existem estudos que apontam a utilização de cosméticos desde a antiguidade, nos 
tempos da cleópatra, em que utilizavam cinzas para marcar os olhos, leite de cabra para 
banhos de imersão, entre outros recursos até então muito precários, mas que foram de 
fundamentalimportância para o crescimento dessa área tão importante para os seres 
humanos. 
Com o passar dos anos ficou nítida a procura, cada vez mais acentuada da 
população de modo geral pelos cosméticos, com isso, o ramo vem crescendo de forma 
exponencial. Dessa forma, houve a necessidade de instaurar um órgão responsável pela 
regulamentação e fiscalização dos produtos que vinham sendo desenvolvidos, a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que define cosmético da seguinte forma: 
 
Produtos Cosméticos, de Higiene Pessoal e Perfumes, são preparações 
constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas 
partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais 
externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo 
exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou 
corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (ANVISA, 
2015). 
 
Com o amplo crescimento da indústria química de cosméticos, foi preciso 
estabelecer classificações aos produtos comercializados, visto que, muitos desses 
produtos tinham a finalidade de tratamento. Então, os cosméticos foram definidos como 
produtos com finalidade de embelezamento e que não causam alterações na pele, e os 
cosmecêuticos, por conterem propriedades farmacológicas, sendo seu principal objetivo, 
o tratamento, além do embelezamento. 
Muito se ouve falar em dermatologia, mas você já parou para pensar no significado 
dessa palavra? A dermatologia é um termo médico, e que significa estudo das doenças 
relacionadas à pele. Certo, mas a formação que estamos buscando é na área da estética, 
não é mesmo? Dentro disso, podemos dizer que o esteta busca a melhora das 
disfunções da pele, como tratamento, sim, tratamento de disfunções e não de doenças, 
que ficam a cargo do profissional de medicina. 
Podemos aqui citar algumas das disfunções estéticas que são de responsabilidade 
do esteticista, como: tratamento de estrias, tratamento de acne, tratamento de melasma, 
tratamento de alopécia, entre muitos outros. Vale lembrar que, o profissional esteta, 
 
assim como em qualquer profissão, deve agir de maneira a respeitar os princípios da 
ética e bioética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 ESTRUTURA DA PELE E SEUS ANEXOS 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/human-skin-structure-body-fat-3d-1556482334 
 
Caro (a) aluno (a), neste tópico, falaremos sobre a estrutura da pele e seus anexos. 
A pele, ou também chamada tegumento, é considerada o maior órgão do corpo 
humano, com cerca de 16% do peso corporal e espessura de 1,5mm a 4mm, 
aproximadamente, e ph variando entre de 4,6 a 5,8 (Pereira, 2013). Formada por duas 
camadas que se subdividem respectivamente. Logo abaixo da pele fica localizada a 
hipoderme ou também chamada de tecido adiposo, ou ainda, tela subcutânea. 
A principal função da pele é de proteção contra agentes físicos, químicos, 
microorganismos e, até mesmo, contra os efeitos nocivos da radiação UV, além de 
promover a regulação da temperatura corporal, excreção de suor, síntese de vitamina D 
e recepção sensorial (MARIEB, 2014). 
Na camada mais externa está a epiderme, de acordo com as definições de Marieb, 
epiderme é um epitélio estratificado, pavimentoso e queratinizado que contém quatro 
tipos de células diferentes, os queratinócitos, os melanócitos, as células epiteliais táteis 
e as células dendríticas. A epiderme é uma camada avascularizada, com pouco ou 
nenhum material extracelular, ou substância fundamental amorfa, substância que 
 
preenche os espaços intracelulares e com células justapostas, o que significa que suas 
células são muito próximas umas das outras. Estão em constante processo de renovação 
celular, à medida que novas células vão surgindo na camada mais interna, as quais vão 
empurrando as demais até chegarem à superfície, totalmente queratinizadas, é o que 
nós podemos chamar de pele morta. O ciclo de renovação celular ocorre a cada 28 dias 
aproximadamente, nesse período, temos uma pele totalmente nova. 
A principal célula do tecido epitelial, o queratinócito, é responsável por produzir a 
queratina, responsável pela função barreira. 
O melanócito, como o próprio nome já sugere, é a célula responsável por produzir 
um pigmento escuro denominado melanina, à medida em que a célula produz melanina 
ela vai distribuindo para os queratinócitos a sua volta através de seus pseudópodes, e 
os queratinócitos, como já dito, estão em constante processo de renovação celular, em 
um efeito conhecido como turn over, leva esse pigmento para as demais camadas da 
epiderme. O melanócito fica alocado na camada mais interna da epiderme, no estrato 
basal, o que falaremos mais adiante. 
 
2.1 Epiderme 
 
A epiderme também é formada pelas células epiteliais táteis, ou células de Merkel. 
Essas estão diretamente ligadas a uma terminação sensorial nervosa e funcionam como 
um receptor tátil (MARIEB, 2014). 
As células dendríticas, ou também chamadas células de Langerhans, ficam 
dispersas entre os queratinócitos. São células estreladas e fazem parte do sistema 
imunológico, utilizando da endocitose (processo ativo pelo qual ocorre a penetração de 
material extracelular no protoplasma das células) para capturar proteínas estranhas e 
levar até o linfonodo mais próximo (MARIEB, 2014). 
Agora que já conhecemos as células pertencentes à epiderme, vamos falar das 
subcamadas que a compõem. 
Ao todo, as subcamadas da epiderme são cinco, conforme figura 1. Porém, apenas 
nas palmas das mãos e plantas dos pés estão contidas as cinco camadas, em todo o 
corpo temos apenas quatro camadas, como veremos a seguir. 
 
Na camada mais profunda, encontramos o estrato basal, ou também, chamado 
estrato germinativo, como o nome sugere, é nessa subcamada que inicia o processo de 
renovação celular, aqui encontramos a célula de Merkel e os melanócitos. 
O estrato espinhoso, ou camada espinhosa, ganhou esse nome pelo grande 
número de células com aspectos espinhosos, isso ocorre quando se comprimem nos 
desmossomos. No estrato espinhoso também ocorre mitose, porém em menor 
frequência comparado ao estrato basal. Dentre as células do estrato espinhoso estão as 
células dendríticas. 
O estrato granuloso, localizado logo acima do estrato espinhoso, encontramos as 
chamadas pré-queratinas, aqui as células apresentam-se mais achatadas, e contém 
grânulos de querato-hialinas, estas que potencializam a formação de queratina, e os 
grânulos lamelares formados por um glicolipídio de impermeabilização, fazendo que o 
tecido epitelial não sofra com a aceleração da perda hídrica. 
A camada lúcida, ou estrato lúcido, está presente apenas nas camadas mais 
espessas de pele do corpo humano, nas palmas das mão e plantas dos pés. É uma 
camada muito fina de células achatadas e claras, já mortas. 
A camada córnea ou estrato córneo é a camada mais externa, tecido totalmente 
queratinizado e morto. Porém, ainda que esse tecido seja considerado morto, 
desempenha a função de proteção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Epiderme 
 
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-
vector/epidermis-structure-cell-layers-human-skin-1307963341 
 
SAIBA MAIS 
 
As células do estrato córneo são eliminadas regularmente: são a caspa que se solta 
do couro cabeludo e os flocos que saem da pele seca. Em média, uma pessoa perde 18 
kg desses flocos de pele durante a vida (MARIEB, 2014) 
 
#SAIBA MAIS# 
 
A camada mais superficial da pele, tem seu interior totalmente tomado por 
queratina. Seu formato muito se assemelha a discos empilhados, encontram-se ligadas 
através dos desmossomas e nas camadas mais superficiais acontece a descamação. 
 
2.2 Derme 
 
A segunda camada da pele é a Derme, dividida em duas subcamadas, a derme 
papilar e a derme reticular.A derme é um tecido conjuntivo totalmente vascularizado, 
 
dotado de células denominadas fibroblastos, macrófagos, mastócitos e leucócitos. 
Também dotado de fibras, designadas fibras colágenas e fibras elásticas. 
Os fibroblastos que compõem a derme são células que sintetizam fibras 
extracelulares; macrófagos são células de defesa que fagocitam restos celulares e 
agentes patógenos; mastócitos são células de defesa que sinalizam outras células de 
defesa por meio de inflamação; os linfócitos agem quando existe a presença de algum 
agente patógeno, migrando do interior dos vasos sanguíneos para o tecido conjuntivo, 
ajudando no processo de defesa do organismo. 
Desmembrando as subcamadas temos na parte mais externa e mais fina, a derme 
papilar, que é uma camada justaposta à epiderme, seu tecido conjuntivo é frouxo e as 
fibras de colágeno e elastina são maleáveis. 
A derme reticular é a parte mais profunda, tem cerca de 80 % do tecido total da 
derme, composta por um tecido conjuntivo mais denso e não maleável. As fibras de 
colágeno e elastina na derme reticular são mais robustas. 
 
2.3 Anexos cutâneos 
 
Agora, caro (a) estudante, imagine que além de todas essas divisões da pele, temos 
também o que chamamos de anexos cutâneos, os quais abordaremos em seguida. 
A unha, o pelo e o folículo piloso, as glândulas sudoríparas e as glândulas 
sebáceas, compõem os anexos da pele. 
Cada anexo citado tem uma função específica, vejamos: a unha nos dá a 
capacidade de pegar objetos, ela é formada por queratina dura e morta. 
O pelo é formado por haste, raiz e bulbo, fica localizado dentro do folículo piloso, 
que é uma invaginação da epiderme e derme, tem função de proteção e, também, tem 
função sensorial, conforme pode se observar na figura 2. Essa invaginação que vai até 
a camada mais profunda da derme tem um motivo pelo qual está nessa profundidade, 
uma parte da derme denominada papila dérmica projeta-se para dentro do folículo 
piloso, fazendo a irrigação sanguínea e nutrição local, fatores essenciais para o 
crescimento do pelo. Em anexo ao folículo piloso estão o músculo eretor do pelo e a 
glândula sebácea. O músculo eretor do pelo tem a função de projetar o pelo para fora do 
 
folículo e mantê-lo ereto. A glândula sebácea é projetada para dentro do folículo piloso 
para promover a lubrificação, permitindo, assim, que o pelo deslize e saia do folículo 
mais facilmente. 
Outro anexo tão importante quanto os demais é a glândula sudorípara, que tem 
função excretora, é através dela que transpiramos. A glândula sudorípara pode ser do 
tipo écrina ou apócrina. A do tipo écrina é predominante na extensão do corpo e palmas 
das mãos e plantas dos pés, já a apócrina é encontrada na região axilar, anal e genital. 
 
Figura 2 - Anexo cutâneo 
 
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/section-skin-sweat-glands-vector-illustration-
793610245 
 
 
 
 
 
2.4 Hipoderme 
 
 
Abaixo de toda a estrutura listada acima está a camada adiposa, também conhecida 
como hipoderme, ou ainda, tela subcutânea, observe a imagem da figura 3. 
A principal função da hipoderme é a sustentação da derme e epiderme, fazendo a 
ligação desses tecidos com o músculo e ossos, além de manter a temperatura corporal, 
proteger contra choques mecânicos e promover o contorno corporal. Composta por 
tecido conjuntivo frouxo, fibras colágenas e elásticas. As principais células da hipoderme 
são os fibroblastos, macrófagos e adipócitos. A célula em maior evidência é o adipócito, 
e é dessa célula que falaremos agora (VANPUTTE, 2010). 
 
Figura 3 - Hipoderme 
 
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/fat-cells-inside-human-organism-3d-1755761738 
 
O adipócito é uma célula, provida de núcleos e organelas como qualquer outra 
célula, sua função é armazenar gordura em forma de lipídeos. Pode ser unilocular em 
que é formado por uma única gota de gordura, ou multilocular formado por várias 
gotículas de gordura. O adipócito unilocular de coloração amarela, está presente em 
grande parte do organismo humano, junto à pele. Já o adipócito multilocular de coloração 
marrom-clara é o que predomina em bebês, nos adultos, esse tipo de adipócito é 
 
encontrado no pescoço, ombros, parte superior das costas, ao redor dos rins, da aorta e 
do mediastino (GODEFROID, 2020). 
 
 
 
 
3 PERMEABILIDADE E HIDRATAÇÃO DA PELE 
 
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/beautiful-young-woman-applying-cosmetic-product-
1762930202 
 
Estimado (a) aluno (a), neste tópico, iremos compreender o processo de 
permeabilidade e hidratação da pele. 
 
 3.1 Permeabilidade da pele 
 
Um tratamento considerado eficaz é aquele que consegue atingir o propósito para 
o qual foi designado, não é mesmo?! 
Para que isso aconteça, precisamos saber de que forma um ativo consegue 
permear a pele e chegar, por exemplo, até a hipoderme, e precisamos conhecer também, 
quanto ao peso molecular do ativo, para, assim, sabermos qual é a melhor forma de 
empregar esse ativo na pele. 
 A pele tem a função principal de gerar uma barreira contra o meio e, por isso, 
possui permeabilidade seletiva. Alguns fatores influenciam as condições de permeação, 
como sua integridade, patologia, metabolismo, área do corpo, temperatura, espessura, 
hidratação, entre outros (PEREIRA, 2013). 
 
 Para melhor compreensão da permeabilidade da pele, convido-lhe, estudante, 
para me acompanhar no raciocínio que segue: 
 As células são dotadas de organelas, núcleo, citoplasma e uma membrana que 
separa o meio intercelular do meio extracelular. Essa membrana é formada por uma 
bicamada de fosfolipídeos, ou também chamada bicamada lipídica, o que significa que 
possui a cabeça hidrofílica, essa voltada para a parte que contém água, e caudas 
hidrofóbicas posicionadas frente a frente no centro da camada, formando uma barreira 
hidrofóbica, tornando, assim, a membrana semipermeável. Anexo à membrana celular 
estão as proteínas, o colesterol e os carboidratos. As proteínas são responsáveis por 
grande parte das funções realizadas pelas células, como o transporte de substâncias, 
são as chamadas proteínas transmembranas e proteínas carreadoras. Os carboidratos, 
entre outras, têm a função de formar um ambiente hidratado, isso pela capacidade que 
tem de atrair água. 
 Considerada semipermeável, a membrana permite a passagem de pequenas 
moléculas e lipossolúveis. Para substâncias com peso molecular maior, existe a 
necessidade de um transportador, isso acontece através das proteínas transmembranas 
ou proteínas carreadoras (Godefroid, 2020). 
 Godefroid (2020) mostra-nos que, o transporte de substâncias transmembrana 
pode ser de forma passiva ou ativa. Na forma passiva não há gasto de energia (ATP) e 
ocorre em livre passagem, a favor do gradiente de concentração (do meio mais 
concentrado para o menos concentrado). Na forma Ativa, a substância enfrenta uma 
resistência, ou seja, vai contra o gradiente de concentração, gastando ATP. Observe na 
figura 4 uma exemplificação da estrutura da membrana celular. 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 - Membrana celular 
Fonte:https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/cell-membrane-cytoplasmic-structure-1106910629 
Dessa forma, a permeação de ativos pode ocorrer de forma intercelular, entre as 
células e intracelular, onde ocorre a passagem do ativo por dentro das células, e 
transfolicular, onde a permeação ocorre através das glândulas sudoríparas e folículos 
pilosos. 
 Podemos observar as seguintes situações: na adsorção o ativo cosmético não 
permeia a pele e fica sobre a superfície; na absorção cutânea o ativo passa por entre os 
corneócitos (camada córnea, células da epiderme); na absorção transepidérmica o ativo 
atinge profundidades. 
 Para que o ativo permeie com maior facilidade é ideal que a pele esteja 
adequadamente hidratada. A permeabilidade cutânea, em relaçãoaos tipos de pele, 
apresentam menor permeabilidade em peles oleosas e secas. Isso acontece em virtude 
da obstrução dos folículos ou de ausência dos orifícios pilossebáceos. No caso de pele 
hidratada, a permeabilidade é maior (CUNHA, 2021). 
 Com o avanço da tecnologia nos cosméticos, podemos observar que hoje, temos 
muitas formas de auxiliar o ativo cosmético para que ele permeie de forma mais fácil, 
tornando o tratamento mais eficaz. 
 Uma das propostas é utilizar de alguns excipientes, chamados promotores da 
permeação, onde atuam na penetração ou interação com o estrato córneo para facilitar 
a permeação de ativos, podem ser físicos, químicos ou por sistema de liberação 
programada (PEREIRA, 2013). 
 Os promotores químicos atuam pela via intercelular e diminui consideravelmente 
 
a resistência do estrato córneo. Exemplo: peeling químico. 
 Os promotores físicos modificam a propriedade barreira, a partir da utilização de 
técnicas de liberação de ativos e tecido-alvo (PEREIRA, 2013). Exemplo: Iontoforese. 
 Já os promotores de permeação são substâncias inativas que podem alterar de 
maneira reversível a composição ou organização da pele pela interação com os 
constituintes da camada córnea (PEREIRA, 2013). 
3.2 Hidratação da pele 
Nosso corpo é formado basicamente por 70% de água, e quando há a diminuição 
dos níveis de água ocorre a desidratação. A diminuição dos níveis de água na pele pode 
acontecer por fatores intrínsecos devido, por exemplo, à baixa ingestão de água, ou 
fatores extrínsecos devido à baixa umidade do ar, por exemplo. E quando não fazemos 
a manutenção da hidratação, seja impedindo que a água saia do organismo, utilizando 
de produtos que favoreçam isso, ou ingerindo a quantidade de água necessária por dia, 
estamos contribuindo diretamente para a desidratação da nossa pele. 
 Os fatores que determinam as características da pele tem muito a ver com as 
condições climáticas em que o indivíduo vive. Em um local considerado úmido, a pele 
tende a perder menos água, e em contrapartida em lugares mais secos, a pele tende a 
perder mais água, ocasionando em desidratação. A hidratação é dada pela capacidade 
que o estrato córneo tem de reter água. Em condições normais, esta camada contém 
entre 10% e 30% de água, e sempre que os níveis estiverem abaixo de 10% a pele é 
considerada desidratada (KEDE e SABATOVICH, 2004). 
 Para que as condições de hidratação da pele estejam em estado normal ou 
hidratada é necessário fazer uma ingestão de água adequada, de acordo com o peso do 
indivíduo e além de manter a pele em constante lubrificação, fazendo um filme protetor 
para que a pele não sofra com a perda de água para a superfície. 
 Considerando o aspecto da pele quanto ao tipo, podemos classificá-la em: seca, 
oleosa, normal e mista. 
 Na pele seca há menor concentração de oleosidade ou do manto hidrolipídico 
(junção das produções de sebo e suor) e a pele tende a apresentar-se mais descamativa; 
pele oleosa há uma produção exacerbada de sebo, deixando a pele com aspecto 
 
brilhoso; pele normal tende a apresentar secreções equilibradas, apresenta-se 
aveludada e sedosa; pele mista apresenta a zona T (testa, nariz e queixo) oleosa e outras 
regiões da face normal ou seca (CUNHA, 2021). 
 Normalmente as pessoas que sofrem de pele oleosa pensam que não necessitam 
de hidratação, por conta da grande quantidade de sebo presente na superfície da pele, 
porém trata-se de um pensamento totalmente equivocado, uma vez que a oleosidade 
não proporciona hidratação. Ou, até mesmo, fazem uma “ limpeza ” exagerada, 
removendo continuamente o excesso de sebo, fazendo que haja o que chamamos de 
efeito rebote, quanto mais se retira, mais o organismo produz para repor. Portanto, pode-
se empregar produtos hidratantes de base aquosa e livre de óleos (oil free). 
 
REFLITA 
Uma das formas mais eficazes de se obter a permeabilidade dos cosméticos na 
pele é através da nanotecnologia. Os cosméticos providos dessa tecnologia podem 
atingir camadas profundas do tecido e, assim, proporcionar resultados mais satisfatórios. 
 Para saber mais sobre esse assunto, trago para você, aluno(a), uma leitura 
interessante intitulada Nanotecnologia aplicada aos cosméticos, basta acessar o link a 
seguir: https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/30018/19403 
#REFLITA# 
 
 
 
 
4 NORMAS E REGULAMENTOS DOS COSMÉTICOS 
 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/close-liquid-soap-going-on-production-759223804 
Prezado (a) aluno(a), neste tópico, estabeleceremos a importância das normas e 
regulamentos dos cosméticos. 
 
4.1 Leis e Portarias para a fabricação e comercialização dos cosméticos 
De acordo com Rebello (2019), a legislação brasileira que guia a fabricação e a 
comercialização dos cosméticos abrange diversos órgãos governamentais, tais como: o 
Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior e Ministério do Meio Ambiente. Veremos os atos a seguir. 
 O Ministério da Saúde estabelece as seguintes leis: 
● Lei nº 6.360/76, sujeita às normas de vigilância sanitária, medicamentos, produtos 
de higiene, cosméticos e perfumes; 
 
● Lei nº 6.437/77, configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as 
sanções respectivas e dá outras providências; 
● Lei nº 9.782/99, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
Algumas das Portarias e Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC): 
● Portaria nº 348/97 revogada pela RDC nº 48 de 25/10/2013: esta que aprova o 
Regulamento Técnico de Boas Prática de Fabricação para produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes; 
● Portaria 485 de 07/07/2004, institui a Câmara Técnica de Cosméticos (Catec) para 
prestar consultoria e assessorar a Gerência Geral de Cosmética; 
● RDC nº 7 de 10/02/2015, requisitos técnicos para regularização de produtos para 
higiene pessoal, cosmético e perfume; 
● RDC nº 481/99, estabelece os limites microbianos seguros para o consumidor e 
produto; 
● RDC nº 332 de 01/02/2005, fabricantes de produtos de higiene pessoal, cosmético 
e perfume, deverão ter um sistema de cosmetovigilância a partir de 31/12/2005; 
● RDC nº 211 de 14/07/2005, especifica a classificação dos produtos em duas 
categorias, local de aplicação e ingredientes da formulação, além de testes de 
segurança e rotulagem. 
O Ministério da Justiça, por meio do decreto nº 2.181/97, capítulo IV, Seção I e 
Artigo 8º, retrata sobre o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, pelo qual afirma 
que o fabricante deve prestar informações do produto por meio de impressos, sendo: 
composição química, data de fabricação, prazo de validade, modo de uso e precauções. 
 O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, através do 
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade), realiza a 
verificação, fiscalização e certificação, como a quantidade de produto na embalagem e 
o Ministério do Meio Ambiente realiza o controle de poluentes do ar e da água. 
 
4.2 Classificação dos cosméticos 
 
A fim de padronizar a nomenclatura dos princípios ativos na rotulagem dos 
produtos, é utilizado padrão internacional INCI (International Nomenclature of Cosmetic 
Ingredients), devido à existência de mais de doze mil ingredientes para a utilização na 
fabricação de cosméticos (CUNHA, 2021). 
 
4.3 Grau de risco dos cosméticos 
Indica o grau de risco que um determinado produto pode oferecer quando utilizado 
de forma errada. 
 A Anvisa determina que sejam levados em conta a formulação, usuário, local de 
aplicação, tempo de contato com o produto e cuidados durante o uso, para classificar em 
grau de risco 1 ou 2. 
 Produtos classificados como grau de risco 1, são produtos com propriedades 
básicas, não necessitam de comprovação de eficácia e não precisam conter no rótulo 
modo de uso e restrições, pois são considerados de risco mínimo.Produtos classificados como grau de risco 2, são produtos com finalidades 
específicas, devendo o fabricante apresentar testes de segurança e eficácia. No rótulo 
devem conter informações detalhadas quanto ao modo e restrições de uso, pois são 
considerados de risco máximo ou potencial (MATOS, 2017). 
 
4.4 Categorias dos cosméticos 
Cunha (2021), mostra-nos que os cosméticos são enquadrados em categorias, de 
acordo com suas funções. Podem ser: 
 Higienizantes: tem a finalidade de remover impurezas e não devem permanecer 
na superfície empregada. Ex: Xampu, sabonete; 
 Conservação e proteção: o produto necessita de frasco que o proteja de agentes 
externos, e na pele deve manter a eudermia (equilíbrio). Ex.: protetor solar; 
 Reparação e Correção: Objetivo de tratar afecções cutâneas. Ex.: Produtos para 
acne; 
 
Maquiar: Disfarce de imperfeições ou realce do local desejado. Ex.: Máscara de 
Cílios; 
 Demaquilantes: função de remover a maquiagem; 
 Hidratantes: função de impedir a perda de água para o meio externo. 
 
4.5 Embalagens 
As embalagens são classificadas em primária e secundária. Na primária, o produto 
fica em contato direto com a embalagem. A secundária abriga o produto, já na 
embalagem primária. A Anvisa não obriga a utilização de embalagens secundárias. 
 As informações obrigatórias devem estar descritas na embalagem primária, e 
quando se utilizar de folhetos informativos, obrigatoriamente deve conter a informação: 
vide folheto (CUNHA, 2021). 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Durante os estudos desta unidade, abordamos assuntos relacionados à 
cosmetologia, dermatologia, estruturas da pele e seus anexos, permeabilidade da pele 
e sobre as normas e legislações que regem os cosméticos e produtos de beleza. 
 Vimos que a cosmetologia anda lado a lado e é a grande aliada da estética. Em 
 
outras palavras, podemos dizer que é praticamente impossível trabalhar com estética e 
não utilizar cosméticos, não é mesmo?! 
 Com o grande aumento da utilização e comercialização dos cosméticos, como 
forma de regulamentar e fiscalizar, a ANVISA foi o órgão incumbido para tal feito, 
enquadrando os produtos como cosméticos ou cosmecêuticos. 
 Sendo o cosmético o maior aliado da Estética, trouxemos, nesta unidade, a 
estrutura da pele, suas camadas, células presentes e suas respectivas funções e os 
anexos cutâneos, dessa forma, deixando evidente a importância do esteta conhecer 
amplamente o que se trata de cosmético, e, de conhecer tão bem quanto os cosméticos, 
a estrutura da pele, bem como a permeabilidade cutânea, para, assim, empregar um 
tratamento eficaz e, consequentemente, gerar satisfação ao paciente. 
 No que se trata de normas e leis que regulamentam os cosméticos, trouxemos 
nesta unidade alguns dos conceitos que devem ser observados antes da compra e 
realização dos protocolos de tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 Como estudamos, nesta unidade, pudemos observar que a cosmética anda em 
paralelo com a estética. De tal forma que é impossível pensar em realizar um protocolo 
de tratamento sem empregar algum tipo de cosmético, ou princípio ativo. 
 Pensando nisso, caro (a) estudante, trago um estudo correlato a essa área do 
 
conhecimento para que possa agregar conhecimentos a sua formação acadêmica. 
Clique no link e faça a leitura completa do material: 
http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/wp-
content/uploads/2013/09/88_artigo_InterfacEHS.pdf. Acesso em: 07 dez. 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
 
• Título: Cosmetologia Aplicada 
• Autor: Matos, Simone Pires 
• Editora: Saraiva Educação S.A. 
•Sinopse: Este livro apresenta as ações cosmetológicas voltadas aos procedimentos 
estéticos de forma agradável, em que as informações são detalhadas em uma sequência 
de raciocínios e ilustrações complementares. 
A obra abrange desde cuidados diários básicos até produtos com ações específicas. 
Trata das principais alterações cutâneas em patologias, como acne, fotoenvelhecimento, 
discromias, gordura localizada, celulite e estrias, além das ações cosmetológicas dos 
ativos necessários a cada caso. Discute temas atuais, como nanocosméticos, 
neurocosméticos, fonocosméticos, nutricosméticos, aliméticos e fotoproteção, além de 
oferecer conhecimentos químicos importantes para a compreensão da cosmetologia, 
incluindo as tecnologias atuais e os procedimentos estéticos para melhorar a 
permeabilidade cutânea. Informações essenciais sobre legislação e cuidados com o uso 
 
de cosméticos em um tratamento cosmetológico enriquecem o conteúdo. Ao final, o leitor 
encontra um dicionário de ativos, servindo como consulta sobre as ações de diferentes 
princípios ativos, considerando as mais variadas patologias cutâneas. O conteúdo pode 
ser aplicado para os cursos técnicos em Estética, Farmácia, Imagem Pessoal, 
Massoterapia, entre outros. 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
. 
• Título: A Vida e História de Madam CJ Walker (Netflix) 
• Ano: 2020 
• Sinopse: Uma afro-americana que venceu a pobreza, construiu um império de produtos 
de beleza e se tornou a primeira milionária pelo próprio esforço. Baseado em uma história 
real. 
 
 
REFERÊNCIAS 
ANVISA. Centro de vigilância sanitária. Cosméticos. Disponível em: 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/cosmeticos. Acesso em: 15 jul. 2021. 
CUNHA, Andressa Marques Moreira. Cosmetologia. Curitiba: Contentus, 2021. 
GODEFROID, Rodrigo Santiago. Biologia celular e histologia. Curitiba: 2020. 
KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São 
Paulo: Atheneu, 2004. 
MARIEB, Elaine; WILHELM, Patricia Brady; MALLAT, Jon. Anatomia humana. São 
Paulo: 2014. 
MATOS, Simone Pires de. Cosmetologia aplicada. São Paulo: Saraiva, 2017. 
PEREIRA, Maria de Fátima Lima (org). Cosmetologia. São Caetano do Sul: Difusão, 
2013. 
REBELLO, Tereza. Guia de Produtos Cosméticos. São Paulo: Senac, 2019. 
RIBEIRO, Claudio. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo: 
Pharmabooks, 2010. 
VANPUTTE, Cinnamon; REGAN, Jennifer; RUSSO, Andrew. Anatomia e Fisiologia 
de Seeley. Porto Alegre: AMGH, 2016. 
 
 
 
UNIDADE II 
COSMÉTICOS E SUAS FÓRMULAS 
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal 
 
 
Plano de Estudo: 
 
• Formas e formulações dos cosméticos: Orgânicos, Naturais e Infantis; 
• Sabonetes, Hidratantes, Fotoprotetores, Desodorantes e antitranspirantes, Perfumes, 
Esmalte, Xampus, Esfoliantes químicos e físicos. 
 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
 
• Conceituar e compreender quais são as formas e as formulações dos cosméticos 
orgânicos, naturais e infantis; 
• Conhecer o que são e quais as funções dos sabonetes, hidratantes, fotoprotetores, 
desodorantes e antitranspirantes, perfumes, esmaltes, xampus e os esfoliantes químicos 
e físicos. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá, aluno(a), seja bem-vindo à Unidade II da nossa apostila de 
“Cosmetologia”! Vocês já avançaram um pouco nos estudos, fazendo uma 
introdução e conhecendo questões importantes sobre a dermatologia, a pele e a 
cosmetologia. 
 Nesta unidade, abordaremos temas que vão desde a compreensão das 
formas e formulações dos cosméticos orgânicos, naturais e infantis, estudar sobre 
os sabonetes, hidratantes, fotoprotetores, desodorantes e antitranspirantes, 
perfumes, esmaltes e xampus e, finalizaremos, aprofundando um pouco mais o 
entendimento sobre os esfoliantes químicos e físicos. 
 Vamos juntos adquirir conhecimento e entender um pouco mais sobre os 
cosméticos e suas fórmulas? 
Bom estudo!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 FORMAS E FORMULAÇÕES DOS COSMÉTICOS: ORGÂNICOS, NATURAIS E 
INFANTIS 
 
 
 
 
Querido(a) aluno(a), vamos iniciar esta unidade conhecendo um pouco sobre os 
cosméticos orgânicos, naturais e também os infantis. O Brasil, de acordo com a 
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,Perfumaria e Cosméticos 
(ABIHPEC), ocupa a 4ª posição no ranking de consumidores mundiais de produtos 
cosméticos e a 3ª posição quanto ao consumo de produtos infantis (ABIHPEC, 2021). 
A indústria de cosméticos também entrou na “onda verde”, investindo em pesquisa 
de produtos com ativos da biodiversidade natural e hoje é possível ver nas lojas de 
departamento, por exemplo, que produtos de beleza “naturais” ocupam o mesmo espaço 
que marcas renomadas “não-naturais”. O mercado de produtos naturais e orgânicos 
inclui-se produtos frescos, processados ou industrializados, como os artigos de leis. 
(GOMES,2009) 
De acordo com ANVISA (2021), o Ministro De Estado Da Agricultura, Pecuária E 
Abastecimento e o Ministro Da Saúde, o processamento/industrialização dos produtos 
considerados orgânicos devem seguir algumas normas, sendo: boas práticas de 
manuseio e processamento como forma de manter a integridade orgânica dos produtos, 
o processamento dos produtos orgânicos devem ser separados dos não-orgânicos e , 
caso sejam realizados no mesmo local, será exigida uma descrição da produção, 
processamento e armazenamento, os equipamentos utilizados na industrialização 
devem ser livres de resíduos não-orgânicos, proibido o emprego de radiações ionizantes, 
emissão de micro-ondas e nanotecnologia em qualquer etapa do processo e os 
ingredientes devem ser de produção oriunda do Sistema Brasileiro de Avaliação da 
 
Conformidade Orgânica, todas as formas de processamento deverão acontecer, 
respeitando as normas de sustentabilidade e fica proibido o uso de organismos 
geneticamente modificados (ANVISA, 2021). 
Contudo, existem as certificadoras, que são responsáveis por verificar se os 
insumos utilizados, os processos produtivos, armazenamento das matérias-primas, 
embalagens, os rótulos, as instalações, o uso de produtos energéticos, o tratamento dos 
resíduos, dentre outros fatores, devem se encontrar dentro das normas estabelecidas 
por agências certificadoras, com o objetivo de padronizar os produtos orgânicos. As 
certificações de produtos naturais e orgânicos garantem a credibilidade ao consumidor, 
que tende a buscar informações químicas na rotulagem do produto. (SOCIEDADE 
NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016) 
Da mesma forma, os estudos da Associação Brasileira da Indústria de Higiene 
Pessoal Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC, 2015), apontam que produtos que não 
agridam o meio ambiente e com valores sociais terão maior aceitação pelo consumidor, 
que se mostra cada dia mais preocupado com o uso de matérias-primas e princípios 
ativos de origem natural, a não utilização de animais nas pesquisas e a preferência por 
embalagens recicláveis. 
Ecocert Brasil foi uma das primeiras empresas a obter o credenciamento junto ao 
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) como certificadora de 
produtos orgânicos, conforme a Norma Brasileira de Orgânicos. Quando um produto 
recebe o selo da Ecocert, ele poderá utilizar o termo ‘Orgânico’ em sua embalagem e, 
para isso, precisa ter 95% ou mais de ingredientes orgânicos em sua receita. Para 
produtos com 70% a 95% de ingredientes orgânicos, o rótulo deve apresentar os dizeres 
‘Produto com ingredientes orgânicos’. Abaixo desse percentual não é considerável 
nenhuma alusão à qualidade. (ECOCERT, 2020). 
Os cosméticos orgânicos, possuem melhor compatibilidade com a pele, por esse 
motivo, justifica-se a menor probabilidade de irritações e alergias, isso se dá devido ser 
produzido com substituídas naturais que geram a mesma eficácia, ao invés de 
substâncias sintéticas (HIGUCHI; DIAS, 2013). 
O Brasil é um dos maiores produtores de orgânicos do mundo e os consumidores 
desses produtos são pessoas que buscam por qualidade, produtos mais saudáveis e a 
 
preservação do meio ambiente. Os consumidores brasileiros de produtos orgânicos, 
geralmente são pessoas que sabem dos benefícios do produto e que se preocupam com 
a qualidade e a segurança dos produtos. Com o aumento da renda nos últimos anos, o 
consumidor busca por serviços de boa qualidade e produtos saudáveis. Também existe 
a responsabilidade social com relação ao meio ambiente, por isso, o setor de orgânicos 
está crescendo cada vez mais e o maior desafio desse setor, além de garantir a 
demanda, é oferecer valores mais acessíveis ao consumidor. (INSTITUTO DE 
PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO, 2011) 
Ao utilizar produtos cosméticos orgânicos, mesmo que os custos sejam mais 
elevados, os consumidores dão preferência a maior proteção, um dos fatores 
responsáveis por tal proteção é a exclusão de substâncias petroquímicas e, por 
consequência, credibiliza a certificação do mesmo, pois se preocupam com a saúde e 
com o meio ambiente. (LYRIO et al., 2011). 
Os cosméticos naturais, por sua vez, possuem a certificação devido a sua fórmula 
obter 5% de matéria prima orgânica, que pode ser retirada tanto da agricultura 
convencional quanto do extrativismo, e 95% restante podem ser matérias-primas sem 
certificação, mas devem conter a permissão para formulações de produtos naturais. 
(SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2008) 
Esses produtos, devido as suas formulações serem compostas por substâncias 
naturais, podendo ser classificados como naturais, orgânicos ou feitos com matérias-
primas orgânicas, cujo objetivo é limpar, perfumar, alterar a aparência, corrigir odores, 
proteger e manter em bom estado e podem ser utilizados nos cabelos, na pele, nos 
lábios, unhas, órgãos genitais externos, dentes, membranas e mucosas da cavidade oral. 
(WEISS; HAMAD; FRANÇA, 2011). 
Os cosméticos são classificados como naturais e recebem certificação devido à 
sua composição, ou seja, em sua fórmula deve conter água e ingredientes naturais não-
certificados e/ou ingredientes permitidos para formulações naturais. Ainda, tais produtos 
deverão destacar em seu rótulo quais ingredientes são naturais e/ou orgânicos e/ou 
oriundos de extrativismo certificado. O rótulo pode indicar que o produto contém 
ingredientes naturais e/ou orgânicos, cujo selo utilizado é IBD (Ingredientes Naturais). 
(INSTITUTO BIODINÂMICO, 2014) 
 
Com relação aos cosméticos destinados ao público infantil, a produção desse tipo 
específico de cosmético deve levar em consideração, principalmente, as necessidades 
específicas dessa faixa etária, pois a pele das crianças é mais fina quando comparada a 
dos adultos, possui a camada córnea reduzida, menos pelos e é mais sensível aos 
agentes físicos e químicos. Portanto, a recomendação é que as crianças devem utilizar 
apenas produtos infantis para aumentar a segurança e diminuir os riscos à saúde e 
alergias (ANVISA, 2016). 
Para que um produto tenha qualidade, segurança e eficácia, é necessário que 
seja realizado testes para esse fim, os testes avaliam desde os ingredientes utilizados 
na produção/formulação até o produto final que será comercializado, além de realizar 
testes específicos para crianças com idade menor do que 3 anos (GOMEZ-BERRADA; 
et al., 2017). 
Dessa forma, uma das atitudes para garantir a compra do produto é verificar nas 
embalagens o número de registro da ANVISA, assim o consumidor tem garantia de obter 
um produto que foi avaliado de acordo com processos legais, em que foi atestado sua 
segurança, qualidade e eficácia (ANVISA, 2016). 
É importante frisar que existem requisitos para a fabricação e a utilização de 
determinados produtos, por exemplo, o ph deve ser semelhante ao ph da pele. Esses 
requisitos são utilizados em maquiagens infantis, devido à necessidade de obter baixa 
fixação e simples remoção, além disso deve possuir substâncias de gosto amargo para 
que possa ser evitada a sua ingestão. (ANVISA, 2016). 
 Com relação aos sabonetes-xampus e condicionadores voltados ao público 
infantil deve ser utilizado com precaução, evitando o excesso, atentando-se aos casos 
de alergias, além do mais, o ph do xampu deve ser igual ao da lágrima,para que não 
cause ardor nos olhos; para a eficácia dos protetores solares infantis, esses devem ser 
utilizados com FPS mínimo 15, aplicados todos os dias a cada 2 horas e para a aplicação 
em crianças menores do que 6 meses um médico deve ser consultado; os esmaltes 
infantis que devem ser à base de água, sua remoção deve ser sem a utilização de 
acetona ou removedor, o produto deve ter gosto amargo para evitar a ingestão e no rótulo 
deve estar as orientações e advertências de uso. (ANVISA, 2016). 
 
Os batons e brilhos labiais devem conter em sua fórmula ingredientes 
referenciados e seguros, a cor nos lábios deve ter duração temporária e as tonalidades 
devem ser testadas antes do uso para evitar alergias; é permitido que os fixadores de 
cabelo possuam aromas, cor, fotoprotetor e efeitos luminosos, porém seu uso é indicado 
apenas para crianças a partir de 3 anos de idade. (ANVISA, 2016). 
Vale salientar que as embalagens cosméticas de produtos infantis devem ser 
apresentadas com sistemas de válvulas, pelas quais são liberadas pequenas 
quantidades de produto por vez, não devem possuir pontas cortantes ou perfurantes e, 
por fim, não podem ser comercializados na forma de aerossol (ANVISA, 2016). 
Vale ressaltar, caro(a) aluno(a), que a função básica do xampu é remover 
sujidades do fio e do couro cabeludo. 
O pH do couro cabeludo está entre 3.8 e 5.6 e o ideal para o xampu é que o pH 
seja de 5 a 7, caso seja maior que 7 as cutículas tendem a abrir mais, esse é o caso dos 
xampus anti-resíduos que eliminam sujidades em maior profundidade. 
Já os condicionadores têm a função de fechar as cutículas e facilitar o pentear, 
pois possuem em sua estrutura, ativos com peso molecular muito baixo, que penetram 
no córtex e recompõe a estrutura do fio, além de ter o pH igual ao do fio, isso para 
normalizar a ação do xampu (WICHROWSKI, 2007). 
 
2 SABONETES, HIDRATANTES, FOTOPROTETORES, DESODORANTES E 
ANTITRANSPIRANTES, PERFUMES, ESMALTE, XAMPU E OS ESFOLIANTES 
QUÍMICOS E FÍSICOS 
 
 
 
No último tópico desta unidade, querido(a) aluno(a), vamos estudar um pouco 
sobre os sabonetes, os hidratantes, fotoprotetores, os desodorantes e antitranspirantes, 
perfumes, esmaltes, xampus e, por fim, os esfoliantes químicos e físicos. 
Para iniciarmos este estudo, faz-se necessário entendermos algumas diferenças 
que existem entre as definições de produtos de higiene, perfumes e cosméticos. 
Segundo a ANVISA (2021), os produtos de higiene são definidos como produtos para 
uso externo, destinados ao asseio ou à antissepsia corporal, como, por exemplo, os 
sabonetes, xampus, dentifrícios e desodorantes. Os perfumes, por sua vez, são produtos 
de composição aromática obtida à base de substâncias naturais ou sintéticas, cuja 
principal finalidade é a odorização de pessoas ou ambientes. São exemplos de perfumes 
os extratos, águas perfumadas, perfumes cremosos, odorizantes de ambientes. Por fim, 
os cosméticos são produtos para uso externo, destinados à proteção ou ao 
embelezamento das diferentes partes do corpo como, pós-faciais, talcos, cremes de 
beleza, bronzeadores e maquiagem. 
Ainda, de acordo com a ANVISA (2021), os produtos de higiene pessoal, perfumes 
e cosméticos são classificados em duas categorias, levando em consideração suas 
propriedades, cuja comprovação é, ou não, necessária, ou seja, os produtos 
enquadrados como produtos de Grau 1 caracterizam-se por possuírem propriedades 
básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não 
requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de 
uso, devido às características intrínsecas do produto. Fazem parte dessa categoria os 
sabonetes (exceto os com ação anti-séptica), creme com finalidade exclusiva de 
hidratação e/ou refrescância; xampu (exceto os com ação antiqueda; anticaspa e/ou 
outros benefícios específicos que justifiquem a comprovação prévia) xampu 
condicionador (exceto os com ação antiqueda; anticaspa e/ou outros benefícios 
específicos que justifiquem comprovação prévia); desodorante axilar (exceto os com 
ação antitranspirante) e os esmaltes. 
Já os produtos de Grau 2, são produtos de higiene pessoal, cosméticos e 
perfumes cuja formulação cumpre com a definição anteriormente descrita e que possuem 
indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou 
eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso. Fazem parte da 
 
lista desse tipo de produto os antitranspirantes axilar e pédico; colônia infantil; 
desodorante antitranspirante axilar e pédico; desodorante de uso íntimo; esmaltes para 
unhas infantil; protetor solar e protetor solar infantil; sabonete anti-séptico; sabonete 
infantil e sabonete íntimo; xampu anticaspa/antiqueda; xampu colorante; xampu 
condicionador anticaspa/antiqueda; xampu condicionador infantil e xampu infantil. 
 
SAIBA MAIS 
 
Para saber mais sobre os produtos de higiene pessoal, perfumes ou cosméticos 
que fazem parte da categoria de Grau 1 ou de Grau 2, acesse: 
https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/acessoainformacao/perguntasfrequentes/cosmeticos/conceitos-e-definicoes. Acesso 
em: 01 de setembro de 2021. 
 
 
#SAIBA MAIS# 
 Falando especificamente dos sabonetes, estes estão disponíveis comercialmente 
em uma imensa variedade de cores, odores e formas. Sabonete em barra, sabonete 
líquido, para pele oleosa ou pele seca, com odores de baunilha ou de chocolate e uma 
imensidade de aspectos que podem mudar de um produto para o outro. Você, querido(a) 
aluno(a), já parou para pensar nas semelhanças e nas diferenças das propriedades de 
cada um deles? Pois são essas propriedades que fazem com que eles tenham diferentes 
características na sua utilização. A formação dos agentes limpantes do sabonete, no qual 
ocorre através do processo denominado “saponificação”, é a reação da mistura entre um 
óleo vegetal e/ou gordura animal juntamente com uma base alcalina, assim, como 
produto da reação, um sal de ácido graxo (princípio ativo da limpeza) e glicerina. 
Para a fabricação de sabonetes, são adicionados óleos essenciais vegetais, com 
propriedades adequadas para cuidar da pele, e outras substâncias e misturas 
dermatológicas devidamente testadas. Além do mais, são acrescentados reagentes em 
sua composição para fins específicos, como cremes hidratantes, óleos aromáticos e 
 
corantes. Outra dado interessante de se conhecer é que, em geral, quando se quer uma 
textura mais pastosa ou líquida, muda-se a base utilizada. 
Os cremes e loções hidratantes, atualmente, a hidratação cutânea têm sido 
utilizados para fins terapêuticos, ou seja, estão sendo mais utilizadas em clínicas de 
estética e dermatológicas. Portanto, para a obtenção de resultados significantes 
necessita-se conhecer os mecanismos fisiológicos e de ação dos principais princípios 
hidratantes, para manter as condições que podem quebrar o equilíbrio e manter a pele 
hidratada. (RIBEIRO, 2010). 
De acordo com Leonardi, Gaspar e Campos (2002), os produtos hidratantes 
apresentam uma ação preventiva, inclusive contra o envelhecimento precoce e 
hidratação cutânea, em que, em sua formulação, contém a adição de substâncias ativas, 
o que a categoriza como uma das classes mais importantes dos cosméticos. 
Os aminoácidos, ceramidas, ácido hialurônico, uréia, glicerina, colesterol, ácidos 
graxos, entre outros, são alguns dos ativos hidratantes mais conhecidos, estes 
constituem a matriz lipídica intercelular e preenche os espaços entre as células da 
camada córnea da epiderme (corneócitos), possibilitando que a pele exerça sua função 
de barreira. A redução desses lipídeos na camada córnea, provocada por alguns fatores 
que inclui a exposição a de solventes orgânicos e substâncias detergentes, 
envelhecimento, fatores genéticos, entre outros, alteram a barreira cutânea, provocando 
uma diminuição da hidratação da pele (RIBEIRO, 2010).Podemos citar a oclusão e umectação como os principais tipos de hidratantes de 
acordo com a classificação, diante o mecanismo de ação e seus componentes. Os 
hidratantes oclusivos são responsáveis por formar na superfície cutânea da epiderme 
um filme hidrofóbico, cujo objetivo é impedir a evaporação e perda de água, além de 
contribuir para a hidratação da pele, além dessas substâncias quando usadas para fins 
cosméticos, são oleosas, a fim de contribuir para uma maior maciez e suavidade da 
superfície cutânea. (LEONARDI, 2008; VANZIN, CAMARGO, 2011). 
Já os hidratantes umectantes, são substâncias que atuam por umectação, além 
de absorver a umidade da atmosfera devido às suas propriedades higroscópicas. Para 
isso, é necessário que a umidade relativa do ar esteja adequada (LEONARDI, 2008; 
VANZIN, CAMARGO, 2011). 
 
De uma maneira geral, os ingredientes hidratantes atuam principalmente na 
retenção da umidade interna da pele, sendo que alguns ativam essa capacidade e outros 
complementam. Normalmente, os hidratantes devem ter consistência leve, evitando que 
a pele fique oleosa e com brilho, alguns são recomendados para uso durante o dia, pois 
contém filtro solar, enquanto outros são recomendados para o uso noturno, geralmente 
usado após a limpeza da pele. 
Dessa forma, entende-se que, para a realização de tratamentos estéticos da pele 
é importante realizar a sua hidratação, pois ocorrerá uma melhora na nutrição celular 
que irá permitir uma ação mais eficiente de outras substâncias ativas. Contudo, deve-se 
ressaltar que para uma melhor hidratação e nutrição da pele, é recomendado a ingestão 
diária de água, pois ela contribui para melhorar as funções orgânicas de forma geral. 
(SOUZA, 2007; MICHALUN, MICHALUN, 2010). 
REFLITA 
 
“A beleza é a melhor carta de recomendação” 
 Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), filósofo grego, discípulo de Platão. 
Fonte: MELO, J. J. “A beleza é a melhor carta de recomendação”: Associação da beleza com julgamentos 
de credibilidade a um nível implícito e explícito. 2011. 
 
#REFLITA# 
 
Quando se trata dos fotoprotetores, ou protetores solares, sabe-se, caro(a) 
aluno(a), que a exposição ao sol em excesso e sem a proteção adequada, é 
desaconselhável e pode causar efeitos prejudiciais à saúde. Não se pode negar a 
importância do sol para a síntese de vitamina D no organismo, por exemplo, pois contribui 
para a formação dos ossos e previne o raquitismo. Porém, hoje já se sabe que a 
exposição ao sol excessiva e sem a devida proteção, é um dos maiores responsáveis 
pelo desenvolvimento do câncer de pele, pelo fotoenvelhecimento e alterações do 
sistema imune. (MOTA; PÁEZ; SERRANO, 2003). 
Os perigos relacionados à radiação ultravioleta podem ser minimizados através 
de uma proteção adequada com o uso de produtos cosméticos fotoprotetores existentes 
no mercado com diferentes Fatores de Proteção Solar (FPS). As fórmulas mais utilizadas 
são as emulsões e os géis. (SCHUELLER, ROMANOWSKI, 1999) 
 
Portanto, o filtro solar é uma substância química de uso tópico, que tem a 
capacidade de refletir ou absorver as radiações ultravioletas que atingem a pele, 
diminuindo, assim, os efeitos danosos dessas radiações sobre ela. (ANVISA, 2021) 
Sobre os desodorantes e antitranspirantes, tais produtos apresentam-se 
atualmente de diferentes formas e odores com o intuito de atender às demandas da 
maior parte dos clientes. Apesar de muitas vezes serem considerados como sinônimos 
no senso comum, o desodorante e o antitranspirante são produtos bem distintos, pois 
apresentam composições distintas e mecanismos de ação diferenciados (ALVES et al., 
2006) 
De acordo com Barata (2003), os desodorantes são soluções hidroalcoólicas, 
formados por veículos (líquidos, sólidos, pastosos ou fluídos), incluindo bactericidas e/ou 
bacteriostáticos, assim, ao regular o desenvolvimento de bactérias na pele, estas não 
degeneram os derivados protéicos do suor em aminas e amidas, evitando, dessa forma, 
a formação do odor corporal. 
Ainda, conforme Barata (2003), devido à ação anti-séptica e solubilizante de 
princípios ativos, para a produção dos desodorantes é necessário a utilização de formol 
(conservante), propilenoglicol, glicerina, sorbitol e, principalmente, o álcool, embora seu 
efeito seja rápido devido à evaporação e sua ação é efêmera, dessa maneira, é possível 
que o desodorante transmita sensação de frescor e bem-estar. 
Já Alves et al. (2006), apresenta a ação dos antitranspirantes e/ou 
antiperspirantes, segundo o autor, eles são compostos por sais de alumínio ou zircônio 
cuja função é diminuir os poros e a produção das glândulas sudoríparas, 
consequentemente, reduzindo a transpiração. Barata (2003), complementa, afirmando 
que a redução dos poros deve ocorrer de maneira que não bloqueie toda a sudorese 
natural. 
Os produtos para o controle da transpiração apresentam-se de várias formas no 
mercado, sendo eles: barras sólidas; loções que podem ser aplicados sob axilas, pés e 
mãos; os aerossóis; o squeeze-spray que tem baixo custo, porém com alta concentração 
de álcool, podendo causar irritações alérgicas; os cremes; os bastões que podem se 
apresentar em forma de creme gel e, por fim, os sticks que é basicamente uma cera 
 
formada tanto por saponificação, como por soluções e de fácil aplicação. (MARTINS, 
2006; LEONARDI, 2008; BARATA, 2003) 
Outro produto que estudaremos é o perfume. A introdução dos perfumes na vida 
cotidiana data da época dos egípcios. Muitos papiros e murais encontrados no Egito 
mostram que estes foram usados por indivíduos abastados da sociedade. Estudos 
mostraram que eram utilizados óleos, pomadas e unguentos perfumados, dentre os 
quais, os óleos mais utilizados para esse fim eram retirados das sementes de abóbora, 
açafrão, sementes de gergelim, dentre outras. Além disso, os óleos perfumados eram 
usados para massagear o corpo, com o objetivo de que este "ficasse para a eternidade”, 
pois de acordo com as crenças dos egípcio existia vida após a morte. (BUTLER, 2000). 
Uma fragrância é composta basicamente de três notas: a de cabeça, a de corpo 
e a de fundo, formando uma pirâmide de essências (SCHUELLER, ROMANOWSKI, 
1999; LAMBALOT, PINHEIRO,1991; BLUME, 1991) . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Pirâmide de essências 
 
 
Fonte: Elaborado pelas autoras. 
 
Atualmente, a produção de perfumes está muito voltada ao mercado do marketing 
e a pesquisa de novas fragrâncias ou a própria produção de novos produtos tenta atingir 
um público específico. É permitido produzir através do desenvolvimento de um 
documento, contendo as especificações, no qual a empresa almeja que contenha em 
 
seu perfume, cujo documento é denominado de “brief”. Tal documento é repassado para 
vários perfumistas e estes desenvolvem uma fragrância de acordo com o que está 
descrito. Basicamente, o “brief” contém informações do produto como o histórico, o 
objetivo do produto, o conceito, o público-alvo, os critérios técnicos, a distribuição, o 
preço final, entre outros. (TRISTÃO, 1991; NISHIYAMA, 1991). 
No mercado atual existem diferentes denominações para um produto da 
perfumaria, e isso vai depender de fatores como a quantidade de fragrância colocada na 
solução alcoólica, essa quantidade pode variar de acordo com o país produtor. Por 
exemplo, perfumes e/ou eau de parfum possuem em torno 15%, esta é considerada uma 
das maiores porcentagens de fragrância, vale ressaltar que recomenda-se que tais 
porcentagens sejam usadas nos períodos noturnos e em pequenas quantidades. 
(BALSAM, 1992; DIAS, SILVA, 1996). 
Versões com uma quantidade menor de fragrância são os eau de toilette, estes 
contém 4% ou mais de essência e, geralmente, são utilizados durante o dia. E, por fim, 
encontra-se a água de colônia ou colônia, este produto tem apenas 3% de fragrância,sendo considerado o produto com menor fragrância, devido a sua essência ser mais 
leve e refrescante, é bastante utilizado em países tropicais. (BALSAM, 1992; DIAS, 
SILVA, 1996). 
Agora vamos estudar sobre o esmalte! 
Produto milenar, o esmalte teve sua evolução associada ao charme, glamour, 
criatividade, personalidade e poder. De acordo com a história dos cosméticos, até por 
volta do ano de 1920 as unhas eram polidas com um pó abrasivo com o objetivo de obter 
brilho. Apenas após a década XX, com a descoberta do laqueador conhecido como 
polidor de unha, foi que os esmaltes foram inseridos na sociedade por proporcionarem 
brilho. Segundo Draelos (1999), esse laqueador era formado por nitrocelulose, que, após 
a fervura, era dissolvida em solventes orgânicos, e depois da evaporação dos solventes, 
era formada uma película dura e polida de nitrocelulose, de coloração clara. 
Em 1930, Charles Revlon adicionou pigmentos ao laqueador formando um polidor 
de unhas colorido. Tal polidor obteve grande sucesso, foi quando em 1932, Charles 
fundou a indústria Revlon, que produziu os primeiros esmaltes de unhas (DRAELOS, 
1999). A Revlon existe até hoje, produzindo esmaltes muito requisitados, principalmente 
 
por serem hipoalergênicos. Falando sobre os hipoalergênicos, algumas pessoas 
apresentam reações alérgicas ao usar esmaltes devido aos componentes que compõem 
sua formulação, por este motivo, a indústria cosmética possui em seu hall de ofertas, 
esmaltes hipoalergênicos, conhecidos como 3 free, pois não possuem em sua 
composição química substâncias como: tolueno, formaldeído e dibutilftalato, muitas 
vezes causadoras da dermatite de contato, podendo provocar vermelhidão, coceira, 
descamação e inchaço ao redor das unhas e olhos. Encontram-se no mercado também 
os esmaltes 4 free, que além de não apresentarem os três componentes acima citados, 
também não contém cânfora. No entanto, os esmaltes hipoalergênicos apresentam um 
custo financeiro um pouco mais elevado em comparação com os esmaltes comuns, pois, 
além de possuírem menos resistência, devido à substituição da resina de tosilamida 
formaldeído, ou tolueno-sulfonamida-formaldeído, por resinas de poliéster (DRAELOS, 
1999). 
Na indústria, os esmaltes passam por vários processos durante a sua fabricação. 
São realizadas análises físico-químicas tais como: análise do pH, da viscosidade, da 
densidade e das propriedades organolépticas abrangendo cor, aspecto e odor 
(SIQUEIRA, 2012). Essas análises auxiliam no controle da qualidade do produto e estão 
diretamente relacionadas a sua formulação. 
O cosmético esmalte de unhas está muito difundido entre a população, que atribui 
grande importância à aparência das unhas, sendo, muitas vezes, uma maneira de 
determinar a condição social (DRAELOS, 1999). As unhas longas, cuidadas, com 
esmaltes eram muito valorizadas pelas mulheres, tornando-as principais consumidoras 
desse produto. No entanto, as indústrias vem aumentando a amplitude de sua oferta, 
oferecendo também ao público masculino esmaltes específicos, geralmente, a bases de 
unha sem brilho. 
Já aprendemos sobre os produtos para a limpeza do corpo e sua hidratação, 
produtos para a proteção solar da pele, para proteção contra o odor ou excesso de 
transpiração, produtos que são usados para perfumar, bem como o esmalte, produto 
usado para embelezar ainda mais as mulheres e os homens também. Agora 
estudaremos sobre produtos destinados ao cuidado dos cabelos, os xampus. 
 
De acordo com o que já estudamos anteriormente, os xampus são produtos de 
higiene que têm a finalidade de limpar o cabelo e o couro cabeludo por ação tensoativa 
ou por absorção sobre as impurezas presentes nessa área (BARBARA, 2007). 
Barata (1995) aponta que a principal função dos xampus é limpar os fios de cabelo 
e do couro cabeludo, deixando-os suaves, brilhantes e de fácil penteabilidade. O xampu 
deve apresentar-se de forma líquida transparente ou opaca e formulado com tensoativos, 
estes com propriedades molhantes, detergentes, emulsionantes e formadores de 
espuma. 
Os xampus mais comuns possuem em sua composição compostos de tensoativos 
primário (aniônico), secundário, polímero, emolientes, fragrância, espessante e água. 
Tais compostos são responsáveis em promover a detergência dos fios, além remover as 
impurezas como: células mortas descamadas, oleosidade, resíduos cosméticos e 
sujidades do meio ambiente (DRAELOS, 1999). Esses tensoativos agem diminuindo a 
tensão interfacial entre a sujeira e a água, fazendo com que a sujeira seja removida junto 
à água. 
Os problemas relacionados ao uso de xampu na fibra capilar são devido aos 
danos que podem ser causados com a limpeza, uma vez que, estudos mostram que 
lavagens sucessivas com xampus extraem pequenas quantidades de proteína 
endocutícula e essa extração resulta em degradação no interior do cabelo (HALAL, 
2010). 
Os agentes tensoativos utilizados nas formulações dessas substâncias 
saponáceas, podem ser classificados em concordância a sua estrutura química ou com 
sua base diante das propriedades físicas. Os principais ingredientes ativos nos xampus 
são os tensoativos surfactantes aniônicos, os outros ingredientes são acrescentados, a 
fim de melhorar a ação ou alterar a textura, fragrância, cor, ou mesmo, a sensação que 
o uso do produto pode causar. Podemos ressaltar que, embora, apenas um surfactante 
primário seja encarregado de limpar os fios de cabelos e o couro cabeludo, geralmente, 
acrescenta-se outros com o intuito de intensificar a limpeza, aumentar a formação de 
espuma, diminuir irritações e condicionar os cabelos. (HALAL, 2010). 
Nas formulações dos cosméticos indicados para higiene dos cabelos, os 
tensoativos aniônicos sulfatados são os mais utilizados, pois possuem alto grau de 
 
detergência, formação de espuma adequada e baixo custo. Existem estudos que 
sugerem a adição de tensoativos com sulfato, porém estes possuem alto poder irritante, 
podendo acarretar coceiras e descamações indesejadas. (FARIA et al., 2012). 
De acordo com o acima exposto, o uso de tensoativos sulfatados na fabricação 
de xampus vem sendo, muitas vezes, criticado devido ao seu alto poder irritante para a 
pele e olhos, bem como potenciais danos à fibra capilar. Muitos formuladores de 
cosméticos vêm buscando alternativas para os xampus sulfatados, assim como o 
desenvolvimento de formulações menos tóxicas, em que é reduzida a concentração de 
uso (PENTEADO; SEOUD; CARVALHO, 2006). 
Por fim, estudaremos, neste tópico, sobre dois tipos diferentes de esfoliação: a 
esfoliação física e a química. 
Desde a antiguidade, observa-se que a epiderme é capaz de renovar-se desde as 
camadas mais profundas. No entanto, existem relatos que na Idade Média as mulheres 
utilizavam vinho para manter a pele suave e limpa, tal qual o efeito do peeling. (SOUZA, 
2004). 
Com o objetivo de melhorar a aparência da pele, a busca por tratamentos 
estéticos têm aumentado. A esfoliação tem sido considerada fundamental na obtenção 
de bons resultados mediante aos tratamentos e protocolos estéticos existentes devido a 
sua capacidade em promover a renovação celular e induz uma reepitelização, 
favorecendo, assim, os efeitos dos princípios ativos. 
Desenvolvida pelos médicos por volta de 1960, a esfoliação tem como objetivo 
contribuir para a descamação da camada córnea da pele, gerando a renovação e 
crescimento celular, consequentemente, deixando a pele com aspecto limpo e jovial, 
(SOUZA, 2009). 
Existem vários tipos de esfoliantes, que utilizam diferentes técnicas que vão desde 
as técnicas caseiras, como o uso de bucha vegetal, sal, enzimas de frutas indo até o uso 
de diversos tipos de ácidos. Para o uso em cosmetologia e em estabelecimentos 
estéticos, devem-se utilizar produtos cosméticos com formulações padronizadas. 
(RIBEIRO, 2006) 
É possível que os esfoliantes ajam através de mecanismos químicos,físico ou 
enzimáticos, e sua aplicação objetiva a melhora na hiperpigmentação, queratose actínea 
 
e nas rugas finas. Neste tópico, porém, estudaremos sobre a esfoliação química e física. 
Dentre os esfoliantes com agentes químicos, o ácido glicólico do grupo dos alfa-
hidroxiácidos (AHAs), proporciona hidratação além de apresentar ação queratolítica no 
qual gera uma eficiente esfoliação, por isso, é um dos mais utilizados, além de favorecer 
a renovação celular. Em razão do baixo peso molecular, (AHAs) tem alta permeabilidade 
cutânea, assim sua eficácia depende do ph do meio, tempo de contato com a pele e da 
concentração utilizada na formulação. (ALMEIDA, 2007) 
A esfoliação química efetiva-se por meio da aplicação de substâncias químicas 
na pele, resultando na destruição de parte da epiderme e/ou derme e para que na 
sequência ocorra a regeneração de novos tecidos dessas camadas. A esfoliação química 
é classificada como superficial, quando atua na camada da epiderme; média, quando 
atua até a derme papilar; e profunda, atingindo a derme reticular (BATISTELA; 
CHORILLI; LEONNARDI, 2007; CAREGNATTO; GARCIA; FRANÇA, 2007; SOUZA, 
2009). 
Ribeiro (2006) salienta que os ativos mais usados nas formulações de produtos 
de uso cosméticos, são: ácido lático, ácidos glicólicos, ácido salicílico e ácido pirúvico. É 
importante apresentar que os ácidos alfa-hidroxiácidos, como: o ácido cítrico, ácido 
málico,ácido láctico, ácido tartárico e o ácido glicólico possuem diferenças devido ao 
tamanho de suas moléculas, sendo o ácido glicólico, o menor deles, consequentemente, 
mais utilizado na cosmetologia. 
Agora, caro(a) aluno(a), vamos estudar sobre a esfoliação por processo 
físico/mecânico. Nesse tipo de esfoliação, os agentes esfoliantes atuam essencialmente 
no estrato córneo da epiderme, removendo parte da pele e induzindo na sequência à sua 
reepitelização. Os esfoliantes físicos, por sua vez, agem por método mecânico, entre 
elas, as mais utilizadas são: a semente de apricot, sílica, arroz, semente de damasco 
refinada, microesferas de jojoba, ciribelli e microgrânulos de polietileno no qual são 
agregados em diferentes fórmulas tais como, creme, gel, gel-creme, loção (BORGES, 
2010) ou, até mesmo, em sabonetes e cremes para massagens (CAREGNATTO; 
GARCIA; FRANÇA, 2007; DAL GOBBO, 2010; RIBEIRO, 2010). A eficácia ou o 
desconforto da esfoliação pode variar de acordo com o tamanho do grânulo e a pressão 
exercida para sua realização (SOUZA, 2004, 2005, 2006). Vale ressaltar que a esfoliação 
 
física pode ser feita também por meio de equipamentos. Exemplo: peeling de diamante 
e de cristal. 
A esfoliação física é caracterizada por uma esfoliação que ocorre na primeira 
camada da pele, com pequena magnitude, estabelecida pela quantidade e tipo de 
esfoliante que contém em sua fórmula, com a intensidade e a frequência de aplicação. 
(RIBEIRO, 2010). 
 Finalizamos, assim, este tópico, querido(a) aluno(a), entendendo a diferença entre 
dois tipos específicos de esfoliação, a esfoliação química e a esfoliação físico/mecânica, 
a ação de cada uma delas na pele, bem como suas específicas formulações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Chegamos ao final da segunda unidade desta apostila e aprendemos muitos 
conteúdos novos até aqui. Aprendemos sobre as formas e formulações dos cosméticos 
orgânicos, naturais e infantis, bem como as diferenças entre eles. 
Estudamos também a composição e a destinação do uso de cada um dos 
produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes destacados no tópico 2, 
entendendo, inclusive que, alguns deles já existem há muito tempo, desde a Idade 
Média. 
Mesmo com um conteúdo denso e, por vezes, complexo, foi possível aprender 
nesta unidade, as várias formas, formulações e utilização dos produtos classificados 
como higiene pessoal, cosmético e perfumaria, ampliando o conhecimento já adquirido 
 
em outros momentos, estudos e oportunidades, com o intuito de fazer florescer em cada 
indivíduo, o seu melhor, enquanto sujeito e enquanto profissional. 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
 Com o intuito de aprofundarmos o conhecimento em novas técnicas de esfoliação, 
convidamos você, caro(a) aluno(a) a navegar pelo site www.estética digital.com.br, para 
ler um artigo sobre : “RESULTADOS DERMATOLÓGICOS E PADRONIZAÇÃO DO 
PROCEDIMENTO ESTÉTICO DE MICRODERMOABRASÃO: REVISÃO INTEGRATIVA 
DA LITERATURA”. Disponível em: 
https://estetikadigital.com.br/resultados-dermatologicos-e-padronizacao-do-
procedimento-estetico-de-microdermoabrasao-revisao-integrativa-da-literatura. Acesso 
em: 16 de julho de 2021. 
 Nos estudos analisados, a microdermoabrasão foi considerada uma técnica 
segura e eficaz tanto para tratar disfunções estéticas relacionadas ao relevo e coloração 
cutâneas quanto, como no preparo da pele para permeação de ativos dermatológicos, 
com resultados satisfatórios na melhoria de hipercromias, acne, cicatrizes, estrias e 
fotoenvelhecimento. Portanto, vale a pena aprofundar um pouco mais nesse assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
 
● Título: Guia De Produtos Cosméticos 
● Autora: Tereza Rebello. 
● Editora: Senac São Paulo, 7 de novembro de 2019 - 320 páginas. 
● Sinopse: 
Este livro foi idealizado para auxiliar profissionais cujas atividades estão 
direcionadas para a cosmetologia. Essa área vem se desenvolvendo e ganhando 
destaque nas últimas décadas: De que são constituídos seus produtos? Para que 
servem as proteínas? O que são compostos orgânicos naturais e como se 
relacionam à confecção de produtos cosméticos? Respostas para essas e outras 
perguntas podem ser encontradas nestas páginas, que constituem uma valiosa 
fonte de consulta. Por essa razão, o Senac São Paulo oferece o Guia de produtos 
cosméticos, indispensável para quem quer estar bem informado a respeito das 
minúcias em torno de todo o processo que envolve a elaboração de produtos 
cosméticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FILME/VÍDEO 
 
 
Título: Broken - episódio Makeup Mayhem, Netflix. 
Ano: 2019. 
Sinopse: A série documental lançada em novembro de 2019 mostra no seu primeiro 
episódio "Makeup Mayhem", como influencers e estratégias de marketing criaram 
uma sensação de urgência nas consumidoras, elevaram a procura por cosméticos, 
levando o mercado pirata se aproveitar da situação criando produtos contaminados 
com bactéria, arsênico ou coisa pior. Uma das entrevistadas da série contou sobre 
quando queria comprar um Kylie Lip Kit, coleção de maquiagem da empresária Kylie 
Jenner, que vivia esgotado. Por isso, optou por comprar uma imitação. Depois de 
aplicar o produto, a garota descobriu que seus lábios estavam literalmente colados 
por causa dos ingredientes nocivos colocados na fórmula do produto pirata. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, E. F. de. Utilização do ácido glicólico nas alterações estéticas. Revista 
Personalité. São Paulo, v. 11, n. 53. set/out, 2007. 
 
ALVES, A. L. T.; TERCI, D. B. L.; PINHEIRO, T. Ap. L.; PINHEIRO, A. S. Fisiologia da 
Sudorese e Ação de Desodorantes e Antitranspirantes. Cosmetics & Toiletries. V.18. 
Kosmoscience. Valinhos-SP. Set-Out, 2006. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA 
e COSMÉTICOS (ABIHPEC). Panorama do setor, 2018. Disponível em: 
https://abihpec.org.br/publicacao/panorama-do-setor-2018 Acesso em: 15 jul. 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL PERFUMARIA E 
COSMÉTICOS (ABIHPEC)Panorama do setor, 2015. Disponível em: 
https://www.abihpec.org.br/2015/04/panorama-do-setor-2015/ Acesso em: Acesso em: 
16 jul. 2021. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL PERFUMARIA E 
COSMÉTICOS (Brasil). Mercado brasileiro de HPPC: quarta posição mundial com 
sensação de terceira. 2021. Disponível em: https://abihpec.org.br/2017/02/mercado-
brasileiro-de-hppc-quarta-posicao-mundial-com-sensacao-de-terceira/

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