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100 DICAS DE
EMPRESARIAL
ANA PAULA BLAZUTE
BRUNA CORRÊA 
 
@PROFANABLAZUTE
Cassia Brito
projetonave.g@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute e Bruna Corrêa (@brunacfon). O arquivo 
é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
1 
 
100 dicas de Direito Empresarial 
 
Parte Geral 
 
1. Diferença entre Direito Comercial e 
Direito Empresarial 
O direito comercial é mais voltado para o nosso 
antigo Código Comercial, onde vigorava os atos 
de comércio. O Código Comercial foi 
parcialmente revogado, vigorando ainda as 
disposições sobre o Comércio Marítimo. O 
Direito Empresarial adota a teoria da 
empresa, sendo mais abrangente que o Direito 
Comercial. 
 
2. Conceito de empresário 
 
O empresário é aquele que exerce, de forma 
profissional (habitual, com finalidade financeira), 
atividade econômica organizada para a produção 
ou a circulação de bens ou de serviços. 
 
3. Quem não é empresário? 
Não é considerado empresário, aquele que 
desenvolve uma profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda 
que conte com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores. Entretanto, se o exercício dessa 
atividade constituir elemento de empresa, o 
profissional passará a ser considerado 
empresário. Exemplo: Médico veterinário que 
comercializa adereços para pets. 
 
4. O que é a empresa? 
Estudamos que empresário é aquele que exerce 
uma atividade empresária. A empresa é 
justamente essa atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou serviços. Lembre-se, a empresa é a 
ATIVIDADE. 
5. Função social da empresa 
Nosso Código Civil prioriza muito que a empresa 
cumpra sua função social, gere emprego e renda, 
contribua para o desenvolvimento da economia. 
Prova disso é o próprio instituto da recuperação 
judicial, que visa a recuperação da atividade 
empresária mesmo que isso signifique a retirada 
dos sócios. 
 
6. Espécies de nome empresarial 
Existem duas espécies de nome empresarial, a 
firma e a denominação. 
a) Firma: é composta pelo nome civil, seja 
de forma completa ou abreviada. 
b) Denominação: é formada de quaisquer 
palavras, seja de língua estrangeira ou 
nacional. 
 
7. Empresário individual e a firma 
O empresário individual, obrigatoriamente, deve 
adotar como espécie de nome empresarial a 
firma. 
Como caiu na OAB? 
Cruz Machado pretende iniciar o exercício 
individual de empresa e adotar como firma, 
exclusivamente, o nome pelo qual é conhecido 
pela população de sua cidade – “Monsenhor”. De 
acordo com as informações acima e as regras 
legais de formação de nome empresarial para o 
empresário individual, assinale a afirmativa 
correta. 
Resposta: A pretensão de Cruz Machado não é 
possível, pois o empresário individual opera sob 
firma constituída por seu nome, completo ou 
abreviado. 
 
8. Nome empresarial pode ser 
alienado? 
O Código Civil não permite que o nome 
empresarial seja alienado, portanto, ele não pode 
ser objeto de alienação. 
 
9. Conceito de estabelecimento 
comercial 
O estabelecimento empresarial é todo complexo 
de bens organizado, para exercício da empresa, 
por empresário, ou por sociedade empresária. É 
importante saber ainda que o 
estabelecimento empresarial não se 
Cassia Brito
projetonave.g@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute e Bruna Corrêa (@brunacfon). O arquivo 
é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
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confunde com o local onde se exerce a 
atividade empresarial. 
 
10. Alienação do estabelecimento 
empresarial 
O estabelecimento empresarial pode ser objeto 
unitário de direitos e de negócios jurídicos, 
translativos ou constitutivos, que sejam 
compatíveis com a sua natureza. Ou seja, o 
estabelecimento poderá ser alienado, e isso 
ocorrerá através de um contrato chamado 
trespasse. 
 
11. Trespasse e a solidariedade pelos 
débitos vencidos e vincendos 
Quando ocorre o trespasse o alienante (aquele 
que vende) continua responsável, 
solidariamente, pelos débitos vencidos e 
vincendos pelo prazo de 1 ano. 
a) Débitos vencidos: o prazo começa a 
contar a partir da publicação do contrato 
de trespasse na impressa oficial. 
b) Débitos vincendos: o prazo começa a 
contar a partir do vencimento. 
Lembre-se: os débitos precisam estar 
devidamente contabilizados para que o alienante 
continue sendo responsável. 
 
12. Registro do trespasse 
Você precisa saber que a venda de um 
estabelecimento empresarial é algo que 
influencia não só aquele que está vendendo, mas 
outras pessoas (terceiros) que tenha negócios 
com o alienante. 
Portanto, por ser um ato solene, o contrato de 
trespasse só produzirá efeitos quanto a terceiros 
depois de averbado à margem da inscrição do 
empresário, ou da sociedade empresária, no 
Registro Público de Empresas Mercantis, e de 
publicado na imprensa oficial. 
Como caiu na OAB? 
O empresário individual José de Freitas alienou 
seu estabelecimento a outro empresário 
mediante os termos de um contrato escrito, 
averbado à margem de sua inscrição no Registro 
Público de Empresas Mercantis, publicado na 
imprensa oficial, mas não lhe restaram bens 
suficientes para solver o seu passivo. Em relação 
à alienação do estabelecimento empresarial 
nessas condições, sua eficácia depende: 
Resposta: do pagamento a todos os credores, ou 
do consentimento destes, de modo expresso ou 
tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
13. Concorrência após a venda do 
estabelecimento empresarial 
Seria muito desleal se o alienante pudesse criar 
um negócio muito parecido e estabelecer-se ao 
lado daquele que comprou o seu antigo 
estabelecimento né? Pois bem, o Código Civil, já 
antecipando essas práticas, definiu que, o 
alienante do estabelecimento não pode fazer 
concorrência ao adquirente, nos cinco anos 
subsequentes à transferência. 
Mas, como tudo sempre tem uma exceção, o 
contrato pode autorizar que o alienante faça 
concorrência antes de passados esses cinco 
anos, mas essa autorização deve estar expressa 
no contrato de trespasse. 
 
14. Obrigatoriedade de inscrição da 
empresa na junta comercial 
O empresário precisa se inscrever no Registro 
Público de Empresas Mercantis (Junta 
Comercial) antes de dar início às suas atividades, 
sob pena de ser considerado irregular. 
Como caiu na OAB? 
Luzia Betim pretende iniciar uma sociedade 
empresária em nome próprio. Para tanto, procura 
assessoria jurídica quanto à necessidade de 
inscrição no Registro Empresarial para 
regularidade de exercício da empresa. Na 
condição de consultor(a), você responderá que a 
inscrição do empresário individual é: 
Resposta: obrigatória antes do início da 
atividade. 
 
 
 
 
Cassia Brito
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15. Empresário irregular 
O empresário irregular é aquele que exerce suas 
atividades sem realizar o devido registro na Junta 
Comercial. É importante saber que mesmo que 
não seja registrado, a pessoa que exerce uma 
atividade empresária é considerada empresário 
para os termos legais, respondendo de forma 
ilimitada com o seu próprio patrimônio. 
 
16. Produtor rural pode ser empresário? 
Diferente do empresário urbano, que o registro é 
obrigatório antes do início da atividade, o 
produtor rural não possui a obrigatoriedade de se 
registrar como empresário. O Código Civil diz 
que o produtor rural possui a faculdade de 
requerer ou não o registro perante a junta 
comercial. Se o produtor rural se registrar, ele 
será considerado empresário, ou seja, o registro 
do produtor rural é um ato constitutivo. 
Como caiu na OAB? 
O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário 
de quatro fazendas onde ele realiza, em nome 
próprio, a exploraçãode culturas de soja e milho, 
bem como criação intensiva de gado. A atividade 
em todas as fazendas é voltada para exportação, 
com emprego intenso de tecnologia e insumos de 
alto custo. Zacarias não está registrado na Junta 
Comercial. Com base nessas informações, é 
correto afirmar que: 
Resposta: Zacarias, mesmo que exerça uma 
empresa, não será considerado empresário pelo 
fato de não ter realizado seu registro na Junta 
Comercial. 
 
17. Capacidade para ser empresário 
O Código Civil determina que podem exercer a 
atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem 
legalmente impedidos. 
 
18. O que acontece se o empresário se 
tornar incapaz? 
Pode acontecer de, durante o exercício da 
atividade empresária o sócio/empresário se 
tornar incapaz. Se isso acontecer, o empresário 
incapaz poderá continuar o exercício da 
atividade empresária desde que seja 
representado ou assistido por seus pais ou 
pelo autor da herança. 
 
19. Representante do incapaz não pode 
ser pessoa legalmente impedida 
E o que acontece se o representante do sócio 
incapaz for uma pessoa legalmente impedida de 
ser empresário? Se isso acontecer, essa 
pessoa nomeará, com a aprovação do juiz, 
um ou mais gerentes. 
Como caiu na OAB? 
Maria, empresária individual, teve sua interdição 
decretada pelo juiz a pedido de seu pai, José, em 
razão de causa permanente que a impede de 
exprimir sua vontade para os atos da vida civil. 
Sabendo-se que José, servidor público federal na 
ativa, foi nomeado curador de Maria, assinale a 
afirmativa correta. 
Resposta: É possível a concessão de 
autorização judicial para o prosseguimento da 
empresa de Maria; porém, diante do 
impedimento de José para exercer atividade de 
empresário, este nomeará, com a aprovação do 
juiz, um ou mais gerentes. 
 
20. Responsabilidade do impedido 
Conforme estudado na dica anterior, os 
impedidos não podem exercer a atividade de 
empresário. Acontece que o brasileiro ama fazer 
as coisas à margem da lei, então, o Código Civil, 
já ciente dessas hipóteses, determinou que a 
pessoa legalmente impedida de exercer 
atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas. Ainda, 
essa pessoa responderá por essas obrigações 
de forma ilimitada. 
 
21. Nome do sócio excluído pode 
permanecer na firma social? 
Normalmente, os tipos societários que operam 
sob firma possuem uma pessoalidade em sua 
atividade. Por esse motivo, o nome de sócio que 
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vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode 
ser conservado na firma social. 
 
22. Os cônjuges podem ser sócios de 
forma conjunta? 
Os cônjuges podem contratar sociedade, entre si 
ou com terceiros, desde que não tenham 
casado no regime da comunhão universal de 
bens, ou no da separação obrigatória. 
 
23. O empresário casado 
O empresário casado pode, sem necessidade 
de outorga conjugal, qualquer que seja o 
regime de bens, alienar os imóveis que integrem 
o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus 
real. Mesmo casado, o empresário precisa ter a 
liberdade de gerir os seus negócios sem que seja 
necessária a outorga de seu cônjuge. 
 
24. Obrigatoriedade de averbar o pacto 
antenupcial do empresário 
Se o empresário se casar e realizar um pacto 
antenupcial, ele deverá averbar esse contrato no 
Registro Civil e no Registro Público de Empresas 
Mercantis. 
Como caiu na OAB? 
Fagundes e Pilar são noivos e pretendem se 
casar adotando o regime de separação de bens 
mediante celebração de pacto antenupcial. 
Fagundes é empresário individual e titular do 
estabelecimento Borracharia Dona Inês Ltda. 
ME. Celebrado o pacto antenupcial entre os 
nubentes, o advogado contratado por Fagundes 
providenciará o arquivamento e a averbação do 
documento: 
Resposta: no Registro Público de Empresas 
Mercantis e no Registro Civil de Pessoas 
Naturais. 
 
Sociedades 
25. O empresário individual 
O empresário individual é aquele que exerce a 
atividade empresária em nome próprio, e dessa 
forma, não há a separação dos bens do CPF e 
do CNPJ, ou seja, o empresário individual 
responde com seus bens pessoais pelas dívidas 
de sua empresa. 
 
26. Responsabilidade limitada x 
Responsabilidade ilimitada 
Você vai ouvir falar muito nesses termos daqui 
em diante, então é preciso que saiba o que 
significa. 
a) Quando a responsabilidade for limitada 
significa que os sócios de uma empresa 
serão responsabilizados apenas até o 
valor de sua participação no capital 
social, ou seja, o seu patrimônio pessoal 
não é afetado pelas dívidas da 
empresa. 
b) Quando a responsabilidade for 
ilimitada, significa que o sócio responde 
com seu patrimônio pessoal pelas 
dívidas da sociedade. 
 
27. Responsabilidade solidária x 
Responsabilidade subsidiária 
Outro termo bastante mencionado no Direito 
Societário e precisamos saber diferenciar: 
a) Responsabilidade solidária: quando a 
responsabilidade for solidária, o credor 
poderá cobrar diretamente a empresa 
ou o empresário, ou seja, não há uma 
ordem de preferência. 
b) Responsabilidade subsidiária: aqui, o 
empresário apenas será demandado 
quando não houver patrimônio social 
(da empresa) suficiente para saldar a 
dívida. 
 
28. A sociedade limitada unipessoal e a 
extinção da EIRELI 
Eis aqui um tema recente e que pode ser objeto 
de prova. A lei 14.195/2021 extinguiu a EIRELI, 
de modo que, atualmente, todas as EIRELI’s 
existentes se tornarão sociedade limitada 
unipessoal. Essa foi uma mudança importante e 
facilitou muito a vida de quem deseja 
empreender sozinho. 
 
Cassia Brito
projetonave.g@gmail.com
 
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Como caiu na OAB? 
Alexandre Larocque pretende constituir 
sociedade do tipo limitada sem se reunir a 
nenhuma outra pessoa e consulta sua advogada 
para saber a possibilidade de efetivar sua 
pretensão. 
Assinale a opção que apresenta a resposta dada 
pela advogada ao seu cliente. 
Resposta: É possível. A sociedade limitada pode 
ser constituída por uma pessoa, hipótese em que 
se aplicarão ao ato de instituição, no que 
couberem, as disposições sobre o contrato 
social. 
 
29. A sociedade limitada unipessoal 
Antes do advento da sociedade limitada 
unipessoal, aquele que quisesse empreender 
sozinho sem que o seu patrimônio fosse atingido 
pelas obrigações sociais, deveria constituir uma 
EIRELI, um tipo societário sui generis, pois nem 
era uma sociedade e nem era um empresário 
individual. 
Entretanto, a EIRELI possuía algumas 
limitações, tais como, o capital social mínimo de 
100 salários mínimos, a impossibilidade de ter 
mais de uma por CPF, etc. 
Por sua vez, a sociedade limitada unipessoal foi 
criada para minimizar todos essas restrições da 
EIRELI. A SLU, prevista no artigo 1.052 §1º, CC, 
não possui capital mínimo para ser formada e um 
mesmo empresário pode ter mais de uma SLU. 
 
30. Momento de aquisição da 
personalidade jurídica 
A personalidade jurídica da sociedade é 
adquirida a partir da inscrição no registro próprio 
e na forma da lei, dos seus atos constitutivos. 
 
31. Diferença entre sociedade 
personificada e não personificada 
A sociedade não personificada é aquela que não 
possui personalidade jurídica. O Código Civil traz 
duas espécies de sociedade não personificada: a 
sociedade em comum e a sociedade em conta de 
participação. 
A sociedade personificada é aquela que teve 
seus atos constitutivos levados a registro, ou 
seja, possuem personalidade jurídica. 
 
32. A sociedade em comum 
A sociedade em comum é aquela sociedadecom 
característica de sociedade empresária, mas que 
não levou seus atos constitutivos a registro, ou 
seja, é uma sociedade de fato. 
 
33. Patrimônio especial da sociedade em 
comum 
Os bens e dívidas sociais, da sociedade em 
comum, constituem um patrimônio especial, do 
qual os sócios são titulares em comum. 
 
34. Responsabilidade dos sócios na 
sociedade em comum 
A responsabilidade dos sócios na sociedade em 
comum é solidária e ilimitada pelas obrigações 
sociais. Entretanto, há um benefício de ordem, 
ou seja, primeiro se executa o patrimônio da 
sociedade para depois executar o patrimônio 
pessoal do sócio. 
Mas existe uma exceção importante, o sócio que 
contratou pela sociedade, ou seja, aquele que 
celebrou o negócio pela empresa, será excluído 
do benefício de ordem. 
Como caiu na OAB? 
Acerca da sociedade em comum, assinale a 
opção correta. 
Resposta: Todos os sócios respondem solidária 
e ilimitadamente pelas obrigações sociais, 
excluído do benefício de ordem aquele que 
contratou pela sociedade. 
 
35. Responsabilidade do novo sócio 
Se um sócio ingressar em uma sociedade já 
existente, ele responderá pelas dívidas 
anteriores à sua admissão. Ou seja, 
independente se aquele sócio entrou na 
sociedade depois que a dívida foi assumida, ele 
responderá por ela. 
 
Cassia Brito
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36. Responsabilidade sobre a 
integralização do capital social 
Na sociedade limitada a responsabilidade de 
cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, 
mas todos respondem de forma solidária pela 
integralização do capital social. 
 
37. Possibilidade de menor ser sócio de 
uma sociedade empresária 
O incapaz pode ser sócio de uma sociedade 
empresária, mas, como estamos falando de uma 
pessoa incapaz, alguns requisitos devem ser 
preenchidos: 
a) O sócio incapaz não pode ser 
administrador da sociedade; 
b) O capital social deve estar totalmente 
integralizado; 
c) O sócio relativamente incapaz deve ser 
assistido e o absolutamente incapaz 
deve ser representado por seus 
representantes legais. 
Como caiu na OAB? 
Álvares Florence tem um filho relativamente 
incapaz e consulta você, como advogado(a), 
para saber da possibilidade de transferir para o 
filho parte das quotas que possui na sociedade 
empresária Redenção da Serra Alimentos Ltda., 
cujo capital social se encontra integralizado. 
Resposta: é permitido o ingresso do 
relativamente incapaz na sociedade, desde que 
esteja assistido no instrumento de alteração 
contratual, devendo constar a vedação do 
exercício da administração da sociedade por ele. 
 
38. A sociedade em conta de 
participação 
Na sociedade em conta de participação, duas ou 
mais pessoas se unem para uma finalidade 
específica. Normalmente, uma pessoa fornece 
os recursos e a outra utiliza esses recursos em 
um determinado projeto ou empreendimento. A 
atividade constitutiva do objeto social é exercida 
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome 
individual e sob sua própria e exclusiva 
responsabilidade, participando os demais dos 
resultados correspondentes. 
 
39. Sócio ostensivo x sócio participante 
O sócio ostensivo é aquele que “aparece”, ou 
seja, é aquele que realiza todas as negociações 
envolvendo a sociedade. Já o sócio 
participante (ou sócio oculto) é aquele que não 
participa das negociações, ele apenas contribui 
(na maioria das vezes financeiramente) com a 
sociedade. 
Como caiu na OAB? 
A respeito do sócio ostensivo da sociedade em 
conta de participação, assinale a afirmativa 
correta. 
Resposta: É o único responsável pela atividade 
constitutiva do objeto social. 
 
40. Como provar a existência de uma 
sociedade em conta de participação 
A sociedade em conta de participação não 
precisa de qualquer formalidade para existir, isso 
significa que esse tipo societário não exige 
sequer um contrato social. Por esse motivo, a 
constituição de uma sociedade em conta de 
participação pode provar-se por todos os meios 
de direito. 
 
41. Contrato social na sociedade em 
conta de participação 
Conforme mencionado no tópico anterior, não há 
nenhuma exigência formal para que seja 
constituída uma sociedade em conta de 
participação. Entretanto, caso os sócios façam 
um contrato social (o que não é proibido) esse 
contrato apenas terá efeito entre os sócios. Isso 
significa que os sócios não poderão opor esse 
contrato a terceiros. 
 
42. O registro do contrato social da 
sociedade em conta de participação 
Nós já entendemos que a sociedade em conta de 
participação não possui personalidade jurídica, 
certo? Mas e se os sócios registrarem o contrato 
social na junta comercial? 
Cassia Brito
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Nesse ponto é importante que você saiba que a 
eventual inscrição do contrato social em qualquer 
registro, não confere personalidade jurídica à 
sociedade. 
 
43. Admissão de novo sócio na 
sociedade em conta de participação 
Observando as características da sociedade em 
conta de participação, é possível entender que 
esse tipo societário exige uma certa relação de 
confiança entre os sócios. Por esse motivo, o 
sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem 
o consentimento expresso dos demais. 
 
44. Sócio oculto (participante) e relações 
com terceiros 
Quem negocia pela sociedade é o sócio 
ostensivo, cabendo ao sócio oculto apenas 
fiscalizar a gestão desses negócios. O sócio 
participante não pode tomar parte nas relações 
do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de 
responder solidariamente com este pelas 
obrigações em que intervier. 
 
45. Falência do sócio ostensivo 
Caso haja a falência do sócio ostensivo, haverá 
também a dissolução da sociedade e a 
liquidação da respectiva conta. 
Como caiu na OAB? 
Quanto à falência do sócio ostensivo na 
Sociedade em Conta de Participação, é 
CORRETO afirmar: 
impõe a dissolução da sociedade e a liquidação 
da respectiva conta, o saldo constituirá crédito 
quirografário; 
 
46. A sociedade simples 
A sociedade simples é uma sociedade 
personificada, ou seja, possui personalidade 
jurídica. Essas sociedades normalmente 
exploraram atividades intelectuais, um exemplo 
clássico são os escritórios de advocacia. 
 
 
 
47. Registro das sociedades simples 
A sociedade simples deve ser constituída através 
de um contrato escrito, podendo ser particular ou 
público. Qualquer modificação do contrato social 
depende do consentimento de todos ou da 
maioria absoluta dos sócios, devendo ser 
averbada no respectivo registro. 
 
48. Substituição do sócio na sociedade 
simples 
A sociedade simples, normalmente, exige uma 
relação de confiança entre os sócios. Por esse 
motivo, o sócio não pode ser substituído no 
exercício das suas funções, sem o 
consentimento expresso dos demais sócios. 
 
49. Responsabilidade dos sócios na 
sociedade simples 
A responsabilidade na sociedade simples é 
ilimitada, mas deve ser observado o benefício de 
ordem. Existe uma observação importante aqui! 
Se um sócio ceder as suas quotas, ele continuará 
responsável (solidariamente) pelas obrigações 
perante a sociedade e terceiros pelo prazo de até 
dois anos depois de averbada a modificação do 
contrato 
. 
50. Início da responsabilidade dos 
sócios 
É importante que você saiba que as obrigações 
dos sócios começam imediatamente com o 
contrato, se este não fixar outra data, e terminam 
quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as 
responsabilidades sociais. 
Como caiu na OAB? 
Perseu, em 2012, ingressa numa sociedade 
simples, constituída em 2008, formada por cinco 
pessoasnaturais e com sede na cidade de 
Primeira Cruz. De acordo com as disposições do 
Código Civil sobre a sociedade simples, assinale 
a afirmativa correta. 
Resposta: Perseu é responsável por todas as 
dívidas sociais anteriores à admissão. 
 
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51. Participação dos lucros e das perdas 
na sociedade simples 
Se não houver nenhuma estipulação em 
contrário, o sócio participa dos lucros e das 
perdas na proporção das respectivas quotas. 
Essa regra é tão importante que o Código Civil 
determina que a estipulação contratual que 
exclua qualquer sócio de participar dos lucros e 
das perdas é nula. 
 
52. Morte do sócio na sociedade simples 
Quando um sócio de uma sociedade simples 
falece, suas quotas serão liquidadas. Entretanto 
existem algumas exceções, são elas: 
a) se o contrato dispuser diferentemente 
b) se os sócios remanescentes optarem 
pela dissolução da sociedade 
c) se, por acordo com os herdeiros, 
regular-se a substituição do sócio 
falecido. 
É importante que você saiba ainda a redação do 
artigo 1.032: “A retirada, exclusão ou morte do 
sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da 
responsabilidade pelas obrigações sociais 
anteriores, até dois anos após averbada a 
resolução da sociedade; nem nos dois primeiros 
casos, pelas posteriores e em igual prazo, 
enquanto não se requerer a averbação.” 
Como caiu na OAB? 
Em 11 de setembro de 2016, ocorreu o 
falecimento de Pedro, sócio de uma sociedade 
simples. Nessa situação, o contrato prevê a 
resolução da sociedade em relação a um sócio. 
Na alteração contratual ficou estabelecida a 
redução do capital no valor das quotas 
titularizadas pelo ex-sócio, sendo o documento 
arquivado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 
em 22 de outubro de 2016. Diante da narrativa, 
os herdeiros de Pedro são responsáveis pelas 
obrigações sociais anteriores à data do 
falecimento, até dois anos após: 
Resposta: a data do arquivamento da resolução 
da sociedade (22 de outubro de 2016). 
 
53. Hipóteses de dissolução da 
sociedade simples 
O Código Civil prevê quatro hipóteses de 
dissolução da sociedade simples: 
a) o vencimento do prazo de duração, 
salvo se, vencido este e sem oposição 
de sócio, não entrar a sociedade em 
liquidação, caso em que se prorrogará 
por tempo indeterminado 
b) o consenso unânime dos sócios 
c) a deliberação dos sócios, por maioria 
absoluta, na sociedade de prazo 
indeterminado 
d) a extinção, na forma da lei, de 
autorização para funcionar. 
A sociedade simples pode ser dissolvida ainda 
através de decisão judicial a requerimento de 
qualquer dos sócios. 
 
54. Deliberação dos sócios na sociedade 
simples 
Nas sociedades simples, normalmente, as 
deliberações são tomadas por maioria de votos. 
 
55. Administração da sociedade 
simples 
Na sociedade simples, caso não haja previsão 
contratual, a administração será exercida 
separadamente por todos os sócios. 
Entretanto, o sócio responderá por perdas e 
danos se agir (realizar operações) em desacordo 
com a maioria. 
 
56. Características da sociedade 
limitada 
A sociedade limitada, como o próprio nome diz, 
restringe a responsabilidade dos sócios até o 
valor de suas quotas, ou seja, o patrimônio 
pessoal dos sócios não é atingido por dívidas da 
sociedade. 
 
 
 
 
Cassia Brito
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Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute e Bruna Corrêa (@brunacfon). O arquivo 
é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
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57. Responsabilidade pela 
integralização do capital social 
Conforme ensinado na dica anterior, a 
responsabilidade dos sócios é limitada ao valor 
de suas quotas, mas todos respondem de forma 
solidária pela integralização do capital social. 
Como caiu na OAB? 
Anadia e Deodoro são condôminos de uma quota 
de sociedade limitada no valor de R$ 13.000,00 
(treze mil reais). Nem a quota nem o capital da 
sociedade – fixado em R$ 50.000,00 (cinquenta 
mil reais) – se encontram integralizados. Você é 
consultado(a), como advogado(a), sobre a 
possibilidade de a sociedade demandar os 
condôminos para que integralizem a referida 
quota. Assinale a opção que apresenta a 
resposta correta. 
Resposta: Eles são obrigados à integralização, 
porque todos os sócios, mesmo os condôminos, 
devem integralizar o capital. 
 
58. Realização de assembleias ou 
reuniões virtuais 
Com as medidas de isolamento ocasionadas 
pela Covid-19, a lei 14.030/2020 incluiu um artigo 
no Código Civil permitindo que as assembleias 
ou reuniões da sociedade limitada fossem 
realizadas de forma digital. 
Como caiu na OAB? 
Em razão das medidas de isolamento social 
propagadas nos anos de 2020 e 2021, muitos 
administradores precisaram de orientação 
quanto à licitude da realização de reuniões ou 
assembleias de sócios nas sociedades limitadas, 
de forma digital, ou à possibilidade do modelo 
híbrido, ou seja, o conclave é presencial, mas 
com a possibilidade de participação remota de 
sócio, inclusive proferindo voto. Assinale a 
afirmativa que apresenta a orientação correta. 
Resposta: Na sociedade limitada é possível tanto 
a reunião ou a assembleia de sócios, de forma 
digital, quanto a participação do sócio e o voto à 
distância. 
 
59. O que ocorre quando há o 
falecimento de um dos sócios na 
sociedade limitada? 
Muito diferente da sociedade simples, na 
sociedade limitada, quando um, sócio falece sua 
quota será liquidada, salvo: 
a) se o contrato dispuser diferentemente; 
b) se os sócios remanescentes optarem 
pela dissolução da sociedade; 
c) se, por acordo com os herdeiros, 
regular-se a substituição do sócio 
falecido. 
Como caiu na OAB? 
No contrato da sociedade empresária Arealva 
Calçados Finos Ltda., não consta cláusula de 
regência supletiva pelas disposições de outro 
tipo societário. Ademais, tanto no contrato social 
quanto nas disposições legais relativas ao tipo 
adotado pela sociedade não há norma regulando 
a sucessão por morte de sócio. Diante da 
situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: Haverá resolução da sociedade em 
relação ao sócio em caso de morte. 
 
60. Espécies de ações na sociedade 
anônima 
A sociedade anônima poderá ter três tipos de 
ações: as ordinárias, preferenciais e de fruição. 
a) As ações ordinárias são obrigatórias e 
confere ao acionista o direito a voto nas 
assembleias e participação nos 
dividendos. 
b) As ações preferenciais conferem ao 
acionista uma vantagem ou preferência 
legal, entretanto ela também confere 
alguma restrição. Tanto as vantagens 
quanto as restrições devem estar 
previstas no estatuto social. 
c) As ações de fruição é aquela criada no 
momento de sua amortização, 
momento em que o acionista recebe o 
valor que teria direito se houvesse a 
liquidação da sociedade. 
 
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61. Sociedades anônimas de capital 
aberto e fechado 
A sociedade anônima de capital aberto é aquela 
que possui ações que podem ser negociadas na 
bolsa de valores. Já na sociedade anônima de 
capital fechado ocorre o contrário, suas ações 
não podem ser negociadas na bolsa de valores, 
ou seja, caso a empresa queira captar 
investidores, deverá fazer isso de forma privada. 
 
62. Direitos essenciais dos acionistas 
Os acionistas na sociedade anônima possuem 
alguns direitos essenciais, são eles: 
a) participar dos lucros sociais; 
b) participar do acervo da companhia, em 
caso de liquidação; 
c) fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a 
gestão dos negócios sociais; 
d) preferência para a subscriçãode ações, 
partes beneficiárias conversíveis em 
ações, debêntures conversíveis em 
ações e bônus de subscrição 
e) retirar-se da sociedade nos casos 
previstos na lei 6.404/76 
 
63. A sociedade cooperativa 
A sociedade cooperativa é uma sociedade sem 
fins lucrativos e sem receita própria, possuindo 
como finalidade prestar, diretamente, serviços 
aos seus associados. 
 
64. Características da sociedade 
cooperativa 
O artigo 1.094 prevê algumas das características 
de uma sociedade cooperativa e é importante 
que você saiba identifica-las: 
a) variabilidade, ou dispensa do capital 
social; 
b) concurso de sócios em número mínimo 
necessário a compor a administração 
da sociedade, sem limitação de número 
máximo; 
c) limitação do valor da soma de quotas do 
capital social que cada sócio poderá 
tomar; 
d) intransferibilidade das quotas do capital 
a terceiros estranhos à sociedade, 
ainda que por herança; 
e) quorum , para a assembléia geral 
funcionar e deliberar, fundado no 
número de sócios presentes à reunião, 
e não no capital social representado; 
f) direito de cada sócio a um só voto nas 
deliberações, tenha ou não capital a 
sociedade, e qualquer que seja o valor 
de sua participação; 
g) distribuição dos resultados, 
proporcionalmente ao valor das 
operações efetuadas pelo sócio com a 
sociedade, podendo ser atribuído juro 
fixo ao capital realizado; 
h) indivisibilidade do fundo de reserva 
entre os sócios, ainda que em caso de 
dissolução da sociedade. 
 
65. Responsabilidade na sociedade 
cooperativa 
Diferentemente da maioria dos tipos societários, 
a responsabilidade dos sócios na sociedade 
cooperativa poderá ser limitada ou ilimitada. 
 
66. Direito de voto na sociedade 
cooperativa 
Lembra que eu falei que você precisava saber 
identificar algumas das características da 
sociedade cooperativa? Pois é, o direito de voto 
é uma delas. Na sociedade cooperativa cada 
sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou 
não capital a sociedade, e qualquer que seja o 
valor de sua participação. 
Como caiu na OAB? 
Dirce Reis trabalha como advogada e presta 
apoio jurídico aos empreendedores da cidade de 
São Francisco interessados na constituição de 
sociedades cooperativas. Um grupo de 
prestadores de serviços procurou a consultora 
para receber informações sobre o funcionamento 
de uma cooperativa. Sobre as regras básicas de 
funcionamento de uma cooperativa, assinale a 
afirmativa correta. 
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Resposta: Na sociedade cooperativa, cada sócio 
tem direito a um só voto nas deliberações sociais, 
tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que 
seja o valor de sua participação. 
 
67. Desconsideração da personalidade 
jurídica 
Apesar de ser um tema mais abordado na 
matéria de direito civil, a desconsideração da 
personalidade jurídica é intrinsecamente ligada 
ao direito empresarial. 
Tá, mas o que é isso? 
A desconsideração ocorre quando, ocorre abuso 
da personalidade jurídica caracterizado pelo 
desvio de finalidade ou pela confusão 
patrimonial. Quando isso ocorre, afasta-se a 
personalidade jurídica para que seja possível 
alcançar o patrimônio pessoal do sócio. 
 
68. Desconsideração da personalidade 
jurídica inversa 
Aqui, o babado é mais forte. Pelos mesmos 
motivos (abuso da personalidade jurídica), o juiz 
poderá atingir o patrimônio da empresa por 
dívidas pessoais dos sócios. 
Isso ocorre muito, por exemplo, quando algum 
sócio transfere bens pessoais para o acervo 
patrimonial da sociedade com o objetivo de 
prejudicar seus credores, ou seja, dificultando o 
cumprimento de suas obrigações. 
 
Títulos de Crédito 
69. O que é um título de crédito? 
Segundo a definição da doutrina, um título de 
crédito é o documento necessário para que haja 
o exercício do direito literal e autônomo nele 
mencionado. Normalmente, o direito 
corresponde a uma quantia em dinheiro, de 
modo que através do título de crédito, esse 
direito poderá ser exercido de forma autônoma, 
independente de outra comprovação. 
 
 
 
70. Título de crédito é um título executivo 
extrajudicial 
O Código de Processo Civil prevê que a letra de 
câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque são títulos executivos 
extrajudiciais. 
Isso significa que o titular desse título poderá 
executar essa dívida sem que seja necessário o 
ajuizamento de uma ação de conhecimento. 
 
71. Endosso x Aval 
Quando falamos em títulos de crédito, esse é um 
dos assuntos mais cobrados pela primeira fase 
da OAB. 
O endosso ocorre quando o titular de um título de 
crédito cede os seus direitos inerentes ao título à 
outra pessoa. Aquele que endossa se 
responsabiliza, em alguns casos, pelo 
pagamento do título, de modo que o endossatário 
(o que recebeu o endosso) poderá cobrar tanto 
do obrigado principal quanto do endossante. 
Portanto, atente-se a essas hipóteses. 
Como caiu na OAB? 
Socorro, empresária individual, sacou duplicata 
de venda na forma cartular, em face de Laticínios 
Aguaí Ltda. com vencimento para o dia 11 de 
setembro de 2020. Antes do vencimento, no dia 
31 de agosto de 2020, a duplicata, já aceita, foi 
endossada para a sociedade Bariri & Piraju Ltda. 
Considerando-se que, no dia 9 de outubro de 
2020, a duplicata foi apresentada ao tabelionato 
de protestos para ser protestada por falta de 
pagamento, é correto afirmar que o endossatário. 
Resposta: poderá promover a execução da 
duplicata em face do aceitante e do endossante, 
pelo fato de o título ter sido apresentado a 
protesto em tempo hábil e por ser o aceitante o 
obrigado principal. 
Por sua vez, o aval é uma espécie de garantia 
pessoal dos títulos de crédito. No direito civil nós 
temos a fiança, nos títulos de crédito temos o 
aval. Portanto, o avalista garante o pagamento 
de um título de crédito. 
 
 
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72. Endosso-mandato 
Como o próprio nome diz, o endosso-mandato 
confere poderes ao endossatário para que este 
represente o endossante, exercendo direitos 
específicos e inerentes ao título. 
O endossatário não pode endossar novamente o 
título a não ser que seja também na qualidade 
procurador com os mesmos poderes que 
recebeu. 
Como caiu na OAB? 
Filadélfia emitiu nota promissória à vista em favor 
de Palmas. Antes da apresentação a pagamento, 
Palmas realizou endosso-mandato da cártula 
para Sampaio. De posse do título, é correto 
afirmar que Sampaio 
Resposta: somente poderá transferir a nota 
promissória, por meio de novo endosso, na 
condição de procurador da endossante. 
 
73. Endosso em branco x endosso em 
preto 
O endosso em branco possui como principal 
característica o fato de não indicar o beneficiário, 
ou seja, basta que o endossante assine o verso 
daquele título sem indicar para quem ele se 
destina. Nesse caso, o título passará a ser ao 
portador. Isso significa que qualquer um que 
esteja de posse daquele título poderá cobrá-lo. 
Ao contrário, o aval em preto indica 
expressamente quem será o beneficiário do 
título. 
 
74. Endosso com cláusula sem garantia 
ou proibitivo 
Como mencionamos antes, normalmente o 
endossante se responsabiliza pelo título que está 
cedendo, mas como para tudo existe exceção, 
vamos entender melhor o endosso proibitivo. 
Nessa espécie de endosso, o endossante não 
fica vinculado como coobrigado, ou seja, ele não 
se responsabiliza pelo título perante terceiros. 
Assim, a responsabilidade do endossante se 
limita ao endossatário. Essa cláusula precisa ser 
expressa. 
Como caiu na OAB? 
Bonfimemitiu nota promissória à ordem em favor 
de Normandia, com vencimento em 15 de março 
de 2020 e pagamento na cidade de Alto 
Alegre/RR. O título de crédito passou por três 
endossos antes de seu vencimento. O primeiro 
endosso foi em favor de Iracema, com proibição 
de novo endosso; o segundo endosso, sem 
garantia, se deu em favor de Moura; no terceiro 
e último endosso, o endossante indicou Cantá 
como endossatário. Vencido o título sem 
pagamento, o portador poderá promover a ação 
de cobrança em face de: 
Resposta: Bonfim, o emitente e obrigado 
principal, e do endossante e coobrigado Moura, 
observado o aponte tempestivo do título a 
protesto por falta de pagamento para o exercício 
do direito de ação em face do coobrigado. 
 
75. A cláusula “não à ordem” 
Essa é uma cláusula em que o emitente de um 
título de crédito proíbe a realização de endosso 
naquele título. Quando essa cláusula estiver 
presente, o título apenas poderá ser cedido 
através de uma cessão civil de crédito. Saiba que 
existe a cláusula à ordem, mas ela é presumida 
nos títulos de crédito, ou seja, não precisa ser 
expressa. 
Como caiu na OAB? 
Para realizar o pagamento de uma dívida 
contraída pelo sócio M. Paraguaçu em favor da 
sociedade Iguape, Cananeia & Cia Ltda., o 
primeiro emitiu uma nota promissória à vista, com 
cláusula à ordem no valor de R$ 50.000,00 
(cinquenta mil reais). De acordo com essas 
informações e a respeito da cláusula à ordem, é 
correto afirmar que: 
Resposta: a cláusula implica a possibilidade de 
transferência do título por endosso, sendo o 
endossante responsável pelo pagamento, salvo 
cláusula sem garantia. 
 
76. Aval x Fiança 
O aval é uma garantia inerente aos títulos de 
crédito. Aqui a responsabilidade é solidária e 
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autônoma, ou seja, o avalista poderá ser 
acionado pelo montante integral da dívida. 
Já a fiança é uma garantia pessoal onde a 
responsabilidade é subsidiária, de forma que o 
fiador apenas pode ser cobrado caso o devedor 
principal não cumpra a obrigação. 
 
77. Aval póstumo 
O aval póstumo é aquele dado após o 
vencimento da dívida. O Código Civil estabelece 
que o aval posterior ao vencimento produz os 
mesmos efeitos do anteriormente dado. 
Como caiu na OAB? 
Três Coroas Comércio de Artigos Eletrônicos 
Ltda. subscreveu nota promissória em favor do 
Banco Dois Irmãos S.A. com vencimento a dia 
certo. Após o vencimento, foi aceita uma 
proposta de moratória feita pelo devedor por 120 
(cento e vinte) dias, sem alteração da data de 
vencimento indicada no título. O beneficiário 
exigiu dois avalistas simultâneos, e o devedor 
apresentou Montenegro e Bento, que firmaram 
avais em preto no título. Sobre esses avais e a 
responsabilidade dos avalistas simultâneos, 
assinale a afirmativa correta. 
Resposta: O aval póstumo produz os mesmos 
efeitos do anteriormente dado, respondendo os 
avalistas solidariamente e autonomamente 
perante o portador. 
 
78. Aval em preto e aval em branco 
Assim como no endosso, o aval em preto indica 
a pessoa que está sendo avalizada, ou seja, o 
avalista se responsabiliza apenas por ela. Já o 
aval em branco não indica quem está sendo 
avalizado, de modo que o avalista se 
responsabiliza por aquele título independente 
que quem realize a cobrança. 
 
79. Aval parcial 
O aval parcial ocorre quando o avalista garante 
apenas parte da dívida. O Código Civil veda a 
realização de aval parcial, entretanto, o decreto-
lei 57.663/56 prevê a possibilidade de realização 
de aval parcial nas letras de câmbio e notas 
promissórias. Por sua vez, a lei do cheque 
também permite o aval parcial. Portanto, é 
preciso que você saiba identificar qual o título em 
questão para analisar se o aval parcial é vedado 
ou não. 
Como caiu na OAB? 
Em relação ao Direito Cambiário, é correto 
afirmar que: 
Resposta: o aval dado em uma nota promissória 
pode ser parcial, ainda que sucessivo. 
 
80. Cheque 
O cheque é o título de crédito mais usual e 
comum no nosso dia a dia e, nada mais é, que 
uma ordem de pagamento à vista. 
O cheque pode ser sacado na “boca do caixa” ou 
depositado em uma conta bancária. 
No cheque existem 3 figuras de destaque: o 
emitente, o favorecido e o sacado. 
O emitente é aquele que emite o cheque, ou seja, 
que coloca ele em circulação. O favorecido é a 
pessoa a quem será efetuado o pagamento (é o 
credor). O sacado é o banco, a instituição 
financeira onde o dinheiro do emitente está 
depositado. 
 
81. Cheque cruzado 
O cheque cruzado obriga o beneficiário a 
depositar o título em uma conta bancária, ou 
seja, impede que o cheque seja sacado na “boca 
do caixa”. 
Como caiu na OAB? 
Feijó recebeu de Moura um cheque com 
cruzamento especial no valor de R$ 2.300,00 
(dois mil e trezentos reais). Acerca das 
disposições legais que disciplinam tal espécie de 
cheque, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: O cruzamento especial não pode ser 
convertido em geral e a inutilização do 
cruzamento ou a do nome do banco é reputada 
como não existente. 
 
82. Cheque ao portador 
O cheque ao portador, como o próprio nome diz, 
é um cheque que pode ser apresentado por 
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qualquer pessoa. Não há a indicação de nenhum 
beneficiário. Uma observação importante, essa 
espécie de cheque somente pode ser emitida até 
o montante de R$ 100,00. 
 
83. Cheque nominal 
Ao contrário da espécie anterior, o cheque 
nominal indica o nome do beneficiário. Dessa 
forma, caso o beneficiário queira transferir esse 
crédito, deverá realizar o endosso, conforme já 
estudado nas dicas anteriores. 
 
84. Cheque pré-datado ou pós-datado 
Conforme estudamos, o cheque é uma ordem de 
pagamento à vista. Entretanto, como o brasileiro 
ama inventar uma moda, popularizou-se a figura 
do cheque pré-datado. Nessa espécie de 
cheque, o emitente coloca uma data futura para 
que aqueles valores sejam compensados. 
 
85. Cheque e o dano moral 
Como mencionado na dica anterior, o cheque 
pré-datado indica uma data futura para ser 
compensado. Ok, mas o que acontece se o 
beneficiário resolver depositar esse cheque 
antes da data mencionada no título? Bom, nos 
termos da súmula 370 do STJ caracteriza dano 
moral a apresentação antecipada de cheque pré-
datado. 
Como caiu na OAB? 
Inocência adquiriu um aparelho de jantar para 
sua nova residência em uma loja de artigos 
domésticos. A vendedora, sociedade limitada 
empresária, recebeu um cheque cruzado emitido 
pela compradora e, se comprometeu, a não o 
apresentar ao sacado antes de 10 de janeiro de 
2019. Em 13 de dezembro de 2018, exatamente 
uma semana após a compra, Inocência verificou, 
no extrato de sua conta-corrente bancária, que o 
cheque em referência havia sido apresentado a 
pagamento e devolvido por insuficiência de 
fundos, em decorrência da apresentação 
antecipada ao sacado. Sobre a apresentação de 
cheque pós-datado antes da data indicada como 
sendo a de emissão, com base na jurisprudência 
pacificada, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: Caracteriza dano moral. 
 
86. Princípio da cartularidade 
O princípio da cartularidade aduz que é 
indispensável que o beneficiário tenha a posse 
do título para que possa exercer os direitos 
inerentes ao crédito, ou seja, é preciso a 
existência material do título, que também poderá 
ser eletrônico. 
 
87. Lugar de emissão e de pagamento 
Normalmente, o título indica o lugar de emissão 
e de pagamento, mas, na hipótese de não haver 
essa indicação, o Código Civil aduz que será 
consideradoo domicílio do emitente. 
 
88. Nota promissória 
A nota promissória é um título em que uma 
pessoa “promete” pagar certa quantia em 
dinheiro à outra. A nota promissória representa 
tão somente a dívida, ou seja, não tem valor de 
contrato entre as partes. 
Como caiu na OAB? 
(adaptada) Acerca de títulos de crédito, assinale 
a opção correta. 
Resposta: A nota promissória pode ser vinculada 
a contrato, mas dependerá de indicação, no 
próprio título de crédito, da celebração do 
referido negócio jurídico. 
 
89. Duplicata 
A duplicata é um título pouco usual atualmente, 
mas ainda é cobrado pela OAB. Ela funciona 
como uma espécie de prova do contrato de 
compra e venda celebrado entre as partes. A 
duplicata é emitida juntamente com a nota fiscal 
por uma empresa que vende produtos ou presta 
serviços a outra. 
A duplicata é um título de crédito causal, ou seja, 
sua validade e regularidade está ligada ao 
negócio jurídico principal. 
Como caiu na OAB? 
A duplicata é um título de crédito: 
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é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
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Resposta: de natureza causal porque decorre da 
existência de uma fatura emitida em virtude de 
uma compra e venda mercantil ou de uma 
prestação de serviços. 
 
Recuperação Judicial e Falência 
90. Recuperação Judicial do produtor 
rural 
Essa é com certeza uma novidade que pode 
aparecer na sua prova. Antes da lei 14.112/2020, 
o produtor rural poderia requerer sua 
recuperação judicial, mas era necessário que 
comprovasse quer era inscrito na Junta 
Comercial há pelo menos 2 anos. Com o advento 
da nova lei, os produtores rurais podem recorrer 
a recuperação judicial como pessoas físicas, sem 
necessariamente terem o tempo mínimo de dois 
anos na atividade. 
 
91. Prazo de suspensão das ações 
executivas 
O deferimento da recuperação judicial implica na 
suspensão das execuções ajuizadas contra o 
devedor, inclusive daquelas dos credores 
particulares do sócio solidário, relativas a 
créditos ou obrigações sujeitos à recuperação 
judicial ou à falência pelo prazo de 180 dias. 
É importante saber ainda que as execuções 
fiscais não são suspensas e esse assunto já foi 
cobrado em prova. 
Como caiu na OAB? 
A Fazenda Pública do Estado de Pernambuco 
ajuizou ação de execução fiscal em face de 
sociedade empresária. No curso da demanda, 
houve o processamento da recuperação judicial 
da sociedade. Em relação à execução fiscal em 
curso, assinale a afirmativa correta. 
Resposta: Não é suspensa com o 
processamento da recuperação judicial. 
 
92. Impossibilidade de atos de 
constrição 
O deferimento da recuperação judicial ou a 
decretação da falência também implica na 
proibição de qualquer forma de retenção, arresto, 
penhora, sequestro, busca e apreensão e 
constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens 
do devedor, oriunda de demandas judiciais ou 
extrajudiciais cujos créditos ou obrigações 
sujeitem-se à recuperação judicial ou à falência. 
 
93. Possibilidade de prorrogação do stay 
period, novidade legislativa 
Essa também é uma novidade legislativa que 
pode cair na sua prova. A lei 14.112/2020 alterou 
a redação do §4º, do art. 6º da lei 11.101/2005, 
passando a prever que o prazo de suspensão 
será de 180 dias PRORROGÁVEL por igual 
período. 
 
94. Competência do juízo universal da 
recuperação judicial e da falência 
A partir do deferimento da recuperação ou da 
decretação da falência, o juízo em que se 
processa a ação será o competente para dispor 
de todo o patrimônio do devedor/falido. Isso é 
importante para que seja possível o 
soerguimento da atividade empresária, bem 
como preserva a ordem de preferência entre os 
credores. 
 
95. Princípio da par conditio creditorum 
Esse princípio determina que todos os credores 
sujeitos à recuperação judicial ou à falência 
tenham equivalência dentro de suas classes, ou 
seja, não pode haver a preferência de um credor 
em detrimento de outro. 
 
96. Foro competente para processar a 
recuperação judicial/extrajudicial 
O juízo competente para processar a 
recuperação judicial é aquele onde se encontra o 
principal estabelecimento do devedor. Não é a 
sede, não é a matriz, é o lugar onde está o 
principal estabelecimento. 
Como caiu na OAB? 
Você participou da elaboração, apresentação e 
negociação do plano de recuperação 
extrajudicial de devedor sociedade empresária. 
Tendo sido o plano assinado por todos os 
Cassia Brito
projetonave.g@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute e Bruna Corrêa (@brunacfon). O arquivo 
é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de repasse. 
 
16 
 
credores por ele atingidos, seu cliente o 
contratou para requerer a homologação judicial. 
Assinale a opção que indica o juízo em que 
deverá ser apresentado o pedido de 
homologação do plano de recuperação 
extrajudicial. 
Resposta: O juízo do principal estabelecimento 
do devedor. 
 
97. Figura do administrador judicial 
O administrador judicial é um auxiliar do juízo e 
ele será responsável por uma série de funções 
dentro do procedimento 
recuperacional/falimentar. O administrador 
judicial será profissional idôneo, 
preferencialmente advogado, economista, 
administrador de empresas ou contador, ou 
pessoa jurídica especializada. Esse profissional 
deverá fiscalizar a empresa em recuperação ou 
falida, mas ele não administrará a empresa. 
Lembre-se, o administrador é JUDICIAL e a ele 
compete apenas as atribuições elencadas na lei 
11.101/2005. 
 
98. Plano de recuperação judicial 
O plano de recuperação judicial nada mais é que 
um plano de ação, onde a empresa demonstrará 
quais meios utilizará para recuperar sua 
atividade, sua viabilidade econômica, etc. O 
plano de recuperação será apresentado pelo 
devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 
(sessenta) dias da publicação da decisão que 
deferir o processamento da recuperação judicial, 
sob pena de convolação em falência. 
 
99. Assembleia geral de credores 
A assembleia geral de credores é um verdadeiro 
casos de família. Aqui, todos os credores sujeitos 
à recuperação ou à falência se reunirão para 
deliberar sobre diversos fatores. Todas as pautas 
de deliberação estão previstas no artigo 35 da lei 
11.101/2005 e eu recomendo que você realize a 
leitura desse dispositivo. 
 
 
100. Atos de falência 
Principalmente no processo de recuperação 
judicial existem alguns atos que podem 
ocasionar na falência do devedor. Será decreta a 
falência do devedor que: 
a) procede à liquidação precipitada de seus 
ativos ou lança mão de meio ruinoso ou 
fraudulento para realizar pagamentos; 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, 
com o objetivo de retardar pagamentos ou 
fraudar credores, negócio simulado ou alienação 
de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, 
credor ou não; 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou 
não, sem o consentimento de todos os credores 
e sem ficar com bens suficientes para solver seu 
passivo; 
d) simula a transferência de seu principal 
estabelecimento com o objetivo de burlar a 
legislação ou a fiscalização ou para prejudicar 
credor; 
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida 
contraída anteriormente sem ficar com bens 
livres e desembaraçados suficientes para saldar 
seu passivo; 
f) ausenta-se sem deixar representante 
habilitado e com recursos suficientes para pagar 
os credores, abandona estabelecimento ou tenta 
ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede 
ou de seu principal estabelecimento; 
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, 
obrigação assumida no plano de recuperação 
judicial. 
 
Cassia Brito
projetonave.g@gmail.com

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