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APRENDER A EMPREENDER Autor Rosangela Silveira Garcia Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitora do EAD Prof.ª Francieli Stano Torres Edição Gráfica e Revisão UNIASSELVI APRENDER A EMPREENDER 1 INTRODUÇÃO Estudaremos, neste momento, os conceitos básicos do empreendedo- rismo. De repente, você acordou hoje com a meta de ser um empreendedor. Esta, talvez, seja a motivação de muitos brasileiros. Em 2020, em meio à crise econômica que se alastrou pelo Brasil e o mundo, algu- mas mudanças foram positivas. É o caso do empreendedorismo, que abriu novas oportunidades e perspectivas para uma grande parcela da população que teve suas vidas chacoalhadas pela pandemia da COVID-19 e buscaram no novo negócio uma alternativa como fonte de renda (DOURADO, 2021, s.p.) O percurso não é fácil, como o senso comum aponta. Ademais, pode-se observar isso também no relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2020), realizado no Brasil pela empresa Sebrae, em parceria com o Institu- to Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ). O relatório aponta que a taxa de empreendedorismo caiu 20% no período da pandemia no período de 2020, entretanto, o aumento do desemprego fez o percentual de novos empreendedores – chamados empreendedores por necessidade – subir 50%. Dourado (2021) aponta que o número de Microempreendedores Individu- ais (MEI) “cresceu no país ao longo de 2020. Do total de 3.359.750 empresas abertas no período, 2.663.309 eram MEIs, representando um crescimento de 8,4% em relação ao ano de 2019. Em março de 2021 eles já respondiam por 56,7% do total de negócios em funcionamento no país” (DOURADO, 2021, s.p.). O empreendedorismo tem um papel importante para a sociedade, na medida em que fomenta o desenvolvimento econômico, gerando empregos e produzindo riquezas. Além disso, é uma fonte importante de inovações, sendo responsável por diversas revoluções nas sociedades. • Vamos pensar o que significa o empreendedorismo? Você sabia? O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) é uma entidade privada sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento dos empreendimentos de pequeno porte. Ele contribui para o empreendedorismo nacional. Maximiano (2006, p. 1) apresenta a origem do termo empreendedor. O autor destaca que empreendedor é uma palavra que vem do latim impren- dere. Conforme o dicionário Houaiss da língua portuguesa, significa “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa”. Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando-se o tempo e o esforço necessários, assumindo-se os correspondentes riscos financeiros, psicológicos e sociais. Em contrapartida, pode-se conquistar sa- tisfação e independência pessoal e econômica (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2009 apud HENRIQUES, 2014, p. 2) A definição de empreendedorismo é complexa, segundo Oliveira (2012). Talvez isto ocorra pelo fato de que o empreendedorismo recebeu fortes contri- buições vindas da psicologia e da sociologia, o que pode ter provocado varia- ções em sua definição, conforme destaca a autora. Para Dolabela (1999 apud OLIVEIRA, 2012, p. 18), “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Sendo assim, “faz parte das características da ação empreendedora criar algo novo mediante a visuali- zação de uma oportunidade”. Faz parte também a “dedicação e a persistência na atividade que se propõe a fazer para alcançar os objetivos pretendidos e ou- sadia para assumir os riscos que deverão ser calculados” (OLIVEIRA, 2012, p. 3). Assim, podemos notar que as seguintes palavras são recorrentes no conceito de empreendedorismo: riscos; criação; ousadia; e inovação. 2 O EMPREENDEDORISMO E O DESENVOLVIMENTO PESSOAL Pesquisando as raízes do empreendedorismo, Dornelas (2001) faz um resgate histórico e identifica que a primeira definição de empreendedorismo é creditada a Marco Polo, sendo o empreendedor aquele que assume os ris- cos de forma ativa. Marcopolo é considerado um dos grandes exploradores e aventureiros da história. Ele viajou e explorou o Oriente, relatando suas aventuras e descobertas em um livro intitulado “As Viagens de Marco Polo”. FIGURA 1 – MARCO POLO: O EMPREENDEDOR FONTE: <https://www.suapesquisa.com/uploads/site/retrato_marco_polo.jpg>. Acesso em: 2 out. 2021. Richard Cantillon, economista que publicou suas obras ainda no come- ço do século XVIII, já fazia uso do termo empreendedorismo. Na época, o autor definiu empreendedor como aquele que comprava a um preço certo e vendia a um preço incerto, operando com risco. • Você observou a relação entre assumir riscos e o empreendedorismo? Jean Baptiste Say afirmou que o empreendedor exerce as funções de reunir diferentes fatores de produção, de gestão, e a capacidade de assumir riscos visto que o investidor e o empreendedor são pessoas diferentes. Ain- da, no século XVIII, passou a existir a distinção entre o fornecedor de capital (hoje investidor) e o empreendedor; diferença impulsionada, principalmen- te, pela revolução industrial. Foi neste período que Thomas Edison criou a lâmpada. Ele desenvolveu uma nova tecnologia, mas não tinha condições de financiá-la. Edison conseguiu investimento de particulares para desenvolver seus experimentos, diferenciando seu papel de empreendedor para o de um investidor. O investidor é quem aplica dinheiro na expectativa de uma taxa de retorno, assumindo o risco de um eventual prejuízo. Em 1967, K. Knight e, em 1970, Peter Drucker adotaram o conceito de risco, já evidenciado por Cantillon no século XVIII. Para eles, uma pessoa empreendedora precisa ar- riscar em algum negócio. A palavra “empreendedor” foi utilizada pelo economista Joseph Schum- peter, em 1950, como sendo, de forma resumida, uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com inovações. Para Schumpeter, “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais” (SCHUMPETER, 1949 apud DOR- NELAS, 2001, p. 37). Na perspectiva de Fillion (1999, p. 54), “empreendedor é uma pessoa que cria, desenvolve e realiza visões”. Vivemos em uma sociedade competitiva e altamente tecnológica e muitos empreendimentos fracassam nos cinco primeiros anos. O governo e os setores econômicos devem estimular o empreendedorismo, sendo ele fundamental para o crescimento econômico de um país. No entanto, o ce- nário é o oposto, pois existem algumas barreiras para o empreendedorismo no Brasil; dentre elas, podemos citar o alto percentual de impostos. • E como surge o empreendedorismo? O empreendimento surge por diversas razões. Pode surgir por uma ne- cessidade ou por uma oportunidade. Um empreendimento pode ser motivado por interesses, gostos ou habilidades de seu idealizador. Um empreendimento pode também derivar das oportunidades identificadas baseadas nos hábitos de consumo e suas tendências. Surgimento pela oportunidade: um empreendimento pode surgir pela identificação de negócios potenciais ainda não existentes. • Exemplo: torneira é um produto que já existe, mas em tempos de preo- cupação com o meio ambiente e com a saúde, criaram uma torneira que fecha automaticamente e que é ativada por um sensor. Desta forma, eco- nomiza-se água, que é um recurso natural. Além disso, a torneira acionada por sensor evita o contato da mão com a torneira, evitando contaminação. • Exemplo: em meados da década de 1940, em meio à Segunda Guerra Mun- dial, o aço passou a ser escasso e de difícil obtenção. Diante desse cenário, uma fábrica de pregos de Porto Alegre – Rio Grande do Sul, vislumbrou uma oportunidade e optou por expandir seu negócio para a produção de aço. Além de atender as suas próprias necessidades para a fabricação de prego, a empresa conquistou um novo segmento altamente lucrativo, tor- nando-se uma empresa multinacional. A organização referida é aGerdau, que é hoje uma das maiores empresas do Brasil. 3 COMO DESENVOLVER DIFERENCIAIS Há diversas motivações para a criação de um empreendimento. Entre elas, podemos citar: necessidades financeiras; expectativas financeiras; au- torrealização; status; liberdade de ter o seu negócio; dificuldades de lidar com subordinação. Há também diferentes formas de empreendimentos. FIGURA 2 – DIFERENTES FORMAS DE EMPREENDEDORISMO FONTE: Adaptada de Henriques (2014) É importante destacar que para Henriques (2014), na modalidade de franquia, o franqueador (detentor da marca) concede ao franqueado (autori- zado a explorar a marca) o direito de uso de sua estrutura. Em contrapartida, o franqueado paga parte do seu faturamento ao franqueador. No entanto, ter motivos para empreender não garante o sucesso do empreendimento. Outros diferenciais são necessários. É preciso saber admi- nistrar o empreendimento com criatividade, planejamento e visão de futuro, dentre outras questões. “Criatividade é 1% inspiração e 99% transpiração”. Esse talvez seja um dos maiores diferenciais no perfil do empreendedor. O profissional empreendedor é inovador, arrojado, criativo e estabelece as estratégias que vão delinear o seu futuro. Ser empreendedor é ter facilidade para identificar novas oportunidades de ação e capacidade para propor e implementar soluções aos problemas e necessidades que se apresentam de forma assertiva e adequada ao contexto (HARRISBERGER, 2016, s.p.) Agora que já evidenciamos o conceito de empreendedorismo, suas ori- gens, bem como as diferentes formas de iniciar um empreendimento, podem aproveitar este conhecimento para trabalhar o empreendedorismo dentro de nossas organizações. Afinal, nem todas as pessoas terão seu próprio ne- gócio, mas atuarão profissionalmente em alguma empresa. Empreendedor pode ser mais do que alguém que abre seu próprio negócio! 4 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E EMPREENDEDORISMO Enio Pinto, diretor da escola de empreendedorismo americana, co- nhecida por Babson College, declara que: “empreendedorismo é tudo que gera riqueza para uma sociedade, mas você decide o que é riqueza. Pode ser emprego, qualidade de vida, aumento do PIB, ou tirar os meninos das ruas” (SANTOS, 2019, s.p.). Segundo o diretor, nós temos, no Brasil, muito empreendedorismo de necessidade. Enio Pinto cita o exemplo da pessoa que vende bala no farol, o que ocorre por necessidade. Ele sugere que o empreendedorismo de necessidade seja migrado para o empreendedorismo de oportunidade e da inteligência emocional. Para ele, o empreendedorismo de necessidade tem resultados piores, porque o empreendedor não tinha outra opção. “Esses negócios têm uma taxa de insucesso muito alta, que- bram muito rápido e não geram tanto valor para a sociedade”, declara Santos (2019, s.p.). Quando se vê um nicho de mercado antes de entrar de cabeça no negócio e se empreende por opção, os resultados são mais positivos, e ele agrega mais à sociedade. O diretor ainda ressalta que: “o sucesso para o empreendedor não é só o dinheiro, é concluir a jornada a que ele se propõe durante a vida. Existem vários graus de empreendedorismo, o corporativo e o individual. Você pode ser um empreendedor dentro da sua vida, colocando metas para daqui a dois anos, isso é uma atitude empreendedora” (SANTOS, 2019, s.p.). As necessidades empresariais levaram à criação de um tipo de empre- endedorismo, chamado de intraempreendedorismo; ou seja, processo de empreender que ocorre dentro das organizações. No caso, o empreendedor não cria um negócio seu. Há uma distinção entre as características de um empreendedor e intra- empreendedor, como você pode observar no quadro a seguir. QUADRO 1 – DIFERENÇAS ENTRE EMPREENDEDOR E INTRAEMPREENDEDOR Descritor Empreendedor Intraempreendedor Motivos Prin- cipais Quer liberdade, é orientado para metas, autoconfiante e automotivado. Quer liberdade e acesso aos recursos da corporação. Orientado para metas e automotivado, mas também reage às recompensas e ao reconhecimento. Orientação quanto ao tempo Metas finais de cinco a dez anos de crescimento do negócio como guias. Age agora para passar à próxima etapa. Metas finais de cinco a quinze anos, de- pendendo do tipo de empreendimento. Urgência para atender cronogramas corporativos ou autoimpostos. Ação Põe a mão na massa. Pode aborrecer os empregados fazendo o trabalho deles. Põe a mão na massa. Pode saber como delegar, mas quando necessário faz o que deve ser feito. Habilidades Conhece intimamente o negócio. Mais agudez para negócios que habilidade gerencial ou política. Formação técnica, se em um negócio técnico. Pode ter sido responsável por lucros e perdas na antiga corporação. Muito semelhante aos empreendedores, mas a situação exige maior capacidade para prosperar dentro da organização. Necessita de ajuda neste aspecto. Coragem e Destino Autoconfiante, otimista, corajoso. Autoconfiante e corajoso. É cínico a res- peito do sistema, mas otimista quanto a sua capacidade de superá-lo. Atenção Principalmente sobre tecnologia e mercado. Tanto dentro como fora. Vende aos de dentro as necessidades de risco e do mercado, mas também focaliza os clientes. Risco Gosta de riscos moderados. Investe pesado, mas espera ter sucesso. Gosta de riscos moderados. Em geral não teme ser demitido, portanto, vê pouco risco pessoal. Pesquisa de Mercado Cria necessidades. Cria produtos que, frequentemente, não podem ser tes- tados com pesquisa de mercado, pois os clientes em potencial ainda não os entendem. Fala com os clientes e forma opiniões próprias. Faz sua própria pesquisa e avaliação intuitiva do mercado, como os empre- endedores. FONTE: Adaptada de Uriarte (2000, p. 59) Quer saber se você é um Intraempreendedor? Veja os dez mandamentos do Intraempreendedor a seguir. FIGURA 3 – OS DEZ MANDAMENTOS DO INTRAEMPREENDEDOR FONTE: Adaptada de Uriarte (2000) Cada vez mais empresas têm dado aos empregados maior autonomia, incentivos à criação e inovação, que são características típicas de empreen- dedores. No século XIX, o empreendedor foi confundido com gerentes ou administradores. No século XX, passou-se a vincular o termo empreendedor com inovação. No caso, empreendedor pode ser a pessoa que é capaz de revolucionar padrões estabelecidos, produzindo um novo bem ou um bem existente por meio de uma nova maneira (BESSANT; TIDD, 2009 apud HEN- RIQUES, 2014). E esta pessoa nem sempre é um gerente ou administrador. O empreendedor é o ator do processo de empreendedorismo. É a pessoa que empreende, assumindo riscos comerciais, legais, e até mesmo pessoais na expectativa de atingir seus objetivos, quase sempre financeiros. Ao ana- lisar os diferentes conceitos de empreendedorismo, Oliveira (2012) conclui que ser empreendedor é ser capaz de realizar coisas novas, que contribuirão com o futuro da empresa. FIGURA 4 – FORMAS DE COMPREENDER O EMPREENDEDORISMO FONTE: A autora Os empreendedores têm um perfil diferente. Bill Gates, aos 19 anos, largou a Universidade de Harvard, em 1975, onde cursava economia, para se dedicar integralmente à Microsoft. Veja que este é um perfil diferenciado, de assumir riscos, ou seja, ousar. Verificaremos, então, algumas características que podem ser observa- dos em empreendedores que se tornam empresários. No entanto, por que não adotar uma postura empreendedora em todas as nossas empreitadas profissionais? É possível observar características diferentes no empreendedor, em cada fase do seu empreendimento. Segundo Henriques (2014), o empreendedor que inicia seu negócio apresenta características específicas. E quando ele já está com o negócio estabelecido, apresenta outras características que o diferenciam dos demais empresários. QUADRO 2 – CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR Características dos empreende- dores na fase inicial do negócio Características dos empreendedores após o desenvolvimento do negócio • Coragem. • Criatividade. • Determinação. • Entusiasmo.• Flexibilidade. • Ter visão de negócio. • Enxergar oportunidades. • Carisma. • Ser sonhador e racional. • Ser observador e questionador. • Saber viver com renda oscilante. • Confiança. • Liderança. • Dinamismo. • Persistência. • Iniciativa. • Visão de oportunidade. • Gerência de riscos. • Capacidade de execução. • Organização. • Comprometimento. • Dedicação. • Ambição. FONTE: Adaptada de Henriques (2014) Vale salientar que o empreendedor possui as características citadas anteriormente, independente do momento em que está o seu negócio. No entanto, algumas se sobressaem conforme a situação. Qualquer um poderia ter uma carrocinha de pipoca, não é mesmo? Contudo, nem todos os pipoqueiros apresentam características como as do “Valdir da Pipoca”. Podemos perceber aspectos importantes, tais como: a preocupação do empreendedor com a inovação. Conforme destaca Henriques (2014), inovação é um atributo que o diferencia da concorrência e lhe proporciona vantagem competitiva. No caso, o Valdir da pipoca utiliza óleo especial para os clientes preocupados com colesterol, oferece guardanapo e bala, bem como cartão de fidelidade do cliente. Para que se obtenha sucesso em um empreendimento, é importante que as pessoas que desejam empreender conheçam diferentes oportunidades de negócios, bem como a relevância de elaborar um plano de negócios. Hoje existe um campo favorável para abertura de um negócio, pois há mais fontes de financiamento, a economia do Brasil está aquecida (e continua crescendo), há informação disponível e há entidades de apoio ao negócio, tais como o SEBRAE. Enfim, os recursos estão acessíveis aos po- tenciais empreendedores. Contudo, identificar uma oportunidade de negó- cio e torná-lo bem-sucedido nem sempre é uma tarefa fácil”. É preciso um olhar diferenciado, é importante enxergar as possibilidades e saber gerenciar bem o negócio. Conforme destacam Hisrich, Peters e Shepherd (2009 apud HENRIQUES, 2014) a maior parte das boas oportunidades de negócio não aparecem de repente. As oportunidades resultam da atenção de um empre- endedor às possibilidades existentes ou em potencial. Somente essas características são suficientes? Um diferencial na formação do empreendedor é o desenvolvimento da inteligência emocional. FIGURA 5 – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL FONTE: Adaptada de Iberdrola (2021) Para Goleman (2012), a cognição seria responsável por 20% do êxito do sujeito, ficando os demais 80% distribuídos entre outros fatores, abrangendo também aspectos emocionais. 5 PLANO DE NEGÓCIOS E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Para desenvolver um empreendimento é preciso ter, primeiramente, uma ideia de negócio. Geralmente, um empreendimento decorre de três possibilidades. São elas: FIGURA 6 – DESENVOLVENDO UM EMPREENDIMENTO FONTE: A autora Nisso, podemos perceber que em um novo produto ou serviço novo, podemos entender a criação de um novo produto/serviço ou a entrada de um produto/serviço em um novo mercado. Neste caso, o conhecimento prévio do empreendedor ou de estudos que o auxiliem é fundamental. Exemplo: abertura de uma cachaçaria em outra região. Provavelmente haverá deman- da para uma loja que comercialize cachaça em Minas Gerais, já que há o hábito de consumo deste produto no estado. Agora, será que este negócio é promissor em um estado como o Rio Grande do Sul, onde há a cultura de consumo de vinho e outras bebidas, mas não de cachaça? Veja a importância do conhecimento do empreendedor sobre o assunto para decidir sobre realizar o empreendimento ou não. Aplicação de produtos e serviços em outros segmentos de mercado: o GPS (Global Positioning System), por exemplo, passou a ser comer- cializado inicialmente para veículos terrestres, sendo estendido depois para a orientação de embarcações e passou até mesmo a ser usado em bicicletas. Por meio deste exemplo, vemos a mudança de segmento de mercado. Aqueles que utilizam GPS em automóvel são motoristas. Já aqueles que utilizam em bicicleta podem ser ciclistas competidores de terrenos montanhosos, por exemplo. Conforme apontam Bessant e Tidd (2009, p. 60), “inovação e empre- endedorismo não são apenas resultados de uma ideia brilhante. Identificar, avaliar e refinar uma ideia, transformando-a em um conceito de negócio, é a maior parte do problema”. Desta forma, diversos fatores devem ser levados em consideração para a abertura de um empreendimento. FIGURA 7 – FATORES DA ABERTURA DE EMPREENDIMENTO FONTE: A autora O plano de negócio é a descrição, em um documento, da oportuni- dade de negócio que o candidato a empreendedor pretende desenvolver, como a descrição do conceito do negócio, dos atributos de valor da oferta, dos riscos, da forma como administrar esses riscos, do potencial de lucro e crescimento do negócio, da estratégia competitiva, bem como o plano Agregar valor em algum produto ou serviço existente. Exemplo: o oferecimento de internet e telefone em pacotes de TV a cabo. Nessa situação, o produto principal é a TV a cabo. Entretanto, a empresa passa a disponibilizar também serviços complementares – como a internet e o telefone – aproveitando-se da estrutura do seu serviço principal, pois in- tegrar criatividade, empreendedorismo e inovação não são tarefas fáceis. de marketing e vendas, o plano de operação e o plano financeiro do novo negócio, com a projeção do fluxo de caixa e cálculo da remuneração espe- rada, além da avaliação dos riscos e o plano para superá-los (DEGEN, 2009, p. 208 apud HENRIQUES, 2014, p. 49). O plano de negócio é um documento em que são descritos os elementos internos e externos relevantes para um empreendimento. Muitas instituições, bancos e órgãos governamentais exigem este documento como base para análise e concessão de crédito. FIGURA 8 – PLANO DE NEGÓCIO FONTE: A autora Inúmeras são as empresas que fecham logo no primeiro ano de criação, decorrente, principalmente, de falta de planejamento. Nesse sentido, o plano de negócio é uma ferramenta importante, auxiliando a estruturação de um negócio e evidenciando a sua viabilidade ou não. A confecção do plano é o momento de reflexão do empreendedor quanto ao seu projeto, assim como de estruturação e verificação de sua viabilidade. Dessa forma, o instrumento aumenta consideravelmente o sucesso do novo empreendimento. QUADRO 3 – BENEFÍCIOS E COMPONENTES DO PLANO DE NEGÓCIO BENEFÍCIO DO PLANO DE NEGÓCIOS TÓPICOS OBRIGATÓRIOS NO PLANO DE NEGÓCIO • Possibilidade de reunir as informações de forma organizada. • Ser o momento de reflexão do negócio. • Convencer eventuais financiadores do empreendimento. • Simular as diversas estratégias de negó- cio, como demanda, preço, entre outros. • Ter a opinião de outras pessoas sobre o empreendimento. • Estruturar a ideia de negócio. • Análise de Mercado. • Plano de Marketing. • Plano Operacional. • Plano Financeiro. • Construção de Cenários. FONTE: A autora A análise de mercado serve para identificar os potenciais clientes, con- correntes e fornecedores. • Clientes: quem são e onde estão? Quais os seus comportamentos e inte- resses? • O que os leva a comprar? • Concorrentes: quem são e o que os diferenciam em relação ao empreen- dimento proposto? • Há espaço para outro empreendimento nesse mercado? • Fornecedores: há disponibilidade no mercado? • Estes oferecem serviços e produtos com qualidade, preço e prazos ade- quados? A análise de mercado permite identificar os aspectos principais que irão influenciar o empreendimento. Aqui, também devem ser tratados aspectos relacionados à economia, tecnologia e legislação. Neste item descrevem-se os principais produtos e serviços que serão comercializados, pensando em quanto custarão, como serão divulgados aos clientes, como serão distribuídos, e em qual local serão comercializados. Neste sentido, abordam-se quatro pontos fundamentais. FIGURA 9 – 4PS DO MARKETING FONTE: Adaptado de Kotler e Keller (2006) Estes pontos fazem parte dos 4 “Ps” que compõem o marketing, sugeri- dos por PhilipKotler. Os 4 Ps referem-se à: Product (Produto); Price (Preço); Promotion (Promoção) e Place (Distribuição). Este item define o arranjo físico do empreendimento, buscando o máxi- mo de produtividade e a facilidade na comunicação entre pessoas e setores. No caso, descreve-se todo o fluxo de serviços da produção para o cliente. Esta parte do plano de negócio deve apresentar como se dá uma transação comercial. Neste caso de uma loja que comercializa artigos de esporte, por exemplo, o plano operacional deve apresentar como é realizada a compra dos produtos dos fornecedores, como é a administração do estoque, bem como o acesso do cliente à loja e a venda (HENRIQUES, 2014). 6 CRIAR E ENTENDER O SEU MERCADO Você sabia que a Sony, que desenvolveu o walkman, o videocassete e as câmeras de vídeo, criou mercados na área de eletroeletrônicos? Akio Morita (ex-presidente da Sony) desenvolveu uma frase célebre para o mundo de negócios: “Nós não servimos mercados. Nós criamos mercados”. Valor para o consumidor é uma experiência interativa de preferências (HOLBROOK, 1999). Isso quer dizer que os consumidores avaliam o valor atribuído a produtos, segundo a sua própria experiência e o benefício que este produto traz ao consumidor. O produto pode ser qualquer bem manufaturado, um serviço, um des- tino de férias, um show musical, e assim por diante. Neste sentido, o valor consumidor deve moldar o desenho de uma estratégia de marketing (HOL- BROOK, 1999). O valor para o consumidor é organizado em três dimensões: extrínseco versus intrínseco, auto-orientado versus alterorientado, e ativo versus reativo. FIGURA 10 – DIMENSÕES DO VALOR PARA O CONSUMIDOR FONTE: Adaptada de Ferreira (2008, p. 6-7) Essas três dimensões de valor são organizadas de forma dependente uma das outras. Com isso, um mesmo bem de consumo pode revelar am- bos os valores de uma dimensão. Segundo Holbrook (1999), o valor para o consumidor pode ser: QUADRO 4 – VALOR PARA O CONSUMIDOR Eficiência – O produto é con- siderado eficiente. Ele cum- pre com as funções desejadas pelo consumidor. Um exem- plo disso é a conveniência de uma loja. Diversão (Play) – Essa categoria engloba produtos e serviços ligados ao entreteni- mento. Empresas como Disney, McDonalds e Pixar propiciam aos seus consumidores divertimento. Excelência – O produto atinge padrões de qualidade superior e de excelência na qualida- de. Produtos de luxo são um exemplo de produtos na ca- tegoria excelência. Estética – O valor para o consumidor de estética está ligado ao design e à beleza do produto. A Apple é um bom exemplo de empresa nessa categoria, pois seus produtos aliam a tecnologia com uma ótima aparên- cia estética. Status – O produto causa uma impressão de sucesso e de status ao seu usuário. Por exemplo, as canetas Mont Blanc são produtos de status. Ética – A categoria ética está relacionada aos conceitos de virtude, justiça e moralidade. Empresas socialmente responsáveis, como o Greenpeace fazem parte dessa categoria. Estima – Os produtos de es- tima são ligados à reputação pessoal através do consumo. No Brasil, os tênis da Nike são um exemplo de produto nessa categoria. Espiritualidade – A espiritualidade para o consumidor está ligada à fé, ao sagrado e ao mágico que algumas marcas podem ter. O consumo relacionado às celebridades é um exemplo de espiritualidade. Por exem- plo, fãs da banda Beatles pagariam fortunas para terem uma guitarra assinada pelo seu ídolo, Paul McCartney. FONTE: Adaptado de Holbrook (1999) Por exemplo, a marca McDonalds está associada, para crianças, à diversão. Entretanto, para adolescentes, a marca pode estar associada à eficiência (agi- lidade no atendimento). Além disso, a marca Apple está associada, para jovens adultos, à estética (design dos produtos) ou status (pertencimento ao grupo). 7 OS OBSTÁCULOS NO CAMINHO E COMO SE LIVRAR DELES Esta parte do plano indica o investimento necessário do negócio e se este é economicamente viável. Devem-se considerar: os investimentos fixos; a necessidade de capital de giro; os investimentos pré-operacionais: gastos que ocorrem antes da empresa entrar em funcionamento, como reformas ou taxas de registro da empresa. Deve-se também projetar: “o faturamento da empresa (baseando-se na quantidade de vendas e no preço do produto ou serviço a ser ofertado); as estimativas de vendas e lucros ou prejuízos” (HENRIQUES, 2014, p. 48). Para tanto, é preciso que o empreendedor indique os riscos que o negócio vai assumir, colocando de forma concreta os possíveis cenários para o negócio. Isto porque todo o negócio está vulnerável a incertezas do mercado. Geralmente, constroem-se três cenários. São eles: “um otimista (com aumento de vendas e diminuição de custos); um pessimista (com aumento de custos e diminuição de vendas); um provável (sem variações de vendas e custos estimados)” (HENRIQUES, 2014, p. 48). Logo, podemos verificar que: • A decisão do tipo de negócio não é fácil, e nem sempre uma boa ideia mostra-se um bom negócio. • O empreendedor possui diversas características específicas que o diferem das outras pessoas. • O empreendedor precisa saber assumir riscos, ter confiança, coragem, visão de negócio, saber viver com renda oscilante, saber gerenciar riscos, assim como deve ter uma série de outras características. • Um plano de negócio é uma ferramenta importante para que o empreen- dimento prospere. Descrevendo o plano de negócios de maneira formal, o potencial empre- endedor tem a chance de verificar a viabilidade do negócio e de apresentar o plano aos interessados, sejam investidores ou financiadores, consultores ou sócios. 8 MARKETING APLICADO NO COTIDIANO O marketing está presente no dia a dia das pessoas. Onde menos es- peramos podemos encontrá-lo. Muitas pessoas têm uma ideia equivocada sobre o que é marketing, a sua definição, confundindo-o com publicidade e propaganda. O marketing ainda é visto como algo que as empresas utilizam para aumentar as suas vendas, ou para criar necessidades nos consumidores. Para que o marketing possa ser estudado de forma correta, é necessário en- tender a sua definição e a sua história. O marketing ocupa, atualmente, um papel central na vida de consumidores, empresas e mercados. Marketing é uma disciplina relativamente nova, que surgiu mais fortemente em meados dos anos 1950. A definição de marketing, segundo a Associação Americana de Marketing, consiste em (AMA, 2013): “Marketing é a atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral” (aprovado em julho de 2013). Marketing significa trabalhar com mercados para conse- guir trocas, com o propósito de satisfazer necessidades e desejos humanos. Os mercados consumidores possuem necessidades, desejos, expecta- tivas, informação e valores. Buscam produtos, preços, informação, disponi- bilidade e serviços para satisfazê-los nas empresas. A Figura a seguir mostra como empresas e mercados trocam valor: FIGURA 11 – TROCAS DE VALOR FONTE: Adaptada de AMA (2013) Por exemplo, os consumidores têm a necessidade de se alimentar, e procuram por empresas para satisfazer essa necessidade. As empresas, por sua vez, oferecem produtos como restaurantes, fast-foods, supermercados, entre outros, para satisfazer essa necessidade. Quais dessas empresas os consumidores irão escolher? Isso depende de seus desejos. O termo “marketing” foi usado pela primeira vez como um nome para uma determinada prática entre os anos de 1906 e 1911 (BARTELS, 1988). Contudo, é importante relatar que o marketing como conhecemos hoje é bem mais recente, aparecendo em meados dos anos 1950. De acordo com Ellis et al. (2011), o desenvolvimento da disciplina de marketing resume-se em Três Eras principais: orientação para a produção, orientação para vendas e orientação para o mercado (ou Era de marketing). A orientação paraa produção concentra-se no que a empresa faz, ou seja, produtos. Nessa época (1870-1930), a demanda excede a oferta, ou seja, há escassez de produtos. Consequentemente, há pouca ou nenhuma concorrência nos mercados do produto. Então, a empresa é o centro de foco para um negócio, não os clientes. Isso gera uma miopia em marketing (LE- VITT, 1960). Segundo Levitt (1960), a miopia em marketing acontece quando as empresas focam somente na produção de bens, e não na satisfação de seus clientes. As empresas produzem o que elas podem produzir e se concentram em resolver problemas de produção. Consequentemente, as empresas produzem linhas de produtos limitados. Os produtos são vendidos por atacadistas e va- rejistas, que aproveitam a falta de oferta para vender os produtos. Há pouca sofisticação em vendas e marketing. Durante a Era de produção, o foco é interno, na empresa. O lucro é um resultado da eficiência da produção. Isso gera limitações, pois a empresa não foca em como vender os produtos, nem nas necessidades dos clientes. A orientação para vendas concentra-se em forçar as vendas nos produtos que a empresa produz. Nessa época (1930- 1950), a oferta excede a demanda, ou seja, há concorrência nos mercados de produtos. As empresas começam a estar conscientes das necessidades e desejos dos consumidores, e algumas dão início a pesquisas de mercado. As empresas continuam com linhas de produtos limitados. Então, devem dispor dos produtos que produzem para concentrar-se na venda, que começa a ser apoiada por publicidade. Na Era de vendas, o principal objetivo da empresa é o volume de vendas, o lucro é uma con- sequência. Isso gera limitações, pois a empresa não foca em satisfazer as necessidades/desejos dos clientes. A orientação para o mercado (ou Era de Marketing) proporcionou uma revolução na forma como entendemos marketing. Ao contrário das Eras pre- decessoras, ela concentra-se em atender às necessidades ou aos desejos do cliente. Nessa época (a partir de 1950 até os dias atuais), a oferta excede a demanda, ou seja, há uma intensificação da concorrência nos mercados do produto. Por isso, o cliente vira o centro de negócios de uma empresa, cujo objetivo é satisfazer necessidades e desejos de seus consumidores. O poder dos clientes determina os produtos que são feitos, através da inovação e de pesquisas de marketing. Isso gera uma extensa linha de pro- dutos e de ofertas no mercado. O marketing cresce em importância para as empresas, e uma ampla gama de atividades é usada e coordenada para satisfazer os clientes. Na Era de Marketing, o principal objetivo da empresa é o lucro, ao invés do volume de vendas. Isso resulta em todas as funções empresariais (exemplo: finanças e recursos humanos), que são voltadas para atender as necessidades e desejos dos clientes. O marketing consiste na tarefa de criar, promover e fornecer bens, ser- viços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informação e ideias aos clientes. Para isso, a empresa realiza uma segmen- tação de consumidores, para definir seus mercados-alvo. A segmentação de consumidores consiste em dividir e selecionar um mercado de consumidores em mercados-alvo de consumidores com neces- sidades comuns. Por exemplo, ao comprar um carro, nem todos os consu- midores possuem a mesma necessidade. Alguns consumidores irão preferir carros com motores mais potentes, enquanto outro grupo de consumidores prefere carros com design mais moderno. Nesse caso, haveria dois segmentos de consumidores: os consumidores com foco na performance e os consu- midores com foco na estética do produto. As necessidades de um consumidor são relacionadas a um estado de privação (KOTLER; KELLER, 2006). Os seres humanos têm muitas necessi- dades: necessidades fisiológicas (exemplo: alimentação), segurança, sociais (exemplo: amizade), estima (exemplo: respeito dos outros) e de realização pessoal. Estas necessidades não são criadas pelo marketing, elas são uma parte fundamental do ser humano. A seguir, temos a representação da pirâ- mide das necessidades humanas. FIGURA 12 – PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES FONTE: Adaptada de Kotler e Keller (2006) Quando uma necessidade não é satisfeita, a pessoa vai fazer uma de duas coisas: buscar um objeto que irá satisfazê-la, ou tentar reduzir a necessidade. As pessoas possuem um conjunto restrito de necessidades básicas, mas quase ilimitados desejos de consumo. Por exemplo, o consumidor pode ter a necessidade de locomoção em uma cidade (transporte), mas pode ter ilimi- tados desejos em relação ao produto que irá satisfazê-lo (exemplo: ônibus, moto, carro popular ou de luxo). Isso dependerá dos recursos dos consumi- dores, que são limitados. Assim, os consumidores querem escolher produ- tos que proporcionam o máximo de satisfação para seu poder de compra. Quando uma necessidade ou desejo está associado ao poder de compra, torna-se uma demanda. Para melhor compreender necessidades e desejos dos clientes, a em- presa precisa analisar as variáveis do macroambiente e do microambiente de marketing. O macroambiente é composto por todas as variáveis externas à organização, como o ambiente competitivo, tecnológico, sociocultural, político, legal e econômico. Por exemplo, para uma empresa de computado- res, o ambiente tecnológico é extremamente importante. Entretanto, outras variáveis do macroambiente, como questões socioculturais (as pessoas usam e compram computadores), políticas e legais (incentivos para empresas de tecnologia), também influenciam os negócios da empresa. O microambiente é composto por todas as variáveis internas à organização, como questões de produto, preço, promoção e distribuição (ou praça). Para a empresa de computadores usada no exemplo anterior, as questões de produto (tipo de computador), preço (até quanto os clientes podem pagar), promoção (como divulgar o produto) e distribuição (onde vender o produto) são essenciais para o bom desenvolvimento do negócio. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Em nosso percurso de estudo, esclarecemos os aspectos relacionados ao marketing. Aprendemos como o marketing surgiu como campo disciplinar da administração e como consumidores, empresas e mercados utilizam-se de conceitos de marketing. Vimos que o marketing possui diferentes funções estratégicas (filosófica e operacional), influenciando na forma com que empresas se posicionam no mercado. Desta forma, entendemos o conceito de valor para o consumidor, o que permite às empresas oferecerem produtos e serviços que satisfaçam as necessidades do consumidor. REFERÊNCIAS AMA (American Marketing Association). Definition of Marketing. AMA, 2013. Disponível em: http://www.marketingpower.com/AboutAMA/Pages/Defini- tionofMarketing.aspx. Acesso em: 20 ago. 2021. BARTELS, R. A história do pensamento de marketing. Columbus: Pu- blishing Horizons, 1998. BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman Editora, 2009. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. 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