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FEB – Formação Econômica Brasileira Caio Prado Jr. escreve sobre o sentido da colonização brasileira, fazendo uma síntese do período colonial e suas influências sobre a identidade nacional e a industrialização brasileira. Rompe com as vertentes da historiografia brasileira (historiografia tradicional – fatos e datas e comparações entre o desenvolvimento histórico brasileiro e dos países europeus, buscando similaridade e diferenças = historiografia conservadora. Todos os grandes fatos do período do descobrimento expressam disputas pelo comércio europeu a partir do século XV e XVI entre Portugal, Espanha, França e Holanda. Isto explica a forma que os europeus abordaram a América, pois a ideia de povoar não existia inicialmente, mas sim de construir um comércio com lucro fácil. No Brasil, a colônia passa a existir em função dos interesses expansionistas dos europeus e sua formação se da para constituir bens agrários de estimado valor no exterior. Assim, o país foi colonizado para ser explorado, resultando em um limitado progresso técnico, extração da mais valia absoluta e em violência e expropriação generalizada e é devido seu passado que enfrentamos flutuações do mercado mundial de capitais e inovações tecnológicas concentradas entre os oligopólios internacionais . O sentido da colonização brasileira (comércio e expropriação), condicionou a ocorrência da monocultura, de latifúndios, do trabalho escravo e na ocorrência da exportação (mercado externo). <-‐ estrutura da economia brasileira. Para Celso Furtado, o Estado é o grande responsável pelo o atraso do país e também pela sua solução, via reformas no capitalismo que impulsionem a industrialização, pois o Brasil industrializou-‐se, mas não se modernizou ao carregar sua herança colonial (concentração de renda = um povo de baixa renda com estilo de vida). A industrialização é a forma de reter o progresso técnico, elevar produtividade e a renda. Para ele as três variáveis responsáveis pela modernização do capital são a Sociedade industrial (para superar o atraso socioeconômico), Estado com vontade política de superar o atraso (papel do Estado) e Democracia política (mediação de conflitos sociais: capital e trabalho; e políticas de distribuição de renda). Sua análise é feita a partir de modelos abstratos que tendem ao equilíbrio geral se não houver intervenções no mercado, significando uma eficiência alocativa. Define o capital como sendo fatores de produção exportador de relações sociais de produção e diz que a intervenção governamental no mercado provoca má alocação dos recursos produtivos que são considerados escassos. A controvérsia sobre o desenvolvimento econômico contrapunha duas visões teóricas: a visão que defendia o liberalismo econômico, preocupada em garantir a "vocação agrária" do Brasil e uma corrente intervencionista, que defendia a industrialização deliberada do país. A formação defendida por Furtado, representa uma análise da formação da estrutura econômica subdesenvolvida brasileira e pode ser divida em duas partes: ocupação territorial e transição para o trabalho assalariado. É composto por três linhas de argumentação defendidas que consiste no confronto do subdesenvolvimento brasileiro com o desenvolvimento norte-‐americano, onde busca esclarecer os determinantes históricos da formação de distintas estruturas econômicas na periferia do capitalismo; a influência Keynesiana compreende a determinação dos obstáculos à expansão diversificação da estrutura produtiva nos períodos de acumulação de capital no Brasil desde o início da colônia e a preocupação estruturalista com a heterogeneidade da economia brasileira, ou seja, é a identificação da formação de uma ampla economia de subsistência, anterior ao ciclo do café́, mas que, ao sobreviver ao mesmo, dificultou o processo de industrialização no Brasil. Características socioeconômicas da economia pecuária do NE – inicio do século XVII: A economia do açúcar restringia a formação do mercado interno, pois o mercado era integrado à economia açucareira e influenciava a metrópole portuguesa, o senhor de engenho e os holandeses. Logo, os bens de consumo da colônia vinham de importação. O gado/carne eram a única mercadoria para consumo interno, que podia constituir uma atividade econômica, porque fazia parte da dieta dos escravos e era responsável pelo transporte do açúcar. Logo, a expansão do açúcar cria demanda por gado para transportar açúcar em distâncias crescentes (do interior para os portos) e alimentar escravos. A separação das duas atividades ocorreu pela metrópole e deu origem a economia pecuária, onde tinha como principal característica a acumulação de mão de obra livre subserviente de engenho. Quanto maior era a extensão, mais a renda pecuária se reduzia, devido ao aumento dos custos com deslocamentos em direção ao litoral (portos), e também mais atraia trabalhadores e pecuaristas. A queda do preço do açúcar libera mão deobra livre para a pecuária no NE do séc. XVIII. Assim, a economia pecuária era de baixa renda e de subsistência ainda integrada a uma economia açucareira decadente, devido à concorrência com o açúcar das Antilhas, formando-‐se um mercado interno de baixa renda, porque o gado vira fonte de subsistência e artesanato rudimentar para o pecuarista, onde os bens de consumo da colônia vinham de importação. O século XVII foi o período de maiores dificuldades econômicas e políticas na Colônia Brasil. Após 1650 deu-‐se o Fim do monopólio do açúcar devido início da redução dos preços do açúcar provocada pela perda do monopólio, cresciam as dificuldades para a metrópole administrar e defender a colônia e por isso, a metrópole decide formar colônias de ocupação no Estado do Maranhão, por sua localização geográfica, com o intuito de expandir a ocupação da colônia e evitar novas invasões. Porém, a colônia foi abandonada, pelas dificuldades de Portugal financiar outras atividades econômicas, pois o solo era de baixa produtividade para o plantio de açúcar. Além disso, os holandeses desorganizaram o mercado do açúcar e outros produtos agrícolas (como cacau) desde 1750, sendo este o principal fator. Tais problemas impediram o desenvolvimento de atividades que permitissem capitalização e desenvolvimento, resultando no crescimento do setor de subsistência no norte, sul e interior do NE, as exportações para Portugal e os pagamentos de impostos foram reduzidos, houve desaparição de formas complexas de convivência social feita pela substituição da lei geral pela norma local (formou-‐se uma elite autoritária com poder político e econômico). Desse modo, a única alternativa de Portugal foi permitir a exploração de ouro e prata, fazendo com que as dificuldades econômicas e políticas na metrópole aprofundassem em uma ocupação improvisada na colônia e sem perspectivas futuras de alterações. Assim, os motivos da liberação da exploração de ouro e prata no Brasil foram o fim da invasão holandesa, o fracasso das colônias de ocupação permanentes e a desarticulação da economia do açúcar. Pela primeira vez houve um fluxo migratório espontâneo de Portugal para o Brasil, paga com recursos próprios. Características e dinâmica da econ. do ouro necessitava de baixos recursos porque exploravam metal de aluvião; a mão de obra era escrava e circulava no meio social (alguns trabalhavam por conta própria com o compromisso de pagar sua liberdade ou trabalhavam certas horas para seu senhor e algumas horas para pagar a liberdade); elevou os preços da pecuária do sul, devido à necessidade de deslocamentos em regiões montanhosas e ao precário abastecimento de alimentos e infraestrutura. A renda era inferior a do açúcar, mas para Portugal a arrecadação de impostos com ouro compensou a queda do açúcar. As importações da economia do ouro também eram inferiores à da economia açucareira, dada as grandes distâncias dos portos e transporte em regiões montanhosas elevando ainda mais a necessidade de importações. Portanto, as características da economia mineira era marcada pela incerteza, mobilidade da empresa, alta lucratividade, especialização e capital fixo baixo, devido à necessidade de mobilidade da empresa a longo do percurso dos rios. Logo, as características da economia mineira consiste em um fluxo migratório espontâneo, população livre, alta lucratividade, região montanhosa sem infraestrutura, propiciava o desenvolvimento do mercado interno (gado e derivados) e da manufatura inerentes à atividade aurífera (utensílios para alimentos, ferraduras, carroças, tecidos), mais do que a economia do açúcar, inclusive diante das dificuldades de importações. Então por que não surgiu a indústria? Devido a incapacidade técnica dos imigrantes portugueses para a manufatura em escala e além disso para que o Brasil tivesse algum desenvolvimento manufatureiro teria de ser o próprio desenvolvimento manufatureiro de Portugal. Mas, o pequeno desenvolvimento que teve no séc. XVII foi resultado de uma política ativa que contou com mão de obra técnica de imigrantes. Diante da continuidade da redução de exportações de açúcar do Brasil, houve redução das importações por parte de Portugal. Desse modo, Portugal entendeu que era preciso produzir internamente o que antes o açúcar permitia importar em abundância, iniciando assim um período de fomento as atividades manufatureiras e por duas décadas ( inicio de 1684) quase aboliu as importações de tecido. Porém, devido ao Tratado de Methuen em 1703 entre Portugal e Inglaterra, este avanço foi interrompido. Nesse tratado a Inglaterra reduz os impostos para o vinho português que ganha concorrência com o vinho francês e em troca Portugal retiraria o embargo as importações de tecidos ingleses. Desse modo, Portugal renunciava todo o desenvolvimento manufatureiro, em troca de privilégios para vinhos portugueses no mercado inglês, mas transferia para aInglaterra o impulso dinâmico criado pela produção aurífera no Brasil e assegurava condições especiais para vender suas manufaturas à Portugal. Já, para a Inglaterra, esse acordo representava um mercado para suas manufaturas, fazendo com que a entrada de ouro aumentasse sua capacidade para importar e exportar no mercado europeu (padrão ouro) e concentrasse reservas externas. Por isso que o centro financeiro deixa Amsterdã e passa para Londres, devido a capacidade acumulativa dos bancos ingleses. Todavia, tal tratado não possuía base real para ser cumprido sem o ouro do Brasil, devido a diferença de valores agregados entre manufatura e agricultura. Desse modo, a Inglaterra elevou sua capacidade de importar/ exportar, pois obteve aumento de reservas externas, diante do padrão ouro no comércio internacional; fortaleceu sua força militar e superou as guerras napoleônicas; e os bancos ingleses se fortaleceram. Capítulo 15: Regressão da economia do ouro; a economia do ouro se descapitalizava rapidamente, pois a demanda por manufaturados (inerentes a exploração), era importada da Inglaterra e não pelo surgimento de outras atividades econômicas na colônia. Mas diferentemente da economia açucareira, sua rentabilidade tendia a zero com falências das empresas sem condições de preservar a estrutura da atividade econômica e com o tempo muitos empresários tornaram-‐se simples faiscadores, devido a ilusão de que uma nova descoberta poderia vir de qualquer momento, induzindo o empresário a persistir na lenta destruição de seu ativo, antes de transferir algum saldo liquidável para outra atividade econômica. Além disso, o trabalho escravo impediu no Brasil que o colapso da economia do ouro criasse fomento social de maior representatividade, aumentando a população de agricultura de subsistência entre o Centro-‐Oeste e o Sul do Brasil de forma dispersa, desarticulada e com baixa produtividade. Capítulo 16 ao 19: Independência política e subordinação do Brasil -‐ Portugal manteve o governo da colônia pelo o poder, e por influência dos interesses regionais unificados pela escravidão e ausência de ruptura política na manutenção da estrutura agraria dificultando a industrialização. Assim, a independência foi negociada com a Inglaterra, pois esta pagava garantias políticas sobretudo proteção militar para Portugal e suas colônias, contra guerras e invasões da Holanda, Espanha e França em troca de concessões econômicas. É devido a invasão napoleônica que a família real em 1808 vem para o Brasil sob proteção inglesa e por conseguinte os privilégios econômicos benéficos a Inglaterra se transferem ao Brasil colônia e é por isso que é dada a abertura dos portos. Características da economia pecuária do sul (Economia Criatória) houve o deslocamento do centro econômico do NE para o centro-‐sul do Brasil Colônia; diferente da pecuária do NE que enfraqueceu com a economia açucareira e sua precariedade resultou em artesanato rudimentar e o gado como fonte de subsistência; criou-‐se o comércio de mulas para transporte de cargas e de gado para corte em proporções superiores a pecuária do NE e com preços elevados (devido ao fascínio e proximidade geográfica da região do ouro); e possibilitou a interdependência entre as diferentes regiões, gerando uma especialização na criação. Capítulo 20 ao 24: Economia Cafeeira no Brasil foi concentrada no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espirito Santo, devido à proximidade com os portos do RJ e SP, resolvendo desse modo o problema com transportes. É a partir da economia do café que surge a indústria no Brasil na condição de país independente e livre de acordos tarifários com a Inglaterra. Inicialmente a mão de obra é escrava oriunda da economia mineira e decadência da economia açucareira. Porém, com as proibições inglesas a respeito da escravidão (abolição da escravidão) houve falta de mão de obra, fazendo com que houvesse fomento a imigração europeia entre 1850-‐ 1960. Na primeira tentativa o Governo financiava a viagem das famílias (o colono hipotecava tudo; o fazendeiro ficava com as vantagens; servidão disfarçada); na segunda houve um Regime de Parceria (o colono ficava com metade dos riscos, ou seja, se tivesse perda da colheita significaria miséria para o mesmo, devido ao endividamento) e na terceira, a partir de 1960 houve um Sistema Misto ( o colono recebia um salário anual + outro que variava em função do volume da colheita); em 1870 a viagem era paga pelo Governo Imperial, o fazendeiro pagava pelas instalações dos imigrantes no primeiro ano para o plantio de alimentos para o consumo próprio dos colonos, resultando pela primeira vez a imigração expressiva de europeus, na maioria italiana. Os objetivos da produção de café sempre estiveram juntos com os objetivos comerciais (é por essa consciência politica que os cafeicultores se diferenciaram das demais culturas agrícolas).Em 1888, houve impactos expressivos da eliminação do trabalho escravo, pois a maioria se submeteu ao salário assalariado de baixa renda. Na região sudeste houve a implementação de ferrovias e com isso ampliou-‐se a oferta de café, elevando a demanda por mão de obra, atraindo imigrantes de outras regiões, pois pagava-‐se salários mais altos. E mesmo com a abolição não houve mudanças importantes na organização da produção e da renda no país. Capítulo 25 ao 29: Acumulação cafeeira e as origens da indústria -‐ Com a economia cafeeira a renda cresceu devido ao aumento das exportações, resultando no crescimento do sudeste. Mas, os salários ficaram estáveis, pois houve pressões de oferta da mão de obra interna somada a imigração intensa. O crescimento baseou-‐se nas exportações, na baixa inversão de capital para elevar a produtividade, os salários e os lucros. O mercado interno era formado pelos salários agregados (bens salários), devido ao predomínio da baixa renda, fazendo com que houvesse a tendência ao desiquilíbrio externo, ou seja, o valor das exportações cresce menos que as exportações dos manufaturados, que oscilam mais no mercado mundial. Tal desiquilíbrio foi resolvido pela desvalorização do câmbio e elevação dos preços da exportação dos manufaturados. A economia brasileira nesse período dependia principalmente das exportações do café. O dinamismo da economia cafeeira viabilizou investimentos derivados para impulsionar o ritmo de acumulação de capital nesta economia, resultando na infraestrutura de transportes ferroviários. Esta economia basicamente era composta por um núcleo produtor, que inclui as unidades de beneficiamento e de um segmento urbano formado pelo sistema de transporte e pelas atividades comerciais e bancos. A imigração maciça promovida pelo auge exportador criou um mercado de trabalho urbano que foi utilizada pela indústria, pois os salários agregados gerados pelas exportações de café gerou um mercado interno para a indústria nascente de bens de consumo assalariado. Entre 1866-‐1897 nasce o capital industrial no Brasil, formado por bens de consumo assalariado, porque a tecnologia era acessível, através das importações de máquinas e equipamentos. Assim, cria-‐se uma mutua dependência entre o capital cafeeiro e o industrial, pois o café necessita da indústria para a reprodução de sua força de trabalho e a indústria oferece oportunidades para absorção da parte de lucros cafeeiros extraordinários. Já a indústria depende do café, porque este gera mercados para os produtores da indústria e gera capacidade para importações de máquinas, equipamentos e insumos diversos. Capítulo 30 ao 35: Crise e esgotamento da economia cafeeira – a introdução de ferrovias possibilitou o aumento da oferta de café sem o aumento da demanda externa, fazendo com que a tendência ao preço do café reduzisse no comércio internacional. Dessa maneira, para evitar a crise, o Brasil manipulou a oferta via políticas de valorização do café (PVC) desde 1907. O PVC consistia em retirar parte da produção do mercado, para equilibrar a oferta e demanda (o Governo comprava excedentes). Em 1924 tal política tornou-‐se permanente com a criação do Instituto do Café e vai até 1929 com o esgotamento da economia cafeeira, devido aos financiamentos com bancos estrangeiros e a crise econômica internacional de 29. Qual foi a solução? Alterações na política de defesa do café, que recupera o crescimento do país em 1933; o governo queima o excedente pago via imposto sobre as sacas exportadas e reduz dividas bancárias dos cafeicultores, mas a economia cafeeira reduziu sua capacidade produtiva pela metade, pois o preço internacional reduziu-‐se atingindo o nível mais baixo e desse modo boa parte do capital cafeeiro foi investida no algodão, pois durante a crise de 29 os preços se mantiveram estáveis e por isso o Brasil estimulou a produção de alimentos, algodão e café. Resumindo: • Produção de Açúcar no NE: economia decante devido à concorrência com o açúcar das Antilhas e dado isso houve redução dos preços do açúcar provocada pela perda do monopólio. • Economia Pecuária NE: O gado/carne eram a única mercadoria para consumo interno (responsável pela dieta dos escravos e transporte do açúcar). Quanto maior era a extensão, mais a renda pecuária se reduzia, devido ao aumento dos custos com deslocamentos em direção ao litoral (portos), e também mais atraia trabalhadores e pecuaristas, com isso vira fonte de subsistência e artesanato rudimentar. • Economia de Ouro e Prata CO e SE: os motivos da liberação da exploração de ouro e prata no Brasil foram o fim da invasão holandesas, o fracasso das colônias de ocupação permanentes e a desarticulação da economia do açúcar. Regrediu, pois sua rentabilidade tendia a zero com falências das empresas sem condições de preservara estrutura da atividade econômica e com o tempo muitos empresários tornaram-‐se simples faiscadores, devido a ilusão de que uma nova descoberta poderia vir de qualquer momento, induzindo o empresário a persistir na lenta destruição de seu ativo, antes de transferir algum saldo liquidável para outra atividade econômica. • Economia Criatória Sul: houve o deslocamento do centro econômico do NE para o centro-‐sul do Brasil Colônia. Criou-‐se o comércio de mulas para transporte de cargas e de gado para corte e possibilitou a interdependência entre as diferentes regiões, gerando uma especialização na criação. • Economia cafeeira: concentrada no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Espirito Santo devido à proximidade com os portos do RJ e SP, resolvendo desse modo o problema com transportes. Regrediu devido aos financiamentos com bancos estrangeiros e a crise econômica internacional de 1929. • Formação do Estado do Maranhão: a metrópole decide formar colônias de ocupação no Estado do Maranhão, por sua localização geográfica, com o intuito de expandir a ocupação da colônia e evitar novas invasões. Porém, a colônia foi abandonada, pelas dificuldades de Portugal financiar outras atividades econômicas, pois o solo era de baixa produtividade para o plantio de açúcar. • Independência do Brasil: A independência foi negociada com a Inglaterra, pois esta pagava garantias políticas sobretudo proteção militar para Portugal e suas colônias, contra guerras e invasões da Holanda, Espanha e França em troca de concessões econômicas. • Por que não surgiu a indústria no primeiro momento? Devido a incapacidade técnica dos imigrantes portugueses para a manufatura em escala e além disso para que o Brasil tivesse algum desenvolvimento manufatureiro teria de ser o próprio desenvolvimento manufatureiro de Portugal. • Quando surge a indústria? Com a economia cafeeira, pois a imigração maciça promovida pelo auge exportador criou um mercado de trabalho urbano que foi utilizada pela indústria, pois os salários agregados gerados pelas exportações de café gerou um mercado interno para a indústria nascente de bens de consumo assalariado. • Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra: Nesse tratado a Inglaterra reduz os impostos para o vinho português que ganha concorrência com o vinho francês e em troca Portugal retiraria o embargo as importações de tecidos ingleses. Desse modo, Portugal renunciava todo o desenvolvimento manufatureiro, em troca de privilégios para vinhos portugueses no mercado inglês, mas transferia para a Inglaterra o impulso dinâmico criado pela produção aurífera no Brasil e assegurava condições especiais para vender suas manufaturas à Portugal. Já, para a Inglaterra, esse acordo representava um mercado para suas manufaturas, fazendo com que a entrada de ouro aumentasse sua capacidade para importar e exportar no mercado europeu (padrão ouro) e concentrasse reservas externas.
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