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Formação econômica brasileira

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FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA
Coordenadores: 
Coordenador de Tutoria: 
AULA 1 
- A ocupação econômica da América foi uma das consequências da expansão comercial europeia
- A empresa agrícola implantada pelos portugueses no Brasil foi de suma importância para a expansão comercial europeia
- Segundo Colin Clark há 3 tipos de atividades
	- Primárias – Agricultura
		- Países que são muito dependentes da atividade primária são menos desenvolvidos 
	- Secundárias – Indústria
	- Terciária – Serviços
- O modelo econômico de colonização adotado pelos países europeus consistia em transformar a colônia em produtora de especiarias que não podiam ser obtidas na Europa, principalmente devido o clima
- Toda a produção colonial era destinada a metrópole que a comprava a preços baixos para revender mais caro na Europa
- Surgimento da empresa colonial agrícola
	- No fim da idade média, ocorreu a expansão comercial europeia, rompendo com o 	isolamento típico do período feudal
	- Nessa época o Mar mediterrâneo tornou-se a mais importante rota comercial, após a 	tomada de Constantinopla pelos turcos, o que dificultou a manutenção da rota comercial que 	ligava as cidades mediterrâneas às fontes de especiarias 
	- No Brasil a empresa colonial teve início com a introdução da monocultura do açúcar no 	nordeste pelos portugueses
- Portugal entra em cena
	- Desde meados do século XV os portugueses exploravam a rota do Atlântico, 	estabelecendo-se na costa africana, onde cultivavam a cana; porém o objetivo principal era 	chegar nos fornecedores de especiarias, nas Índias 
	- Para isso desenvolveram sua tecnologia de construção de navios e conseguiram chegar as 	Índias
	- O descobrimento do Brasil foi uma etapa da conquista do oceano Atlântico (grandes 	navegações)
	- A ocupação do Brasil colonial está ligada intimamente à expansão comercial e colonial 	europeia 
- Mercantilismo
	- Política econômica desenvolvida na Europa ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, cuja 	a base é o acúmulo de capital, protecionismo alfandegário e balança de comércio favorável 
- Estados absolutistas
	- No fim da idade média, com o crescimento da população, desenvolvimento do comércio e 	das cidades, ausência dos senhores feudais, nas cruzadas, a figura do rei foi fortalecida; 	formando o Estado absolutista, que foi a nova forma de organização política a partir do 		século XV
	- Houve nessa época a centralização do poder, crescimento do nacionalismo e unificação 	territorial 	
- Burguesia
	- Classe social surgida na Europa com o renascimento comercial e das cidades no fim do 	período feudal; estando associada ao poder 
- Pacto Colonial
	- Conjunto de relações econômicas e políticas que subordinavam a colônia à metrópole 
- Tratado de Tordesilhas
	- Os espanhóis e portugueses, que disputavam terras do novo continente americano, 	assinaram em 1494, com mediação do Papa (Onu da época) este tratado, na qual as terras 	que ficavam a oeste do meridiano de Tordesilhas que corta o Brasil do Pará à Santa Catarina 	seriam da Espanha e as que ficavam a leste dos portugueses
- A Espanha encontrou ouro e prata em suas colônias o que permitiu financiar a defesa de suas colônias contra invasões estrangeiras
- Portugal não encontrou metais preciosos nas suas colônias americanas que pudessem financiar a defesa das mesmas e como alternativa para obtenção de lucro introduziu o cultivo da cana-de-açúcar que contava com um mercado em expansão na Europa
	- Permitiu associar a experiência portuguesa do cultivo de cana nas ilhas do Atlântico sul, 	utilização de mão de obra escrava africana e uso de terras férteis no Nordeste 
- A empresa colonial agrícola brasileira era um empreendimento complexo, que envolvia o desenvolvimento de atividade agrícola que seria explorada de modo a garantir o máximo de lucro para os portugueses e estava disposta em 3 elementos
	- Latifúndio
	- Monocultura
	- Trabalho escravo, devido
		- Inexistência de excedentes populacionais em Portugal
		- Insuficiência de trabalhadores indígenas
		- Ambiente desfavorável que não estimulava os trabalhadores europeus
		- Experiência lucrativa com tráfico de escravos africanos 
- A partir da metade do século XVI a produção de açúcar tornou-se um empreendimento conjunto entre portugueses e holandeses
- Os holandeses financiavam a atividade, refinavam o açúcar e o distribuíam para Europa
- A parceria holandesa acabou com a união Ibérica, quando Portugal foi anexado a Espanha que não reconhecia sua independência, de forma que a Holanda começou a perder espaço no comércio de cana-de-açúcar e tentando resistir a esta perda invadiu o Brasil estabelecendo-se no nordeste em 1630
- Em 1654 os Holandeses foram expulsos do Brasil e com o conhecimento adquirido estabeleceram uma concorrência nas Antilhas, acabando com o monopólio português sobre a cana-de-açúcar, destruindo um dos pilares sobre os quais estava sustentada a economia colonial agrícola no nordeste do Brasil
- Com a concorrência e maior oferta, o preço da cana caiu, fazendo com que a economia canavieira deixasse de ser lucrativa, levando a colônia a uma crise que só foi superada com a descoberta de ouro e diamante no século XVIII em Minas Gerais
- A economia colonial foi uma sucessão de ciclos
	- Esgotada a potencialidade de um produto colonial, retomava-se o processo de 	desenvolvimento praticamente do ponto de partida
	- A estrutura era sempre a mesma: Latifúndio, monocultura e trabalho escravo
AULA 2
- O regime de concessão de terras do Brasil colonial foi o de sesmarias, em que o dono era obrigado a iniciar produção e exploração de sua terra, se não poderia ser cassada sua posse
- O intuito português inicial era explorar o território a procura de recursos minerais, principalmente ouro, o que não obteve êxito de início
- Não achando o ouro, os portugueses introduziram e incentivaram a produção de cana que possuía grande valor comercial
- Em relação a exploração do interior do Brasil colônia merece destaque a busca por metais preciosos e especiarias, caça aos indígenas e criação de gado
- A caça aos indígenas era para suprir a falta de mão de obra africana
- Apesar do tratado de Tordesilhas de 1494 entre Portugal e Espanha, os limites territoriais estabelecidos não foram respeitados
	- Primeiro porque as outras potências europeias nunca deixaram de lutar pela conquista de 	territórios
		- Invasão francesa ao Rio de Janeiro 
		- Invasão francesa, inglesa e holandesa ao norte da América do Sul
	- Segundo porque a delimitação entre a América portuguesa e a América espanhola foi 	modificada pelo movimento de Bandeiras
		- Os bandeirantes conquistaram mais territórios para o Brasil
- Bandeiras
	- Expedição armada que desbravava os sertões a fim de escravizar indígenas e descobrir 	ouro que intensificou a ocupação do interior do continente Sul-americano; partindo 	principalmente da Capitania de São Vicente (São Paulo atual) e atingindo os atuais estados 	de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e regiões de aldeias jesuítas 
- Ocupação do Sudeste
	- O sudeste tinha condições desfavoráveis para a plantação de cana-de-açúcar devido o solo 	menos fértil e maior custo de transporte 
	- Porém a região era povoada por muito índios e ali se desenvolveu a escravização do 	trabalhador indígena pelos colonos e catequização dos mesmos pelos jesuítas que ali se 	estabeleceram
- Ocupação do vale Amazônico
	- Durante a união Ibérica era grande a preocupação dos espanhóis com incursões holandesas 	na região Amazônica, pois a ocupação do vale navegando pelo Rio Amazonas poderia 	colocar em risco as minas de prata do Peru, colônia espanhola na época 
	- Espanhóis, holandeses e ingleses conseguiram se estabelecer na região que se desenvolveu 	através do comércio oriundo da extração da floresta (madeiras e urucum) e o pescado
	- Os portugueses conseguiram expulsar os franceses, ingleses e holandeses das margens do 	rio Amazonas, e com objetivo de defesa, fundaram a cidade portuária de Belém 
	- Os carmelitas e jesuítas também realizaram uma grande tarefa de exploraçãodessa região, 	semeando suas missões 
	- Em 1640 a união Ibérica foi desfeita e Portugal tentou fazer de Belém do Pará a base para 	reconstituição do comércio de especiarias, perdido pelos portugueses na Ásia, com a tomada 	de Constantinopla
	- No governo do Marquês de Pombal foi criada uma companhia de navegação para explorar 	as riquezas amazônicas e com isso o extrativismo fora estimulado, contribuindo para o 	avanço das fronteiras coloniais brasileiras
- Missões jesuítas no Sul
	- Em regiões de difícil acesso, com presença forte de índios; os jesuítas se estabeleciam 	visando a catequese dos Guaranis e demais tribos 
	- As missões jesuítas eram núcleos de povoação indígena que visavam defender os índios da 	escravidão pelos brancos 
	- Colonos portugueses e espanhóis, interessados em uma região próxima a fronteira do 	Brasil com Paraguai, ocupada pelos jesuítas; e com apoio do governo português, espanhol e 	igreja Católica, expulsaram os jesuítas dessa região 
- Ocupação do Sertão
	- O gado foi o principal instrumento da ocupação do sertão; ele servia como força motriz 	para os engenhos, como instrumento de tração de carretas que levavam lenha e açúcar, sua 	carne era destinada à alimentação e o couro para fabricação de selas, casacos, calçados, 	correias e cantis
	- A pecuária era baseada na ocupação extensiva de território com mão de obra constituída 	por trabalhadores livres, que sem acesso as terras férteis do litoral, buscavam trabalho como 	vaqueiros e condutores de rebanho
	- A expansão da cana gerou conflitos entre os criadores de gado e os proprietários de 	engenho e culminou por levar a criação de gado cada vez mais para o interior do nordeste, e 	as fazendas fixaram-se na zona semiárida e no sertão, impróprios para o cultivo
- Mineração
	- Com a crise da economia açucareira, meados do século XVII, os colonos portugueses 	intensificaram a busca por metais preciosos
	- As bandeiras que exploravam o sertão encontraram ouro e pedras preciosas em Minas 	Gerais, Bahia, Goiás e Mato Grosso no final do século XVII
	- Com essa descoberta o ouro passou a ser o centro das atenções de Portugal e as demais 	atividades entraram em declínio, com empobrecimento e despovoamento das regiões onde 	se localizavam
	- O comércio com a Inglaterra estava deficitário; e o ouro permitiu que o tratado de Methuen 	fosse cumprido por Portugal 
	- O acordo para Portugal foi uma renúncia ao desenvolvimento manufatureiro, transferindo 	para a Inglaterra o impulso econômico gerado pela economia mineira do Brasil
	- Em troca Portugal tinha apoio político e militar da Inglaterra para manter o que restava de 	seu império colonial
	- A economia mineira estimulou o surgimento de cidades para o abastecimento da população 	para o interior, desenvolvendo melhores condições para atividades comerciais internas
	- A economia mineira estava longe da costa, no interior, em regiões de difícil acesso
	- Com a necessidade da metrópole de controlar a produção e exportação do metal, houve 	mudança da capital colonial de Salvador para o Rio de Janeiro, cidade mais próxima da 	região mineira
- Tratado de Methuen
	- Acordo assinado entre Portugal e Inglaterra em 1703 e revogado em 1942; que estabelecia 	que Portugal passava a importar para sempre os produtos têxteis ingleses à taxa privilegiada 	e a Inglaterra se comprometia a importar vinhos portugueses taxando os em 2/3 dos tributos
- AULA 3
- As colônias na América foram constituídas durante a formação dos estados nacionais absolutistas europeus onde predominava o mercantilismo
- Os mercadores burgueses e armadores associavam-se diretamente ao poder central (coroa) dos estados absolutistas (pacto colonial); de forma que a metrópole tinha total intermediação nas operações do comércio
- Como a produção e consumo interno eram reduzidos, o pacto colonial impedia a concorrência e permitia altos ganhos da burguesia e metrópole
- Crise
	- A crise da economia colonial agrícola teve 2 aspectos
		- Aspecto interno
			- Existia um mercado interno pouco expressivo, com privilégios garantidos 			pelo pacto colonial e restrições à concorrência externa
			- Expansão do mercado colonial interno, devido aumento da população e da 			produção
			- Conflitos entre colonos e metrópole; pois o pacto colonial passou a ser um 			entrave à expansão comercial e aos ganhos dos colonos 
		- Aspecto externo
			- A revolução industrial europeia aumentou a produtividade muito 				rapidamente e com ela houve incorporação de novos mercados pelas unidades 			industriais em 	formação
				- Conjunto de transformações tecnológicas, econômicas e sociais 					ocorridas na Europa e particularmente na Inglaterra nos séculos XVII 				e XIX que resultou na instalação de um sistema fabril e no modo de 				produção capitalista
			- O pacto colonial era uma barreira para o capital industrial e produção em 			grande escala
- Iluminismo
	- Movimento cultural originado no renascimento, sobretudo a partir do século XVII, em que 	do ponto de vista econômico focava na definição de uma política mais livre das restrições do 	mercantilismo
- Liberalismo
	- Doutrina que serviu de substrato ideológico às revoluções antiabsolutistas que ocorreram 	na Europa ao longo dos séculos XVII e XVIII e à luta pela independência dos EUA e que 	defendia
		- Ampla liberdade individual
		- Democracia com separação e independência entre os poderes executivo, legislativo 		e judiciário
		- Direito inalienável à propriedade
		- Livre iniciativa e a concorrência como princípios básicos
			- Capazes de harmonizar interesses individuais e coletivos, e gerar progresso 			social 
			- O Estado deve garantir a livre concorrência e o direito à propriedade 				privada, quando esta for ameaçada por convulsões sociais
- Mudanças na metrópole 
	- No final do século XVII aumentava as contradições de interesse entre colônia e metrópole
	- Despotismo esclarecido
		- Manutenção das práticas absolutistas sem associação ao poder divino do rei e com 		incorporação de ideias iluministas, como o racionalismo, ideais filantrópicos e o 			progresso
	- O Brasil passava por dificuldades econômicas devido a queda das exportações; com 	exceção do maranhão onde havia sido criada pelo Marquês de Pombal uma companhia de 	comércio para exploração, produção e exportação de algodão, que estava em alta no 	mercado internacional
	- Política pombalina
		- Conjunto de medidas que visava o fortalecimento do poder real em Portugal, como 		a reforma do exército e da burocracia estatal; mas que subjugava os interesses da 		nobreza e reduzia o poder do clero
	- Em 1777 morre o rei de Portugal e assume sua filha Dona Maria, período conhecido como 	viradeira
		- Desmonte das políticas pombalinas com intensa perseguição ao Marquês de 			Pombal até sua morte	
		- Extinção das companhias de comércio, gerando maior liberdade aos comerciantes
		- Combate ao contrabando
		- Permissão para o comércio intercolonial com África e Oriente
		- Liberação do comércio e exploração do sal e pesca da baleia
		- Proibição da manufatura têxtil no Brasil
			- Tratado de Methuen
			- Era preciso da ênfase na agricultura, principal atividade colonial
			- Tentativa de preservar a manufatura têxtil da metrópole da concorrência 			colonial
	- Portugal era cada vez mais dependente economicamente da colônia brasileira e por isso era 	vantajoso fazer algumas concessões, mas apesar destas as bases do exclusivismo comercial 	estavam mantidas o que gerou revoltas
- Inconfidência mineira
 	- No final do século XVII a colônia sofria com abusos políticos e com a cobrança de altas 	taxas de taxas e impostos; além das leis impostas que prejudicavam o desenvolvimento 	industrial e comercial do Brasil
	- A inconfidência mineira foi uma revolta de membros da elite intelectual e econômica 		contra essas questões
	- Movimento que queria a independência do Brasil e instauração da República
	- Queriam incentivar as manufaturas proibidas de 1785 e fundar uma universidade
	- Seu lema era: liberdade ainda que tardia; embora não propusessemo fim da escravidão
	- Derrama 
		- Imposto adotado por Portugal no período de crise da mineração 
			- Teto mínimo de 100 arrobas de ouro para o valor do quinto (25% do ouro 			encontrado) ao ano 
		- Se não é atingido, os mineradores ficam em dívida com o fisco
		- Na derrama a população das minas é obrigada a entregar seus bens para integralizar 		o valor da dívida
	- O movimento teve início na cobrança da derrama
	- Devassa
		- O movimento é denunciado por alguns portugueses devedores de grandes quantias 		ao tesouro real que entregam seus parceiros em troca do perdão de suas dívidas
		- A devassa foi o processo para estabelecer a culpa dos conspiradores, que durou 3 		anos com condenações a prisão perpétua e a morte na forca
- Conjuração baiana ou revolta dos alfaiates
	- Com a mudança da capital para o Rio de Janeiro, Salvador perdeu privilégios e teve 	redução de recursos para sua cidade; e isso somado ao aumento dos impostos
	- A população pobre sofria com escassez de alimentos e com preconceito racial
	- Movimento radical e popular inspirado nas ideias da revolução francesa e inconfidência 	mineira contra essas questões 
	- Propunha a independência, igualdade racial, fim da escravidão, livre comércio entre os 	povos 
- Apesar das revoltas o rompimento das antigas formas de relacionamento Brasil-Portugal não foram alteradas
- As revoltas foram sufocadas na origem com severas punições aos rebeldes
- Vinda da corte portuguesa para o Brasil
	- Em 1807, a França (Napoleão) invadiu Portugal, e a corte portuguesa foi transferida para o 	Brasil com apoio da esquadra Britânica
	- No Brasil a corte tomou algumas medidas
		- Abertura dos portos 
		- Incentivo à agricultura e fundação do Horto Real no Rio de Janeiro 
		- Incentivo ao desenvolvimento das manufaturas, com isenção de impostos a 			matérias-primas importadas
		- Permissão de acesso de estrangeiros às seismarias, com objetivo de garantir 			fronteiras com a expansão do povoamento 
		- Criação do Banco do Brasil para financiar os gastos da coroa
- Tratados com a Inglaterra
	- Tratado de Aliança e Amizade
		- Definia as condições de defesa mútua e apoio ao ataque português à Guiana 			Francesa
		- Portugal reduziria o tráfico de escravos circunscrito à região abaixo da linha do 		Equador
	- Tratado de Comércio e Navegação
		- Definia vantagens tarifárias para a Inglaterra, até mesmo sobre Portugal 
			- Intensificação das relações comerciais entre Brasil e Inglaterra 
		- Liberação de cultos protestantes
		- Liberdade para os ingleses criarem casas de comércio e negociar livremente seus 		produtos
- Do ponto de vista colonial a liberalização da economia e dinamização do comércio modificaram fundamentalmente o cenário
- Em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a independência do Brasil
	- O movimento de independência do Brasil não foi marcado por sentimento nacionalista; as 	revoltas existentes eram regionais, sem qualquer unidade nacional
	- Foi uma independência política mas não econômica 
	- Internamente nada mudou; continuou a estrutura agrária, baseada na escravidão, 	monocultura e latifúndio, com distribuição de renda desigual, beneficiando a elite agrária
- AULA 4
- O século XIX, pós independência, foi marcado pela estagnação da economia brasileira
- No plano externo, houve crescimento do deficit comercial devido
	- Adoção livre cambismo
		- Extensão de vantagens comerciais a outros países além da Inglaterra
	- Crescente concorrência das culturas de cana e algodão no mercado internacional 
		- Cana-de-açúcar
			- Aumento da produção de açúcar na Europa a partir da beterraba
			- Entrada pesada de outros países nesse ramo
		- Algodão
			- O fim da guerra pela independência dos EUA propiciou aumento da 				produção de algodão em algumas regiões como a Flórida, despencando o 				preço internacional, e diminuindo a receita brasileira com a exportação
	- Pagamento a Portugal pela independência que foi financiado pela Inglaterra
- No plano interno, agrava-se o deficit público, devido gastos militares com conflitos regionais e disputas territoriais
- Guerra das Cisplatinas
	- A banda Oriental (Uruguai) disputada por brasileiros e castelhanos é incorporada ao 	império em 1821, como província Cisplatina
	- Em 1825 líderes separatistas locais, proclamam a independência da região 
	- Em outubro de 1825 a Argentina reivindica a posse da terra e o Brasil declara guerra contra 	a Argentina, com Brasil derrotado
	- A diplomacia inglesa intervém e os 2 países desistem da região 
	- Em 1828 é criado na região o Uruguai através de um tratado de paz independente
- Nesse cenário o único bem que o Brasil possuía em abundância era a terra; e dessa forma era preciso encontrar um produto exportável que aproveitasse essa oferta
- Cafeicultura
	- O café era produzido até então para a subsistência
	- Fatores que estimularam a entrada do Brasil no mercado internacional do Café
		- Crescimento dos mercados europeus e norte-americano, em função do avanço da 		indústria e urbanização
		- Colapso da produção haitiana que estava em processo de 	independência da França, 		o preço internacional do café
		- Baixa capitalização necessária para o processo produtivo; maquinário mais barato 		que o utilizado para produção açucareira
		- Grande extensão de terra disponível
		- Técnicas do processo de produção era rudimentares e de fácil acesso 
	- O início da produção para exportação ocorreu no Vale da Paraíba, devido as condições 	climáticas favoráveis e a oferta de capitais e mão de obra ociosos da área de mineração 
	- Em função da ausência de meio de transporte para escoar o café para o porto do Rio de 	Janeiro, o café era transportado por mulas 
	- O sistema de ocupação permanecia o de seismarias em que as terras eram distribuídas de 	acordo com o número de escravos possuídos pelo fazendeiro
	- Com o aumento da importância da produção de café, grandes fazendeiros expulsavam os 	pequenos fazendeiros de suas posses
	- O café era cultivado em latifúndios monocultores, de base escravista, com uso de técnicas 	precárias para plantação 
		- A preparação da terra era a derrubada e queimada de áreas de Mata Atlântica sem 		qualquer cuidado adicional com o solo
		- A oferta de escravos era abundante, ociosos da mineração, porém o tráfico negreiro 		era cada vez mais combatido
	- A terra se desgastava rapidamente e assim nova área de plantação era exigida
	- Em 1850 a lei Eusébio de Queiroz determinava o fim do tráfico de escravos, reduzindo 	drasticamente a oferta de escravos
	- O crédito e comercialização do café eram realizados pela figura do comissário que 	intermediavam as transações entre fazendeiros, exportadores e importadores 
	- Existiam também as casas comissionárias
		- Pontos de vendas do café, onde os comissários compravam o café dos fazendeiros e 		revendiam para os compradores na cidade ou exterior
	- O crédito fornecido pelos bancos também era intermediado pelos comissários que tinham 	mais contatos direto com os banqueiros
	- Com a necessidade de um melhor transporte para o café e com sobra de recursos 	financeiros com o tráfico de escravos, pós lei Eusébio de Queiroz; foi construída a estrada 	de Ferro D Pedro II
- Seimarias
	- Grandes extensões pertencentes a Coroa portuguesa que eram doadas pelo monarca, 	ficando os beneficiados obrigados a cultivá-las por 3 anos, sob pena de revogação da 	doação, e de pagar a sesma ou um sexto do que nela viessem a produzir para a coroa
- Declínio da produção do café
	- A decadência da cultura de café no Vale da paraíba é explicada pela falta de preocupação 	com o solo e a diminuição da oferta de mão de obra escrava com a lei Eusébio de Queiroz
- A decadência da cafeicultura gerou inadimplência dos produtores junto aos comissionários, levando-os também a decadência, e por consequência atingiu os bancos que emprestavam aos comissionários; dificultando a oferta de crédito que dificultava ainda mais a continuidade do negócio
- AULA 5
- A segunda metade do século XIX marcou definitivamente o café como principal produtode exportação, porém devido a falta de preocupação com o solo no vale do Paraíba causou rápida destruição do solo
- Além disso faltava mão de obra suficiente para a produção na região 
- A utilização de mão de obra imigrante foi a solução adotada por fazendeiros do oeste Paulista, de forma que a lavoura paulista de café inaugurou a inserção do imigrante na monocultura de exportação, permitindo a continuidade e crescimento da cafeicultura no Brasil
- Abolição da escravatura
	- A tendência ao fim da escravidão foi iniciada timidamente por volta de 1810 foi 	oficializada em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel (lei Áurea) 
		- 1810 – D. João promete a Inglaterra acabar com o comércio de escravos
		- 1850 – Extinção do tráfico de escravos pela Lei Eusébio de Queiroz
		- 1871 – Alforria a todos os filhos de escravos nascidos a partir daí pela Lei do 			Ventre livre
		- 1885 – Libertação dos escravos com mais de 60 anos pela lei dos Sexagenários
	- Aumentou uso de mão de obra imigrante
	- Os negros libertos, não tinha instrução educacional ou especialização de forma que 	permaneceram à margem da sociedade, sem oportunidades 
	- Não existia estrutura que garantisse à ascensão social ou cidadania aos negros
- Café no Oeste Paulista
	- O crescimento da cafeicultura no Oeste paulista se deve 
		- Ao solo de melhor qualidade
		- Possibilidade de utilização de técnicas mais modernas
		- Beneficiamento do café
			- Processo em que o café é colhido, seco, armazenado e embalado para 				negociação	
		- Ao início de uma época em que as restrições ao uso de mão de obra escrava estava 		cada vez mais evidente, permitindo uma percepção mais clara do problema e da 			necessidade de uma alternativa
			- Grande imigração italiana para as lavouras de café 
		- Crescimento concomitante de investimentos britânicos na América Latina, com 		construções de ferrovias, diminuindo o custo do transporte para exportação
		- Aumento populacional dos EUA, devido a grande imigração para este país
			- Os americanos passaram a importar grande quantidades de café do Brasil
		- Garantia, do próprio empreendimento cafeeiro, de condições básicas para o 			surgimento de uma nova classe pautada nas relações produtivas capitalistas	
	- Sistema de parceria (Oeste velho Paulista)
		- Iniciada em 1845 por Nicolau Vergueiro
		- Consistia na contratação de agentes para divulgar e contratar na Europa 				trabalhadores dispostos ao serviço na lavoura que recebiam em troca do serviço 			prestado lotes de pés de café adulto 
			- Metade do valor da colheita pós dedução de custos, impostos e comissões 			seria do imigrante
		- o Imigrante também deveria explorar lotes de subsistência e se houvesse sobra seria 		repartida com o proprietário
		- O processo de comercialização e contabilidade era responsabilidade do proprietário
		- Porém na prática não acontecia o que era oferecido pelos agentes
			- Péssimas condições de traslado
				- Muitos morreram no caminho
			- Obrigação de pagar integralmente pelo traslado 
			- Pagamento de juros de 6% ao ano pelo adiantamento oferecido para a 				manutenção do trabalhador no primeiro ano
			- Não havia terras para que eles cultivassem o próprio café 
			- Obrigação contratual de permanência por no mínimo 4 anos na fazenda
			- Família do imigrante ficava responsável legal por cada um de seus 				membros, arcando com a dívida em caso de morte
			- Tinha longa e contínua jornada de trabalho
			- Eram tratados como escravos
		- Na prática o sistema já começou dando errado e com grande insatisfação tanto para 		os colonos quanto para os fazendeiros
			- Os colonos estavam insatisfeitos com as situações citadas a cima que não 			eram as prometidas na Europa
			- Os fazendeiros acostumados com o trabalho escravo, não aceitavam o 				aparecimento de questões trabalhistas, que geravam abandonos e greves por 			imigrantes mais esclarecidos; e além disso houve início da queda de receita 			da exportação devido ao substancial aumento da produção (Lei da oferta e da 			procura) 
	- Sistema de Colonato (Oeste novo Paulista) 
		- Os conflitos internos do sistema de parceira persistia
		- A imagem do Brasil como um possível espaço para realização de homens pobres 		europeus estava sendo desfeita, pois a divulgação dos maus-tratos estava chegando a 		Europa
		- A empresa cafeeira ascendente começava a dar mais corpo político aos fazendeiros, 		barões do café, cuja participação nas decisões era cada vez mais decisivas 
		- O problema da escassez de mão de obra em um ambiente hostil para imigração 			exigia novas formas de atração estrangeira
		- Características
			- Pagamento direto ao colono, pelo menos em parte do total que era devido 			pelo seu trabalho
				- Sistema misto de remuneração
					- O imigrante recebia uma parte do pagamento sobre a 						participação na venda do café e outra parte em salário fixo 						anual
			- O fazendeiro era obrigado a arcar com o custo do traslado e do primeiro ano 			de trabalho
				- O governo de São Paulo custeou o traslado para o Brasil e a 					instalação dos estrangeiros
			- O governo paulista participava diretamente na contratação de imigrantes, 			através da Sociedade Promotora de Imigração 
			- Concessão de uma fatia de terra ao colono para plantação de subsistência
- AULA 6
- República velha 1889 (proclamação da república) – 1930 (Revolução de 1930)
	- Dividida em 
		- República da espada (1889 – 1894)
			- Poder nas mãos dos militares
		- República do café com leite (1894 – 1930)
			- Poder político concentrado nas oligarquias paulista e mineira
	- Igreja legalmente separada do Estado
	- Manutenção do Brasil como o país do café e do latifúndio
	- Povo passou a escolher seus governantes, porém com certas restrições
		- Os coronéis (donos dos latifúndios), impunham poder sobre seus empregados, 			submetendo-os ao voto de cabresto
	- O início da república teve condições altamente favoráveis a acumulação de capital na 		cafeicultura
		- Governo brasileiro criou uma série de estímulos para vinda de imigrantes para 			trabalhar na cafeicultura
			- Com muita oferta de mão de obra os salários eram baixos, e aumentava a 			produção 
		- Estagnação econômica da Argentina, concorrente no abrigo de imigrantes
		- Violento processo de unificação na Itália e Alemanha
			- Muitos queriam sair de lá
	- O preço do café aumentava devido crescimento de demanda norte-americana e quebra da 	safra brasileira em 1887/88 e 1889/90 reduzindo a oferta
	- A partir de 1891, o aumento da produção continuava, porém a procura não acompanhava 	tal crescimento; gerando queda do preço do café 
		- O mercado norte-americano que chegou a representar 60 % do consumo do café 		brasileiro estava em crise
		- Devido a queda dos preços, o balanço de pagamentos sofreu um impacto 			importante provocando mudanças na condução política econômica do Brasil 
		- Esse movimento gerou um ciclo de desvalorização da taxa de câmbio
	- A desvalorização cambial ocorria devido
		- Redução da entrada de moeda estrangeira no país, devido a queda do preço 			internacional do café 
		- Pressão política dos cafeicultores, visando preservar seus ganhos em moeda 			nacional
	- O uso de imigrantes em substituição ao trabalho escravo estava concretizado somente nas 	lavouras de café; nas demais atividades era preciso recursos para sua recuperação
	- Rui Barbosa, então ministro da fazenda implementou uma política de emissão monetária, o 	encilhamento
		- Política financeira de estímulo à indústria baseada no incremento do meio 			circulante com a criação de bancos emissores
		- Esta política desordenou a economia brasileira, tendo efeito direto sobre a taxa de 		câmbio e contribuiu para uma desvalorização cambial mais forte
	- O café experimentou uma crise de superprodução, despencando seu preço internacional 
	- Para que essa queda não atingisse os cafeicultores o governo brasileiro adotou uma política 	de desvalorização cambial 
		- Diminuir o valor da moeda nacional em relação a libra com objetivo de manter 			elevada a rendados cafeicultores em moeda nacional
		- Essa desvalorização aumentava o preço do café nacionalmente embora 				internacionalmente estivessem em queda	
	- A desvalorização cambial elevava o preço dos produtos importadas, base da cesta de 	consumo brasileira
	- A subsistência tornava-se mais cara em moeda nacional, forçando aumento dos salários, 	base dos custos da produção cafeeira
	- Essa desvalorização afetava também as finanças públicas
		- Havia redução nas importações 
		- O governo tinha na arrecadação de impostos sobre produtos importados sua maior 		fonte
		- A maior fonte de financiamento público era o endividamento externo, que era pago 		em moeda estrangeira 
	- Fim da tarifa ouro
		- Imposto cobrado pelo governo em ouro
	- No Governo do Presidente Campos Sales houve renegociação (novo empréstimo) da dívida 	externa e definição de uma trajetória de saneamento monetário capaz de inverter o 	movimento de taxa cambial
		- Houve pesada diminuição da atividade econômica
		- Houve forte retração da oferta de moeda, crédito e da deflação 
		- Houve valorização e controle cambial
	- O governo empreendeu esforços buscando redução do deficit e retirada de circulação 	moeda equivalente à dívida a ser paga que deveria ser depositada em bancos estrangeiros, 	como garantia
		- Isso tirou muito papel-moeda de circulação 
	- A estabilidade monetária e constante pressão para valorização cambial deixavam 		insatisfeitos os cafeicultores, que via suas receitas recorrentemente reduzidas ou ameaçadas
	- Nesse cenário havia expectativa na virada de 1905 para 1906 de ter uma nova crise 	cafeeira; pois havia uma valorização do câmbio na faixa de 25% e uma perspectiva de 	grande produção na próxima safra que seria maior do que a demanda
	- Os 3 maiores cafeicultores conseguiram então firmar um acordo, o Convênio de Taubaté, 	com os governos de Rio de Janeiro e São Paulo que estabeleceu
		- Compra do excedente pelos governos envolvidos viabilizada por financiamento de 		15 milhões de libras esterlinas
		- O gasto com a compra do excedente seria coberto por um imposto em ouro aplicado 		a cada saca exportada do café 
		- Seria criado um fundo para estabilizar a taxa de câmbio
		- Seriam adotadas medidas para desencorajar a expansão das lavouras a longo prazo 
	- Apesar do sucesso alcançado com esse convênio, a prática gerou concentração na 	atividade cafeeira 
	- Os maiores lucros foram direcionados para os operadores do mercado financeiro, que 	compravam o produto em baixa e vendiam na alta (banqueiros internacionais e casas 	comissionárias)
	- A manutenção de altos preços e da receita de exportação inviabilizava qualquer tentativa de 	desestimular o crescimento das lavouras
	
- AULA 7
- O Brasil faz parte do grupo das 15 maiores economias mundiais e é um dos campeões de desigualdade econômica
- Produto interno Bruto
	- Valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro de um país
- Desequilíbrios regionais
	- O equilíbrio econômico entre as regiões distingue os países mais desenvolvidos dos menos 	desenvolvidos
	- A maneira como a população está distribuída no território também é um indicador de 		desequilíbrios regionais
	- Censo
		- Ferramenta de pesquisa para acompanhar a evolução de uma sociedade realizada 		em média a cada dez anos
	- A distribuição do PIB por regiões também mostra os possíveis desequilíbrios regionais 
	- No Brasil até meados do século XIX, as regiões eram caracterizadas como ilhas regionais, 	sem relações econômicas entre si
	- De 1850 a 1930, a expansão cafeeira e a industrialização romperam o isolamento regional, 	com surgimento de uma economia centrada na região de São Paulo, tornando as demais 		regiões dependentes do dinamismo paulista
- IDH
	- Índice criado pela ONU composto por 3 indicadores
		- Renda per capita
		- Número de anos de escolaridade
		- Taxa de expectativa de vida
- Nordeste
	- O nordeste ficou estagnado por séculos sendo uma área de emigração
	- Porém foi a região onde se desenvolveu a primeira atividade econômica importante do 	país: agro exportação canavieira, além da cultura de algodão e pecuária 
	- Nenhuma das atividades acima foi suficiente para superação da crise
	- Produção canavieira
		- Atividade iniciada pelos colonos portugueses para geração de lucros mercantis, 			transferidos em sua maior parte para metrópole
		- Atividade era monocultura latifundiária e com utilização de trabalho escravo
		- O engenho de cana-de-açúcar apresentava alto grau de subsistência, o que 			implicava baixa circulação interna de dinheiro, tornando a economia local pouco 		afetada pelas oscilações na renda das exportações da cana 
		- As necessidades de abastecimento interno no âmbito da economia canavieira 			referiam-se apenas a fontes de energia: madeira para lenha e animais como meio de 		transporte; que devido a ocupação extensiva das terras a disponibilidade desses 			recursos diminuía levando os grandes proprietários a comprá-los de pequenos 			produtores locais
		- Em meados do século XVII, a renda das exportações caiu devido declínio dos 			preços internacionais do açúcar, e a agro exportação mergulhou numa crise que 			impediu seu processo de desenvolvimento
	- Pecuária
		- Em função das relações mercantis, desenvolveu-se uma atividade pecuária, que foi 		a projeção da economia canavieira
		- A pecuária foi mais importante como atividade de ocupação do território, pela qual 		foi possível ocupar o interior do país, do que por sua contribuição à economia 			colonial
		- Nas crises da cana-de-açúcar a pecuária abrigava trabalhadores que se tornaram 		desnecessários para a economia canavieira
		- Uma vantagem da pecuária era o baixo custo operacional e de investimento inicial 
	- Algodão
		- Foi considerada uma alternativa a crise canavieira devido a identificação da 			revolução industrial com a indústria têxtil
		- Conheceu o desenvolvimento nos momentos de crise, como a guerra civil norte-		americana
			- Terminado o conflito a exportações caíram 
		- Proporcionou o aparecimento de indústrias têxteis no início do século XX, com 		atividades abortadas com a crise de 1929
		- Pós crise, a cotonicultura paulista, mais moderna, acabou limitando o crescimento 		da nordestina 
- Região mineira
	- No século XVIII a descoberta de ouro na região gerou um grande movimento migratório 	para o interior, inclusive de portugueses
	- A mineração não dependia da propriedade das terras e por isso atraiu todo o tipo de 	trabalhador, inclusive ex-escravos que compraram sua liberdade
	- A atividade mineira era toda voltada para produção mercantil
	- Na área de garimpo inexistia agricultura e o abastecimento da região era feito por regiões 	distantes por dentre outros produtores primários do sul e criadores do nordeste 
	- A população se concentrava em cidades, necessitando de abastecimento alimentar o que 	impulsionou a economia do interior da Colônia 
	- O isolamento geográfico, junto com o curto período de atividade mineira, o “Ciclo do 	Ouro”, fez com que atividades manufatureiras voltadas para o mercado interno não se 		mostrassem sustentáveis
- Sul
	- A ocupação do Rio Grande do Sul foi movida pelo imigrante europeu (colonização de 	povoamento) que estabeleceu-se na região como pequeno proprietário
	- Teve como principal atividade a pecuária, abastecendo a região mineira no “Ciclo do 	Ouro” e a produção agrícola voltada para o mercado interno
		- Ao sul do território predominava a pecuária baseada no latifúndio e empregando 
		pequeno número de trabalhadores
			- Devido a baixa geração de emprego o mercado consumidor não se 				desenvolveu
		- Ao norte do território predominava a agricultura baseada no trabalho extensivo que 		a imigração europeia propiciou
			- Devido a alta geração de emprego o mercado consumido se desenvolveu	- Surgiram cidades que geravam mercado para a agricultura mercantil, cuja a renda 	estimulava as atividades manufatureiras urbanas; gerando um ciclo e dinamismo na 	economia local, articulando agricultura, pecuária e indústria 	
	- O mercadoindustrial era pequeno e cobria apenas a região do extremo sul
	- No século XX quando a indústria paulista começou a competir, a economia estadual 	diminuiu sua participação no PIB do País
	- A economia do extremo sul se desenvolveu com base no mercado interno 
- Amazônia
	- Nesta região, diferente das demais, apesar da riqueza gerada pela atividade local, no caso 	exportação de látex, o ciclo da borracha não proporcionou o surgimento de outras atividades 	que poderiam superar a crise na produção; de forma que a economia regional regrediu pós 	crise	
	- De 1870 a 1920 as exportações de látex chegaram a atingir 75% do valor das exportações 	do café
	- A atividade de extração da borracha, era explorada em regime de extrativismo, somente 	encontrada na Amazônia 
		- Extrativismo não favorece a fixação e consequentemente o surgimento de cidades
	- Mesmo desfrutando de um monopólio, a economia da borracha não propiciou o 	desenvolvimento regional em bases sustentáveis 
	- A atividade atraiu grande fluxo migratório, maioria proveniente do nordeste, onde a 	estagnação econômica e secas periódicas expulsavam os trabalhadores 
	- Era uma atividade nômade, que pouco fixava o trabalhador à terra
	- O trabalhador era contratado sob a forma de aviamento
		- Recebia em espécie com pequena parcela paga em dinheiro e adentrava o 			território em busca de novas seringueiras
	- Era uma economia com pouca circulação de dinheiro, não favorecendo o surgimento das 	cidades
	- O transporte da borracha era feito por rios e canais fluviais abundantes na região e por isso 	não houve investimento em malhas ferroviárias
	- A atividade extrativista, o aviamento e inexistência de investimentos no transporte; não 	permitiu a superação da crise do ciclo da borracha com desenvolvimento de outra atividade 	de maior dinamismo
	- Nas primeiras décadas do século XX outros países entraram no mercado da borracha e a 	crise foi instalada
- São Paulo
	- Foi a única região em que uma atividade agroexportadora teve sua crise superada por uma 	atividade mais dinâmica: a indústria; que transformou a região na locomotiva do PIB e mais 	tarde na maior metrópole sul-americana
	- A partir de 1840 a economia cafeeira passou a sustentar a economia brasileira gerando 	grande dinamismo
	- Iniciada no Rio de Janeiro, a cultura cafeeira foi explorada de maneira extensiva em 	monocultura em grandes extensões de terra com utilização de mão de obra escrava
	- Devido essas características de uso do solo, os terrenos do Rio de Janeiro se esgotaram	rapidamente, levando os fazendeiros a buscar terrenos mais férteis como os do oeste paulista 	que possuíam terra roxa
		- Terra roxa
			- Terra altamente fértil resultante da decomposição de rachas basálticas, 				contendo areia, argila, calcário e húmus em quantidades equilibradas
			- Não é muito seco, nem úmido demais, permitindo boa circulação de ar
			- Encontrada entre o planalto meridional e planalto atlântico 
	- Provocou deslocamento do eixo econômico do Rio de Janeiro e vale do Paraíba 		para o oeste Paulista, que passou a desenvolver papel central na economia brasileira	
	- Além da terra roxa, o clima, utilização de técnicas modernas e mão de obra assalariada, 	favoreceram a cafeicultura desta região 
	- A produção era escoada pelo porto de Santos e com isso foi feito investimento para o 	transporte mais moderno: o trem
	- Tornou o maior produtor de café a partir de 1880 isso devido a principalmente 4 fatores: 	técnicas de produção que sustentavam a fertilidade do solo por mais tempo; disponibilidade 	de terra, implantação de malha ferroviária e uso de mão de obra livre
		- O café paulista era mais barato e de qualidade igual ou superior ao fluminense 
	- A malha ferroviária permitiu o aproveitamento de terras mais distantes do litoral, além de 	apoiar também a atividade industrial que ia se instalando e sucedendo a cultura do café 
	- A utilização de mão de obra livre ao invés da escrava impactava a formação de mercado 	consumidor, necessário para estimular o surgimento das indústri­as
		- A elevação do preço dos escravos com a proibição do tráfico negreiro em 1850 			estimulou a emigração de trabalhadores europeus, interessados em se tornar pequeno 		proprietários
		- A necessidade de poupar fez do emigrante um trabalhador mais produtivo que o 		escravo
		- O emigrante era consumidor e o escravo não 
	- Houve então estímulos para surgimento de muitas cidades
		- Ao deslocar-se o plantio de novos cafezais, a terra era reconvertida para outros usos 		agrícolas, intensificando uma agricultura mercantil iniciada pelos trabalhadores em 		regime de colonato
		- Ao receber permissão para cultivar alimentos paralelamente ao café, os 				trabalhadores produziram uma agricultura mercantil que permitiu o abastecimento 		das cidades
	- Quando a economia cafeeira passou por crise de superprodução, 1894, estabeleceu-se uma 	política de sustentação da renda dos cafeicultores
		- Inicialmente pela desvalorização cambial, que mantinha a receita das exportações e 		encarecia as importações
		- Em 1906 pela compra de excedentes de produção 
	- A manutenção do nível de emprego e encarecimento das importações levaram a migração 	dos lucros da agricultura cafeeira para financiar as indústrias
		- Em momentos prósperos as indústrias se beneficiavam da renda gerada pelas 			exportações do café, com aumento de demanda por alimentos, máquinas, sacarias, 		transporte etc
		- Em momentos de crise a atividade industrial aparecia como refúgio para aplicação 		do capital 
	- A superação da crise cafeeira pela indústria transformou a economia paulista e do país
	- As indústrias de demais economias regionais tornaram-se zonas de complementação da 	indústria paulista, especializando a fornecer insumos a serem processados por elas
	
- AULA 8
- A revolução de 30 representou um maco político que separa 2 modelos de desenvolvimento econômico
	- Antes de 1930
		- Modelo de desenvolvimento primário-exportador
	- Depois de 1930
		- Modelo de desenvolvimento de industrialização substitutiva de importações
			- Processo caracterizado pela intervenção do Estado na economia visando 			diminuir a vulnerabilidade externa por meio de industrialização interna 				disponibilizando recursos para indústria nacional
			- Tinha como objetivo conquistar a autossuficiência na produção de matérias 			primas e produtos necessários ao país que tinham preços elevados no mercado 			externo
- Marcou o início do processo de transformação da sociedade brasileira rural em sociedade urbana e deslocou o eixo da economia brasileira da agro exportação para indústria
- Antecedentes da revolução de 30
	- Durante a república velha os interesses econômicos da cafeicultura foram dominantes e 	prevaleceram junto ao poder público; o que não impediu o surgimento de grupos sociais 	como classe média, militares e industriais
	- Os interesses dos cafeicultores em geral coincidiam com os dos representantes da classe 	urbano industrial
		- A desvalorização cambial e compra de excedentes de café sustentavam a 			cafeicultura; e favorecia a indústria criando uma reserva de mercado para a 			produção manufatureira local e propiciando a expansão do mercado consumidor de 		bens industrializados, com a sustentação da renda agrícola 
	- A revolução de 30 tinha base nos descontentamentos surgidos a partir da urbanização e de 	novos interesse econômicos que convergiram para a formação da aliança liberal em 1929
		- Movimento que viabilizou a ruptura institucional, potencializada pela crise social 		que se segui à depressão de 1929
		- A aliança foi uma consequência de disputas regionais pela conquista do poder 			central, e surgiu de um acordo entre que não se identificavam com os interesses da 		cafeicultura
		- Reivindicavam mudanças políticas
			- Representação mediante voto popular e secreto
			- Reforma administrativa e do ensino
			- Independência do judiciário
	- A revolução depôs o presidente Washington Luís em 1930, com o fim da república velha, e 	instauração da era Vargas- A depressão de 1929 resultou em
		- Diminuição dos fluxos de comércio internacional, derivada das políticas 			protecionistas
		- Redução dos preços internacionais dos produtos comercializados
		- Paralisação dos fluxos financeiros internacionais utilizados no financiamento da 		compra de estoques excedentes de café 
	- A impossibilidade de sustentar a defesa da cafeicultura mostrou a necessidade de mudança 	do papel do Estado e do apoio dado a cafeicultura
		- Todas as classes sociais associada à cafeicultura tomaram consciência das 			limitações econômico -financeiras inerentes a uma economia voltada para o mercado 		externo 
	- Enquanto a política econômica privilegiava a cafeicultura, a industrialização avançava no 	país mediante a substituição das importações de bens de consumo e respondia a choques 	externos, resultantes de baixas nos preços das exportações
	- As perspectivas transitórias de investimento industrial não geravam a formação de um 	grupo social estável, com coesão interna e que pudesse ser um contraponto aos interesses da 	cafeicultura; e dessa forma surgiam conflitos regionais pelo poder central
	- A revolução foi liderada por Getúlio Vargas e delimita a passagem de um modelo de 	desenvolvimento voltado para o mercado externo para um modelo voltado para o mercado 	interno
	- Vargas foi presidente do Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954 
- Pós 1930
	- Com a revolução de 30 houve fortalecimento do poder central diante dos governos 	estaduais que foi se ampliando progressivamente desde o início até seu auge em 1937 com a 	outorga de uma nova constituição autoritária, o Estado Novo
	- Governo Vargas e suas 2 fases 
		- 1930 a 1937 
			- Governo provisório de 1930 a 1934 e 1934 a 1937 que embora em vigor a 			nova constituição o país viveu um período de exceção
		- 1937 a 1945 
			- Governo autoritário com a nova constituição que instituiu o Estado Novo
	- A população começou a migrar do Nordeste para o Sudeste, principalmente São Paulo onde 	houve o maior crescimento do período devido a expansão da atividade industrial e recuo da 	agropecuária 
	- Com o crescimento das cidades havia surgido também uma nova classe, o operariado que 	tinha fundado em 1922 o PCB que lutou por maior participação nas decisões de governo no 	Brasil
	- O estado que nasce em 1930 deixa de representar diretamente os interesses de qualquer 	setor da sociedade; a burguesia do café está em crise e deslocada do poder, as classes médias 	não tem condições de assumir seu controle, os tenentes fracassaram como movimento 	político autônomo e os industriais não se encontram em condições de ajustar o poder a seus 	interesses	
	- Vargas criou o Ministério do trabalho, da indústria e do comércio; declarou a moratória da 	dívida externa; introduziu a política de queima dos estoques excedentes de café e criou 	agências reguladoras para os principais produtos agrícolas: O instituto brasileiro do Café 	(BIC) e do açúcar e do Álcool (IAA) 
	- Governo de 1930 a 1937
		- O governo provisório foi marcado pela acomodação de novos interesses 			econômicos 
		- Politicamente foi marcado pela disputa entre o tenentismo e quadros políticos 			tradicionais
			-Tenentismo				
				- Movimento político desencadeado em 1920, formado por jovens 				oficiais em sua maioria tenentes, em oposição ao governo e à alta 					oficialidade, que defendia os interesses oligárquicos
				- Reivindicavam 
					- Centralização do poder
					- Uniformização da legislação e sistema tributário
					- Implantação do voto secreto 
		- A crise econômica foi enfrentada através da declaração de moratória da dívida 			externa e política de queima de parte da produção cafeeira levando a reação do 			Estado de São Paulo concretizada com a revolução constitucionalista
			- Revolução contra o governo provisório de Vargas e em defesa de um marco 			legal para o país organizada por latifundiários e empresários paulistas
			- Pediam uma nova constituição 
		- Adoção de uma legislação trabalhista e previdenciária beneficiando a crescente 			classe trabalhadora urbana que incluíam por exemplo
			- Jornada de trabalho de 8 horas
			- Férias remuneradas
			- Estabilidade no emprego
			- Indenização por dispensa sem justa causa
			- Convenção coletiva de trabalho
			- Regulamentação do trabalho de mulheres e menores
			- Institutos de aposentadoria e pensões
		- O governo pretendia com isso um ajuste nas relações patrões empregados, na área 		do trabalho, que anulasse, no campo sindical, a velha influência anarquista e a 			nascente comunista, transformando os sindicatos em organismos oficializados
	- Governo de 1937 a 1945
		- Vargas deu um golpe de Estado, com apoio de importantes lideranças políticas e 		militares, para manter-se na presidência e iniciar um governo autoritário
		- O chamado Estado Novo tem esse nome por designar uma nova relação entre 			Estado e sociedade em que o governo assumiu maior participação na economia e 		institucionalizou o autoritarismo do governo central
		- O governo queria agir sem os limites da lei, visando reformas administrativas, 			políticas e econômicas
		- Houve em 1935 a intentona comunista que foi uma tentativa de tomada do poder 		pelo PCB sendo logo dominada pelo governo
		- A ausência de uma ordem econômica internacional contribuiu para grande 			autonomia do estado
		- Em função da grande depressão de 1929 fracassou uma tentativa de retorno à velha 		ordem internacional em vigor antes da primeira guerra e impediu também que a 			economia norte-americana pudesse assumir a condição de centro hegemônico em 		substituição a Inglaterra
		- Dessa forma Vargas pôde agir com mais liberdade e menos limitações 				internacionais 
		- A constituição de 1937 deu ao presidente plenos poderes legislativos e executivos 		permitindo-lhe consolidar o poder central
		- A reforma administrativa institucionalizou as mudanças no papel do Estado
			- Criação do departamento administrativo de serviço público (DASP) 
				- Centralizou a reforma administrativa no setor do funcionalismo 					segundo critérios burocráticos de recrutamento, de execução e 					promoção
 				- Tinha poderes para elaborar o orçamento dos órgãos públicos e o 				controle contábil da execução orçamentária 
			- Contribuiu para proporcionar condições ao poder público de superar 				seu perfil patrimonialista e tronar-se um aparelho impessoal de administração 			pública
		- Houve impacto sobre a estrutura federativa do país, em direção a centralização do 		poder público
		- Houve avanço da legislação trabalhista e previdenciária que iniciou-se no governo 		provisório mas seu cumprimento só veio a ocorrer em 1937 com a criação da justiça 		do trabalho
		- Ao mesmo tempo que se criavam ou ampliavam os direitos trabalhistas o Estado 		novo restringia a organização dos trabalhadores
			- O Estado Novo liquidou de vez a autonomia sindical em 1939, proibindo a 			existência de associações não integradas ao sistema oficial, cujas as normas 			consistiam no reconhecimento de apenas um sindicato por profissão, que 				poderia ser distrital, estadual e interestadual; e só excepcionalmente e com 			autorização do Ministério do Trabalho se admitiriam associações nacionais 
		- Uma das primeiras medidas do Estado Novo foi a extinção de taxas interestaduais 		de exportações contribuindo para o desenvolvimento do mercado interno 
		- Houve a elaboração de um plano quinquenal, cumprido em partes, mas que previa a 		atuação direta do Estado através da criação de empresas estatais, criando bases para a 		geração de uma burocracia, civil e militar, bem remunerada e prestigiada
		- O apoio financeiro à ação empresarial do Estado brasileiro teve origem numa 			disputa entre alemães e norte-americanos pelo apoio do Brasil
			- Os EUA ampliaram seu apoio ao Brasil em 3 de março em troca do uso do 			Nordeste como base de defesa aérea e naval
			- O Brasil receberia a Itabira Iron Company e a estrada de ferro que ligava 			Minas à Vitória
			- Formou-se a companhia Vale do Rio Doce com Inglaterrae EUA 				comprometendo-se a adquirir 750 mil toneladas de ferro 
		- Em 1941 foi fundada a Companhia Siderúrgica Nacional
			- Foi um marco da industrialização brasileira, sendo um adiantamento a uma 			futura e crescente demanda de aço, insumo fundamental para prosseguir com 			industrialização
			- A instalação da grande siderurgia era vista como um passo para superação 			da condição de subdesenvolvimento da economia brasileira 
		- Nessa época o poder de Estado e sua consolidação no Brasil não significava a 			hegemonia política direta de nenhuma classe em particular; o Estado era um 			instrumento de realização de interesses diferenciados, e sobretudo proporcionava 		condições de avanço industrial
		- O avanço da industrialização brasileira pela intervenção estatal direta ou indireta, 		transformou o país, tornando impossível um retorno ao Estado de antes da revolução 		de 30
		
- AULA 9
- O berço da industrialização brasileira foi a formação de manufaturas criadas para atender a demanda gerada pelo mercado interno vinculado ao cultivo do café
- Teoria dos choques adversos
	- Primeira teoria que se propôs a explicar o início da industrialização brasileira	
	- Baseada no fato do Brasil depender diretamente do setor externo para crescer e acumular 	capital, sendo um país agroexportador	
	- Em sua versão extremista, a Teoria diz que qualquer crise externa levaria a um 		desequilíbrio externo, gerando um mercado interno propício para o desenvolvimento da 	indústria doméstica
		- O aumento nos preços das importações permitira que essa indústria interna 			aproveitasse a demanda antes satisfeita pelos produtos importados
		- Por um lado acontece queda na receita devido a queda das exportações, por outro 		importa fica mais caro devido aumento nos preços e desvalorização cambial
		- Busca explicar o desenvolvimento industrial como uma resposta positiva da 			indústria de transformação, aquela que transforma matéria-prima em bens de 			consumo prontos para serem adquiridos, aos choques externos
		- Porém numa crise externa há aumento do preço das importações que aumentam da 		mesma forma os bens de capital (máquinas, instalações), desestimulando o 			investimento (ponto falho da teoria)
	- Em sua versão mais contextualizada, diz que o crescimento industrial foi inicialmente 		induzido pela expansão da renda interna, decorrente do avanço nas exportações de café, 	principal atividade econômica no Brasil 
		- O incremento da produção industrial verificado em momentos de crise externa seria 		resultado do uso mais intensivo da capacidade produtiva anteriormente instalada 
		- Com a Grande depressão e a crise do café, a importância das exportações na 			determinação do mercado interno diminuiu
		- Os investimentos na atividade industrial passaram a ser mais relevantes para 			explicar a evolução da demanda interna
	OBS: Embora as indústrias estivessem ganhando espaço, as exportações de café e de outros 	produtos primários continuaram a ser fundamentais para garantir a capacidade de importar 	bens de capital, essenciais para o investimento e o consequente crescimento da indústria de 	transformação
- Teoria da industrialização liderada pela expansão das exportações
	- Observa-se estreita relação entre a expansão das exportações de café e a formação da 		indústria brasileira
	- A indústria se desenvolvia nos períodos de bom desempenho da cafeicultura e reduzia sua 	capacidade de expansão em momentos de crise da mesma
	- Estímulos ao desenvolvimento industrial oriundo do setor exportador
		- Incremento da circulação de moeda na economia e crescimento da renda interna
		- Desenvolvimento de estradas de ferro e infraestrutura para distribuição de produtos 		manufaturados
		- Expansão da oferta de mão de obra principalmente devido a imigração 
	- Divergências
		- Para Warren Dean a Grande crise praticamente as indústrias paulistas; 				permanecendo a existência da relação direta entre as exportações e o 				desenvolvimento industrial
		- Para Robert Nicol a Grande crise interrompe a relação linear entre o crescimento 		das exportações e da indústria, quando para ele a indústria passa a crescer mesmo em 		um momento de queda no desempenho das exportações
- Teoria da ótica do capitalismo tardio
	- Segundo a teoria o setor cafeeiro foi o responsável pela criação das condições favoráveis 	ao surgimento do capital industrial: acumulação prévia de capital, emergência do mercado 	de trabalho livre e aumento da capacidade de importação do Brasil
	- Com a crise cafeeira e a Grande depressão, o acúmulo de capital industrial passou a ser 	mais dependente do crescimento da renda do setor industrial urbano
	- A industrialização era restringida, pois a exportação concentrava-se em produtos primários, 	que são mais baratos e com envolvimento de menos tecnologia; e por isso havia pouca 	diversificação para setores produtores de bens de capital e insumos básicos
- Industrialização como resultado de políticas governamentais
	- Teoria que atribui a industrialização como resultado de políticas governamentais, como 	proteção tarifária, concessão de incentivos e subsídios, e controle cambial
	- Em momentos de desvalorização cambial a produção doméstica é estimulada pelo 		encarecimento de produtos importados
	- Em momentos de valorização cambial, a compra de bens de capital importados é 		estimulado, pois nosso dinheiro vale mais
	- Entre 1906 e 1912 o governo através de aumento de arrecadação tributária, procurava 	capital para financiar gastos associados à expansão da infraestrutura urbana; o que favoreceu 	a industrialização, mas não era uma política governamental traçada especificamente para 	benefício da industrialização
- Substituição de importações
	- Independente da corrente teórica é consenso que a industrialização brasileira teve com base 	um cenário econômico criado pela exportação de café
	- Teve início com setores que demandavam menos capital e tecnologia como a indústria 		têxtil e alimentícia voltada para o mercado interno	
	- Os produtos nacionais disputavam com os importados cujos preços eram menos 	competitivos devido a variação cambial e tarifas alfandegárias
	- O termo substituição de importações dá a impressão que é uma simples e limitada retirada 	ou diminuição de produtos importados para substituí-los por produtos nacionais; porém o 	processo não visa diminuir a importação e além disso no lugar desse bens substituídos 	aparecem outros, e à medida que o processo avança, há aumento da demanda por 	importações de produtos intermediários e de bens de capital
- Fase fácil do processo de substituição de importações
	- A Grande crise reduziu as exportações
	- A relação oferta / demanda do café despencou o preço do produto
	 - Houve necessidade de tirar da cafeicultura /exportações o eixo da economia e colocá-lo na 	atividade industrial; passando a indústria a ser o centro dinâmico de acumulação de capital
	- O Brasil contribuía com cerca de 70% das exportações totais de café
	- Para diminuir a oferta em relação a demanda e valorizar o café, Vargas, então presidente, 	queimou boa parte do café e o excedente foi comprado pelo governo
	- O financiamento da política de valorização do Café teve efeitos expansionistas, visto que 	os gastos do governo na compra do excedente aumentava a oferta de moeda e de crédito 	interno 
	- Contudo essa tentativa não funcionou na recuperação do preço internacional do café, mas 	garantiu uma forma de sustentação do nível de renda interna no período de crise
	- Para manter a renda dos setores exportadores, houve sistemáticas desvalorizações do 	câmbio que encarecia os produtos importados em moeda nacional e aumentava a capacidade 	competitiva da indústria nacional
	- Inicialmente a oferta industrial interna expandiu-se em função da maior utilização da 	capacidade produtiva já instalada economia e pela facilidade de aquisição de bens de capital 	depreciados pela depressão internacional 
	- A centralização das operações cambiais junto ao Banco do Brasil permitiu a execução de 	uma políticacomercial que privilegiava a importação de bens de capital e insumos 	fundamentais para a indústria, pois dava ao governo a possibilidade de controlar as 	operações de compra e venda de moeda de maneira favorável a estas importações 
	- Investimentos sucessivos estimulados pelo crescimento do mercado interno e favorecidos 	pela recorrente desvalorização cambial
	- Nessa fase há atuação do estado para viabilizar as compras externas necessárias à expansão 	da capacidade produtiva da indústria, sobretudo de bens de capital e bens intermediários
- Fase difícil do processo de substituição de importações
	- A produção industrial inicial foi montada para atender o mercado interno substituindo uma 	demanda que era satisfeita por produtos importados, porém novos itens importados passam a 	ser necessários; pois para expansão da capacidade produtiva industrial de bens de consumo, 	
	era necessário importação de bens de capital e outros insumos não disponíveis no mercado 	interno		
		- Esses novos artigos era cada vez mais complexos e por isso mais caros
	- A demanda por bens de capital importados subia e as exportações não sofriam mudanças 	importantes
	- As exportações brasileiras eram pouco dinâmicas no mercado internacional: café, açúcar, 	algodão, borracha
	- A necessidade de importação crescia porém nossa capacidade de importação era restrita
 	- As importações cresciam pela expansão da renda e necessidade de compra de bens de 	capital cada vez mais complexos 
	- Então, apesar de ser uma industrialização substitutiva de importações, havia crescente 	necessidade de importações sem haver aumento da capacidade de importar
	- Nessa fase difícil da industrialização substitutiva de importações seu caráter espontâneo 	não garante novos investimentos na indústria 	 
	- É uma etapa de constituição de setores industriais mais pesados, que requerem maior 	aporte de capital, acesso a tecnologias mais sofisticadas e um aparato de infraestrutura 	incompatível com a até então existente
	- Coincide com avanço industrial pós-guerra, de base tecnológica metalmecânica e 	petroquímica com destaque para os setores de bens de consumo duráveis (automóveis e 	eletrodomésticos), indústrias com alto gasto energético na produção e uso de seus produtos
	- Era preciso superar 3 obstáculos
		- Acirramento do desequilíbrio externo, distanciando cada vez mais a necessidade de 		importar da capacidade de importar 
		- Demanda de novos investimento na indústria devido a sofisticação tecnológica 			altamente cara
	- Necessidade de adequação da infraestrutura, principalmente nos setores de energia e 	transporte
	- Por isso o papel do Estado tornou-se muito importante no processo de industrialização
		- Politicamente, com aumento da população que votava (voto feminino 				regulamentado em 1932) os partidos precisavam de legitimação; para isso era 			preciso conquistar a população agora urbana (populismo), com um programa que 		estivesse voltado para um forte crescimento da economia e emprego o que tornava o 		apoio ao desenvolvimento justificável 
		- Economicamente a chamada deterioração dos termos de troca parecia como 			principal determinante da necessidade de superar a fase difícil da substituição de 			importações
			- Países periféricos (“subdesenvolvidos”) fundamentalmente exportam 				produtos primários ou manufaturados de pouca elaboração e agregação de 			valor
			- Países centrais (“primeiro mundo”) fundamentalmente exportam produtos 			manufaturados de maior valor agregado
			- Desta forma as desigualdades das relações de troca são perpetuadas, pois os 			produtos manufaturados são mais dinâmicos que os mercados de produtos 			primários; e a relação de preços é crescentemente desfavorável aos produtos 			primários; o que no longo prazo intensifica a tendência dos países 					subdesenvolvidos ao desequilíbrio externo
		- Então economicamente, o caminho para o desenvolvimento da periferia é a 			industrialização, cuja a interrupção amplia a distância dos níveis de desenvolvimento 		do centro e da periferia
- AULA 10
- Cepal
	- Comissão econômica para a América Latina e Caribe é um órgão regional da ONU que 	tem objetivo de elaborar estudos e alternativas para o desenvolvimento dos países latino-	americanos
- A partir da industrialização e da intervenção estatal pós revolução de 30 o Brasil passou por uma significativa modernização econômica
- De 1930 a 1980 o desenvolvimentismo influiu na na elaboração das políticas públicas
- Ao fim da 2ª guerra mundial, a fim de evitar novos conflitos armados foi instituído um novo ordenamento econômico internacional direcionando os impasses para era diplomática; surgindo órgãos multilaterais como a ONU e OMC
- Com essa ideia de diplomacia líderes da 2ª guerra mundial promoveram um encontro em 1944, a conferência de Bretton-Woods com objetivo de fundar bases para a estabilização da economia internacional
	- Participaram 44 países
	- Foram estabelecidos acordos válidos para todos os países capitalistas que resultaram na 	criação do FMI e do BIRD, duas maiores instituições financeiras do mundo, que por meio 	de suas políticas e metas, ajudam a definir a agenda econômica de governos ao redor do 	mundo
	- Iniciou o processo de construção da ONU e OMC que indicava a intenção de 	estabelecimento de uma governança mundial que resolvesse conflitos e promovesse o 	desenvolvimento econômico ao redor do planeta
- Num ambiente de conflito entre EUA capitalista e União soviética socialista, a pobreza e o atraso econômico eram fatores favoráveis a disseminação da ideologia socialista
- A adoção de sistema de proteção trabalhista e previdenciária em países desenvolvidos deu origem ao Estado de bem-estar social
	- Sistema econômico baseado na livre iniciativa, mas com participação do Estado na 	promoção de direitos sociais, como educação, saúde, direitos trabalhistas e previdenciários
- Os países não-desenvolvidos eram principalmente agroexportadores o que era considerado uma atraso, e a industrialização seria o caminho para o desenvolvimento; e acreditava-se que essa etapa seria alcançada com a intervenção estatal que deu origem ao Estado desenvolvimentista
	- Sistema econômico baseado na livre iniciativa, mas onde há significativa intervenção 	estatal, seja indiretamente pela promoção de infraestrutura econômica que vise estimular 	investimentos privados ou diretamente como empresário ocupando lacunas criadas pela 	incapacidade ou desinteresse da iniciativa privada em setores considerados estratégicos para 	o desenvolvimento econômico
	- Modelo que levou Vargas à criação da CSN e Petrobras
- Teoria convencional do desenvolvimento econômico
	- Considerava que o crescimento econômico distribuía-se no espaço igualmente partindo de 	um ponto central, de forma que com o passar do tempo o desenvolvimento alcançado pelos 	países mais avançados seria experimentado pelos países mais atrasados; porém não foi isso 	que aconteceu
	- Na prática observou-se que o desenvolvimento capitalista beneficia muito mais algumas 	regiões do que outras,	aumentando a defasagem entre áreas avançadas e atrasadas 
- Teorias de desenvolvimento econômico 
	- Teoria dos polos de desenvolvimentos (François Perroux)
		- Identifica um crescimento desequilibrado, difundido a partir de um polo de 			desenvolvimento
		- Baseada na ação de uma empresa dominante, empresa motriz, que atrairia mutias 		empresas, empresas movidas, para serem fornecedoras de insumos 
	 	- O desenvolvimento de regiões estagnadas poderia ser atingido pela instalação de 		empresas motrizes , que levaria ao aumento dos investimento na região devido a 			instalação de empresas movidas
	- Teoria dos círculos viciosos da pobreza (Gunnar Myrdal)
		- Segundo a teoria o círculo vicioso do atraso e da pobreza pode ser rompido pela 		aplicação planejada de reformas econômicas, o que permitiria o Estado cumprir um 		papel importante no desenvolvimento econômico
- Cepal e a ideia de desenvolvimento
	- Objetivo de explicar o atraso na América Latina e Caribe em relação aos paísesdesenvolvidos e sugerir estratégias para superar estas disparidades 
	- Conceito central da Cepal: centro periferia
		- A divisão internacional do trabalho provocou desde o início do capitalismo 			industrial, efeitos diferenciados nas economias das duas regiões que as deixaram 			crescentemente distanciadas em termos de desenvolvimento
	- O progresso técnico foi desigual nos dois polos
		- No centro foi mais rápido em seus setores industriais elevando simultaneamente a		produtividade de todos os setores das economias centrais promovendo um nível 			técnico mais ou menos homogêneo em toda a extensão dos seus sistemas produtivos
		- Na periferia o progresso técnico só foi introduzido nos setores de exportação, 			verdadeiras ilhas de alta produtividade, em forte contraste com o atraso do restante 		do sistema produtivo
			- A periferia tinha função de suprir o centro com alimento e matérias-primas a 			baixo preço 
	- Com a teoria do livre-comércio internacional as economias latino-americanas participavam 	do desenvolvimento capitalista como periferias e os países industrializados como centros
	- Lei das vantagens comparativas: ponto de partida da teoria do livre-comércio internacional 		- Todos os países ganhariam caso se especializassem na produção daqueles benas 		para os quais contam com vantagens comparativas, desde que não existissem 			barreiras ao livre-comércio mundial
	- Para a Cepal as economias latino-americanas diferentemente das centrais apresentavam 	uma dualidade
		- Eram constituídas de 2 setores: um moderno e articulado à economia capitalista por 		meio do comércio internacional e um setor de subsistência, de baixa produtividade, 		dada grande oferta de mão de obra 
		- Essa dualidade atrasaria o aumento da produtividade da economia como um todo e 		favoreceria a sustentação do baixo nível de renda dos trabalhadores comprometendo 		a expansão do mercado interno
		- O desenvolvimento dos países latino-americanos mantinha-se muito dependente do 		comércio internacional o que não era interessante pois os produtos agrícolas 			apresentam baixa elasticidade-renda da demanda
	- Segundo Raul Prebisch, as relações centro periferia tendem a reproduzir as condições de 	subdesenvolvimento e aumentar a distância que separa países desenvolvidos daqueles não 	desenvolvidos em função da deterioração dos termos de intercâmbio desfavorável aos países 	periféricos; os produtos comercializados pelos países periféricos tendem a perder valor em 	relação aos produtos industrializados comercializados pelos países centrais pela
		- Diferença de comportamento da demanda por produtos primários em relação a 			demanda por bens industrializados 
		- Diferença entre a situação do mercado de trabalho e a organização sindical no 			centro e na periferia 
	- Termos de intercâmbio
		- Relação entre os preços de exportação e os de importação de um país
		- Se os prelos de exportações aumenta em relação ao das importações, este país 			melhorou seus termos de intercâmbio; e ele poderá importar mais produtos como 		o valor conseguido a 	partir das exportações
	- Para a Cepal as economias latino-americanas apresentavam uma dinâmica capitalista que 	as conduziria a aprofundar sua condição de economia periférica
	- Era preciso implementar uma política deliberada de desenvolvimento industrial que 	promovesse a reforma agrária, que melhorasse a alocação dos recursos produtivos e que 	impedisse a evasão dos ganhos de produtividade
	- Caberia ao Estado planejar o desenvolvimento associado a industrialização, cuja ação daria 	condições para superar a pobreza 
	-A Cepal foi criticada pela abordagem de enfrentamento da pobreza mediante processo de 	industrialização e por não considerar os distintos interesses de elites locais, associadas às 	elites centrais
- O desenvolvimentismo e a política econômica do Brasil
	- Desenvolvimentismo
		- Projeto de industrialização e superação da pobreza
	- Desenvolvimentistas dos setores públicos considerados não-nacionalistas
		- Exaltavam soluções de mercado, capital nacional ou estrangeiro, para o 				desenvolvimento industrial, com o Estado intervindo apenas em caso do interesse do 		setor provado
		- Destaque para Roberto Campos (abordagem seccional)
			- Para Campos era preciso eleger setores da economia como prioritários por 			seu papel indutor ao crescimento, focalizando a ação do estado o que traria 			maior êxito
	- Desenvolvimentistas dos públicos considerados nacionalistas
		- Exaltavam a estatização dos setores de mineração, transporte, energia, serviços 			públicos de modo geral e alguns segmentos da indústria de base
		- Destaque para Celso Furtado
			- Considerado o economista brasileiro mais conhecido internacionalmente
			- Utilizou-se do estruturalismo para analisar a história da economia brasileira
				- Analisa o desenvolvimento econômico do ponto de vista dos 					obstáculos estruturais que impedem o crescimento dessas economias
				- O enfrentamento desses obstáculos envolve mudanças na estrutura 				de funcionamento de tais economias incluindo reformas institucionais 				e reforma agrária
			- Em seu trabalho:
				- Defendia a liderança do Estado na promoção do desenvolvimento 
				- Defendia a submissão da política monetária e cambial à política de 				desenvolvimento 
				- Defendia reformas de cunho social
			- Defendeu uma política governamental de fixação de capitais e criação de 			economias externas, benefícios proporcionados às empresas por sua 				localização em área já dotada de infraestrutura, em geral provida pelo poder 			público
			- Para Furtado o atraso da economia nordestina era devido
				- Arcaísmo da estrutura fundiária e a apropriação e uso improdutivo 				do excedente rural pelos grandes proprietários que impediam a 					introdução do progresso técnico e elevação da produtividade; que 					impediam a incorporação do desenvolvimento no mundo rural; que 				obstruíam a ampliação do excedente, e pela queda dos preços 					impediam sua transferência aos outros setores
				- Manutenção de salários reais baixos e concentração de renda; que 				dificultava a ampliação do mercado interno para produtos industriais
				- 
	- Desenvolvimentistas dos setores privados
		- Divididos entra apoiar os nacionalistas e não-nacionalistas do setor público 
	- Debate sobre o desenvolvimento econômico brasileiro
		- Eugênio Gudin defendia o liberalismo econômico	
		- Roberto Simonsen defendia a industrialização para superação da pobreza, com 			intervenção estatal por meio de protecionismo e planejamento
- AULA 11
- O plano de metas (1956 / 1961) foi um plano econômico implementado por JK e é considerado por ter completado o processo de industrialização nacional quando o país passou a fabricar bens de produção e bens duráveis com atuação estatal direta, por meio de investimentos das empresas públicas e indireta devido auxílio ao investimento privado, com políticas cambiais e de crédito favoráveis (Estado desenvolvimentista)
- Antecedentes do plano de metas
	- Em 1945 com o fim da 2ª guerra o mundo assistiu a derrocada de governos autoritários o 	que acabou envolvendo a derrocada de Vargas e iniciou o governo de Dutra, com uma 	tentativa de reaproximação do Estado com o liberalismo econômico, tendência mundial 	difundida pelos EUA
	- Dutra tentou eliminar a intervenção estatal substituindo-a por soluções de mercado; 	liberalizou o controle sobre o câmbio, baseado no livre-comércio e na valorização da moeda 	brasileira o que logo implicaria a liquidação das reservas acumuladas durante a guerra
		- Uma moeda forte incentiva a importação, mas o poder de compra aumentado para 		uma população com baixo nível de consumo acaba direcionando os recurso para o 		mercado sem poupar recursos em aplicações financeiras
		- Essa política cambial não durou muito tempo e ainda no governo de Dutra o país 		passou por uma crise externa (valor da importação maior que o valor da exportação) 		que levou o governo a reinstituir o controle cambial retomando uma política 			intervencionista

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