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GEOGRAFIA DO AMAPÁ

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FOCUSCONCURSOS.COM.BR
Geografia do Amapá| Material Complementar 
Professora Carla Kurz 
Geografia do Amapá - 
Governador - Waldez Góes - PDT 
Prefeito Macapá - CLÉCIO LUÍS VILHENA VIEIRA - REDE 
ASPECTOS GEOGRÁFICOS E SOCIAIS NO AMAPÁ: 
O Amapá faz parte da vasta região Amazônica e oficialmente integra a macrorregião Norte do Brasil. 
A linha do Equador passa ao sul do estado, na cidade de Macapá, capital do Estado, que é banhada pelo braço nor-
te do rio Amazonas. 
Localização: Extremo norte do Brasil 
Superfície (área): 142.814,585 km2, correspondendo a 1,67% do território nacional. 
Limita-se ao Norte com a Guiana Francesa, ao Sul com o estado do Pará, a Leste com o Oceano Atlântico e a Oeste 
com o Suriname e com o estado do Pará (do qual está separado pelo rio Amazonas). 
Pontos extremos: 
- ao norte :Cabo Orange;
- ao Sul: foz do Rio Jari;
- a Leste o Cabo Norte;
- a Oeste : a nascente do Rio Jari (na Serra do Tumucumaque).
Obs: O Amapá está localizado em três hemisférios (norte, sul e ocidental) 
Equinócio: Macapá é a única capital brasileira cortada pela linha do Equador. 
RELEVO: 
O relevo do Estado do Amapá é pouco acidentado, apresentando quatro unidades morfológicas que podem ser 
identificadas da seguintes forma: 
Planície litorânea ( terrenos baixos) e alagadiços 
Planície aluviais nos baixos e médios cursos dos rios 
Platô arenítico ( estreita faixa situada a oeste da planície litorânea) 
Planalto Cristalino 
A geomorfologia do Amapá combina formações muito antigas com outras bem jovens, divididas por uma estreita 
faixa de idade intermediária. Existem duas “zonas geomorfológicas” principais. 
Uma delas é a das “Depressões da Amazônia Setentrional”, cobrindo mais de 70% do Estado, correspondendo às 
suas seções central e oeste. Ela se compõe da porção oriental do chamado Escudo Guianense e de suas franjas dis-
secadas. Sua morfologia é em parte montanhosa, porém a maior parte é composta por seções levemente ondula-
das. 
Ponto mais elevado: serra Tumucumaque (701 m). 
As duas principais porções montanhosas do Escudo Guianense dentro do Amapá têm o nome de Serras do Tumu-
cumaque e Lombarda. Alguns dos seus morros ou picos superam a altitude de 600 m, sendo que o ponto culminan-
te do Estado do Amapá, localizado na Serra do Tumucumaque, alcança 701m. 
Os montes são número de quatro: Monte Catari, Monte Carupina, Tipas e Itu. 
A outra zona geomorfológica principal do Amapá é chamada de Planície Costeira, a qual compreende cerca 
de 25% do Estado. Trata-se de uma faixa litorânea relativamente estreita, baixa e quase sempre plana, que se es-
tende de norte a sul, formada por depósitos fluviais e fluviomarinhos a qual ocupa todo o leste do Estado. 
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Professora Carla Kurz 
 
 
 
Em termos geológicos, essa formação é muito recente, pois a sua maior parte data do Quaternário, com 
uma idade máxima de 100.000 anos, e com uma idade média não muito superior a 15.000 anos. As partes litorâneas 
da Planície Costeira, ao longo do Oceano Atlântico e do delta do rio Amazonas, são formadas por depósitos de areia 
e argila, com partes alagadas, além de bancos de areia, dunas, ilhas, pequenas baías e reentrâncias, estuários, 
meandros, lagoas, litorais rasos e lamacentos, bem como lagos temporários e permanentes. É uma paisagem geo-
morfologicamente jovem, sujeita a mudanças perceptíveis ao testemunho humano. 
 
As águas dos rios que fazem parte deste sistema (como o Amapari-Araguari, o Amapá Grande e o Calçoene), 
vindos das Serras de Tumucumaque e Lombarda, conforme chegam aos terrenos mais baixos dessa planície, desace-
leram os seus fluxos e formam meandros e banhados, em frequente mudança do leito em alguns trechos. A baixa 
altitude em relação ao nível do mar e as inúmeras conexões entre diversos tipos de corpos d´água fazem com que 
muitos trechos da Planície Costeira sejam sujeitos a enchentes, tanto de água doce como salgada, esta última de-
corrente do ciclo das marés. É em tal planície que vive a grande maioria dos amapaenses e instalou-se a maior 
parte dos empreendimentos produtivos do Estado. 
 
Entre essas duas formações principais ocorre uma sequência de sedimentos da Formação Barreiras, de ida-
de geológica Terciária, distribuída numa estreita faixa de norte a sul do Estado. Ela se situa nas extremidades des-
gastadas e fraturadas das terras mais elevadas do Planalto das Guianas, na transição para a Planície Costeira. Cobre 
apenas 5% do Estado e assume, na sua maior parte, a forma de cadeias de pequenos morros arredondados, próxi-
mos uns dos outros, num tipo de paisagem a que os geógrafos chamam “mares de morros”. Sob essa sequência 
geológica encontra-se o principal eixo de ligação terrestre do Amapá (BR-156). 
 
Notável, entretanto, na geologia do Amapá, são os cinturões de rochas verdes (greenstone belt), que ocor-
rem em domínios geotectônicos antigos (Pré-Cambriano), responsáveis por múltiplas ocorrências minerais, com 
destaque para importantes depósitos de ouro, cromo, ferro, manganês, entre outros. Sobre esse aspecto, o Amapá 
foi o primeiro Estado a abrigar um empreendimento de mineração de grande porte na Amazônia, nos idos dos anos 
1950, para extração de depósitos de manganês na região de Serra do Navio. 
 
Resumindo: 
O relevo do Estado é pouco acidentado, 
 
Pode ser dividido em 2 grandes regiões: 
 
a) uma interna, de relevo suavemente ondulado, com alturas médias de 100 a 200m, mas que podem atingir ex-
tremos de mais de 500m, constituída por rochas cristalinas metamórficas e cobertas de floresta densa, onde en-
contramos os planaltos cristalinos (porção oeste do Estado) com grandes extensões de colinas e morros dominados 
por cristais montanhosos como: a Serra do Tumucumaque, Serra Lombarda, Serra Estrela, Serra Agaminuara ou 
Uruaitu, Serra do Naucouru, Serra do Navio, Serra do Irataupuru, Serra das Mungubas, Serra da Pancada, Serra do 
acapuzal, Serra do Culari, Serra do Aru, dentre outras. 
 
b) A outra porção é formada por região costeira de planície, que se estende até o Atlântico, ao leste e até o Amazo-
nas ao sul. Formada por terrenos baixos e alagadiços e por planícies aluviais nos baixos e médios cursos dos rios. 
 
CLIMA: 
Equatorial (do tipo Aw, de Köpen). 
 
Em todo o estado predomina o clima equatorial Super-Úmido, a máxima absoluta pode-se estimar em 36ºC e a 
mínima 20ºC. Normalmente a máxima absoluta é atingida no fim da tarde entre às 17:0 hs às 19:0 hs, já a mínima 
ocorre ao alvorecer entre 05:0 hs às 07:0hs. 
O regime pluviométrico diverge de localidade para localidade, isto devido a umidade do ar, a proximidade do mar e 
a floresta. 
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Durante o ano duas estações são definidas: o inverno e o verão, o inverno caracterizado pelas fortes descargas plu-
viais que vão desde fins de dezembro até agosto e o verão com predominância dos ventos alísios e vai de setembro 
a dezembro. 
 
HIDROGRAFIA: 
Aproximadamente a rea e s a a ia i ro r fica c a a a s do Estado, perten e a ia 
ama nica, enquanto o restante incorpora-se ao tre o norte e nor este a a ia o tl ntico Nordeste Ocidenta. 
 
Seus rios mais e tensos s o o ari, o iapo e e o ra ari, e orrem iretamente para o o eano tl ntico. 
 
 ari prin ipal tri t rio do rio Amazonas e o Oiapoque corre na fronteira com a Guiana Francesa. 
 
Desta am-se ain a na a ia i ro r i a do Estado, os rios al oene e ara . 
 
Rios Principais: Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Maracá. 
Rio Amapá Grande, Rio Amapari, Rio Amazonas, Rio Araguari, Rio Cassiporé, Rio 
Calçoene, Rio Flexal, Rio Gurijuba, Rio Jari, Rio Matapi, Rio Maracá, Rio Maracapí, Rio Oiapoque, Rio Pedreira, Rio 
Tartarugal Grande, Rio Tartarugalzinho, Rio Vila Nova 
 
As bordas dissecadas do escudo apresentam encostas abruptas e vales profundos que geram três grupos de rios 
relativamentecurtos (para os padrões amazônicos): 
Araguari-Amapari, Amapá Grande, Calçoene, Cassiporé e outros, que correm para leste, diretamente para o oceano 
Atlântico; 
os rios Vila Nova, Maracá, Matapi e Cajari e outros, drenando para o sul e desaguando no delta do Rio Amazonas; 
os rios Iratapuru e Mapari, entre outros, correm para oeste e são afluentes da margem esquerda do rio Jari, afluen-
te do Amazonas. 
 
Deve-se mencionar ainda o rio Oiapoque, que drena as extremidades do platô no oeste do Amapá, com seu curso 
predominantemente para nordeste, desaguando no Oceano Atlântico. 
 
O rio Oiapoque e o Araguari-Amapari, não fazem parte da área de drenagem da Bacia Amazônica,ou seja, não são 
tributários do Rio Amazonas, constituindo uma bacia distinta, denominada Atlântico Norte ou Bacia do Amapá, 
responsável por quase dois terços do território do Amapá (98.583,5 km2). 
 
O restante (44.870,2 km2) enquadra-se dentro dos domínios da Bacia Amazônica propriamente dita. 
 
Rio Araguari nasce na Serra Tumucumaque e deságua no Atlântico. 
 
Este rio possui 36 cachoeiras entre as quais merecem destaque: 
 
Cachoeira do Paredão onde fica a Hidrelétrica Coaracy Nunes a qual fornece energia elétrica para grande parte do 
estado. Esta usina hidrelétrica utiliza o potencial hídrico do rio Araguari, e vem gerando energia para o estado desde 
1975. 
 
Debate energético - Amapá produz 80% da demanda energética por meio das usinas a óleo diesel - termeletrica. 
Destaque para Usina de Santana. 
 
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) protocolou essa semana, na Secretaria de Direitos Humanos em 
Brasília, documento que comprova a violação dos direitos humanos nas 3 usinas localizadas no rio Araguari: Ferrei-
ra Gomes, Coaracy Nunes e Cachoeira Caldeirão. 
 
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Além disso, foi protocolada a pauta de reivindicações na Eletronorte, empresa proprietária da Usina de Coaracy 
Nunes, que tem 42 anos de construção e ainda não resolveu os problemas sociais da região. 
 
UHE SANTO ANTONIO DO JARI 
Localizada na divisa entre os estados do Pará e Amapá, a UHE Santo Antonio do Jari aproveita a queda natural do 
rio Jari, onde se formam cachoeiras com cerca de 10m de altura, e gera 373MW de potência instalada. O vertedou-
ro da usina tem 1.500m, um dos maiores do mundo em extensão. A obra iniciou em 1º de agosto de 2011 e foi 
concluída em 2014, quatro meses antes do previsto. 
 
Laranjal do Jari, onde a hidrelétrica está localizada. 
 
O rio Oiapoque que se destaca por servir de linha divisória entre o Brasil e Guiana 
Francesa. Suas cachoeiras mais importantes são: Goiabeiras, Mananá, Caimum, Tacuru, Gran Rocho, etc 
 
Rio Vila Nova separa o município de Mazagão do município de Laranjal do Jari, nele se encontram jazidas de ferro e 
a Cachoeira Branca 
 
Rio Jari, afluente da margem esquerda do rio Amazonas separando o Amapá do estado do 
Pará, encontra-se as Cachoeiras de Santo Antonio, Cumarú, Inajá, Aurora, Maçaranduba, Guaribas, do Rebojo, do 
Desespero, etc. 
 
Rio Maracapú, banha uma das principais regiões castanheiras do estado 
 
Rio Amapari é afluente do rio Araguari e é importante porque banha a Serra do Navio e é em seu leito que é lava-
do o manganês. 
 
A bacia hidrográfica formada pelos rios Araguari, Amapari é a mais importante do estado tanto pela sua contri-
buição de energia como pela aproximação do rio Amazonas. 
 
Além dos rios merecem destaque inúmeros lagos e lagoas como: Lago Grande, Lago dos 
Bagres, Lago Floriano, Lago do Vento, Lago dos Gansos, Lago Piratuba, Lago duas Bocas, Lago Novo, Lago Compri-
do, Lago do Vento, Lago Mutuca e outros. 
 
A maioria dos lagos secam durante o verão. E os peixes e as tartarugas descem para os lagos mais fundos ou para os 
rios mais próximos. 
 
As quatro ilhas mais importantes são: Ilha do Bailique, ilha do Maracá, ilha de Jipioca, ilha de Santana. 
 
A ilha do Bailique faz parte do arquipélago do Bailique. As ilhas mais importantes do arquipélago são: Ilha do Bri-
gue, ilha do Faustino, ilha do Curuá. 
 
VEGETAÇÃO: 
A vegetação do Amapá devido o seu clima equatorial Super-Úmido, apresenta-se sob forma de floresta que são 
riquíssimas dentro de sua variedade infinita de vegetais e está dividida em : 
 
Floresta de Várzea, inundada apenas durante a cheia dos rios; 
 
Floresta de Terra Firme, não atingidas pelas inundações; 
Campos que apresenta três aspectos: Os campos cerrados, os campos inundáveis (PREDOMINIO) e os campos lim-
pos. Em todos esses campos se pratica a criação de gados bovino e bubalino. 
 
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Nas partes baixas da planície litorânea, constantemente alagadas, surge a vegetação denominada mangue e man-
guezal, que se estende por todo o litoral. O vegetal predominante é o mangue. 
 
 ai a i i d s a a cerca de 73 % do total, que corresponde a aproximadamente 
97.000 km2, est o erta pela loresta ma ni a o il ia Brasileira. No entanto, na faixa oriental en ontram-se 
 ampos erra os , om r ores esparsas e esgalhadas, e o solo re o erto e ram neas e manguezais. 
 
Os vegetais que se destacam em todo o estado por sua importância econômica são: o 
 
acapú, 
o angelim, 
andiroba 
cedro, 
pau mulato, 
carnaúba, 
maçaranduba, 
jatobá, 
pracuúba, 
pau rosa, 
pau amarelo, 
castanheira, 
piquiá, 
aquariquara, 
sucupira, etc. 
Todos são aproveitados na indústria madeireira. Uns de grande porte, alcançado até 40 metros. 
 
Existe também grande quantidade de cipós que empregados na indústria de móveis e objetos artesanais, sem falar 
nas inúmeras palmeiras como: 
açaizeiro (mais importante) 
bacabeira, 
 buritizeiro, 
paxiubeira, 
 tucumanzeiro, 
 ubuçuzeiro e outras. 
PARTE DOIS DA AULA 
 
CONCEITOS DA GEOGRAFIA 
Paisagem: refere-se às configurações externas do espaço. Por muitas vezes, ela foi definida como “a ilo que a 
visão al an a”. Porém, essa definição desconsidera as chamadas “ aisag s c l as” ou seja, aqueles processos e 
dinâmicas que são visíveis, mas que de alguma forma foram ocultados pela sociedade. Além disso, tal definição tam-
bém peca por apenas considerar o sentido da visão como preceptora do espaço, cabendo a importância dos demais 
sentidos, com destaque para a audição e o olfato. 
 
Dessa forma, podemos afirmar, de maneira simples e direta, que o conceito de paisagem refere-se às manifestações 
e fenômenos espaciais que podem ser apreendidos pelo ser humano através de seus sentidos. 
 
Território: é classicamente definido como sendo um espaço delimitado. Tal delimitação se dá através de fronteiras, 
sejam elas definidas pelo homem ou pela natureza. Mas nem sempre essas fronteiras são visíveis ou muito bem 
definidas, pois a conformação de um território obedece a uma relação de poder, podendo ocorrer tanto em elevada 
abrangência (o território de um país, por exemplo) quanto em espaços menores (o território dos traficantes em uma 
favela, por exemplo). 
 
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Região: é uma área ou espaço que foi dividido obedecendo a um critério específico. Trata-se de uma elaboração 
racional humana para melhor compreender uma determinada área ou um aspecto dela. Assim, as regiões podem ser 
criadas para realizar estudos sobre as características gerais de um território (as regiões brasileiras, por exemplo) ou 
para entender determinados aspectos do espaço (as regiões geoeconômicas do Brasil para entender a economia 
brasileira). Eu posso criar minha própria região para a divisão de uma área a partir de suas práticas culturais ou por 
suas diferentes paisagens naturais, entre outros critérios. 
 
Lugar: é uma categoria muito utilizada por aqueles pensadores que preferem construir uma concepção compreen-
siva da Geografia. Grosso modo, o lugar pode ser definido como o espaço percebido, ouseja, uma determinada área 
ou ponto do espaço da forma como são entendidos pela razão humana. Seu conceito também se liga ao espaço 
afetivo, aquele local em que uma determinada pessoa possui certa familiaridade ou intimidade, como uma rua, uma 
praça ou a própria casa. 
É preciso lembrar, no entanto, que essas categorias e conceitos não são exclusivos da Geografia, podendo ter outros 
significados quando utilizados em outras ciências ou pelo senso comum. Além disso, essas não são necessariamente 
as únicas categorias dessa ciência, mas apenas as mais comumente adotadas pelos geógrafos em seus estudos. 
 
DEMOGRAFIA 
 la s a a de 669.526 habitantes (CENSO 2010) is i s entre 16 muni pios, com 
 ensi a e emo r i a de 4,69 hab./km2 . 
 
Municípios mais populosos: Macapá (410.400 ), Santana (105.310), Laranjal do Jari (35.900), Oiapoque (16.800), 
Porto Grande (14.200), Mazagão (13.950), Vitória do Jari (10.890), Tartarugalzinho (8.700), Calçoene (7.980), Amapá 
(7.800) 
 
A partir da década de 1990, a cidade de Macapá conhece um grande crescimento populacional e um intenso proces-
so de expansão urbana, gerado em parte, pelo fluxo de imigrantes atraídos, sobretudo, pelo recém-criado Estado 
do Amapá e por políticas de desenvolvimento econômico como, por exemplo, a criação da Zona de Livre Comércio 
de Macapá e Santana. 
 
Os trechos florestados, cortados pela BR-156, são alvo de intensa dinâmica sócio-econômica, seja pelo estabeleci-
mento de assentamentos humanos e consequente formação de núcleos habitacionais, seja pelo estabelecimento 
de benfeitorias ou de atividades produtivas. 
 
História do Município de Santana 
Santana teve início de um povoado que se formou na Ilha de Santana, localizada em frente, à margem esquerda do 
rio Amazonas, em 1753. A ilha não oferecia condições de sobrevivência e por ordem de Mendonça Furtado foi 
instalado o povoado em frente, em terra firme. 
 
Em 1946, com a descoberta do manganês em Serra do Navio por Mário Cruz, Santana experimentou um cresci-
mento significativo, com a instalação da Icomi (Indústria e Comércio de Minérios). 
 
 No final da década de 50, foi construída a Estrada de Ferro do Amapá, com 19 quilômetros lineares, para o trans-
porte da mão-de-obra e escoamento da produção de manganês com destino ao mercado externo. 
 
Posteriormente, foi instalado um cais flutuante em frente a Ilha de Santana, no Canal Norte do Rio Amazonas, a-
proveitando a profundidade que permite a navegação de navios de grande calado o que possibilitou a geração de 
empregos e incentivou o comércio e a indústria de pequeno porte. 
 
Esse crescimento econômico ampliou a área urbana do povoado e fez surgir novas vilas, transformando-o em Distri-
to, em 1981. A elevação ao nível de município ocorreu em 1987, mas o que impulsionou o desenvolvimento foi a 
criação da Área de Livre Comércio de Macapá-Santana, em 1992. 
 
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Localização: 12 km a leste de Macapá 
Limites: Norte: Porto Grande 
Sul: Mazagão 
Leste: Macapá e Rio Amazonas 
Oeste: Porto Grande e Mazagão 
Aspecto turístico 
 
HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO 
Projeto Icomi na região central - Na década de 1950 teve início no ex-Território do Amapá, um projeto de explora-
ção de grandes jazidas de manganês. Para poder viabilizar a exportação desse minério, foi necessária a construção 
da Estrada de Ferro do Amapá – EFA, o porto de Santana e dois núcleos urbanos planejados. 
 
SERRA DO NAVIO 
Criado em 1953, para explorar, beneficiar e exportar o manganês da Serra do Navio no Amapá, pela empresa 
ICOMI – Indústria e Comércio de Minérios, durante 50 anos. 
 
Construção de uma infraestrutura que envolve a mina da Serra do Navio, a ferrovia Amapá e o porto de Santana e 
as company towns Vila Amazonas e Serra do Navio. 
 
O manganês é utilizado para a fabricação de pilhas, ligas metálicas e melhoria do aço, durante a exploração do 
minério de alto teor a empresa investiu no projeto, com o seu esgotamento a ICOMI ((Indústria Comércio e Mine-
ração) abandonou o projeto antes do término do contrato. Armazenando nos Estados Unidos grande parte do 
manganês. 
 
A empresa saiu do Amapá e deixou uma herança maldita para esse Estado da Amazônia, um imenso buraco, equi-
pamentos enferrujados e abandonados, uma cidade “ antasma”, agressão ao meio ambiente e a sociedade, atra-
vés da contaminação de rios, desmatamento, pobreza da população, e, principalmente, não gerou desenvolvi-
mento para a região, servindo de exemplo para a Amazônia, para que isso não se repetisse mais. 
 
Para alguns historiadores o Território Federal do Amapá foi criado por conta deste projeto, uma vez que o governo 
federal sabendo da existência de manganês na região, a desmembrou do estado do Pará para que a união obtives-
se total controle nas negociações. 
 
No auge do projeto nos anos 70 e 80 o Amapá tornou-se o maior exportador de manganês do planeta e Serra do 
Navio era a localidade com a melhor qualidade de vida do país, uma cidade estadunidense em plena Amazônia. 
 
A Serra do Navio faz parte da história de urbanização da Amazônia. 
 
 Construída na década de 50 no interior estado do Amapá, a vila operária mantida pela ICOMI funcionava 24 horas 
extraíndo o manganês do solo brasileiro. 
 
Estas cidades são caracterizadas pelo monopólio uma vez que quase todos os serviços e estabelecimentos comerci-
ais (em alguns casos até a igreja) pertencem à empresa que controla a cidade, que no geral gira em torno de algu-
ma grande indústria, onde trabalham praticamente todos os trabalhadores da company town. 
 
Estas cidades são caracterizadas pelo paternalismo, por que como todos os serviços básicos como saúde, educação, 
habitação, clubes entre outros são pagos ou subsidiados pela empresa. 
 
Estas cidades são caracterizadas pelo isolamento, por que este faz parte da lógica da company town, que baseia-se 
no monopólio e no paternalismo. No caso das company towns na Amazônia o isolamento não é apenas geográfico, 
existe também um “is la s cial” muitas das vezes não é qualquer um que pode morar na cidade da empresa, 
ou seja, somente funcionários, e em parte, estes funcionários são mão de obra especializada e vindos de outras 
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regiões, fazendo que se crie “cidades paralelas” no entorno das company towns, fora dos limites do projeto, como 
é o caso de Laranjal do Jari-AP. 
 
 E estas cidades da empresa são caracterizadas pela excelente qualidade de vida de seus habitantes-empregados. 
Serra do Navio tinha um padrão de vida estadunidense no meio da floresta amazônica, o hospital de Serra do Navio 
realizava operações de coração nos anos 70 que até hoje não são realizadas na capital, Macapá. 
 
Nos anos 90 a empresa encerrou suas atividades antes do prazo e entregou todas as suas propriedades sucateadas 
ao governo do Amapá, como estava no contrato, que herdou também inúmeros problemas ambientais e sociais. E 
hoje Serra do Navio é um enorme museu a céu aberto. 
 
Projeto Jarí na região Sul - Criado em 1967, pelo milionário norte-americano Daniel Ludwig, que via na região a 
oportunidade de ganhar dinheiro com a produção de Celulose, matéria-prima do papel, Caulim, minério para em-
braquecimento, e Agropecuária. 
 
Localizado nas proximidades da foz do Amazonas, nas margens do rio Jarí, na fronteira entre os municípios de La-
ranjal do Jarí, resultado da divisão de Mazagão (AP), e de Almerim (PA). 
 
Ludwig pretendia lucrar com a venda de papel para os países do terceiro mundo combaterem o subdesenvolvimento 
investindo em educação, porém, ele não contava com a crise do petróleo, a queda nos preços e do consumo de pa-
pel no mundo na década de 1970, o que endividou o projeto, forçando-o a entregá-lo ao Banco do Brasil, que, pos-
teriormente, foi vendido para o Grupo CAEMI e depois para o Grupo ORSA, que administra atualmente o projeto.O projeto atraiu milhares de pessoas para seu entorno, que foram em busca de empregos, e encontraram a misé-
ria nas favelas do Beiradão e Beiradinho nas margens do rio Jarí. 
 
 Esse projeto ainda se estrutura em torno de dois núcleos urbanos principais: a cidade planejada de Monte Dourado 
(PA) e a cidade de Laranjal do Jarí (AP); gerada de ocupação espontânea. 
 
Faz parte da (re)ocupação da Amazônia, a partir de 1960, é resultado de uma nova política territorial planejada pelo 
Estado autoritário brasileiro com o objetivo de incorporar a região ao restante do Brasil e do mundo como área 
fornecedora de matérias-primas, mais uma vez, e consumidora de produtos industrializados do Centro-Sul, além 
de diminuir as tensões sociais no Sul e no Nordeste, através do estímulo à migração. Para isso o Estado montou uma 
poderosa infra-estrutura técnica, financiou Grandes Projetos e criou uma política de incentivos fiscais as grandes 
empresas, gerando fortes enclaves socioambientais. 
 
Amazônia: “Inte rar para não entre ar”. 
 
Na segunda metade da década de 1970, entra em ação o II PND ( 1975 – 1979) cujo o objetivo é a exploração dos 
recursos naturais, através de grandes projetos. Para isso foi feito um mapeamentos dos recursos naturais, por 
meio do Projeto Radam – Radar da Amazônia, através do levantamento aerofotogramétrico e pesquisa de campo. 
O projeto deu certo na região e foi expandido para outras regiões do Brasil. 
 
Programa Calha Norte na região norte do Amapá -No ano de 1985 teve início um projeto que foi concebido com a 
finalidade de proteger e fiscalizar o movimento na área de fronteira setentrional do país, através de ações nos 
setores de infraestrutura viária, energética e de comunicações. 
 
DADOS DEMOGRÁFICOS 
Segundo o censo de 2010, o Amapá foi um dos estados do país que mais aumentou sua população em termos rela-
tivos. 
 
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 la a ai a ia de 0 a 14 anos representa 45,4 % do total, enquanto as pessoas entre 15 e 59 anos so-
mam 50,7 % e as de 60 anos ou mais respondem por 3,9 % al a la do Estado. 
 
Grande parte dos habitantes, que corresponde a 80,89 % do total, resi e nas reas urbanas, enquanto apenas 19,11 
% vive no meio rural. 
 
As mulheres representam 49,84 % a la e os homens respondem por 50,16 % do total ic de mortali-
 a s a a i s por mil e a taxa de mortali a e in antil de aproximadamente 23 mor-
 s a s c l a a i a a a ca a il c ia as nascidas vivas. 
 
AP apresentou em 2014 e 2015 a maior taxa de mortalidade infantil do país. 
O indicador do Amapá representou mais que o dobro da menor taxa registrada no país, a de Espírito Santo, que ficou 
em 9,19. A brasileira alcançou 13,82 para cada mil nascidos vivos. 
 
O IBGE também mostrou que houve um aumento na esperança de vida do amapaense, passando de 73 anos e 4 
meses para 73 anos, 8 meses e 12 dias. O aumento foi de três meses e 18 dias em relação a 2014. 
 
A expectativa média de vida do amapaense ficou 5 anos menor que a do catarinense, a maior registrada no Brasil, 
calculada em 78 anos e 7 meses. O Amapá ficou na 13ª posição no ranking, superando todos os demais estados da 
região Norte. 
 
Concentração populacional está a na fachada oriental (leste). 
 
A promoção do Desenvolvimento Sustentável enquanto política pública apresenta desafios que precisam ser en-
frentados e superados. No que se refere à realidade atual do Estado do Amapá o desafio encontra-se na a excessiva 
concentração demográfica nos municípios de Macapá e Santana, pressionando os serviços sociais ligados à educa-
ção, à saúde e ao saneamento básico. 
 
O IDH do estado é médio, sua população. 
 
P i a a a a sa s ic s sociais razoveis, a mortalidade infantil é um problema para o es-
tado. 
 
É pouco populoso e pouco povoado. 
IDHM 
IDHM 1991 
0,525 
 
IDHM 2000 
0,622 
 
IDHM 2010 
0,733 
 
Problemas Ambientais 
Discussão emblemática levantada pela geógrafa que se dedicou aos estudos da região amazônica, Bertha Becker. 
Para a geógrafa o Amapá é uma região indefinida entre o romantismo preservacionista e a realidade perversa da 
fronteira a ser desbravada. 
 
Participou da Conferência RIO+20 e enquanto a maioria dos “ v is” se alinhava ao discurso vazio da economia 
verde sob o apelo da ONU, Bertha fez o contraponto ao associar a economia verde a uma estratégia pouco criativa 
de camuflagem da velha teoria da “mer antili a o da nat re a”. 
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A geopolítica sempre se caracterizou pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional 
desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. Inicialmente, essas ações tinham como sujeito fun-
damental o Estado, pois ele era entendido como a única fonte de poder, a única representação da política, e as 
disputas eram analisadas apenas entre os Estados. 
 
Hoje, esta geopolítica atua, sobretudo, por meio do poder de influir na tomada de decisão dos Estados sobre o uso 
do território, uma vez que a conquista de territórios e as colônias tornaram-se muito caras. 
 
 Pressões de todo tipo para influir na decisão dos Estados sobre o uso de seus territórios. Essa mudança está ligada 
intimamente à revolução científico-tecnológica e às possibilidades criadas de ampliar a comunicação e a circulação 
no planeta através de fluxos e redes que aceleram o tempo e ampliam as escalas de comunicação e de relações, 
configurando espaços-tempos diferenciados. 
 
O espaço sempre foi associado ao tempo. E hoje, na acentuação de diferentes espaços-tempos reside uma das raí-
zes da geopolítica contemporânea. 
 
A Amazônia é um exemplo vivo dessa nova geopolítica, pois nela se encontram todos esses elementos. Constitui 
um desafio para o presente, não mais um desafio para o futuro. Qual é este desafio atual? Na Amazônia o povoa-
mento e desenvolvimento foram fundados de acordo com o paradigma de relação sociedade-natureza, que Ken-
neth Boulding denomina de economia de fronteira, significando com isso que o crescimento econômico é visto co-
mo linear e infinito, e baseado na contínua incorporação de terra e de recursos naturais, que são também percebi-
dos como infinitos. Esse paradigma da economia de fronteira realmente caracteriza toda a formação latino-
americana. 
 
Hoje, o imperativo é modificar esse padrão de desenvolvimento que alcançou o auge nas décadas de 1960 a 1980. 
 
Para que se possa mudar esse padrão de desenvolvimento é necessário entender os diferentes projetos geopolíticos 
e seus atores, que estão na base dos conflitos, para tentar encontrar modos de compatibilizar o crescimento eco-
nômico com a conservação dos recursos naturais e a inclusão social. 
 
A Amazônia e a mercantilização da natureza 
 
Todos sabem como o projeto de integração nacional acarretou perversidades em termos ambientais e sociais. 
 
A dinâmica regional recente 
Dentre as mudanças, destaca-se a da conectividade regional, um dos elementos mais importantes na Amazônia. 
Não se trata apenas das estradas, elementos que contribuíram para depredação dos recursos e da sociedade, mas 
sim, sobretudo, das telecomunicações, porque a rede de telecomunicações na Amazônia permitiu articulações lo-
cais/ nacionais, bem como locais/ globais. 
 
Outra mudança importante é a da economia, que passou da exclusividade do extrativismo para a industrialização, 
com a exploração mineral e com a Zona Franca de Manaus, que foi um posto avançado geopolítico colocado pelo 
Estado na fronteira norte, em pleno ambiente extrativista tradicional. 
 
Uma grande modificação estrutural ocorreu no povoamento regional que se localizou ao longo das rodovias e não 
mais ao longo da rede fluvial, como no passado, e no crescimento demográfico, sobretudo urbano. 
 
Processou-se na região uma penosa mobilidadeespacial, com forte migração e contínua expropriação da terra e, 
assim, ligada a um processo de urbanização. Em vista disso, a Amazônia teve a maior taxa de crescimento urbano 
no país nas últimas décadas. 
 
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No censo de 2000, 70% da população na região Norte estavam localizados em núcleos urbanos, embora carentes 
dos serviços básicos. Muitos discordam dessa tese, porque não consideram tais nucleamentos como urbanos. 
 
Desde a década de 1980, Becker chama a Amazônia de uma "floresta urbanizada". 
 
Os grandes conflitos de terras e de territórios das décadas de 1960 a 1980 constituíram um aprendizado político e, 
na década de 1990, transformaram-se em projetos alternativos, com base na organização da sociedade civil. É ex-
tremamente importante lembrar que hoje, essa sociedade tem voz ativa na Amazônia e no Brasil, inclusive muitos 
grupos indígenas. Essa organização da sociedade política trouxe, por sua vez, mudanças no apossamento do territó-
rio, com a multiplicação de unidades de conservação federais e estaduais, assim como também com a demarcação 
de terras indígenas. 
 
Globalização e Amazônia como fronteira do capital natural 
Até recentemente, dominava no projeto internacional a percepção da Amazônia como uma imensa unidade de 
conservação a ser preservada, tendo em vista a sobrevivência do planeta, devido aos efeitos do desmatamento 
sobre o clima e a biodiversidade. 
 
A base dessa percepção teve como origem, em grande parte, a tecnologia dos satélites, que permitiu pela primeira 
vez uma visão de conjunto da superfície da Terra e da sua unidade trazendo o sentimento da responsabilidade co-
mum, assim como a percepção do esgotamento da natureza, que se tornou um recurso escasso. 
A outra lógica é a da acumulação, que vê a natureza como recurso escasso e como reserva de valor para a realiza-
ção de capital futuro, fundamentalmente no que tange ao uso da biodiversidade condicionada ao avanço da tecno-
logia. 
 
Outro recurso de que pouco se fala, mas que já é fundamental, é a água como fonte de vida e de energia. 
 
Há dois grandes eldorados naturais no mundo contemporâneo: a Antártida, com os fundos marinhos, riquíssimos 
em minerais e vegetais, que são espaços não regulamentados juridicamente; e a Amazônia, região que está sob a 
soberania de estados nacionais, entre eles o Brasil. 
 
Observa-se um processo de mercantilização da natureza. Elementos da natureza estão se transformando em mer-
cadorias fictícias, usando a expressão de Karl Polanyi, em seu livro A grande transformação. 
 
Fictícias por quê? Porque elas não foram produzidas para venda no mercado – o ar, a água, a biodiversidade. 
 
O que é o protocolo de Kyoto se não o mercado do ar? Créditos de Carbono. 
 
Já existem no mundo 15 países que cobram impostos sobre a emissão de CO2, e em 17 diferentes regiões do pla-
neta o carbono já é uma commodity, transacionada em mercados criados para ajudar o setor privado a reduzir suas 
emissões de gases de efeito estufa. 
 
O Brasil adiou para 2017 decisão sobre implementação de mecanismo doméstico de compra e venda de emissões. 
 
Peugeot, que faz investimentos no sentido de sequestro do carbono. O projeto Poço de Carbono nasceu em 1998 na 
parceria entre a empresa Peugeot e a estatal francesa ONF (Escritório Nacional das Florestas). Visa reflorestar uma 
área desmatada de 2.000 hectares na Floresta Amazônica Mato-grossense. 
 
 Na ilha do Bananal (TO) , a empresa inglesa S. Barry; 
 
Mil Madeireira que, tem um projeto neste sentido no estado do Amazonas; 
 
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 Central South West Corporations, de Dallas, uma empresa de energia que fez uma aquisição no Paraná de sete-
centos mil hectares, através da mediação da National Conservancy, da reserva da Serra de Itaqui; 
 
O mercado dos recursos hídricos é o mais atrasado, embora haja múltiplas tentativas de regularização desse mer-
cado. A água é considerada o ouro azul do século XXI, em termos globais, porque há escassez e consumo crescente 
no mundo, sobretudo nos países semi-áridos que utilizam a irrigação. 
Ademais, há previsões de que a disputa por água pode chegar até a conflitos armados. 
 
Foram criados sindicatos para proteger o mercado do trabalho e organizadas associações para regular o mercado 
da terra e o papel do estado tornou-se fundamental. 
 
Quais são os principais atores nesse projeto internacional? Os movimentos ambientalistas, onde se destacam as 
ONGs nacionais e internacionais, a cooperação internacional técnica, financeira, científica em grandes projetos, 
como é o caso do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras (PP-G7), do LBA e do Probem1, 
além de organizações religiosas de todos os tipos, assim como de agências de desenvolvimento de governos estran-
geiros e também de empresas voltadas para o sequestro de carbono e/ ou madeira certificada. 
 
A integração da Amazônia sul-americana 
Um segundo projeto internacional diz respeito à integração da Amazônia transnacional, da Amazônia sul-
americana. Trata-se de uma nova escala para pensar e agir na Amazônia. Esse dado é importante por múltiplas ra-
zões. Primeiro, porque a união dos países amazônicos pode fortalecer o Mercosul e, de certa maneira, construir um 
contraponto nas relações com a Alca e com a própria União Européia. Em segundo lugar, para ter uma presença 
coletiva e uma estratégia comum no cenário internacional, fortalecendo a voz da América do Sul. Em terceiro lugar, 
porque é fundamental para estabelecer projetos conjuntos quanto ao aproveitamento da biodiversidade e da á-
gua, inclusive nas áreas que já possuem equipamento territorial e intercâmbio, como é o caso das cidades gêmeas 
localizadas em pontos das fronteiras políticas. 
 
Além disso, esse dado é importante porque pode ajudar a conter as atividades ilícitas – narcotráfico, contrabando, 
lavagem de dinheiro etc. O Brasil tenta impedir esse cêrco com várias respostas, como com a criação do Ministério 
do Meio Ambiente e o projeto Sipam (Sistema de Informação para Proteção da Amazônia), embora tenha apoio 
financeiro para o aparelhamento da Polícia Federal. 
 
Mas o fato de a globalização incidir na Amazônia dos países vizinhos através da presença militar, e no Brasil por 
intermédio da cooperação internacional,constitui uma diferença importante. 
Realiza-se uma articulação sul-americana por meio do resgate do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), e 
também a partir da iniciativa do planejamento físico da integração por meio de transporte multimodal, difusão da 
internet nos países vizinhos e intercâmbio energético. Em Roraima deu-se o primeiro passo para a integração oficial 
através da construção da estrada que liga Manaus à Venezuela. O gás já vem sendo transferido da Bolívia e do Pe-
ru, e a Bolsa de Mercadorias e Estudos propõe a extensão da fronteira agropecuária do centro-oeste brasileiro 
para os países vizinhos. 
A integração deve ser baseada na circulação fluvial, que merece um investimento enorme, pois sempre foi o grande 
meio de circulação na Amazônia, e também na aérea, que foi muito importante e ainda o é para o transporte de 
cargas de alto valor agregado. 
 
A cidade é um elemento fundamental no desenvolvimento e planejamento da Amazônia, porque nela a população 
está concentrada, constitui o nó das redes de relações, e pode, inclusive, impedir a expansão demográfica na flo-
resta. 
 
A Amazônia no espaço nacional: uma região em si 
 
A situação de conflito entre desenvolvimento e proteção ambiental transparecia nas políticas públicas da década 
de 1990 que eram, a um só tempo, expressão e indução do conflito. Por um lado, o Ministério do Meio Ambiente 
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que fazia a política da proteção das florestas e, por outro lado, o Ministériodo Planejamento e Orçamento, criando 
corredores de exportação. Evidentemente, os corredores de exportação coincidiam com os ecológicos. 
 
Multiplicaram-se as unidades de conservação, foram demarcadas terras indígenas e se criou o projeto Áreas Pro-
tegidas da Amazônia (Arpa), uma iniciativa do Banco Mundial e do WWF para ampliar em 10% as áreas protegidas 
até 2010. 
 
Nos anos de 1970, o que sustentou a fronteira foram os incentivos fiscais e a migração generalizada do país intei-
ro, esta induzida pelo governo federal. 
 
Atualmente, a migração dominante é intra-regional, de um estado para o outro e, sobretudo, rural-urbana (exceção 
feita ao Mato Grosso, que continua atraindo população de fora, principalmente do Sul e do Nordeste). 
 
Não se trata mais, pois, de uma expansão subsidiada pelo governo federal, como foi a da fronteira nos anos de 
1970. 
 
As frentes estão mais localizadas em torno das estradas que já existiam, as que pretendem ser pavimentadas ou 
as abertas pelos próprios madeireiros e pecuaristas. 
 
Acre e o Amapá se baseiam na estratégia da florestania, modernização do extrativismo. 
“ Lei Estadual de Proteção e Acesso à Biodiversidade do Amapá – Lei n° 0388/97 – propõe uma nova relação ho-
mem-natureza, onde a distribuição das riquezas provenientes da utilização de recursos naturais seja feita de forma 
justa e ambientalmente correta, respeitando-se os critérios definidos. [...] Atualmente, não mais se concebe o de-
senvolvimento somente em função do desenvolvimento econômico. O desenvolvimento sustentável representa 
uma alternativa aos modelos ultrapassados de desenvolvimento, propondo novos paradigmas de crescimento eco-
nômico e social aliado à preservação do meio a i ”(C PIB RIB Janete. Da proteção e acesso à biodiversidade 
no Amapá. P. 23) 
 
O Estado do Amapá, através do Decreto n°1624/99, reconhece que as comunidades locais e organizações indíge-
nas detêm os direitos exclusivos sobre os seus conhecimentos tradicionais, para tanto, obriga o consentimento 
formal destas populações para aceitação da proposta de acesso à biodiversidade em terras ocupadas por esses 
povos 
 
O fraco desenvolvimento econômico e a grande concentração da população do estado na cidade de Macapá têm 
provocado grandes problemas urbanos de ordem sócioambiental, verificados através da ocupação de espaços im-
próprios para moradias como, por exemplo, as áreas de várzea e de ressaca. 
 
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As Principais áreas de preservação/conservação do Estado do Amapá 
19 unidades de conservação 
12 unidades de conservação federais (5 de Proteção Integral - PRESERVAÇÃO) e (7 de Uso Sustentável - CON-
SERVAÇÃO) 
 
5 unidades de conservação estaduais (1 de Proteção Integral) e (4 de Uso Sustentável) 
 
2 unidades de conservação municipais (1 de Proteção Integral) e (1 de Uso Sustentável) 
 
Antes de começarmos a identificar as áreas de preservação e conservação no Estado do Amapá é necessário con-
textualizar a diferença existente entre esses dois termos mencionados e ainda sobre as Unidades de Conservação. 
 
Quando se fala em preservação de uma determinada área, este deve ser entendido como aquela área que não po-
derá sofrer qualquer tipo de alteração antrópica, ou seja, a área estará em regime de proteção integral. 
Quando se tratar em conservação, este deve ser entendido como uma determinada área que será reservada a um 
regime especial de proteção diferente da anterior, neste caso já poderá haver intervenção antrópica, desde que 
seja de forma sustentável. 
 
As Unidades de Conservação (UCs) são áreas com limites definidos e características naturais relevantes, instituídas 
pelo poder público de quaisquer das esferas, Federal, Estadual ou Municipal, com o objetivo de conservação dos 
seus recursos naturais, por meio de um regime especial de administração, ao que se aplicam garantias adequadas 
de proteção. 
 
As Ucs são de extrema importância no Brasil, pois possibilitam manter a diversidade biológica e os recursos genéti-
cos no país. Além de proteger as espécies ameaçadas de extinção, também promovem a sustentabilidade do uso 
dos recursos naturais e preservam e restauram a diversidade de ecossistemas naturais. 
 
Outros benefícios que as UCs conduzem é o seu papel de prestar serviços ambientais, tais como: fixação de carbono 
e manutenção de seus estoques, regularização e equilíbrio do ciclo hidrológico, purificação da água e do ar, con-
trole da erosão, conforto térmico, perpetuação de banco genético, manutenção da paisagem e de áreas de recrea-
ção, lazer, educação e pesquisa científica. 
 
No Regime Jurídico Brasileiro a Lei Federal nº 9.985 de julho de 2000, é a que regulamenta as unidades de conser-
vação do Brasil e nesta Instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). 
 
Unidades de Conservação do Amapá 
 
Cerca de 62% do território do Estado do Amapá está sob regime especial de proteção exclusivas de unidades de 
conservação. 
 
 São 8 unidades de proteção integral e 11 de uso sustentável (USO Susten. ocupando quase 60% do total da área 
protegida). 
 
Cabe salientar que as áreas indígenas não se enquadram em unidades de conservação, mas desempenham um 
papel importante na proteção dos recursos naturais 
 
Principais Unidades de Conservação do Estado do Amapá 
 
Parque Nacional de Cabo Orange 
O PARNA Cabo Orange foi criado pelo Decreto Federal n.º 84.913, de 15 de julho de 1980. Está localizado em terras 
dos municípios de Calçoene e Oiapoque, ao norte do Estado do Amapá. Com uma área relativamente extensa, de 
619.000 ha, a UC protege uma grande extensão de manguezais, com faixas variáveis, chegando a 10 km da costa 
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marítima e com ecossistemas terrestres associados em excelente estado de preservação. Tem como principais ecos-
sistemas de formações pioneiras: Manguezais e campos inundáveis. E ainda Floresta densa de terra firme. 
 
Estação Ecológica Maracá – JIPIÓCA 
A Estação Ecológica Maracá-Jipióca foi criada através do Decreto Federal n.º 86.061, de 2 de junho de 1981. Locali-
za-se na chamada concavidade da costa atlântica do Amapá, próximo ao Cabo Norte. É composta por duas ilhas, 
com uma área total de aproximadamente 72.000 ha. A maior, Ilha de Maracá, tem um formato aproximadamente 
retangular, sendo dividida em Maracá norte e Maracá sul, por um canal denominado igarapé do Inferno. A outra 
ilha, bem menor, conhecida como Jipióca, em consequência das condições hidrodinâmicas locais, vem progressi-
vamente reduzindo de tamanho. O acesso, a partir de Macapá, pode ser feito por via fluvial ou rodoviária até a ci-
dade de Amapá e de lá chega-se às ilhas somente por via fluvial e marítima. Como principais ecossistemas a forma-
ção de pioneiras: manguezais e campos inundáveis. Floresta densa de terra firme. 
 
Estação Ecológica do Jari 
A Estação Ecológica do Jari foi criada pelo Decreto Federal n.º 87.092, de 12 de abril de 1982. A unidade teve a sua 
área alterada pelo Decreto Federal n.º 89.440, de 13 de março de 1984. Localizada a 80 km ao norte da cidade de 
Monte Dourado (PA), com acesso por estrada de terra, ocupa uma área de 227.126 ha, em uma faixa que vai da 
margem direita do rio Iratapuru, cruzando o rio Jari, a leste, até o rio Paru, a oeste. Os dois rios são afluentes da 
margem esquerda do rio Amazonas. Aproximadamente 30% da UC fica no município de Laranjal do Jari (no Amapá) 
e os outros 70% restantes encontram-se no município de Almeirim (no Pará). Como principais ecossistemas tem-se 
a floresta densa de terra firme, campo rupestre e floresta de igapó. 
 
Floresta Nacional do Amapá 
A Floresta Nacional do Amapá foi criada pelo Decreto-Lei Federal n.º 97.630, de 10 de abril de 1989. A finalidade da 
unidade é promover o manejo dos recursos naturais, com ênfase na produção sustentável da floresta, além de 
garantir a proteçãodos recursos hídricos, das belezas cênicas e dos sítios históricos e arqueológicos, caso existam, 
assim como fomentar o desenvolvimento da pesquisa científica básica e aplicada, da educação ambiental e das ati-
vidades de recreação, lazer e turismo. A UC está localizada em terras dos municípios de Amapá, Ferreira Gomes e 
Pracuúba. A área é de 412.000 ha, situada geograficamente na porção central do território amapaense. Tem-se co-
mo principais ecossistemas, Floresta densa de terra firme e floresta de várzea. 
 
Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque 
O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque foi criado por Decreto Federal em 22 de agosto de 2002. Com 
3.867.000 ha, é a segunda maior UC do Brasil (ocupa 0,7% da Amazônia Legal) e a segunda maior área protegida 
em florestas tropicais do mundo. 
 
Abrange terras de cinco municípios amapaenses (Calçoene, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio e 
Laranjal do Jari), além de uma estreita faixa no município de Almerim, no Pará. As terras da UC correspondem às 
glebas de Tumucumaque, Mururé, Oiapoque e Reginá, identificadas e arrecadadas pelo INCRA. Elas foram repassa-
das ao Ministério do Meio Ambiente e, após a criação da unidade, transferidas para o Instituto Brasileiro de Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), atualmente sob a responsabilidade do Instituto Chico 
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Parte dos seus limites passa ao longo das fronteiras com o 
Suriname e a Guiana Francesa. Essa unidade limita-se, ainda, com o Parque Indígena do Tumucumaque, com a 
Terra Indígena Waiãpi e com a Floresta Nacional do Amapá. Como principais ecossistemas tem-se Floresta tropical 
densa de terra firme e floresta tropical densa aluvial. 
 
Reserva Particular do Patrimônio Natural Revecom 
A Reserva Particular do Patrimônio Particular REVECOM foi criada pela Portaria n.º 54-N (IBAMA), de 29 de abril de 
1998, com uma área de 17,18 ha. É de propriedade de uma empresa, a REVECOM Comércio e Serviços Ambientais, 
administrada pelo médico e ambientalista Paulo Roberto Neme do Amorim. Está localizada na área urbana da Vila 
Amazonas, no Município de Santana. É limitada ao sul, pelo Canal Norte do Amazonas, no qual deságuam dois iga-
rapés, um deles chamado Mangueirinha, o qual corta grande parte da RPPN. A topografia é plana, enquanto a área 
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apresenta um cenário constituído por flora e fauna regionais típicas, junto a um braço do rio Amazonas em que exis-
te um ponto de parada de aves migratórias. Como principais ecossistemas tem-se a Floresta densa de várzea e flo-
resta densa de terra firme. 
 
Área de Proteção Ambiental da Fazendinha 
A Área de Proteção Ambiental da Fazendinha foi criada em 31 de dezembro de 2004, pela Lei n.º 0873, com uma 
área de 136,592 ha e o objetivo de conciliar a permanência da população local, a proteção do ambiente e o desen-
volvimento de atividades econômicas por meio do uso racional de recursos naturais. Esta foi a quarta alteração 
realizada neste espaço natural. Em 21/10/74, o Governador do então Território Federal do Amapá, através do Decre-
to (E) nº 030/74, criou nesta área a primeira Unidade de Conservação do Amapá, o Parque Florestal de Macapá, em 
nome da União, sob a administração da Secretaria de Agricultura do Território, com a dimensão de 2.187 ha. Em 
24/04/84, por solicitação da Prefeitura Municipal de Macapá, a área foi transferida ao município pelo Decreto Fede-
ral nº 89.577, com Título de Doação nº 02/84 expedido pelo INCRA. Esta transferência não anulou o ato de criação 
do Parque Florestal, que continuou sob a tutela do Governo do Território. Finalmente, em 14/12/84, o Governador 
do Território, através do Decreto nº 020/84, transformou o Parque em Reserva Biológica da Fazendinha, diminuindo 
consideravelmente seu tamanho para 193,53 ha, que passou a ser administrada pela Coordenadoria Estadual do 
Meio Ambiente (CEMA), atualmente SEMA. A APA limita-se a leste com o igarapé Paxicu, a oeste com o igarapé da 
Fortaleza, ao norte com a rodovia Salvador Diniz (AP-010), a qual propicia o acesso mais fácil à unidade, e ao sul com 
o rio Amazonas. Tem como ecossistemas característicos Floresta densa de várzea. 
 
Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú 
A Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú (APA do Curiaú) está amparada pela Lei Estadual n.º 0431, de 15 de 
setembro de 1998. Ela possui uma área de 21.676 ha e um perímetro de 47,3 km. Situa-se no Município de Macapá, 
a poucos minutos do centro urbano. Limita-se com Campina Grande do Curiaú, ao norte, com a rodovia BR-156, a 
oeste, com a cidade de Macapá, ao sul, e com o rio Amazonas, a leste. 
 
O acesso à área é feito por via terrestre (BR-156, pavimentada, e EAP-070) e fluvial (rio Curiaú, que atravessa a UC de 
leste a oeste). Cerca de 180 famílias vivem na unidade ou em seu entorno imediato em seis comunidades, denomi-
nadas Curiaú de Fora, Curiaú de Dentro, Casa Grande, Curralinho, Extrema e Mocambo. Há, ainda, duas comunida-
des ribeirinhas ao norte da APA, chamadas Pescada e Pirativa. Tem como ecossistemas característicos Campo cerra-
dos, floresta densa de várzea e campos inundáveis. 
 
Localizada próxima da cidade de Macapá, a Área de Proteção Ambiental do rio Curiaú, sofre intensa pressão sobre a 
forma de uso de seu território, principalmente, em virtude da expansão urbana no norte da capital do estado. 
 
No período colonial, a região da atual APA do Curiaú recebeu grupo de negros fugitivos. 
 
Na comunidade do Curiaú, entrelaçam-se festejos e religiosidade popular, na qual o Batuque e o Marabaixo têm 
uma grande importância para o povo da comunidade. 
 
Floresta Estadual do Amapá 
A Floresta Estadual do Amapá foi criada em 12 de julho de 2006, pela Lei n.º 1028/06 do Estado do Amapá, com os 
seguintes objetivos: harmonizar o uso sustentável mediante a exploração dos recursos naturais renováveis e não-
renováveis de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais e dos processos ecológicos, mantendo a 
biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. 
 
Essa UC abrange áreas dos Municípios de Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari, Porto Grande, Mazagão, Fer-
reira Gomes, Tartarugalzinho, Pracuúba, Amapá, Calçoene e Oiapoque. Ela compreende quatro módulos em área 
descontínua, estimada em 23.694,00 Km². Os quatro módulos estão situados em áreas de ecossistema de floresta 
densa de terra firme e presentam uma grande diversidade de espécies de valor madeireiro e não madeireiro. Tem 
como ecossistemas característicos Floresta densa de terra firme. 
 
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Parque Natural Municipal do Cancão 
O Parque Natural Municipal do Cancão foi criado pelo Decreto Municipal n.º 085/2007 – PMSN, de 14 de novembro 
de 2007 e está localizado em terras do município de Serra do Navio. De acordo com o Decreto de criação, o Parque 
possui uma área de 370,26 hectares e tem como objetivo a preservação de amostras da Floresta Amazônica, espé-
cies da fauna e flora, a manutenção de bacias hidrográficas locais e a valorização do patrimônio paisagístico e cultu-
ral do município de Serra do Navio. 
 
Reserva Extrativista Municipal Beija-Flor Brilho de Fogo 
Criada pelo Decreto Municipal n.º 139/2007 – PMPBA, de 19 de novembro de 2007, a Reserva Extrativista Munici-
pal Beija-Flor Brilho de Fogo possui uma área de 68.524,20 ha e está localizada na parte sul do município de Pedra 
Branca do Amapari. Além da proteção dos atributos naturais existentes na área, a criação da RESEX Municipal Beija-
Flor Brilho de Fogo visa proporcionar maiores benefícios às populações extrativistas, proteger seus meios de vida e 
sua cultura, bem como, assegurar o uso sustentável dos recursos naturais existente na área. 
 
Em 2003 é anunciada a criação do Corredor Ecológico do Amapá. Abrangendoárea superior à de Portugal, com 
mais de 10 milhões de hectares, o corredor é o maior do país – ocupa cerca de 70% da área do estado e visa ao 
manejo integrado de 12 unidades de conservação, inclusive o Parque do Tumucumaque, além de abrigar tribos 
indígenas de quatro etnias. 
 
 map e se ro rama e Desen ol imento S stent el 
 a tem uma sit a o ni a entre to os os sta os a ma nia. S e s a rea de 140.276 km2 foi 
desmatada. 
 
Assim, a floresta de mata firme, que ocupa o territ rio, conserva sua biodiversidade praticamente intacta. 
 
 s a a outra particularidade: localizado no extremo norte do Brasil, situa-se na fronteira dos do-
m nios ama ni o, ianense e o e ni o. Isto se traduz em paisagens bem distintas como plan ie, campos inun-
 eis, mangues, cerrados e florestas densas. 
 
O ro rama e Desen ol imento S stent el o map (PDSA), implementado pelo governo estadual, v lv 
 s a gias l icas nas reas s io-am ientais, e on mi as, de infra-estrutura e de a va g v a a local. 
 
 s i destacamos dois projetos, a saber: 
 
i) onser a o e so a io i ersi a e e plantas om apli a o itoter pi as e fitocosm ti as 
 
ii) no o mo elo e est o territorial baseado no uso sustentado de florestas e em assentamento agroextrativis-
tas. 
 
FIM DA POROROCA 
 Pororoca no rio Araguari deixou de existir. 
 
A pororoca era um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com a maré do Oceano Atlân-
tico. 
 
O Rio Araguari nasce no norte do Amapá e corta 7 municípios até a costa leste do Estado. O encontro das águas do 
rio com as do Oceano Atlântico formava uma onda que percorria mais de dez quilômetros. 
 
O último registro do fenômeno ocorreu em 2013. 
 
O fim de um dos fenômenos naturais mais conhecidos do Amapá, a pororoca, parece ser um caminho sem volta. 
Mesmo com investigações e estudos anunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e órgãos ambientais do 
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estado para saber as reais causas e alternativas para o Amapá ter de volta as famosas ondas, especialistas avaliam 
que o retorno do fenômeno tende a ser irreversível. 
 
As possibilidades levantadas por especialistas para o fim da pororoca são a soma de três fatores: 
 
• a construção de três hidrelétricas no rio Araguari; 
• a abertura de canais para levar águas a fazendas; 
• degradação causada pelo pisoteio de búfalos na região. 
 
AMAPÁ DE TERRITÓRIO A ESTADO: 
A criação do Território Federal do Amapá, em 13 de setembro de 1943 por Getúlio Vargas, foi motivada a partir de 
vários fatores, dentre os quais podemos destacar: 
 
A) o descobrimento de jazidas de manganês em Serra do Navio; 
 
b) proteção das áreas de fronteiras; estabelecimento de um base aérea norte-americana no Município de Amapá 
(localização geo-estratégica); 
 
c) a previsão legal para a criação de Territórios Federais que constava na Constituição de 1937; 
 
d) a criação do Território do Acre, que motivou indiretamente também a criação do T.F.A., dentre outros. 
 
O decreto que criou o Território Federal do Amapá (Decr. - lei nº5.812 de 13/09/43) estabeleceu também os três 
primeiros Municípios: Macapá, Amapá e Mazagão. Ocorreu durante o governo de Getulio Vargas. 
 
Em 27 de dezembro de 1943, foi nomeado o primeiro governador do Amapá – Capitão Janary Gentil Nunes 
 
Em 1945 foi criado o município de Oiapoque, e em 1956 o município de Calçoene. 
 
Em 1987 criaram-se os municípios de Santana, Tartarugalzinho, Ferreira Gomes e Laranjal do Jari. 
 
Com a promulgação da Constituição em 05 de outubro de 1988, o Amapá é elevado a categoria de Estado. 
 
O processo de construção do espaço amapaense apresenta em seu histórico períodos de fragmentação, entretanto, 
foi entre os anos de 1987 e 1994 que essa ação se intensificou com a criação de 11 (onze) municípios. Entre as cau-
sas do fenômeno da fragmentação territorial do Amapá neste período estão as reivindicações políticas das elites 
locais e a garantia de verbas estaduais aos municípios 
 
Em 1992, através de plebiscito criaram-se os seguintes municípios: 
Pedra Branca do Amapari; 
Serra do Navio; 
Cutias do Araguari; 
Porto Grande; 
 Itaubal do Piriri; 
 Prúcuúba - é um dos municípios mais novos, foi criado após a transformação do Amapá em Estado e devido aos 
seus ambientes naturais constitui um dos pólos pesqueiros mais importantes do Estado. 
 
Em 1994 foi criado o último Município chamado de Vitória do Jari, definindo a atual configuração do espaço territo-
rial Amapaense com 16 municípios. 
 
OCUPAÇÃO E ECONOMIA 
O Amapá é o maior produtor nacional de manganês, minério que o estado explora desde 1957. 
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As jazidas da serra do Navio foram arrendadas pela Icomi (Indústria e Comércio de Minérios S.A.), empresa funda-
da em Belo Horizonte em 1942, à qual se associou, na qualidade de acionista minoritária, a Bethlehem Steel Cor-
poration, norte-americana. 
 
A Icomi paga ao governo do estado royalties de quatro a cinco por cento por tonelada de minério exportada. 
 
O porto de escoamento é o de Santana, em Macapá, ligado à serra do Navio por 194km de ferrovia eletrificada. Há 
também uma usina de pelotização. 
 
Antes da exploração industrial do manganês, praticava-se apenas o extrativismo primitivo e a pecuária extensiva. 
 
A Icomi possui modernas instalações, construiu uma estrada de ferro com capacidade para 700.000t de minério e 
200.000t de outros produtos e um porto a que podem ter acesso navios de até 45.000t. 
 
Na mesma área da serra do Navio exploram-se, também, pequenas jazidas de cassiterita, columbita e tantalita. 
 
No município de Mazagão exploram-se a borracha e a castanha-do-pará. 
 
Economia: 
A economia do Estado do Amapá é diretamente dependente dos recursos naturais locais. 
 
Macapá, a capital do Estado e área de livre comércio. 
 
A Área de Livre Comércio de Macapá e Santana foi elaborada em março de 1993, através da Lei nº 8.387/91. Ela 
está localizada no estado do Amapá e ocupa uma área de 220 mil/km², onde são desenvolvidas atividades de min-
eração, agricultura, pecuária e piscicultura. 
 
Ela é juridicamente controlada pela SUFRAMA, possui suspensão de impostos de Importação e dos Impostos sobre 
Produtos Industrializados, e sobre as mercadorias estrangeiras que nela entram. 
 
A mesma fomentou um crescimento populacional acelerado do Amapá, atraindo migrantes principalmente do 
Pará, Maranhão e de outros Estados brasileiros. 
 
Acelerou o processo de urbanização gerando uma ampliação dos problemas urbanos. 
 
Zona Franca de Macapá e Santana, chamada também de Zona Franca Verde. 
 
Prevista na Lei 11.898/2009, a Zona Franca Verde visa assegurar às indústrias que nela se instalarem um conjunto 
de benefícios fiscais. 
 
Diferente da Zona Franca de Manaus, a Zona Franca Verde de Macapá e Santana beneficia os produtos em cuja 
composição final de fabricação haja preponderância de matérias-primas regional. 
 
O objetivo da Zona Franca Verde é a promoção do desenvolvimento sustentável, a partir de sistemas de produção 
vegetal, animal e mineral; ecologicamente sustentáveis, coligados à proteção ambiental e ao manejo saudável de 
unidades de conservação. 
 
Pretende-se, assim, melhorar a qualidade de vida da população, gerar emprego, renda e promover a conservação 
da natureza. 
 
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A posição geográfica privilegia o Amapá para o sucesso da Zona Franca Verde de Macapá e Santana, haja vista que 
de fato, a Área de Livre Comércio está localizada no estuário do rio Amazonas. 
 
Nada menos que o ponto do Brasil mais próximo dos Estados Unidos, do Platô das Guianas, do Caribe e da Europa. 
 
Além disso, o Estado dispõe de ampla rede hidrográfica e as duas cidades, de completainfraestrutura portuária e 
de um Distrito Industrial, sem contar ainda com a fácil penetração no mercado europeu. 
 
Tributação diferenciada 
Outro fator a se observar é que a composição da base de cálculo de impostos nas Áreas de Livre Comércio Macapá 
e Santana (ALCMS), difere do restante do país, pois custo tributário e reduzido em função do abatimentos de incen-
tivos fiscais (PIS/COFINS/ICMS/IPI) concedidos as empresas instaladas, pois o critério de tributação é diferenciado. 
Na prática, a lei permite que empresas possam fabricar produtos no Estado com isenção do Imposto sobre 
Produtos Industrializados (IPI), desde que sejam mercadorias fabricadas a partir de matéria-prima vegetal, animal 
e mineral (em alguns casos) da Amazônia. 
 
“ ssas indústrias que virão para Macapá e Santana não irão fabricar televisão e nem motocicletas como em Ma-
naus, mas uma empresa como a Natura poderá montar um polo industrial aqui, assim como fábricas do ramo de 
medicamentos, fertilizantes, de beneficiamento da madeira, pescado, fabricação de ração, entre outras a ivi a s” 
 
Um dos objetivos é retirar o estado da economia do contracheque e estabelecer de empresas no parque industri-
al. 
 
Recentemente, depois de uma luta de seis anos para regulamentar a Zona Franca Verde (ZFV) no Amapá, dois pro-
jetos de investimentos no estado foram oficialmente aprovados durante uma reunião do Conselho de Admin-
istração da Suframa (CAS), órgão que administra os corredores econômicos com incentivos fiscais na Amazônia. 
 
Duas empresas, uma de produção de sorvete e outra de ração para animais, foram as primeiras selecionadas para 
compor o corredor econômico da ZFV de Macapá e Santana. 
 
Os empreendimentos vão receber incentivo com isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) por fab-
ricarem produtos que têm como matéria-prima ingredientes da Amazônia. 
 
Juntas, as empresas devem movimentar cerca de R$ 43,5 milhões na economia do Amapá. A expectativa do gov-
erno é de gerar quase 400 novos empregos. A partir da industrialização da Zona Franca Verde, o estado é incluído 
no programa de exportação do Brasil. 
 
Destacam-se na composição da economia do estado do Amapá as atividades extrativistas tanto vegetais como mi-
nerais. 
 
A economia do Amapá possui pouca participação no PIB nacional e se concentra basicamente na extração da casta-
nha-do-pará, de madeira e na mineração de manganês. 
 
Desde 1995, com a criação do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (PDSA), o governo do estado 
desenvolve ações que associam crescimento e preservação ambiental. Os principais produtos estão relacionados 
com o extrativismo ou com o manejo da floresta: arcos e estacas de madeira, cavacos de pínus, palmito, castanha-
do-brasil e açaí. 
 
O manganês, que já foi a base da economia amapaense, perde importância com o esgotamento das jazidas. Ainda 
assim, o estado é um dos maiores produtores do mineral no país. 
 
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Mandioca, arroz, milho, feijão e banana são as culturas mais comuns. Destacam-se também a pesca e a criação de 
búfalos. 
 
O Amapá apresenta sérios problemas nas áreas de energia, comunicação e transportes – não existe ligação rodovi-
ária com o restante do país. Esse isolamento aproxima o estado de parceiros comerciais no exterior, como a Guiana 
Francesa e, por decorrência, a França. 
 
O estado é um dos maiores compradores dos produtos do Pará, estado ao qual é muito ligado. 
Macapá e o Amapá consomem produtos alimentícios e de outros gêneros principalmente da região do Marajó (Pa-
rá). 
 
No extrativismo vegetal são exploradas a castanha-do-pará, palmito e as madeiras. 
 
Entre os minerais mais encontrados no estado estão as jazidas de manganês, ouro, caulim e granito. 
 
A produção agrícola está baseada no cultivo de arroz e mandioca. 
 
Na pecuária predominam as criações de búfalo e o gado bovino. 
 
O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do estado, ou seja, a extração mineral, a 
madeira e também a pesca. 
 
Além do manganês, o Amapá tem também grande reserva de recursos naturais que inclui minerais como o ouro, 
explorado nos garimpos dos rios Calçoene, Cassiporé e Igarapé de Leona, além do rico veio existente no rio Gaivo-
ta. 
 
Diamantes são também muito encontrados na região de Santa Maria. 
 
A 80 km da capital, Macapá, existe uma jazida de 9,6 milhões de toneladas de hematita, com 70% de ferro, explo-
rada pela empresa Hanna Company. 
 
AGRICULTURA 
A atividade agrícola é cultivada em pequena escala, sendo considerada uma cultura de subsistência. A participação 
no abastecimento do mercado local é insignificante não havendo excedente para exportação. 
 
Isso é resultado da limitação de recursos destinados aos projetos de fomento ao setor decorrente da situação fi-
nanceira imposta pelo governo federal na contenção do déficit público que atingiu o Amapá de modo contundente 
influenciando a ação estadual na área rural. 
 
O setor privado mostra-se incipiente na organização dos produtos em associações, cooperativas e sindicatos, que 
restringe o seu poder de negociação na busca pelo desenvolvimento de suas atividades, principalmente no que se 
refere a crédito, distribuição e comercialização dos produtos. 
 
Para o suprimento da demanda interna, o mercado importa grande do seu consumo. Muito embora existam boas 
perspectivas de desenvolvimento agrícola tendo e, vista as condições adequadas e bons solos e climas, propícios, 
para o cultivo de culturas temporárias como: arroz, laranja, limão e outros. 
 
Arroz 
Com poucas tradição no Amapá, o cultivo do arroz utiliza o sistema produtivo consorciado com a mandioca ou o 
milho. 
 
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O cultivo do arroz em Macapá respondeu por duas demandas: uma em resposta às necessidades de abastecimento 
local num momento de afluxo de trabalhadores para a construção da Fortaleza de São José e as vilas de coloniza-
ção, e a outra demanda provinha da exportação de arroz para Lisboa. 
 
Milho 
O milho, cultura de grande significado para o Amapá, também vem apresentando queda de produção nos últimos 
anos. Como nas demais culturas temporárias no período analisado, caíram a produção ( 19,68) e área colhida ( 
946,78). 
 
Feijão 
A produção de feijão vem decaindo desde 1986, tendo apresentado em 1977 uma substancial queda na quantidade 
produzida (72,58%). O feijão cultivado no Amapá é o caupi (feijão da colônia), de pouca aceitação para consumo por 
parte da população de classe média. O governo vem tendando incentivar o cultivo, devido à importância na alimen- 
tação da população de baixa renda. Por isso vem fomentando o seu cultivo com a distribuição de sementes selecio-
nadas através de subsídios ao preparo da área mecanizada. 
 
Mandioca 
É cultura da maioria dos agricultores em decorrência do hábito alimentar da população amazônica, sendo a produ-
ção destinada à subsistência. 
 
Horticultura 
A produção de hortaliças está concentrada no Pólo-Hortigranjeiro, em Fazendinha na Colônia Agrícola de Matapi e 
na periferia de Macapá. 
 
As principais espécies produzidas são: couve, coentro, chicória, cebolinha, alface, tomate, feijão-verde, chuchu, 
pepino e salsa entre outros. 
 
A iniciativa do governo para incentivar essa atividade foi a instalação do Pólo- Hortigranjeiro, dotado de estradas em 
boas condições de tráfego, energia elétrica e sistema de irrigação central, beneficiando 34 produtores. 
 
 Em relação à Colônia Agrícola do Matapi e periferia de Macapá, o apoio do governo concentra-se principalmente no 
escoamento da produção, através dos veículos da Secretaria e na comercialização,por meio da organização da feira 
do produtor. 
 
Economia TURISMO: 
Coberto pela Floresta Amazônica, a atividade turística é pouco explorada pela falta de infra-estrutura. 
 
 a ap um porto fluvial si aa ais la g ais a l a i a as la s 
a a i lag a a . a esso i a e poss el por ia a rea ou de barco. 
 
O orte e S o os e a ap , que e ori em cidade, foi fundado em 1688. v a c 
s a s vila c s aca . 
 
Entre os principais atra iv s s ic s da cidade encontra-se a i re a e S o os e a ap , c s da em 1761, 
 c g g a mero de portugueses ao local. s aca c s do en-
 a l g a de terra que ava a pelo rio Ama as a a a da cidade, que atualmente 
encontra-se em sua zona central. 
 
A linha do Equador, conhecida como "Marco Zero", s a c s a la i c a-s a c a 
ci a aca s alca ada pela Rodovia Juscelino Kubitscheck. 
 
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Na cidade de Laranjal do Jari a s l aca encontra-se a cachoeira de Santo Antonio, a g a de 30 
metros de altura, que proporciona linda paisagem. 
 
 Porto de Santana, a s l aca existe uma variedade de passeios de barco que po s i s las 
il as i a as i cl i a il a a a s iga a s s s i s ca ais as il as a i do Oia-
poque, ao norte, s visi a a a a de fronteira com a Guiana Francesa. 
 
Parque Nacional do Cabo Orange - C a c a s a gi da a a do Oiapoque, ex 
 s a a o parque foi criado em 1980 e se estende ao longo da costa, passando pel s ic i s 
 ia Cal O ac ss a a s a av s da rodovia BR-156 liga aca a Oiapoque e Cleve-
l ia a i a c a ia a a c sa P a ser alca a a c a a i aca ou 
Porto Santana. 
 
Pororoca - alav a ig i g a ssa a l i l do en ontro as as o 
rio ma onas om o o eano tl ntico c v l s g c a ic la 
vi l as a s de primavera. 
 
 a i i a as c as g as a as a v i s il s dentro do oceano. Em segui-
 a a a a i v l a a i de seu curso e este se expande pela terra ao redor, inun an o to a a 
re i o, inclusive praias e as il as ais asas ssa a i i i s a s as g as c a 
a s a ss a a i i a a do mar contra seu percursos. 
 
 c a al a ssa is a s c a a a a a penetra no est rio do rio Amazonas. As ondas crescem a 
uma altura de 4 metros, c s s vi s a v i s il s is cia ss s c l natu-
 al s s va v i s s s i do Amazonas, mas sua performance mais impressionante ocor-
 ai a i si a li al a Existem barcos que levam os turistas ao delta do rio Arag a i 
 a ica alaga viag a as a a i aca 
 
PECUÁRIA 
A pecuária do Amapá é extensiva sem aplicações das técnicas recomendadas e manejos adequados às peculiarida-
des da região. Os programas de incentivos do governo à pecuária são as realizações das exposições, feiras e aquisi-
ção de animais melhores em outras Unidades da Federação, para revenda aos criadores com vistas à melhoria do 
padrão de rebanho, além da assistência técnica aos produtores. 
 
Muito embora o Amapá seja adotado de condições favoráveis para o cultivo da pecuária extensiva com predominân-
cia para a criação do gado bovino e bubalino, ainda não possui uma pecuária de corte em condições de atender as 
necessidades do mercado interno. Assim, sendo, importa de outros centros produtores aproximadamente 90% do 
seu consumo, acontecendo o mesmo com a produção do frango e suínos. O principal centro fornecedor de carne é 
o Estado do Pará (Ilha do Marajó). 
 
O seguimento do Cerrado, entre os municípios de Calçoene e Ferreira Gomes, é marcado pela presença de comuni-
dades rurais, centros urbanos e por formas de usos diversificados, como pequenas propriedades, empresa particu-
lar, pecuária extensiva, assentamentos agrícolas, exploração mineral e sítios descontínuos de silvicultura 
 
Pesca 
É considerada de grande expressão econômica cujo potencial ainda não foi devidamente avaliado e nem explorado 
na extensão do nível de importância que representa como fonte de abastecimento e investimento para o Amapá. 
 
 As principais áreas de exploração são: Porto de Santana, Arquipélago do Bailique, Vila do Sucuriju, Ilha de Maracá, 
Foz do Cassiporé e Costa do Amapá. 
 
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As espécies mais exploradas são: piramutaba, pescada, filhote, dourado, gurijuba, pirarucu, tambaqui, pirapitinga, 
tucunaré, piranha, traíra, acará, aruanã, sarda, jiju, tamuatá, etc. Além das espécies acima citadas, o Estado do Ama-
pá possui sua costa rica em espécie de crustáceo de grande valor de mercado (camarão-rosa, camarão da água 
doce e o carangueijo). 
 
O sistema produtivo predominante na atividade pesqueira é o artesanal, utilizando uma tecnologia simples tanto 
nos processos de capturas e conservação como nas embarcações utilizadas nas pescarias. Pode-se observar a pesca 
artesanal em duas modalidades principais conforme áreas de ocorrência. 
 
Pesca de água doce 
Ocorre nas áreas lacustres, caracterizada pela utilização de pequenas embarcações, notadamente montarias, como 
capacidade média de 200kg de carga e apetrechos de pesca de pequeno porte, destacando-se a rede de malhar, 
linha de mão, pequenos espinhéis e matapi, sendo este último usado na pesca do camarão regional. 
 
Áreas indígenas: 
Foi o primeiro estado brasileiro a ter todas suas áreas indígenas demarcadas. 
 
A população indígena do estado do Amapá está estimada em 4.100 habitantes, divididos em quatro grupos - Galibi, 
Juminá, Uacã e Waiãpi - que ocupam área total de 1.091.454 hectares. Todas essas áreas já se encontram definiti-
vamente demarcadas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do Governo Federal responsável pela 
questão indígena no país. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
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senado-governadores-da-regiao-norte 
 
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