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PPRREEPPAARRAAÇÇÃÃOO PPAARRAA OO EEXXAAMMEE ESCOLA TÉCNICA CONGONHAS CIAC – CENTRO DE INSTRUÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL EMG – EMERGÊNCIAS A BORDO (EMERGÊNCIA E COMBATE AO FOGO) www.escolatecnicacongonhas.com.br EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 02 É uma situação anormal que pode ocorrer em vôo, terra, mar, decolagem e pouso, que coloca em risco a segurança da aeronave e de seus ocupantes. EMERGÊNCIAS I - Introdução Os tripulantes devem ter conhecimento absoluto dos procedimentos de emergência bem como da localização, tipo e utilização correta de todos os equipamentos de emergência disponíveis nas aeronaves. Para que, diante de uma situação anormal, atuem de forma correta, aplicando o bom senso, liderança, segurança, rapidez e eficiência, com o objetivo de evitar o pânico e garantir a sobrevivência do maior número de pessoas possíveis. EMERGÊNCIA II – Autoridade a bordo O comandante ou o piloto em comando é o responsável, e é a autoridade final na operação da aeronave. Possui controle total e autoridade absoluta sobre pessoas, bens, valores e membros da tripulação, sendo que os últimos, a partir do início da viagem até o seu final, e os demais a partir do embarque até o seu desembarque. No caso de um pouso forçado, a autoridade do comandante persiste até que as autoridades competentes assumam a responsabilidade pela aeronave, pessoas e valores e continua ainda sobre a tripulação até o regresso à base. Hierarquia a bordo No caso de incapacidade do comandante e/ou membros da tripulação, a hierarquia de comando obedecerá a seguinte seqüência: Piloto em comando – CMTE; Co-Piloto; Engenheiro de vôo – FE; Chefe de Equipe; Tripulantes de Cabine (em ordem hierárquica). EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 03 Acesso à cabine de comando Nenhuma pessoa, além dos tripulantes, poderá ser admitida na cabine de comando durante o vôo sem estar autorizado pelo comandante. Quando autorizadas pelo comandante, deverão ser feitas de forma discreta. Para evitar qualquer interrupção nas comunicações ou procedimentos, os comissários deverão fazer-se anunciar, a fim de advertir sua presença e entregar a mensagem clara e específica. Cockpit Estéril O conceito de Cockpit Estéril corresponde ao período em que os pilotos não devem ser interrompidos em suas atividades, salvo em situações anormais ou emergência. O período de Cockpit estéril se ativa em terra imediatamente antes da decolagem e continua durante a subida até 10.000 FT (aproximadamente 10 min.) Durante a descida, ao cruzar 10.000FT, se reinicia até o abandono da pista depois do pouso. Toda comunicação com a cabine de comando durante a fase de cabine estéril deverá ser realizada pelo interfone. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 04 III - Briefing Procedimento prévio ao vôo que se realiza em coordenação entre comandante, Chefe de Equipe e tripulação de cabine, cobrindo os seguintes pontos: Pontualidade; Apresentação pessoal; Documentação de tripulante de cabine; Designação de funções; Documentação de pax e avião; Cockpit estéril; Reabastecimento de combustível; Check dos equipamentos de emergência; Passageiros (recepção, despedida); Anúncios e procedimentos de demonstração de emergência; Coordenação para o serviço de bordo; Check das cabines Procedimentos de emergência, etc. IV – Procedimentos Rotineiros de Segurança Uma vez abordado no avião, é responsabilidade de cada tripulante de cabine efetuar um rigoroso check pré-vôo dos equipamentos de emergência na cabine de passageiro condizente à: localização, fixação, integridade, validade, etc. Obs: 1. Caso seja detectada qualquer irregularidade no equipamento de emergência, o tripulante de cabine deve reportar imediatamente ao Chefe de Equipe e este ao comandante. 2. Durante o check dos equipamentos de emergência o tripulante de cabine deverá realizar o briefing mental sobre a localização, utilização e procedimentos de emergência, de acordo com a estação que foi designada. Deverão checar, também, posição e conteúdo do Kit de demonstração, funcionamento do sistema de vídeo, limpeza do visor do trem de pouso, medidor de água, check dos toiletes, galleys e passarela. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 05 Pré-Vôo – Check-list A- Portas Scape slide desarmado Fita de segurança Fita do visor B – Manômetro Scape Slide Pressão (2700 a 3000 PSI) C – Jump Seats Funcionamento retrátil; Cinto de segurança operativo; Colete salva vida, se requerido. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 06 D – Equipamento de Emergência Localização; Fixação; Integridade; Validade; Lacre; Capacidade; Pressão Operacionalidade; E – Painel de CMS Operacionalidade. F – Equipamento de demonstração Kit de demonstração completa e em posição; Vídeo – áudio – telas operativas. G – Assento passageiro Cartão de instrução de segurança; Cinto de segurança; Encosto da poltrona – posição vertical; Mesinhas fechadas e travadas. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 07 H – P.S.U. – Unidade de serviço do passageiro Luzes individuais de leitura; Chamada de CMS; Gasper Fan. I – Janelas de Emergência Cartão de instrução de segurança. J – Visor do trem de pouso Limpeza. K – Overhead bins Abertos EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 08 L – Toilettes Limpeza: sabonete, papel higiênico, papel toalha, assento protetor, água; Detector de fumaça (energizado); Tampa do assento (abaixada) Extintor HALON Luz; Chamada de CMS; M – Cortinas Atadas nas presilhas N – Galleys Seguros funcionando; Circuit brakers (Check efetuado) Material – prataria, miscelâneas; Comida – temperatura, quantidade, menu; Bebida – temperatura, quantidade; EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 09 Trolleys – integridade – trava – operacionalidade. O – Check terminado. Reporte com observações ou Ok; Equipe ao Chefe de Equipe; Chefe de Equipe ao Comandante. Embarque de Passageiros O Chefe de Equipe será comunicado, com devida antecipação, do embarque de passageiros para que a Tripulação de Cabine esteja preparada e em suas posições para recepcioná-los. Durante o embarque dos passageiros, os comissários deverão orientá- los quanto ao número de assento e assisti-los com suas bagagens de mão, as quais deverão ser acomodadas nos overhead bins ou debaixo do assento. Há certos passageiros que necessitam de uma atenção especial, por sua própria condição física, requerendo cuidados diferenciados, portanto terão o embarque prioritário e não poderão ocupar os assentos das saídas de Emergência. São eles: Menores desacompanhados; Gestantes; Deficientes físicos; Deficientes visuais; Deficientes auditivos; Enfermos; Idosos; Presos; PAX acompanhados com crianças; PAX em maca; PAX que não dominam o idioma (cartão de instrução de segurança). Durante o embarque dos PAX, a Tripulação de Cabine deve permanecer atenta para que nenhuma bagagem de mão venha obstruir e/ou dificultar o acesso aos equipamentos de emergência. O Comandante deve ser informado de qualquer situação que possa atentar contra a segurança a bordo, comoPAX em estado de embriaguez, etc. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 010 O número de PAX por fila não poderá exceder ao número de máscaras de oxigênio do PSU. Concluindo o embarque efetua-se a contagem dos PAX, proporcionando o número PAX, colos, deficientes, doentes, grávidas, tripulantes extras e outras informações ao comandante, obtendo a autorização para fechar portas. Portas fechadas, conectar escapes-slide. Efetuar alocução específica Demonstração de Segurança aos Passageiros De acordo ao RBHA (Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica), os PAX’s devem ser informados através de um vídeo ou por P.A.(Public Adress, sistema de som da aeronave usado pelos tripulantes), da localização e uso dos Equipamentos de Segurança contemplados na aeronave por meio de uma demonstração de segurança realizada pela Tripulação de Cabine, antes da decolagem: Proibição do uso de equipamentos eletrônicos; Uso dos cintos de segurança; Proibição de fumar Encosto das poltronas na posição vertical; Obrigação de colocar a equipagem de mão em lugares adequados; Localização das saídas de Emergência. Uso das máscaras de Oxigênio; Colete salva-vidas (vôos sobre o mar, mais de 50 milhas náuticas da costa) Cartão de instrução de segurança. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 011 Obs.: 1 – A alocução/anúncio/speech aos PAX deve ser feita pelo Chefe de Equipe ou outro tripulante por ele designado. O speech pré- vôo feito aos PAX’s é uma medida preventiva de segurança 2 – Aeronaves que dispõem de assento da poltrona como elemento de flutuação, se faz referência a eles no cartão de instrução de segurança. Durante a demonstração, a Tripulação de Cabine deve mostrar uma atitude profissional. Dar-se-á informações individuais aos PAX’s que possam necessitar assistência, tais como: Menores desacompanhados; Grávidas; Deficientes; Idosos; Adultos com bebê; Doentes. Finalizada a demonstração, a Tripulação de Cabine completará o check de cabine para decolagem: PAX’s sentados com cintos de segurança; Não permitir mais de quatro PAX em cada fileira de três poltronas; Encosto das poltronas na posição vertical; Mesas fechadas e travadas; Saídas de emergência sem obstáculos; Cortinas atadas nas presilhas; EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 012 Luzes da cabine – posição night (vôo noturno) Galley travadas e desligadas Toilettes – desocupados e tampas do vaso sanitário abaixadas; Nota: 1. Colos não devem estar atados no mesmo cinto de PAX adulto; 2. Não permitir PAX dormindo ou deitado durante a decolagem e pouso; 3. PAX acompanhados de colos ou crianças devem ser orientados quanto à necessidade de puxar as máscaras destes; 4. O uso do cinto inercial tóraco abdominal para Tripulação de Cabine é obrigatório; 5. Em vôos noturnos, equipamento B737, o seletor de iluminação deve estar na posição: - night: cabine de PAX; - dim: vestíbulo dianteiro. 6. Se o aviso de apertar cintos permanecer aceso por tempo prolongado, o Chefe de Equipe deve verificar através do interfone junto ao cockpit qual a situação existente. 7. Deve-se evitar entrar em contato com o cockpit por 10 min. após a decolagem. 8. Em vôo noturno, nunca abrir a porta do cockpit sem antes reduzir as luzes adjacentes; 9. Não permitir a permanência de PAX na área da galley Uma vez concluído o check de cabine para decolagem e ou aterrissagem, o Tripulante de Cabine proporciona Ok ao Chefe de Equipe e este ao CMTE e imediatamente devem ocupar seus respectivos assentos com cinto de inércia e ventral e preparar-se mentalmente para decolagem/aterrissagem. Os Tripulantes de Cabine deverão sentar em suas estações de Emergência (jump seats) designadas para decolagem e pouso. Esta designação de estação será realizada durante o briefing pelo Chefe de Equipe. Durante toda a operação, os jump seats serão utilizados exclusivamente pelo pessoal que possui licença de vôo. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 013 Equipamento Eletrônico É proibida a utilização a bordo de qualquer aparelho eletrônico emissor de energia eletromagnética, sendo obrigatória à realização do anúncio respectivo antes da decolagem. Estão proibidos durante todas as etapas do vôo: - Telefones celulares; - Aparelhos de controle remoto; - Televisores; - CD players; - Transmissores de rádio e transistores. Estão permitidos os usos em terra e/ou em vôos nivelado: - Walkman; - Barbeadores; - Pagers; - Filmadoras; - Máquinas fotográficas; - Computadores pessoais (somente em vôo nivelado). Durante o procedimento de descida é proibida a utilização de qualquer aparelho eletrônico. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 014 V – Equipamentos de Emergência São equipamentos que estão dispostos a bordo em locais de fácil acesso, em número e quantidade de acordo com a especificação de cada aeronave e número de assentos disponíveis dentro das mesmas. Têm a finalidade de auxiliar os Tripulantes em situações adversas que poderão vir a suceder, sendo eles: Garrafas de oxigênio: sistema fixo, sistema portátil; Extintores de incêndio; Óculos anti-fumaça; Machadinha; EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 015 Luvas de amianto; Megafone; Detector de fumaça; Rádio Beacon; Luzes de Emergência; Coletes salva-vidas; Assentos flutuantes; Cordas de escape rápido (scape rope); Escape Slide; EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 016 Bote; Kit de sobrevivência; Kit de médico – Emergency Medical Kit; First Aid Kit. Sistema fixo de Oxigênio As aeronaves pressurizadas possuem um sistema de fornecimento de Oxigênio em caso de perda de pressão de dois tipos: - Gasoso: Oxigênio armazenado em cilindros – para PAX e TRIP - Químico: Oxigênio resultado de uma reação química que ocorre dentro de geradores para PAX e CMS. Este Oxigênio (gasoso e químico) estará disponível através de máscaras oro-nasais que caem automaticamente dos compartimentos da PSU (Unidade de Serviço do PAX), quando a altitude interna da cabine atinge 14.000FT, quando então: as máscaras irão cair automaticamente; deverão ser puxadas para baixo; deverão ser colocadas sobre o nariz e a boca e ajustar a tira elástica em volta da cabeça O fornecimento do Oxigênio - GASOSO – ao cair às máscaras e uma delas for puxada, dá-se o fluxo de Oxigênio somente para a máscara puxada. Este fluxo poderá ser cortado a qualquer momento, se EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 017 necessário, através de aletas localizadas nos PSU’s e da alavanca verde na cabine de comando. O fornecimento de Oxigênio – QUÍMICO – ao caírem as máscaras e uma delas for puxada, dá-se o fluxo de Oxigênio para todas as máscaras do conjunto. Este fluxo não poderá ser interrompido e terá uma duração de aproximadamente 15 min. Obs.: Máscaras oro-nasais conectadas ao sistema fixo de oxigênio de emergência do avião encontram-se: o Em cada PSU (no conjunto de 3 assentos de PAX – 4 máscaras) o No teto dos toilettes (2 máscaras) o Sobre os assentos dos CMS (2 máscaras) Operação: o Puxe a máscara; o Coloque sobre o nariz e a boca; o Ajuste o elástico à volta da cabeça; o Respire normalmente. Nota: O sistema de oxigênio fixo que supre a cabine de PAX pode ser ativado: automaticamente,eletricamente e manualmente. Sistema Portátil de Oxigênio com Máscaras Oro-Nasais EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 018 São cilindros portáteis para auxiliar em situação de Primeiros Socorros ou depois de uma despressurização. São conhecidos também como Oxigênio Terapêutico. As garrafas portáteis de Oxigênio Terapêutico estão localizadas na cabine principal para atender PAX e TRIP com insuficiência respiratória e estão equipadas com máscaras oro-nasais Estes cilindros têm capacidade de 311 litros e proporciona oxigênio em 2 fluxos: FLUXO LTS x MIN DURAÇÃO APLICAÇÃO HI 4 77’ {1h, 17 min} Adulto e PAX traqueotômico LO 2 154’ {2h, 34 min} Crianças e bebês Obs.: bebês: LO – a mangueira mais próxima do nariz pax traqueotômico: HI – mangueira no orifício da traquéia Check pré-vôo Localização Fixação Integridade Pressão: 1.500/1.800 PSI Máscara oro-nasal: fechada hermeticamente Saída: HI – LO. Procedimento para aplicação do oxigênio terapêutico: Informar cockpit Retirar o cilindro mais próximo Retirar a maquiagem da área do nariz e boca Reclinar a poltrona do PAX Abrir o registro até o final e voltar cerca de ¼ para evitar que trave completamente aberta Checar se há fluxo de Oxigênio Aplicar máscara sobre o nariz e boca do PAX e ajustar o elástico a volta da cabeça Acomodar o cilindro próximo ao PAX usando a alça do suporte Controlar o uso do Oxigênio observando o PAX Interromper a administração a cada 15min. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 019 Sistema Portátil de Oxigênio com Máscara Full-Face São cilindros portáteis para proteção no combate ao fogo. Seu fluxo é a pedido. Check pré-vôo: Localização; Fixação; Integridade; Máscara íntegra acoplada ao cilindro Pressão do cilindro Operação Retirar o cilindro; Limpar o rosto; Abrir o registro até o final e voltar cerca de ¼ para evitar que trave completamente aberto; Colocar a máscara e ajustar as tiras de borracha até sentir que a máscara está selada; Respirar normalmente; EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 020 Extintores de Incêndio (equipamento de extinção ao fogo – vide Capítulo “Combate ao Fogo”) Durante a ocorrência de fumaça ou fogo, a coordenação entre os tripulantes é essencial para um combate efetivo, havendo a intervenção mínima de 3(três) Tripulantes de Cabine: Operador: o detecta e identifica; o corta circuitos elétricos; o usa extintor. Transmissor: o mantém o CMTE informado - lugar do incêndio, o que se queima, quantidade de fumaça, ações tomadas. Assistente: o proporciona o equipamento necessário o retira PAX da área afetada, garrafas de Oxigênio, PBE, material combustível, coletes salva vidas, se necessário ter outro extintor à mão. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 021 ATENÇÃO: Localize o fogo Combata o fogo Avise o CMTE Divida as tarefas Nunca abandone o fogo Previna o pânico Quando o fogo estiver apagado: monitore a área até aterrissar; tranqüilize PAX / aplicar Primeiros Socorros, se necessário Técnica: atuar = rápido usar = extintor correto cortar = fonte de corrente dirigir = jato para a base do fogo mover = extintor de lado a lado usar = todo o conteúdo C.A.F. – Capuz Anti-Fumaça ou P.B.E. – Protective Breathing Equipment É um equipamento de emergência para proteção dos órgãos da respiração e visão. Está contido em uma bolsa plástica a vácuo dentro de uma caixa verde, a qual tem um visor para o respectivo cheque. Consiste em um capuz de fibra de vidro; é mais estreita na área do pescoço, ajustando assim, a parte cervical. Dispõe de um visor desembaçador e um gerador químico localizado na parte posterior do capuz; proporciona oxigênio por 15min aproximadamente. Cheque Pré-Vôo. localização fixação visor na cor azul celeste Operação 1. retirar a maquiagem e brincos grandes ou pontiagudos que possam provocar perfurações no selo. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 022 2. remover a caixa do seu alojamento 3. remova o capuz da caixa 4. abra a embalagem a vácuo 5. puxe a argola “pull to actuate” – para dar início a geração de Oxigênio 6. verificar o fluxo de Oxigênio e a hora de início de uso 7. vista o capuz: a. segure o equipamento pelo final do capuz abrindo o selo com os dedos polegares; gerador deve permanecer atrás b. abaixe a cabeça, vista o capuz c. permanecendo com a cabeça vertical, puxe o capuz para baixo, ajustando-o no pescoço d. evite que roupas ou cabelos longos permaneçam entre o selo e o pescoço e. evite tocar o gerador químico 8. para retirá-la, incline-se e segure o capuz pela parte superior. Precauções para o uso: não usar se a embalagem transparente estiver violada não usar se o visor estiver com a cor rosa (indicador de umidade) não usar se não escutar o ruído característico do fluxo de Oxigênio depois de usá-lo, o Tripulante de Cabine e o equipamento devem permanecer distante das chamas por alguns minutos. Machadinha É usada para cortar fuselagem, abrir passagem em certas áreas quando as saídas normais estiverem bloqueadas. Está composto por uma folha cortante, uma pontiaguda e um cabo isolante de eletricidade (25.000 volts). Cheque Pré-Vôo localização fixação Luvas de Amianto EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 023 Utilizados para proteger-se em incêndio, pegar peças ou objetos com alta temperatura. Cheque Pré-Vôo localização Óculos Anti-fumaça São óculos plásticos que servem como proteção contra fumaça Cheque Pré-Vôo localização Detector de fumaça Sistema que detecta a fumaça localizada no teto de cada lavatório. Funciona com bateria e se ativa automaticamente, emitindo um sinal auditivo, quando houver moléculas de fumaça. Cheque Pré-Vôo Verificar se a luz verde está acesa (sistema energizado) Megafone É um amplificador de voz portátil, que permite a comunicação em situação de Emergência ou, falta de sistema P.A. Funciona com bateria própria, possui um gatilho, um microfone e um amplificador. Cheque Pré-Vôo localização EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 024 fixação operacionalidade (pressione o gatilho e fale no microfone) Rádio Beacon É um cilindro metálico, vermelho, portátil, resistente à água e flutuante. Tem bateria própria, antena, bolsa plástica e corda. A bateria se localização na base do cilindro e é ativada ao contato com a água, transmitindo sinais de Emergência através de duas freqüências internacionais de resgate, para facilitar e agilizar a localização dos sobreviventes, por um período de 48h. Os sinais de Emergência são interrompidos ao retirá-lo da água e/ou colocá-lo em posição horizontal. Uma vez retirado da água e depois que sua bateria tiver secado, não voltará a transmitir. Caso necessário pode fazê-lo funcionar em terra, introduzindo a bateria em uma bolsa plástica ou recipiente com líquido, não corrosivo, nem inflamável. As freqüências internacionais de resgate são: civil – 121.5 MHz militar – 243 MHz Nota: quando colocado em água salgada, começa a transmitir em 5seg. quando colocado em água doce, começa a transmitir em 5min. a corola (tira de amarração) tem aproximadamente 18m de comprimento, com a finalidade de manter o equipamento preso à embarcação ou à margem de algum curso de água o acionamento deve ser feito imediatamente após a evacuação.Luzes de Emergência Quando houver falha no sistema normal de iluminação, as luzes de Emergência serão acesas automaticamente. As luzes de Emergência iluminam e indicam as saídas de Emergência e estão localizadas no interior e exterior da cabine. As luzes internas da cabine de PAX podem ser fixas ou portáteis e estão indicadas com a palavra EXIT/Saída. As luzes interiores portáteis podem ser usadas como lanternas. Cheque Pré-Vôo EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 025 verificar seu funcionamento (switch-painel do CMTE; painel do CMS) Coletes Salva-Vidas Equipamento de auxílio à flutuação exigido para aeronaves que efetuam vôos sobre o mar (mais de 50 milhas náuticas da costa), disponíveis embaixo de todas as poltronas. Operação – Adulto passe a abertura do colete pela cabeça ajuste firmemente o colete na cintura somente fora da aeronave – infle o colete puxando as alças vermelhas Operação – Criança passe a abertura do colete pela cabeça passe as alças pelo meio das pernas somente fora da aeronave – infle o colete puxando as alças vermelhas Assentos Flutuantes Todos os assentos de passageiros, o encosto e assento do banco duplo de CMS, o assento do banco do observador e o encosto dos assentos da cabine de comando são flutuantes (Boeing 737-300). Cordas Encontram-se cordas no batente das janelas do cockpit e das janelas de Emergência sobre a asa, que auxiliam a saída rápida. São revestida de neoprene e látex. Escape-Slide (Rampa de abandono) As portas principais e de serviço estão equipadas com escape-slides. O escape-slide está alojado no estojo da porta na parte inferior da mesma, que possui um visor de manômetro de pressão de 2.700 a 3.000 PSI. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 026 Quando do fechamento das portas e após conectar as barras dos escapes nos ganchos no piso da aeronave, o CMS deve prender a fita do visor da porta de forma transversal. Quando desconectar o escape, efetua-se o processo inverso. O escape-slide poderá ser inflado (aproximadamente 5 seg.) automaticamente e manualmente. Em caso de falha na inflação automática do escape-slide, deve-se puxar a alça próximo ao pé do operador para inflá-lo manualmente. Não ocorrendo a inflação, o CMS deverá utilizá-lo como corda. Em um pouso na água, o escape-slide deve ser utilizado como bote, apenas como equipamento auxiliar de flutuação. Bote EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 027 Localização do Equipamento de Emergência. Boeing 737. Os slides botes são usados para evacuação e amerissagem, permitindo a saída de duas pessoas ao mesmo tempo. Kit de Sobrevivência Em cumprimento às normas em vigor, todas as aeronaves brasileiras devem estar agrupadas com conjuntos de sobrevivência na selva. A quantidade de Kits é calculada na proporção de 01 Kit para cada 50 passageiros, devendo haver 01 Kit de primeiros socorros no conjunto. Kit Médico (Emergency Medical Kit) Uso exclusivo por um médico. First Aid Kit Os medicamentos contemplados neste Kit poderão ser administrados aos passageiros durante ocorrência de pouca gravidade, durante o vôo, pelos Tripulantes de Cabine. Boeing 737. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 028 Luzes de Emergência. Boeing 737. VI – Saídas de Emergência EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 029 É toda abertura por onde possam passar com relativa facilidade uma ou mais pessoas que se encontram bloqueadas em determinado espaço em uma situação determinada. São elas: Portas principais e de serviço Janelas de Emergência e escotilhas Todas as saídas de emergência operam internamente e externamente, exceto a janela do CMTE. Saídas de Emergência do Boeing 737 Portas Principais e de Serviços São usualmente utilizadas com acesso ao interior da aeronave e saídas normais, carregamento e descarregamento de material e comissária. Eventualmente poderão ser utilizadas em situação anormal (emergência). Em situação de emergência, como equipamento de evacuação, são usadas as portas com escorregadeiras, sendo que existem as não infláveis, utilizadas em aeronaves turbo-hélices e as escorregadeiras infláveis, também denominadas escape slide ou slide chute, usadas em aeronaves modernas (a jato). As escorregadeiras infláveis (escape slide ou slide chute) são usadas em aeronaves de grande porte também nas janelas de emergência, sobre a asa. Ficam acondicionadas em compartimentos sendo um em cada porta, tendo em seu interior uma garrafa de gás comprimido. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 030 Para que o mesmo seja utilizado, a barra deve estar conectada no piso junto à porta. Ao abrir a porta ele sairá do compartimento formando um colchão de ar. Se o mesmo não inflar automaticamente ao abrir-se a porta, o tripulante deverá puxar uma alça situada na base junto ao piso, que iniciará a inflação da escorregadeira. Se ainda assim não inflar, poderá ser usada como escorregadeira não inflável, obedecendo ao procedimento de evacuação descrito no item anterior. Em caso de pouso no mar, quando separados da aeronave, as escorregadeiras poderão ser utilizadas como flutuadores. Utilização da Escorregadeira Janelas de Emergência Localizam-se na direção da asa uma de cada lado ou mesmo duas de cada lado conforme a aeronave. Possuem cordas que se localizam no interior da fuselagem ficando aparente somente quando a janela é retirada. Essas cordas deverão ser conectadas em argolas situadas na parte superior da asa formando corrimões, principalmente numa amerissagem (pouso na água). EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 031 . Abertura da porta de emergência sobre a asa Seqüência correta para sair por uma janela de emergência: PERNA – CABEÇA – TRONCO – PERNA. As janelas na cabine principal são formadas por três painéis: interno, médio, externo. O Tripulante de Cabine ao realizar o check pré-vôo deverá observar se não há rachaduras ou bolhas nos painéis das janelas. Somente os painéis externo e médio são estruturais. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 032 Janela de Pax Escotilhas Geralmente localizadas na cabine de comando, possuindo cordas de escape rápido. Cordas de escape rápido EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 033 Evacuação da aeronave Operatividade de uma saída de emergência Uma saída só será considerada operativa quando: Nota: aeronave e motores estiverem completamente parados área adjacente estiver livre ser possível abri-lá equipamento auxiliar operando Não completando uma das condições acima a mesma será considerada INOPERANTE. Estação de Emergência Compreende o lugar de uma ou mais saídas de emergência. Deverá ter normalmente: assentos de tripulantes – simples ou duplos equipamentos auxiliares para evacuação sistema de comunicação Evacuação da Aeronave Compreende o abandono dos seus ocupantes diante de uma situação emergência. Para que haja um salvamento correto devem ser observados procedimentos condicionados através de treinamento em simulador. Após testes realizados por órgãos internacionais, 90 seg., é o tempo consideradopara que todos os ocupantes de uma aeronave, após pouso em emergência, tenham condições de abandoná-la. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 034 Tipos de Saídas/Coeficiente de Evacuação As aeronaves são projetadas com o dobro da capacidade de evacuação padrão. O Coeficiente de Evacuação é o número de ocupantes de uma aeronave que possam sair por uma saída operativa obedecendo ao tempo padrão de 90 segundos. Tipo Saída Núm. de Pax Tempo (seg.) Tipo I Escorregadeiras infláveis 50 a 55 90 Tipo II Escorregadeiras não infláveis 30 a 40 90 Tipo III Janelas sobre a asa 20 a 30 90 Tipo IV Janelas da cabine de comando 15 a 20 90 Classe A Escorregadeiras infláveis duplas 90 a 100 90 Seqüência de Comando Comandante. Qualquer membro da tripulação técnica na incapacidade do Comandante. Qualquer Comissário, quando haja evidência da necessidade de evacuação da aeronave. Evacuação evidente alta concentração de fumaça ou gases tóxicos na cabine quebra de trem de pouso fogo incontrolável grandes danos estruturais explosões pouso na água Nota: 1. Em uma evacuação os Comissários devem permanecer a bordo até que todos os passageiros tenham desembarcado e feito o check da cabine ou quando o fogo, fumaça ou nível d’água tornar impossível sua permanência a bordo. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 035 2. Havendo necessidade de evacuação da aeronave a mesma deverá se iniciar após a: PARADA TOTAL DA AERONAVE E SEUS MOTORES DESLIGADOS. 3. Ordens dadas aos passageiros devem ser claras e prévias. 4. Usar frases breves e afirmativas. 5. Usar mímica reforçando as frases indicando as saídas operativas. A mímica é uma linguagem internacional e pessoas surdas e estrangeiras poderão compreender a situação. VII – Procedimentos de Emergência Despressurização No caso de falha do sistema pneumático ou da válvula OUT FLOW, permanecer na posição aberta ocorrerá uma despressurização. Quando a altitude da cabine interna atingir 10000 Ft (pés) soará um alarme no cockpit, alertando os pilotos que a aeronave entrou no processo de despressurização. Se a cabine atingir 14000 Ft, ocorrerá a queda automática das máscaras de oxigênio, com fluxo de 1 litro por minuto e na seqüência: 15000 Ft ... 2 litros por minuto 16000 Ft ... 3 litros por minuto 17000 Ft ... 4 litros por minuto (fluxo máximo de oxigênio) EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 036 AÇÃO IMEDIATA Coloque a máscara mais próxima. Sente-se na poltrona mais próxima. Nota: O COCKPIT avisará quando as máscaras podem ser removidas. Preste os primeiros socorros. Dê oxigênio aos PAX quando necessário. Check os toiletes Havendo uma despressurização rápida na cabine formará um nevoeiro. Vazamento de pressão AÇÃO IMEDIATA Tire todos os PAX da área Avise ao COCKPIT EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 037 NOTA: Não arrisque a sua vida, dos PAX e da tripulação. Não faça sinais de alarme. NOTA: Peça ajuda a outros comissários ou PAX para evitar que ele se machuque, machuque os outros ou coloque em risco a segurança do vôo. Seqüestro AÇÃO IMEDIATA Acate o(s) pedido(s) do(s) seqüestrador (es). Cuidados Especiais: Coloque um comissário para falar com o seqüestrador Tente manter a conversação com o seqüestrador Acalme-o com conversa amiga Tente conquistar a sua confiança convencendo-o de que está do lado dele Tente desviar a atenção do seqüestrador para outro tripulante se perceber que o está irritando Acate as decisões do seqüestrador e não tente pressionar Tente propor-lhe outras alternativas de decisão Não reaja se ele tornar-se agressivo Comportamento Anormal Se o comportamento anormal do PAX ameaçar a segurança do vôo: AÇÃO IMEDIATA: Notifique ao Cockpit Tente conter o PAX Se o comportamento anormal do PAX não coloca em risco a segurança dos outros PAX e da tripulação, trate-o como achar mais conveniente, ignorando-o, persuadindo-o, sendo simpático, etc. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 038 NOTA: Como o gravador de vôo está localizado no teto do vestíbulo traseiro e pode provocar um som audível durante segundos, não o interprete como um som suspeito. NOTA: Use os slides somente em último caso. Use as saídas sobre a asa somente quando determinado pelo Comandante. O pessoal de terra é responsável pelos PAX após o desembarque. Bomba AÇÂO IMEDIATA Avise ao Cockpit Se você ouvir comentários de que há bomba ou ameaça de sabotagem, ou se você suspeitar de qualquer dispositivo, avise imediatamente o Cockpit. Cuidados especiais: Quando avisado pelo Cockpit de que existe a ameaça de sabotagem: Preparar o desembarque de acordo com a orientação do Comandante. O Comandante determinará e avisará a hora e a forma de desembarque. Informar os PAX para que levem os seus pertences de mão. Planejar o desembarque usando a escada móvel, passarela telescópica (finger) ou as próprias escadas da aeronave. Faça o desembarque o mais rápido possível. Fumaça na luz fluorescente Pode ocorrer fumaça do filtro de luzes fluorescentes da cabine. O superaquecimento deste filtro pode causar fumaça antes que o fusível interrompa o circuito, sem necessariamente provocar fogo. Neste caso os comissários devem lembrar que o uso desnecessário dos extintores pode gerar confusão e tumulto. AÇÃO IMEDIATA Avise o Cockpit Desligue as luzes afetadas Não use os extintores até que um tripulante técnico venha verificar a causa EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 039 AÇÃO IMEDIATA COMBATA O FOGO – NOTIFIQUE O COCKPIT Se outros comissários ou PAX forem úteis, peça para avisar ao COCKPIT enquanto você combate o fogo. Se o fogo for de causa elétrica, DESLIGUE A ENERGIA DOS „SWITCHES‟ (interruptores) ou nos CB‟s (circuit breakers - disjuntores). Aviso: NÃO USE LÍQUIDOS EM FOGO DE ORIGEM ELÉTRICA ATÉ QUE A ENERGIA SEJA DESLIGADA. TIRE O PAX DA ÁREA. Fogo Interno – Aeronave em vôo Quando o fogo estiver apagado: JOGUE LÍQUIDO NA ÁREA DO FOGO PARA IMPEDIR O SEU REINICIO. NA FALTA D’ÁGUA JOGUE QUALQUER LÍQUIDO: Ex: Suco, café, refrigerante, etc. MONITORE A ÁREA DURANTE O RESTANTE DO VÔO. OBSERVE O PAX QUE ESTAVA NA ÁREA DISCRETAMENTE. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 040 AÇÃO IMEDIATA COMBATA O FOGO – NOTIFIQUE O COCKPIT Se outros comissários ou PAX forem úteis, peça para avisar ao COCKPIT enquanto você luta contra o fogo. Se o fogo for de causa elétrica, DESLIGUE A ENERGIA DOS „SWITCHES‟ (interruptores) ou nos CB‟s (circuit breakers - disjuntores). Aviso: NÃO USE LÍQUIDOS EM FOGO DE ORIGEM ELÉTRICA ATÉ QUE A ENERGIA SEJA DESLIGADA. DESEMBARQUE OU EVACUE SE FOR NECESSÁRIO. Fogo Interno – Aeronave no Solo EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 041 NOTA: Só inicie a evacuação após a parada total da aeronave Quando a passarela telescópica (finger) estiver disponível FAÇA OS PAX DESEMBARCAREM PELA MESMA. Quando a passarela telescópica não estiver disponível ou escada, EVACUE assim mesmo. Aviso: as barras do escape-slide deverão ser fixadas antes de abrir as portas. Lembre-se: Saída na área do fogo é considerada inoperante. A.P.U. – Auxiliary Power Unit (Unidade de Força Auxiliar) É um motor instalado na aeronave, que supre dois tipos de energia para a mesma:força ELÉTRICA e PNEUMÁTICA. Esta unidade auxiliar de força tem seus controles na cabine de comando. A APU funciona no solo. Em muitas aeronaves pode ser usada também em vôo. Nota: Quando é dada a partida na aeronave através do A.P.U. (Auxiliary Power Unit) – Unidade de Força Auxiliar forma-se uma chama no duto de escapamento, não pode ser considerada um problema sério a ponto de necessitar uma evacuação da aeronave. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 042 VIII - Fatores que originam um acidente FATOR HUMANO: ocasionado por erro humano. Ex. Decisão errada. FATOR TÉCNICO: ocasionado por erro técnico. Ex. Motores pararam de funcionar FATOR OPERACIONAL: ocasionado por erro operacional. Ex. Má informação da torre de controle. FATOR METEOROLÓGICO: ocasionado por fenômeno da natureza. Ex: Neve, ventania, etc. FATOR CASUAL: ocasionado pelo acaso. Ex: pássaro na turbina. FATOR DESCONHECIDO: ocasionado pelo desconhecido. Ex: Triângulo das Bermudas. 8.1. Conseqüência após um acidente Fogo Calor Fumaça Gases Tóxicos Ação das forças de impacto EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 043 IX - Emergência Preparada Quando há uma avaria na aeronave em vôo e provavelmente um pouso forçado em terra ou mar, havendo tempo, os comissários devem preparar a cabine e orientar os passageiros para o pouso. O comandante avisará ao Chefe de Equipe da situação, informando, dentro do possível, os seguintes itens: a) natureza da emergência b) tempo disponível à preparação c) local de pouso d) zonas da aeronave provavelmente mais atingidas, havendo impacto e) quem comunica a emergência aos PAX f) sinal convencional para a posição de impacto Logo depois de recebidas as informações, o Chefe de Equipe se reúne com os demais membros da equipe passando as orientações do Comandante. Todo o procedimento do comissário será de acordo com as ordens que o Chefe de Equipe dará no P.A. ALOCUÇÃO: 1 – Informar aos passageiros da preparação da cabine. 2 – Pedir para que observem as instruções do cartão de instruções de segurança nas bolsas das poltronas. 3 – Localização das saídas de emergência. Os comissários reacomodarão passageiros. acomodar nas saídas de emergência pessoas jovens e calmas, ensinando-as a abrir a saída solicitar voluntários, policiais, bombeiros, etc trocar paralítico de lugar junto a uma porta colocando outro PAX para atendê-lo colocar gestantes próximas a uma porta, atando o seu cinto o MAIS BAIXO POSSÍVEL, colocando travesseiros até a altura do queixo, inclinando a cabeça da gestante para o lado, deitando-a sobre esta coluna de travesseiros, lateralizando a cabeça. Segure os joelhos. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 044 Posição para Gestante Havendo bebês - envolvê-los em mantas. Nunca os separe da mãe. 4 – Instrua os PAX para que removam objetos pontiagudos, óculos, dentaduras, canetas, sapatos de salto alto, lentes de contato e que os coloquem nas bolsas das poltronas à frente de seus lugares. Remova material solto na cabine, bolsa (caso haja recusa em entregá-las, faça com que fiquem com o dinheiro ou valores) colocando-os amarrados numa manta ou cortina, guardando no toillete e travando-o. 5 – Informar que não devem levantar-se antes que a aeronave pare. 6 – Mostrar o sinal combinado para assumir posição de impacto. 7 – Check do encosto das poltronas na posição vertical, PAX não fumando, mesas travadas e cintos apertados. 8 – Os comissários devem verificar galleys travando e desligando tudo, retirar cortinas, colocando em um compartimento. 9 – Quando em vôo noturno, coloque as luzes da cabine na posição NIGHT. As luzes das janelas em OFF. (À noite mantenha sua laterna de bolso acesa durante o pouso) Dar O.K. para o Comandante EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 045 Sentar-se e aguardar a hora do pouso Posição de impacto para tripulantes Posição de impacto para passageiros e comissários em poltrona de passageiros EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 046 Posição de impacto para passageiros Observação: Após uma evacuação de emergência não se deve voltar ao interior da mesma antes que os motores esfriem e o combustível evapore. Os perigos podem ocorrer permanecendo-se junto à aeronave logo após uma decolagem interrompida com danos materiais. São: Incêndio, explosão ou submersão caso o ocorrido seja no mar. EMERGÊNCIA PREPARADA – ÁGUA PROCEDIMENTOS DO CHEFE DE EQUIPE PROCEDIMENTOS DOS DEMAIS COMISSÁRIOS 1 – Determinação do Comandante: a) natureza da emergência b) tempo disponível para a preparação c) local do pouso d) zonas da aeronave provavelmente mais atingidas, havendo impacto e) quem comunica a emergência aos PAX f) sinal convencional para a posição de impacto 2 – Reuna-se com os outros comissários: a) comunique as instruções do Comandante Reuna-se com o Chefe de Equipe e aguarde as suas instruções: a) reveja os procedimentos de EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 047 b) atribua aos comissários os setores para a preparação da cabine c) defina a preparação a executar evacuação da posição para a qual foi designado 3 – Acenda as luzes da cabine para “bright” quando o Comandante começar a sua alocução Coloque-se no setor designado quando o Comandante começar a sua alocução 4 – Faça a alocução de “Emergência Preparada”. Faça a alocução do uso dos flutuadores. Permaneça no seu setor a) assegure-se de que todos os PAX tenham o cartão de instruções de segurança à mão b) identifique possíveis auxiliares c) demonstre a utilização do uso dos flutuadores Selecione e coloque junto às saídas de emergência PAX com condições de operá- las (devem ser nadadores) e instrua-os quanto à operação das mesmas. Havendo tripulantes extras coloque-os junto às janelas de emergência. Os colos deverão ser envoltos em mantas e nunca os separe da mãe. Posição Localização do assento PROCEDIMENTOS A DIANTEIRO LADO ESQUERDO 1 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE 2 – GRITE para os PAX: “ABRAM OS CINTOS. ARRANQUE O ASSENTO DE SUA POLTRONA E LEVEM-NO”. ABRAM AS SAÍDAS SOBRE A ASA 3 – COLOQUE o colete salva-vidas. 4 – OLHE pelo visor: a) havendo fogo ou se o nível da água estiver muito alto: - NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. DIRIJA-SE às saídas sobre a asa após verificar que o fluxo dos PAX está para aquele sentido. - Verifique se não há fogo. b) Não havendo fogo ou se o nível da água não estiver muito alto: EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 048 - DESCONECTE o slide chute. - ABRA a porta. SEGURE-SE na alça do batente da porta. - LANCE o slide chute na água comandando simultaneamente a inflação do mesmo. 5 – GRITE para os PAX: “CORRAM PARA MIM. SALTE” 6 – INSTRUA-OS para se manterem agarrados ao assento flutuador. 7 – CONTROLE o fluxo da evacuação. NOTA: oriente os PAX para usarem o escape-slide inflado como auxílio de flutuação. 8 – CHECK cabines. 9 – ABANDONE a aeronave. B DIANTEIRO LADO DIREITO 1 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE. 2 – COLOQUE o colete salva-vidas. 3 – OLHE pelo visor: a) havendo fogo ou se o nível da água estiver muito alto: NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. DIRIJA-SE às saídas sobre a asa após verificar que o fluxo dos PAX está para aquele sentido. b) Não havendo fogo ou se o nível da águanão estiver muito alto: - DESCONECTE o slide chute. - ABRA a porta. SEGURE-SE na alça do batente da porta. - LANCE o slide chute na água comandando simultaneamente a inflação do mesmo. 4 – GRITE para os PAX: “CORRAM PARA MIM. SALTE” 5 – INSTRUA-OS para se manterem agarrados ao assento flutuador. 6 – CONTROLE o fluxo da evacuação. NOTA: A) No caso de inoperatividade da porta, dirija os PAX para a saída principal ou preferencialmente para as saídas sobre a asa. B) No caso de operatividade da porta, PERMITA que os PAX saltem. ORIENTE-OS para usarem o slide chute inflado como auxílio de flutuação. 7 – ABANDONE a aeronave. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 049 C TRASEIRO LADO ESQUERDO 1 – Sinal de Evacuação – 5 toques para o cockpit. 2 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE. 3 – GRITE para os PAX: “ABRAM OS CINTOS. ARRANQUE O ASSENTO DE SUA POLTRONA E LEVE-O. ABRAM AS SAÍDAS SOBRE A ASA”. 4 – COLOQUE o colete salva-vidas. 5 – NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. DIRIJA-SE para as saídas sobre a asa após verificar que o fluxo de PAX está para aquele sentido. Verifique se não há fogo. 6 – ABRA uma saída sobre a asa. 7 – APANHE a corda da janela. ESTIQUE-A e FIXE-A na argola sobre a asa. 8 – AGRUPE ordenadamente os PAX sobre a asa. INSTRUA-OS para que se mantenham agarrados ao assento flutuador, afastando-se da aeronave. 9 – CHECK cabines 10 – ABANDONE a aeronave. D TRASEIRO LADO DIREITO 1 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE. 2 – COLOQUE o colete salva-vidas. 3 – NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. DIRIJA-SE para as saídas sobre a asa após verificar que o fluxo de PAX está para aquele sentido. Verifique se não há fogo. 4 – ABRA uma saída sobre a asa. 5 – APANHE a corda da janela. ESTIQUE-A e FIXE-A na argola sobre a asa. 6 – AGRUPE ordenadamente os PAX sobre a asa. INSTRUA- OS para que se mantenham agarrados ao assento flutuador, afastando-se da aeronave. 7 – CHECK cabines. 8 – ABANDONE a aeronave. NOTA: Todos os Comissários 1) Permaneça a bordo até que todos os PAX tenham desembarcado ou que o fogo, fumaça ou o nível de água torne impossível a permanência a bordo. 2) ORIENTE os PAX para que permaneçam juntos, utilizando os equipamentos de flutuação disponíveis (assento, escape- slide). EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 050 X – Ditching - Pouso no Mar Observe os itens anteriores acrescentando: 1 – Selecione e coloque junto às saídas de emergência PAX com condições de operá-las (devem saber nadar) e instrua-os quanto à operação da mesma. Havendo tripulantes extras, coloque-os junto às janelas de emergência. 2 – Informar as saídas que poderão ser utilizadas – Sobre a asa e acima do nível d’água. 3 – Deverão ser instruídos que após o pouso deverão permanecer juntos utilizando os equipamentos de flutuação disponíveis. 4 – Os botes salva-vidas só deverão ser retirados de seus alojamentos após a parada total da aeronave. 5 – Informar aos PAX que os coletes salva-vidas deverão ser inflados na soleira da porta em que for pular na água ou sobre a asa do avião. 6 – Em uma amerissagem (pouso na água) com colos, deve-se transformar o scape-slide em bote e acomodá-los no mesmo. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 051 AÇÃO IMEDIATA Gritar: “SENTEM” – “ABAIXEM A CABEÇA. SEGUREM OS TORNOZELOS”. AÇÃO IMEDIATA Segure o inválido por trás e de costas. Mantenha as mãos do inválido seguras e na altura da cintura. Levante as suas costas de modo que fique sentado. Coloque suas mãos abaixo dos braços do inválido, segurando-o pelo pulso. XI – Emergência Imprevista Quando provocado por quebra de trem de pouso, saída da aeronave da pista com danos estruturais, toque no solo fora da pista, e paradas em atitude anormal. Continue gritando frases breves, necessárias para manter os PAX nesta posição até a parada total da aeronave. Com a aeronave parada: verificar a OPERATIVIDADE da saída e retirar PAX gritando para que saiam o mais depressa possível. Fazer o check da cabine principal e cabine de comando – descer – desembarcar. Afastar-se da aeronave o mais longe possível com os passageiros. XII - Dinâmica Geral de Evacuação de Aeronave Envolve os seguintes procedimentos: abrir os cintos verificar a OPERATIVIDADE da saída abrir a porta conduzir a evacuação com rapidez e segurança verificar a cabine após a evacuação abandonar a aeronave XIII - Evacuação de Pessoas Inválidas EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 052 Evacuação de pessoas inválidas IV - Alocuções de Emergência PREPARAÇÃO DA CABINE PARA EVACUAÇÃO: Sras e Srs. vamos iniciar a preparação da cabine para o pouso. Peguem o cartão de instruções na bolsa à frente de sua poltrona e sigam as instruções nele contidas. Olhem para a figura da aeronave (este é o Boeing 737). Familiarizem-se com a localização da saída de emergência mais próxima a vocês e vejam como elas são abertas. Os comissários na cabine indicarão as saídas específicas a cada setor da aeronave. Observem no cartão as saídas que servirão como alternativa. Quando a aeronave parar, dirijam-se imediatamente para a saída mais próxima, a menos que recebam outra orientação. Solicitamos aos funcionários da empresa, policiais, bombeiros ou militares a bordo que se identifiquem aos comissários. Os comissários pedirão para alguns passageiros mudarem de lugar. Isso nos possibilitará ajudar os que necessitem. Pedimos que retirem jóias, óculos, sapatos, canetas, lápis e coloquem- nos dentro da bolsa à frente. Os objetos de mão serão recolhidos pelos comissários. Desapertem os colarinhos e gravatas. Vamos demonstrar agora a POSIÇÃO DE IMPACTO que todos deverão assumir para o pouso. Primeiro assegurem-se que seu cinto de segurança esteja firmemente atado, a seguir, com o cinto de segurança afivelado, inclinem-se para frente e segurem as mãos por baixo das coxas. O sinal para assumir a posição de impacto será (...) e que será reforçado por um gesto do comissário (...) Pratiquem esta posição várias vezes e treinem também desafivelar o cinto de segurança. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I EMG - 053 ANTES DO POUSO Observem se todos os objetos estão alojados na bolsa à frente ou foram recolhidos. Verifique se o cinto de segurança está bem ajustado. Coloque o encosto da poltrona na posição vertical e NÃO FUME. Após a aeronave parar completamente aguarde as instruções dos comissários. Posicionamento dos comissários EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 02 Preparação para o pouso “O MELHOR EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA A BORDO DE UMA AERONAVE É UM TRIPULANTE BEM TREINADO” EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 02 COMBATE AO FOGO I – Conceito O fogo, provavelmente, foi descoberto pelo home das cavernas, que o conhecera apenas como uma força misteriosa que lhe aquecia e cozinhava sua comida. Por muitos e muitos séculos o fogo continuou um mistério e, ainda na idade média, os alquimistas o definiam como um elemento básico assim como a terra, o ar e a água, considerados indivisíveis. Na vida moderna, o fogo, ou melhor, a combustão, é uma necessidade indiscutível, como sempre fora aos nossos antepassados, sendo usado na alimentação, nos transportes, na produção de energia, enfim, torna- se imprescindível desde o mais humilde dos lares ao maisamplo dos complexos industriais. A explicação exata do conceito “FOGO” é mais difícil do que parece. Só na era moderna, após sucessivos estudos, é que se pôde defini-lo, sendo que não se trata de forças misteriosas como queria acreditar o homem primitivo, nem de elemento básico e indivisível como queriam os alquimistas, mas sim de um fenômeno químico que se caracteriza pela presença de LUZ e CALOR. II – Definição FOGO ou COMBUSTÃO é um processo de transformação química quando materiais combustíveis e inflamáveis, combinados com um comburente (geralmente oxigênio) e ativados por uma fonte calorífica, iniciam a reação em cadeia, produzindo energia na forma de luz e calor. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 03 III – Elementos Essenciais ao Fogo Sendo o fogo um processo químico, logo deveremos ter no mínimo dois elementos que reajam entre si, bem como circunstâncias que favoreçam tal relação. A tais componentes chamaremos elementos essenciais ao fogo. Inicialmente, dizia-se que para haver a combustão, três desses elementos se faziam imprescindíveis: combustível calor comburente Denominamos este conjunto como TRIÂNGULO DO FOGO. Recentemente, estudos mais aperfeiçoados chegaram à conclusão da existência de um 4o elemento igualmente necessário ao processo de combustão: reação em cadeia. Assim, didaticamente deixou-se de representar o fogo por um triângulo equilátero, utilizando-se para tal um TETRAEDRO. a) Combustível É o material que alimenta o fogo e serve de campo à sua propagação. Com pequenas exceções, compreende todos os materiais que possamos imaginar (papel, madeira, tecido, gasolina, GLP – gás liqüefeito do petróleo, álcool, etc). b) Comburente É o elemento ativador do fogo, isto é, que lhe dá vida e intensifica o fenômeno da combustão. O oxigênio (O2) é o principal dos comburentes. Apenas em alguns casos a queima ocorre sem a sua presença, como por exemplo, a queima de antimônio em atmosfera de cloro. Para que haja chamas, o ambiente precisará ter no mínimo 16% de O2, lembrando que o ar atmosférico normal contém 21% deste gás. c) Calor É o elemento que serve para dar início à combustão, mantê-la e incentivar sua propagação. Como vimos anteriormente, os combustíveis necessitam ser transformados em gases para queimar e, para tal, precisam obter temperatura que variam de um corpo para outro. Assim a gasolina queima mais fácil que a madeira, pois precisa de menos calor para se vaporizar. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 04 Aos diferentes estágios de temperaturas atingidos por um combustível, daremos o nome de: ponto de fulgor ponto de combustão ponto de ignição Ponto de Fulgor (Flash Point) É a temperatura mínima na qual um corpo combustível começa a desprender gases ou vapores que se queimam em contato com uma fonte externa de calor, não havendo, contudo constância na chama devido aos gases não serem suficientes para tal (há o clarão e logo se apaga). Ponto de Combustão (Fire Point) É a temperatura mínima necessária para que um corpo emita vapores (gases) em quantidade suficiente para que haja chama permanente, quando em contato com o comburente e exposto a uma fonte externa de calor. Ponto de Ignição (Ignition Temperature) É a temperatura mínima em que os gases (vapores) desprendidos por um corpo entram em combustão sem o auxílio de fonte externa de calor. Somente a presença do comburente é o suficiente à combustão. Para exemplificar tais pontos, consideremos um combustível qualquer sendo aquecido lentamente dentro de um frasco. Em resumo: No momento em que, chegando-se uma chama externa aos gases desprendidos pelo aquecimento em contato com o oxigênio, um lampejo for emitido (acende e, em seguida, apaga) teremos o ponto de fulgor; No momento em que o combustível estiver gerando vapor em quantidade suficiente, ao aproximarmos uma fonte externa de calor o fogo se instala e permanecerá caracterizando o ponto de combustão; No momento em que os gases liberados pelo combustível aquecido começarem a queimar por si só, isto é, sem o contato de fonte externa de calor e simplesmente pela mistura com o comburente, teremos o ponto de ignição. Alguns combustíveis, normalmente os gases gerados por decomposição orgânica (exemplo: metano), inflamam-se com o simples contato com o oxigênio. Tal fenômeno recebe o nome de “ignição espontânea”. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 05 d) Reação em Cadeia Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor, o qual provocará o desprendimento de mais gases ou vapores, desenvolvendo então uma transformação ou reação em cadeia, ou seja, o produto de uma transformação gerando outra transformação. IV – Diferentes Formas de Combustão As combustões podem se classificar quanto à sua velocidade: ativa lenta explosão espontânea Tal diferenciação deve-se principalmente à porcentagem de comburente (oxigênio) contido no ambiente e, secundariamente, à divisão do material combustível, pois quanto mais fracionado, mais superfície estará exposta ao calor e, consequentemente, maior quantidade de gases produzirá. Exemplo: um cubo de madeira queimará com maior dificuldade do que uma mesma massa da mesma madeira em forma de raspas ou serragem. a) Combustão Ativa É aquela em que o fogo, além de produzir chama, isto é, luz. A razão de tal fenômeno deve-se ao fato de que tal reação se processa em ambiente rico em oxigênio. b) Combustão Lenta É aquela em que o fogo só produz calor, não apresentando chamas e, geralmente, a reação se processa em ambientes pobres em oxigênio. c) Explosão É uma combustão rápida e que atinge altas temperaturas. Essa reação se caracteriza por violenta dilatação de gases que, consequentemente, exercem também violenta pressão às paredes que os confinam. d) Combustão Espontânea Determinados materiais, geralmente de origem vegetal, tendem a fermentar quando armazenados e, desta fermentação, resulta o calor que se elevando gradativamente, faz o combustível atingir seu ponto EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 06 de ignição (ex.: gás metano). De igual forma, determinados produtos, quando em contato com outros, reagem quimicamente gerando calor e, consequentemente, uma combustão (ex.: fósforo branco em contato com o oxigênio). V – Propagação do Fogo O fogo se propaga por contato direto da chama sobre os materiais, pelo deslocamento de partículas incandescentes que se desprendem de outros materiais já em combustão, ou pela ação do calor (energia ou movimento de moléculas de um corpo). Este último processo de propagação do fogo e transmissão de calor pode ocorrer por: a) Condução Quando se transmite de molécula a molécula, pelo simples contato dos corpos (ex.: combustão em uma fogueira). b) Convecção Quando a transmissão é feita por meio de deslocamento de massa de ar aquecido (mais leve que o ar comum), a qual se desloca do local em chamas levando energia calorífica suficiente para que outros EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 07 materiais combustíveis atinjam seus pontos de combustão (ex.: chama no topo de chaminés). c) Irradiação ou Radiação Quando a transmissão de energia calorífica se dá por meio de ondas através do espaço ou materiais (ex.: calor da energia solar). VI – Métodos de Extinção do Fogo Uma vez conhecidos os elementos essenciais do fogo, isto é, sabendo-se que para comburente, calor e, em estudos mais recentes, a reação em cadeia, podemos concluir que para a extinção de tal combustãodeve-se agir diretamente contra um destes elementos. A tais procedimentos chamaremos MÉTODO DE EXTINÇÃO DO FOGO. a) Retirada do Material Método também conhecido como isolamento, remoção ou corte do suprimento combustível. Tal processo consiste no controle de combustível, isto é, na retirada, diminuição ou interrupção do campo de propagação do fogo. b) Resfriamento Consiste no controle do calor, isto é, na diminuição da temperatura até o ponto em que o material não queime ou emita gases inflamáveis. c) Abafamento Consiste em evitar que o oxigênio (comburente) contido no ar se misture com os gases emanados do combustível, tornando-o um produto inflamável. d) Extinção Química Consiste na interrupção da reação em cadeia através de substâncias cujas moléculas se desassociam pela ação do calor e se unem com uma mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não inflamável. VII – Causas de Incêndio Causa de incêndio é o fator determinante pelo qual um corpo entrou em combustão, ocasionando um incêndio, ou ainda, as circunstâncias EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 08 concorrentes à produção ou intensificação de uma combustão. Podem ocorrer por processos químicos, mecânicos ou elétricos. Para fins de estudo, as causas de incêndio e/ou explosões podem ser classificadas em: a) Causas Humanas Causas culposas: devido à ação direta do homem por omissão, imprudência, negligência, descuido, imperícia ou ainda por irresponsabilidade. Causas dolosas: devido à ação direta do homem que, por motivos psicológicos ou materiais, podem provocar voluntariamente um incêndio. b) Causas Naturais Provocadas por fenômenos naturais que se sobrepõem às providências de prevenção adotadas pelo homem (ex.: terremoto, descargas elétricas, etc). c) Causas Acidentais Decorrem de falhas ocasionais quando, embora o homem tenha se prevenido, por fatores alheios à sua vontade, incêndios e explosões acabam por ocorrer (ex.: choque de veículo contra uma aeronave em abastecimento). d) Energia Eletrostática Principalmente em aviação, cuidados especiais devem ser adotados em relação à eletricidade estática, a qual se manifesta como um grande risco de explosões e ocorrência de incêndios. Eletricidade estática é o acúmulo de potencial elétrico de um corpo em relação a outro. É proveniente do aumento do potencial entre dois corpos carregados com cargas contrárias, os quais ao atingirem um potencial máximo provocarão uma descarga elétrica. Tal energia forma-se por atrito e dificilmente poderá ser neutralizada, o que só será possível através de perfeita aterragem do aparelho a ela sujeito, isto é, pela condução da corrente fazendo-a dissipar-se na terra. O atrito de uma aeronave com o ar faz com que grande quantidade de energia estática seja acumulada, produzindo cargas que, se estiverem “isoladas” (sem terra), poderão saltar em forma de centelha para um ponto aterrado. Em função disto, aviões quando em operações de solo (ex.: abastecimento) deverão, prévia e obrigatoriamente, serem aterrados. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 09 VIII – Classes de Incêndio Para facilitar os estudos de prevenção e combate a incêndios, convencionou-se adotar uma classificação em quatro tipos distintos: A, B, C e D. a) Classe A (Combustíveis Sólidos) De uma maneira geral, queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos ao final do processo de queima. Exemplos: madeira, papel, tecido, espuma, etc. b) Classe B (Combustíveis Líquidos – Líquidos Inflamáveis) Queimam somente em superfície, deixando poucos resíduos ao final do processo de queima. Exemplos: gasolina, álcool, GLP (gás liqüefeito do petróleo), etc. c) Classe C (Materiais Energizados ou Elétricos) São caracterizados pela presença de energia elétrica e oferecem grande risco quando de sua extinção, cujo procedimento deverá ser feito somente com agentes não condutores de corrente. Exemplo: televisão, computador, gerador, etc. d) Classe D (Metais Pirofóricos) Inflamam-se em contato com outros produtos químicos, em geral o próprio ar. Por se tratar de incêndios especiais, exigem métodos específicos de extinção, isto é, por extinção química ou por meio de agente extintor que se funde em contato com o metal em combustão, formando uma capa que o isole do comburente (método de abafamento), ou ainda, por agente absorvedor de calor e não reativo com o metal incendiado. Exemplo: limalhas de ferro para o combate de incêndio em magnésio. IX – Agentes Extintores Entende-se por agentes extintores certas substâncias químicas (sólidas, líquidas ou gasosas) ou outros materiais que possam ser utilizados na extinção de um incêndio, quer abafando, quer resfriando, quer EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 010 interferindo na reação em cadeia, ou mesmo acumulando tais processos, o que aliás, é o mais comum. Baseando-se nos princípios que acabamos de ver, concluímos serem inúmeros os agentes ou aparatos extintores do fogo. Os principais e mais conhecidos são: Água Pó Químico Seco (PQS) Gás Carbônico (CO2) Compostos Halogenados a) Água É a substância mais difundida na natureza. É o agente extintor por excelência. Age principalmente por resfriamento, ou seja, como absorvedora do calor, podendo, também, agir por abafamento segundo a maneira como for empregada (chuveiro ou neblina aplicada através de equipamento apropriado – mangueira e esguicho especial). Na forma de jato sólido, resfria; na forma de chuveiro, resfria e abafa; na forma de vapor ou neblina, age por abafamento somente. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 011 b) Pó Químico Seco (PQS) São, na sua maioria, constituídos de bicarbonato de sódio, finalmente pulverizado e especialmente tratado, para se tornar repelente à água, perdendo dessa maneira sua higroscopicidade. Tem por finalidade gerar uma nuvem que eliminará o oxigênio (comburente), agindo, portanto, por abafamento. Além do bicarbonato de sódio, outros produtos também, são utilizados, tais como: bicarbonato de potássio, fosfato de amônia, sulfato de alumínio, etc. Existem pós especiais para o combate em incêndios de metais perigosos (classe D). EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 012 c) Carbônico (CO2) Gás Bióxido de carbono ou dióxido de carbono são outros nomes que se dão a este agente extintor. É um gás mais pesado que o ar e, à temperatura e pressão normais, é considerado inerte, sem cheiro, sem cor e não condutor de corrente elétrica. Quando comprimido a cerca de 60 atm (850 PSI), se liquefaz, permitindo assim ser armazenado em cilindros. Não é um gás venenoso, mas, conforme a quantidade contida no ambiente pode se tornar sufocante. Age por abafamento, sendo secundado por uma ação auxiliar de resfriamento por suas características de baixa temperatura. EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 013 d) Compostos Halogenados São produtos que tem na sua composição carbono mais flúor, cloro, bromo ou iodo. O nome HALON provém da expressão inglesa de HALogenated hydrocarbON (hidrocarbonetos halogenados). Vários são os tipos de agentes halogenados existentes, embora os mais conhecidos sejam: HALON 1011 bromoclorometano (HC2 Br Cl); HALON 1211 bromoclorodifluormetano (C Br Cl F2); HALON 1202 dibromodifluormetano (C Br2 F2); HALON 1301 bromotrifluormetano (C Br F2); e HALON 2402 dibromotetrafluormetano (C Br F2 C Br F2). EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS–– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 014 O sistema de nomenclatura dos HALONS foi idealizado por 5 dígitos, onde os números de átomos existentes são respectivamente descritos na seguinte ordem: Carbono Flúor Cloro Bromo Iodo Logo, HALON 1211 = C Br Cl F2 = bromocloridifluormetano (conhecido como BCF). Os HALONS são gases ou líquidos que vaporizam rapidamente em contato com o fogo. Devido a este fato, após o uso, deixam poucos resíduos corrosivos ou abrasivos. São maus condutores de corrente elétrica e possuem alta densidade no seu estado líquido, o que permite seu armazenamento em depósitos compactos. Quanto à forma como se apresentam, podem ser líquidos vaporizantes ou gases liquefeitos, ambos expelidos por propelente gasoso (ex.: nitrogênio). Atuam por abafamento ou eliminação da reação em cadeia. - Risco de Vida A descarga do HALON para a extinção de um incêndio pode criar um risco às pessoas devido ao próprio HALON, como também aos produtos de sua decomposição resultante de exposições do agente ao fogo ou superfícies aquecidas. A exposição ao agente natural é, em geral, de menor efeito que a exposição aos produtos de sua decomposição, entretanto, não se deve permitir a permanência de pessoal em local confinado após a descarga de uma instalação fixa sem que estejam devidamente defendidos por proteção respiratória (máscara full-face com cilindro de oxigênio). Embora os vapores dos agentes halogenados tenham baixa toxidade, os produtos de sua decomposição podem ser perigosos e destacam-se entre eles: ácido bromídrico, ácido clorídico, ácido fluorídrico, cloro, bromo, flúor, brometo de carbonila, etc. Identifica-se a presença de tais substâncias tóxicas pelo cheiro acre por eles exalados, mesmo que em concentração de algumas partes por milhão. Os halons mais utilizados na aviação são: BFC (bromoclorodifluormetano ou HALON 1211); e FREON 13 b-1 (bromotrifluormetano ou HALON 1301) EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 015 X – Equipamentos Extintores Considera-se aparelho extintor o equipamento destinado à extinção imediata de princípios de incêndios quando ainda em sua fase inicial. São feitos para utilização rápida e por essa razão a sua eficácia ficará condicionada ao fácil acesso ao aparelho, ao perfeito serviço de manutenção e ao conhecimento por parte do operador das técnicas de extinção do fogo. Quanto à forma de condução e utilização, podem ser divididos em portáteis (permite ser usado por uma única pessoa) ou carretas (extintores sobre rodas operadas por mais de uma pessoa). Quanto ao princípio de funcionamento, podem ser químicos (por meio de reação química entre produtos – ex.: água, PQS). Os extintores pressurizados podem ser divididos em: a. de pressão interna (pressurizados) Já possuem o gás expelente dentro do recipiente, misturado com o agente extintor ou, ainda, o próprio agente extintor acha-se comprimido. b. de pressão injetada (pressurizável) Recebem o gás expelente somente no instante do uso, através de um cilindro auxiliar que poderá estar localizado do lado de fora ou dentro do próprio recipiente. O uso de determinado extintor dependerá da classe de incêndio, portanto, o conveniente emprego dos diferentes extintores evitará que seu operador se submeta a riscos desnecessários, tais como choques elétricos, respingos de líquidos inflamáveis, etc. Quanto a ação podem ser: A – de ação DIRETA: vasilhas com água, café, chá, suco, etc. B – de ação INDIRETA: equipamentos específicos para extinção (extintores, mangueiras, etc.). CLASSE EXTIN. A (SÓLIDO) B (LÍQUIDOS) C (ELÉTRICOS) D (PIROFÓRICOS) ÁGUA SIM Resfriamento NÃO Só se for com neblina (Abafamento) NÃO Conduz corrente elétrica NÃO Alimenta a combustão em oxigênio PQS Só tem ação sobre as chamas SIM Abafamento SIM Abafamento não conduz eletricidade Alguns pós especiais somente CO2 Só tem ação sobre as chamas SIM Abafamento SIM Abafa e resfria NÃO conduz Age somente em superfície NÃO é eficaz EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 016 LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS FIXOS corrente elétrica HALON SIM Só tem ação sobre as chamas SIM Abafamento SIM Abafamento NÃO conduz corrente elétrica SIM Abafamento e extinção química XI – Sistemas de Combate a Incêndios em Aeronaves Entende-se por sistemas de prevenção e combate a incêndios o conjunto de meios com o qual se pode dar início à ação de extinção do fogo quando da ocorrência de sinistros. Nas aeronaves encontramos dois sistemas distintos, a saber: Sistema FIXO Sistema PORTÁTIL a) Sistema Fixo É constituído de detectores de fogo e superaquecimento, garrafas extintoras para os motores, reatores, APU e garrafas para proteção nos toaletes. O agente extintor utilizado é o FREON 13-b-1 (bromotrifluormetano ou HALON 1301). Quanto ao acionamento dos extintores fixos, estes podem ser manuais (motores e APU) e automáticos (toaletes). Os manuais deverão ser acionados pelo Comandante (Cabine de comando) após detectado o incêndio que será acusado por um conjunto de alarmes áudio visuais localizados no painel de controle. Nos toaletes, os sistemas fixos de extinção automaticamente em ação quando a temperatura registrada no local atingir 170o F (aproximadamente 78,8o C). BOEING 737 Extintores para os motores Extintores para APU Extintores para toaletes Alojamento dos trens de pouso principais (2 garrafas) Cone de cauda Sob os lavatórios BOEING 727 Extintores para os motores Extintores para APU Parte traseira, lado direito, na área da escada (2 garrafas) Raiz da asa esquerda, parte traseira EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 017 TIPOS E RESPECTIVAS LOCALIZAÇÕES DO EQUIPAMENTO PORTÁTIL Extintores para toaletes Sob os lavatórios AIRBUS A-300 Extintores para os motores Extintores para APU Extintores para toaletes Nos pulons (2 garrafas para cada motor) Compartimento de acessórios, parte traseira Compartimento dianteiro (protege compartimento dianteiro e traseiro) b) Sistema Portátil É constituído de extintores manuais que variam de acordo com a parte das aeronaves e que deverão ser utilizados em função do tipo de princípio de incêndio a ser combatido. BOEING 737 1 de CO2 2 de BCF (HALON 1211) 1 de água pressurizável Na cabine de comando atrás da cadeira do 1o Oficial 1 no armário do vestíbulo traseiro 1 abaixo do painel dianteiro de comissários No armário do vestíbulo traseiro BOEING 727 1 de CO2 2 de água pressurizável 2 de BCF Atrás da cadeira do F/E (Flight) 1 no painel dianteiro de comissários 1 abaixo do painel traseiro de comissários 1 no primeiro gavetão do lado esquerdo 1 abaixo do painel traseiro de comissários AIRBUS A-300 08 de BCF AIR TOTAL (HALON 1211) 1 na cabine de comando 1 no compartimento eletrônico 6 na cabine de passageiros EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS BLOCO I CFG - 018 XII – Utilização dos Extintores de Bordo (Portáteis e Manuais) ÁGUA 1o – Retirar o extintor da alça de fixação. 2o – Conduzi-lo pelo punho até as proximidades do fogo. 3o – Girar o punho no sentido horário (rompendo o lacre) até que o mesmo encontre o batente, liberando o gatilho. 4o – Acionar o gatilho. 5o – Dirigir o jato de água para a base das chamas. GÁS CARBÔNICO (CO2) 1o – Utilizar a máscara full-face acoplada à garrafa de oxigênio. 2o – Retirar o extintor da alça de fixação. 3o – Conduzi-lo pelo punho até a proximidade do fogo. 4o – Posicionar
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