Buscar

Comissario EMG (EMG e CFG)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PPRREEPPAARRAAÇÇÃÃOO PPAARRAA OO EEXXAAMMEE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA TÉCNICA CONGONHAS 
CIAC – CENTRO DE INSTRUÇÃO DE 
AVIAÇÃO CIVIL 
 
EMG – EMERGÊNCIAS A BORDO 
(EMERGÊNCIA E COMBATE AO FOGO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.escolatecnicacongonhas.com.br 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 02 
 
 
É uma situação anormal que pode ocorrer em vôo, terra, mar, 
decolagem e pouso, que coloca em risco a segurança da aeronave e de 
seus ocupantes. 
 
 
EMERGÊNCIAS 
I - Introdução 
 
Os tripulantes devem ter conhecimento absoluto dos procedimentos de 
emergência bem como da localização, tipo e utilização correta de todos 
os equipamentos de emergência disponíveis nas aeronaves. 
Para que, diante de uma situação anormal, atuem de forma correta, 
aplicando o bom senso, liderança, segurança, rapidez e eficiência, com o 
objetivo de evitar o pânico e garantir a sobrevivência do maior número 
de pessoas possíveis. 
 
EMERGÊNCIA 
 
 
 
II – Autoridade a bordo 
 
O comandante ou o piloto em comando é o responsável, e é a 
autoridade final na operação da aeronave. Possui controle total e 
autoridade absoluta sobre pessoas, bens, valores e membros da 
tripulação, sendo que os últimos, a partir do início da viagem até o seu 
final, e os demais a partir do embarque até o seu desembarque. 
No caso de um pouso forçado, a autoridade do comandante persiste até 
que as autoridades competentes assumam a responsabilidade pela 
aeronave, pessoas e valores e continua ainda sobre a tripulação até o 
regresso à base. 
 
 Hierarquia a bordo 
 
No caso de incapacidade do comandante e/ou membros da tripulação, a 
hierarquia de comando obedecerá a seguinte seqüência: 
Piloto em comando – CMTE; 
Co-Piloto; 
Engenheiro de vôo – FE; 
Chefe de Equipe; 
Tripulantes de Cabine (em ordem hierárquica). 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 03 
 
 
 
 
 Acesso à cabine de comando 
 
Nenhuma pessoa, além dos tripulantes, poderá ser admitida na cabine 
de comando durante o vôo sem estar autorizado pelo comandante. 
Quando autorizadas pelo comandante, deverão ser feitas de forma 
discreta. Para evitar qualquer interrupção nas comunicações ou 
procedimentos, os comissários deverão fazer-se anunciar, a fim de 
advertir sua presença e entregar a mensagem clara e específica. 
 
 
 Cockpit Estéril 
 
O conceito de Cockpit Estéril corresponde ao período em que os pilotos 
não devem ser interrompidos em suas atividades, salvo em situações 
anormais ou emergência. 
O período de Cockpit estéril se ativa em terra imediatamente antes da 
decolagem e continua durante a subida até 10.000 FT 
(aproximadamente 10 min.) 
Durante a descida, ao cruzar 10.000FT, se reinicia até o abandono da 
pista depois do pouso. 
Toda comunicação com a cabine de comando durante a fase de cabine 
estéril deverá ser realizada pelo interfone. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 04 
 
 
 
 
III - Briefing 
 
Procedimento prévio ao vôo que se realiza em coordenação entre 
comandante, Chefe de Equipe e tripulação de cabine, cobrindo os 
seguintes pontos: 
 
Pontualidade; 
Apresentação pessoal; 
Documentação de tripulante de cabine; 
Designação de funções; 
Documentação de pax e avião; 
Cockpit estéril; 
Reabastecimento de combustível; 
Check dos equipamentos de emergência; 
Passageiros (recepção, despedida); 
Anúncios e procedimentos de demonstração de emergência; 
Coordenação para o serviço de bordo; 
Check das cabines 
Procedimentos de emergência, etc. 
 
 
IV – Procedimentos Rotineiros de Segurança 
 
Uma vez abordado no avião, é responsabilidade de cada tripulante de 
cabine efetuar um rigoroso check pré-vôo dos equipamentos de 
emergência na cabine de passageiro condizente à: localização, fixação, 
integridade, validade, etc. 
 
Obs: 1. Caso seja detectada qualquer irregularidade no equipamento de 
emergência, o tripulante de cabine deve reportar imediatamente 
ao Chefe de Equipe e este ao comandante. 
2. Durante o check dos equipamentos de emergência o tripulante 
de cabine deverá realizar o briefing mental sobre a localização, 
utilização e procedimentos de emergência, de acordo com a 
estação que foi designada. 
 
Deverão checar, também, posição e conteúdo do Kit de demonstração, 
funcionamento do sistema de vídeo, limpeza do visor do trem de pouso, 
medidor de água, check dos toiletes, galleys e passarela. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 05 
 
 
 
 
 
 Pré-Vôo – Check-list 
 A- Portas 
Scape slide desarmado 
Fita de segurança 
Fita do visor 
 
B – Manômetro Scape Slide 
 
Pressão (2700 a 3000 PSI) 
 
 
 
 
 
C – Jump Seats 
 
Funcionamento retrátil; 
Cinto de segurança operativo; 
Colete salva vida, se requerido. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 06 
 
 
 
 
D – Equipamento de Emergência 
 
Localização; 
Fixação; 
Integridade; 
Validade; 
Lacre; 
Capacidade; 
Pressão 
Operacionalidade; 
 
 
E – Painel de CMS 
 
Operacionalidade. 
 
F – Equipamento de demonstração 
 
Kit de demonstração completa e em posição; 
Vídeo – áudio – telas operativas. 
 
G – Assento passageiro 
 
Cartão de instrução de segurança; 
Cinto de segurança; 
Encosto da poltrona – posição vertical; 
Mesinhas fechadas e travadas. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 07 
 
 
 
 
H – P.S.U. – Unidade de serviço do passageiro 
 
Luzes individuais de leitura; 
Chamada de CMS; 
Gasper Fan. 
 
 
I – Janelas de Emergência 
 
Cartão de instrução de segurança. 
 
J – Visor do trem de pouso 
 
Limpeza. 
 
K – Overhead bins 
 
Abertos 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 08 
 
 
 
 
L – Toilettes 
 
Limpeza: sabonete, papel higiênico, papel toalha, assento 
protetor, água; 
Detector de fumaça (energizado); 
Tampa do assento (abaixada) 
Extintor HALON 
Luz; 
Chamada de CMS; 
 
M – Cortinas 
 
Atadas nas presilhas 
 
N – Galleys 
 
 
Seguros funcionando; 
Circuit brakers (Check efetuado) 
Material – prataria, miscelâneas; 
Comida – temperatura, quantidade, menu; 
Bebida – temperatura, quantidade; 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 09 
 
 
 
 
Trolleys – integridade – trava – operacionalidade. 
 
O – Check terminado. 
 
Reporte com observações ou Ok; 
Equipe ao Chefe de Equipe; 
Chefe de Equipe ao Comandante. 
 
 Embarque de Passageiros 
 
O Chefe de Equipe será comunicado, com devida antecipação, do 
embarque de passageiros para que a Tripulação de Cabine esteja 
preparada e em suas posições para recepcioná-los. 
Durante o embarque dos passageiros, os comissários deverão orientá- 
los quanto ao número de assento e assisti-los com suas bagagens de 
mão, as quais deverão ser acomodadas nos overhead bins ou debaixo 
do assento. 
Há certos passageiros que necessitam de uma atenção especial, por sua 
própria condição física, requerendo cuidados diferenciados, portanto 
terão o embarque prioritário e não poderão ocupar os assentos das 
saídas de Emergência. 
 
São eles: 
 
Menores desacompanhados; 
Gestantes; 
Deficientes físicos; 
Deficientes visuais; 
Deficientes auditivos; 
Enfermos; 
Idosos; 
Presos; 
PAX acompanhados com crianças; 
PAX em maca; 
PAX que não dominam o idioma (cartão de instrução de 
segurança). 
 
 Durante o embarque dos PAX, a Tripulação de Cabine deve 
permanecer atenta para que nenhuma bagagem de mão venha 
obstruir e/ou dificultar o acesso aos equipamentos de emergência. 
 O Comandante deve ser informado de qualquer situação que possa 
atentar contra a segurança a bordo, comoPAX em estado de 
embriaguez, etc. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 010 
 
 
 
 
 O número de PAX por fila não poderá exceder ao número de máscaras 
de oxigênio do PSU. 
 Concluindo o embarque efetua-se a contagem dos PAX, 
proporcionando o número PAX, colos, deficientes, doentes, grávidas, 
tripulantes extras e outras informações ao comandante, obtendo a 
autorização para fechar portas. 
 Portas fechadas, conectar escapes-slide. 
 Efetuar alocução específica 
 
 Demonstração de Segurança aos Passageiros 
 
De acordo ao RBHA (Regulamentos Brasileiros de Homologação 
Aeronáutica), os PAX’s devem ser informados através de um vídeo ou 
por P.A.(Public Adress, sistema de som da aeronave usado pelos 
tripulantes), da localização e uso dos Equipamentos de Segurança 
contemplados na aeronave por meio de uma demonstração de 
segurança realizada pela Tripulação de Cabine, antes da decolagem: 
 
Proibição do uso de equipamentos eletrônicos; 
Uso dos cintos de segurança; 
Proibição de fumar 
Encosto das poltronas na posição vertical; 
Obrigação de colocar a equipagem de mão em lugares 
adequados; 
Localização das saídas de Emergência. 
Uso das máscaras de Oxigênio; 
Colete salva-vidas (vôos sobre o mar, mais de 50 milhas 
náuticas da costa) 
Cartão de instrução de segurança. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 011 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: 1 – A alocução/anúncio/speech aos PAX deve ser feita pelo Chefe 
de Equipe ou outro tripulante por ele designado. O speech pré- 
vôo feito aos PAX’s é uma medida preventiva de segurança 
2 – Aeronaves que dispõem de assento da poltrona como 
elemento de flutuação, se faz referência a eles no cartão de 
instrução de segurança. 
 
Durante a demonstração, a Tripulação de Cabine deve mostrar uma 
atitude profissional. Dar-se-á informações individuais aos PAX’s que 
possam necessitar assistência, tais como: 
 
Menores desacompanhados; 
Grávidas; 
Deficientes; 
Idosos; 
Adultos com bebê; 
Doentes. 
 
Finalizada a demonstração, a Tripulação de Cabine completará o check 
de cabine para decolagem: 
 
PAX’s sentados com cintos de segurança; 
Não permitir mais de quatro PAX em cada fileira de três 
poltronas; 
Encosto das poltronas na posição vertical; 
Mesas fechadas e travadas; 
Saídas de emergência sem obstáculos; 
Cortinas atadas nas presilhas; 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 012 
 
 
 
 
Luzes da cabine – posição night (vôo noturno) 
Galley travadas e desligadas 
Toilettes – desocupados e tampas do vaso sanitário abaixadas; 
 
 
 
 
 
Nota: 
1. Colos não devem estar atados no mesmo cinto de PAX adulto; 
2. Não permitir PAX dormindo ou deitado durante a decolagem e 
pouso; 
3. PAX acompanhados de colos ou crianças devem ser orientados 
quanto à necessidade de puxar as máscaras destes; 
4. O uso do cinto inercial tóraco abdominal para Tripulação de Cabine 
é obrigatório; 
5. Em vôos noturnos, equipamento B737, o seletor de iluminação 
deve estar na posição: 
- night: cabine de PAX; 
- dim: vestíbulo dianteiro. 
6. Se o aviso de apertar cintos permanecer aceso por tempo 
prolongado, o Chefe de Equipe deve verificar através do interfone 
junto ao cockpit qual a situação existente. 
7. Deve-se evitar entrar em contato com o cockpit por 10 min. após 
a decolagem. 
8. Em vôo noturno, nunca abrir a porta do cockpit sem antes reduzir 
as luzes adjacentes; 
9. Não permitir a permanência de PAX na área da galley 
 
Uma vez concluído o check de cabine para decolagem e ou 
aterrissagem, o Tripulante de Cabine proporciona Ok ao Chefe de Equipe 
e este ao CMTE e imediatamente devem ocupar seus respectivos 
assentos com cinto de inércia e ventral e preparar-se mentalmente para 
decolagem/aterrissagem. 
Os Tripulantes de Cabine deverão sentar em suas estações de 
Emergência (jump seats) designadas para decolagem e pouso. Esta 
designação de estação será realizada durante o briefing pelo Chefe de 
Equipe. Durante toda a operação, os jump seats serão utilizados 
exclusivamente pelo pessoal que possui licença de vôo. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 013 
 
 
 
 
 Equipamento Eletrônico 
 
 
É proibida a utilização a bordo de qualquer aparelho eletrônico emissor 
de energia eletromagnética, sendo obrigatória à realização do anúncio 
respectivo antes da decolagem. 
 
Estão proibidos durante todas as etapas do vôo: 
- Telefones celulares; 
- Aparelhos de controle remoto; 
- Televisores; 
- CD players; 
- Transmissores de rádio e transistores. 
Estão permitidos os usos em terra e/ou em vôos nivelado: 
- Walkman; 
- Barbeadores; 
- Pagers; 
- Filmadoras; 
- Máquinas fotográficas; 
- Computadores pessoais (somente em vôo nivelado). 
 
Durante o procedimento de descida é proibida a utilização de qualquer 
aparelho eletrônico. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 014 
 
 
 
V – Equipamentos de Emergência 
 
São equipamentos que estão dispostos a bordo em locais de fácil 
acesso, em número e quantidade de acordo com a especificação de cada 
aeronave e número de assentos disponíveis dentro das mesmas. 
Têm a finalidade de auxiliar os Tripulantes em situações adversas que 
poderão vir a suceder, sendo eles: 
 
Garrafas de oxigênio: sistema fixo, sistema portátil; 
 
 
Extintores de incêndio; 
 
 
Óculos anti-fumaça; 
 
 
Machadinha; 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 015 
 
 
 
 
 
Luvas de amianto; 
Megafone; 
 
 
Detector de fumaça; 
Rádio Beacon; 
Luzes de Emergência; 
Coletes salva-vidas; 
Assentos flutuantes; 
Cordas de escape rápido (scape rope); 
Escape Slide; 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 016 
 
 
 
 
 
Bote; 
Kit de sobrevivência; 
Kit de médico – Emergency Medical Kit; 
First Aid Kit. 
 
 
 Sistema fixo de Oxigênio 
 
As aeronaves pressurizadas possuem um sistema de fornecimento de 
Oxigênio em caso de perda de pressão de dois tipos: 
- Gasoso: Oxigênio armazenado em cilindros – para PAX e 
TRIP 
- Químico: Oxigênio resultado de uma reação química que 
ocorre dentro de geradores para PAX e CMS. 
 
Este Oxigênio (gasoso e químico) estará disponível através de máscaras 
oro-nasais que caem automaticamente dos compartimentos da PSU 
(Unidade de Serviço do PAX), quando a altitude interna da cabine atinge 
14.000FT, quando então: 
as máscaras irão cair automaticamente; 
deverão ser puxadas para baixo; 
deverão ser colocadas sobre o nariz e a boca e ajustar a 
tira elástica em volta da cabeça 
 
O fornecimento do Oxigênio - GASOSO – ao cair às máscaras e uma 
delas for puxada, dá-se o fluxo de Oxigênio somente para a máscara 
puxada. Este fluxo poderá ser cortado a qualquer momento, se 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 017 
 
 
 
 
necessário, através de aletas localizadas nos PSU’s e da alavanca verde 
na cabine de comando. 
O fornecimento de Oxigênio – QUÍMICO – ao caírem as máscaras e uma 
delas for puxada, dá-se o fluxo de Oxigênio para todas as máscaras do 
conjunto. Este fluxo não poderá ser interrompido e terá uma duração de 
aproximadamente 15 min. 
 
Obs.: Máscaras oro-nasais conectadas ao sistema fixo de oxigênio de 
emergência do avião encontram-se: 
 
o Em cada PSU (no conjunto de 3 assentos de PAX – 4 
máscaras) 
o No teto dos toilettes (2 máscaras) 
o Sobre os assentos dos CMS (2 máscaras) 
 
Operação: 
o Puxe a máscara; 
o Coloque sobre o nariz e a boca; 
o Ajuste o elástico à volta da cabeça; 
o Respire normalmente. 
 
Nota: 
O sistema de oxigênio fixo que supre a cabine de PAX pode ser ativado: 
automaticamente,eletricamente e manualmente. 
 
 Sistema Portátil de Oxigênio com Máscaras Oro-Nasais 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 018 
 
 
 
 
São cilindros portáteis para auxiliar em situação de Primeiros Socorros 
ou depois de uma despressurização. 
São conhecidos também como Oxigênio Terapêutico. 
As garrafas portáteis de Oxigênio Terapêutico estão localizadas na 
cabine principal para atender PAX e TRIP com insuficiência respiratória e 
estão equipadas com máscaras oro-nasais 
Estes cilindros têm capacidade de 311 litros e proporciona oxigênio em 2 
fluxos: 
 
FLUXO LTS x MIN DURAÇÃO APLICAÇÃO 
HI 4 77’ {1h, 17 min} Adulto e PAX traqueotômico 
LO 2 154’ {2h, 34 min} Crianças e bebês 
 
Obs.: bebês: LO – a mangueira mais próxima do nariz 
pax traqueotômico: HI – mangueira no orifício da traquéia 
 
Check pré-vôo 
Localização 
Fixação 
Integridade 
Pressão: 1.500/1.800 PSI 
Máscara oro-nasal: fechada hermeticamente 
Saída: HI – LO. 
Procedimento para aplicação do oxigênio terapêutico: 
Informar cockpit 
Retirar o cilindro mais próximo 
Retirar a maquiagem da área do nariz e boca 
Reclinar a poltrona do PAX 
Abrir o registro até o final e voltar cerca de ¼ para evitar 
que trave completamente aberta 
Checar se há fluxo de Oxigênio 
Aplicar máscara sobre o nariz e boca do PAX e ajustar o 
elástico a volta da cabeça 
Acomodar o cilindro próximo ao PAX usando a alça do 
suporte 
Controlar o uso do Oxigênio observando o PAX 
Interromper a administração a cada 15min. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 019 
 
 
 
 
 Sistema Portátil de Oxigênio com Máscara Full-Face 
 
São cilindros portáteis para proteção no combate ao fogo. Seu fluxo é a 
pedido. 
 
Check pré-vôo: 
Localização; 
Fixação; 
Integridade; 
Máscara íntegra acoplada ao cilindro 
Pressão do cilindro 
 
Operação 
Retirar o cilindro; 
Limpar o rosto; 
Abrir o registro até o final e voltar cerca de ¼ para evitar 
que trave completamente aberto; 
Colocar a máscara e ajustar as tiras de borracha até sentir 
que a máscara está selada; 
Respirar normalmente; 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 020 
 
 
 
 
 Extintores de Incêndio 
 
(equipamento de extinção ao fogo – vide Capítulo “Combate ao Fogo”) 
 
Durante a ocorrência de fumaça ou fogo, a coordenação entre os 
tripulantes é essencial para um combate efetivo, havendo a intervenção 
mínima de 3(três) Tripulantes de Cabine: 
 
Operador: 
o detecta e identifica; 
o corta circuitos elétricos; 
o usa extintor. 
 
Transmissor: 
o mantém o CMTE informado - lugar do incêndio, o que se 
queima, quantidade de fumaça, ações tomadas. 
 
Assistente: 
o proporciona o equipamento necessário 
o retira PAX da área afetada, garrafas de Oxigênio, PBE, 
material combustível, coletes salva vidas, se necessário ter 
outro extintor à mão. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 021 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: 
Localize o fogo 
Combata o fogo 
Avise o CMTE 
Divida as tarefas 
Nunca abandone o fogo 
Previna o pânico 
 
Quando o fogo estiver apagado: 
monitore a área até aterrissar; 
tranqüilize PAX / aplicar Primeiros Socorros, se necessário 
 
Técnica: 
atuar = rápido 
usar = extintor correto 
cortar = fonte de corrente 
dirigir = jato para a base do fogo 
mover = extintor de lado a lado 
usar = todo o conteúdo 
 
 C.A.F. – Capuz Anti-Fumaça ou P.B.E. – Protective Breathing 
Equipment 
 
É um equipamento de emergência para proteção dos órgãos da 
respiração e visão. 
Está contido em uma bolsa plástica a vácuo dentro de uma caixa verde, 
a qual tem um visor para o respectivo cheque. 
Consiste em um capuz de fibra de vidro; é mais estreita na área do 
pescoço, ajustando assim, a parte cervical. Dispõe de um visor 
desembaçador e um gerador químico localizado na parte posterior do 
capuz; proporciona oxigênio por 15min aproximadamente. 
 
Cheque Pré-Vôo. 
localização 
fixação 
visor na cor azul celeste 
 
Operação 
1. retirar a maquiagem e brincos grandes ou pontiagudos que 
possam provocar perfurações no selo. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 022 
 
 
 
 
2. remover a caixa do seu alojamento 
3. remova o capuz da caixa 
4. abra a embalagem a vácuo 
5. puxe a argola “pull to actuate” – para dar início a geração de 
Oxigênio 
6. verificar o fluxo de Oxigênio e a hora de início de uso 
7. vista o capuz: 
a. segure o equipamento pelo final do capuz abrindo o selo 
com os dedos polegares; gerador deve permanecer atrás 
b. abaixe a cabeça, vista o capuz 
c. permanecendo com a cabeça vertical, puxe o capuz para 
baixo, ajustando-o no pescoço 
d. evite que roupas ou cabelos longos permaneçam entre o 
selo e o pescoço 
e. evite tocar o gerador químico 
8. para retirá-la, incline-se e segure o capuz pela parte superior. 
 
Precauções para o uso: 
não usar se a embalagem transparente estiver violada 
não usar se o visor estiver com a cor rosa (indicador de 
umidade) 
não usar se não escutar o ruído característico do fluxo de 
Oxigênio 
depois de usá-lo, o Tripulante de Cabine e o equipamento 
devem permanecer distante das chamas por alguns minutos. 
 
 Machadinha 
 
É usada para cortar fuselagem, abrir passagem em certas áreas quando 
as saídas normais estiverem bloqueadas. 
Está composto por uma folha cortante, uma pontiaguda e um cabo 
isolante de eletricidade (25.000 volts). 
 
Cheque Pré-Vôo 
localização 
fixação 
 
 Luvas de Amianto 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 023 
 
 
 
 
 
 
 
 
Utilizados para proteger-se em incêndio, pegar peças ou objetos com 
alta temperatura. 
 
Cheque Pré-Vôo 
localização 
 
 Óculos Anti-fumaça 
São óculos plásticos que servem como proteção contra fumaça 
Cheque Pré-Vôo 
localização 
 
 Detector de fumaça 
 
Sistema que detecta a fumaça localizada no teto de cada lavatório. 
Funciona com bateria e se ativa automaticamente, emitindo um sinal 
auditivo, quando houver moléculas de fumaça. 
 
Cheque Pré-Vôo 
Verificar se a luz verde está acesa (sistema energizado) 
 
 Megafone 
 
É um amplificador de voz portátil, que permite a comunicação em 
situação de Emergência ou, falta de sistema P.A. 
Funciona com bateria própria, possui um gatilho, um microfone e um 
amplificador. 
 
Cheque Pré-Vôo 
localização 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 024 
 
 
 
 
fixação 
operacionalidade (pressione o gatilho e fale no microfone) 
 
 Rádio Beacon 
 
É um cilindro metálico, vermelho, portátil, resistente à água e flutuante. 
Tem bateria própria, antena, bolsa plástica e corda. 
A bateria se localização na base do cilindro e é ativada ao contato com a 
água, transmitindo sinais de Emergência através de duas freqüências 
internacionais de resgate, para facilitar e agilizar a localização dos 
sobreviventes, por um período de 48h. 
Os sinais de Emergência são interrompidos ao retirá-lo da água e/ou 
colocá-lo em posição horizontal. Uma vez retirado da água e depois que 
sua bateria tiver secado, não voltará a transmitir. 
Caso necessário pode fazê-lo funcionar em terra, introduzindo a bateria 
em uma bolsa plástica ou recipiente com líquido, não corrosivo, nem 
inflamável. 
As freqüências internacionais de resgate são: 
civil – 121.5 MHz 
militar – 243 MHz 
 
Nota: 
quando colocado em água salgada, começa a transmitir 
em 5seg. 
quando colocado em água doce, começa a transmitir em 
5min. 
a corola (tira de amarração) tem aproximadamente 18m de 
comprimento, com a finalidade de manter o equipamento 
preso à embarcação ou à margem de algum curso de água 
o acionamento deve ser feito imediatamente após a 
evacuação.Luzes de Emergência 
 
Quando houver falha no sistema normal de iluminação, as luzes de 
Emergência serão acesas automaticamente. 
As luzes de Emergência iluminam e indicam as saídas de Emergência e 
estão localizadas no interior e exterior da cabine. 
As luzes internas da cabine de PAX podem ser fixas ou portáteis e estão 
indicadas com a palavra EXIT/Saída. 
As luzes interiores portáteis podem ser usadas como lanternas. 
Cheque Pré-Vôo 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 025 
 
 
 
 
verificar seu funcionamento (switch-painel do CMTE; painel 
do CMS) 
 
 
 Coletes Salva-Vidas 
 
Equipamento de auxílio à flutuação exigido para aeronaves que efetuam 
vôos sobre o mar (mais de 50 milhas náuticas da costa), disponíveis 
embaixo de todas as poltronas. 
 
Operação – Adulto 
passe a abertura do colete pela cabeça 
ajuste firmemente o colete na cintura 
somente fora da aeronave – infle o colete puxando as alças 
vermelhas 
 
Operação – Criança 
passe a abertura do colete pela cabeça 
passe as alças pelo meio das pernas 
somente fora da aeronave – infle o colete puxando as alças 
vermelhas 
 
 Assentos Flutuantes 
 
Todos os assentos de passageiros, o encosto e assento do banco duplo 
de CMS, o assento do banco do observador e o encosto dos assentos da 
cabine de comando são flutuantes (Boeing 737-300). 
 
 Cordas 
 
Encontram-se cordas no batente das janelas do cockpit e das janelas de 
Emergência sobre a asa, que auxiliam a saída rápida. 
São revestida de neoprene e látex. 
 
 Escape-Slide (Rampa de abandono) 
 
As portas principais e de serviço estão equipadas com escape-slides. 
O escape-slide está alojado no estojo da porta na parte inferior da 
mesma, que possui um visor de manômetro de pressão de 2.700 a 
3.000 PSI. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 026 
 
 
 
 
Quando do fechamento das portas e após conectar as barras dos 
escapes nos ganchos no piso da aeronave, o CMS deve prender a fita do 
visor da porta de forma transversal. 
Quando desconectar o escape, efetua-se o processo inverso. 
O escape-slide poderá ser inflado (aproximadamente 5 seg.) 
automaticamente e manualmente. 
Em caso de falha na inflação automática do escape-slide, deve-se puxar 
a alça próximo ao pé do operador para inflá-lo manualmente. Não 
ocorrendo a inflação, o CMS deverá utilizá-lo como corda. 
Em um pouso na água, o escape-slide deve ser utilizado como bote, 
apenas como equipamento auxiliar de flutuação. 
 
 
 
 Bote 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 027 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização do Equipamento de Emergência. 
Boeing 737. 
 
 
Os slides botes são usados para evacuação e amerissagem, permitindo a 
saída de duas pessoas ao mesmo tempo. 
 
 Kit de Sobrevivência 
 
Em cumprimento às normas em vigor, todas as aeronaves brasileiras 
devem estar agrupadas com conjuntos de sobrevivência na selva. A 
quantidade de Kits é calculada na proporção de 01 Kit para cada 50 
passageiros, devendo haver 01 Kit de primeiros socorros no conjunto. 
 
 Kit Médico (Emergency Medical Kit) 
 
Uso exclusivo por um médico. 
 
 First Aid Kit 
 
Os medicamentos contemplados neste Kit poderão ser administrados 
aos passageiros durante ocorrência de pouca gravidade, durante o vôo, 
pelos Tripulantes de Cabine. 
 
 
Boeing 737. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 028 
 
 
 
 
 
 
Luzes de Emergência. Boeing 737. 
 
 
 
 
VI – Saídas de Emergência 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 029 
 
 
 
 
É toda abertura por onde possam passar com relativa facilidade uma ou 
mais pessoas que se encontram bloqueadas em determinado espaço em 
uma situação determinada. 
São elas: 
Portas principais e de serviço 
Janelas de Emergência e escotilhas 
 
Todas as saídas de emergência operam internamente e externamente, 
exceto a janela do CMTE. 
 
Saídas de Emergência do Boeing 737 
 
 
 Portas Principais e de Serviços 
 
São usualmente utilizadas com acesso ao interior da aeronave e saídas 
normais, carregamento e descarregamento de material e comissária. 
Eventualmente poderão ser utilizadas em situação anormal 
(emergência). 
Em situação de emergência, como equipamento de evacuação, são 
usadas as portas com escorregadeiras, sendo que existem as não 
infláveis, utilizadas em aeronaves turbo-hélices e as escorregadeiras 
infláveis, também denominadas escape slide ou slide chute, usadas em 
aeronaves modernas (a jato). 
As escorregadeiras infláveis (escape slide ou slide chute) são usadas em 
aeronaves de grande porte também nas janelas de emergência, sobre a 
asa. 
Ficam acondicionadas em compartimentos sendo um em cada porta, 
tendo em seu interior uma garrafa de gás comprimido. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 030 
 
 
 
 
Para que o mesmo seja utilizado, a barra deve estar conectada no piso 
junto à porta. Ao abrir a porta ele sairá do compartimento formando um 
colchão de ar. 
Se o mesmo não inflar automaticamente ao abrir-se a porta, o tripulante 
deverá puxar uma alça situada na base junto ao piso, que iniciará a 
inflação da escorregadeira. 
Se ainda assim não inflar, poderá ser usada como escorregadeira não 
inflável, obedecendo ao procedimento de evacuação descrito no item 
anterior. 
Em caso de pouso no mar, quando separados da aeronave, as 
escorregadeiras poderão ser utilizadas como flutuadores. 
 
Utilização da Escorregadeira 
 
 Janelas de Emergência 
 
Localizam-se na direção da asa uma de cada lado ou mesmo duas de 
cada lado conforme a aeronave. 
Possuem cordas que se localizam no interior da fuselagem ficando 
aparente somente quando a janela é retirada. 
Essas cordas deverão ser conectadas em argolas situadas na parte 
superior da asa formando corrimões, principalmente numa amerissagem 
(pouso na água). 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 031 
 
 
 
 
. 
 
Abertura da porta de emergência sobre a asa 
 
 
Seqüência correta para sair por uma janela de emergência: 
PERNA – CABEÇA – TRONCO – PERNA. 
 
As janelas na cabine principal são formadas por três painéis: interno, 
médio, externo. 
O Tripulante de Cabine ao realizar o check pré-vôo deverá observar se 
não há rachaduras ou bolhas nos painéis das janelas. 
Somente os painéis externo e médio são estruturais. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 032 
 
 
 
 
Janela de Pax 
 
 
 
 
 Escotilhas 
 
Geralmente localizadas na cabine de comando, possuindo cordas de 
escape rápido. 
 
 
Cordas de escape rápido 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 033 
 
 
Evacuação da aeronave 
 
 
 Operatividade de uma saída de emergência 
 
Uma saída só será considerada operativa quando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: 
aeronave e motores estiverem completamente parados 
área adjacente estiver livre 
ser possível abri-lá 
equipamento auxiliar operando 
 
Não completando uma das condições acima a mesma será 
considerada INOPERANTE. 
 
 Estação de Emergência 
 
Compreende o lugar de uma ou mais saídas de emergência. 
Deverá ter normalmente: 
assentos de tripulantes – simples ou duplos 
equipamentos auxiliares para evacuação 
sistema de comunicação 
 
 Evacuação da Aeronave 
 
Compreende o abandono dos seus ocupantes diante de uma situação 
emergência. Para que haja um salvamento correto devem ser 
observados procedimentos condicionados através de treinamento em 
simulador. 
Após testes realizados por órgãos internacionais, 90 seg., é o tempo 
consideradopara que todos os ocupantes de uma aeronave, após pouso 
em emergência, tenham condições de abandoná-la. 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 034 
 
 
 
 
 
 Tipos de Saídas/Coeficiente de Evacuação 
 
As aeronaves são projetadas com o dobro da capacidade de evacuação 
padrão. 
O Coeficiente de Evacuação é o número de ocupantes de uma aeronave 
que possam sair por uma saída operativa obedecendo ao tempo padrão 
de 90 segundos. 
 
Tipo Saída Núm. de Pax Tempo 
(seg.) 
Tipo I Escorregadeiras infláveis 50 a 55 90 
Tipo II Escorregadeiras não infláveis 30 a 40 90 
Tipo III Janelas sobre a asa 20 a 30 90 
Tipo IV Janelas da cabine de 
comando 
15 a 20 90 
Classe A Escorregadeiras infláveis 
duplas 
90 a 100 90 
 
 Seqüência de Comando 
 
Comandante. 
Qualquer membro da tripulação técnica na incapacidade do 
Comandante. 
Qualquer Comissário, quando haja evidência da necessidade de 
evacuação da aeronave. 
 
 Evacuação evidente 
 
alta concentração de fumaça ou gases tóxicos na cabine 
quebra de trem de pouso 
fogo incontrolável 
grandes danos estruturais 
explosões 
pouso na água 
 
Nota: 
1. Em uma evacuação os Comissários devem permanecer a bordo 
até que todos os passageiros tenham desembarcado e feito o 
check da cabine ou quando o fogo, fumaça ou nível d’água tornar 
impossível sua permanência a bordo. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 035 
 
 
 
 
2. Havendo necessidade de evacuação da aeronave a mesma deverá 
se iniciar após a: PARADA TOTAL DA AERONAVE E SEUS 
MOTORES DESLIGADOS. 
3. Ordens dadas aos passageiros devem ser claras e prévias. 
4. Usar frases breves e afirmativas. 
5. Usar mímica reforçando as frases indicando as saídas operativas. 
A mímica é uma linguagem internacional e pessoas surdas e 
estrangeiras poderão compreender a situação. 
 
VII – Procedimentos de Emergência 
 
 Despressurização 
 
No caso de falha do sistema pneumático ou da válvula OUT FLOW, 
permanecer na posição aberta ocorrerá uma despressurização. Quando 
a altitude da cabine interna atingir 10000 Ft (pés) soará um alarme no 
cockpit, alertando os pilotos que a aeronave entrou no processo de 
despressurização. 
 
Se a cabine atingir 14000 Ft, ocorrerá a queda automática das máscaras 
de oxigênio, com fluxo de 1 litro por minuto e na seqüência: 
 
15000 Ft ... 2 litros por minuto 
16000 Ft ... 3 litros por minuto 
17000 Ft ... 4 litros por minuto (fluxo máximo de oxigênio) 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 036 
 
 
AÇÃO IMEDIATA 
Coloque a máscara mais próxima. 
Sente-se na poltrona mais próxima. 
 
 
 
 
Nota: 
O COCKPIT avisará quando as máscaras podem ser removidas. 
Preste os primeiros socorros. 
Dê oxigênio aos PAX quando necessário. 
Check os toiletes 
Havendo uma despressurização rápida na cabine formará um 
nevoeiro. 
 
 Vazamento de pressão 
 
 
AÇÃO IMEDIATA 
Tire todos os PAX da área 
Avise ao COCKPIT 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 037 
 
 
NOTA: Não arrisque a sua vida, dos PAX e da tripulação. Não 
faça sinais de alarme. 
NOTA: Peça ajuda a outros comissários ou PAX para evitar que 
ele se machuque, machuque os outros ou coloque em risco a 
segurança do vôo. 
 
 
 Seqüestro 
 
AÇÃO IMEDIATA 
Acate o(s) pedido(s) do(s) seqüestrador (es). 
 
 
Cuidados Especiais: 
Coloque um comissário para falar com o seqüestrador 
Tente manter a conversação com o seqüestrador 
Acalme-o com conversa amiga 
Tente conquistar a sua confiança convencendo-o de que está 
do lado dele 
Tente desviar a atenção do seqüestrador para outro tripulante 
se perceber que o está irritando 
Acate as decisões do seqüestrador e não tente pressionar 
Tente propor-lhe outras alternativas de decisão 
Não reaja se ele tornar-se agressivo 
 
 Comportamento Anormal 
 
 
Se o comportamento anormal do PAX ameaçar a segurança do vôo: 
AÇÃO IMEDIATA: 
Notifique ao Cockpit 
Tente conter o PAX 
 
 
Se o comportamento anormal do PAX não coloca em risco a segurança 
dos outros PAX e da tripulação, trate-o como achar mais conveniente, 
ignorando-o, persuadindo-o, sendo simpático, etc. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 038 
 
 
NOTA: Como o gravador de vôo está localizado no teto do 
vestíbulo traseiro e pode provocar um som audível durante 
segundos, não o interprete como um som suspeito. 
NOTA: Use os slides somente em último caso. Use as saídas 
sobre a asa somente quando determinado pelo Comandante. O 
pessoal de terra é responsável pelos PAX após o desembarque. 
 
 
 
 Bomba 
 
AÇÂO IMEDIATA 
Avise ao Cockpit 
Se você ouvir comentários de que há bomba ou ameaça de sabotagem, 
ou se você suspeitar de qualquer dispositivo, avise imediatamente o 
Cockpit. 
 
 
Cuidados especiais: 
Quando avisado pelo Cockpit de que existe a ameaça de sabotagem: 
Preparar o desembarque de acordo com a orientação do 
Comandante. 
O Comandante determinará e avisará a hora e a forma de 
desembarque. 
Informar os PAX para que levem os seus pertences de mão. 
Planejar o desembarque usando a escada móvel, passarela 
telescópica (finger) ou as próprias escadas da aeronave. 
Faça o desembarque o mais rápido possível. 
 
 
 Fumaça na luz fluorescente 
 
Pode ocorrer fumaça do filtro de luzes fluorescentes da cabine. O 
superaquecimento deste filtro pode causar fumaça antes que o fusível 
interrompa o circuito, sem necessariamente provocar fogo. Neste caso 
os comissários devem lembrar que o uso desnecessário dos extintores 
pode gerar confusão e tumulto. 
 
AÇÃO IMEDIATA 
Avise o Cockpit 
Desligue as luzes afetadas 
Não use os extintores até que um tripulante técnico venha 
verificar a causa 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 039 
 
 
AÇÃO IMEDIATA 
COMBATA O FOGO – NOTIFIQUE O COCKPIT 
Se outros comissários ou PAX forem úteis, peça para avisar ao 
COCKPIT enquanto você combate o fogo. 
Se o fogo for de causa elétrica, DESLIGUE A ENERGIA DOS 
„SWITCHES‟ (interruptores) ou nos CB‟s (circuit breakers - 
disjuntores). 
Aviso: NÃO USE LÍQUIDOS EM FOGO DE ORIGEM ELÉTRICA ATÉ 
QUE A ENERGIA SEJA DESLIGADA. TIRE O PAX DA ÁREA. 
 
 
 Fogo Interno – Aeronave em vôo 
 
 
 
Quando o fogo estiver apagado: 
JOGUE LÍQUIDO NA ÁREA DO FOGO PARA IMPEDIR O SEU REINICIO. 
NA FALTA D’ÁGUA JOGUE QUALQUER LÍQUIDO: 
Ex: Suco, café, refrigerante, etc. 
MONITORE A ÁREA DURANTE O RESTANTE DO VÔO. OBSERVE O PAX 
QUE ESTAVA NA ÁREA DISCRETAMENTE. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 040 
 
 
AÇÃO IMEDIATA 
COMBATA O FOGO – NOTIFIQUE O COCKPIT 
Se outros comissários ou PAX forem úteis, peça para avisar ao 
COCKPIT enquanto você luta contra o fogo. 
Se o fogo for de causa elétrica, DESLIGUE A ENERGIA DOS 
„SWITCHES‟ (interruptores) ou nos CB‟s (circuit breakers - 
disjuntores). 
Aviso: NÃO USE LÍQUIDOS EM FOGO DE ORIGEM ELÉTRICA ATÉ 
QUE A ENERGIA SEJA DESLIGADA. DESEMBARQUE OU EVACUE SE 
FOR NECESSÁRIO. 
 
 
 Fogo Interno – Aeronave no Solo 
 
 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 041 
 
 
NOTA: Só inicie a evacuação após a parada total da aeronave 
 
Quando a passarela telescópica (finger) estiver disponível FAÇA OS PAX 
DESEMBARCAREM PELA MESMA. 
Quando a passarela telescópica não estiver disponível ou escada, 
EVACUE assim mesmo. 
 
Aviso: as barras do escape-slide deverão ser fixadas antes de abrir as 
portas. 
 
 
 
Lembre-se: 
Saída na área do fogo é considerada inoperante. 
 
 A.P.U. – Auxiliary Power Unit (Unidade de Força Auxiliar) 
 
É um motor instalado na aeronave, que supre dois tipos de energia para 
a mesma:força ELÉTRICA e PNEUMÁTICA. Esta unidade auxiliar de 
força tem seus controles na cabine de comando. A APU funciona no solo. 
Em muitas aeronaves pode ser usada também em vôo. 
 
Nota: Quando é dada a partida na aeronave através do A.P.U. (Auxiliary 
Power Unit) – Unidade de Força Auxiliar forma-se uma chama no 
duto de escapamento, não pode ser considerada um problema 
sério a ponto de necessitar uma evacuação da aeronave. 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 042 
 
 
 
VIII - Fatores que originam um acidente 
 
FATOR HUMANO: ocasionado por erro humano. Ex. Decisão 
errada. 
FATOR TÉCNICO: ocasionado por erro técnico. Ex. Motores 
pararam de funcionar 
FATOR OPERACIONAL: ocasionado por erro operacional. Ex. Má 
informação da torre de controle. 
FATOR METEOROLÓGICO: ocasionado por fenômeno da natureza. 
Ex: Neve, ventania, etc. 
FATOR CASUAL: ocasionado pelo acaso. Ex: pássaro na turbina. 
FATOR DESCONHECIDO: ocasionado pelo desconhecido. Ex: 
Triângulo das Bermudas. 
 
8.1. Conseqüência após um acidente 
 
Fogo 
Calor 
Fumaça 
Gases Tóxicos 
Ação das forças de impacto 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 043 
 
 
 
 
IX - Emergência Preparada 
 
Quando há uma avaria na aeronave em vôo e provavelmente um pouso 
forçado em terra ou mar, havendo tempo, os comissários devem 
preparar a cabine e orientar os passageiros para o pouso. 
O comandante avisará ao Chefe de Equipe da situação, informando, 
dentro do possível, os seguintes itens: 
 
a) natureza da emergência 
b) tempo disponível à preparação 
c) local de pouso 
d) zonas da aeronave provavelmente mais atingidas, havendo 
impacto 
e) quem comunica a emergência aos PAX 
f) sinal convencional para a posição de impacto 
 
Logo depois de recebidas as informações, o Chefe de Equipe se reúne 
com os demais membros da equipe passando as orientações do 
Comandante. 
Todo o procedimento do comissário será de acordo com as ordens que o 
Chefe de Equipe dará no P.A. 
 
ALOCUÇÃO: 
1 – Informar aos passageiros da preparação da cabine. 
 
2 – Pedir para que observem as instruções do cartão de instruções de 
segurança nas bolsas das poltronas. 
 
3 – Localização das saídas de emergência. Os comissários reacomodarão 
passageiros. 
acomodar nas saídas de emergência pessoas jovens e calmas, 
ensinando-as a abrir a saída 
solicitar voluntários, policiais, bombeiros, etc 
trocar paralítico de lugar junto a uma porta colocando outro 
PAX para atendê-lo 
colocar gestantes próximas a uma porta, atando o seu cinto o 
MAIS BAIXO POSSÍVEL, colocando travesseiros até a altura do 
queixo, inclinando a cabeça da gestante para o lado, deitando-a 
sobre esta coluna de travesseiros, lateralizando a cabeça. 
Segure os joelhos. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 044 
 
 
 
 
 
 
Posição para Gestante 
 
 
Havendo bebês - envolvê-los em mantas. Nunca os separe da 
mãe. 
 
4 – Instrua os PAX para que removam objetos pontiagudos, óculos, 
dentaduras, canetas, sapatos de salto alto, lentes de contato e que os 
coloquem nas bolsas das poltronas à frente de seus lugares. Remova 
material solto na cabine, bolsa (caso haja recusa em entregá-las, faça 
com que fiquem com o dinheiro ou valores) colocando-os amarrados 
numa manta ou cortina, guardando no toillete e travando-o. 
 
5 – Informar que não devem levantar-se antes que a aeronave pare. 
6 – Mostrar o sinal combinado para assumir posição de impacto. 
7 – Check do encosto das poltronas na posição vertical, PAX não 
fumando, mesas travadas e cintos apertados. 
 
8 – Os comissários devem verificar galleys travando e desligando tudo, 
retirar cortinas, colocando em um compartimento. 
 
9 – Quando em vôo noturno, coloque as luzes da cabine na posição 
NIGHT. As luzes das janelas em OFF. (À noite mantenha sua laterna de 
bolso acesa durante o pouso) 
 
Dar O.K. para o Comandante 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 045 
 
 
 
 
Sentar-se e aguardar a hora do pouso 
 
 
 
Posição de impacto para tripulantes 
 
Posição de impacto para passageiros e comissários em poltrona de passageiros 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 046 
 
 
 
 
Posição de impacto para passageiros 
 
 
Observação: 
Após uma evacuação de emergência não se deve voltar ao 
interior da mesma antes que os motores esfriem e o combustível 
evapore. 
Os perigos podem ocorrer permanecendo-se junto à aeronave logo após 
uma decolagem interrompida com danos materiais. São: Incêndio, 
explosão ou submersão caso o ocorrido seja no mar. 
 
 
 
 
EMERGÊNCIA PREPARADA – ÁGUA 
 
PROCEDIMENTOS DO CHEFE DE 
EQUIPE 
PROCEDIMENTOS DOS DEMAIS 
COMISSÁRIOS 
1 – Determinação do Comandante: 
a) natureza da emergência 
b) tempo disponível para a preparação 
c) local do pouso 
d) zonas da aeronave provavelmente 
mais atingidas, havendo impacto 
e) quem comunica a emergência aos 
PAX 
f) sinal convencional para a posição 
de impacto 
 
2 – Reuna-se com os outros comissários: 
a) comunique as instruções do 
Comandante 
Reuna-se com o Chefe de Equipe e 
aguarde as suas instruções: 
a) reveja os procedimentos de 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 047 
 
 
 
b) atribua aos comissários os setores 
para a preparação da cabine 
c) defina a preparação a executar 
evacuação da posição para a qual 
foi designado 
3 – Acenda as luzes da cabine para 
“bright” quando o Comandante 
começar a sua alocução 
Coloque-se no setor designado quando o 
Comandante começar a sua alocução 
4 – Faça a alocução de “Emergência 
Preparada”. Faça a alocução do uso 
dos flutuadores. 
Permaneça no seu setor 
a) assegure-se de que todos os PAX 
tenham o cartão de instruções de 
segurança à mão 
b) identifique possíveis auxiliares 
c) demonstre a utilização do uso dos 
flutuadores 
Selecione e coloque junto às saídas de 
emergência PAX com condições de operá- 
las (devem ser nadadores) e instrua-os 
quanto à operação das mesmas. Havendo 
tripulantes extras coloque-os junto às 
janelas de emergência. 
Os colos deverão ser envoltos em mantas 
e nunca os separe da mãe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição Localização 
do assento 
PROCEDIMENTOS 
A DIANTEIRO 
LADO 
ESQUERDO 
1 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE 
2 – GRITE para os PAX: “ABRAM OS CINTOS. ARRANQUE O 
ASSENTO DE SUA POLTRONA E LEVEM-NO”. 
ABRAM AS SAÍDAS SOBRE A ASA 
3 – COLOQUE o colete salva-vidas. 
4 – OLHE pelo visor: 
a) havendo fogo ou se o nível da água estiver muito alto: 
- NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A 
ELA. DIRIJA-SE às saídas sobre a asa após 
verificar que o fluxo dos PAX está para 
aquele sentido. 
- Verifique se não há fogo. 
b) Não havendo fogo ou se o nível da água não estiver 
muito alto: 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 048 
 
 
 - DESCONECTE o slide chute. 
- ABRA a porta. SEGURE-SE na alça do 
batente da porta. 
- LANCE o slide chute na água comandando 
simultaneamente a inflação do mesmo. 
5 – GRITE para os PAX: “CORRAM PARA MIM. SALTE” 
6 – INSTRUA-OS para se manterem agarrados ao assento 
flutuador. 
7 – CONTROLE o fluxo da evacuação. 
NOTA: oriente os PAX para usarem o escape-slide inflado 
como auxílio de flutuação. 
8 – CHECK cabines. 
9 – ABANDONE a aeronave. 
B DIANTEIRO 
LADO 
DIREITO 
1 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE. 
2 – COLOQUE o colete salva-vidas. 
3 – OLHE pelo visor: 
a) havendo fogo ou se o nível da água estiver muito alto: 
NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. 
DIRIJA-SE às saídas sobre a asa após verificar 
que o fluxo dos PAX está para aquele sentido. 
b) Não havendo fogo ou se o nível da águanão estiver 
muito alto: 
- DESCONECTE o slide chute. 
- ABRA a porta. SEGURE-SE na alça do 
batente da porta. 
- LANCE o slide chute na água comandando 
simultaneamente a inflação do mesmo. 
4 – GRITE para os PAX: “CORRAM PARA MIM. SALTE” 
5 – INSTRUA-OS para se manterem agarrados ao assento 
flutuador. 
6 – CONTROLE o fluxo da evacuação. 
NOTA: 
A) No caso de inoperatividade da porta, dirija os 
PAX para a saída principal ou preferencialmente 
para as saídas sobre a asa. 
B) No caso de operatividade da porta, PERMITA 
que os PAX saltem. ORIENTE-OS para usarem o 
slide chute inflado como auxílio de flutuação. 
7 – ABANDONE a aeronave. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 049 
 
 
C TRASEIRO 
LADO 
ESQUERDO 
1 – Sinal de Evacuação – 5 toques para o cockpit. 
2 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE. 
3 – GRITE para os PAX: “ABRAM OS CINTOS. ARRANQUE O 
ASSENTO DE SUA POLTRONA E LEVE-O. ABRAM AS 
SAÍDAS SOBRE A ASA”. 
4 – COLOQUE o colete salva-vidas. 
5 – NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. 
DIRIJA-SE para as saídas sobre a asa após verificar que o 
fluxo de PAX está para aquele sentido. 
Verifique se não há fogo. 
6 – ABRA uma saída sobre a asa. 
7 – APANHE a corda da janela. 
ESTIQUE-A e FIXE-A na argola sobre a asa. 
8 – AGRUPE ordenadamente os PAX sobre a asa. 
INSTRUA-OS para que se mantenham agarrados ao 
assento flutuador, afastando-se da aeronave. 
9 – CHECK cabines 
10 – ABANDONE a aeronave. 
D TRASEIRO 
LADO 
DIREITO 
1 – ABRA O CINTO e LEVANTE-SE. 
2 – COLOQUE o colete salva-vidas. 
3 – NÃO ABRA A PORTA. PERMANEÇA JUNTO A ELA. 
DIRIJA-SE para as saídas sobre a asa após verificar que o 
fluxo de PAX está para aquele sentido. 
Verifique se não há fogo. 
4 – ABRA uma saída sobre a asa. 
5 – APANHE a corda da janela. ESTIQUE-A e FIXE-A na argola 
sobre a asa. 
6 – AGRUPE ordenadamente os PAX sobre a asa. INSTRUA- 
OS para que se mantenham agarrados ao assento 
flutuador, afastando-se da aeronave. 
7 – CHECK cabines. 
8 – ABANDONE a aeronave. 
 
NOTA: Todos os Comissários 
 
1) Permaneça a bordo até que todos os PAX tenham 
desembarcado ou que o fogo, fumaça ou o nível de água 
torne impossível a permanência a bordo. 
2) ORIENTE os PAX para que permaneçam juntos, utilizando os 
equipamentos de flutuação disponíveis (assento, escape- 
slide). 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 050 
 
 
 
 
X – Ditching - Pouso no Mar 
 
 
Observe os itens anteriores acrescentando: 
1 – Selecione e coloque junto às saídas de emergência PAX com 
condições de operá-las (devem saber nadar) e instrua-os quanto à 
operação da mesma. Havendo tripulantes extras, coloque-os junto às 
janelas de emergência. 
2 – Informar as saídas que poderão ser utilizadas – Sobre a asa e acima 
do nível d’água. 
3 – Deverão ser instruídos que após o pouso deverão permanecer juntos 
utilizando os equipamentos de flutuação disponíveis. 
4 – Os botes salva-vidas só deverão ser retirados de seus alojamentos 
após a parada total da aeronave. 
5 – Informar aos PAX que os coletes salva-vidas deverão ser 
inflados na soleira da porta em que for pular na água ou sobre a 
asa do avião. 
6 – Em uma amerissagem (pouso na água) com colos, deve-se 
transformar o scape-slide em bote e acomodá-los no mesmo. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 051 
 
 
AÇÃO IMEDIATA 
Gritar: “SENTEM” – “ABAIXEM A CABEÇA. SEGUREM OS TORNOZELOS”. 
AÇÃO IMEDIATA 
Segure o inválido por trás e de costas. 
Mantenha as mãos do inválido seguras e na altura da cintura. 
Levante as suas costas de modo que fique sentado. 
Coloque suas mãos abaixo dos braços do inválido, segurando-o 
pelo pulso. 
 
 
XI – Emergência Imprevista 
 
Quando provocado por quebra de trem de pouso, saída da aeronave da 
pista com danos estruturais, toque no solo fora da pista, e paradas em 
atitude anormal. 
 
 
Continue gritando frases breves, necessárias para manter os PAX nesta 
posição até a parada total da aeronave. 
Com a aeronave parada: verificar a OPERATIVIDADE da saída e retirar 
PAX gritando para que saiam o mais depressa possível. 
Fazer o check da cabine principal e cabine de comando – descer – 
desembarcar. 
Afastar-se da aeronave o mais longe possível com os passageiros. 
 
XII - Dinâmica Geral de Evacuação de Aeronave 
 
Envolve os seguintes procedimentos: 
abrir os cintos 
verificar a OPERATIVIDADE da saída 
abrir a porta 
conduzir a evacuação com rapidez e segurança 
verificar a cabine após a evacuação 
abandonar a aeronave 
 
XIII - Evacuação de Pessoas Inválidas 
 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 052 
 
 
 
 
 
 
Evacuação de pessoas inválidas 
 
IV - Alocuções de Emergência 
 
PREPARAÇÃO DA CABINE PARA EVACUAÇÃO: 
 
Sras e Srs. vamos iniciar a preparação da cabine para o pouso. 
Peguem o cartão de instruções na bolsa à frente de sua poltrona e 
sigam as instruções nele contidas. 
Olhem para a figura da aeronave (este é o Boeing 737). Familiarizem-se 
com a localização da saída de emergência mais próxima a vocês e 
vejam como elas são abertas. Os comissários na cabine indicarão as 
saídas específicas a cada setor da aeronave. 
Observem no cartão as saídas que servirão como alternativa. 
Quando a aeronave parar, dirijam-se imediatamente para a saída mais 
próxima, a menos que recebam outra orientação. 
Solicitamos aos funcionários da empresa, policiais, bombeiros ou 
militares a bordo que se identifiquem aos comissários. Os comissários 
pedirão para alguns passageiros mudarem de lugar. Isso nos 
possibilitará ajudar os que necessitem. 
Pedimos que retirem jóias, óculos, sapatos, canetas, lápis e coloquem- 
nos dentro da bolsa à frente. Os objetos de mão serão recolhidos pelos 
comissários. Desapertem os colarinhos e gravatas. 
Vamos demonstrar agora a POSIÇÃO DE IMPACTO que todos deverão 
assumir para o pouso. Primeiro assegurem-se que seu cinto de 
segurança esteja firmemente atado, a seguir, com o cinto de segurança 
afivelado, inclinem-se para frente e segurem as mãos por baixo das 
coxas. O sinal para assumir a posição de impacto será (...) e que será 
reforçado por um gesto do comissário (...) 
Pratiquem esta posição várias vezes e treinem também desafivelar o 
cinto de segurança. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I EMG - 053 
 
 
 
 
ANTES DO POUSO 
Observem se todos os objetos estão alojados na bolsa à frente ou foram 
recolhidos. 
Verifique se o cinto de segurança está bem ajustado. 
Coloque o encosto da poltrona na posição vertical e NÃO FUME. 
Após a aeronave parar completamente aguarde as instruções dos 
comissários. 
 
 
 
 
 
 
 
Posicionamento dos comissários 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 02 
 
 
 
 
 
Preparação para o pouso 
 
 
 
“O MELHOR EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA A BORDO DE UMA 
AERONAVE É UM TRIPULANTE BEM TREINADO” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 02 
 
 
 
 
COMBATE AO FOGO 
 
 
 
I – Conceito 
 
O fogo, provavelmente, foi descoberto pelo home das cavernas, que o 
conhecera apenas como uma força misteriosa que lhe aquecia e 
cozinhava sua comida. 
Por muitos e muitos séculos o fogo continuou um mistério e, ainda na 
idade média, os alquimistas o definiam como um elemento básico assim 
como a terra, o ar e a água, considerados indivisíveis. 
Na vida moderna, o fogo, ou melhor, a combustão, é uma necessidade 
indiscutível, como sempre fora aos nossos antepassados, sendo usado 
na alimentação, nos transportes, na produção de energia, enfim, torna- 
se imprescindível desde o mais humilde dos lares ao maisamplo dos 
complexos industriais. 
A explicação exata do conceito “FOGO” é mais difícil do que parece. Só 
na era moderna, após sucessivos estudos, é que se pôde defini-lo, 
sendo que não se trata de forças misteriosas como queria acreditar o 
homem primitivo, nem de elemento básico e indivisível como queriam os 
alquimistas, mas sim de um fenômeno químico que se caracteriza pela 
presença de LUZ e CALOR. 
 
II – Definição 
 
FOGO ou COMBUSTÃO é um processo de transformação química quando 
materiais combustíveis e inflamáveis, combinados com um comburente 
(geralmente oxigênio) e ativados por uma fonte calorífica, iniciam a 
reação em cadeia, produzindo energia na forma de luz e calor. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 03 
 
 
 
III – Elementos Essenciais ao Fogo 
 
Sendo o fogo um processo químico, logo deveremos ter no mínimo dois 
elementos que reajam entre si, bem como circunstâncias que favoreçam 
tal relação. 
A tais componentes chamaremos elementos essenciais ao fogo. 
Inicialmente, dizia-se que para haver a combustão, três desses 
elementos se faziam imprescindíveis: 
combustível 
calor 
comburente 
 
Denominamos este conjunto como TRIÂNGULO DO FOGO. 
Recentemente, estudos mais aperfeiçoados chegaram à conclusão da 
existência de um 4o elemento igualmente necessário ao processo de 
combustão: reação em cadeia. Assim, didaticamente deixou-se de 
representar o fogo por um triângulo equilátero, utilizando-se para tal um 
TETRAEDRO. 
 
a) Combustível 
É o material que alimenta o fogo e serve de campo à sua 
propagação. Com pequenas exceções, compreende todos os 
materiais que possamos imaginar (papel, madeira, tecido, gasolina, 
GLP – gás liqüefeito do petróleo, álcool, etc). 
 
b) Comburente 
É o elemento ativador do fogo, isto é, que lhe dá vida e intensifica o 
fenômeno da combustão. O oxigênio (O2) é o principal dos 
comburentes. Apenas em alguns casos a queima ocorre sem a sua 
presença, como por exemplo, a queima de antimônio em atmosfera 
de cloro. 
Para que haja chamas, o ambiente precisará ter no mínimo 16% de 
O2, lembrando que o ar atmosférico normal contém 21% deste gás. 
 
c) Calor 
É o elemento que serve para dar início à combustão, mantê-la e 
incentivar sua propagação. Como vimos anteriormente, os 
combustíveis necessitam ser transformados em gases para queimar 
e, para tal, precisam obter temperatura que variam de um corpo 
para outro. Assim a gasolina queima mais fácil que a madeira, pois 
precisa de menos calor para se vaporizar. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 04 
 
 
 
Aos diferentes estágios de temperaturas atingidos por um combustível, 
daremos o nome de: 
ponto de fulgor 
ponto de combustão 
ponto de ignição 
Ponto de Fulgor (Flash Point) 
É a temperatura mínima na qual um corpo combustível começa a 
desprender gases ou vapores que se queimam em contato com uma 
fonte externa de calor, não havendo, contudo constância na chama 
devido aos gases não serem suficientes para tal (há o clarão e logo se 
apaga). 
 Ponto de Combustão (Fire Point) 
É a temperatura mínima necessária para que um corpo emita vapores 
(gases) em quantidade suficiente para que haja chama permanente, 
quando em contato com o comburente e exposto a uma fonte externa 
de calor. 
 Ponto de Ignição (Ignition Temperature) 
É a temperatura mínima em que os gases (vapores) desprendidos por 
um corpo entram em combustão sem o auxílio de fonte externa de 
calor. Somente a presença do comburente é o suficiente à combustão. 
Para exemplificar tais pontos, consideremos um combustível qualquer 
sendo aquecido lentamente dentro de um frasco. 
 
Em resumo: 
No momento em que, chegando-se uma chama externa aos 
gases desprendidos pelo aquecimento em contato com o 
oxigênio, um lampejo for emitido (acende e, em seguida, 
apaga) teremos o ponto de fulgor; 
No momento em que o combustível estiver gerando vapor em 
quantidade suficiente, ao aproximarmos uma fonte externa de 
calor o fogo se instala e permanecerá caracterizando o ponto de 
combustão; 
No momento em que os gases liberados pelo combustível 
aquecido começarem a queimar por si só, isto é, sem o contato 
de fonte externa de calor e simplesmente pela mistura com o 
comburente, teremos o ponto de ignição. 
 
Alguns combustíveis, normalmente os gases gerados por decomposição 
orgânica (exemplo: metano), inflamam-se com o simples contato com o 
oxigênio. Tal fenômeno recebe o nome de “ignição espontânea”. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 05 
 
 
 
d) Reação em Cadeia 
Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor, o 
qual provocará o desprendimento de mais gases ou vapores, 
desenvolvendo então uma transformação ou reação em cadeia, ou 
seja, o produto de uma transformação gerando outra transformação. 
 
IV – Diferentes Formas de Combustão 
As combustões podem se classificar quanto à sua velocidade: 
ativa 
lenta 
explosão 
espontânea 
 
Tal diferenciação deve-se principalmente à porcentagem de comburente 
(oxigênio) contido no ambiente e, secundariamente, à divisão do 
material combustível, pois quanto mais fracionado, mais superfície 
estará exposta ao calor e, consequentemente, maior quantidade de 
gases produzirá. 
Exemplo: um cubo de madeira queimará com maior dificuldade do que 
uma mesma massa da mesma madeira em forma de raspas ou 
serragem. 
 
a) Combustão Ativa 
É aquela em que o fogo, além de produzir chama, isto é, luz. A razão 
de tal fenômeno deve-se ao fato de que tal reação se processa em 
ambiente rico em oxigênio. 
 
b) Combustão Lenta 
É aquela em que o fogo só produz calor, não apresentando chamas e, 
geralmente, a reação se processa em ambientes pobres em oxigênio. 
 
c) Explosão 
É uma combustão rápida e que atinge altas temperaturas. Essa 
reação se caracteriza por violenta dilatação de gases que, 
consequentemente, exercem também violenta pressão às paredes 
que os confinam. 
 
d) Combustão Espontânea 
Determinados materiais, geralmente de origem vegetal, tendem a 
fermentar quando armazenados e, desta fermentação, resulta o calor 
que se elevando gradativamente, faz o combustível atingir seu ponto 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 06 
 
 
 
de ignição (ex.: gás metano). De igual forma, determinados 
produtos, quando em contato com outros, reagem quimicamente 
gerando calor e, consequentemente, uma combustão (ex.: fósforo 
branco em contato com o oxigênio). 
 
V – Propagação do Fogo 
 
O fogo se propaga por contato direto da chama sobre os materiais, pelo 
deslocamento de partículas incandescentes que se desprendem de 
outros materiais já em combustão, ou pela ação do calor (energia ou 
movimento de moléculas de um corpo). 
Este último processo de propagação do fogo e transmissão de calor pode 
ocorrer por: 
 
a) Condução 
Quando se transmite de molécula a molécula, pelo simples contato 
dos corpos (ex.: combustão em uma fogueira). 
 
b) Convecção 
Quando a transmissão é feita por meio de deslocamento de massa de 
ar aquecido (mais leve que o ar comum), a qual se desloca do local 
em chamas levando energia calorífica suficiente para que outros 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 07 
 
 
 
materiais combustíveis atinjam seus pontos de combustão (ex.: 
chama no topo de chaminés). 
 
c) Irradiação ou Radiação 
Quando a transmissão de energia calorífica se dá por meio de ondas 
através do espaço ou materiais (ex.: calor da energia solar). 
 
VI – Métodos de Extinção do Fogo 
 
Uma vez conhecidos os elementos essenciais do fogo, isto é, sabendo-se 
que para comburente, calor e, em estudos mais recentes, a reação em 
cadeia, podemos concluir que para a extinção de tal combustãodeve-se 
agir diretamente contra um destes elementos. A tais procedimentos 
chamaremos MÉTODO DE EXTINÇÃO DO FOGO. 
 
a) Retirada do Material 
Método também conhecido como isolamento, remoção ou corte do 
suprimento combustível. Tal processo consiste no controle de 
combustível, isto é, na retirada, diminuição ou interrupção do campo 
de propagação do fogo. 
 
b) Resfriamento 
Consiste no controle do calor, isto é, na diminuição da temperatura 
até o ponto em que o material não queime ou emita gases 
inflamáveis. 
 
c) Abafamento 
Consiste em evitar que o oxigênio (comburente) contido no ar se 
misture com os gases emanados do combustível, tornando-o um 
produto inflamável. 
 
d) Extinção Química 
Consiste na interrupção da reação em cadeia através de substâncias 
cujas moléculas se desassociam pela ação do calor e se unem com 
uma mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando 
outra mistura não inflamável. 
 
VII – Causas de Incêndio 
 
Causa de incêndio é o fator determinante pelo qual um corpo entrou em 
combustão, ocasionando um incêndio, ou ainda, as circunstâncias 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 08 
 
 
 
concorrentes à produção ou intensificação de uma combustão. Podem 
ocorrer por processos químicos, mecânicos ou elétricos. 
Para fins de estudo, as causas de incêndio e/ou explosões podem ser 
classificadas em: 
 
a) Causas Humanas 
Causas culposas: devido à ação direta do homem por 
omissão, imprudência, negligência, descuido, imperícia ou 
ainda por irresponsabilidade. 
Causas dolosas: devido à ação direta do homem que, por 
motivos psicológicos ou materiais, podem provocar 
voluntariamente um incêndio. 
 
b) Causas Naturais 
Provocadas por fenômenos naturais que se sobrepõem às 
providências de prevenção adotadas pelo homem (ex.: terremoto, 
descargas elétricas, etc). 
 
c) Causas Acidentais 
Decorrem de falhas ocasionais quando, embora o homem tenha se 
prevenido, por fatores alheios à sua vontade, incêndios e explosões 
acabam por ocorrer (ex.: choque de veículo contra uma aeronave em 
abastecimento). 
 
d) Energia Eletrostática 
Principalmente em aviação, cuidados especiais devem ser adotados 
em relação à eletricidade estática, a qual se manifesta como um 
grande risco de explosões e ocorrência de incêndios. 
Eletricidade estática é o acúmulo de potencial elétrico de um corpo 
em relação a outro. É proveniente do aumento do potencial entre 
dois corpos carregados com cargas contrárias, os quais ao atingirem 
um potencial máximo provocarão uma descarga elétrica. 
Tal energia forma-se por atrito e dificilmente poderá ser neutralizada, 
o que só será possível através de perfeita aterragem do aparelho a 
ela sujeito, isto é, pela condução da corrente fazendo-a dissipar-se 
na terra. 
O atrito de uma aeronave com o ar faz com que grande quantidade 
de energia estática seja acumulada, produzindo cargas que, se 
estiverem “isoladas” (sem terra), poderão saltar em forma de 
centelha para um ponto aterrado. Em função disto, aviões quando 
em operações de solo (ex.: abastecimento) deverão, prévia e 
obrigatoriamente, serem aterrados. 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 09 
 
 
 
VIII – Classes de Incêndio 
 
Para facilitar os estudos de prevenção e combate a incêndios, 
convencionou-se adotar uma classificação em quatro tipos distintos: A, 
B, C e D. 
 
a) Classe A (Combustíveis Sólidos) 
De uma maneira geral, queimam em superfície e profundidade, 
deixando resíduos ao final do processo de queima. Exemplos: 
madeira, papel, tecido, espuma, etc. 
 
b) Classe B (Combustíveis Líquidos – Líquidos Inflamáveis) 
Queimam somente em superfície, deixando poucos resíduos ao final 
do processo de queima. Exemplos: gasolina, álcool, GLP (gás 
liqüefeito do petróleo), etc. 
 
c) Classe C (Materiais Energizados ou Elétricos) 
São caracterizados pela presença de energia elétrica e oferecem 
grande risco quando de sua extinção, cujo procedimento deverá ser 
feito somente com agentes não condutores de corrente. Exemplo: 
televisão, computador, gerador, etc. 
 
d) Classe D (Metais Pirofóricos) 
Inflamam-se em contato com outros produtos químicos, em geral o 
próprio ar. 
Por se tratar de incêndios especiais, exigem métodos específicos de 
extinção, isto é, por extinção química ou por meio de agente extintor 
que se funde em contato com o metal em combustão, formando uma 
capa que o isole do comburente (método de abafamento), ou ainda, 
por agente absorvedor de calor e não reativo com o metal 
incendiado. 
Exemplo: limalhas de ferro para o combate de incêndio em 
magnésio. 
 
 
 
IX – Agentes Extintores 
 
Entende-se por agentes extintores certas substâncias químicas (sólidas, 
líquidas ou gasosas) ou outros materiais que possam ser utilizados na 
extinção de um incêndio, quer abafando, quer resfriando, quer 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 010 
 
 
 
interferindo na reação em cadeia, ou mesmo acumulando tais 
processos, o que aliás, é o mais comum. 
Baseando-se nos princípios que acabamos de ver, concluímos serem 
inúmeros os agentes ou aparatos extintores do fogo. Os principais e 
mais conhecidos são: 
Água 
Pó Químico Seco (PQS) 
Gás Carbônico (CO2) 
Compostos Halogenados 
 
a) Água 
É a substância mais difundida na natureza. É o agente extintor por 
excelência. Age principalmente por resfriamento, ou seja, como 
absorvedora do calor, podendo, também, agir por abafamento 
segundo a maneira como for empregada (chuveiro ou neblina 
aplicada através de equipamento apropriado – mangueira e esguicho 
especial). 
Na forma de jato sólido, resfria; na forma de chuveiro, resfria e 
abafa; na forma de vapor ou neblina, age por abafamento somente. 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 011 
 
 
 
b) Pó Químico Seco (PQS) 
São, na sua maioria, constituídos de bicarbonato de sódio, finalmente 
pulverizado e especialmente tratado, para se tornar repelente à 
água, perdendo dessa maneira sua higroscopicidade. Tem por 
finalidade gerar uma nuvem que eliminará o oxigênio (comburente), 
agindo, portanto, por abafamento. Além do bicarbonato de sódio, 
outros produtos também, são utilizados, tais como: bicarbonato de 
potássio, fosfato de amônia, sulfato de alumínio, etc. Existem pós 
especiais para o combate em incêndios de metais perigosos (classe 
D). 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 012 
 
 
 
 
c) Carbônico (CO2) Gás 
Bióxido de carbono ou dióxido de carbono são outros nomes que se 
dão a este agente extintor. É um gás mais pesado que o ar e, à 
temperatura e pressão normais, é considerado inerte, sem cheiro, 
sem cor e não condutor de corrente elétrica. Quando comprimido a 
cerca de 60 atm (850 PSI), se liquefaz, permitindo assim ser 
armazenado em cilindros. Não é um gás venenoso, mas, conforme a 
quantidade contida no ambiente pode se tornar sufocante. Age por 
abafamento, sendo secundado por uma ação auxiliar de resfriamento 
por suas características de baixa temperatura. 
 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 013 
 
 
 
d) Compostos Halogenados 
São produtos que tem na sua composição carbono mais flúor, cloro, 
bromo ou iodo. O nome HALON provém da expressão inglesa de 
HALogenated hydrocarbON (hidrocarbonetos halogenados). Vários 
são os tipos de agentes halogenados existentes, embora os mais 
conhecidos sejam: 
 
 
 
HALON 1011 bromoclorometano (HC2 Br Cl); 
HALON 1211 bromoclorodifluormetano (C Br Cl F2); 
HALON 1202 dibromodifluormetano (C Br2 F2); 
HALON 1301 bromotrifluormetano (C Br F2); e 
HALON 2402 dibromotetrafluormetano (C Br F2 C Br F2). 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS–– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 014 
 
 
 
 
O sistema de nomenclatura dos HALONS foi idealizado por 5 dígitos, 
onde os números de átomos existentes são respectivamente descritos 
na seguinte ordem: 
Carbono 
Flúor 
Cloro 
Bromo 
Iodo 
 
Logo, HALON 1211 = C Br Cl F2 = bromocloridifluormetano (conhecido 
como BCF). 
Os HALONS são gases ou líquidos que vaporizam rapidamente em 
contato com o fogo. Devido a este fato, após o uso, deixam poucos 
resíduos corrosivos ou abrasivos. São maus condutores de corrente 
elétrica e possuem alta densidade no seu estado líquido, o que permite 
seu armazenamento em depósitos compactos. Quanto à forma como se 
apresentam, podem ser líquidos vaporizantes ou gases liquefeitos, 
ambos expelidos por propelente gasoso (ex.: nitrogênio). Atuam por 
abafamento ou eliminação da reação em cadeia. 
 
- Risco de Vida 
 
A descarga do HALON para a extinção de um incêndio pode criar um 
risco às pessoas devido ao próprio HALON, como também aos produtos 
de sua decomposição resultante de exposições do agente ao fogo ou 
superfícies aquecidas. A exposição ao agente natural é, em geral, de 
menor efeito que a exposição aos produtos de sua decomposição, 
entretanto, não se deve permitir a permanência de pessoal em local 
confinado após a descarga de uma instalação fixa sem que estejam 
devidamente defendidos por proteção respiratória (máscara full-face 
com cilindro de oxigênio). Embora os vapores dos agentes halogenados 
tenham baixa toxidade, os produtos de sua decomposição podem ser 
perigosos e destacam-se entre eles: ácido bromídrico, ácido clorídico, 
ácido fluorídrico, cloro, bromo, flúor, brometo de carbonila, etc. 
Identifica-se a presença de tais substâncias tóxicas pelo cheiro acre por 
eles exalados, mesmo que em concentração de algumas partes por 
milhão. 
Os halons mais utilizados na aviação são: 
BFC (bromoclorodifluormetano ou HALON 1211); e 
FREON 13 b-1 (bromotrifluormetano ou HALON 1301) 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 015 
 
 
 
X – Equipamentos Extintores 
 
Considera-se aparelho extintor o equipamento destinado à extinção 
imediata de princípios de incêndios quando ainda em sua fase inicial. 
São feitos para utilização rápida e por essa razão a sua eficácia ficará 
condicionada ao fácil acesso ao aparelho, ao perfeito serviço de 
manutenção e ao conhecimento por parte do operador das técnicas de 
extinção do fogo. 
Quanto à forma de condução e utilização, podem ser divididos em 
portáteis (permite ser usado por uma única pessoa) ou carretas 
(extintores sobre rodas operadas por mais de uma pessoa). 
Quanto ao princípio de funcionamento, podem ser químicos (por meio 
de reação química entre produtos – ex.: água, PQS). Os extintores 
pressurizados podem ser divididos em: 
a. de pressão interna (pressurizados) 
Já possuem o gás expelente dentro do recipiente, 
misturado com o agente extintor ou, ainda, o próprio 
agente extintor acha-se comprimido. 
b. de pressão injetada (pressurizável) 
Recebem o gás expelente somente no instante do uso, 
através de um cilindro auxiliar que poderá estar 
localizado do lado de fora ou dentro do próprio 
recipiente. 
O uso de determinado extintor dependerá da classe de incêndio, 
portanto, o conveniente emprego dos diferentes extintores evitará que 
seu operador se submeta a riscos desnecessários, tais como choques 
elétricos, respingos de líquidos inflamáveis, etc. 
Quanto a ação podem ser: 
A – de ação DIRETA: vasilhas com água, café, chá, suco, etc. 
B – de ação INDIRETA: equipamentos específicos para extinção 
(extintores, mangueiras, etc.). 
 
CLASSE 
 
EXTIN. 
 
A 
(SÓLIDO) 
 
B 
(LÍQUIDOS) 
 
C 
(ELÉTRICOS) 
 
D 
(PIROFÓRICOS) 
 
ÁGUA 
SIM 
Resfriamento 
NÃO Só se for 
com neblina 
(Abafamento) 
NÃO 
Conduz corrente 
elétrica 
NÃO Alimenta a 
combustão em 
oxigênio 
 
PQS 
Só tem ação 
sobre as 
chamas 
SIM 
Abafamento 
SIM Abafamento 
não conduz 
eletricidade 
Alguns pós 
especiais 
somente 
 
CO2 
Só tem ação 
sobre as 
chamas 
SIM 
Abafamento 
SIM Abafa e 
resfria 
NÃO conduz 
Age somente em 
superfície NÃO é 
eficaz 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 016 
 
 
LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS FIXOS 
 
 corrente elétrica 
 
HALON 
SIM Só tem 
ação sobre as 
chamas 
SIM 
Abafamento 
SIM 
Abafamento 
NÃO conduz 
corrente elétrica 
SIM 
Abafamento e 
extinção química 
 
 
 
 
XI – Sistemas de Combate a Incêndios em Aeronaves 
 
Entende-se por sistemas de prevenção e combate a incêndios o 
conjunto de meios com o qual se pode dar início à ação de extinção do 
fogo quando da ocorrência de sinistros. 
Nas aeronaves encontramos dois sistemas distintos, a saber: 
Sistema FIXO 
Sistema PORTÁTIL 
 
a) Sistema Fixo 
É constituído de detectores de fogo e superaquecimento, garrafas 
extintoras para os motores, reatores, APU e garrafas para proteção 
nos toaletes. O agente extintor utilizado é o FREON 13-b-1 
(bromotrifluormetano ou HALON 1301). 
Quanto ao acionamento dos extintores fixos, estes podem ser 
manuais (motores e APU) e automáticos (toaletes). Os manuais 
deverão ser acionados pelo Comandante (Cabine de comando) após 
detectado o incêndio que será acusado por um conjunto de alarmes 
áudio visuais localizados no painel de controle. Nos toaletes, os 
sistemas fixos de extinção automaticamente em ação quando a 
temperatura registrada no local atingir 170o F (aproximadamente 
78,8o C). 
 
 
BOEING 737 
Extintores para os motores 
 
Extintores para APU 
Extintores para toaletes 
Alojamento dos trens de pouso 
principais (2 garrafas) 
Cone de cauda 
Sob os lavatórios 
 
BOEING 727 
Extintores para os motores 
 
Extintores para APU 
Parte traseira, lado direito, na área 
da escada (2 garrafas) 
Raiz da asa esquerda, parte traseira 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 017 
 
 
TIPOS E RESPECTIVAS LOCALIZAÇÕES DO EQUIPAMENTO 
PORTÁTIL 
 
Extintores para toaletes Sob os lavatórios 
 
AIRBUS A-300 
Extintores para os motores 
Extintores para APU 
Extintores para toaletes 
Nos pulons (2 garrafas para cada 
motor) 
Compartimento de acessórios, parte 
traseira 
Compartimento dianteiro (protege 
compartimento dianteiro e traseiro) 
b) Sistema Portátil 
É constituído de extintores manuais que variam de acordo com a 
parte das aeronaves e que deverão ser utilizados em função do tipo 
de princípio de incêndio a ser combatido. 
 
 
BOEING 737 
1 de CO2 
 
2 de BCF (HALON 1211) 
 
1 de água pressurizável 
Na cabine de comando atrás da 
cadeira do 1o Oficial 
1 no armário do vestíbulo traseiro 
1 abaixo do painel dianteiro de 
comissários 
No armário do vestíbulo traseiro 
 
BOEING 727 
1 de CO2 
2 de água pressurizável 
 
2 de BCF 
Atrás da cadeira do F/E (Flight) 
1 no painel dianteiro de 
comissários 
1 abaixo do painel traseiro de 
comissários 
1 no primeiro gavetão do lado 
esquerdo 
1 abaixo do painel traseiro de 
comissários 
 
AIRBUS A-300 
08 de BCF AIR TOTAL 
(HALON 1211) 
1 na cabine de comando 
1 no compartimento eletrônico 
6 na cabine de passageiros 
EESSCCOOLLAA TTÉÉCCNNIICCAA CCOONNGGOONNHHAASS –– CCIIAACC SSAANNTTOOSS 
 
BLOCO I CFG - 018 
 
 
 
XII – Utilização dos Extintores de Bordo (Portáteis e Manuais) 
 
ÁGUA 
1o – Retirar o extintor da alça de fixação. 
2o – Conduzi-lo pelo punho até as proximidades do fogo. 
3o – Girar o punho no sentido horário (rompendo o lacre) até que 
o mesmo encontre o batente, liberando o gatilho. 
4o – Acionar o gatilho. 
5o – Dirigir o jato de água para a base das chamas. 
 
GÁS CARBÔNICO (CO2) 
1o – Utilizar a máscara full-face acoplada à garrafa de oxigênio. 
2o – Retirar o extintor da alça de fixação. 
3o – Conduzi-lo pelo punho até a proximidade do fogo. 
4o – Posicionar

Continue navegando