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Adaptado de Gestão Concurso 2018 Leia, com atenção, o texto a seguir. Quanto mais os lugares se mundializam, mais se tornam singulares e específicos, isto é, ¿únicos¿. Isto se deve à especialização desenfreada dos elementos do espaço ¿ homens, firmas, instituições, meio ambiente ¿ à dissociação sempre crescente dos processos e subprocessos necessários a uma maior acumulação de capital, à multiplicação das ações que fazem do espaço um campo de forças multidirecionais e multicomplexas, onde cada lugar é extremamente distinto do outro, mas também claramente ligado a todos os demais por um nexo único, dado pelas forças motrizes do modo de acumulação hegemonicamente universal. O mundo foi sempre um conjunto de possibilidades. Hoje, porém, tais possibilidades são todas interligadas e interdependentes. Em cada momento histórico os modos de fazer são diferentes, o trabalho humano vai tornando-se cada vez mais complexo exigindo mudanças correspondentes às inovações. Através das novas técnicas, vemos a substituição de uma forma de trabalho por outra, de uma configuração territorial por outra. A paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança. É um resultado de adições e subtrações sucessivas. É uma espécie de marca da história do trabalho, das técnicas. Por isso, ela própria é parcialmente trabalho morto, já que é formada por elementos naturais e artificiais. A natureza natural não é trabalho. Já o seu oposto, a natureza artificial, resulta de trabalho vivo sobre trabalho morto. Quando a quantidade de técnica é grande sobre a natureza, o trabalho se dá sobre o trabalho. É o caso das cidades, sobretudo as grandes. As casas, a rua, os rios canalizados, o metrô etc. são resultados do trabalho corporificado em objetos culturais. Não faz mal repetir: suscetível a mudanças irregulares ao longo do tempo, a paisagem é um conjunto de formas heterogêneas, de idades diferentes, pedaços de tempos históricos representativos das diversas maneiras de produzir as coisas, de construir o espaço. (SANTOS, 1977, p.26). Sobre o texto acima, é correto concluir que: A transformação da paisagem acontece no tempo e no espaço, ocorrendo com mais intensidade com o aumento das inovações tecnológicas A mundialização dos lugares os tornou mais dependentes uns dos outros e cada vez mais similares O autor afirma que a paisagem é estática, mas traz as marcas do tempo geológico e humano A paisagem é objeto de mudanças, é resultado da ação sucessiva da natureza sobre as técnicas humanas ocorridas no tempo Um dos princípios da análise da paisagem rege que conclusões obtidas em uma dada escala espacial são necessariamente aplicáveis em outras escalas A paisagem "é tudo aquilo que a vista alcança" e sua valorização da paisagem sempre foi registrada na História. Sobre o assunto, julgue as alternativas a seguir. I. No Egito Antigo, muitas dinastias organizavam jardins ornamentados, onde misturavam água, flores e vegetação em geral, criando um grande complexo úmido, ladeada pelos muros que davam proteção às fortalezas II. Na Roma Antiga, o ambiente construído, com mármore, pedras e tijolos, era bastante valorizado, criando uma paisagem, que hoje, identificamos como cultural ou urbana III. o termo paisagem existe desde a Idade Moderna, com a palavra alemã landscahaft, que busca designar uma região de dimensões médias, em cujo interior desenvolviam-se pequenas unidades de ocupação humana Afirma-se a verdade em: I e II Apenas em I I e III Apenas em III II e III FGV 2014 Carl Sauer, em "A Morfologia da Paisagem", propôs um método para analisar a paisagem geográfica, considerada como objeto principal da disciplina. Em relação aos princípios teóricos e metodológicos da morfologia da paisagem, analise as afirmativas a seguir. I. A paisagem natural é um meio transformado culturalmente pela ação dos seres humanos. II. A paisagem cultural é concebida como o resultado de um longo processo de constituição e diferenciação de um espaço. III. As paisagens são elementos primários da observação empírica e, pela aplicação de lógicas genéticas e sistemáticas, tornam‐se o produto final da investigação geográfica. Assinale: Se todas as afirmativas estiverem corretas Se somente a afirmativa I estiver correta Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas Se somente a afirmativa II estiver correta Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas Qual autor que primeiro usou a denominação "Geografia da Paisagem", na literatura geográfica alemã e, desde então, propugnou em várias e conhecidas obras o conceito de "ciência da paisagem? Schriftenverzeichnis von S.Passarge Yves Lacoste Pierre Deffontaines Jean Jacques Élisée Reclus Pierre Monbeig Paul Vidal de La Blache tornou-se um influente geógrafo acadêmico, promovendo o conceito de geografia humana como o estudo do homem e sua relação com o meio ambiente. Dentre os conceitos percursos da "Paisagem", La Blache lançou o termo: Gênero de Vida Possibilismo geográfico Paisagem Humanística Sociedade geográfica Deslugares FGV 2016 Leia o texto a seguir. Na transição do século XIX/XX, o crescimento do Rio de Janeiro, então capital federal, dependia imensamente da provisão de carvão fornecido pelas florestas da mata atlântica. Com a abolição da escravatura, os ex-escravos, quilombolas e pequenos agricultores viram no fabrico de carvão uma atividade possível. Junto com os lenhadores, os carvoeiros penetravam por toda a parte nas serranias do Rio de Janeiro, onde não se tinham estabelecido os sitiantes. Uma pesquisa feita na floresta do maciço da Pedra Branca revelou a existência de 35 ruínas de moradias e 185 platôs de antigas carvoarias. No entanto, apesar do grande desmatamento realizado pelos carvoeiros e lenhadores, a floresta voltou graças à eficiente sucessão ecológica. No entanto, a paisagem florestal ainda guarda outro tipo de vestígio dessa ancestral relação que se manifesta em sua estrutura e composição florística. No ecossistema, observa-se a presença de espécies exóticas de uso ritual, como o comigo-ninguém-pode e a espada-de-são-jorge. Destaca-se também a presença de figueiras que, por questões culturais, foram mantidas intactas quando da derrubada da floresta para a implantação de roçados. Adaptado de: OLIVEIRA, R. A paisagem como esconderijo: invisibilidade social e florestas urbanas do Rio de Janeiro do século XIX. In: Ferreira et al (org). Metropolização do espaço: gestão territorial e relações urbano-rurais. Rio de Janeiro: Consequência, 2013, p. 519-526. O texto acima destaca um procedimento metodológico caro à Geografia Cultural, que consiste em: Possibilismo geográfico Deslugares Gênero de Vida Paisagem Humanística Sociedade geográfica
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