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1 Ligações Químicas e Estrutura Se uma quantidade de energia é fornecida ao hidrogênio ou outro átomo, um elétron pode ser eventualmente removido deste átomo. E se não for dada energia suficiente para a remoção do elétron? Ele absorve a energia e move-se para uma local mais longe do núcleo e é dito estar no seu estado excitado. No entanto, devido a estar mais energético o elétron tende a voltar para seu estado inicial de mais baixa energia, e quando isto acontece, ele libera aquela energia que ele absorveu para mudar de posição. Esta é a origem das linhas no espectro atômico. Uma chama ou uma descarga elétrica fornecem a energia para promover o elétron a um nível de maior energia e quando este elétron retorne para seu estado energético inicial, esta energia e liberada na forma de luz. As linhas do espectro são compostas de muitas linhas de diferentes freqüências, o que significa que existem muitas transições de energia possíveis, mas não qualquer transição de energia. Os elétrons então podem absorver energia e mudar para alguns níveis específicos, mas quando eles retornam podem retornar para qualquer nível abaixo e uma certa quantidade de luz será liberada. Espectro de emissão atômica é evidência para os níveis eletrônicos de energia O espectro atômico corresponde ao movimento do elétron em diferentes níveis de energia e desde que a freqüência é proporcional a energia, temos a seguinte equação: Onde En é o nível de energia de um elétron em determinado nível de energia e n é uma integral ≥ 1 conhecida como número quântico principal. Note que quando n = ∞ (infinito), isto é quando o eletron está muito longe do núcleo, a energia é zero. Todos os outros níveis são menores que zero, por isso o sinal da equação é negativo. O eletron em qualquer átomo está agrupado em níveis de energia que são universalmente proporcionais ao inverso do quadrado do número quantico principal. A quantidade de energia necessária para remover um eletron de um estado de baixa energia para fora do átomo é a energia de ionização do átomo. O diagrama de energia dá a idéia das diferenças entre níveis de energia. Veja o diagrama abaixo para o hidrogênio. Note como o espaçamento entre os níveis de energia vão ficando cada vez mais próximos. Isto é uma consequência da energia ser o inverso do quadrodo do número quantico 2 principal. Isto que dizer que se torna cada vez mais fácil remover um eletrons quanto mais longe do núcleo ele está (níveis mais altos de energia). Números Quanticos e Equação de Schrödinger O número quântico principal e outros dois números quânticos resultam da solução da equação de Schrödinger. Esta equação está na forma de funções de onda que descrevem a energia e a posição dos eletrons como ondas. Cada função de onda pode ser definida por três números quanticos (há um quarto, mas não define a função). O primeiro é o número quântico principal, o segundo é momento angular do orbital (l) e o terceiro é o número quântico magnético (ml). A solução de uma função de onda especifica é chamada orbital. Os diferentes orbitais são definidos pelos diferentes energias e distribuição de diferentes elétrons. Importância dos números quanticos Número quântico principal (n): diferentes valores de n dividem orbitais em grupos de energia similares chamadas camadas. Número quântico do momento angular do orbital (l): determina o momento angular do eletron e como ele se move no orbital, então ele nos dá informação sobre a forma do orbital se é esférica, elipsóide...etc. Os valores de l podem ser de 0 até n-1. Geralmente dados em letras. 3 Número quântico magnético (ml): este número quântico determina a orientação espacial do momento angular, ou seja, ele determina onde o orbital está no espaço. Este valor depende do valor de l, variando de –l á 1. Geralmente são dados por sufixos nas letras que definem o l. Orbitais Atômicos O elétron em um hidrogênio é chamado 1s1. O 1 é o número quântico principal, s se refere ao número quântico l, estes dois juntos definem o nome do orbital. O subscrito informa o número de elétron em cada orbital. O l determina a forma do orbital e é igual a 0 para orbitais s e 1 para orbitais p. A primeira camada tem apenas um orbital: 1s A segunda camada tem dois orbitais: 2s e 2p A terceira camada tem três orbitais: 3s, 3p e 3d. Se l só pode ter valores maiores que l-1, nunca teremos 1p ou 2d. Para o átomo de hidrogênio, He e Li, o orbital 2s tem a mesma energia que 2p e 3s a mesma que 3p e 3d. Estes orbitais que tem a mesma energia são ditos orbitais degenerados. 4 Para átomos com mais de 1 eletron é mais complicado, pois há repulsão entre os elétrons e os níveis de energia não mais determinados apenas pelo número quântico principal. Nestes casos, orbitais que tem a mesma energia são chamados orbitais degenerados. Em outras palavras, em espécies multiatômicas, a energia de um dado orbital depende não somente de n, mas também de l. Os valores do número quântico ml, depende de l, em outras palavras, há uma forma para o orbital s, 3 para orbitais p, 5 para orbitais d, e sete para orbitais f. l= 0 ml =1 l=1 ml= -1,0,1 l=2 ml= 5 valores possíveis l=3 ml= 7 valores possíveis Quarto número Quântico O spin de um elétron é o momento angular de um elétron girando em torno do seu próprio eixo. Este momento angular é a diferente do momento angular (l) que representa o momento angular em relação ao núcleo. A magnitude do momento angular do spin é constante, mas ele pode ter duas orientações, e estas são representadas pelo quarto número quântico: o momento angular do SPIN (MS) que varia de 1-, 1 em qualquer orbital. Cada orbital pode manter no máximo dois elétrons, mas de spins contrários. Cada elétron é único, se os elétrons estão no mesmo átomo deve ter uma combinação de quatro números quânticos. 5 Representação gráfica dos orbitais Como representamos uma função de onda? Como a probabilidade de encontrar um elétron em um dado ponto. Infelizmente não podemos ter resultados melhores que a probabilidade, pois somo incapazes de dizer exatamente a posição e o momento do elétron (Principio da Incerteza de Heisenberg). Não sabemos a posição exata de um elétron e o momento exato de um elétron simultaneamente. Considerando a função de onda, sabemos o momento exato, mas não a posição. Ao plotar densidade de probabilidade (2) do orbital 1s, um gráfico tridimensional com contornos esféricos se forma, são linhas de contorno que representam áreas de igual probabilidade de encontrar elétron. Outra maneira de representar é plotar a densidade de pontos, que dá indicação de probabilidade de encontrar um elétron em um dado lugar, os pontos mais densos representam maior probabilidade. Orbitais 2s, como os 1s são esféricos. Há duas diferenças entre estes orbitais: 1. Orbital 2s é maior que orbital 1s. 2. Nos orbitais 2s há uma região onde não há densidade de elétrons , chamada superfície nodal. Neste caso, não há densidade em um raio definido a partir do núcleo que é conhecido como nodo radial. Os orbitais 2s tem um nodo radial. O orbital 1s é esfericamente simétrico e não tem nodos. Orbitais 2s tem um nodo radial e o 3s tem 2 nodos radiais. Para o orbital 2p, a representação gráfica de 2 é totalmente diferente. O orbital agora tem uma orientação no espaço e tem dois lobos. Note que há também uma região onde não há densidade de elétrons entre os lobos, é uma superfície nodal, desta vez um plano entre os dois lobos, conhecido como plano nodal. 6 Os gráficos dos orbitais 3p e 4p são similares, cada um tem um plano nodal e a forma geral de contorno de cada uma é a mesma. No entanto, orbitais 3p também tem plano nodal radial e o 4p tem 2 nodos radiais e novamente o tamanho do orbitalaumenta como aumento de n. A fase de um orbital Após um nodo, a fase muda. Acima desta linha, a fase é positiva e abaixo negativa. Somente ondas eletromagnéticas, de vibração e de um oceano e o orbital possuem fase diferente. Após cada nodo em um orbital, a fase da função de onda muda. No orbital 2p, por exemplo, um lobo é uma fase e o outro, outra fase, com um plano nodal entre elas. Um orbital não necessariamente precisa conter elétrons, eles podem estar vazios. Um elétron pode ser encontrado em qq parte de um orbital, exceto no nodo. 7 Orbitais Moleculares Moléculas diatômicas homonucleares: orbitais moleculares são construídos a partir da combinação de orbitais atômicos, fato conhecido e enunciado como combinação linear de orbitais atômicos. Orbitais são funções de onda e funções de onda podem combinar pelo fenômeno que chamamos interferência que pode ser construtiva (combinação em fase) ou destrutiva (fora de fase). A sobreposição de orbitais atômicos forma então orbitais moleculares, os orbitais resultantes pertencem a ambos os átomos, são mais moleculares que atômicos. Quando os orbitais combinam fora de fase, o orbital molecular resultante tem um plano nodal entre os dois núcleos. Isto significa que se nós colocarmos os elétrons em orbitais não haveria densidade de elétrons entre os núcleos. Ao contrário, se um orbital molecular de uma combinação em fase contém dois elétrons eles poderiam estar entre os dois núcleos. Dois núcleos expostos repelem um ao outro se ambos estiverem carregados positivamente. Qualquer densidade de elétrons entre eles ajuda a mantê-los juntos. Então a combinação em fase é um orbital ligante. Os elétrons no orbital fora de fase não ajudam a manter os átomos ligados, eles dificultam a ligação, este orbital é conhecido como orbital antiligante. 8 A combinação de dois orbitais atômicos 1s resulta em dois novos orbitais e pode se mostrado pelo diagrama de energia. Observação 1. Dois orbitais atômicos combinam para formar um orbital molecular. 2. Pela combinação linear de orbitais atômicos nós adicionamos os orbitais atômicos para fazer o orbital ligante e subtraímos para fazer o orbital antiligante. 3. Desde que os dois átomos são os mesmos, cada orbital atômico contribui na mesma proporção para formar os orbitais moleculares. 4. O OM ligante é menor em energia que o orbital atômico. 5. O OM* é maior em energia que o orbital atômico. 6. Assim como os orbitais atômicos, orbitais moleculares podem ter 2 elétrons de spins invertidos. 9 7. Os elétrons entre os núcleos mantêm aos átomos unidos e formam a ligação. 8. A energia é liberada quando os átomos combinam. 9. Orbitais ligantes estão para baixo no diagrama de energia (menos energéticos) 10. OM* estão mais para cima (mais energéticos). 11. Ao promover um elétron de um orbital ligante para um não-ligante, promovemos a quebra da ligação. 12. Haverá ligação somente se o OM ligante tiver mais elétrons do que o não-ligante. No caso do hélio, cada átomo de He possui 2 elétrons (1s2) e ambos orbitais moleculares estarão preenchidos após a combinação. Qualquer ligação que poderia existir no orbital ligante é cancelada por elétrons no orbital antiligante, por isso que He2 não existe!!! 10 Formação da ligação com orbitais 2s e 2p Orbitais 2s combinam exatamente da mesma maneira que orbitais 1s. Com orbitais p há mais possibilidades. Quando orbitais 1s combinam para formar OM ambos OM e OM* são simétricos, sobre o eixo que une os dois núcleos. Quando os orbitais combinam por suas extremidades para dar OM simétricos, os orbitais são ditos possuir simetria . Desde que o orbital molecular ligante é um orbital , os dois elétrons em tais orbitais originam a ligação . Há três orbitais moleculares perpendiculares entre si, quando orbitais p se combinam. Quando os átomos se aproximam, estes orbitais podem combinar de duas maneiras: 1. Um orbital p sobrepõe sua porção final a porção inicial do outro e ocorre o alinhamento que resulta na formação de um orbital molecular cilindricamente simétrico sobre o eixo internuclear, em outras palavras está combinação tem geometria . Orbitais moleculares resultantes desta combinação são designados e *. 11 2. A sobreposição paralela de dois orbitais atômicos, ou seja, a aproximação de moléculas se dá pelas laterais, forma OM não- simétricos no eixo de intersecção. Se nós girarmos sobre o eixo, a fase do orbital muda, e o orbital é descrito como tendo uma simetria , ou seja, um orbital . O orbital com simetria é formado e os elétrons neste orbital fazem ligação . Uma vez que existem dois pares de orbitais p perpendiculares entre si que podem combinar desta forma, há um par de OM ligantes perpendicular entre si degenerados e nem um par de OM não-ligantes também degenerados. 3. A máxima sobreposição ocorre no alinhamento e não há OM degenerado. O orbital p é portanto menor em energia que orbitais p . 12 Moléculas diatômicas heteronuclear Os orbitais de átomos diferentes têm o mesmo tipo de orbitais 1s, 2s, 3s, 2p, 3p... e estes orbitais terão a mesma forma, mas terão diferentes energias. Por exemplo, remover 1eletron do C, N ou F requer energia diferente para cada átomo, mesmo se estivermos removendo do mesmo orbital 2p. 13 O que acontece se dois átomos de orbitais atômicos com energias bem diferentes como Na e F combinarem? Nestes casos, um elétron é transferido do Na para o flúor e o produto é um sal iônico. Um ponto importante neste caso, é que os orbitais atômicos estão muito distantes em energia para se sobreporem e formarem um novo orbital molecular e não há formação de ligação covalente. A ligação NaF é formada devido a simples atração entre íons de cargas opostas. Quando os orbitais atômicos tem exatamente a mesma energia eles se combinam para formar o orbital molecular, um com maior energia (OM*) e um com menor energia (OM). Quando os orbitais atômicos são muito diferentes em energia, os elétrons são transferidos de um átomo para outro e o resultado é uma ligação iônica. Quando os orbitais atômicos são levemente diferentes em energia, eles podem combinar. Neste caso, os orbitais atômicos combinam para formar novos OM, mas eles são assimétricos. O átomo mais eletronegativo contribui mais para o orbital ligante e o elemento menos eletronegativo, menos. Isto se aplica para orbitais e . 14 Exemplo, mostrando que a C=O tem fator de contribuição eletrostático devido aos elétrons do oxigênio, que faz a ligação C=O ser mais forte que C=C. 15 Fatores que afetam o grau de interação Energia dos orbitais Fatores de contribuição eletrostática Tamanho dos orbitais (mesmo tamanho - melhor sobreposição) Simetria dos orbitais: os orbitais devem ter geometria adequada para se sobreporem. Então um orbital 2px não pode combinar com 2pz ou 2py, uma vez que são perpendiculares entre si. 16 Orbitais Moleculares de moléculas com mais de dois átomos Para moléculas como H2S e PH3 que tem todos os ângulos iguais a 90°, a ligação deve ser direta, os orbitais p que estão a 90° no átomo central, simplesmente se sobrepõe com o orbital 1s do H. Para H2O e amônia os ângulos são de 104° e 107° respectivamente. H2O e amônia têm ângulos entre suas ligações que são aproximadamente tetraédricos e CH4 é tetraédrico, como podem estes orbitais estar combinados? O átomo de carbono tem elétrons apenas na primeira camada e o orbital 1s tem energia muito baixa para combinar, o que leva os dois orbitais 2s e 2p serem responsável pela interação. O problema é que os orbitais 2p estão perpendiculares entre si e o metano natem ângulos de aproximadamente 90°. O metano tem estrutura tetraédrica com cada ligação C-H com 109,5° de ângulo. O carbono do metano no centro do tetraedro tem hidrogênios em cada um dos vértices de um cubo (cantos opostos do tetraedro descrevem um cubo). Os orbitais 2s do carbono podem sobrepor todos os 1s dos hidrogênios, já que todos estão na mesma fase. Cada orbital 2p aponta para uma fase do cubo, mais uma vez todos os hidrogênios 1s podem combinar com cada orbital, mas desta vez os orbitais atômicos nas faces opostas do cubo devem estar em fases distintas. 17 Hibridização dos orbitais atômicos Outra maneira de considerar a ligação C-H no metano, seria combinar os AO 2s e 2p do carbono e fazer novos orbitais. Cada um destes novos orbitais seria exatamente igual e composto de ¼ de orbitais 2s e ¾ de orbitais 2p, o novo orbital seria chamado sp3 e seria um orbital hibrido, por isso chamamos isso de hibridização. O orbital sp3 tem um plano nodal como o orbital 2p, mas tem um lobo maior devido à maior contribuição do orbital p. Os quatro orbitais sp3 do átomo de carbono apontam para o canto de um tetraedro e o metano pode ser formado pela sobreposição do lobo maior do orbital 1s do H e nós podemos colocar 2 elétrons em cada um para formar a ligação C-H e os orbitais moleculares antiligantes ficam vazios. 18 No caso do eteno, que é planar, nós precisamos fazer três ligações em cada átomo de 1C (1C=C e outros 2 C-H) então nós precisamos combinar 1 orbital s e dois orbitais p, para fazer três ligações. Nós podemos hibridizar 2 s e 2pz e 2py que estão no mesmo plano para formar três orbitais híbridos iguais. Cada um destes orbitais pode sobrepor com outros três orbitais para formar três OM e os 2 orbitais 2pz combinam para formar a ligação . O esqueleto da molécula tem 5 ligações e uma ligação . No caso do etino, cada átomo de carbono tem somente outros dois orbitas para formar a cadeia linear (180°) então temos que hibridizar um orbital s e um p de cada carbono. Somente orbitais 2 s e 2pz tem simetria ortogonal para interagir, então estes orbitais são hibridizados para formar ligações e os outros orbitais 2px e 2py formam a ligação . 19 Outros átomos diferentes de carbono que estão no centro de uma estrutura tetraédrica, provavelmente também estão hibridizados em sp3. Cada uma das três moléculas tem quatro ligações equivalentes com o átomo central tetraédrico, hibridizado em sp3. Se este átomo for B, C, N e número total de eletrons ligantes for o mesmo, a molécula é dita isoeletrônica. Estes elementos vêm um após o outro na tabela periódica, então cada núcleo tem um ou mais prótons que o último. B tem 5, C tem seis e N tem sete. Isto é o motivo pelo qual a carga do átomo central varia. Alcenos, Iminas, Carbonilas Alcenos, iminas e carbonilas têm uma estrutura básica trigonal planar com carbonos sp2. Cada orbital sp2 forma uma ligação com o outro átomo de C, N, ou O e dois orbitais sp2 para formar ligações com os outros substituintes. Não há pares de elétrons não ligantes no carbono em alcenos, há um par de elétrons não ligantes nas iminas e há dois par de elétrons não ligantes no oxigênio. 20 21 Hibridização É uma aplicação qualitativa da teoria da ligação de valência, inclui elementos como C, B, N, O. O orbital atômico dos átomos do segundo período inclui orbitais esféricos 2s e três orbitais 2p que são orientados perpendicularmente um em relação ao outro. Estes orbitais são hibridizados em 4 orbitais sp3 e direcionados para os cantos de um tetraedro, e se sobrepõem com orbitais 1s do hidrogênio para formar o metano, quando o átomo central for C. A descrição da teoria de valência do metano, amônia e água predizem uma estrutura tetraédrica. No metano os 4 orbitais hibridizados estai fazendo ligações, na amônia e na água, respectivamente, 1 e 2 pares de elétrons não ligantes ocupam os orbitais remanescentes. O metano é perfeitamente tetraédrico, mas a amônia e água não, isto mostra que os pares de elétrons não ligantes têm maior repulsão que os ligantes. Em outras palavras orbitais de pares de elétrons não ligantes são maiores, isto é razoável desde que estes elétrons são menos atraídos pelo átomo ao qual pertencem. 22 Hibridização sp2: forma ligações Orbitais p formam ligações (tem um plano) de carbono sp2, embora a sobreposição não seja perfeita, ou seja, não é tão efetiva como na ligação , então a ligação é mais fraca. Para o eteno, a densidade de elétrons é de alguma forma elíptica, porque a componente não é cilindricamente simétrica. Para o etino, a combinação de duas ligações restaura a simetria cilíndrica. Maior densidade de eletrons próximo do núcleo. 23 A hibridização também passa por orbitais moleculares antiligantes, eles tem um plano nodal entre dois átomos ligados. Eles podem interagir com orbitais cheios e contribuir para o estado fundamental da molécula. Os orbitais vazios são também importantes em termos de reatividade, particularmente com nucleófilos. O fato da ligação ocorrer pela sobreposição de orbitais p, ela impõe algumas restrições geométricas para a molécula. O eteno é planar para favorecer a maior sobreposição de orbitais p. Alenos, por outro lado, devem ter um CH2 terminal girado a 90° para acomodar 2 ligações no carbono central. Enfim, a hibridização é a descrição da geometria molecular observada, ele não faz a molécula ter uma forma particular. A molécula adota uma forma particular porque ela maximiza as interações ligantes entre orbitais e maximiza repulsões entre elétrons e outras interações repulsivas. A teoria da hibridização nos ajuda a ver como a estrutura molecular é influenciada pelo número de ligantes e elétrons de um átomo em particular. 24 Origem da repulsão elétron-elétron Parte da origem da repulsão é eletrostática. E a outra parte vem do principio de exclusão de Pauling que diz que dois elétrons podem ocupar o mesmo orbital se tiverem SPINS opostos. Orbitais equivalentes, portanto, mantém a máxima repulsão. A combinação destes dois fatos leva a teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência., que estabelece que pares de elétrons ligantes ou não-ligantes assumem uma orientação que permite máxima separação.
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