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Medicina 6º semestre Extramapas Transtorno Bipolar Episódio depressivo bipolar x episódio depressivo unipolar Fatores que podem indicar um TB incluem o início no pós-parto, a presença de sintomas psicóticos durante o episódio depressivo e a ocorrência de depressão transgeracional ou em muitas pessoas da mesma família. Considerar o espectro bipolar parece ser um ponto chave para distinguir pacientes depressivos unipolares de bipolares na pratica clínica. Nesse sentido, o conceito de espectro bipolar chama a atenção para a história familiar de TB em parentes de primeiro grau, personalidade hipertímica, episódio depressivos recorrentes e breves, depressão de subtipo atípica com sintomas psicóticos e de início antes dos 25 anos, e tolerância/resistência a antidepressivos. Fatores mais associados com a depressão bipolar: • Sintomas atípicos (ansiedade, hipersonia e hiperfagia • Retardo psicomotor • Sintomas psicóticos • Idade de início precoce na infância / adolescência • Início e término rápido de episódios depressivos de curta duração (5 episódios) • Depressão pós-parto, especialmente com sintomas psicóticos • Sintomas de hiperventilação ou mistos • Irritabilidade importante • Labilidade do humor Medicina 6º semestre Diagnóstico diferencial Esquizofrenia Transtorno Bipolar: variações de humor com episódios de depressão e hipomania / mania. Esquizofrenia: problemas com o humor não são o ponto central, e sim as alucinações / delírio / discurso desorganizado e as alterações nos diversos domínios. Alegria, entusiasmo e um humor contagiante são mais comuns nos episódios maníacos do que na esquizofrenia. A combinação de humor maníaco, fala rápida e pressionada e hiperatividade pesa fortemente para um diagnóstico maníaco. Episódios maníacos costumam ter início rápido e percebido como uma mudança acentuada do comportamento anterior do paciente. Metade de todos os pacientes com transtorno bipolar I em uma história familiar de transtorno do humor. Esquizofrenia geralmente manifesta: • Pensamento (desde fuga de ideias à desagregação total, com conteúdo pobre e perseverante, baixa capacidade de abstração, bloqueio e inserção • Sensopercepção (alucinações, principalmente auditivas, e ilusões) • Afetos (labilidade, ambivalência, perplexidades, afetos inapropriados, embotados) Medicina 6º semestre • Cognição (perdas, que vão influenciando na linguagem e no pensamento) • Linguagem (neologismos, ecolalia, verbigeração e mutismo) • Concentração (hipervigilância) • Memória • Comportamento (desorganização) Transtorno esquizoafetivo O transtorno esquizoafetivo tem características tanto da esquizofrenia como dos transtornos do humor. Nos sistemas diagnósticos atuais, os pacientes podem receber esse diagnóstico se puderem se encaixar em uma das seis categorias seguintes: 1) pacientes com esquizofrenia que têm sintomas de humor (2) pacientes com transtorno do humor que têm sintomas de esquizofrenia (3) pacientes com transtorno do humor e esquizofrenia (4) pacientes com uma terceira psicose não relacionada a esquizofrenia e a transtorno do humor (5) pacientes cujo transtorno se encontra em um continuum entre esquizofrenia e transtorno do humor (6) pacientes com alguma combinação dos critérios citados. Transtorno delirante O diagnóstico de transtorno delirante é feito quando uma pessoa exibe delírios não bizarros* de pelo menos um mês de duração que não podem ser atribuídos a outros transtornos psiquiátricos. *Não bizarro = delírio deve ser sobre situações que podem ocorrer na vida real, tal como ser seguido, infectado, amado a distância, e assim por diante; ou seja, eles geralmente têm a ver com fenômenos que, mesmo não sendo reais, são possíveis. Lítio Farmacologia Medicina 6º semestre Efeitos e mecanismos de ação Usos clínicos • Mania aguda e depressão bipolar aguda • Tratamento de manutenção do transtorno bipolar • Depressão recorrente • Depressão resistente a tratamento • Episódio misto e ciclagem rápida • Prevenção de suicídio Modo de usar Medicina 6º semestre É importante realizar um check-up do paciente antes do início da litioterapia para verificar sobretudo a função renal e tireoidiana, afastar gravidez e avaliar hábitos dietéticos do paciente. Gravidez e lactação O lítio cruza livremente a placenta e se equilibra entre o soro materno e o cordão umbilical. Recomenda-se ultrassom de alta resolução e ecocardiografia fetal nas semanas 16 a 18 com base na possibilidade de o lítio aumentar o risco de alterações cardíacas. A “síndrome do lactente mole”, caracterizada por tônus diminuído e cianose, pode ser dose-dependente, e níveis séricos acima de 0,64 mEq/L elevam o risco de problemas neurológicos e respiratórios neonatais. Casos de hiperbilirrubinemia, arritmias cardíacas, hipotireoidismo e diabetes insípido foram observados. Efeitos adversos Manejo de intoxicação
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