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Anestesia Inalatória Consiste na administração de gentes anestésicos pela via respiratória através da vaporização, sendo sempre os indutores associados ao oxigênio. A associação ao O2 é indispensável, pois a administração dos anestésicos puros por via aérea levam os pacientes à anóxia. Os agentes indutores anestésicos inalatórios são absorvidos pelos alvéolos pulmonares e atingem a corrente sanguínea até o SNC, produzindo anestesia geral. Características - Os agentes praticamente não sofrem metabolização hepática (ou menor), e proporcionam rápida indução e recuperação. - Pode ser usada para indução e manutenção anestésica. - Excreção basicamente pulmonar, sendo indicada para hepatopatas, nefropatas, geriátricos e neonatos. - Possuem taxa de biotransformação menor que de agentes injetáveis. - Necessita de monitoração constante, pois os pacientes aprofundam e superficializam de forma rápida. - Demanda de equipamentos específicos (alto custo). - É benéfica para hepatopatas, sendo a modalidade anestésica adequada para esses pacientes, pois há baixo índice de biotransformação hepática. - A indução anestésica nem sempre é indicada com agentes inalatórios pois ocorre de maneira lenta, prolongando a depressão do SNC, podendo a vir causar convulsões, mioclonias e excitação. Aparelhos Anestésicos - Laringoscópio Não é utilizado em equinos e bovinos, pois não alcança a epiglote. Para essas espécies há abre boca específicos, mas não se visualiza a glote, é “às cegas”. - Sondas endotraqueais: (traqueotubos) de tamanho adequado, inflando o balonete e evitando intubação seletiva. O traqueotubo tem um orifício lateral chamado de olho de Murphy, o que ajuda em casos de excesso de secreções pois você terá um segundo orifício. - Máscaras faciais (utilizadas porém poluem o ambiente) - Cilindro de O2. - Válvula redutora de pressão para o cilindro (reduz a pressão interna de 150 kgf/cm2 > 3,5 kgf/cm2.. Podemos calcular quanto de 02 ainda resta no cilindro. Ex: um cilindro novo de 9000 L tem uma pressão de 150 kgf/cm2, então se ele tiver com - uma pressão de 150, através da regra de três podemos calcular o restante no cilindro. - Fluxômetro: medição do fluxo de oxigênio (1 a 30 L/ min) - Rotâmetro: mesma função do Fluxômetro, medir a quantidade de oxigênio que vai para o paciente, porém a mensuração máxima dele é 1 L, de 50 em 50 mL, sendo ideal para pacientes muito pequenos. - Vaporizador: - Universal - volatilização por borbulhamento - não controla o quanto está mandando para o paciente; - Não compensa o fluxo, quanto maior a quantidade de oxigênio maior a vaporização de anestésico. - Calibrado - volatilização por turbilhonamento - Maior controle do quanto está mandando para o paciente - Sistema de compensação de pressão, temperatura e fluxo (independentemente da quantidade de oxigênio que você manda para o paciente não altera a quantidade de anestésico mandado) Circuitos Anestésicos Mangueiras de condução dos gases ao paciente. São classificados de acordo com a reinalação de gás. Circuito Abertos e Semi-abertos / Não reinalatórios - Não há reinalação de gases (sem balão), onde o ar expirado pelo paciente não fica retido no sistema, ou seja, tudo que entra no sistema, sai do sistema. O CO2 expirado pelo paciente é empurrado para fora pelo gás fresco que entra continuamente. - O consumo de O2 é maior, pois se necessita de um alto fluxo para a remoção do CO2. - É altamente poluente, pois o restante de anestésicos são eliminados no ambiente - Maior gasto de O2 e anestésicos, pois não há reaproveitamento. -Ideal para pacientes de até 7kg. - Menor resistência mecânica Felipe Vuicik O circuito semi-aberto:possui balão de reinalação (sistema de Baraka), onde há entrada do fluxo de ar fresco próxima ao paciente, e ao final do sistema o escape de gases e o balão reservatório, que armazena O2, CO2. E anestésicos (se usados). O balão serve tanto para monitorar a FR quanto para ventilar quando necessário. Circuito Fechado e Semi-fechado ou Reinalatórios - Presença de canister e cal sodada - Retenção de CO2 e liberação de O2 - Parte dos gases expirados fica retido no circuito, ficando retido na cal sodada. Quando a cal sodada retém o. CO2 adquire uma coloração lilás, que significa que não está mais disponível. O2 é liberado para o paciente após a retenção do CO2 na cal sodada. - Ocorre pouca perda de calor e umidade. - É um sistema de baixo fluxo inspiratório (20-30 mL/kg/ min de O2 - Circuito de baixa poluição, pois há o reaproveitamento de gases. - Utilizados apenas em pacientes acima de 7kg, pois pacientes menores não possuem pressão expiratória para fazer com que o conteúdo de sua expiração passe para a cal sodada para fazer a troca. Concentração alveolar mínima (CAM) É. a concentração alveolar de um anestésico em 1 atmosfera de pressão, necessária para extinguir os movimentos em resposta a um estímulo doloroso em metade dos pacientes testados. A quantidade de vapor de anestésico necessária para anestesiar metade dos pacientes, portanto 1 CAM é referente à anestesia superficial. A CAM pode ser definida também como a concentração do gás exalado necessária para produzir os efeitos anestésicos - um indicador inverso da potência do gás anestésico. Quanto maior for a CAM, menos potente é o anestésico, pois mais anestésico será necessário. O valor da CAM varia entre as espécies., levando em conta também idade, prenhez, protocolo anestésico, temperatura, estado nutricional e doenças concomitantes. (Pacientes geriátricos por ex tendem a precisar de uma concentração alveolar menor para ficarem anestesiados em razão de já terem um certo grau de detrimento dos sistemas orgânicos, assim, como pacientes mais jovens tendem a ter valores de CAM mais elevados). 1 CAM = Anestesia Superficial 2 CAM = Anestesia Cirúrgica 3 CAM = Anestesia Profunda CAM dos Anestésicos inalatórios: Óxido nitroso: 188 Desfluorano:7,2 Sevofluorano: 2,36 Isofluorano: 1,28 Halotano: 0,87 (Útil em vaporizadores calibrados para anestésicos inalatórios específicos). Solubilidade / Coeficiente de partição sangue:gás É um valor que mostra qual é o equilíbrio entre as concentrações de anestésico entre o sangue e os alvéolos. No caso, quanto maior o Cps/g, mais demorado será para saturar o sangue e, com isso, mais lenta será a indução anestésica. O mesmo ocorre com o retorno anestésico. Assim, a indução com halotano é mais lenta que com isoflurano, que é mais lenta que com sevoflurano. Se um anestésico tem um coeficiente alto, uma grande quantidade dele terá que ser absorvida pelo sangue do corpo antes de ser passada para os tecidos gordurosos (lipídios) do cérebro, onde pode exercer seu efeito. Quanto menor é o coeficiente de partição sangue/ar do agente anestésico, mais rápida é a indução e recuperação da anestesia. Por exemplo: coeficiente do éter=12 - Significa que precisamos de 12 moléculas do anestésico no sangue para 1 nos alvéolos para que os efeitos no SNC aconteçam. Como o éter tem um coeficiente alto, precisa saturar muito o sangue antes de chegar ao cérebro, e isso resulta em uma indução e recuperação mais lentas. Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios Gás/Anestético inalado → Pulmões → Membrana alveolar → Difusão sanguínea → Tecidos e SNC. Agentes Inalatórios Halotano • Líquido instável - se decompõe em contato com a luz (estabilizante: timo) • Solúvel em borracha, o que causa corrosão dos circuitos anestésicos • Em animais sensíveis, pode causar hipertermia maligna Depressão dose-dependente • Hipertermia maligna é uma síndrome farmacogenética que pode ocorrer com alguns pacientes submetidos à anestesia inalatória, geralmente com o halotano, mas raramente com os outros anestésicos. • Causa depressão dos centros termorreguladores → hipotermia intensa • Coeficiente de partição sangue/gás: 2,3-2,5• Recuperação anestésica tranquila e livre de excitação • Proporciona recuperação mais tranquila que o isoflurano • Produz um metabólito hepato-tóxico que é o principal problema (Ácido Trifluoracético) • Diminui o fluxo sanguíneo hepático e pode promover hepatite imuno mediada. Efeitos Cardiovasculares • Depressão dose-dependente - ↓ DC, VS e PA • Inotropismo negativo: reduz a força contrátil do miocárdio, reduzindo a FC e PA (dose-dependente) • Deprime os barorreceptores aórticos e carotídeos: diminui a resposta reflexa a à hipertensão (então diminui o aumento na FC compensatória • Sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas (adrenalina), em casos de dor ou estresse ocorre taquicardia e hipertensão podendo ocasionar fibrilação ventricular Sistema Respiratório: depressão acentuada • Alta taxa de biotransformação hepática (deletéria) pelo citocromo P-450 - relatos de hepatite fulminante em humanos e equinos. • Tornou-se um anestésico obsoleto em razão de seus efeitos deletérios e das melhores opções existentes no mercado atualmente. Isoflurano • Líquido estável, não necessita de conservante - reduz corrosão dos circuitos anestésicos. • Possui odor repugnante e irritante para as vias aéreas (não aconselhável para indução) • Indução e recuperação rápidas, depressão do SNC dose-dependente • Bom relaxamento muscular - potencializa ação dos bloqueadores neuro-musculares • Agente de escolha em trauma cranioencefálico (↓ PIC) • Metabolização hepática de 0,2% • Função renal deprimida de forma reversível • Diminui motilidade TGI • Coeficiente de partição sangue/gás: 1,4 - 1,5 Efeitos Cardiovasculares • Manutenção da força contrátil do miocárdio • Menor efeito depressor que o halotano • Não sensibiliza o miocárdio às catecolaminas • Depressão da PA dose-dependente • Altera pouco o ritmo cardíaco Efeitos Respiratórios • Depressão mais profunda que o halotano (↓Vt e FR) • Possível aumento das secreções (nem sempre) Sevoflurano • Depressão generalizada do SNC • Indução e recuperação rápidas / coeficiente de partição sangue/gás: 0,6 • Odor quase inexistente (ok para indução) • Isoflurano e sevoflurano possuem maior efeito vasodilatador que o halotano • Depressão do mecan ismo termorregu lador hipotalâmico • Relaxamento muscular • Biotransformação hepática pelo citocromo P-450 • É 5% biotransformável mas gera fluoretos inorgânicos que são inertes ao organismo Efeitos Cardiovasculares • Efeitos semelhantes ao do Iso, sendo um pouco menor ainda • Depressão da PA dose-dependente devido a redução da RVP Efeitos Respiratórios • Deprime rapidamente o centro respiratório • Aumento da PCO2 e diminuição do pH em cães submetidos > 2 CAM Óxido Nitroso • Gás inorgânico • Baixa potência • Pouco solúvel • Rápido inicio de ação • Coeficiente de partição sangue/gás: 0,5 • Não promove inconsciência e nem imobilidade - seu uso como agente único NÃO é capaz de produzir anestesia cirúrgica • Possui bom poder analgésico • Serve como segundo gás, associado à um halogenado para para potencializar ele e diminuir a quantidade do anestésico inalatório (efeito de segundo gás), acelerando a absorção do anestésico principal • Agentes anestésicos parenterais também podem ser associados ao óxido nitroso, promovendo anestesia segura para vários procedimentos cirúrgicos. Newman (1989) utilizou o óxido nitroso em cães, em associação com cetamina para obter maior analgesia visceral em cirurgias intra-abdominais. O uso do óxido nitroso em técnicas de neuroleptoanalgesia tem obtido sucesso devido a suas propriedades analgésica e sedativa, bem como a efeitos mínimos sobre o s istema cardiorrespiratório. • A associação tiletamina-zolazepam (T-Z), dentre as drogas dissociarias de uso veterinário, destaca-se por apresentar grande praticidade de uso e larga margem de segurança.. Inicialmente utilizada apenas para contenção e pequenos procedimentos em cães e gatos, seu uso tem aumentado nos últimos anos, devido às associações com outros fármacos que promovem, além da potencialização do efeito anestésico, redução de vários efeitos colaterais. Efeitos Cardiovasculares • Aumenta a FR, PA, FC e DC Efeitos no SNC • Aumento da PIC • Aumento do consumo de O2 pelo cérebro • Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral Cuidados • Não se pode administrar mais de 60% pois causa hipóxia • Deve-se manter ao término na anestesia, fluxo apenas O2 para eliminação de resíduos do gás • Difunde-se para espaços gasosos fisiológicos, podendo causar distensão intestinal e da vesícula urinária • Possui efeitos teratogênicos • Não é mais utilizado na prática em razão de todos os cuidados necessários, seu uso foi substituído pelo iso, e anteriormente o uso era justificado em razão do Halotano Desflurano • Não altera função renal - ausência de toxicidade • Metabolização mínima • Elevação transitória da PA • Não sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas • Potencial antiarritmicogênico • Em relação a outros anestésicos é o que oferece menos dados hepáticos e renais, mostrando que pode ser utilizado mesmo na presença de doença hepática ou renal, em decorrência a sua degradação metabólica mínima. • É pouco solúvel no sangue e nos tecidos orgânicos, resultando em indução e recuperação da anestesia mais rápidas - Coeficiente de partição sangue/gás: 0,42 • É o que mais deprime o sistema respiratório • Biotransformação de 0,02% • tem ação imobilizante preferentemente sobre a medula espinhal e ação amnésica e hipnótica sobre o cérebro, o desflurano não provoca convulsões. • Efeitos cardiovasculares semelhantes ao iso • Uso restrito na veterinária - mais usado em pesquisas. Riscos da exposição crônica aos anestésicos inalatórios em geral • Cefaléia • Nauseas • Fadiga • Irritabilidade • Diminuição de reflexos psicomotores • Abortos e anomalias congênitas Considerações Gerais Até o momento não se tem certeza do mecanismo de ação deles. Sabe-se apenas que eles promovem depressão generalizada do cérebro, estimulando neurônios inibitórios, como os Gaba, e inibindo os excitatórios, como os glutamatérgicos, NMDA, AMPA e serotoninérgicos. A depressão cardiovascular promovida pelos anestésicos inalatórios é dose-dependente e, comparativamente, é maior que a obtida na TIVA. Verifica-se queda de pressão arterial, volume sistólico e débito-cardíaco. O efeito com o halotano é mais pronunciado que com o isoflurano. O sevoflurano é o melhor dos três nesse aspecto. Basicamente todos os anestésicos inalatórios promovem depressão respiratória, dose-dependente. No caso, o isoflurano deprime menos que o sevoflurano, que deprime menos que o desfluorano. Todos levam a redução no fluxo sanguíneo renal, na taxa de filtração glomerular e no débito urinário, exceto o desflurano que preserva o fluxo renal na ausência dehipotensão arterial A hipertermia maligna é uma síndrome farmacogenética, causada por anestésicos inalatórios e bloqueadores neuromusculares. Há alguns grupos de animais que podem, geneticamente, desenvolver hipertermia maligna durante a anestesia inalatória. Os principais sinais clínicos são hipertermia, taquicardia, sudorese e rigidez muscular. Há diversos relatos com o uso de halotano (mais um ponto negativo para ele) mas bem raros com o iso e sevo. Quando ocorre, a taxa de óbito é bem elevada mas pode ser tratada, com resfriamento do paciente e uso de dantrolene, desde que rapidamente. A poluição ambiental é uma grande desvantagem da anestesia inalatória, que promove não só a poluição do ambiente cirúrgico como da atmosfera. O ideal é o uso racional dos anestésicos inalatórios, utilizando baixos fluxos de gases frescos, equipamentos de qualidade e, sempre utilizarmos protocolos balanceados ou mesmo variação de técnicas, para diminuir esse possível impacto. Questões para fixação Com relação à anestesia inalatória, assinale a alternativaINCORRETA: A) o coeficiente de partição sangue/gás (CPsg:gás) está relacionado às velocidades de indução e recuperação anestésicas, assim como a alterações do plano anestésico B) B) o isofluorano possui um CPsg:gás de 1,4, ou seja, em equilíbrio, a concentração anestésica no alvéolo é maior que a encontrada no sangue C) C) o desfluorano, em virtude de sua alta CAM, é menos potente que o isofluorano e sevofluorano D) D) o isofluorano possui a menor taxa de metabolização hepática em comparação ao halotano e ao sevofluorano Sobre os aspectos da anestesia inalatória, analise as afirmativas e marque a opção CORRETA: a) A concentração alveolar mínima (CAM) de um anestésico inalatório pode ser alterada por diversos fatores, incluindo a duração da anestesia. Em anestesias prolongadas, há necessidade de aumento significativo da CAM. b) b) O coeficiente de solubilidade sangue:gás de um anestésico inalatório traduz a potência do mesmo. Quanto maior o coeficiente, maior a potência do agente. c) c) Dentre os halogenados, o desfluorano é o mais potente, com uma CAM de aproximadamente 0,8% em cães e gatos. d) d) O halotano apresenta como vantagens o baixo custo e a não sensibilização do miocárdio à ação das catecolaminas. No entanto, por ser pouco potente (CAM é alta quando comparada aos demais agentes halogenados) está em desuso na Medicina Veterinária. e) e) Por ter mínima taxa de biotransformação, de aproximadamente 0,2% em cães, o isofluorano é seguro para pacientes hepatopatas e nefropatas. Dentre os anestésicos inalatórios que se seguem, o que apresenta o menor coeficiente de solubilidade sangue:gás é: a) Isofluorano b) Sevofluorano c) Enfluorano d) Desfluorano e) Halotano Sobre a concentração alveolar mínima (CAM), é INCORRETO afirmar que: a) O valor da potência anestésica é diretamente proporcional ao coeficiente de solubilidade sangue gás (CS/G). Exemplo: quanto menor o CS/G, menor será a potência do agente inalatório. b) A CAM é definida como a concentração alveolar mínima de um anestésico inalatório a 1 ATM (760 mmHg) que produz imobilidade em 50% dos indivíduos de uma determinada população submetidos a um estímulo nocivo supramáximo c) O valor da CAM de cada anestésico varia de espécie para espécie. d) Em cães, a CAM do isofluorano é 1,28% e do sevofluorano 2,36%. Isso significa que o sevoflurano é agente mais potente e que levará mais tempo para induzir a anestesia. e) O valor mais aproximado da concentração alveolar dos gases é dado pela análise do ar expirado. Sobre os anestésicos inalatórios, é INCORRETO afirmar que: a) A biotransformação hepática do halotano é semelhante ao do isoflurano podendo chegar a 20%. b) A hipertermia maligna é uma doença genética que pode ocorrer em pacientes submetidos a anestesia inalatória, sendo o suíno a espécie mais acometida. c) O óxido nitroso (N2O) apresenta baixo coeficiente de solubilidade sangue gás (CS/G) e devido a essa característica o mesmo pode promover o efeito de segundo gás. d) O halotano sensibiliza o miocárdio as catecolaminas aumentando desta forma a incidência de arritmias. e) O óxido nitroso (N2O), também conhecido como protóxido de nitrogênio, é um gás inorgânico utilizado em conjunto com os halogenados, pois não promove hipnose em concentrações terapêuticas, apenas analgesia. Vaporizadores modernos tem a função de transformar o líquido anestésico em vapor e medir sua concentração, compensando a temperatura, o fluxo e a pressão de retorno, sendo calibrados especificamente para um anestésico. Dadas as afirmativas quanto ao uso de vaporizadores calibrados, I. Quando se usa erroneamente sevofluorano em um vaporizador calibrado para isofluorano espera-se menor concentração vaporizado do que a indicada pelo aparelho. II. II. O uso de isofluorano em vaporizadores calibrados para halotano pode proporcionar concentrações até 50% menores daquela indicada. III. Uso de fluxo de oxigênio muito alto pode fazer com que um vaporizador calibrado não atinja a concentração anestésica indicada. IV. A ausência de um mecanismo de minimização de pressão de retorno provocada por um ventilador mecânico em um vaporizador calibrado pode aumentar a concentração vaporizada do anestésico inalatório. verifica-se que estão corretas apenas A) I e II B) II e IV. C) III e IV. D) I, II e III. E) I, III e IV. Com relação à farmacocinética e à farmacodinâmica dos anestésicos inalatórios, analise as afirmativas abaixo a seguir: I. A velocidade de elevação da concentração alveolar do anestésico inalatório é inversamente proporcional ao volume minuto/ventilação alveolar; II. A Concentração Alveolar Mínima (CAM) é a concentração expirada do anestésico inalatório que abole a resposta motora a um estímulo doloroso supra-máximo em 50% de uma população; III. Todos os agentes halogenados deprimem o fluxo sanguíneo hepático. Entretanto, o isofluorano e sevofluorano resultam em melhor preservação da circulação hepática que o halotano; IV. O coeficiente de solubilidade sangue/gás de um anestésico halogenado é inversamente proporcional à velocidade de indução da anestesia. Com base nas afirmativas acima, marque a opção CORRETA. A) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. B) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. C) Somente as afirmativas I e IV são corretas. D) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. E) Somente as afirmativas II e III são corretas. Dentre as características dos anestésicos gerais inalatórios listadas a seguir, assinale a que é relacionada à rapidez de indução anestésica. A) Coeficiente de solubilidade sangue/água. B) Concentração alveolar mínima. C) Concentração alveolar máxima. D) Coeficiente de solubilidade sangue/gás. E) Coeficiente de lipossolubilidade. Levando em conta a taxa de biotransformação dos anestésicos inalatórios listados a seguir, assinale o anestésico mais indicado para ser empregado em um paciente idoso hepatopata. A) Halotano. B) Isofluorano. C) Sevofluorano. D) Desfluorano. E) Enfluorano. Dentre os tipos de circuitos anestésicos listados a seguir, assinale o que permite menor poluição ambiental e maior economia de anestésico. A) Circuito semicircular. B) Circuito semifechado. C) Circuito aberto. D) Sistema circular valvular com absorvedor. E) Sistema avalvular sem absorvedor. No aparelho de anestesia inalatória, o componente responsável pela volatilização do agente anestésico é conhecido por vaporizador. Dentre os tipos de vaporizadores listados a seguir, assinale o que permite ao anestesiologista saber com maior segurança a concentração de anestésico fornecida ao paciente. A) Universal sem fluxômetro. B) Calibrado. C) Universal controlado por fluxômetro. D) Valvular. E) Compensado.
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