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Anestesia inalatoria

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Anestesia Inalatória
 Consiste na administração de gentes anestésicos pela 
via respiratória através da vaporização, sendo sempre 
os indutores associados ao oxigênio. A associação ao O2 
é indispensável, pois a administração dos anestésicos 
puros por via aérea levam os pacientes à anóxia. 
 Os agentes indutores anestésicos inalatórios são 
absorvidos pelos alvéolos pulmonares e atingem a 
corrente sanguínea até o SNC, produzindo anestesia 
geral. 
Características 
- Os agentes praticamente não sofrem metabolização 
hepática (ou menor), e proporcionam rápida indução 
e recuperação. 
- Pode ser usada para indução e manutenção 
anestésica. 
- Excreção basicamente pulmonar, sendo indicada para 
hepatopatas, nefropatas, geriátricos e neonatos. 
- Possuem taxa de biotransformação menor que de 
agentes injetáveis. 
- Necessita de monitoração constante, pois os 
pacientes aprofundam e superficializam de forma 
rápida. 
- Demanda de equipamentos específicos (alto custo). 
- É benéfica para hepatopatas, sendo a modalidade 
anestésica adequada para esses pacientes, pois há 
baixo índice de biotransformação hepática. 
- A indução anestésica nem sempre é indicada com 
agentes inalatórios pois ocorre de maneira lenta, 
prolongando a depressão do SNC, podendo a vir 
causar convulsões, mioclonias e excitação. 
Aparelhos Anestésicos 
- Laringoscópio 
Não é utilizado em equinos e bovinos, pois não 
alcança a epiglote. Para essas espécies há abre boca 
específicos, mas não se visualiza a glote, é “às cegas”. 
- Sondas endotraqueais: (traqueotubos) de tamanho 
adequado, inflando o balonete e evitando intubação 
seletiva. O traqueotubo tem um orifício lateral 
chamado de olho de Murphy, o que ajuda em casos 
de excesso de secreções pois você terá um segundo 
orifício. 
- Máscaras faciais (utilizadas porém poluem o ambiente) 
- Cilindro de O2. 
- Válvula redutora de pressão para o cilindro (reduz a 
pressão interna de 150 kgf/cm2 > 3,5 kgf/cm2.. 
Podemos calcular quanto de 02 ainda resta no cilindro. 
Ex: um cilindro novo de 9000 L tem 
uma pressão de 150 kgf/cm2, então se ele tiver com 
- uma pressão de 150, através da regra de três 
podemos calcular o restante no cilindro. 
- Fluxômetro: medição do fluxo de oxigênio (1 a 30 L/
min) 
- Rotâmetro: mesma função do Fluxômetro, medir a 
quantidade de oxigênio que vai para o paciente, 
porém a mensuração máxima dele é 1 L, de 50 em 
50 mL, sendo ideal para pacientes muito pequenos. 
- Vaporizador: 
- Universal 
- volatilização por borbulhamento
- não controla o quanto está mandando para o 
paciente; 
- Não compensa o fluxo, quanto maior a 
quantidade de oxigênio maior a vaporização 
de anestésico. 
- Calibrado 
 - volatilização por turbilhonamento 
 - Maior controle do quanto está mandando para 
o paciente 
 - Sistema de compensação de pressão, 
temperatura e fluxo (independentemente da quantidade 
de oxigênio que você manda para o paciente não altera 
a quantidade de anestésico mandado) 
Circuitos Anestésicos 
Mangueiras de condução dos gases ao paciente. São 
classificados de acordo com a reinalação de gás. 
Circuito Abertos e Semi-abertos / Não reinalatórios 
- Não há reinalação de gases (sem balão), onde o ar 
expirado pelo paciente não fica retido no sistema, ou 
seja, tudo que entra no sistema, sai do sistema. O CO2 
expirado pelo paciente é empurrado para fora pelo gás 
fresco que entra continuamente. 
- O consumo de O2 é maior, pois se necessita de um 
alto fluxo para a remoção do CO2. 
- É altamente poluente, pois o restante de anestésicos 
são eliminados no ambiente 
- Maior gasto de O2 e anestésicos, pois não há 
reaproveitamento. 
-Ideal para pacientes de até 
7kg. 
- Menor resistência mecânica 
Felipe Vuicik
O circuito semi-aberto:possui balão de reinalação (sistema 
de Baraka), onde há entrada do fluxo de ar fresco 
próxima ao paciente, e ao final do sistema o escape de 
gases e o balão reservatório, que armazena O2, CO2. E 
anestésicos (se usados). 
O balão serve tanto para monitorar a FR quanto para 
ventilar quando necessário.
Circuito Fechado e Semi-fechado ou Reinalatórios 
- Presença de canister e cal sodada 
- Retenção de CO2 e liberação de O2 
- Parte dos gases expirados fica retido no circuito, 
ficando retido na cal sodada. Quando a cal sodada retém 
o. CO2 adquire uma coloração lilás, que significa que não 
está mais disponível. O2 é liberado para o paciente após 
a retenção do CO2 na cal sodada. 
- Ocorre pouca perda de calor e umidade. 
- É um sistema de baixo fluxo inspiratório (20-30 mL/kg/
min de O2 
- Circuito de baixa poluição, pois há o reaproveitamento 
de gases. 
- Utilizados apenas em pacientes acima de 7kg, pois 
pacientes menores não possuem pressão expiratória 
para fazer com que o conteúdo de sua expiração passe 
para a cal sodada para fazer a troca. 
Concentração alveolar mínima (CAM) 
É. a concentração alveolar de um anestésico em 1 
atmosfera de pressão, necessária para extinguir os 
movimentos em resposta a um estímulo doloroso em 
metade dos pacientes testados. 
A quantidade de vapor de anestésico necessária para 
anestesiar metade dos pacientes, portanto 1 CAM é 
referente à anestesia superficial. 
A CAM pode ser definida também como a concentração 
do gás exalado necessária para produzir os efeitos 
anestésicos - um indicador inverso da potência do gás 
anestésico. 
Quanto maior for a CAM, menos potente é o anestésico, 
pois mais anestésico será necessário. 
O valor da CAM varia entre as espécies., levando em 
conta também idade, prenhez, protocolo anestésico, 
temperatura, estado nutricional e doenças concomitantes. 
(Pacientes geriátricos por ex tendem a precisar de uma 
concentração alveolar menor para ficarem anestesiados 
em razão de já terem um certo grau de detrimento dos 
sistemas orgânicos, assim, como pacientes mais jovens 
tendem a ter valores de CAM mais elevados). 
1 CAM = Anestesia Superficial 
2 CAM = Anestesia Cirúrgica 
3 CAM = Anestesia Profunda 
CAM dos Anestésicos inalatórios: 
Óxido nitroso: 188 
Desfluorano:7,2 
Sevofluorano: 2,36 
Isofluorano: 1,28 
Halotano: 0,87 
(Útil em vaporizadores calibrados para anestésicos 
inalatórios específicos). 
Solubilidade / Coeficiente de partição sangue:gás 
É um valor que mostra qual é o equilíbrio entre as 
concentrações de anestésico entre o sangue e os 
alvéolos. No caso, quanto maior o Cps/g, mais demorado 
será para saturar o sangue e, com isso, mais lenta será a 
indução anestésica. O mesmo ocorre com o retorno 
anestésico. Assim, a indução com halotano é mais lenta 
que com isoflurano, que é mais lenta que com 
sevoflurano. 
Se um anestésico tem um coeficiente alto, uma grande 
quantidade dele terá que ser absorvida pelo sangue do 
corpo antes de ser passada para os tecidos gordurosos 
(lipídios) do cérebro, onde pode exercer seu efeito. 
 Quanto menor é o coeficiente de partição sangue/ar 
do agente anestésico, mais rápida é a indução e 
recuperação da anestesia. 
 Por exemplo: coeficiente do éter=12 - Significa que 
precisamos de 12 moléculas do anestésico no sangue 
para 1 nos alvéolos para que os efeitos no SNC 
aconteçam. Como o éter tem um coeficiente alto, 
precisa saturar muito o sangue antes de chegar ao 
cérebro, e isso resulta em uma indução e recuperação 
mais lentas. 
Farmacocinética dos Anestésicos Inalatórios 
Gás/Anestético inalado → Pulmões → Membrana 
alveolar → Difusão sanguínea → Tecidos e SNC. 
Agentes Inalatórios 
Halotano 
• Líquido instável - se decompõe em contato com a luz 
(estabilizante: timo) 
• Solúvel em borracha, o que causa corrosão dos 
circuitos anestésicos 
• Em animais sensíveis, pode causar hipertermia maligna 
Depressão dose-dependente 
• Hipertermia maligna é uma síndrome farmacogenética 
que pode ocorrer com alguns pacientes submetidos à 
anestesia inalatória, geralmente com o halotano, mas 
raramente com os outros anestésicos. 
• Causa depressão dos centros termorreguladores → 
hipotermia intensa 
• Coeficiente de partição sangue/gás: 2,3-2,5• Recuperação anestésica tranquila e livre de excitação 
• Proporciona recuperação mais tranquila que o 
isoflurano 
• Produz um metabólito hepato-tóxico que é o principal 
problema (Ácido Trifluoracético) 
• Diminui o fluxo sanguíneo hepático e pode promover 
hepatite imuno mediada. 
Efeitos Cardiovasculares 
• Depressão dose-dependente - ↓ DC, VS e PA 
• Inotropismo negativo: reduz a força contrátil do 
miocárdio, reduzindo a FC e PA (dose-dependente) 
• Deprime os barorreceptores aórticos e carotídeos: 
diminui a resposta reflexa a à hipertensão (então 
diminui o aumento na FC compensatória 
• Sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas 
(adrenalina), em casos de dor ou estresse ocorre 
taquicardia e hipertensão podendo ocasionar fibrilação 
ventricular 
Sistema Respiratório: depressão acentuada 
• Alta taxa de biotransformação hepática (deletéria) pelo 
citocromo P-450 - relatos de hepatite fulminante em 
humanos e equinos. 
• Tornou-se um anestésico obsoleto em razão de seus 
efeitos deletérios e das melhores opções existentes no 
mercado atualmente. 
Isoflurano 
• Líquido estável, não necessita de conservante - reduz 
corrosão dos circuitos anestésicos. 
• Possui odor repugnante e irritante para as vias aéreas 
(não aconselhável para indução) 
• Indução e recuperação rápidas, depressão do SNC 
dose-dependente 
• Bom relaxamento muscular - potencializa ação dos 
bloqueadores neuro-musculares 
• Agente de escolha em trauma cranioencefálico (↓ PIC) 
• Metabolização hepática de 0,2% 
• Função renal deprimida de forma reversível 
• Diminui motilidade TGI 
• Coeficiente de partição sangue/gás: 1,4 - 1,5 
Efeitos Cardiovasculares 
• Manutenção da força contrátil do miocárdio 
• Menor efeito depressor que o halotano 
• Não sensibiliza o miocárdio às catecolaminas 
• Depressão da PA dose-dependente 
• Altera pouco o ritmo cardíaco 
Efeitos Respiratórios 
• Depressão mais profunda que o halotano (↓Vt e FR) 
• Possível aumento das secreções (nem sempre) 
Sevoflurano 
• Depressão generalizada do SNC 
• Indução e recuperação rápidas / coeficiente de 
partição sangue/gás: 0,6 
• Odor quase inexistente (ok para indução) 
• Isoflurano e sevoflurano possuem maior efeito 
vasodilatador que o halotano 
• Depressão do mecan ismo termorregu lador 
hipotalâmico 
• Relaxamento muscular 
• Biotransformação hepática pelo citocromo P-450 
• É 5% biotransformável mas gera fluoretos inorgânicos 
que são inertes ao organismo 
Efeitos Cardiovasculares 
• Efeitos semelhantes ao do Iso, sendo um pouco 
menor ainda 
• Depressão da PA dose-dependente devido a redução 
da RVP 
Efeitos Respiratórios 
• Deprime rapidamente o centro respiratório 
• Aumento da PCO2 e diminuição do pH em cães 
submetidos > 2 CAM 
Óxido Nitroso 
• Gás inorgânico 
• Baixa potência 
• Pouco solúvel 
• Rápido inicio de ação 
• Coeficiente de partição sangue/gás: 0,5 
• Não promove inconsciência e nem imobilidade - seu 
uso como agente único NÃO é capaz de produzir 
anestesia cirúrgica 
• Possui bom poder analgésico 
• Serve como segundo gás, associado à um halogenado 
para para potencializar ele e diminuir a quantidade do 
anestésico inalatório (efeito de segundo gás), 
acelerando a absorção do anestésico principal 
• Agentes anestésicos parenterais também podem ser 
associados ao óxido nitroso, promovendo anestesia 
segura para vários procedimentos cirúrgicos. Newman 
(1989) utilizou o óxido nitroso em cães, em associação 
com cetamina para obter maior analgesia visceral em 
cirurgias intra-abdominais. O uso do óxido nitroso em 
técnicas de neuroleptoanalgesia tem obtido sucesso 
devido a suas propriedades analgésica e sedativa, bem 
como a efeitos mínimos sobre o s istema 
cardiorrespiratório. 
• A associação tiletamina-zolazepam (T-Z), dentre as 
drogas dissociarias de uso veterinário, destaca-se por 
apresentar grande praticidade de uso e larga margem 
de segurança.. Inicialmente utilizada apenas para 
contenção e pequenos procedimentos em cães e 
gatos, seu uso tem aumentado nos últimos anos, 
devido às associações com outros fármacos que 
promovem, além da potencialização do efeito 
anestésico, redução de vários efeitos colaterais. 
Efeitos Cardiovasculares 
• Aumenta a FR, PA, FC e DC 
Efeitos no SNC 
• Aumento da PIC 
• Aumento do consumo de O2 pelo cérebro 
• Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral 
Cuidados 
• Não se pode administrar mais de 60% pois causa 
hipóxia 
• Deve-se manter ao término na anestesia, fluxo apenas 
O2 para eliminação de resíduos do gás 
• Difunde-se para espaços gasosos fisiológicos, podendo 
causar distensão intestinal e da vesícula urinária 
• Possui efeitos teratogênicos 
• Não é mais utilizado na prática em razão de todos os 
cuidados necessários, seu uso foi substituído pelo iso, e 
anteriormente o uso era justificado em razão do 
Halotano 
Desflurano 
• Não altera função renal - ausência de toxicidade 
• Metabolização mínima 
• Elevação transitória da PA 
• Não sensibiliza o miocárdio à ação das catecolaminas 
• Potencial antiarritmicogênico 
• Em relação a outros anestésicos é o que oferece 
menos dados hepáticos e renais, mostrando que pode 
ser utilizado mesmo na presença de doença hepática 
ou renal, em decorrência a sua degradação metabólica 
mínima. 
• É pouco solúvel no sangue e nos tecidos orgânicos, 
resultando em indução e recuperação da anestesia 
mais rápidas - Coeficiente de partição sangue/gás: 
0,42 
• É o que mais deprime o sistema respiratório 
• Biotransformação de 0,02% 
• tem ação imobilizante preferentemente sobre a 
medula espinhal e ação amnésica e hipnótica sobre o 
cérebro, o desflurano não provoca convulsões. 
• Efeitos cardiovasculares semelhantes ao iso 
• Uso restrito na veterinária - mais usado em pesquisas. 
 
Riscos da exposição crônica aos anestésicos 
inalatórios em geral 
• Cefaléia 
• Nauseas 
• Fadiga 
• Irritabilidade 
• Diminuição de reflexos psicomotores 
• Abortos e anomalias congênitas 
Considerações Gerais 
Até o momento não se tem certeza do mecanismo de 
ação deles. Sabe-se apenas que eles promovem 
depressão generalizada do cérebro, estimulando 
neurônios inibitórios, como os Gaba, e inibindo os 
excitatórios, como os glutamatérgicos, NMDA, AMPA e 
serotoninérgicos. 
A depressão cardiovascular promovida pelos anestésicos 
inalatórios é dose-dependente e, comparativamente, é 
maior que a obtida na TIVA. Verifica-se queda de 
pressão arterial, volume sistólico e débito-cardíaco. O 
efeito com o halotano é mais pronunciado que com o 
isoflurano. O sevoflurano é o melhor dos três nesse 
aspecto. 
Basicamente todos os anestésicos inalatórios promovem 
depressão respiratória, dose-dependente. No caso, o 
isoflurano deprime menos que o sevoflurano, que 
deprime menos que o desfluorano. 
Todos levam a redução no fluxo sanguíneo renal, na 
taxa de filtração glomerular e no débito urinário, exceto 
o desflurano que preserva o fluxo renal na ausência 
dehipotensão arterial 
A hipertermia maligna é uma síndrome farmacogenética, 
causada por anestésicos inalatórios e bloqueadores 
neuromusculares. Há alguns grupos de animais que 
podem, geneticamente, desenvolver hipertermia maligna 
durante a anestesia inalatória. Os principais sinais clínicos 
são hipertermia, taquicardia, sudorese e rigidez muscular. 
Há diversos relatos com o uso de halotano (mais um 
ponto negativo para ele) mas bem raros com o iso e 
sevo. Quando ocorre, a taxa de óbito é bem elevada mas 
pode ser tratada, com resfriamento do paciente e uso 
de dantrolene, desde que rapidamente. 
A poluição ambiental é uma grande desvantagem da 
anestesia inalatória, que promove não só a poluição do 
ambiente cirúrgico como da atmosfera. O ideal é o uso 
racional dos anestésicos inalatórios, utilizando baixos fluxos 
de gases frescos, equipamentos de qualidade e, sempre 
utilizarmos protocolos balanceados ou mesmo variação 
de técnicas, para diminuir esse possível impacto. 
Questões para fixação 
Com relação à anestesia inalatória, assinale a alternativaINCORRETA: 
A) o coeficiente de partição sangue/gás (CPsg:gás) está 
relacionado às velocidades de indução e recuperação 
anestésicas, assim como a alterações do plano anestésico 
B) B) o isofluorano possui um CPsg:gás de 1,4, ou seja, em 
equilíbrio, a concentração anestésica no alvéolo é maior 
que a encontrada no sangue 
C) C) o desfluorano, em virtude de sua alta CAM, é menos 
potente que o isofluorano e sevofluorano 
D) D) o isofluorano possui a menor taxa de metabolização 
hepática em comparação ao halotano e ao sevofluorano 
Sobre os aspectos da anestesia inalatória, analise as afirmativas 
e marque a opção CORRETA: 
a) A concentração alveolar mínima (CAM) de um 
anestésico inalatório pode ser alterada por diversos 
fatores, incluindo a duração da anestesia. Em anestesias 
prolongadas, há necessidade de aumento significativo da 
CAM. 
b) b) O coeficiente de solubilidade sangue:gás de um 
anestésico inalatório traduz a potência do mesmo. Quanto 
maior o coeficiente, maior a potência do agente. 
c) c) Dentre os halogenados, o desfluorano é o mais 
potente, com uma CAM de aproximadamente 0,8% em 
cães e gatos. 
d) d) O halotano apresenta como vantagens o baixo custo e 
a não sensibilização do miocárdio à ação das 
catecolaminas. No entanto, por ser pouco potente (CAM 
é alta quando comparada aos demais agentes 
halogenados) está em desuso na Medicina Veterinária. 
e) e) Por ter mínima taxa de biotransformação, de 
aproximadamente 0,2% em cães, o isofluorano é seguro 
para pacientes hepatopatas e nefropatas. 
Dentre os anestésicos inalatórios que se seguem, o que 
apresenta o menor coeficiente de solubilidade sangue:gás é: 
a) Isofluorano 
b) Sevofluorano 
c) Enfluorano 
d) Desfluorano 
e) Halotano 
Sobre a concentração alveolar mínima (CAM), é INCORRETO 
afirmar que: 
a) O valor da potência anestésica é diretamente 
proporcional ao coeficiente de solubilidade sangue gás 
(CS/G). Exemplo: quanto menor o CS/G, menor será a 
potência do agente inalatório. 
b) A CAM é definida como a concentração alveolar 
mínima de um anestésico inalatório a 1 ATM (760 
mmHg) que produz imobilidade em 50% dos indivíduos 
de uma determinada população submetidos a um 
estímulo nocivo supramáximo 
c) O valor da CAM de cada anestésico varia de espécie 
para espécie. 
d) Em cães, a CAM do isofluorano é 1,28% e do 
sevofluorano 2,36%. Isso significa que o sevoflurano é 
agente mais potente e que levará mais tempo para 
induzir a anestesia. 
e) O valor mais aproximado da concentração alveolar dos 
gases é dado pela análise do ar expirado. 
Sobre os anestésicos inalatórios, é INCORRETO afirmar que: 
a) A biotransformação hepática do halotano é semelhante 
ao do isoflurano podendo chegar a 20%. 
b) A hipertermia maligna é uma doença genética que pode 
ocorrer em pacientes submetidos a anestesia inalatória, 
sendo o suíno a espécie mais acometida. 
c) O óxido nitroso (N2O) apresenta baixo coeficiente de 
solubilidade sangue gás (CS/G) e devido a essa 
característica o mesmo pode promover o efeito de 
segundo gás. 
d) O halotano sensibiliza o miocárdio as catecolaminas 
aumentando desta forma a incidência de arritmias. 
e) O óxido nitroso (N2O), também conhecido como 
protóxido de nitrogênio, é um gás inorgânico utilizado 
em conjunto com os halogenados, pois não promove 
hipnose em concentrações terapêuticas, apenas 
analgesia. 
Vaporizadores modernos tem a função de transformar o 
líquido anestésico em vapor e medir sua concentração, 
compensando a temperatura, o fluxo e a pressão de retorno, 
sendo calibrados especificamente para um anestésico. Dadas as 
afirmativas quanto ao uso de vaporizadores calibrados, 
I. Quando se usa erroneamente sevofluorano em um 
vaporizador calibrado para isofluorano espera-se menor 
concentração vaporizado do que a indicada pelo aparelho. 
II. II. O uso de isofluorano em vaporizadores calibrados para 
halotano pode proporcionar concentrações até 50% 
menores daquela indicada. 
III. Uso de fluxo de oxigênio muito alto pode fazer com que 
um vaporizador calibrado não atinja a concentração 
anestésica indicada. 
IV. A ausência de um mecanismo de minimização de pressão 
de retorno provocada por um ventilador mecânico em um 
vaporizador calibrado pode aumentar a concentração 
vaporizada do anestésico inalatório. 
verifica-se que estão corretas apenas 
A) I e II 
B) II e IV. 
C) III e IV. 
D) I, II e III. 
E) I, III e IV. 
Com relação à farmacocinética e à farmacodinâmica dos 
anestésicos inalatórios, analise as afirmativas abaixo a seguir: 
I. A velocidade de elevação da concentração alveolar do 
anestésico inalatório é inversamente proporcional ao 
volume minuto/ventilação alveolar; 
II. A Concentração Alveolar Mínima (CAM) é a 
concentração expirada do anestésico inalatório que abole 
a resposta motora a um estímulo doloroso supra-máximo 
em 50% de uma população; 
III. Todos os agentes halogenados deprimem o fluxo 
sanguíneo hepático. Entretanto, o isofluorano e 
sevofluorano resultam em melhor preservação da 
circulação hepática que o halotano; 
IV. O coeficiente de solubilidade sangue/gás de um 
anestésico halogenado é inversamente proporcional à 
velocidade de indução da anestesia. 
Com base nas afirmativas acima, marque a opção CORRETA. 
A) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
B) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
C) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
D) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
E) Somente as afirmativas II e III são corretas. 
Dentre as características dos anestésicos gerais inalatórios 
listadas a seguir, assinale a que é relacionada à rapidez de 
indução anestésica. 
A) Coeficiente de solubilidade sangue/água. 
B) Concentração alveolar mínima. 
C) Concentração alveolar máxima. 
D) Coeficiente de solubilidade sangue/gás. 
E) Coeficiente de lipossolubilidade. 
Levando em conta a taxa de biotransformação dos 
anestésicos inalatórios listados a seguir, assinale o anestésico 
mais indicado para ser empregado em um paciente idoso 
hepatopata. 
A) Halotano. 
B) Isofluorano. 
C) Sevofluorano. 
D) Desfluorano. 
E) Enfluorano. 
Dentre os tipos de circuitos anestésicos listados a seguir, 
assinale o que permite menor poluição ambiental e maior 
economia de anestésico. 
A) Circuito semicircular. 
B) Circuito semifechado. 
C) Circuito aberto. 
D) Sistema circular valvular com absorvedor. 
E) Sistema avalvular sem absorvedor. 
No aparelho de anestesia inalatória, o componente responsável 
pela volatilização do agente anestésico é conhecido por 
vaporizador. Dentre os tipos de vaporizadores listados a seguir, 
assinale o que permite ao anestesiologista saber com maior 
segurança a concentração de anestésico fornecida ao 
paciente. 
A) Universal sem fluxômetro. 
B) Calibrado. 
C) Universal controlado por fluxômetro. 
D) Valvular. 
E) Compensado.

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