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29/04/2022 21:03 SEI/GOVBA - 00046512927 - Nota Técnica https://seibahia.ba.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=50507397&infra_… 1/4 GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde Coordenação de Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis - Diretoria de Vigilância Epidemiológica - DIVEP - SESAB/SUVISA/DIVEP/CIVEDI NOTA TÉCNICA PROCESSO: 019.5075.2022.0063348-54 ORIGEM: Diretoria de Vigilância Epidemiológica OBJETO: Nota Técnica N.º 06/2022 DIVEP/SUVISA/SESAB Interessado: Secretarias Municipais de Saúde e Núcleos Regionais de Saúde Assunto: Alerta Epidemiológico Sobre a Ocorrência de Casos Confirmados deRaiva Humana em Minas Gerais A raiva é uma zoonose viral que acomete algumas espécies de mamíferos, inclusive o homem, e se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Trata-se de um importante problema de saúde pública que merece atenção permanente dos serviços de vigilância e assistência à saúde em razão do iminente risco de transmissão em áreas com circulação do vírus rábico. Considerando a confirmação de três (03) casos de raiva humana em Minas Gerais, além de um (01) caso suspeito que permanece sob investigação, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), alerta para a necessidade da intensificação da vigilância ativa da raiva nos 417 municípios baianos, a fim de evitar a ocorrência de casos humanos no estado. Importante destacar que a Bahia vem apresentando potencial risco para a ocorrência de raiva humana, haja vista que desde 2015 observa-se considerável aumento no número de animais silvestres (raposas e morcegos), de produção (bovinos, ovinos e equinos) e domésticos (cães e gatos) positivos no estado. Além disso, em 2017, foi registrado óbito humano por raiva na zona rural do município de Paramirim, região Sudoeste do estado, 13 anos após o registro do último caso. Em 2021, na Campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos, o estado da Bahia alcançou a cobertura de 98,89% dos cães e 109,32% dos gatos, considerando a estimativa populacional. No que se refere às possíveis fontes de infecção da doença, são quatro os ciclos epidemiológicos que podem envolver o vírus rábico, a saber: Ciclo aéreo, que envolve morcegos; Ciclo rural, representado por animais de produção (bovinos, equinos, suínos, ovinos, caprinos); Ciclo urbano, relacionado aos cães e gatos; Ciclo silvestre terrestre, que engloba saguis, cachorros do mato, raposas, guaxinins, entre outros. O vírus é secretado na saliva e usualmente transmitido para as pessoas e animais pela mordida de um animal infectado e, mais raramente, pela arranhadura ou lambedura de mucosas. Também, de uma forma menos comum, pode ocorrer a transmissão da raiva quando a saliva do animal infectado entra em contato com algum ferimento exposto na pele ou nos olhos, nariz e boca da pessoa ou animal. 29/04/2022 21:03 SEI/GOVBA - 00046512927 - Nota Técnica https://seibahia.ba.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=50507397&infra_… 2/4 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o controle da raiva passa pela alta cobertura vacinal antirrábica canina e felina, durante sucessivos anos, reduzindo assim a incidência da raiva humana transmitida por cães e gatos. A raiva é uma doença de notificação compulsória e imediata, em até 24 horas, sendo necessária a investigação de todos os casos suspeitos de raiva humana e animal, a fim de identificar a fonte de infecção. As principais ações da vigilância epidemiológica da raiva incluem a busca ativa de pessoas sob exposição de risco ao vírus rábico, identificação das áreas de risco para a doença, monitoramento da raiva animal e realização de medidas de prevenção e controle. Nesse contexto, a DIVEP alerta os profissionais da Vigilância Epidemiológica e da Atenção à Saúde e recomenda as seguintes ações, conforme a situação: 1. Ocorrência de morte ou adoecimento (epizootia) de animais potencialmente transmissores da raiva (exemplos: raposas, morcegos, bovinos, equinos, primatas não humanos, cães, gatos): Notificar os casos por meio da Ficha de Notificação/Investigação de Epizootia; Seguir as orientações para cada grupo de animais (urbanos, rurais, aéreos e silvestres), de acordo com as Medidas de Prevenção e Controle da Raiva Animal; Realizar coleta de amostras dos animais e encaminhar para o LACEN, devidamente acondicionada, conforme orientação do Manual de Diagnóstico Laboratorial da Raiva; Realizar busca ativa no local de ocorrência, para detectar outros animais suspeitos, bem como pessoas contactantes desses animais. 2. Ocorrência de agressão por animais potencialmente transmissores da raiva: Notificar a agressão por meio da Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico do SINAN; Tratar o indivíduo agredido conforme orientações técnicas para Profilaxia de Exposição da Raiva Humana, conforme Nota Técnica Nº13/22 – GT RAIVA/CIVEDI/DIVEP/SUVISA/SESAB. 3. Ocorrência de animais silvestres ou de produção sintomáticos de doença nervosa: Evitar contato direto com o animal; Comunicar oficialmente à Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e à vigilância epidemiológica municipal de forma imediata; Em caso de agressão ou contato com os referidos animais sintomáticos proceder também conforme situação 2. Além das recomendações supracitadas, para todas as situações é fundamental que seja instituída uma comunicação efetiva com a população, divulgando orientações acerca da necessidade de informar sobre o aparecimento de animais suspeitos e evitar o contato direto com os mesmos, estimular a busca por atendimento em casos de agressões por animais potencialmente transmissores da raiva, com cumprimento do esquema profilático indicado, de forma oportuna, e incentivar a posse responsável de animais, com a vacinação atualizada de cães e gatos, na rotina e em campanhas. Para outros esclarecimentos e orientações, o grupo técnico de vigilância da raiva (GT Raiva/DIVEP) pode ser contatado por meio do e-mail divep.raiva@saude.ba.gov.br e/ou telefone (71) 3103-7724. Referências Bibliográficas mailto:divep.raiva@saude.ba.gov.br 29/04/2022 21:03 SEI/GOVBA - 00046512927 - Nota Técnica https://seibahia.ba.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=50507397&infra_… 3/4 1. Bahia, Secretaria de Saúde, Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde, Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Nota Técnica Nº 13/2022 - GT RAIVA/CIVEDI/DIVEP/SUVISA/SESAB. Atualização do Protocolo de Profilaxia da Raiva Humana 2. Brasil. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p.: il. 3. Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Nota Técnica Nº 8/2022- CGZV/DEIDT/SVS/MS: Informa sobre atualizações no Protocolo de Profilaxia pré, pós e reexposição da raiva humana no Brasil. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS Nº 1.061, de 18 de maio de 2020. Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Contatos Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) – Tels.: (71) 3103-7701. Coordenação de Imunizações e Vigilância Epidemiológica de Doenças Imunopreveníveis (CIVEDI) – Tel.: 71 3103-7706. Grupo Técnico da Raiva - Tel.: (71) 71 3103-7724; email: divep.raiva@saude.ba.gov.br Centro de Informações e Investigações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) – Tels.: (71) 99994-1088; 3115-4342 Expediente Marcia São Pedro Leal Souza – Diretora Divep/Suvisa/Sesab Adriana Dourado de Carvalho – Coordenadora em exercício Civedi/Divep/Suvisa/Sesab Elaboração Ramon da Costa Saavedra– Sanitarista/Civedi/Divep/Suvisa/Sesab Akemi Erdens Aoyama Chastinet – Sanitarista/Civedi/Divep/Suvisa/Sesab Daniele Ramos Andrade Costa Pinto – Enfermeira/Civedi/Divep/Suvisa/Sesab Documento assinado eletronicamente por Adriana Dourado De Carvalho, Sanitarista, em 29/04/2022, às 17:22, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 13º, Incisos I e II, do Decreto nº 15.805, de 30 de dezembro de 2014. Documento assinado eletronicamente por Marcia São Pedro Leal Souza, Diretor(a) de Vigilância Epidemiológica, em 29/04/2022, às 21:02, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 13º, Incisos I e II, do Decreto nº 15.805, de 30 de dezembro de 2014. mailto:divep.raiva@saude.ba.gov.br http://www.legislabahia.ba.gov.br/documentos/decreto-no-15805-de-30-de-dezembro-de-2014 http://www.legislabahia.ba.gov.br/documentos/decreto-no-15805-de-30-de-dezembro-de-2014 29/04/2022 21:03 SEI/GOVBA - 00046512927 - Nota Técnica https://seibahia.ba.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=50507397&infra_… 4/4 A auten�cidade deste documento pode ser conferida no site h�ps://seibahia.ba.gov.br/sei/controlador_externo.php? acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 00046512927 e o código CRC 2C803120. Referência: Processo nº 019.5075.2022.0063348-54 SEI nº 00046512927 https://seibahia.ba.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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