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Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Duque de Caxias / POLO DUQUE DE CAXIAS - RJ Acadêmico: EAD-IL80024-20214A Aluno: ANA ALICE REIS ALBUQUERQUE Avaliação: A2- Matrícula: 20211304021 Data: 25 de Novembro de 2021 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 10,00/10,00 1 Código: 30081 - Enunciado: (Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/_yjHPgrfKKtg/S40jS9cAUuI/AAAAAAAAAQ4/cS8gohZ88Dk/s1600- h/chocolate-turma-da-monica2.jpg>. Acesso em: 2 mai. 2018.)Por meio da propaganda apresentada, veiculada na década de 1990, a Nestlé procurava atingir o público infantil associando sua marca à revista em quadrinhos da Turma da Mônica, de autoria de Maurício de Sousa. Considerando-se que a ambiguidade pode ser de natureza diversa, escolha, a seguir, a alternativa que nomeia corretamente o tipo de ambiguidade presente no segmento “Você vai devorar estes quadrinhos da Turma da Mônica”, no que se refere ao emprego dos pronomes, se houver: a) A ambiguidade em questão é de natureza sintática, pois há um mau posicionamento do segmento “estes quadrinhos da Turma da Mônica”, o que reverbera em toda a estrutura oracional. b) A ambiguidade apontada se dá por referência dêitica, pois o pronome demonstrativo “estes” remete o leitor aos “quadrinhos” de chocolate e às revistas em que os tabletes eram distribuídos. c) A ambiguidade não se deve a pronomes, mas somente à polissemia da palavra “devorar”, significando “engolir algo com voracidade”, no campo de alimentação, ou “absorver com avidez um livro”. d) A ambiguidade ocorre porque o texto não-verbal não esclarece se os “quadrinhos” são de chocolate ou se são parte do livro, o que deve ser evitado para a propaganda ser eficaz e atingir o público. e) Não há elementos de referência ambíguos na junção das linguagens verbal e não-verbal, o que indica que a propaganda será eficiente justamente por se pautar pela objetividade. Alternativa marcada: b) A ambiguidade apontada se dá por referência dêitica, pois o pronome demonstrativo “estes” remete o leitor aos “quadrinhos” de chocolate e às revistas em que os tabletes eram distribuídos. Justificativa: Resposta correta:A ambiguidade apontada se dá por referência dêitica, pois o pronome demonstrativo “estes” remete o leitor aos “quadrinhos” de chocolate e às revistas em que os tabletes eram distribuídos.Correta. A ambiguidade em questão (no que se refere ao uso de pronomes) é a de referência dêitica, que remete o leitor a dois elementos diversos. Distratores:A ambiguidade em questão é de natureza sintática, pois há um mau posicionamento do segmento “estes quadrinhos da Turma da Mônica”, o que reverbera em toda a estrutura oracional. Errada. Não há uma ambiguidade de natureza sintática no segmento destacado – portanto, não há sintagmas mal posicionados.A ambiguidade não se deve a pronomes, mas somente à polissemia da palavra “devorar”, significando “engolir algo com voracidade”, no campo de alimentação, ou “absorver com avidez um livro”. Errada. A ambiguidade que a pergunta destaca é de natureza pronominal. Entretanto, há ambiguidade semântica também.A ambiguidade ocorre porque o texto não-verbal não esclarece se os “quadrinhos” são de chocolate ou se são parte do livro, o que deve ser evitado para a propaganda ser eficaz e atingir o público. Errada. O gênero anúncio publicitário faz largo uso de polissemias de natureza diversa, que reverberam no campo morfossintático e semântico.Não há elementos de referência ambíguos na junção das linguagens verbal e não-verbal, o que indica que a propaganda será eficiente justamente por se pautar pela objetividade. Errada. O gênero anúncio publicitário não se pauta pela objetividade; pelo contrário, faz largo uso de uma série de possibilidades ligadas à conotação para convencer o receptor. 1,00/ 1,00 2 Código: 29256 - Enunciado: (Disponível em: https://www.humorpolitico.com.br/tag/inferno/. Acesso em: 26 abril 2018. Adaptado). A partir da charge apresentada, avalie as afirmações a seguir.I. Na primeira fala, o valor semântico da conjunção pode provocar duas possibilidades distintas de sentido para a oração.II. Na segunda fala, sem alterar o sentido, é possível substituir a locução conjuntiva por “tampouco”.III. Na segunda fala, ao substituir a locução conjuntiva “e nem” por “mas”, o sentido da oração fica inalterado. É correto apenas o que se afirma em: a) II, apenas. b) I e III, apenas. c) I, apenas. d) I e II. e) II e III. Alternativa marcada: d) I e II. Justificativa: Resposta correta:I e II. São essas as afirmações corretas.Em I, há dois sentidos interpretativos possíveis: a conjunção 'e' com valor aditivo e a conjunção 'e' com valor adversativo. Em II, a locução conjuntiva 'e nem' pode ser substituída por 'tampouco', pois ambas têm o mesmo valor semântico: aditivo. Distrator:A opção III está incorreta, pois, ao trocar a locução conjuntiva aditiva 'e nem' por 'mas' o valor da oração se altera; no texto original o personagem mostra-se feliz por dois motivos: não ser preso e não ir para o inferno. Com a conjunção adversativa 'mas', o valor apresentado é de oposição à ideia anterior. 1,00/ 1,00 3 Código: 29804 - Enunciado: “[...] Quero estar cheia de dor mas não quero a tristeza.Por algum motivo fui parida incólume,entre escorpiões e chuva.” (PRADO, A. Códigos. In: _____. O coração disparado. São Paulo: Nova Fronteira, 1978.) Nos versos transcritos do poema Códigos, a escritora Adélia Prado opta por omissão de vírgulas nos dois versos iniciais do excerto. Com base no exemplo da escritora, assinale a afirmativa correta acerca do emprego de pontuação em língua portuguesa: a) O português considera obrigatória a omissão de vírgulas quando o emissor opta pela inversão de elementos da oração, como, nesse caso, do adjunto adverbial “por algum motivo”. b) O adjunto adverbial sem pontuação, “entre escorpiões e chuva”, segue regras da língua portuguesa; entretanto, vale dizer que, nesses casos, o uso é facultativo. c) O critério prosódico, na língua portuguesa, prevalece em relação ao critério sintático; ou seja, as escolhas de Adélia Prado são comuns e refletem a norma culta. d) O conectivo “mas”, que introduz orações coordenativas adversativas, dispensa a vírgula anteposta na maior parte dos contextos de uso, como é o caso do poema. e) A omissão das vírgulas deve ser considerada, nesse caso, como resultado da expressão literária, pois não segue as regras mais aceitas no âmbito da norma culta. Alternativa marcada: e) A omissão das vírgulas deve ser considerada, nesse caso, como resultado da expressão literária, pois não segue as regras mais aceitas no âmbito da norma culta. Justificativa: Resposta correta:A omissão das vírgulas deve ser considerada, nesse caso, como resultado da expressão literária, pois não segue as regras mais aceitas no âmbito da norma culta.Correta. O emprego da pontuação em Língua Portuguesa é considerado obrigatório no âmbito da norma culta da língua, tanto antes do conectivo “mas” como para isolar o adjunto adverbial “por algum motivo”. Distratores:O português considera obrigatória a omissão de vírgulas quando o emissor opta pela inversão de elementos da oração, como, nesse caso, do adjunto adverbial “por algum motivo”. Errada. Pelo contrário, quando há um adjunto adverbial formado por duas ou mais palavras, emprega-se a vírgula, conforme a norma culta da língua 1,00/ 1,00 portuguesa.O critério prosódico, na língua portuguesa, prevalece com relação ao critério sintático; ou seja, as opções de Adélia Prado são comuns e refletem a norma culta. Errada. Pelo contrário, o critério sintático prevalece em relação ao critério prosódico, de modo que Adélia Prado faz opções que considera importantes sob a perspectiva da expressividade.O adjunto adverbial sem pontuação, “entre escorpiões e chuva”, segue regras da língua portuguesa; entretanto, vale dizer que, nesses casos, o uso é facultativo. Errada. O adjunto adverbial longo deslocado não é facultativo; de outro modo, o empregoda vírgula é considerado obrigatório na língua portuguesa do Brasil em casos como esse.O conectivo “mas”, que introduz orações coordenativas adversativas, dispensa a vírgula anteposta na maior parte dos contextos de uso, como é o caso do poema. Errada. O conectivo “mas” pede o emprego de vírgulas anteposta, separando duas orações coordenadas, sendo a primeira classificada como assindética e a segunda sindética adversativa. 4 Código: 29869 - Enunciado: “Bismarck irritou-se com esse estilo arrogante, mas não precisava levar a situação para o lado pessoal. [...] Era intolerável, esbravejou Bismarck, que a Grã-Bretanha se arrogasse o privilégio de uma ʻDoutrina Monroe africanaʼ” (CLARK, Christopher. Os sonâmbulos. Como eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Trad. Berilo Vargas e Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. E-book). Os adjetivos “arrogante” e “intolerável” desempenham diferentes funções sintáticas no excerto acima, de autoria de Christopher Clark. Assinale a opção que identifica, de modo adequado, as funções sintáticas desempenhadas pelas palavras em destaque, na ordem em que aparecem: a) Adjunto adverbial e adjunto adnominal. b) Complemento nominal e vocativo. c) Predicativo e objeto indireto. d) Objeto direto e sujeito. e) Adjunto adnominal e predicativo. Alternativa marcada: e) Adjunto adnominal e predicativo. Justificativa: Resposta correta: Adjunto adnominal e predicativo.A palavra “arrogante” é um adjetivo e, do ponto de vista sintático, um adjunto adnominal (adjunto adnominal é o termo que modifica substantivo, conferindo-lhe atributos, características etc.); “intolerável” é um adjetivo que desempenha função de predicativo na oração em que ocorre (predicativo é termo que confere ao sujeito ou objeto uma qualidade, uma característica). Distratores:Adjunto adverbial e adjunto adnominal. Incorreta. Nos segmentos em que ocorrem, “arrogante” e “intolerável” não poderiam desempenhar a função de adjunto adverbial (adjunto adverbial é o termo que modifica verbo, adjetivo ou advérbio, indicando circunstância) e adjunto adnominal (adjunto adnominal é o termo que modifica substantivo, conferindo-lhe atributos, características etc.).Objeto direto e sujeito. Incorreta. Nos segmentos em que ocorrem, “arrogante” e “intolerável” não poderiam desempenhar a função de objeto direto (objeto direto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo direto) e sujeito (termo essencial da oração que geralmente realiza ou sofre uma ação ou um estado).Complemento nominal e vocativo. Incorreta. Nos segmentos em que ocorrem, “arrogante” e “intolerável” não poderiam desempenhar a função de complemento nominal (complemento nominal é o termo que complementa o sentido de uma palavra não verbal) e vocativo (vocativo é o termo que indica chamamento ou interpelação ao interlocutor no discurso direto).Predicativo e objeto indireto. Incorreta. Nos segmentos em que ocorrem, essas palavras são adjetivos e não poderiam desempenhar a função sintática de predicativo (predicativo é termo que confere ao sujeito ou objeto uma qualidade, uma característica) e objeto indireto (objeto indireto é o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto). 1,00/ 1,00 5 1,00/ 1,00 Código: 29805 - Enunciado: Minha mãe dizia:– Ferve, água!– Frita, ovo!– Pinga, pia!E tudo obedecia. (Fonte: LEMINSKI, P. Minha mãe dizia. In: ________. Caprichos e relaxos. São Paulo: Brasiliense, 1983.) O poema de Paulo Leminski procura recriar, pela linguagem, uma atmosfera da infância mágica. Nesse sentido, com base no emprego das vírgulas em língua portuguesa, é possível afirmar que: a) As palavras “água”, “ovo” e “pia” só podem desempenhar a função sintática de complemento verbal nas orações; portanto, as vírgulas foram empregadas para enfatizar a competência da mãe na privacidade. b) As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de vocativo nas sentenças, o que se coaduna com o mergulho no universo mágico da infância por meio da linguagem poética. c) As vírgulas, na segunda estrofe, foram empregadas incorretamente; ou seja, houve um descuido com relação à norma culta, sendo importante corrigi-las em outras edições do texto poético no futuro. d) As vírgulas foram empregadas porque, em uma situação comunicativa, haveria pausa nessas posições, o que corrobora a constatação de que o critério prosódico prevalece no emprego de pontuação no português. e) As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de sujeito nas sentenças; portanto, trata-se de sujeitos invertidos, típicos de orações em ordem inversa na língua portuguesa do Brasil. Alternativa marcada: b) As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de vocativo nas sentenças, o que se coaduna com o mergulho no universo mágico da infância por meio da linguagem poética. Justificativa: Resposta correta:As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de vocativo nas sentenças, o que se coaduna com o mergulho no universo mágico da infância por meio da linguagem poética.Correta. O eu poemático narra os poderes da mãe, como se ela pudesse ordenar – por meio de vocativos, isolados por vírgula e sinal de exclamação – que “água”, “ovo” e “pia” pudessem se comportar como agentes das ações expressas pelos verbos “ferver”, “fritar” e “pingar”. Tal leitura é explicitamente literária. Distratores:As vírgulas, na segunda estrofe, foram empregadas incorretamente; ou seja, houve um descuido com relação à norma culta, sendo importante corrigi-las em outras edições do texto poético no futuro. Errada. Como estamos no âmbito do gênero poético, não se fala em “adequado” ou “inadequado”, muito menos em “erro” e “acerto” – que devem ser evitados em ensino de gramática. Aqui, o emprego das vírgulas depende de opções de natureza literária e reforçam um sentido metafórico.As palavras “água”, “ovo” e “pia” desempenhariam a função sintática de sujeito nas sentenças; portanto, trata-se de sujeitos invertidos, típicos de orações em ordem inversa na língua portuguesa do Brasil. Errada. Os exemplos dados não fazem parte de orações em ordem inversa. Pelo contrário, os termos parecem isolados por sinais de pontuação, o que permite inferir que são vocativos. Os vocativos nomeiam palavras que apontam para os agentes das ações expressas pelos verbos, mas não funcionam como sujeito.As vírgulas foram empregadas porque, em uma situação comunicativa, haveria pausa nessas posições, o que corrobora a constatação de que o critério prosódico prevalece no emprego de pontuação no português. Errada. O critério sintático prevalece no sistema de pontuação adotado por convenção no Brasil. Mesmo havendo pausas, elas encaminhariam a leitura de vocativo. Assim, as vírgulas, nos casos descritos, reforçam a ideia de leitura de tais segmentos como vocativos, conforme critério sintático.As palavras “água”, “ovo” e “pia” só podem desempenhar a função sintática de complemento verbal nas orações; portanto, as vírgulas foram empregadas para enfatizar a competência da mãe na privacidade. Errada. A afirmação leva a compreender que há o emprego dos complementos verbais objeto direto ou objeto indireto, o que seria o caso se, de fato, não houvesse vírgulas, nem travessões, nem ponto de exclamação, possibilitando, então, reconhecer-se a presença de complementos verbais. 6 Código: 29254 - Enunciado: O ensino de língua portuguesa deve centrar-se em sua valorização social, nas reflexões sobre atividades destinadas à aprendizagem e na busca de alternativas metodológicas. Esperamos que o professor, como agente desse processo, conduza o aluno no caminho da realização pessoal. Afinal, quem não quer ter o domínio da fala e da escrita, em qualquer situação de comunicação? É preciso que o professor também avalie seus conceitos e métodos pedagógicos. Um dos fatores de desestímulo na sala de aula parte da seleção de textos. Ainda hoje, alguns professores têm dúvidas se devem ou não adotar os textos literários em suas aulas de línguaportuguesa. O medo da leitura dos clássicos se reflete na postura de uma parcela dos alunos, que demonstram aversão à prosa literária ou à poesia. Uma barreira se impõe, impedindo oportunidades de aprendizagem linguística contextualizada com a história e a cultura popular. [...] Cabe ao professor planejar e coordenar atividades de ensino que permitam a produção de discursos, a determinação dos gêneros e as formas dos textos, bem como suas análises. Se é possível entendermos cada gênero com suas peculiaridades, ambientado num inter-relacionamento de grupos sociais, o ensino de língua portuguesa, assim, configurar-se-á em instrumento de socialização, permitindo ao usuário a possibilidade de participação e interação em qualquer atividade comunicativa. (COELHO, F. A. As perspectivas dos PCNs para o ensino reflexivo da língua e da produção de textos. In: COELHO, F. A; PALOMARES, R. Ensino de produção textual. São Paulo: Contexto, 2016. Adaptado.) A partir das informações do texto, conclui-se que: a) Em virtude do pouco aproveitamento dos textos literários para o ensino, o professor deverá enfatizar textos curtos, de fácil compreensão. b) O professor de língua portuguesa deve desenvolver competências e habilidades dos alunos, enfatizando a produção de gêneros textuais orais. c) Nas aulas de língua portuguesa, o professor deverá privilegiar o ensino da norma padrão, escolhendo textos essencialmente literários para as atividades de interpretação. d) Para contextualizar o ensino de língua portuguesa, importa a análise dos gêneros textuais pautada na estruturação coesiva do texto e dos elementos gramaticais. e) O professor deve explorar fundamentalmente a análise e a interpretação de textos de modo a desenvolver a produção e a compreensão do aluno nas diferentes situações comunicativas. Alternativa marcada: e) O professor deve explorar fundamentalmente a análise e a interpretação de textos de modo a desenvolver a produção e a compreensão do aluno nas diferentes situações comunicativas. Justificativa: Resposta correta:O professor deve explorar fundamentalmente a análise e a interpretação de textos de modo a desenvolver a produção e a compreensão do aluno nas diferentes situações comunicativas.Essa afirmação está correta, pois reflete o propósito do autor do texto. A partir da leitura atenta do texto de apoio, nota-se que há referência ao ensino adequado a situações comunicativas com as quais o aluno poderá se deparar. Distratores:Nas aulas de língua portuguesa, o professor deverá privilegiar o ensino da norma padrão, escolhendo para as atividades de interpretação textos essencialmente literários.No texto de apoio não há essa afirmação. Segundo o autor, a escolha do texto é uma tarefa complexa para professores. Tal escolha, no entanto, deve ser planejada com o objetivo de desenvolver nos alunos as competências de produção e reconhecimento de textos .Para contextualizar o ensino de língua portuguesa, importa a análise dos gêneros textuais pautada na estruturação coesiva do texto.No texto de apoio, o autor faz referência aos gêneros textuais. Não há, entretanto, menção a um direcionamento único para a estruturação coesiva do texto; ou seja, a análise dos gêneros textuais deve ser mais ampla e abrangente em sala de aula.O professor de língua portuguesa deve desenvolver competências e habilidades dos alunos, enfatizando a produção de gêneros textuais orais.O autor do texto faz alusão ao desenvolvimento da fala e da escrita com o objetivo de ampliar a atividade comunicativa do aluno. Não há ênfase na aprendizagem dos gêneros textuais orais.Em virtude do pouco aproveitamento dos textos literários para o ensino, o professor deverá enfatizar textos curtos, de fácil compreensão.Não é possível extrair essa ideia do texto em análise. O autor não afirma que o texto literário tem baixo aproveitamento em sala de aula, tampouco afirma que os textos devem ser curtos. O autor salienta a importância de se 1,00/ 1,00 repensar os métodos de abordagem textual, independentemente da seleção realizada pelo professor (texto literário ou não literário). 7 Código: 30034 - Enunciado: Soneto de contrição, de Vinicius de Moraes Eu te amo, Maria, te amo tantoQue o meu peito me dói como em doençaE quanto mais me seja a dor intensaMais cresce na minha alma teu encanto. Como a criança que vagueia o cantoAnte o mistério da amplidão suspensaMeu coração é um vago de acalantoBerçando versos de saudade imensa. Não é maior o coração que a almaNem melhor a presença que a saudadeSó te amar é divino, e sentir calma... E é uma calma tão feita de humildadeQue tão mais te soubesse pertencidaMenos seria eterno em tua vida. Rio, 1938. (Fonte: MORAES, Vinicius. Livro de Soneto. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. Formato Kindle.) O poema Soneto de contrição, de Vinicius de Moraes, é exemplo de como as funções da linguagem, segundo terminologia sedimentada pelo trabalho de Roman Jakobson (Linguística e Poética, In: JAKOBSON, Roman. Linguística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1991), podem aparecer simultaneamente. Explique por que, nesse soneto, é possível reconhecer cada uma das seguintes funções da linguagem, de acordo com suas características linguísticas: a) Função emotiva.b) Função conativa ou apelativa.c) Função poética. Resposta: Percebe-se a função emotiva por ser um texto em que o emissor (eu lírico) manifesta seus sentimentos utilizando a 1ª pessoa do singular. A função conativa ou apelativa aparece ao observarmos o eu lírico se direcionando a sua amada, Maria, mencionando seu nome e utilizando a 2ª pessoa do singular para expressar o que sente por ela. Já a função poética se dá pela forma com que o texto se apresenta, estrutura da obra, linguagem bem elaborada e uso de figuras de linguagem. Justificativa: Expectativa de resposta:a) Função emotiva: ênfase no emissor, como observamos a partir da escolha de pronomes e verbos na primeira pessoa do singular, com menção a sentimentos do sujeito da expressão. b) Função conativa ou apelativa: destaque inconteste do receptor da mensagem, que aparece, logo no primeiro verso, por meio do vocativo “Maria” e por pronomes na segunda pessoa do singular.c) Função poética: o poema é cuidadosamente arquitetado, a partir de exímia seleção lexical, empreendida por um dos grandes autores brasileiros do século XX. 1,50/ 1,50 8 Código: 29329 - Enunciado: Texto 1 "Os PCN de Língua Portuguesa de ensino médio afirmam, sem maiores detalhes, que toda análise gramatical deve considerar o texto como base. Já os de ensino fundamental, de forma mais detalhada, preconizam um ensino de língua portuguesa pautado no uso (prática de escuta e de leitura de textos e prática de produção de textos orais e escritos) e na reflexão sobre a língua e a linguagem (prática da análise linguística). Com relação a esta, sugerem o trabalho com os seguintes aspectos linguísticos no 3º e 4º ciclos: variação linguística (modalidades, variedades, registros), organização estrutural dos enunciados, léxico e redes semânticas, processos de construção de significação, modos de organização dos discursos. Ainda segundo o mesmo documento, com a prática de análise linguística, espera-se que os alunos construam um conjunto de conhecimentos sobre o sistema linguístico relevantes para as práticas de escuta, leitura e produção de textos, apropriem-se de instrumentos procedimentais e conceituais necessários para a análise/reflexão linguística e reconheçam as especificidades das variedades do português." (SANTOS, L.W; RICHE. C.R.; TEIXEIRA, C.S. Análise e produção de textos. São Paulo: Contexto, 2015.) Texto 2 "Toda língua natural (aquela que uma criança geralmente aprende no convívio familiar) apresenta variações, ou seja, uma diversidade de usos a que correspondem uma diversidade de modos de expressão e características gramaticais e de vocabulário: há diferença e oscilação de usos na pronúncia, no gênero dos nomes, na expressão da intensidade, nas construções etc. Diferenças como estas são normais em qualquer língua natural.A primeira lição que devemos extrair desse fato é que, se essas diferenças existem, é porque são funcionais, servem não só como meio de entendimento entre seus usuários, mas ainda como manifestação da identidade cultural e social. Compreender a diferença, ser capaz de 2,50/ 2,50 analisá-la e saber lidar com ela nas relações interpessoais é um grande passo para uma bem- sucedida política de ensino da leitura e da produção escrita na língua materna." (AZEREDO, J. C. Ensino de Português: fundamentos, percursos, objetos. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.) Considerando os textos 1 e 2, redija um texto dissertativo-argumentativo que aborde os seguintes aspectos: a) Diferenças entre ensino de gramática e análise linguística.b) O sentido social e cultural da língua. Resposta: O ensino de gramática é voltado predominantemente para o modo com que se aplicam as regras gerais da língua, sendo uma forma de organizar principalmente a escrita e, muitas vezes, excluindo diferentes contextos de uso, que são abarcados pela análise linguística. O foco da análise linguística se diferencia do ensino da gramática de modo que a linguística evidencia a existência da comunicação pelo uso da língua, independente de seguir minuciosamente a norma culta, que é a variedade preconizada pela gramática tradicional. A língua possui uma série de variações que devem ser respeitadas e mencionadas durante o ensino da Língua Portuguesa, visto que, por toda a extensão do país, existem diversas alterações na forma de se comunicar, que ocorrem devido a fatores como idade, classe social, gênero, região, etc. Todos esses fatores contribuem para uma riqueza cultural do idioma, que por muitas vezes acaba fugindo do padrão, mas que faz parte de sua existência viva. Justificativa: Expectativa de resposta:Na elaboração do texto dissertativo-argumentativo, será preciso levar em conta os aspectos sugeridos: a) diferenças entre ensino de gramática e análise linguística; b) o sentido social e cultural da língua.Um ensino voltado estritamente para a aprendizagem de gramática pode ser bastante limitador na formação do aluno. Com o objetivo de desenvolver as competências do discente, sobretudo a fala e a escrita, é preciso pensar a língua como uma atividade interativa, que ocorre entre sujeitos interagentes e, por isso, está sujeita a variações. Uma aula baseada na análise linguística deverá levar em conta a relação íntima entre as aulas de gramática, produção textual e leitura. À vista disso, é fundamental que o professor priorize os efeitos de sentido produzidos por enunciados e textos, em vez de priorizar formas prescritas pela norma padrão da língua, como ocorre em uma aula centrada no ensino de gramática. Nessa seara, cabe ao professor dar preferência ao texto, privilegiando o trabalho com os gêneros textuais. Tal trabalho não deverá abolir as atividades orientadas para o ensino dos itens gramaticais, ao contrário, será preciso integrar texto e gramática, com o objetivo de mostrar que as escolhas linguísticas estão a serviço dos interlocutores. A utilização dos recursos de natureza linguística e gramatical é de suma importância para a elaboração de textos/discursos não só coesos e coerentes, mas, sobretudo, para a construção de textos críticos com potencial argumentativo. Nesse sentido, é fundamental levar em conta que a língua é um meio coletivo de expressão e tem uma função primordial: proporcionar comunicação/interlocução social entre os pares de uma comunidade. É natural, portanto, que os usuários da língua deixem timbradas suas marcas identitárias, já que a atividade verbal supõe interação, ou seja, requer um interlocutor, uma ação conjunta, de entendimento recíproco. Surgem desses contextos de contato social as variações linguísticas, as quais devem ser consideradas pelos docentes e discentes, pois resultam das interações verbais — reais — de uma língua viva. Cientes dessas variações e suas motivações, os alunos poderão ampliar a consciência linguística, reduzindo, assim, o preconceito linguístico.
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