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Parede Torácica e Mediastino - Anatomia - Super Material - SanarFlix

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Parede torácica ........................................................... 4
3. Mediastino ..................................................................29
Referências Bibliográficas ........................................36
3PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
1. INTRODUÇÃO
O tórax, ou parede torácica, é a parte 
do tronco situada entre o pescoço e 
o abdome, que contém os principais 
órgãos dos sistemas respiratório e 
circulatório. É uma das regiões mais 
dinâmicas do corpo, que altera seu 
volume a cada movimento respira-
tório, aumentando durante a inspira-
ção e diminuindo na expiração, de-
vido à contração e relaxamento dos 
músculos torácicos, abdominais e o 
diafragma.
O tórax é dividido em mediastino, que 
é a cavidade central que abriga as vís-
ceras torácicas (exceto os pulmões), e 
nas cavidades pulmonares direita e 
esquerda (de cada lado do mediasti-
no). A maior parte da cavidade torá-
cica é ocupada pelos pulmões, sendo 
o restante ocupado pelo coração, va-
sos e outras estruturas responsáveis 
pela condução do ar e do sangue que 
entram e saem através dos pulmões 
(traqueia e brônquios).
Figura 1: Parede torácica. Fonte: https://www.anatomiaonline.com/wp-content/uploads/2018/03/torax.jpg
4PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
-As mamas também estão localiza-
das na parede torácica, apesar de fa-
zerem parte do sistema reprodutor. O 
termo peito normalmente se refere à 
parte superior do tronco, mais larga 
na parte superior por conta do cíngulo 
do membro superior/musculatura pei-
toral e escapular. As mamas ocupam 
a maior parte do peito das mulheres.
A parede torácica é formada pela cai-
xa torácica (esqueleto torácico), mús-
culos que se estendem até as cos-
telas, pele e músculos da superfície 
anterolateral, que na parte posterior 
são estruturas englobadas como per-
tencentes ao dorso.
2. PAREDE TORÁCICA
Esqueleto Torácico
O esqueleto torácico forma a caixa to-
rácica, que protege as vísceras toráci-
cas e alguns órgãos abdominais, re-
siste às pressões internas negativas 
geradas pela retração elástica dos 
pulmões e pelos movimentos inspi-
ratórios, além de proporcionar sus-
tentação de peso e fixação para os 
membros superiores e músculos do 
abdome, pescoço, dorso e músculos 
da respiração. 
Apesar da rigidez, o esqueleto torá-
cico também dispõe de certa flexibi-
lidade proporcionada por suas articu-
lações e pequena espessura, o que 
evita fraturas em casos de choques 
e compressões externas, bem como 
permite que a caixa mude de formato 
o a respiração.
A caixa torácica é composta por 12 
pares de costelas e cartilagens cos-
tais, 12 vértebras torácicas (e seus 
discos intervertebrais) e o esterno.
Costelas, cartilagens e espaços 
intercostais 
As costelas são ossos planos e cur-
vos, que formam a maior parte do 
esqueleto torácico. Existem três tipos 
de costelas, que podem ser classifi-
cadas em típicas e atípicas. As coste-
las verdadeiras, também chamadas 
de vertebrocostais, compreendem 
as costelas de 1 a 7 e são fixadas no 
esterno diretamente por suas cartila-
gens costais. 
As costelas falsas são a 8ª, 9ª e geral-
mente a 10ª costelas, também cha-
madas de vertebrocondrais, têm suas 
cartilagens unidas à cartilagem das 
costelas acima, ligando-se indireta-
mente ao esterno. 
As costelas flutuantes correspondem 
à 11ª, 12ª e, em alguns casos, a 10ª 
costela não têm conexão com o es-
terno, terminando na musculatura ab-
dominal posterior, sendo chamadas 
de costelas livres ou vertebrais. 
5PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
As costelas típicas são constituídas 
pelas 3ª a 9ª costelas e são assim de-
nominadas por possuírem:
• Cabeça da costela: formato cunei-
forme, com duas faces articulares, 
que se articulam uma com a vér-
tebra horizontal (de mesmo núme-
ro) e a outra com a vértebra acima 
dela. Essas faces são separadas 
pela crista da cabeça da costela.
• Colo da costela: porção que une a 
cabeça da costela ao corpo no ní-
vel do tubérculo
• Tubérculo da costela: fica na jun-
ção do colo e do corpo, com uma 
face articular, que se liga ao proces-
so transverso da vértebra corres-
pondente, e uma face não articular 
que serve como local de fixação do 
ligamento costotransversário
• Corpo da costela (diáfise): é fino, 
plano e curvo, com curvatura mais 
acentuada no ângulo da costela, o 
qual demarca o limite lateral de fi-
xação nas costelas dos músculos 
profundos do dorso. Na parte in-
terno, há ainda o sulco da costela, 
que serve de proteção para nervos 
e vasos intercostais.
Figura 3: Esqueleto torácico – Vista poste-
rior. Fonte:https://lh3.googleusercontent.com/
proxy/GQow9bJZEGxhwRo5xDfn-nxQGE-
txH1OwM5OYJeQlzC7dXqHQy0-_8HGuXg-
fyoeHixj2hh7UAfczdSmos-Zp_37pN
Figura 2: Esqueleto torácico – Vista anterior. Fonte:https://i.
pinimg.com/originals/85/ff/f3/85fff3ad5341d499fa74f065f-
748d6e9.png
6PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Figura 4: Costela típica. Fonte: https://cienciasdeenfermagem.files.wordpress.com/2010/01/costela.jpg
Figura 5: Inserção das costelas nas vértebras torácicas e ligamentos costotransversários. Fonte: https://www.auladea-
natomia.com/artrologia/coluna11.jpg?x11964
7PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
As costelas atípicas são as 1ª, 2ª, 10ª, 
11ª e 12ª costelas e são chamadas 
assim pois possuem características 
específicas:
• 1ª costela: mais larga, com cor-
po quase horizontal, mais curta e 
mais curva das 7 costelas verda-
deiras. Como apenas se articula 
com a vértebra T1, possui apenas 
uma face articular em sua cabeça, 
e dois sulcos transversais para os 
vasos subclávios. Entre esses sul-
cos, há o tubérculo do músculo 
escaleno anterior, fixação para o 
músculo de mesmo nome.
• 2ª costela: possui corpo mais fino, 
menos curvo e mais longo que a 1ª 
costela. Sua cabeça possui duas 
faces articulares (para T1 e T2), 
e possui a tuberosidade do mús-
culo serrátil anterior, região ru-
gosa onde se insere parte desse 
músculo.
• 10ª a 12ª costela: possuem ape-
nas uma face articular, que se ar-
ticula com uma única vértebra, e 
com exceção da 10ª, são curtas e 
não possuem colo nem tubérculo.
As cartilagens costais prolongam 
as costelas anteriormente (em dire-
ção ao esterno) e contribuem para a 
elasticidade da parede torácica. Elas 
aumentam de comprimento da 1ª à 
7ª, e depois diminui gradualmente. 
Além disso, as 7 primeiras costelas 
possuem fixação direta e indepen-
dente ao esterno, enquanto da 8ª à 
10ª se articulam com as cartilagens 
costais superiores a elas, formando 
uma margem costal. A 11ª e a 12ª 
cartilagens costais protegem as ex-
tremidades anteriores dessas cos-
telas e não se fixam a nenhum osso 
ou cartilagem. E as cartilagens da 1ª 
à 10ª costelas fixam a parte anterior 
das costelas ao esterno, o que limita 
seu movimento, diferente da parte 
posterior, que é capaz de girar ao re-
dor do eixo transversal da costela.
Separando as costelas e as cartila-
gens costais, há os espaços intercos-
tais, que são nomeados de acordo 
com a costela de sua margem supe-
rior. Existem 11 espaços intercostais 
e 11 músculos intercostais, assim, 
essas regiões abrigam músculos e 
membranas intercostais, e dois con-
juntos (principal e colateral) de va-
sos sanguíneos e nervos intercostais, 
identificados pelo mesmo número 
atribuído ao espaço. Esses espaços 
intercostais se alargam mais durante 
a inspiração, e podem ser mais alar-
gados por extensão e/ou flexão lateral 
da coluna torácica para o lado oposto.
Abaixo da 12ª costela, não há mais 
costelas, e assim esse espaço é cha-
mado de subcostal, sendo o ramo an-
terior do nervo espinal T12 o nervo 
subcostal.
8PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
RELEMBRANDO! As costelas são cha-
madas de verdadeiras, falsas ou flutuan-
tes de acordo com a forma que se ligam 
ou não ao esterno. Assim, as costelas 
verdadeiras se unem diretamente ao es-
terno com suas cartilagens costais, as 
costelas falsas são unidas indiretamen-
te ao esterno ao se ligarem, por suas 
cartilagens,às cartilagens das costelas 
acima delas, e as costelas falsas não se 
unem ao esterno. Já a diferenciação en-
tre costelas típicas e atípicas está rela-
cionado aos componentes anatômicos 
dessas costelas (corpo, colo, etc).
11ª, 12ª e 10ª* 
costelas
Cabeça 
Colo 
Tubérculo 
Corpo 
(ângulo e sulco)
10ª - 12ª costelas: 
apenas 1 face articular
2ª costela: 
tuberosidade do m. 
serrátil anterior
1ª costela: tubérculo do 
m. escaleno anterior
8ª, 9ª e 10ª* 
costelas
1ª - 7ª costelas Costelas verdadeiras
Costelas típicas 
(3ª - 9ª costelas)
Costelas falsas
Costelas 
atípicas
Costelas 
 flutuantes
COSTELAS
*10ª costela, em alguns indivíduos 
é falsa e em outros é flutuante.
9PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Vértebras torácicas
As vértebras torácicas compreendem 
as vértebras de T1 a T12, que podem 
ser agrupadas em vértebras típicas 
e atípicas. A maioria das vértebras é 
típica (T2-T9), ou seja, possuem cor-
po vertebral, arcos vertebrais e sete 
processos que servem para conexão 
com músculos e articulações. As ca-
racterísticas das vértebras torácicas 
típicas são:
• Fóveas costais bilaterais (hemifó-
veas) nos corpos vertebrais, nor-
malmente em pares, um inferior e 
outro superior, as quais se articulam 
com a cabeça das costelas. Essas 
fóveas ficam nas laterais dos dis-
cos intervertebrais (IV) interpostos. 
Duas hemifóveas, uma hemifóvea 
inferior na vértebra superior e uma 
hemifóvea superior na fóvea infe-
rior, se unem à margem posterola-
teral do disco IV entre duas vérte-
bras formando uma cavidade que 
se articula com a cabeça da costela 
de mesmo número (Ex: cabeça da 
5ª costela com a fóvea costal supe-
rior da vértebra T5).
• Fóveas costais dos processos 
transversos, que se articulam com 
os tubérculos das costelas (exce-
to em 2 ou 3 vértebras torácicas 
inferiores);
• Processos espinhosos longos, com 
inclinação inferior, que normal-
mente sobrepõem as vértebras 
inferiores adjacentes, cobrindo os 
intervalos entre as lâminas. Isso 
protege o canal vertebral e medu-
la espinhal da entrada de objetos 
cortantes.
As faces articulares superiores das 
vértebras torácicas típicas dos pro-
cessos articulares superiores são vol-
tadas no sentido posterolateral, en-
quanto as faces articulares inferiores 
dos processos articulares inferiores 
têm sentido anteromedial. Os planos 
articulares bilaterais entre as faces ar-
ticulares de vértebras torácicas adja-
centes formam um arco com um eixo 
de rotação no corpo vertebral como 
centro, o que permite a realização de 
movimentos rotatórios que são limi-
tados pela caixa torácica.
10PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Figura 6: Vértebra torácica típica. Fonte: https://www.auladeanatomia.com/osteologia/toracica6l.jpg?x11964
Já as vértebras torácicas atípicas, que 
são T1, T10, T11 e T12, possuem fó-
veas costais inteiras no lugar de he-
mifóveas e algumas apresentam ca-
racterísticas específicas:
• T1: não possui hemifóveas su-
periores pois a vértebra C7 não 
possui hemifóveas para articular. 
Assim, T1 tem uma hemifóvea 
costal inferior típica e a 1ª costela 
articula-se apenas com T1 (e não 
T1 e C7).
• T10: tem apenas um par bilateral 
de fóveas costais interiras que fi-
cam em parte no corpo e em parte 
no pedículo.
• T11 e T12: têm apenas um par 
de hemifóveas costais em seus 
pedículos.
11PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Figura 5: Vértebra T12. Fonte:https://www.anatomia-papel-e-caneta.com/wp-content/uploads/2019/06/Coluna-
-16-1024x666.jpg
T1: apenas uma fóvea 
costal inferior típica
Fóveas costais dos 
processos transversos
T10: apenas um par bilateral 
de fóveas costais e no corpo 
e pedículo 
Fóveas costais bilaterais 
(hemifóveas superiores 
e inferiores) nos corpos 
vertebrais 
T11 e T12: apenas um 
par de fóveas costas nos 
pedículos
Processos espinhosos 
longos
 Atípicas 
(T1 e T10-T12)
Típicas* 
(T2 – T9)
VÉRTEBRAS 
TORÁCICAS
*vértebras típicas possuem corpo vertebral, 
arcos vertebrais e sete processos
12PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Esterno 
O esterno é um osso plano e alon-
gado, situado na parte anterior e in-
termediária da caixa torácica, fican-
do sobre as vísceras do mediastino, 
como o coração, as protegendo. Este 
osso possui três partes - manúbrio, 
corpo e processo xifoide - que são 
unidas por sincondroses, articula-
ções cartilagíneas que ossificam na 
meia-idade.
O manúbrio é a parte mais espessa do 
esterno, cujo centro côncavo, chama-
do de incisura jugular (supraesternal) 
pode ser facilmente palpada. A inci-
sura se aprofunda nas extremidades 
esternais (mediais) da clavícula e for-
mam as articulações esternoclavicu-
lares. O manúbrio se articula também 
com a 1ª costela (sincondrose da pri-
meira costela) e com o corpo do es-
terno, com o qual forma o ângulo do 
esterno (sínfise manubrioesternal).
O corpo do esterno é longo, estreito 
e mais fino que o manúbrio, situado 
na altura das vértebras. Sua largu-
ra varia de acordo com as incisuras 
costais, onde as costelas se articulam 
com o esterno. Em pessoas jovens, o 
corpo do esterno possui quatro ester-
nebras, que são estruturas primárias 
do esterno, que se articulam entre si 
por articulações cartilagíneas primá-
rias (sincondroses esternais) e co-
meçam a fundir entre a puberdade e 
os 25 anos de idade. Em adultos, a 
superfície anterior possui três cristas 
transversais variáveis, que são as li-
nhas de fusão das esternebras.
O processo xifoide é a menor parte do 
esterno, localizado na fossa epigástri-
ca (nível de T10), indicando o limite 
inferior da parte central da cavidade 
torácica (sínfise xifoesternal), além 
de servir de referência para o limite 
superior do fígado, centro tendíneo 
do diafragma e margem inferior do 
coração. O processo xifoide pode ser 
pontiagudo, rombo, bífido, curvo ou 
defletido para um dos lados. É cartila-
ginoso em jovens e ossifica por volta 
dos 40 anos, sendo que em pesso-
as idosas pode se fundir ao corpo do 
esterno na sínfise xifoesternal, onde 
forma o ângulo infraesternal da aber-
tura inferior do tórax.
Figura 6: Esterno – Vista anterior. Fonte: https://www.
anatomiadocorpo.com/wp-content/uploads/2016/06/
osso-Esterno.png
13PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
SAIBA MAIS! A parede torácica possui 
dois grupos de articulações: articulações 
costovertebrais e articulações esterno-
costais. As articulações costovertebrais 
são formadas pela junção das costelas 
com a coluna vertebral, sendo divididas 
em articulações das cabeças das coste-
las e articulações costotransversárias. 
Já as articulações esternocostais são 
aquelas formadas pela união entre as 
cartilagens costais e o esterno. Vale res-
saltar que problemas de mobilidade em 
todas as articulações aqui mencionadas 
podem comprometer os movimentos 
respiratórios.
Sínfise xifosternal 
(ângulo infraesternal)
Incisura jugular (incisura 
supraesternal)
Pontiagudo/rombo/ 
bífido/curvoIncisuras claviculares 
(articulações 
esternoclaviculares)
Limite inferior do centro do 
tórax e limite superior do 
fígado, diafragma e borda 
inferior do coraçãoSínfise manubrioesternal (ângulo do esterno)
Manúbrio Corpo Processo xifoide
Incisuras costais
Cristas transversais
Esternebras 
(sincondroses esternais)
Sincondrose da 
 1ª costela 
ESTERNO 
14PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
2.2 Músculos Torácicos
Os verdadeiros músculos da parede 
torácica são o m. serrátil posterior, m. 
levantadores das costelas, m. sub-
costais e m. transverso do tórax. No 
entanto, alguns músculos do abdo-
me (anterolaterais – m. oblíquo ex-
terno e m. reto do abdome), dorso e 
Figura 7: Músculos torácicos – Vista anterior. Fonte:https://encryptedtbn0.gstatic.com/
images?q=tbn:ANd9GcRTABe9IWXbGiqoDSZoJIcIMZ_ukELPPSpjN4pcPS6aRJodTbD0MA&s
pescoço (m. escalenos) inserem-se 
na caixa torácica, que são os múscu-
los toracoapendiculares, os quais se 
estendem até os membros superio-
res. Além disso, o tórax também con-
ta com os músculos intercostais, os 
quais também participam dos movi-
mentos respiratórios.
Os músculos toracoapendicularesque cobrem a caixa torácica formam 
o leito da mama, ficando situados 
na parede torácica e por isso podem 
ser considerados dessa parte, mas 
funcionalmente são músculos dos 
membros superiores, recebendo a 
inervação correspondente a esses 
membros. As glândulas mamárias 
ficam apoiadas no músculo peitoral 
maior, na parede anterior do tórax. 
Os músculos toracoapendiculares in-
cluem os músculos peitorais maior 
e menor, m. serrátil anterior, m. tra-
pézio, m. latíssimo do dorso, entre 
outros, e alguns deles, como os mús-
culos peitoral maior e menor e a par-
te inferior do serrátil anterior atuam 
como músculos acessórios da respi-
ração, ajudando a elevar as costelas 
para expandir a caixa torácica na ins-
piração forçada. 
15PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
O músculo serrátil posterior, que se 
divide didaticamente em serrátil pos-
terior superior e inferior, é descrito 
como músculo inspiratório, no en-
tanto, estudos recentes indicam que 
a função principal desses músculos 
pode não ser motora, mas sim pro-
prioceptiva, sendo apontados como 
causadores de dor crônica nas sín-
dromes de dor miofascial, principal-
mente o serrátil posterior superior. 
SE LIGA! Propriocepção é a capacidade 
de reconhecer a localização espacial do 
corpo e a posição de cada parte do cor-
po em relação às demais.
Os músculos levantadores das cos-
telas são 12 músculos em forma-
to de leque que elevam as costelas, 
mas que parece ter pouca contribui-
ção na inspiração normal, acreditan-
do-se que seu papel seja relaciona-
do ao movimento vertebral e/ou na 
propriocepção.
Os músculos subcostais apresentam 
formas e tamanho variáveis, sendo 
normalmente mais desenvolvidos 
na parede inferior do tórax. Esses 
músculos se estendem da superfí-
cie interna do ângulo da costela até a 
superfície interna da segunda ou ter-
ceira costela inferior a ela. Assim, os 
músculos intercostais cruzam um ou 
dois espaços intercostais e se unem 
aos músculos intercostais internos, 
seguindo a mesma direção que eles.
Os músculos transversos do tórax 
possuem quatro ou cinco alças em 
sentido súperolateral, saindo da par-
te inferior do esterno. A parte inferior 
desses músculos é contínua com os 
músculos transversos do abdome, e 
parecem ter uma função expiratória 
fraca, além de fornecer informações 
proprioceptivas. 
16PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Figura 8: Músculos torácicos – Vista posterior. Fonte: https://anatomiaonline.com/wp-content/uploads/2015/09/5.
4-Tronco2.jpg
Sobre os músculos intercostais, como 
já mencionado, ocupam os espaços 
intercostais, sendo divididos em in-
tercostais externos, que cobrem a 
superfície, intercostais internos, que 
revestem a camada interna, e inter-
costais íntimos, que são fibras mais 
profundas dos intercostais internos.
• M. intercostais externos (11 pa-
res): seguem inferoanteriormente 
da costela acima à costela abaixo, 
são contínuos com os músculos 
oblíquos externos do abdome e 
são mais ativos na inspiração.
• M. intercostais internos (11 pa-
res): são perpendiculares aos in-
tercostais externos, com fibras se-
guindo em direção inferoposterior, 
dos sulcos costais até as margens 
superiores das costelas interiores 
a eles. Na parte posterior entre 
as costelas, esses músculos são 
substituídos pelas membranas in-
tercostais internas. Os músculos 
17PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
intercostais internos inferiores são 
contínuos com os músculos oblí-
quos internos do abdome. Esses 
músculos são mais fracos que os 
intercostais externos e são mais 
ativos durante a expiração. 
• M. intercostais íntimos: são se-
parados dos intercostais internos 
pelos nervos e vasos intercostais, 
passando entre as superfícies in-
ternas de costelas adjacentes. 
Acredita-se que a função desses 
músculos é a mesma dos intercos-
tais internos.
Embora os músculos intercostais ex-
ternos e internos sejam ativos du-
rante a inspiração e expiração, res-
pectivamente, a maior parte de sua 
atividade é isométrica, aumentando o 
tônus sem gerar movimento. O papel 
desses músculos na movimentação 
das costelas parece estar relaciona-
do principalmente à respiração for-
çada, sendo que sua principal função 
na respiração é dar sustentação ao 
espaço intercostal (aumentando seu 
tônus ou sua rigidez), resistindo ao 
movimento paradoxal, sobretudo du-
rante a inspiração, quando as pres-
sões torácicas internas são mínimas 
(mais negativas – Ver boxe sobre mo-
vimentos respiratórios). 
SAIBA MAIS! Movimento paradoxal é 
mais visível após trauma raquimedular 
alto, quando há paralisia flácida inicial de 
todo o tronco, mas o diafragma continua 
ativo – nessas circunstâncias, a capaci-
dade vital é comprometida pela incursão 
(paradoxal) da parede torácica durante a 
inspiração. Algumas semanas depois, a 
paralisia se torna espástica (aumenta o 
tônus muscular), a parede torácica enri-
jece e a capacidade vital aumenta.
Além dos músculos citados, a cavida-
de torácica apresenta ainda o múscu-
lo diafragma, que a separa da cavida-
de abdominal. O diafragma controla 
o volume e a pressão interna da ca-
vidade torácica, constituindo a base 
da respiração. Durante a inspiração, 
o diafragma se contrai e desce, com 
isso as costelas sobem, aumentando 
o volume da caixa torácica (reduzindo 
a pressão intratorácica) e forçando o 
ar a entrar nos pulmões. Na expiração, 
o diafragma relaxa, reduzindo o volu-
me e aumentando a pressão intrato-
rácica, expelindo o ar. O diafragma é o 
principal músculo da inspiração.
18PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
2.3. Inervação da Parede Torácica
A parede torácica é inervada por 12 
pares de nervos espinais torácicos, os 
quais se dividem em ramos primários 
anterior e posterior. Assim, os ramos 
anteriores dos nervos T1 a T11 for-
mam os nervos intercostais, enquan-
to o ramo anterior de T12 forma o 
nervo subcostal, que segue inferior-
mente à 12ª costela. Os ramos pos-
teriores dos nervos espinais torácicos 
são laterais aos processos articulares 
das vértebras torácicas, e suprem as 
articulações, músculos profundos e a 
pele do dorso do tórax.
Os nervos intercostais podem ser di-
vididos em típicos e atípicos. Os ner-
vos intercostais típicos (3º ao 6º ner-
vos) possuem ramos: comunicantes, 
colaterais, cutâneos laterais, cutâne-
os anteriores e musculares, que basi-
camente se diferem em sua origem e/
ou função. 
APRESENTAÇÃO CLINICA
M
ús
cu
lo
s 
ac
es
só
rio
s 
da
 re
sp
ira
çã
o
M. Diafragma 
M. Escalenos M. Serrátil 
posterior
M. Peitoral 
menor M. Subcostais
M. Transverso do 
tórax
M. Intercostais 
M. Peitoral 
maior
M. Levantadores 
das costelas
M. Serrátil anterior 
(parte inferior) 
M. Abdominais 
(oblíquo externo e 
reto do abdome)
M. Intercostais 
íntimos
M. Intercostais 
internos 
M. Intercostais 
externos
MÚSCULOS 
TORÁCICOS
Verdadeiros Toracoapendiculares 
(membros 
superiores)
19PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Já os nervos intercostais atípicos 
apresentam algumas características 
específicas:
• O ramo anterior de T1 se divide em 
grande parte superior e uma parte 
inferior pequena. A parte superior 
se une ao plexo braquial, enquanto 
a parte inferior se torna o 1º nervo 
intercostal.
• O 1º nervo intercostal não tem 
ramo cutâneo anterior e muitas ve-
zes também não tem o ramo cutâ-
neo lateral.
• O 2º (e as vezes o 3º nervo inter-
costal) origina um grande ramo 
cutâneo lateral chamado de nervo 
intercostobraquial.
• Os 7º-11º nervos intercostais, 
nas suas porções fora do espa-
ço intercostal, formam os nervos 
toracoabdominais.
A maioria dos nervos de T2 a T12 su-
pre um dermátomo do tronco. O gru-
po de músculos supridos pelos ramos 
posterior e anterior de cada par de 
nervos torácicos constitui um mióto-
mo. Assim, os miótomos dos nervos 
T2 a T11 incluem os músculos inter-
costal, subcostal, transverso do tórax, 
levantador da costela e serrátil poste-
rior associados ao espaço intercostal, 
que inclui o nervo intercostal, além de 
uma parte dos músculos profundos 
do dorso.
Figura 9: Dermátomos da paredetorácica. Fon-
te:https://1.bp.blogspot.com/ZP6Ypzinqa0/
WU7yJk4usI/AAAAAAAAAhQ/clhLuwV6nHIM-
ziw0yA1e25v71B48UgvGgCLcBGAs/s400/
Anatomia%2BOrientada%2BPara%2Ba%2B-
Cl%25C3%25ADnica%2B-%2B-
Moore%2B%2B-%2B7%25C2%25AA%2BEd._
page1307_image155.jpg
20PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Vascularização da Parede Torácica
As artérias que irrigam a parede torá-
cica se originam da aorta (parte torá-
cica), subclávia e artéria axilar e, nor-
malmente, a distribuição dos vasos 
dessa região seguem os espaços in-
tercostais, paralelamente às costelas.
A parte torácica da aorta origina as 
artérias intercostais posteriores e 
subcostais, a artéria subclávia da ori-
gem as artérias torácica interna e 
intercostal suprema e a artéria axilar 
origina a artéria torácica superior e a 
artéria torácica lateral. 
As artérias intercostais atravessam a 
parede torácica pelas costelas. Assim, 
os espaços intercostais, com exceção 
dos 10º e 11º espaços, são irrigados 
por uma grande artéria intercostal 
posterior, com seu ramo colateral, e 
um pequeno par de artérias intercos-
tais anteriores.
As artérias intercostais posterio-
res emitem um ramo posterior que 
acompanha o ramo correspondente 
do nervo espinal para suprir a medula 
espinal, a coluna vertebral, os mús-
culos do dorso e a pele. Essas arté-
rias acompanham os nervos intercos-
tais através dos espaços intercostais, 
Ramos anteriores Ramos posteriores
M. Diafragma 
M. Diafragma 
M. Diafragma 
M. Diafragma 
M. Diafragma 
NERVOS 
TORÁCICOS
INERVAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA
21PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
ficando entre a veia e nervo intercos-
tais. Além disso, as artérias intercos-
tais posteriores do 1º e do 2º espaços 
intercostais originam-se da artéria in-
tercostal suprema, que é um ramo da 
artéria subclávia.
As artérias torácicas internas (ma-
mária internas) se originam na base 
do pescoço e terminam no 6º espaço 
intercostal, tocando a pleura parietal 
posteriormente, e dividindo-se nas 
artérias epigástrica superior e mus-
culofrênica. Essas artérias também 
dão origem diretamente às artérias 
intercostais anteriores, que suprem 
os seis espaços intercostais superio-
res – artéria musculofrênica origina as 
artérias intercostais anteriores do 7º 
ao 9º espaço intercostal. 
Figura 10: Vascularização torácica. Fonte: MOORE, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed
22PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
As artérias intercostais anteriores ir-
rigam as partes anteriores dos nove 
espaços intercostais superiores, além 
dos músculos intercostais, de onde 
enviam ramos para os músculos pei-
torais, mamas e a pele. Além disso, as 
intercostais anteriores estão ausentes 
nos dois espaços intercostais inferio-
res, os quais são supridos apenas pe-
las artérias intercostais posteriores e 
seus ramos colaterais.
 
Figura 11: Vascularização do tórax. Fonte:<https://www.google.com/search?q=art%C3%A9ria+axilar&source=lnms&-
tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjQp8P7oufhAhXdILkGHf7JCvEQ_AUIDigB&biw=1366&bih=608#imgdii=OJkfzkdX-
VBY1FM:&imgrc=f9zwuo7Fvoy-LM:
23PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
ARTÉRIAS DA PAREDE TORÁCICA
Aorta torácica Artéria subclávia Artéria axilar
A. Torácica 
superior
A. Intercostais 
posteriores 
A. Torácica 
lateralA. Subcostais
A. Intercostal 
suprema
A. Torácica 
 interna
Mamas 
M. Intercostais 
íntimos
A. Epigástrica 
superior
A. Musculofrênica 
A. Intercostais 
anteriores do 7º 
ao 9º EI 
Mamas 
Pele do tórax 
Músculos 
peitorais
24PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
As veias intercostais acompanham 
as artérias e nervos intercostais e es-
tão em posição superior nos sulcos 
das costelas. Há 11 veias intercostais 
posteriores e uma veia subcostal de 
cada lado. As veias intercostais pos-
teriores se unem às veias intercostais 
anteriores, tributárias das veias torá-
cicas internas, que por sua vez acom-
panham as artérias torácicas internas.
À medida que se aproximam da colu-
na vertebral, as veias intercostais pos-
teriores recebem um afluente poste-
rior, que acompanha o ramo posterior 
do nervo espinal daquele nível, e uma 
veia intervertebral, que drena os ple-
xos venosos vertebrais associados à 
coluna.
A maioria das veias intercostais pos-
teriores termina no sistema venoso 
ázigo/hemiázigo, que desemboca na 
veia casa superior (VCS). A veia inter-
costal superior direita é tipicamente a 
última tributária da veia ázigo, antes 
de sua entrada na VCS, mas a veia 
intercostal superior esquerda drena 
para a veia braquiocefálica esquer-
da. A veia braquiocefálica esquer-
da também recebe, junto com a veia 
braquiocefálica direita o sangue das 
veias intercostais posteriores do 1º 
espaço intercostal. 
25PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
VEIAS DA PAREDE TORÁCICA
V. Intervertebral 
+ afluente
V. Intercostais 
posteriores 
V. Intercostais 
anteriores V. Subcostal
VEIAS DA 
PAREDE 
TORÁCICA
+ +
V. Braquiocefálica 
esquerda e 
direita (1º EI)
Plexos 
vertebrais
V. Torácicas 
internas
Sistema ázigo/
hemiázigo
VCS
26PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Mamas e Linfonodos torácicos
As mamas são formadas por tecido 
glandular e tecido fibroso, integrados 
à uma matriz adiposa, a qual deter-
mina seu tamanho em não lactantes. 
São estruturas presentes tanto em 
homens quanto em mulheres, porém 
apenas nas mulheres são bem de-
senvolvidas e participam do sistema 
reprodutor feminino. 
As mamas possuem uma parte mais 
proeminente e pigmentada, chamada 
de aréola, cujo centro é formado pelas 
papilas mamárias. As glândulas ma-
márias ficam no tecido subcutâneo, 
em cima dos músculos peitorais maior 
e menor, como já mencionado. Essas 
glândulas são fixadas à derme pelos 
ligamentos suspensores da mama.
As mamas começam a aumentar du-
rante a puberdade por conta do de-
senvolvimento glandular, mas tam-
bém principalmente pelo aumento de 
deposição de gordura nessa região.
O parênquima mamário é formado 
por ductos lactíferos, que dão origem 
de 15 a 20 lóbulos da glândula ma-
mária. Esses ductos têm aberturas in-
dependente, e cada um deles possui 
uma parte dilatada chamada de seio 
lactífero, onde se acumulam gotículas 
de leite – quando o lactente suga, es-
sas gotículas são expelidas e ocorre 
o reflexo da ejeção do leite, ou seja, 
o leite é secretado na boca do bebê, 
não sugado por ele.
As mamas são inervadas pelos ramos 
cutâneos anteriores e laterais dos 4º, 
5º e 6º nervos intercostais e recebem 
vascularização dos ramos mamários 
mediais de ramos perfurantes e ra-
mos intercostais anteriores da arté-
ria torácica interna; artérias torácica 
lateral e toracoacromial e artérias in-
tercostais posteriores. Sua drenagem 
venosa é feita principalmente pela 
veia axilar.
A drenagem linfática das mamas é 
feita para o plexo linfático subareolar. 
A maior parte da linfa desse plexo, 
principalmente dos quadrantes supe-
riores, é drenada para os linfonodos 
axilares, passando ou não primeiros 
pelos linfonodos anteriores ou pei-
torais. A parte restante da linfa dre-
na para os linfonodos paraesternais, 
principalmente a linfa dos quadrantes 
mediais da mama, enquanto a linfa 
dos quadrantes inferiores pode dre-
nar para linfonodos abdominais (lin-
fonodos frênicos inferiores subdia-
fragmáticos). Por fim, a linfa da pele 
da mama drena para os linfonodos 
axilares, cervicais profundos inferio-
res, infraclaviculares e paraesternais. 
A linfa dos linfonodos axilares drena 
para os linfonodos claviculares e en-
tão para o tronco linfático subclávio. 
Os linfonodos paraesternais drenam 
para os troncos linfáticos broncome-
diastinais e esses troncos ductose 
juntam com o tronco linfático jugu-
lar, formando o ducto linfático direito, 
que entra no ducto torácico do lado 
27PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
esquerdo. Entretanto, na maioria dos 
casos, esses troncos se abrem, de 
forma independente, na junção das 
veias jugular interna e subclávia, che-
gando até as veias braquiocefálicas 
direita e esquerda. É importante o 
conhecimento desse sistema devido 
à grande frequência de metástases 
do câncer de mama provenientesda 
drenagem linfática. 
Figura 12: Linfonodos torácicos. Fonte: https://image.slidesharecdn.com/thebreast-140210053248-phpapp02/95/
the-breast-21-638.jpg?cb=1392010433
28PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
DRENAGEM LINFÁTICA DAS MAMAS
PLEXO 
SUBAREOLAR
OU
OU
OU
OU Pele 
Linfonodos 
cervicais 
profundos 
Linfonodos 
infraclaviculares
Linfonodos 
paraesternais
Linfonodos 
axilares 
Linfonodos 
abdominais 
Quadrantes 
superiores 
 quadrantes 
mediais
Quadrantes 
inferiores 
Troncos 
linfáticos 
broncomediastinais
Tronco linfático 
jugular
Ducto linfático 
direito
V. Subclávia e
V. jugular interna
V.Braquiocefálicas 
direita e esquerda
Linfonodos 
claviculares
Tronco linfático 
subclávio
V. Subclávia e
V. jugular interna
Parte torácica 
da aorta
29PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
3. MEDIASTINO
O mediastino compreende a cavida-
de central do tórax, que separa as 
cavidades pulmonares direita e es-
querda, e se estende do esterno e 
cartilagens costais à coluna vertebral, 
e da raiz do pescoço ao diafragma, 
horizontalmente.
Esse compartimento cerca todas vís-
ceras torácicas, exceto os pulmões e 
pleuras, e por isso sofre com as altera-
ções dinâmicas do coração e esôfago, 
por exemplo. Além do coração e esô-
fago, o mediastino também engloba 
as partes torácicas dos grandes va-
sos, traqueia e timo.
O mediastino pode ser dividido em 
superior e inferior, cujo limite é deter-
minado por uma linha imaginária que 
passa pelo ângulo esternal e margem 
inferior do disco IV de T4 e T5 (plano 
transverso do tórax). Por fim, o me-
diastino inferior, que fica entre o pla-
no transverso do tórax e diafragma, 
pode ser dividido em anterior, médio 
e posterior pelo pericárdio. O pericár-
dio, o coração e as raízes dos grandes 
vasos formam o mediastino médio.
Figura 13: Mediastino. Fonte:<https://www.anatomiaonline.com/mediastino/>
dlucca.edlu@gmail.com
30PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
O mediastino superior contém o timo, 
os grandes vasos, e a continuação in-
ferior das vísceras cervicais (traqueia 
e esôfago), ducto torácio e troncos 
linfáticos, bem como os vasos e ner-
vos que suprem as estruturas dessa 
região.
A prinicipal invervação do mediastino 
superior vem dos nervos vagos, que 
saem do crânio e descem no pescoço 
posterolateralmente às artérias caró-
tidas comuns. O nervo vago direito 
(NVD) dá origem ao nervo laríngeo 
recorrente direito. Próximo à raiz do 
pulmão direito, divide-se em ramos 
para o plexo pulmonar direito. Geral-
mente, o NVD deixa essa plexo como 
um único nervo e segue até esôfago, 
onde se divide e envia fibras par o ple-
xo esofágico. O NVD também origina 
ramos que suprem o plexo cardíaco.
O nervo vago esquerdo (NVE) desce 
no pescoço e segue posterolateral-
mente à artéra carótida comum es-
querda. É separado lateralmente do 
nervo frênico pela veia intercostal su-
perior esquerda. O NVE emite o nervo 
laríngeo recorrente esquerdo e próxi-
mo à raiz do pulmão esquerdo, divi-
de-se em ramos que contribuem para 
o plexo pulmonar esquerdo. O NVE 
emite ramos que se juntam às fibras 
dos NVD no plexo esofágico.
Os nervos frênicos suprem o dia-
fragma com fibras motoras e sen-
sitivas. Também enviam fibras sen-
sitivas para o pericárdio e a parte 
mediastinal da pleura parietal. – a po-
sição dos nervos frênicos anterior às 
raízes dos pulmões é importante para 
diferenciá-los dos nervos vagos, que 
seguem posteriormente às raízes dos 
pulmões.
Timo 
O timo é um órgão linfóide, localizado 
posteriormente ao manúbrio do es-
terno, responsável pela maturação de 
linfócitos T. Após a puberdade, este 
órgão sofre involução gradual e é 
substituído por gordura em sua maior 
parte.
A maior parte da irrigação arterial do 
timo é feita pelos ramos intercostais 
anteriores e mediastinais anteriores 
das artérias torácicas internas. Sua 
drenagem venosa termina nas veias 
braquiocefálica esquerda, torácica in-
terna e tireóidea inferior e seus vasos 
linfáticos drenam para nos linfono-
dos paraesternais, braquiocefálicos e 
traqueobronquiais.
Grandes vasos
Compreendem as veias braquioce-
fálicas e veia cava superior (VCS); o 
arco da aorta, com as raízes de seus 
principais ramos – tronco braquioce-
félico, artéria carótida comum esquer-
da e artéria subclávia; e os nervos re-
lacionados – vago, frênico e nervos 
do plexo cardíaco.
dlucca.edlu@gmail.com
dlucca.edlu@gmail.com
dlucca.edlu@gmail.com
dlucca.edlu@gmail.com
dlucca.edlu@gmail.com
31PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
A união das veias jugular interna e 
subclávia formam as veias braquice-
fálicas direita e esquerda, posterior-
mente às articulações esternoclavicu-
lares, que por sua vez formam a VCS. 
O comprimento da veia braquicefá-
lica direita é maior que da esquerda, 
porque essa passa do lado esquerdo 
para o direito, anteriormente às raízes 
dos três principais ramos do arco da 
aorta. As veias braquicefálicas con-
duzem o sangue da cabeça, pesco-
ço e membros superiores para o átrio 
direito.
A VCS conduz o sangue de todas as 
estruturas superiores ao diafragma, 
exceto dos pulmões e do coração. Si-
tua-se ao lado direito do mediastino 
superior, terminando no nível da 3ª 
cartilagem costal, quando entra no 
átrio direito.
Os ramos da parte ascendente da 
aorta são as artérias coronárias, ori-
ginadas no seio da aorta. O arco da 
aorta é a continuação de sua parte 
ascendente, cuja terminação forma a 
parte torácica (descendente) da aor-
ta. O tronco braquiocefálico é o maior 
ramo do arco da aorta, que se divide 
nas artérias carótidas comum direita 
e subclávia direita.
Figura 14: Ramificações do arco da aorta. Fonte:https://
upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/64/
Gray506_pt.svg/1200px-Gray506_pt.svg.png
O mediastino inferior compreende a 
parte torácica da aorta, o ducto torá-
cico e os troncos linfáticos, esôfago, 
além dos vasos , linfonodos e nervos 
da região. O pericárdio, como já men-
cionado, subdivide essa cavidade em 
partes anterior, média e posterior, 
sendo a parte média formado pelo 
pericárdio e seu conteúdo.
O mediastino anterior é a menor das 
partes do mediastino inferior, situada 
entre o esterno e os músculos trans-
verso do tórax e o pericárdio poste-
riormente. Esse compartimento é limi-
tado pelo diafragma, sendo formado 
por tecido conjuntivo frouxo, gordura, 
vasos linfáticos, alguns linfonodos e 
ramos dos vasos torácicos internos. 
32PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
Em crianças, o mediastino anterior 
contém uma parte do timo.
O pericárdio, que forma o mediastino 
médio, é uma membrana fibrosserosa 
que reveste o coração e as raízes dos 
grandes vasos (parte ascendente da 
aorta, tronco pulmonar e VCS). Ele é 
formado por duas camadas, uma fi-
brosa (externa), que possui uma lâ-
mina parietal e outra visceral, e uma 
camada serosa, formado basicamen-
te por mesotélio e que reveste a su-
perficie interna do pericardio fibroso 
e superfíice externa do coração. O 
pericárdio fibroso é contínuo com o 
centro tendíneo do diafragma e com a 
túnica adventícia dos grandes vasos. 
O pericárdio é suprido principalmente 
pela artéria pericardicofrênica e sua 
drenagem venosa é feita pelas veias 
pericardicofrênicas e algumas tribu-
tárias do sistema ázigo.
O mediastino posterior por sua vez, 
compreende a parte torácica da aor-
ta, o ducto torácico e os troncos lin-
fáticos, o esôfago e outras estruturas 
adjacentes. A parte torácica da aorta 
é a continuação do arco da aorta. É 
circundada pelo plexo aórtico torácico, 
uma rede nervosa autônoma. A parte 
torácica da aorta situa-se posterior-
mente à raiz do pulmão esquerdo, pe-
ricárdio e esôfago, e entra no abdome 
através do hiato aórtico no diafragma, 
onde se torna aorta abdominal.
O ducto torácico, que ascende atra-
vés do hiato aórtico no diafragma, é o 
maior canal linfático do corpo. Trans-
porta a maior parte da linfa do corpo 
para o sistema venoso: dos membros 
inferiores, cavidades pélvica e abdo-
minal, membro superior esquerdo e 
lado direito do tórax, cabeça e pes-
coço, ou seja, todaa linfa, exceto do 
quadrante superior direito. 
O sistema venoso ázigo, principal 
drenagem venosa do mediastino, fica 
situado de cada lado da coluna verte-
bral, drena as paredes do dorso e to-
racoabdominais e as vísceras do me-
diastino. A veia ázigo e sua principal 
tributária, a hemiázigo, geralmente 
têm origem em raízes da VCI e/ou veia 
renal, que se fundem com as veias 
lombares ascendentes. Sua inervação 
é feita pelos nervos frênicos, vagos e 
troncos simpáticos. A veia ázigo for-
ma uma via colateral ente as VCS e 
VCI e drena sangue das paredes pos-
teriores do tórax e abdome. Além das 
veias intercostais posteriores, a veia 
ázigo comunica-se com os plexos ve-
nosos vertebrais que drenam o dorso, 
as vértebras e as estruturas no canal 
vertebral.
O mediastino posterior é inervado 
pelos nervos esplâncnicos torácicos 
inferiores (n. esplâncnicos maior, me-
nor e imo), que são parte dos nervos 
esplâncnicos abdominopélvicos por-
que suprem as vísceras inferiores ao 
diafragma. São responsáveis pela 
inervação simpática da maioria das 
vísceras abdominais.
33PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
SE LIGA! Complicações Associadas 
ao tórax: 
Tórax instável: Causado por fraturas 
múltiplas das costelas que acabam per-
mitindo o livre movimento de um seg-
mento considerável da parede torácica 
anterior e/ou lateral. O segmento livre 
move-se para dentro com a inspiração 
e para fora com a expiração (movimento 
paradoxal do tórax). É uma lesão bas-
tante dolorosa, que compromete a ven-
tilação e consequentemente a oxigena-
ção sanguínea.
Coartação da aorta: Estreitamento 
anormal (estenose) do arco da aorta ou 
de sua parte torácica, causando uma 
obstrução do fluxo sanguíneo para a 
parte inferior do corpo.Quando a coarta-
ção situa-se abaixo do ligamento arte-
rial (coartação pós-ductal), geralmente 
há desenvolvimento de circulação cola-
teral entre as partes proximal e disal da 
aorta através das artérias intercostais 
torácicas internas, prolongando a vida 
do portador desse tipo de coartação por 
muitos anos.
34PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
VEIAS DA PAREDE TORÁCICA
V. Intervertebral 
+ afluente
V. Intercostais 
posteriores 
V. Intercostais 
anteriores V. Subcostal
VEIAS DA 
PAREDE 
TORÁCICA
+ +
V. Braquiocefálica 
esquerda e 
direita (1º EI)
Plexos 
vertebrais
V. Torácicas 
internas
Sistema ázigo/
hemiázigo
VCS
35PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
PAREDE TORÁCICA 
(MEDIASTINO + CAVIDADES PULMONARES) 
Composto por 
Esqueleto torácico Sistema Respiratório
Proteção das 
vísceras torácicas 
e alguns órgãos 
abdominais
Composto por Sistema Circulatório Fixação dos 
membros superiores 
e músculos
Músculos torácicos Grandes Vasos
Resistência à 
pressões 
(respiração)
Funções Abriga 
36PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
MOORE, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed
Drake, et al. Gray’s Anatomia Clínica para Estudantes. 3ªed
Goldman-Cecil. Medicina. 24ªed
37PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO

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