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LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Caixa Torácica Tórax: região entre o pescoço e abdome, diferente de cavidade torácica. Cavidade Torácica: abriga estruturas, dentro dela -> mediastino e duas cavidades pulmonares. É formada por ossos e cartilagens, protege as vísceras do tórax (pulmões, coração e esôfago) e algumas abdominais, possui uma estrutura flexível que permite a respiração e certa deformidade em causo de trauma. Esqueleto ▪ 12 pares de costelas ▪ Cartilagens costais ▪ Esterno ▪ 12 vértebras torácicas Limites Abertura superior: é a continuidade do pescoço, por ela passam traqueia, esôfago, nervos e vasos que suprem a cabeça, pescoço e os MS. ▪ Posterior: vértebra T1 ▪ Lateral: 1º par de costelas e suas cartilagens costais ▪ Anterior: margem superior do manúbrio do esterno Abertura inferior: seu fechamento é feito pelo diafragma, as estruturas que passam por ela atravessam as aberturas do diafragma ou passam posteriormente a ele. ▪ Posterior: vértebra T12 ▪ Laterais: arcos costais ▪ Anterior: processo xifoide e rebordo costal Costelas Ossos planos e curvos, leves e com muita resistência. Tem o interior esponjoso contendo medula óssea (tecido hematopoiético). Podem ser: Verdadeiras (vertebroesternais): I a VII Falsas (vertebrocondrais): VIII, IX e, geralmente, X – formam o rebordo costal) Flutuantes (vertebrais, livres): XI, XII e, às vezes, a X - Também são classificadas em típicas (III a IX) e atípicas (I, II, X e XII). - Costelas supranumerárias: são extras, podendo estar na região cervical ou lombar (não são presentes em todas as pessoas. CARTILAGENS COSTAIS: são barras de cartilagem hialina que tem como função dar elasticidade à parede torácica, o primeiro par -> sincondrose, os demais -> cartilagens sinoviais. Elas podem calcificar a partir da 4ª década de vida. SULCO COSTAL: transição do feixe vasculonervoso (veia, artéria e nervo), localizado no bordo inferior da costela. ESPAÇOS INTERCOSTAIS: separam as costelas e as suas cartilagens umas das outras, são denominados de cordo com a costela que forma sei limite superior. Existem 11 espaços intercostais e 11 nervos intercostais. Esses espaços são ocupados por músculos, membranas intercostais, vasos sanguíneos e os nervos intercostais. O espaço abaixo da costela XII é chamado de espaço subcostal e por ele passa o nervo subcostal. Vértebras Torácicas Esterno Osso chato, com hematopoiese em seu interior e dividido em três porções: manúbrio, corpo e processo xifóide. Sobrepõe diretamente as vísceras do mediastino em geral e as protege. Manúbrio: parte mais larga e mais espessa, o centro côncavo em sua margem superior é a incisura jugular (fúrcula do esterno), por aqui também faz articulação com as clavículas nas inscisuras. Corpo: mais longo e estreito que o manúbrio, localizado no nível de T5 a T9. LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Processo xifóide: menor e mais variável parte do esterno, fica ao nível da vértebra T10, é cartilagíneo em pessoas jovens. Indica a abertura inferior do tórax, marca o limite superior do fígado, o centro tendíneo do diafragma e a margem inferior do coração. Articulações Movimentos Alça de balde: anteroposterior Bomba de mão: transverso Músculos Músculos toracoapendiculares - mm peitoral maior, menor, m subclávio e m serrátil anterior – vão da caixa torácica até os ossos do MS e atuam principalmente no MS. São músculos acessórios da respiração. Músculos escalenos – descem das vértebras do pescoço até as costelas I e II, são músculos respiratórios acessórios, fixam as costelas e ajudam na inspiração forçada. Músculos serrátil posterior superior e inferior – inspiratórios, o sup. eleva as 4 costelas superiores e o inf. deprime as costelas inferiores. Músculos levantadores das costelas – atua no mov. Das vertebras e na propriocepção. Músculos intercostais externos – 11 pares, eles têm continuidade inferiormente com os músculos oblíquos externos na parede anterolateral do abdome. São mais ativos durante a inspiração. Músculos intercostais internos – 11 pares, são contínuos com os músculos oblíquos internos na parede anterolateral do abdome. São mais fracos que os externos, são mais ativos durante a expiração. Músculos intercostais íntimos – semelhantes aos intercostais internos, são sua parte mais profunda. São separados dos intercostais internos pelos nervos e vasos intercostais e atuam como os músc. intercostais internos. Músculos transversos do tórax – sua parte inferior é contínua com o músc. transverso do abdome na parede anterolateral do corpo. Sua função expiratória é fraca, mas também fornece informações proprioceptivas. Músculos subcostais – têm tamanho e formato variáveis. Diafragma – é o músc. primário da inspiração, é uma parede comum que separa o tórax do abdome. Inervação A parede torácica é suprida por 12 pares de nervos torácicos. O ramos anterior do nervo T12 é o nervo subcostal. Os ramos posteriores dos nervos espinais torácicos suprem as articulações, os músculos profundos e a pele do dorso na região torácica. Os ramos anteriores dos nervos T1-T11 formam os nervos intercostais que são divididos em: N. intercostais típicos – 3º a 6º nervos intercostais penetram nas partes mais mediais dos espaços intercostais posteriores. Fazem parte dos feixes neurovasculares, suprem os músculos intercostais internos e íntimos. Através de seus ramos, a maioria dos nervos espinais torácicos (T2 a T12) supre um dermátomo do tronco em faixa e cada par de nervos torácicos forma um miótomo. Os ramos de um nervo intercostal típico são: LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE - Ramos comunicantes: unem cada n. intercostal ao tronco simpático ipsilateral. - Ramos colaterais: se originam perto dos ângulos das costelas e vão ao longo das margens superiores das costelas inferiores, ajudam a suprir os músc. intercostais e a pleura. - Ramos cutâneos laterais: se originam perto da linha axilar média, perfuram os músc. intercostais internos e externos e separam em ramos anteriores e superiores que inervam a pele da parede lateral do tórax e abdome. - Ramos cutâneos anteriores: perfuram os músc. e as membranas do espaço intercostal na linha paraesternal e separam em ramos mediais e laterais que inervam a pele na face anterior do tórax e abdome. - Ramos musculares: suprem os músc. intercostal, subcostal, transverso do tórax, levantadores das costelas e serrátil posterior. N. intercostais atípicos – ramo anterior do 1º n. torácico (T1) em uma parte grande superior e uma pequena inferior. A superior se une com o plexo braquial e a inferior se torna o primeiro n. intercostal. Características atípicas dos nervos intercostais específicos: - 1º e 2º n. intercostais vão pela face interna das costelas I e II e não ao longo dos sulcos da margem inferior. - 1º não possui ramo cutâneo anterior e muitas vezes nem lateral, quando tem o lateral ele inerva a pele da axila. - 2º (e algumas vezes o 3º) da origem a um ramo cutâneo lateral grande, o n. interocostobraquial que geralmente supre o assoalho da axila. - 7º a 11º, viram n. toracoabdominais da parede anterior do abdome depois de cruzarem a margem costal posteriormente e vão suprir a pele e músc. abdominais. Vascularização Arterial Da parte torácica da aorta -> art. intercostais posteriores e subcostal Da art. subclávia -> art. torácica interna e intercostal suprema Da art. axilar -> art. torácica superior e torácica lateral Vascularização Venosa Veias intercostais acompanham as art. e nervos intercostais. Existem 11 veias intercostais posteriores e uma veia subcostal de cada lado. A maioria das veias intercostais superiores (4 a 11) termina no sistema venoso ázigo/hemiázigo que leva o sangue até a veia cava superior. As do primeiro espaço intercostal drenam direto nas veias braquicefálicas direitae esquerda; as do 2º, 3º e, às vezes, 4º se unem para formar a veia intercostal superior. A veia intercostal superior direita geralmente vem da ázigo antes de entrar na VCS, já a esquerda geralmente drena para a braquiocefálica esquerda. As veias torácicas internas acompanham as art. torácicas internas. Drenagem linfática Diafragma Principal músc. da inspiração, faz todo fechamento da abertura inferior da caixa torácica. Tem uma região costal, LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE esternal (origem) e lombar. Tem uma porção tedínea composta por lig. arqueados que é onde fixa no corpo das vértebras, no processo transverso e nas costelas. No centro do diafragma ele também é tendíneo e na parte periférica é muscular. Aberturas do diafragma: forame da veia cava inferior – T8 (fibroso), hiato esofágico – T10 (muscular) e hiáto aórtico – T12 (ósteo-fibroso). Acompanhantes: no forame da veia cava passa o n. frênico direito e vasos linfáticos, com o esôfago passa o n. vago, com a aorta passa o ducto torácico, veias ázigo e hemiázigo e tronco simpático. Vascularização: art. frênicas superior e inferior (ramos da aorta) Inervação: n. frênico que vem de C3-C5 *Inspiração -> contração do diafragma -> + vol. Torácico, - pressão intratorácica, + pressão intra-abdominal -> + retorno venoso para o core. Clínica FEIXE VASCULONERVOSO – importância clínica, cuidar para não atingir o feixe em caso de pulsão de tórax para diagnóstico de derrame pleural, drenagem de tórax pós trauma com pneumotórax. FRATURAS DAS COSTELAS – a fratura da primeira costela é rara, mas é frequentemente considerada indicador de lesão grave em traumatismos não penetrantes. Nesse caso pode haver lesão das estruturas que cruzam sua superfície superior, incluindo o plexo braquial e vasos subclávios. As costelas intermediárias são fraturadas com maior frequência, resultam de golpes ou lesões por esmagamento, normalmente. Nesse caso pode lesar órgãos internos como pulmão e/ou baço. As fraturas das costelas inferiores podem lacerar o diafragma e acarretar hérnia diafragmática. Qualquer uma delas é dolorosa porque se movem quando a pessoa respira, ri, tosse e espirra. TÓRAX INSTÁVEL – fraturas múltiplas das costelas podem garantir um movimento independente de uma boa parte da parede torácica anterior e/ou lateral. O movimento se torna o contrário do normal, paradoxalmente, sendo para dentro na inspiração e para fora na expiração. É uma lesão extremamente dolorosa que compromete a ventilação e afetando a oxigenação sanguínea. Durante o tratamento, o segmento independente pode ser fixado internamente por placas e/ou fios. HERPES -ZÓSTER – ocorre lesão cutânea clássica com distribuição nos dermátomos dos gânglios sensitivos dos nervos espinais atingidos pelo vírus. Causa dor e queimação aguda no dermátomo suprido pelo nervo atingido, pele fica avermelhada com erupções vesiculares. PARALISIA DO DIAFRAGMA – lesão do nervo frênico, paralisa metade do diafragma, pode ser detectada radiologicamente por conta do movimento paradoxal. Anotações
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